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FONOAUDIOLÓGICA
NAS AFASIAS E
APRAXIA
2021
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Introdução: 3. Apraxias:
• Processamento da linguagem oral e gráfica; * Conceito
• Processamento da fala; * Manifestações Clínicas
* Avaliação
2. Conhecendo as Afasias:
* Reabilitação
* Conceito
* Manifestações Clínicas
* Classificação
* Reabilitação
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Introdução: 3. Apraxias:
• Processamento da linguagem oral e gráfica; * Conceito
• Processamento da fala; * Manifestações Clínicas
* Avaliação
2. Conhecendo as Afasias:
* Reabilitação
* Conceito
* Manifestações Clínicas
* Classificação
* Reabilitação
O QUE É LINGUAGEM?
o Sistema complexo e dinâmico de símbolos
convencionados, usado em diversas
modalidades para comunicação e pensamento
(ASHA, 1983);
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
COMPREENSÃO ORAL
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Compreensão
Entrada Fonética Entrada Ortográfica
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM:
Compreensão Oral
Entrada Fonética MALA
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM:
Compreensão Oral
o É a capacidade do ser humano de distinguir sons ambientais, selecionar, agrupar,
manipular e integrar aqueles que compõem o código conhecido da fala e de organizar
estes sons numa sequência temporal, de forma a permitir a “montagem” de palavras e
frases.
Onda sonora
PALAVRAS Semântico:
Significado das
palavras
Área de Wernicke
Adaptado de : Mansur, L. L, & Radanovic, M. (2003). Neurolinguística, princípios para a prática clínica. São Paulo, SP: iEditora
Giro temporal superior esquerdo
Adaptado de : Mansur, L. L, & Radanovic, M. (2003). Neurolinguística, princípios para a prática clínica. São Paulo, SP: iEditora
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM:
Compreensão Gráfica
o A possibilidade de compreender e
interpretar símbolos gráficos
depende da integridade das vias de
conexão entre o sistema visual
(LOBO OCCIPITAL) e as áreas da
linguagem, configurando uma
associação multimodal (visual-
auditiva) entre o córtex temporal e
áreas parietooccipitais adjacentes;
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM:
Compreensão Gráfica
Entrada Ortográfica MALA
Registro ortográfico de
M –A- L-A entrada
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
Lobo Occipital
Adaptado de : Mansur, L. L, & Radanovic, M. (2003). Neurolinguística, princípios para a prática clínica. São Paulo, SP: iEditora
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Compreensão
o A área de Wernicke, portanto, é um
processador da forma das palavras,
independentemente de sua representação
sensorial, e coordena a interação recíproca
entre elas e o significado semântico;
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Oral
Entrada Fonética Entrada Ortográfica
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Oral
Entrada Fonética Entrada Ortográfica
Léxico fonológico de
entrada
/MALA/ Léxico ortográfico de
entrada
Sistema
semântico
Léxico ortográfico de Léxico fonológico de
saída saída /MALA/
Registro ortográfico de Registro fonológico de
saída saída /M/ /A/ /L/ /A/
Saída Ortográfica Repetição Saída Fonética
PALAVRAS
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Oral
Entrada Fonética Entrada Ortográfica
Leitura
/L/ /U/ /F/ /I/
Saída Ortográfica Saída Fonética
