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ATUAÇÃO

FONOAUDIOLÓGICA
NAS AFASIAS E
APRAXIA

Fga Dra. Ariella Belan


Fonoaudióloga (UNIFESP)
Especialização em Neurolinguística (FMUSP)
Doutorado e Pós Doutorado em Ciências (FMUSP)

2021
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Introdução: 3. Apraxias:
• Processamento da linguagem oral e gráfica; * Conceito
• Processamento da fala; * Manifestações Clínicas
* Avaliação
2. Conhecendo as Afasias:
* Reabilitação
* Conceito
* Manifestações Clínicas
* Classificação
* Reabilitação
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Introdução: 3. Apraxias:
• Processamento da linguagem oral e gráfica; * Conceito
• Processamento da fala; * Manifestações Clínicas
* Avaliação
2. Conhecendo as Afasias:
* Reabilitação
* Conceito
* Manifestações Clínicas
* Classificação
* Reabilitação
O QUE É LINGUAGEM?
o Sistema complexo e dinâmico de símbolos
convencionados, usado em diversas
modalidades para comunicação e pensamento
(ASHA, 1983);

o É uma função cognitiva complexa, permeada


por regras que permitem que os sons, palavras e
frases sejam organizados internamente e
desenvolvam as competências linguísticas
necessárias para os processos de compreensão
e expressão;
O QUE É FALA?
o A fala é conceitualmente compreendida como a
execução fonoarticulatória da linguagem, sua
execução motora.

o Neste processo estão envolvidos muitos


músculos que devem funcionar de forma
precisa e sincrônica, assim como os órgãos
fonoarticulatórios precisam estar íntegros e
funcionalmente apropriados.
ORGANIZAÇÃO
DO
SISTEMA
LINGUÍSTICO
FONÉTICA
FONOLOGIA
MORFOLOGIA
MORFOLOGIA
SINTAXE
SEMÂNTICA
PRAGMÁTICA
LÉXICO
PROCESSAMENTO
DA LINGUAGEM
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM
Entrada Fonética Entrada Ortográfica

Registro fonológico de Registro ortográfico de


entrada entrada

Léxico fonológico de Léxico ortográfico de


entrada entrada
Sistema
Regras de Conversão F-G semântico Regras de Conversão G - F
Léxico ortográfico de Léxico fonológico de
saída saída

Registro ortográfico de Registro fonológico de


saída saída

Saída Ortográfica Saída Fonética

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
COMPREENSÃO ORAL
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Compreensão
Entrada Fonética Entrada Ortográfica

Registro fonológico de Registro ortográfico de


entrada entrada

Léxico fonológico de Léxico ortográfico de


entrada entrada
Sistema
Regras de Conversão F-G semântico Regras de Conversão G - F
Léxico ortográfico de Léxico fonológico de
saída saída

Registro ortográfico de Registro fonológico de


saída saída

Saída Ortográfica Saída Fonética

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM:
Compreensão Oral
Entrada Fonética MALA

Registro fonológico de entrada


/M/ /A/ /L/ /A/

Léxico fonológico de entrada Espécie de caixa,


geralmente de couro, com
Sistema armação de madeira, em
semântico que se arrumam os
/MALA/ objetos dos quais se
necessita em viagem.

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM:
Compreensão Oral
o É a capacidade do ser humano de distinguir sons ambientais, selecionar, agrupar,
manipular e integrar aqueles que compõem o código conhecido da fala e de organizar
estes sons numa sequência temporal, de forma a permitir a “montagem” de palavras e
frases.

o LOBO TEMPORAL: Manipula os estímulos auditivos que recebe das estruturas


subcorticais, reagrupando-os, filtrando os estímulos desnecessários, preenchendo
lacunas, permitindo a criação de um todo coeso que possa fazer sentido para quem
ouve.
LINGUAGEM – Compreensão Oral
Giro temporal superior esquerdo

Onda sonora

Giro temporal superior posterior


Identificação Léxico: Identificação
dos sons de
da fala Palavras familiares
Giro temporal superior anterior

PALAVRAS Semântico:
Significado das
palavras

Área de Wernicke

Adaptado de : Mansur, L. L, & Radanovic, M. (2003). Neurolinguística, princípios para a prática clínica. São Paulo, SP: iEditora
Giro temporal superior esquerdo

Palavra 1 Palavra 2 Palavra 3

COMPREENSÃO ORAL DE Processamento Processamento


SENTENÇAS Sintático Semântico

Giro Supramarginal e Giro Angular:


Conhecimento Contexto
De mundo
Áreas Associativas ( Temporal e Parietal) Significado da Áreas Associativas ( Temporal e Parietal)
Sentença
Inferência Prosódia
Área de Wernicke

Adaptado de : Mansur, L. L, & Radanovic, M. (2003). Neurolinguística, princípios para a prática clínica. São Paulo, SP: iEditora
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM:
Compreensão Gráfica
o A possibilidade de compreender e
interpretar símbolos gráficos
depende da integridade das vias de
conexão entre o sistema visual
(LOBO OCCIPITAL) e as áreas da
linguagem, configurando uma
associação multimodal (visual-
auditiva) entre o córtex temporal e
áreas parietooccipitais adjacentes;
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM:
Compreensão Gráfica
Entrada Ortográfica MALA

Registro ortográfico de
M –A- L-A entrada

Espécie de caixa, Léxico ortográfico de entrada


geralmente de couro, com
armação de madeira, em
que se arrumam os
Sistema MALA
objetos dos quais se
semântico
necessita em viagem.

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
Lobo Occipital

Palavra 1 Palavra 2 Palavra 3

LEITURA DE Processamento Processamento


SENTENÇAS Sintático Semântico

Giro Supramarginal e Giro Angular:


Conhecimento Contexto
De mundo
Áreas Associativas ( Temporal e Parietal) Significado da Áreas Associativas ( Temporal e Parietal)
Sentença
Inferência Prosódia
Área de Wernicke

Adaptado de : Mansur, L. L, & Radanovic, M. (2003). Neurolinguística, princípios para a prática clínica. São Paulo, SP: iEditora
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Compreensão
o A área de Wernicke, portanto, é um
processador da forma das palavras,
independentemente de sua representação
sensorial, e coordena a interação recíproca
entre elas e o significado semântico;

o Assim, a área de Wernicke atua na


decodificação do material linguístico para a
compreensão do significado e na codificação
do conceito em palavras, etapa necessária
para a expressão verbal.
EMISSÃO ORAL
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Oral
Entrada Fonética Entrada Ortográfica

Registro fonológico de Registro ortográfico de


Nomeação
entrada entrada

Léxico fonológico de Léxico ortográfico de


entrada entrada
Sistema
Regras de Conversão F-G semântico
Léxico ortográfico de
saída
Léxico fonológico de
saída /MALA/
Registro ortográfico de Registro fonológico de
saída
Espécie de caixa,
geralmente de couro, com saída /M/ /A/ /L/ /A/
armação de madeira, em
que se arrumam os
Saída Ortográfica objetos dos quais se Saída Fonética
necessita em viagem.

