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ÍNDICE

Programação anual..................................................................1
Introdução................................................................................2
Sugestões de atividades e materiais.......................................46
Sugestões de atividades motoras
·  Educação Infantil 1 e 2........................................................ 55
·  Educação Infantil 3.............................................................. 67
Jogos e brincadeiras.................................................................. 78
Referências bibliográficas.......................................................... 87

Autor:
Genivaldo Severiano da Rocha
PROGRAMAÇÃO ANUAL – EDUCAÇÃO INFANTIL
PERCEPÇÃO E AÇÃO (EDUCAÇÃO FÍSICA)
Coordenador: Prof. Giorgio Falco
Turmas: Educação Infantil 1, 2 e 3
NÚMERO
PROGRAMA OBJETIVOS
DE AULAS
–– Exame biométrico –– Favorecer a adaptação ao ambiente escolar e o esta-
–– Esquema corporal (conhecimento de si e belecimento de vínculos com o professor;
dos outros): –– Propor atividades que favoreçam a vivência, a experi-
• O corpo vivido mentação, o controle e o deslocamento do corpo;
• Conhecimento das partes do corpo – – Desenvolver o gosto e o prazer pelas atividades
• Orientação espaço-corporal motoras;
• Organização espaço-corporal –– Desenvolver o conhecimento sobre o corpo e os cuida-
–– Estruturação espacial (conhecimento do dos com o seu e o dos outros;
meio) – orientação espacial, organização –– Solucionar problemas de ordem corporal;
espacial e compreensão das relações –– Conhecer, organizar e modificar locais para as ativida-
espaciais des corporais;
–– Orientação temporal (conhecimento das –– Favorecer a integração social;
relações com o meio) – aquisição de no- –– Estimular a criatividade e a expressão corporal;
ções de sucessão dos acontecimentos, da –– Desenvolver as capacidades e habilidades físicas mo-
duração dos intervalos, da renovação cícli- toras (coordenação motora dinâmica geral, equilíbrio
2 ca de certos períodos, do caráter irreversí- dinâmico e estático, agilidade, força, lateralidade, es-
semanais vel do tempo, do ritmo trutura e organização espacial, orientação temporal e
–– Lateralidade – noção de dominância lateral esquema corporal);
(em relação aos membros inferiores e su- –– Resgate da cultura popular dos jogos e brincadeiras
periores e aos olhos), diferença entre late- infantis;
ralidade e conhecimento esquerda/direita –– Oferecer oportunidades e situações para que a crian-
–– Habilidades motoras (locomoção, manipu- ça critique, analise e apresente propostas de mudança
lação e estabilização) nas atividades;
–– Capacidades motoras (força, flexibilidade, –– Criar um ambiente de igualdade de direitos e posições
resistência, velocidade) nas atividades;
–– Coordenação motora geral e fina –– Propor jogos e brincadeiras;
–– Jogos simbólicos –– Desenvolver noções sobre saúde (nutrição, higiene),
–– Ginástica artística educação e ajuste postural e respiratório.
–– Expressividade do corpo (gestos diversos –– Explorar objetos e ambiente da aula com curiosidade,
e ritmo corporal) transformando-os, conservando-os etc.
–– Jogos ludomotores –– Brincar de modo a expressar sentimentos e neces-
–– Atletismo sidades.

PLANO DE AULA
PSICOMOTORES OU COGNITIVOS OU AFETIVO-SOCIAIS
EIXOS TEMÁTICOS
PROCEDIMENTOS (PCN) CONCEITOS (PCN) OU ATITUDES (PCN)
Esquema corporal Atenção Respeito
Lateralidade Locomoção Concentração Disciplina
Estruturação ou organização espacial Identificação Organização
Coordenação motora Manipulação Comparação Autoconfiança
Equilíbrio Conhecimento Honestidade
Estruturação ou organização temporal Equilíbrio ou estabilização Classificação Responsabilidade
Capacidades motoras Discriminação etc. Cooperação etc.
As aulas foram montadas durante o ano, intercalando um aspecto de cada coluna e acrescentando os materiais neces-
sários ou os jogos e brincadeiras que trabalhavam os temas envolvidos.
–1
Educação Infantil Anual
INTRODUÇÃO