Pseudopalavras
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Oral
Entrada Fonética Entrada Ortográfica
Léxico fonológico de
entrada
Léxico ortográfico de
entrada /MALA/
Sistema
Regras de Conversão F-G semântico Regras de Conversão G - F
Léxico ortográfico de Léxico fonológico de
saída saída /MALA/
Registro ortográfico de Registro fonológico de
saída saída
Leitura
/M/ /A/ /L/ /A/
Saída Ortográfica Saída Fonética
Palavras
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
Área de
Giro temporal superior esquerdo
Wernicke
Fascículo Arqueado
Cerebelo Ínsula N. Base
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Gráfica
Entrada Fonética Entrada Ortográfica
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Gráfica
Entrada Fonética Entrada Ortográfica
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Gráfica
Entrada Fonética Entrada Ortográfica
Registro fonológico de
entrada
/L/ /U/ /F/ /I/ Registro ortográfico de
entrada
Registro ortográfico de
saída
L-U-F-I Registro fonológico de
saída
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Gráfica
Entrada Fonética Entrada Ortográfica
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
Área de
Giro temporal superior esquerdo
Wernicke
Fascículo Arqueado
Cerebelo N. Base
Planejamento do
Planejamento dos padrões Córtex Pré Motor (Giro
ato motor da Frontal Superior)
motores da escrita
escrita
Iniciativa/
(Exner) Córtex Motor Primário Motivação
Execução do ato
Área Motora Córtex Motor Primário (Giro
Suplementar motor da
Pré Central)
escrita
Movimentos
manuais
PROCESSAMENTO
DA FALA
Modelo de Processamento de Fala
Execução
❖A estrutura de quatro níveis modifica nossa visão tradicional de afasia, apraxia da fala
e disartria como sendo rupturas em um dos três níveis (do modelo de três níveis);
Aplicação de testes de
acesso lexical
PERGUNTAS NORTEADORAS:
1. ANOMIA???
Problema de acesso
lexical (ANOMIA)
Diagnostico de Afasia
Adaptado de : Helm-Estabrooks, Albert & Nicholas. (2014). Manual of Aphasia and Aphasia Therapy. Autin, Texas: proedinc
PERGUNTAS NORTEADORAS:
2. FLUÊNCIA???
Diagnostico de Afasia
Pergunta aberta
Descrição de cena
Obtenção das Amostras de Discurso
Pergunta de cunho histórico ou emocional
Adaptado de : Helm-Estabrooks, Albert & Nicholas. (2014). Manual of Aphasia and Aphasia Therapy. Autin, Texas: proedinc
IDENTIFICANDO AS AFASIAS
CARACTERÍSTICA DA FALA TIPO DE AFASIA
FALA ESPONTÂNEA FLUENTE NÃO FLUENTE
Número de Palavras 100 a 200 < 50
Prosódia normal disprosódia
Articulação normal disartria
Esforço Inicial normal grande
Extensão de frases 5 a 8 palavras Curta (1)
Conteúdo das palavras Faltam substantivos Faltam palavras funcionais
Parafasias frequentes Menos frequentes
Adaptado de : Mansur, L. L, & Radanovic, M. (2003). Neurolinguística, princípios para a prática clínica. São Paulo, SP: iEditora
PERGUNTAS NORTEADORAS:
Compreensão de comandos
3. COMPREENSÃO???
Respostas Sim e Não
Compreensão de Narrativas
Aplicação de testes de compreensão
auditiva
Adaptado de : Helm-Estabrooks, Albert & Nicholas. (2014). Manual of Aphasia and Aphasia Therapy. Autin, Texas: proedinc
PERGUNTAS NORTEADORAS:
4. REPETIÇÃO???
Habilidades de Repetição
Adaptado de : Helm-Estabrooks, Albert & Nicholas. (2014). Manual of Aphasia and Aphasia Therapy. Autin, Texas: proedinc
IDENTIFICANDO AS MANIFESTAÇÕES
MANIFESTAÇÕES DE LINGUAGEM: PARAFASIAS
➢Parafasia fonética: PROGRAMAÇÃO MOTORA (?)