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Oral
Entrada Fonética Entrada Ortográfica

Registro fonológico de /L/ /U/ /F/ /I/ Registro ortográfico de


entrada entrada

Léxico fonológico de Léxico ortográfico de


entrada entrada
Sistema
Regras de Conversão F-G semântico Regras de Conversão G - F
Léxico ortográfico de Léxico fonológico de
saída saída

Registro ortográfico de Registro fonológico de


saída saída /L/ /U/ /F/ /I/
Saída Ortográfica Repetição Saída Fonética
Pseudopalavras

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Oral
Entrada Fonética Entrada Ortográfica

Registro fonológico de Registro ortográfico de


entrada /M/ /A/ /L/ /A/ entrada

Léxico fonológico de
entrada
/MALA/ Léxico ortográfico de
entrada
Sistema
semântico
Léxico ortográfico de Léxico fonológico de
saída saída /MALA/
Registro ortográfico de Registro fonológico de
saída saída /M/ /A/ /L/ /A/
Saída Ortográfica Repetição Saída Fonética
PALAVRAS

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Oral
Entrada Fonética Entrada Ortográfica

Registro fonológico de Registro ortográfico de /L/ /U/ /F/ /I/


entrada entrada

Léxico fonológico de Léxico ortográfico de


entrada entrada
Sistema
Regras de Conversão F-G semântico Regras de Conversão G - F
Léxico ortográfico de Léxico fonológico de
saída saída

Registro ortográfico de Registro fonológico de


saída saída

Leitura
/L/ /U/ /F/ /I/
Saída Ortográfica Saída Fonética
Pseudopalavras

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Oral
Entrada Fonética Entrada Ortográfica

Registro fonológico de Registro ortográfico de /M/ /A/ /L/ /A/


entrada entrada

Léxico fonológico de
entrada
Léxico ortográfico de
entrada /MALA/
Sistema
Regras de Conversão F-G semântico Regras de Conversão G - F
Léxico ortográfico de Léxico fonológico de
saída saída /MALA/
Registro ortográfico de Registro fonológico de
saída saída

Leitura
/M/ /A/ /L/ /A/
Saída Ortográfica Saída Fonética
Palavras

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
Área de
Giro temporal superior esquerdo
Wernicke
Fascículo Arqueado
Cerebelo Ínsula N. Base

Planejamento dos padrões


motores da palavra Planejamento do Córtex Pré Motor (Giro
Montagem final (sintática ato motor da fala Frontal Superior)
e motora) da fala.
Iniciativa/
(Broca) Giro Frontal Inferior Motivação
Execução do ato
Área Motora Córtex Motor Primário (Giro
Suplementar motor da fala:
Pré Central)
Articulação

Movimentos Tronco Cerebral (N. Cranianos)


Orofaciais
EMISSÃO GRÁFICA
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Gráfica
Entrada Fonética Entrada Ortográfica
Nomeação
Registro fonológico de Registro ortográfico de
entrada entrada

Léxico fonológico de Léxico ortográfico de


entrada entrada
Sistema
Regras de Conversão F-G semântico Regras de Conversão G - F
Léxico ortográfico de Léxico fonológico de
/MALA/ saída saída

M-A-L-A Registro ortográfico de Espécie de caixa, Registro fonológico de


saída geralmente de couro, com saída
armação de madeira, em
que se arrumam os
Saída Ortográfica objetos dos quais se Saída Fonética
necessita em viagem.

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Gráfica
Entrada Fonética Entrada Ortográfica

Registro fonológico de Registro ortográfico de L-U-F-I


entrada entrada

Léxico fonológico de Léxico ortográfico de


entrada entrada
Sistema
Regras de Conversão F-G semântico Regras de Conversão G - F
Léxico ortográfico de Léxico fonológico de
saída saída

Registro ortográfico de Registro fonológico de


L-U-F-I saída saída

Saída Ortográfica Cópia Saída Fonética


Pseudopalavras

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Gráfica
Entrada Fonética Entrada Ortográfica

Registro fonológico de Registro ortográfico de


entrada entrada
/M/ /A/ /L/ /A/

Léxico fonológico de Léxico ortográfico de


entrada
Sistema
entrada /MALA/
Regras de Conversão F-G semântico Regras de Conversão G - F
Léxico ortográfico de Léxico fonológico de
/MALA/ saída saída

Registro ortográfico de Registro fonológico de


saída /M/ /A/ /L/ /A/ saída

Saída Ortográfica Saída Fonética


Cópia
Palavras

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Gráfica
Entrada Fonética Entrada Ortográfica

Registro fonológico de
entrada
/L/ /U/ /F/ /I/ Registro ortográfico de
entrada

Léxico fonológico de Léxico ortográfico de


entrada entrada
Sistema
Regras de Conversão F-G semântico Regras de Conversão G - F
Léxico ortográfico de Léxico fonológico de
saída saída

Registro ortográfico de
saída
L-U-F-I Registro fonológico de
saída

Saída Ortográfica Saída Fonética Ditado


Pseudopalavras

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Gráfica
Entrada Fonética Entrada Ortográfica

Registro fonológico de Registro ortográfico de


entrada /M/ /A/ /L/ /A/ entrada

Léxico fonológico de Léxico ortográfico de


entrada /MALA/Sistema entrada
Regras de Conversão F-G semântico Regras de Conversão G - F
Léxico ortográfico de Léxico fonológico de
saída /MALA/ saída

Registro ortográfico de Registro fonológico de


saída M-A-L-A saída

Saída Ortográfica Saída Fonética Ditado


Palavras

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
Área de
Giro temporal superior esquerdo
Wernicke
Fascículo Arqueado
Cerebelo N. Base

Planejamento do
Planejamento dos padrões Córtex Pré Motor (Giro
ato motor da Frontal Superior)
motores da escrita
escrita

Iniciativa/
(Exner) Córtex Motor Primário Motivação
Execução do ato
Área Motora Córtex Motor Primário (Giro
Suplementar motor da
Pré Central)
escrita

Movimentos
manuais
PROCESSAMENTO
DA FALA
Modelo de Processamento de Fala

Modelo de 3 níveis Modelo de 4 níveis


❖Planejamento Linguístico A integração sensório-motora como a
base para o controle motor (input como
❖Planejamento Motor PARTE do controle motor e coordenação
da fala:
❖Execução ❖Planejamento Linguístico
❖Planejamento Motor
❖Programação Motora
❖Execução;
1. PLANEJAMENTO LINGUÍSTICO

(van der Merwe, 2009)


2. PLANEJAMENTO MOTOR
3. PROGRAMAÇÃO MOTORA
4. EXECUÇÃO

Execução
❖A estrutura de quatro níveis modifica nossa visão tradicional de afasia, apraxia da fala
e disartria como sendo rupturas em um dos três níveis (do modelo de três níveis);

❖A diferenciação entre as fases do planejamento (simbólico linguístico, planejamento


motor, programação motora e execução) sugere que é possível conceber um distúrbio
distinto em cada um desses níveis;

❖Um fator complicador, no entanto, é o envolvimento de algumas estruturas neurais


em vários níveis de funcionamento, o que torna possível a co-ocorrência de mais de um
distúrbio;
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Introdução:
• Processamento da linguagem oral e gráfica;
• Processamento da fala;

2. Conhecendo as Afasias: 3. Apraxias


* Conceito * Conceito
* Manifestações Clínicas * Manifestações Clínicas
* Classificação
* Avaliação
* Reabilitação
* Reabilitação
AFASIAS
IDENTIFICANDO
AS AFASIAS
Paciente

Aplicação de testes de
acesso lexical
PERGUNTAS NORTEADORAS:
1. ANOMIA???
Problema de acesso
lexical (ANOMIA)

Diagnostico de Afasia

Adaptado de : Helm-Estabrooks, Albert & Nicholas. (2014). Manual of Aphasia and Aphasia Therapy. Autin, Texas: proedinc
PERGUNTAS NORTEADORAS:
2. FLUÊNCIA???

