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ECA

Perante o âmbito “criminal” que seria o ato infracional, o fato não é culpável, é típico e ilícito,
mas culpável não. (teoria tripartidista)

Art 27 CP: São penalmente inimputáveis os menores de 18 anos, sujeitos as normas da


legislação especial (ECA)

Conceito  Criança é o menor de 12; adolescente é entre 12 e 18.

Quando criança/adolescente pratica ato infracional, acontece uma medida de segurança,


presentes no art 112.

*Em caso de lacuna, adota-se o CPP e o CPC (em caso de recurso)

AÇÃO: Não importa se o ato corresponde a crime de ação penal pública ou privada, a
apuração de ato infracional será sempre de ação incondicionada.
-Ação penal privada: vítima tem que apresentar queixa crime
-Ação penal pública incondicionada: Regra do CP – tem denúncia do MT
-Ação penal pública condicionada à representação: denúncia vai ser apresentada se a vítima
quiser representar (ex: delegacia palmitos, vem TC)
*Se no código não fala nada, é publica incondicionada.
*A representação dá permissão para que as “maquinas” publicas se movimentem.

PROCEDIMENTO: Em caso de ato infracional, haverá uma oitiva informal do adolescente


pelo MP. Neste ato, o promotor poderá pedir o arquivamento, ou oferecer a remissão (perdão
ou aplicação de medida que não seja semiliberdade ou internação) ou a representação (que é
a denúncia no ECA).
- REMISSÃO: não pode ser considerada como antecedente.

REPRESENTAÇÃO: em caso de representação, far-se-á a audiência de apresentação e,


depois, abre-se o prazo para defesa prévia e, por fim, se faz a audiência de continuação.
*Maior de 18: denúncia – resposta à acusação – audi de instrução e julgamento (vítima e
testemunhas são ouvidas e, ao final, o réu é interrogado) – alegações finais – julgamento.
*Menor de 18: representação – audi de apresentação (ouve-se o adolescente) – defesa prévia
– audiência de continuação (ouve-se a vítima, testemunhas) – apresenta-se alegações finais –
julgamento. (na prática na maioria das situações ocorre a oitiva do do adolescente no final da
audi de continuação, após a vítima e as testemunhas)

JULGAMENTO: Procedência ou improcedência  Em caso de procedência, poderá ser


aplicada uma medida socioeducativa: (POLIAS) advertência, obrigação de reparar o dano,
prestação de serviço a comunidade, liberdade assistida, semiliberdade, internação.

- PROVAS SUFICIENTES  Segundo o art.114 do ECA, com exceção da advertência (que exige
somente indícios), para a aplicação das outras medidas socioeducativas, se faz necessário que
haja prova suficiente de autoria e de materialidade. (materialidade: a prova de que o crime em
si existiu, depois tem que indagar quem foi que praticou o crime, pra condenar alguém precisa
de provas suficientes de que foi fulano que praticou o fato e de que realmente o fato existiu,
ex: primeiro precisa comprovar que houve um homicídio *quando pedem no júri: “fulano
morreu pelas 10 facadas”)
*Prestação de serviço a comunidade: máx 8 horas semanais e por 6 meses.
*Liberdade assistida: fica livre, prazo mínimo de 6 meses
*Semiliberdade: atividade externa durante o dia (mediante supervisão) e a noite se recolhe.
*Internação: mais gravosa, reavaliação de 6 em 6 meses, não pode durar mais de 6 anos (se
durante a internação praticar novo ato, pode continuar internado). Art 122 diz quando essa
medida será aplicada. Internação provisória, não poderá superar 45 dias.

LEI9613/98 – LEI DA LAVAGEM DE CAPITAIS

CONCEITO: A lavagem de dinheiro consiste num complexo de operações realizados com a


finalidade específica de mascarar a origem ilícita de determinados bens, tornando-os
aparentemente lícitos. Ex: abrir lavanderia.
- Ela se dá em 3 fases:
1ª COLOCAÇÃO: Há a separação física do dinheiro dos autores do crime, é antecedida pela
captação e concentração do dinheiro.
2ª OCULTAÇÃO ou DISSIMULAÇÃO: Multiplicam-se as transações anteriores, através de
empresas e contas, de modo com que o Estado não consiga rastrear o caminho deste dinheiro.

3ª INTEGRAÇÃO: Dinheiro é empregado em negócios lícitos, ou na compra de bens lícitos,


dificultando ainda mais a investigação.

Geração de Leis de Lavagem de Capitais: 1ª geração: Apenas o tráfico de drogas configuraria


uma infração antecedente de lavagem (não adotada pelo Brasil); 2ª geração: Haveria um rol
taxativo de crimes que poderiam ensejar no crime de lavagem de capitais. No brasil, era assim.
3ª geração: Qualquer infração penal pode ser antecedente da lavagem.

COAF: Conselho de Controle de Atividades Financeiras: unidade de inteligência brasileira de


combate à lavagem de dinheiro.

CRIME PARASITÁRIO E AUTÔNOMO: Crime de lavagem depende da existência de outro crime


antecedente para a sua configuração, mas ele guarda certa autonomia, pois pode ser punido
independente se o crime antecedente já foi julgado, (se for absolvido do antecedente, da
lavagem também será)

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