➢Parafasia fonêmica: cavalo = cajalo ou vacalo
➢Parafasia morfêmica: menino = menina; andamos = andar; pintor =pinteiro;
➢Parafasia formal: martelo = marmelo;
IDENTIFICANDO AS MANIFESTAÇÕES
MANIFESTAÇÕES DE LINGUAGEM: PARAFASIAS
➢Parafasia verbal: maçã = chapéu
➢Parafasia semântica: calça = blusa; trem = ônibus;
IDENTIFICANDO AS MANIFESTAÇÕES
MANIFESTAÇÕES DE LINGUAGEM: PARALEXIAS
➢Paralexia literal: Ocorre quando há troca da letra lida, por uma alteração de
decodificação da letra (falha na entrada); Quando há falha na produção oral da letra lida,
há uma paralexia fonêmica;
IDENTIFICANDO AS MANIFESTAÇÕES
MANIFESTAÇÕES DE LINGUAGEM: PARAGRAFIAS
➢Paragrafia grafêmica: Troca na escolha dos grafemas (colchão = couxão; peixe = peiche);
Sal- Gato- Bola- Exportação- Horta
Boné
Espelho
Macaco
Praça/Parque= Bosque
Lanterna
Prédio/ Edifício
IDENTIFICANDO AS MANIFESTAÇÕES
MANIFESTAÇÕES DE LINGUAGEM: OUTRAS
➢ Paráfrase ➢ Neologismos
➢ Anomia ➢ Jargão (neologístico ou não neologístico)
➢ Circunlóquio ➢ Estereotipias
➢ Agramatismo ➢ Perseveração
➢ Paragramatismo ➢ Intrusão (Mais da Demência)
➢ Redução ➢ Supressão
CLASSIFICAÇÃO
MANIFESTAÇÕES TIPO DE AFASIA
Lesões Anteriores BROCA TRANSCORTICAL MOTORA
Fluência não fluente não fluente
Caract. Principal estereotipia, parafasias fonêmicas, redução da fala, simplificação
redução e agramatismo gramatical, ecolalia, parafasias fonéticas
Compreensão levemente comprometida levemente comprometida
Repetição Ruim boa
Nomeação ruim (erros semânticos, fonológicos, Prejudicada (parafasias e
estereotipias) perseverações)
Escrita proporcional à fala ou pior Proporcional à fala
CLASSIFICAÇÃO
MANIFESTAÇÕES TIPO DE AFASIA
Les. Posteriores WERNICKE TRANSCORTICAL CONDUÇÃO
SENSORIAL
Fluência fluente, jargonafásica, fluente fluente
logorreica, com neologismos
Caract. Principal Jargonafasia Parafasias semânticas , Parafasias fonêmicas e
anomias e circunlóquios formais, anomias
Compreensão Ruim Ruim Levemente comprometida
Repetição Ruim Boa Ruim
Nomeação Ruim (parafasias, Prejudicada Variável
circunlóquios)
Escrita Proporcional à fala Proporcional à fala Paragrafias literais e grafêmicas
CLASSIFICAÇÃO
MANIFESTAÇÕES TIPO DE AFASIA
Les. Mistas ANÔMICA TRANSCORTICAL MISTA GLOBAL
Fluência Fluente Não fluente Não fluente
Caract. Principal Anomias, parafasias Ecolalias e estereotipias Estereotipias
semânticas
Compreensão Levemente Ruim Ruim
comprometida
Repetição Boa Boa Ausente
Nomeação Ruim Prejudicada Ausente
Escrita Variável Leitura e Escrita Ausente
reduzidas
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO
➢A avaliação do paciente afásico vai muito além da aplicação de testes e levantamento de
hipóteses diagnósticas. É preciso relacionar todas as informações obtidas na anamnese
(informações pessoais detalhadas do paciente, histórico neurológicos e dados da lesão e
queixas atuais), com os resultados obtidos nos testes, levando em consideração o
processamento da linguagem do ponto de vista anátomo-fisiológico e os modelos da
neuropsicologia cognitiva.