Diagnostico de Afasia
Pergunta aberta
Descrição de cena
Obtenção das Amostras de Discurso
Pergunta de cunho histórico ou emocional

Média de palavras das três frases mais longas, na três condições


(0 a 5 palavras) (6 a 8 palavras) (9 ou mais palavras)

Afasias não fluentes Afasias borderlines Afasias fluentes


Afasia de Broca fluentes Afasia de Wernicke
Transcortical Motora Afasia Talâmica Transcortical Sensorial
Afasia Global Afasias Não Talâmicas Afasia de Condução
Afasia Mista (NF) (núcleos da base) Afasia Anômica

Adaptado de : Helm-Estabrooks, Albert & Nicholas. (2014). Manual of Aphasia and Aphasia Therapy. Autin, Texas: proedinc
IDENTIFICANDO AS AFASIAS
CARACTERÍSTICA DA FALA TIPO DE AFASIA
FALA ESPONTÂNEA FLUENTE NÃO FLUENTE
Número de Palavras 100 a 200 < 50
Prosódia normal disprosódia
Articulação normal disartria
Esforço Inicial normal grande
Extensão de frases 5 a 8 palavras Curta (1)
Conteúdo das palavras Faltam substantivos Faltam palavras funcionais
Parafasias frequentes Menos frequentes

Adaptado de : Mansur, L. L, & Radanovic, M. (2003). Neurolinguística, princípios para a prática clínica. São Paulo, SP: iEditora
PERGUNTAS NORTEADORAS:
Compreensão de comandos
3. COMPREENSÃO???
Respostas Sim e Não
Compreensão de Narrativas
Aplicação de testes de compreensão
auditiva

Habilidades de Compreensão Auditiva

Afasias não fluentes Afasias fluentes

Muito Grave Moderada/Grave Leve Moderada/Grave Leve

Broca Wernicke Condução


Afasia Global Afasia Mista
TCM TCS Anômica

Adaptado de : Helm-Estabrooks, Albert & Nicholas. (2014). Manual of Aphasia and Aphasia Therapy. Autin, Texas: proedinc
PERGUNTAS NORTEADORAS:
4. REPETIÇÃO???

Aplicação de testes padronizados de


repetição

Habilidades de Repetição

Afasias não fluentes Afasias fluentes

Ruim Ruim Ruim Boa Boa Ruim Ruim

Global Mista Broca TCM Wernicke TCS Condução

Adaptado de : Helm-Estabrooks, Albert & Nicholas. (2014). Manual of Aphasia and Aphasia Therapy. Autin, Texas: proedinc
IDENTIFICANDO AS MANIFESTAÇÕES
MANIFESTAÇÕES DE LINGUAGEM: PARAFASIAS
➢Parafasia fonética: PROGRAMAÇÃO MOTORA (?)
➢Parafasia fonêmica: cavalo = cajalo ou vacalo
➢Parafasia morfêmica: menino = menina; andamos = andar; pintor =pinteiro;
➢Parafasia formal: martelo = marmelo;
IDENTIFICANDO AS MANIFESTAÇÕES
MANIFESTAÇÕES DE LINGUAGEM: PARAFASIAS
➢Parafasia verbal: maçã = chapéu
➢Parafasia semântica: calça = blusa; trem = ônibus;
IDENTIFICANDO AS MANIFESTAÇÕES
MANIFESTAÇÕES DE LINGUAGEM: PARALEXIAS

➢Paralexias fonéticas, fonêmicas, formais, verbais, semânticas e literais;

➢Paralexia literal: Ocorre quando há troca da letra lida, por uma alteração de
decodificação da letra (falha na entrada); Quando há falha na produção oral da letra lida,
há uma paralexia fonêmica;
IDENTIFICANDO AS MANIFESTAÇÕES
MANIFESTAÇÕES DE LINGUAGEM: PARAGRAFIAS

➢Paralexias formais, verbais, semânticas, literais e grafêmicas;

➢Paragrafia literal: Ocorre quando há troca na escolha da letra (coma= come);

➢Paragrafia grafêmica: Troca na escolha dos grafemas (colchão = couxão; peixe = peiche);
Sal- Gato- Bola- Exportação- Horta
Boné

Espelho

Macaco

Praça/Parque= Bosque
Lanterna

Prédio/ Edifício
IDENTIFICANDO AS MANIFESTAÇÕES
MANIFESTAÇÕES DE LINGUAGEM: OUTRAS
➢ Paráfrase ➢ Neologismos
➢ Anomia ➢ Jargão (neologístico ou não neologístico)
➢ Circunlóquio ➢ Estereotipias
➢ Agramatismo ➢ Perseveração
➢ Paragramatismo ➢ Intrusão (Mais da Demência)
➢ Redução ➢ Supressão
CLASSIFICAÇÃO
MANIFESTAÇÕES TIPO DE AFASIA
Lesões Anteriores BROCA TRANSCORTICAL MOTORA
Fluência não fluente não fluente
Caract. Principal estereotipia, parafasias fonêmicas, redução da fala, simplificação
redução e agramatismo gramatical, ecolalia, parafasias fonéticas
Compreensão levemente comprometida levemente comprometida
Repetição Ruim boa
Nomeação ruim (erros semânticos, fonológicos, Prejudicada (parafasias e
estereotipias) perseverações)
Escrita proporcional à fala ou pior Proporcional à fala
CLASSIFICAÇÃO
MANIFESTAÇÕES TIPO DE AFASIA
Les. Posteriores WERNICKE TRANSCORTICAL CONDUÇÃO
SENSORIAL
Fluência fluente, jargonafásica, fluente fluente
logorreica, com neologismos
Caract. Principal Jargonafasia Parafasias semânticas , Parafasias fonêmicas e
anomias e circunlóquios formais, anomias
Compreensão Ruim Ruim Levemente comprometida
Repetição Ruim Boa Ruim
Nomeação Ruim (parafasias, Prejudicada Variável
circunlóquios)
Escrita Proporcional à fala Proporcional à fala Paragrafias literais e grafêmicas
CLASSIFICAÇÃO
MANIFESTAÇÕES TIPO DE AFASIA
Les. Mistas ANÔMICA TRANSCORTICAL MISTA GLOBAL
Fluência Fluente Não fluente Não fluente
Caract. Principal Anomias, parafasias Ecolalias e estereotipias Estereotipias
semânticas
Compreensão Levemente Ruim Ruim
comprometida
Repetição Boa Boa Ausente
Nomeação Ruim Prejudicada Ausente
Escrita Variável Leitura e Escrita Ausente
reduzidas
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO
➢A avaliação do paciente afásico vai muito além da aplicação de testes e levantamento de
hipóteses diagnósticas. É preciso relacionar todas as informações obtidas na anamnese
(informações pessoais detalhadas do paciente, histórico neurológicos e dados da lesão e
queixas atuais), com os resultados obtidos nos testes, levando em consideração o
processamento da linguagem do ponto de vista anátomo-fisiológico e os modelos da
neuropsicologia cognitiva.
AVALIAÇÃO
➢O processo avaliativo pode ser realizado de duas formas:

• avaliação informal= utiliza testes elaborados pelo próprio pesquisador/avaliador;

• avaliação formal= realizada a partir de protocolos padronizados;

➢Em ambos os tipos, é necessário realizar tarefas padrões, imprescindíveis para o


diagnóstico de afasias.
AVALIAÇÃO
➢Fala espontânea: Avaliação da fluência por meio de entrevista informal, entrevista
dirigida e/ou aplicação de testes específicos como descrição de pranchas visuais;

➢ Compreensão oral: Avalia a entrada auditiva para acessar o sistema semântico.


Envolvem a apresentação de material oral, com grau de complexidade diferente e o
paciente deve apontar a figura indicada a partir de uma instrução oral;

➢ Compreensão gráfica: Avalia a discriminação visual e reconhecimento de material gráfico


e a capacidade de estabelecer a conversão fonema-grafema. O método de aplicação se
assemelha à tarefa de compreensão oral, porém com estímulos escritos.
AVALIAÇÃO
➢Leitura: A leitura em voz alta de palavras, frases e parágrafos avalia a habilidade de
realizar a transcodificação audiofonatória (com ou sem acesso ao significado) e a
capacidade de ativação do sistema sintático (no caso da leitura de sentenças).

➢ Repetição: É uma tarefa extremamente importante para estabelecer diagnósticos


diferenciais de afasias, cuja finalidade é verificar também a habilidade de realizar a
transcodificação audiofonatória.
AVALIAÇÃO
➢Nomeação oral e Nomeação responsiva: Ambas tarefas avaliam o acesso lexical. Na
primeira tarefa, o paciente deve nomear objetos/figuras que lhe são mostrados
(nomeação por confrontação visual), permitindo a análise de todas as etapas do
processamento da nomeação (da percepção do objeto à nomeação); na segunda tarefa,
ele deve nomear o objeto com base em sua descrição, fornecida pelo avaliador;

➢ Emissão Gráfica: Avaliada a partir de tarefas de cópia, ditado e emissão gráfica


(descrição gráfica de uma prancha, por exemplo), verifica a integração e transcodificação
visual e audiográfica.
AVALIAÇÃO
➢As baterias de avaliação de linguagem para indivíduos cérebro lesados mais conhecidas
podem ser encontrados no estudo de revisão de Pagliarin et al. (2013);

Pagliarin KC, Oliveira CR, Silva BM, Calvette LF, Fonseca


RP. Intrumentos para avaliação da linguagem pós-lesão
cerebrovascular esquerda. Ver. CEFAC. 2013; 15(2):
444-454.
AVALIAÇÃO
➢Protocolos mais comumente citados e aplicados:
• M1- Alpha;
• M1- Beta (Nespoulous et al., 1986);
• Boston Diagnostic Aphasia Examination (BDAE – Goodglass e Kaplan, 1972, 1983);
• Western Aphasia Battery (WAB – Kertesz, 1982);
• Token Test (De Renzi e Vignolo, 1962).
• Bateria Montreal-Tolouse de avaliação de linguagem (MTL-Brasil).
➢ Aplicada em indivíduos de 19 a 75 anos;
➢ Escolaridade mínima de cinco anos;
➢ 22 tarefas:
• Entrevista dirigida
• Linguagem automática/Discurso narrativo oral/ Repetição/ Leitura
em voz alta/ Nomeação oral/ Fluência verbal semântica e
fonológica;
• Compreensão oral e escrita/ Manipulação de objetos sob ordens
verbais/ Reconhecimento de partes do corpo/lateralidade;
• Discurso narrativo escrito/ Cópia/ Escrita sob ditado/ Nomeação
escrita;
• Praxia não verbais;
• Ditado e Leitura de números/ Cálculo numérico.
AVALIAÇÃO
➢Testes complementares:
AVALIAÇÃO
Entrada Fonética Entrada Ortográfica

Registro fonológico de Registro ortográfico de


entrada entrada

Léxico fonológico de Léxico ortográfico de


entrada entrada
Sistema
Regras de Conversão F-G semântico Regras de Conversão G - F
Léxico ortográfico de Léxico fonológico de
saída saída

Registro ortográfico de Registro fonológico de


saída saída

Saída Ortográfica Saída Fonética

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Introdução:
• Processamento da linguagem oral e gráfica;
• Processamento da fala;

2. Conhecendo as Afasias: 3. Apraxias


* Conceito * Conceito
* Manifestações Clínicas * Manifestações Clínicas
* Classificação
* Avaliação
* Reabilitação
* Reabilitação
APRAXIA
Demência

Afasia

Apraxia de fala

Disartria
PRAXIA: Função cognitiva responsável
pela programação dos atos motores
APRAXIA: FALHA no planejamento e programação dos atos motores
Tipos de Apraxias
❖ As apraxias, em geral, são divididas em
apraxia ideomotora e ideatória:

❖ A apraxia ideatória é a inabilidade de fazer


uso de um objeto ou gesto, devido a perda do
conhecimento de suas funções;
Tipos de Apraxias

❖A apraxia ideomotora refere-se a uma


dificuldade na performance dos movimentos
necessários para o uso de objetos, para
realização de gestos ou para uma sequencia
de movimentos isolados;
Tipos de Apraxias
❖Adicionalmente, as apraxias ideomotoras se subdividem em 3 tipos:

❖Apraxia de membros: Dificuldade para sequencializar movimentos de


pernas e braços, mãos e pés (voluntariamente);

❖Apraxia orofacial ou não verbal: Dificuldade na organização e planejamento


dos movimentos não vernais (lábios, língua, etc);

❖Apraxia de fala;
Apraxia de Fala
❖Distúrbio da programação e sequencialização dos movimentos durante a
produção voluntária de fonemas (Darley, 1969);

❖Distúrbio do planejamento motor da fala que afeta a produção de fala (Duffy,


2005; McNeil et al., 2009)
SNC
IDENTIFICANDO
A APRAXIA
Características de Apraxia de Fala
❖Aumento do erros, de acordo com a complexidade do ajuste motor;

❖Fonemas palatais e dentais mais suscetíveis a erros;

❖Produção de fricativos gera mais erros do que de plosivos, líquidos e nasais;

❖Palavras fundamentais ou com fator psicológico ou linguístico importante, maior carga gramatical
sofrem mais erros;

❖Situações ou conteúdos estressantes podem agravar os erros;


Características de Apraxia de Fala
❖Repetição dos fonemas dos pontos anteriores para posteriores é mais fácil do que o inverso;

❖Consoantes iniciais são mais afetadas que as consoantes em outras posições;

❖Efeito de frequência e extensão;

❖Pistas auditivas e visuais ajudam na produção das palavras;


Características de Apraxia de Fala
❖Consciência dos erros, mas dificuldade de autocorreções;

❖ Alterações na prosódia (fala mais lenta que o normal, dificuldade com entonação, ritmo e
melodia);

❖Diminuição da acurácia, quando aumenta-se o ritmo;

❖Fonemas mais frequentes na língua tendem a ser articulados mais facilmente do que os menos

frequentes
Novas manifestações na fala (Apraxia)
1. Intervalo prolongado entre os segmentos (fonemas, sílabas e palavras);

2. Distorção: dessonorização; demora no início da sonorização ou qualquer outra


tentativa do alvo com produção desviada do ponto, zona ou sonoridade em relação
à produção correta;

3. Prolongamento de vogal;

4. Prolongamento de consoante;

5. Substituição de consoante: troca de um fonema consonantal por outro com


mudança de pelo menos duas características fonológicas (ponto, zona ou
sonoridade);
Novas manifestações na fala (Apraxia)
6. Substituição de vogal;

7. Substituição-distorcida: produção desviada de um fonema não-alvo;

8. Omissão: ausência de um fonema ou sílaba da palavra;

9. Adição: acréscimo de um fonema ou sílaba na palavra;

10. Intrusão de chuá em encontro consonantal: /’pedãra/ ao invés de pedra;


Novas manifestações na fala (Apraxia)
11. Autocorreção: produção alvo com correção espontânea após a ocorrência de erros fonético-
fonológicos;

12. Ensaio em fonema: busca pelo fonema alvo com tentativas emitidas com separação da
produção final;

13. Ensaio em sílaba: busca pela sílaba alvo com tentativas emitidas com separação da produção
final;

14. Ensaio em palavra: busca pela palavra alvo com tentativas emitidas com separação da
produção final;

15. Starter em fonema: emissão repetida de fonema sem pausa até a produção final da palavra;
Novas manifestações na fala (Apraxia)
16. Starter em sílaba: emissão repetida de uma sílaba sem pausa até a produção final da
palavra;

17. Starter em palavra: emissão repetida de uma palavra sem pausa até a produção final;

18. Perseveração (Reiteração): substituição em que há ocorrência reiterada de um fonema que


apareceu anteriormente na palavra (cavalo= cavavo)

19. Antecipação: substituição na qual há a emissão de um fonema que apareceria na sequência


da palavra (cavalo= lavalo);

20. Transposição (Metatese): substituição na qual dois fonemas são invertidos na cadeia da
palavra (cavalo= vacalo)
O QUE É
DO
QUE?????
?
O QUE É DO QUE??????
Quadro 1. Classificação das manifestações fonético-fonológicas, segundo McNeil et al. (2009)

Manifestações Manifestações Manifestações fonéticas Manifestações Manifestações fonéticas ou


fonológicas provavelmente provavelmente fonéticas fonológicas
fonológicas

Antecipação Substituição Alteração de prosódia Starter em fonema Distorção

Transposição Autocorreção Velocidade lenta Ensaio em fonema Adição

Perseveração Starter em palavra Intervalo prolongado Omissão

Ensaio em palavra Prolongamento Substituição-distorcida

Intrusão de chuá Starter em sílaba


Ensaio em sílaba
Apraxia X Disartria X Afasia
HD Sindrômica HD Manifestação

Apraxia de fala Alteração de articulação e prosódia.

Disartria (distúrbio no controle neuromuscular, Alteração das 5 bases motoras da fala.


Darley et al., 1975)

Afasia (alterações em vários domínios da linguagem Alteração da emissão e compreensão oral e gráfica.
e suas modalidades) Erros fonológicos de perseveração, antecipação,
reiteração e metatese mais relacionados à falha
linguística que motora. Variabilidade de erros
fonológicos.
Apraxia X Afasia
Apraxia de fala Afasia

Distorção e velocidade lenta Parafasias fonêmicas (antecipação, reiteração, metatese,


perseveração)
Sentenças com prosódia e velocidade normais

Pequena variabilidade de erros e alta consistência na localização Alta variabilidade de erros e inconsistência na sua localização

Consoantes iniciais mais afetadas Alteração de compreensão oral e gráfica

Em geral, os erros envolvem apenas uma característica fonológica Em geral, os erros envolviam as 3 características fonológicas (zona,
(zona, modo articulatório ou sonoridade) (Canter et al., 1985) modo articulatório ou sonoridade)

Tentativa de produção do alvo, sem sucesso. Autocorreção.


Apraxia X Parafasias Fonêmicas
Característica Apraxia Parafasias Fonêmicas
Prosódia (Velocidade de fala) • Lentidão na produção de frases e sentenças • Velocidade de fala quase normal em frases e sentenças
• Incapacidade de aumentar a velocidade, mantendo a • Capacidade variável de aumentar a velocidade, mas
integridade fonêmica dentro dos limites normais, enquanto mantém a
integridade fonêmica

Taxa Microsegmental • Movimentos de transições entre os fonemas geralmente • Movimentos de transições entre os fonemas geralmente
prolongados normais
• Intervalos inter-palavras geralmente prolongados • Intervalos inter-palavras geralmente normais
Prolongamento de vogais nas palavras multissilábicas e • Duração da vogal usualmente normal
sentenças • Durações de movimento articulatórios dentro dos
• Duração dos movimentos articulatórios aumentados, na padrões normais
fala contextual • Ensaios articulatórios sucessivos para reparar um erro
• Ensaios articulátórios mal sucedidos levam mais perto do alvo
Efeito de Tonicidade • Presença de erros nas sílabas tônicas • Nenhuma relação clara entre tonicidade silábica e
frequência de erros

Características Fonológicas • Fonemas distorcidos perseverativos e antecipatórios e • Fonemas perseverativos antecipatórios não distorcidos
erros fonêmicos • Ausencia de distorção de fonemas
• Distorção dos fonemas • Ausência de substituições sonoras distorcidas
• Presença de substituições sonoras distorcidas, • Reiteração , metátese e antecipação
principalmente de fonemas iniciais e fonemas nasais
Avaliação da Apraxia
Subteste de agilidade oral do Boston
(Goodglass e Kaplan, 1984);

Avaliação Protocolo de avaliação da apraxia


verbal e não-verbal (Martins e Ortiz,
da Apraxia 2004);

BETA (Nespolous et al, 1986) – MTL-


Brasil;
Utilizar diferentes estímulos, considerando: Extensão da palavra:
mono, di, tri, polissílabas;

Frequência da palavra;

Frequência do fonema na língua;

Avaliação da Séries automáticas (contagem de números, dias da semana,


meses, orações);
Apraxia
Fala espontânea;

Leitura;

Repetição;
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Introdução:
• Processamento da linguagem oral e gráfica;
• Processamento da fala;