AVALIAÇÃO
➢O processo avaliativo pode ser realizado de duas formas:
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Introdução:
• Processamento da linguagem oral e gráfica;
• Processamento da fala;
Afasia
Apraxia de fala
Disartria
PRAXIA: Função cognitiva responsável
pela programação dos atos motores
APRAXIA: FALHA no planejamento e programação dos atos motores
Tipos de Apraxias
❖ As apraxias, em geral, são divididas em
apraxia ideomotora e ideatória:
❖Apraxia de fala;
Apraxia de Fala
❖Distúrbio da programação e sequencialização dos movimentos durante a
produção voluntária de fonemas (Darley, 1969);
❖Palavras fundamentais ou com fator psicológico ou linguístico importante, maior carga gramatical
sofrem mais erros;
❖ Alterações na prosódia (fala mais lenta que o normal, dificuldade com entonação, ritmo e
melodia);
❖Fonemas mais frequentes na língua tendem a ser articulados mais facilmente do que os menos
frequentes
Novas manifestações na fala (Apraxia)
1. Intervalo prolongado entre os segmentos (fonemas, sílabas e palavras);
3. Prolongamento de vogal;
4. Prolongamento de consoante;
12. Ensaio em fonema: busca pelo fonema alvo com tentativas emitidas com separação da
produção final;
13. Ensaio em sílaba: busca pela sílaba alvo com tentativas emitidas com separação da produção
final;
14. Ensaio em palavra: busca pela palavra alvo com tentativas emitidas com separação da
produção final;
15. Starter em fonema: emissão repetida de fonema sem pausa até a produção final da palavra;
Novas manifestações na fala (Apraxia)
16. Starter em sílaba: emissão repetida de uma sílaba sem pausa até a produção final da
palavra;
17. Starter em palavra: emissão repetida de uma palavra sem pausa até a produção final;
20. Transposição (Metatese): substituição na qual dois fonemas são invertidos na cadeia da
palavra (cavalo= vacalo)
O QUE É
DO
QUE?????
?
O QUE É DO QUE??????
Quadro 1. Classificação das manifestações fonético-fonológicas, segundo McNeil et al. (2009)
Afasia (alterações em vários domínios da linguagem Alteração da emissão e compreensão oral e gráfica.
e suas modalidades) Erros fonológicos de perseveração, antecipação,
reiteração e metatese mais relacionados à falha
linguística que motora. Variabilidade de erros
fonológicos.
Apraxia X Afasia
Apraxia de fala Afasia
Pequena variabilidade de erros e alta consistência na localização Alta variabilidade de erros e inconsistência na sua localização
Em geral, os erros envolvem apenas uma característica fonológica Em geral, os erros envolviam as 3 características fonológicas (zona,
(zona, modo articulatório ou sonoridade) (Canter et al., 1985) modo articulatório ou sonoridade)
Taxa Microsegmental • Movimentos de transições entre os fonemas geralmente • Movimentos de transições entre os fonemas geralmente
prolongados normais
• Intervalos inter-palavras geralmente prolongados • Intervalos inter-palavras geralmente normais
Prolongamento de vogais nas palavras multissilábicas e • Duração da vogal usualmente normal
sentenças • Durações de movimento articulatórios dentro dos
• Duração dos movimentos articulatórios aumentados, na padrões normais
fala contextual • Ensaios articulatórios sucessivos para reparar um erro
• Ensaios articulátórios mal sucedidos levam mais perto do alvo
Efeito de Tonicidade • Presença de erros nas sílabas tônicas • Nenhuma relação clara entre tonicidade silábica e
frequência de erros
Características Fonológicas • Fonemas distorcidos perseverativos e antecipatórios e • Fonemas perseverativos antecipatórios não distorcidos
erros fonêmicos • Ausencia de distorção de fonemas
• Distorção dos fonemas • Ausência de substituições sonoras distorcidas
• Presença de substituições sonoras distorcidas, • Reiteração , metátese e antecipação
principalmente de fonemas iniciais e fonemas nasais
Avaliação da Apraxia
Subteste de agilidade oral do Boston
(Goodglass e Kaplan, 1984);
Frequência da palavra;
Leitura;
Repetição;
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Introdução:
• Processamento da linguagem oral e gráfica;
• Processamento da fala;
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM:
Compreensão Oral
Entrada Fonética MALA
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
Desordens de Compreensão
o Estão sempre presentes em pacientes vítimas de LEA;
o Variam quanto ao tipo e grau de severidade, bem como a complexidade da mensagem auditiva;
o ALERTA: considerar os aspectos de extensão da frase; A frase deve ter marcadores semânticos
(efeito de preditividade e entonação) a fim de favorecer a compreensão.