2. Conhecendo as Afasias: 3. Apraxias


* Conceito * Conceito
* Manifestações Clínicas * Manifestações Clínicas
* Classificação
* Avaliação
* Reabilitação
* Reabilitação
AFASIAS:
TERAPIA DE
COMPREENSÃO
ORAL
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM:
Compreensão
Entrada Fonética Entrada Ortográfica

Registro fonológico de Registro ortográfico de


entrada entrada

Léxico fonológico de Léxico ortográfico de


entrada entrada
Sistema
Regras de Conversão F-G semântico Regras de Conversão G - F
Léxico ortográfico de Léxico fonológico de
saída saída

Registro ortográfico de Registro fonológico de


saída saída

Saída Ortográfica Saída Fonética

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM:
Compreensão Oral
Entrada Fonética MALA

Registro fonológico de entrada


/M/ /A/ /L/ /A/

Léxico fonológico de entrada Espécie de caixa,


geralmente de couro, com
Sistema armação de madeira, em
semântico que se arrumam os
/MALA/ objetos dos quais se
necessita em viagem.

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
Desordens de Compreensão
o Estão sempre presentes em pacientes vítimas de LEA;

o Variam quanto ao tipo e grau de severidade, bem como a complexidade da mensagem auditiva;

o Podem acometer um ou as três etapas necessárias para compreensão da linguagem oral;


Desordens de Compreensão
o Nem sempre (ou quase nunca) é uma queixa do familiar;
o Um dos fatores que que levam a isso é o fato de que, muitas vezes, os pacientes "alocam”
recursos de outras áreas cognitivas para compreender
Desordens de Compreensão
o Estudos mostram o papel de ambos os hemisférios em tarefas de compreensão auditiva;
Como
trabalhar a
comprensão
oral???
Compreensão de PALAVRAS
o Aspectos psicofisiológicos dos sons verbais (Pacientes GRAVES):
DURAÇÃO: oposições de extensão (mono x polissílabas);
• INTENSIDADE: diferença do lugar em que incidem as sílabas tônicas;
• FREQUÊNCIA: Diferenciação entre os fonemas (frequência na língua);
Compreensão de PALAVRAS
o Poucos estímulos;
o Palavras semanticamente não relacionadas;
o Palavras fonologicamente distintas;
o Categorização/ Associação Semântica;
o Percepção auditiva;
o Uso de estratégias multimodais: objetos concretos, imagens, pista gráfica, entradas sensoriais.
Compreensão de FRASES SIMPLES
o Uso de material que permita a associação com situações vividas (o mais familiar possível);

o Associações com outros estímulos (demonstrações, figuras, frases escritas);

o Inicialmente, utilizar estruturas frasais simples = sujeito + verbo + complementos;

o ALERTA: considerar os aspectos de extensão da frase; A frase deve ter marcadores semânticos
(efeito de preditividade e entonação) a fim de favorecer a compreensão.
Compreensão de FRASES COMPLEXAS
o Ao inserir o treino de frases complexas, o ponto de apoio deve ser o semântico;

o Não se ater apenas ao conceito de extensão dos enunciados, pois nem sempre frases mais
extensas ou enunciados mais longos irão prejudicar a compreensão;

o Utilizar o efeito da preditividade, em que um a informação pode predizer a ocorrência de outra;


Compreensão de DISCURSO
o O contexto e o tema da narrativa são fatores essenciais para a compreensão;

o Os pacientes com LHE, apresentam maior dificuldade em relação aos processos linguísticos
básicos (fonológicos, sintáticos), enquanto os pacientes com LHD apresentam dificuldades mais
relacionais aos processos metalinguísticos;
EXEMPLOS
Associação
Semântica
Categorização
Semântica
FRUTA ANIMAL
Compreensão oral (Percepção Auditiva)
Compreensão oral (Estímulos distratores confundidores)
Compreensão oral (Estímulos distratores confundidores)
Compreensão/ Acesso Lexical Semântico
Animal, branco, gosta de cenoura.
Compreensão oral (Estímulos distratores confundidores)
Compreensão oral (Estímulos distratores confundidores)
Qual a falha deste paciente?
Entrada Fonética MALA

Registro fonológico de entrada


/M/ /A/ /L/ /A/

Léxico fonológico de entrada Espécie de caixa,


geralmente de couro, com
Sistema armação de madeira, em
semântico que se arrumam os
/MALA/ objetos dos quais se
necessita em viagem.

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
Anosognosia
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
o Composto por 12 etapas em que a evolução varia de acordo com a melhora do paciente;
o Cada etapa pode ser estendida pelo tempo necessário para que o paciente processe o estímulo
trabalhado;
o Sessões com média de duração entre 45 e 50 minutos;
o Paciente deve apontar para a figura solicitada oralmente pelo terapeuta.

De Luccia GP, Ortiz KZ. Proposal of comprehension stimulation for rehabilitating global aphasic patients. Neurorehabilitation & Neural Repair;
2002; 16 (1): 32
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
o A proposta de cada uma das etapas é repetida em casa, porém com estímulos diferentes;
o O terapeuta fornece ao paciente desenhos similares aos vistos em terapia, e este, com a ajuda
dos familiares, deve anotar, numa folha padronizada de respostas, os acertos e erros na
identificação dos estímulos, as dificuldades observadas e a frequência com que realizou a
atividade.

De Luccia GP, Ortiz KZ. Proposal of comprehension stimulation for rehabilitating global aphasic patients. Neurorehabilitation & Neural Repair;
2002; 16 (1): 32
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
o Todos os estímulos selecionados na confecção do material permitem a associação com situações
vividas;
o Nas terapias, são oferecidos dois estímulos de cada vez e, conforme são identificados pelo
paciente, são alterados, até que se cumpra todos os estímulos daquela etapa e se decida iniciar a
etapa seguinte;
o Apresentação de 10 estímulos por sessão;
o Todos os estímulos, em todas as etapas, são trabalhados com estimulação multimodal;

De Luccia GP, Ortiz KZ. Proposal of comprehension stimulation for rehabilitating global aphasic patients. Neurorehabilitation & Neural Repair;
2002; 16 (1): 32
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
o 1 ª e 2ª etapas - Sons não verbais e sons ambientais: existem diferenças no processamento verbal e não
verbal das informações recebidas auditivamente e ambos devem ser trabalhados

De Luccia GP, Ortiz KZ. Proposal of comprehension stimulation for rehabilitating global aphasic patients. Neurorehabilitation & Neural Repair;
2002; 16 (1): 32
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
➢3ª e 4ª etapas – Palavras isoladas com diferenciação na duração
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
o 5ª e 6ª etapas – Palavras isoladas com diferenciação na intensidade
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
o 7ª etapa – Palavras isoladas com diferenciação na frequência
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
o 8ª etapa – Frases simples: SUJEITO + VERBO

A mulher escreve O homem telefona


Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
o 9ª etapa – Frases simples: SUJEITO + VERBO + OBJETO

A mulher mexe na panela O homem dorme na cama


Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
o 10ª etapa– Frases complexas com preditividade

O casal escreve uma carta. Eles irão enviá-la para sua filha. A chuva começou a cair com força. Todos estão correndo.
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
➢11ª etapa– Frases complexas sem preditividade

A mulher faz compras no supermercado. As mercadorias estão A mulher come um lanche na praia. O sol está
muito caras muito quente
Treino de compreensão oral para pacientes
afásicos graves (globais)
o 12ª etapa– Texto simples
1. O homem é locutor de rádio. Todos os dias pela 2) O homem é piloto de avião. Ele trabalha no aeroporto
manhã ele apresenta um programa de notícias que é faz 20 anos. Já conheceu quase todo o mundo em suas
transmitido para todo o Brasil. viagens.