Compreensão de FRASES COMPLEXAS
o Ao inserir o treino de frases complexas, o ponto de apoio deve ser o semântico;
o Não se ater apenas ao conceito de extensão dos enunciados, pois nem sempre frases mais
extensas ou enunciados mais longos irão prejudicar a compreensão;
o Os pacientes com LHE, apresentam maior dificuldade em relação aos processos linguísticos
básicos (fonológicos, sintáticos), enquanto os pacientes com LHD apresentam dificuldades mais
relacionais aos processos metalinguísticos;
EXEMPLOS
Associação
Semântica
Categorização
Semântica
FRUTA ANIMAL
Compreensão oral (Percepção Auditiva)
Compreensão oral (Estímulos distratores confundidores)
Compreensão oral (Estímulos distratores confundidores)
Compreensão/ Acesso Lexical Semântico
Animal, branco, gosta de cenoura.
Compreensão oral (Estímulos distratores confundidores)
Compreensão oral (Estímulos distratores confundidores)
Qual a falha deste paciente?
Entrada Fonética MALA
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
Anosognosia
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
o Composto por 12 etapas em que a evolução varia de acordo com a melhora do paciente;
o Cada etapa pode ser estendida pelo tempo necessário para que o paciente processe o estímulo
trabalhado;
o Sessões com média de duração entre 45 e 50 minutos;
o Paciente deve apontar para a figura solicitada oralmente pelo terapeuta.
De Luccia GP, Ortiz KZ. Proposal of comprehension stimulation for rehabilitating global aphasic patients. Neurorehabilitation & Neural Repair;
2002; 16 (1): 32
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
o A proposta de cada uma das etapas é repetida em casa, porém com estímulos diferentes;
o O terapeuta fornece ao paciente desenhos similares aos vistos em terapia, e este, com a ajuda
dos familiares, deve anotar, numa folha padronizada de respostas, os acertos e erros na
identificação dos estímulos, as dificuldades observadas e a frequência com que realizou a
atividade.
De Luccia GP, Ortiz KZ. Proposal of comprehension stimulation for rehabilitating global aphasic patients. Neurorehabilitation & Neural Repair;
2002; 16 (1): 32
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
o Todos os estímulos selecionados na confecção do material permitem a associação com situações
vividas;
o Nas terapias, são oferecidos dois estímulos de cada vez e, conforme são identificados pelo
paciente, são alterados, até que se cumpra todos os estímulos daquela etapa e se decida iniciar a
etapa seguinte;
o Apresentação de 10 estímulos por sessão;
o Todos os estímulos, em todas as etapas, são trabalhados com estimulação multimodal;
De Luccia GP, Ortiz KZ. Proposal of comprehension stimulation for rehabilitating global aphasic patients. Neurorehabilitation & Neural Repair;
2002; 16 (1): 32
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
o 1 ª e 2ª etapas - Sons não verbais e sons ambientais: existem diferenças no processamento verbal e não
verbal das informações recebidas auditivamente e ambos devem ser trabalhados
De Luccia GP, Ortiz KZ. Proposal of comprehension stimulation for rehabilitating global aphasic patients. Neurorehabilitation & Neural Repair;
2002; 16 (1): 32
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
➢3ª e 4ª etapas – Palavras isoladas com diferenciação na duração
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
o 5ª e 6ª etapas – Palavras isoladas com diferenciação na intensidade
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
o 7ª etapa – Palavras isoladas com diferenciação na frequência
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
o 8ª etapa – Frases simples: SUJEITO + VERBO
O casal escreve uma carta. Eles irão enviá-la para sua filha. A chuva começou a cair com força. Todos estão correndo.