Pergunta: Quando o programa é apresentado? Pergunta: Onde o homem trabalha?


( ) manhã ( ) aeroporto
( ) tarde ( ) teatro
( ) noite ( ) loja
( ) madrugada ( ) fábrica
Reabilitação das desordens de compreensão
UM POUCO MAIS...
➢Imaezue GC, Salako IA. Aphasia Rehabilitation of Auditory Word Comprehension-
Impaired Stroke Patients. J Neurol Transl Neurosci. 2017; 5(1): 1077-1083.

➢Woodhead ZVJ, Crinion J, Teki S, Penny W, Price CJ, Leff AP. Auditory training changes
temporal lobe connectivity in ‘Wernicke’s aphasia’: a randomised trial. J Neurol
Neurosurg Psychiatry. 2017; 88(7): 586–594.
TERAPIA DE
EMISSÃO
ORAL
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM: Emissão Oral
Entrada Fonética Entrada Ortográfica

Registro fonológico de Registro ortográfico de


entrada entrada

Léxico fonológico de Léxico ortográfico de


entrada entrada
Sistema
Regras de Conversão F-G semântico Regras de Conversão G - F
Léxico ortográfico de Léxico fonológico de
saída saída

Registro ortográfico de Registro fonológico de


saída saída

Saída Ortográfica Saída Fonética

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: yhe emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
Estratégias

Objetivos Específicos Estratégias


1. Vocalização; 1a. PROMPT
1b. Emissão de vogais isoladas;
1c. Emissão de palavras simples
(contextualizadas) com fonema alvo;
1d. CSA?
REABILITAÇÃO DAS DESORDENS DE EMISSÃO ORAL

Estratégias para pacientes que não falam


o Tarefas de fala automática: contar, dizer os dias da semana, recitar pequenos poemas, rimas
ou rezas;

o Completar frases previsíveis: “Eu quero uma xícara de ...”;

o Cantar o Parabéns a você.

o Transformar as palavras da canção em frases;

o Bocejar, induzir produção vocal por estímulo no diafragma;


REABILITAÇÃO DAS DESORDENS DE EMISSÃO ORAL

Estratégias para pacientes que não falam


o Laringe artificial para eliciar a fonação;

o Gesto altamente simbólico pareado com seu som associado (Tchau/ oi);

o Os pacientes que permanecem em mutismo devem realizar movimentos não verbais;

o Comunicação Alternativa.
Entrada Fonética Entrada Ortográfica

Registro fonológico de Registro ortográfico de


entrada entrada

Léxico fonológico de Léxico ortográfico de


entrada entrada
Sistema
Regras de Conversão F-G semântico Regras de Conversão G - F
Léxico ortográfico de Léxico fonológico de
saída saída

Registro ortográfico de Registro fonológico de


saída saída

Saída Ortográfica Saída Fonética

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: The emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
Reabilitação do Processamento Fonológico

/Co.../ /Tol.../ /Fol.../


/BOLA/!!!!

/É..../ não sei... /é.../


Eu sei o que é...
Reabilitação do Processamento Fonológico
ESTRATÉGIAS GERAIS

o Leitura;

o Repetição;

o Nomeação oral;

o Atividades de consciência fonológica;

o Estimulação da alça fonológica da memória operacional;


Reabilitação do Processamento Fonológico
ESTRATÉGIAS GERAIS

o Treinamento, formação de fonemas e conhecimento sequência fonológica → permite produção


de todas as palavras → generalização;

o Flexão de Verbos;

o Derivações;

o Fluência verbal fonológica;


Reabilitação do Processamento Fonológico
Terapia de Análise de Traços Fonológicos

SOM INICIAL SÍLABAS SOM FINAL


Começa com… Tem XXX sílabas … Termina com…

PALAVRA-ALVO

RIMA ASSOCIAÇÃO
Rima com… Isso me lembra…

Leonard C, Rochon E, Laird L. Treating naming impairments in aphasia: Findings from a phonological components analysis treatment. Aphasiology. 2008; 22(9):923-947
Reabilitação do Processamento Fonológico
TERAPIA DE TRAÇOS DE ANÁLISES FONOLÓGICO

https://tactustherapy.com/pca-phonological-components-analysis-aphasia/

https://www.youtube.com/watch?v=Feb47Y8t1N8
Exemplo de
Planejamento para
terapia fonológica
AI OI

UI EI
Passos do treino
➢Figura + apoio gráfico= Leitura, Repetição
➢Lista de palavras= Leitura + Repetição
➢Figura sem apoio gráfico = Repetição
➢Figura sem apoio gráfico = Nomeação com pista fonêmica
➢Figura sem apoio gráfico = Nomeação sem pista
➢Complementação de frases usando a palavra alvo= Ex: O rio está cheio de PATO
➢Leitura de frases com fonema alvo = O PASSARINHO PIOU
➢Repetição de frases com fonema alvo = O PASSARINHO PIOU
➢Elaboração espontânea de frases com o fonema alvo
Reabilitação do Processamento Semântico

/fogão/

/É..../ não sei... /é.../


Eu sei o que é...
REABILITAÇÃO DO PROCESSAMENTO SEMÂNTICO

ESTRATÉGIAS GERAIS
o Evocação de elementos de uma mesma classe semântica (começando com campos abrangentes,
reduzindo para campos mais específicos);
o Evocação de palavras por meio de complementação de frases;
o Associação livre (associar palavras que se relacionem de alguma maneira com a palavra alto);
o Descrição de imagens e de objetos;

Pamies MP, Pena-Casanova J, Pulido JH. Reabilitação da Anomia. In: Pena-Casanova J, Pamies MP. Reabilitação das Afasias e Transtornos Associados. Barueri, SP: Manole, 2005. P. 206-217.
REABILITAÇÃO DO PROCESSAMENTO SEMÂNTICO
ESTRATÉGIAS GERAIS
o Formação de palavras;
o Julgamentos;
o Sinônimos;
o Antônimos;
o Derivados;
o Compostos;
o Definição de conceitos, entre outros.

Pamies MP, Pena-Casanova J, Pulido JH. Reabilitação da Anomia. In: Pena-Casanova J, Pamies MP. Reabilitação das Afasias e Transtornos Associados. Barueri, SP: Manole, 2005. P. 206-217.
REABILITAÇÃO DO PROCESSAMENTO SEMÂNTICO
Terapia de Análise de Traços Semânticos

GRUPO USO AÇÃO


É um/uma… É usado para… Faz o quê?