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
➢11ª etapa– Frases complexas sem preditividade
A mulher faz compras no supermercado. As mercadorias estão A mulher come um lanche na praia. O sol está
muito caras muito quente
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
o 12ª etapa– Texto simples
1. O homem é locutor de rádio. Todos os dias pela 2) O homem é piloto de avião. Ele trabalha no aeroporto
manhã ele apresenta um programa de notícias que é faz 20 anos. Já conheceu quase todo o mundo em suas
transmitido para todo o Brasil. viagens.
➢Woodhead ZVJ, Crinion J, Teki S, Penny W, Price CJ, Leff AP. Auditory training changes
temporal lobe connectivity in ‘Wernicke’s aphasia’: a randomised trial. J Neurol
Neurosurg Psychiatry. 2017; 88(7): 586–594.
TERAPIA DE
EMISSÃO
ORAL
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Oral
Entrada Fonética Entrada Ortográfica
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
Estratégias
o Gesto altamente simbólico pareado com seu som associado (Tchau/ oi);
o Comunicação Alternativa.
Entrada Fonética Entrada Ortográfica
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: The emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
Reabilitação do Processamento Fonológico
o Leitura;
o Repetição;
o Nomeação oral;
o Flexão de Verbos;
o Derivações;
PALAVRA-ALVO
RIMA ASSOCIAÇÃO
Rima com… Isso me lembra…
Leonard C, Rochon E, Laird L. Treating naming impairments in aphasia: Findings from a phonological components analysis treatment. Aphasiology. 2008; 22(9):923-947
Reabilitação do Processamento Fonológico
TERAPIA DE TRAÇOS DE ANÁLISES FONOLÓGICO
https://tactustherapy.com/pca-phonological-components-analysis-aphasia/
https://www.youtube.com/watch?v=Feb47Y8t1N8
Exemplo de
Planejamento para
terapia fonológica
AI OI
UI EI
Passos do treino
➢Figura + apoio gráfico= Leitura, Repetição
➢Lista de palavras= Leitura + Repetição
➢Figura sem apoio gráfico = Repetição
➢Figura sem apoio gráfico = Nomeação com pista fonêmica
➢Figura sem apoio gráfico = Nomeação sem pista
➢Complementação de frases usando a palavra alvo= Ex: O rio está cheio de PATO
➢Leitura de frases com fonema alvo = O PASSARINHO PIOU
➢Repetição de frases com fonema alvo = O PASSARINHO PIOU
➢Elaboração espontânea de frases com o fonema alvo
Reabilitação do Processamento Semântico
/fogão/
ESTRATÉGIAS GERAIS
o Evocação de elementos de uma mesma classe semântica (começando com campos abrangentes,
reduzindo para campos mais específicos);
o Evocação de palavras por meio de complementação de frases;
o Associação livre (associar palavras que se relacionem de alguma maneira com a palavra alto);
o Descrição de imagens e de objetos;
Pamies MP, Pena-Casanova J, Pulido JH. Reabilitação da Anomia. In: Pena-Casanova J, Pamies MP. Reabilitação das Afasias e Transtornos Associados. Barueri, SP: Manole, 2005. P. 206-217.
REABILITAÇÃO DO PROCESSAMENTO SEMÂNTICO
ESTRATÉGIAS GERAIS
o Formação de palavras;
o Julgamentos;
o Sinônimos;
o Antônimos;
o Derivados;
o Compostos;
o Definição de conceitos, entre outros.
Pamies MP, Pena-Casanova J, Pulido JH. Reabilitação da Anomia. In: Pena-Casanova J, Pamies MP. Reabilitação das Afasias e Transtornos Associados. Barueri, SP: Manole, 2005. P. 206-217.
REABILITAÇÃO DO PROCESSAMENTO SEMÂNTICO
Terapia de Análise de Traços Semânticos
PALAVRA-ALVO
Coelho CA, McHugh RE, Boyle M. Semantic feature analysis as a treatment for aphasic dysnomia: A replication, Aphasiology. 2000; 14 (2), 133-142.
REABILITAÇÃO DO PROCESSAMENTO SEMÂNTICO
Terapia de Análise de Traços Semânticos
https://tactustherapy.com/semantic-feature-analysis-sfa-anomia/
https://www.youtube.com/watch?v=BgfJkA9omLs
http://www.speechlessdoc.com/blog-summary/2015/4/13/video-therapy-v
REABILITAÇÃO DO PROCESSAMENTO SEMÂNTICO
AL Harbi MF, Armijo-Olivo S; Kim ES. Transcranial direct current stimulation (tDCS) to improve naming ability in post-stroke aphasia: A critical
review. Behav Brain Res. 2017; 332: 7-15.
Hung J, Bauer A; Grossman M; Hamilton RH; Coslett HB; Reilly J. Semantic Feature Training in Combination with Transcranial Direct Current
Stimulation (tDCS) for Progressive Anomia. Front Hum Neurosci; 2017; 11: 252-263.
Reabilitação do Processamento Sintático
o Tratamentos de sintaxe são projetados para melhorar a estrutura gramatical dos enunciados em
indivíduos com déficits no nível das sentenças;
o Na reabilitação do agramatismo, é imprescindível apresentar os estímulos em uma ordem lógica e
progressiva de dificuldade;
o É aconselhável realizar uma intervenção multimodal e iniciar por tarefas que gerem
automatização das construções mais usuais para o paciente.
Pena-Casanova J, Pamies MP. Reabilitação das Afasias e Transtornos Associados. Barueri, SP: Manole, 2005. P. 147-189.
REABILITAÇÃO DO PROCESSAMENTO SINTÁTICO
o O treino pode ser realizado por meio do diálogo, descrição de pranchas e/ou com apoio da
escrita;
o Uma das estratégias é fornecer ao paciente frases simples, seguidos de perguntas que suscitam o
paciente a completar o elemento que está faltando;
o Além disso, canções e versos também podem ser empregados, uma vez que o ritmo pode facilitar
a retenção dos sintagmas.
REABILITAÇÃO DO PROCESSAMENTO SINTÁTICO
ESTRATÉGIAS GERAIS
o Complementação de frases
o Ordenação de frases
Edmonds LA, Nadeau S, Kiran S. Effect of Verb Network Strengthening Treatment (VNeST) on lexical retrieval of content words in sentences in persons with aphasia. Aphasiology. 2009; 23: 402–424.
A costureira o tecido
O médico a altura
Medir
O pedreiro o teto
QUEM???? O QUE????
QUANDO???? ONDE????
REABILITAÇÃO DO PROCESSAMENTO SINTÁTICO
o O objetivo da reabilitação do léxico é fazer com que o paciente disponha do maior número
possíveis de palavras e que sua evocação seja produzida com facilidade em qualquer situação
normal de comunicação;
o As estratégias a serem desenvolvidas deverão ser baseadas no tipo de falha que o paciente
apresenta (lexical, semântica ou fonológica).
RACIOCÍNIO CLÍNICO
Entrada Fonética Entrada Ortográfica
Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: The emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
Exemplo de
Planejamento para
terapia de anomia
1) Compensação
2) Atividades Planejadas
Princípios da 3) Monitoramento
Reabilitação
4) Intervenção Precoce
5) Motivação
Deve ser centrada no distúrbio
de articulação;
Princípios da
Reabilitação Considerar as variáveis que interferem
na produção:
• Modo de produção
• Posição do fonema
• Frequência do fonema
• Frequência da palavra
• Extensão da palavra
• Distância entre fonemas Sucessivos
• Dificuldades em Fonemas Iniciais
1) Não são todos os pacientes que são candidatos à terapia (?)
o Ritmo e Velocidade
o Facilitação Intersistêmica/reorganização
o Outros
APRAXIA DE FALA GRAVE
Controle Voluntário de Emissões
Involuntárias
PROMPT
Terapia Comportamental
“È IMPORTANTE LEMBRARMOS QUE O PROCESSO
TERAPÊUTICO É ÚNICO, APOIADO NA AVALIAÇÃO E
EVOLUÇÃO DE CADA PACIENTE”