PALAVRA-ALVO

PROPRIEDADES LOCALIZAÇÃO ASSOCIAÇÃO


Ele/ela tem… É encontrado…. Isso me lembra…
Ele/ela é de…

Coelho CA, McHugh RE, Boyle M. Semantic feature analysis as a treatment for aphasic dysnomia: A replication, Aphasiology. 2000; 14 (2), 133-142.
REABILITAÇÃO DO PROCESSAMENTO SEMÂNTICO
Terapia de Análise de Traços Semânticos
https://tactustherapy.com/semantic-feature-analysis-sfa-anomia/

https://www.youtube.com/watch?v=BgfJkA9omLs

http://www.speechlessdoc.com/blog-summary/2015/4/13/video-therapy-v
REABILITAÇÃO DO PROCESSAMENTO SEMÂNTICO

o Estudos recentes, utilizando estratégias de neuromodulação e, uso combinado de


neuromodulação e terapia de traços semânticos têm encontrados bons resultados, entretanto, os
autores relatam que, embora essa abordagem possa ser promissora, mais estudos são
necessários, uma vez que ainda se encontram em nível experimental.

AL Harbi MF, Armijo-Olivo S; Kim ES. Transcranial direct current stimulation (tDCS) to improve naming ability in post-stroke aphasia: A critical
review. Behav Brain Res. 2017; 332: 7-15.
Hung J, Bauer A; Grossman M; Hamilton RH; Coslett HB; Reilly J. Semantic Feature Training in Combination with Transcranial Direct Current
Stimulation (tDCS) for Progressive Anomia. Front Hum Neurosci; 2017; 11: 252-263.
Reabilitação do Processamento Sintático

/Eu querer feijão


comer/
REABILITAÇÃO DO PROCESSAMENTO SINTÁTICO

o Tratamentos de sintaxe são projetados para melhorar a estrutura gramatical dos enunciados em
indivíduos com déficits no nível das sentenças;
o Na reabilitação do agramatismo, é imprescindível apresentar os estímulos em uma ordem lógica e
progressiva de dificuldade;
o É aconselhável realizar uma intervenção multimodal e iniciar por tarefas que gerem
automatização das construções mais usuais para o paciente.

Pena-Casanova J, Pamies MP. Reabilitação das Afasias e Transtornos Associados. Barueri, SP: Manole, 2005. P. 147-189.
REABILITAÇÃO DO PROCESSAMENTO SINTÁTICO

o O treino pode ser realizado por meio do diálogo, descrição de pranchas e/ou com apoio da
escrita;
o Uma das estratégias é fornecer ao paciente frases simples, seguidos de perguntas que suscitam o
paciente a completar o elemento que está faltando;
o Além disso, canções e versos também podem ser empregados, uma vez que o ritmo pode facilitar
a retenção dos sintagmas.
REABILITAÇÃO DO PROCESSAMENTO SINTÁTICO

ESTRATÉGIAS GERAIS

o Recomposição das estruturas gramaticais e sintáticas

o Complementação de frases

o Ordenação de frases

o Destaque de determinados elementos linguísticos


O menino deu a maçã para a professora
REABILITAÇÃO DO PROCESSAMENTO SINTÁTICO

o A Terapia de Fortalecimento da Rede de Verbos: pode ser utilizada para casos de


agramatismo e anomias, uma vez que seu objetivo é promover a recuperação lexical no
contexto da sentença. Essa abordagem utiliza os verbos e seus papéis para ativar redes
semânticas e melhorar a produção de estruturas sintáticas básicas.

Edmonds LA, Nadeau S, Kiran S. Effect of Verb Network Strengthening Treatment (VNeST) on lexical retrieval of content words in sentences in persons with aphasia. Aphasiology. 2009; 23: 402–424.
A costureira o tecido

O médico a altura
Medir
O pedreiro o teto

QUEM???? O QUE????

QUANDO???? ONDE????
REABILITAÇÃO DO PROCESSAMENTO SINTÁTICO

Terapia de Fortalecimento da Rede de Verbos


➢https://www.youtube.com/watch?v=8R8ZFZVu2EE
➢https://www.youtube.com/watch?v=XwHOXPOZH6I
(REABILITAÇÃO DAS ANOMIAS)

o O objetivo da reabilitação do léxico é fazer com que o paciente disponha do maior número
possíveis de palavras e que sua evocação seja produzida com facilidade em qualquer situação
normal de comunicação;

o As estratégias a serem desenvolvidas deverão ser baseadas no tipo de falha que o paciente
apresenta (lexical, semântica ou fonológica).
RACIOCÍNIO CLÍNICO
Entrada Fonética Entrada Ortográfica

Registro fonológico de Registro ortográfico de


entrada entrada

Léxico fonológico de Léxico ortográfico de


entrada entrada
Sistema
Regras de Conversão F-G semântico Regras de Conversão G - F
Léxico ortográfico de Léxico fonológico de
saída saída

Registro ortográfico de Registro fonológico de


saída saída

Saída Ortográfica Saída Fonética

Adaptado de : Basso, A.; Marangolo, P. Cognitive neuropsychological rehabilitation: The emperor´s new clothes? East Sussex: Psychology Press, Publishers; 2000.
Exemplo de
Planejamento para
terapia de anomia
1) Compensação

2) Atividades Planejadas

Princípios da 3) Monitoramento
Reabilitação
4) Intervenção Precoce

5) Motivação
Deve ser centrada no distúrbio
de articulação;

Princípios da
Reabilitação Considerar as variáveis que interferem
na produção:
• Modo de produção
• Posição do fonema
• Frequência do fonema
• Frequência da palavra
• Extensão da palavra
• Distância entre fonemas Sucessivos
• Dificuldades em Fonemas Iniciais
1) Não são todos os pacientes que são candidatos à terapia (?)

2) Os pacientes e a família devem compreender as


características da apraxia e o motivo dos exercícios;
Princípios da 3) Estratégias repetitivas e intensivas;

4) Planejamento das tarefas em grau de complexidade ---- o


Reabilitação paciente possa executar

5) Os pacientes devem aprender a monitorar a própria fala

6) A terapia, sempre que possível, deve se concentrar nas


palavras que o paciente use no dia-a-dia.

Karin Zazo Ortiz


o Movimento articulatório

o Ritmo e Velocidade

o Comunicação Suplementar ou Alternativa

o Facilitação Intersistêmica/reorganização

o Outros
APRAXIA DE FALA GRAVE
Controle Voluntário de Emissões
Involuntárias
PROMPT

Terapia de Entonação Melódica


APRAXIA DE FALA MODERADA
Terapia de Contraste de Pares Mínimos

Técnica dos Oito passos (Continuum de estimulação integral de


8 etapas)
APRAXIA DE FALA LEVE

Terapia Comportamental
“È IMPORTANTE LEMBRARMOS QUE O PROCESSO
TERAPÊUTICO É ÚNICO, APOIADO NA AVALIAÇÃO E
EVOLUÇÃO DE CADA PACIENTE”

Matinez e Furkin, 1998


ariella.fonoaudiologia@gmail.com
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