O presente livro visa orientar e auxiliar o trabalho a diferentes, com outros pontos de vista. Conforme vi-
ser realizado em Percepção e Ação (Educação Física), vem suas primeiras experiências sociais (na família,
na Educação Infantil, do Sistema de Ensino Objetivo, na instituição escolar, na coletividade), constroem
uma proposta que poderá ser adequada à realidade de percepções e questionamentos sobre si e sobre os
cada turma e unidade. outros, diferenciando-se e, simultaneamente, identi-
O pleno desenvolvimento da criança dá-se a partir da ficando-se como seres individuais e sociais. Ao mes-
união de vários fatores, tais como o neurológico, o ambien- mo tempo que participam de relações sociais e de
tal, o psicológico, o nutricional, o afetivo e o cognitivo. Es- cuidados pessoais, as crianças constroem sua auto-
ses fatores são muito favorecidos pela estimulação, vivên- nomia e senso de autocuidado, de reciprocidade e de
cia e experimentação das condutas motoras da criança. interdependência com o meio. Por sua vez, na Edu-
Nesse processo de experimentação, a Percepção e cação Infantil, é preciso criar oportunidades para que
Ação (Educação Física) procura fazer com que a criança
as crianças entrem em contato com outros grupos
atinja, por meio do movimento, a autonomia e a consciên-
sociais e culturais, outros modos de vida, diferentes
cia corporal, enfatizando o respeito pelo ritmo próprio de
atitudes, técnicas e rituais de cuidados pessoais e do
cada indivíduo, considerando-se os aspectos regionais e
grupo, costumes, celebrações e narrativas. Nessas
a realidade sociocultural de cada um, pois vale lembrar
experiências, elas podem ampliar o modo de perce-
que o mais importante não é a execução perfeita, mas
sim a tentativa de realizar um gesto motor. ber a si mesmas e ao outro, valorizar sua identidade,
Queremos e desejamos que este livro seja um refe- respeitar os outros e reconhecer as diferenças que
rencial, um ponto de apoio e de consulta para que o profes- nos constituem como seres humanos.
sor, a partir e junto dele, passe a investigar e a pesquisar 2. Corpo, gestos e movimentos: com o corpo (por
mais sobre o assunto e que com isso consiga enriquecer meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos
mais e mais as suas atividades, criando novas situações ou intencionais, coordenados ou espontâneos) as
e momentos que ajudem a levar a criança a adquirir gosto crianças, desde cedo, exploram o mundo, o espaço
pela atividade física, desenvolvendo passo a passo suas e os objetos do seu entorno, estabelecem relações,
habilidades, sua autoconfiança e sua autonomia. expressam-se, brincam e produzem conhecimentos
Procuramos dividir o livro em duas partes. Na pri- sobre si, sobre o outro, sobre o universo social e cul-
meira, apresentamos, a título de esclarecimento teórico, tural, tornando-se, progressivamente, conscientes
assuntos e/ou tópicos sobre o desenvolvimento motor, dessa corporeidade. Por meio das diferentes lingua-
por entendermos que o seu conhecimento é de vital im- gens, como a música, a dança, o teatro, as brinca-
portância para aqueles que trabalham ou pretendem tra- deiras de faz de conta, elas se comunicam e se ex-
balhar com crianças na Educação Infantil. Na segunda, pressam no entrelaçamento entre corpo, emoção e
procuramos apresentar alguns modelos de atividades linguagem. As crianças conhecem e reconhecem as
motoras, que contemplem os direitos de aprendizagem sensações e funções de seu corpo e, com seus ges-
e desenvolvimento na Educação Infantil (conviver, brin- tos e movimentos, identificam suas potencialidades
car, participar, explorar, expressar e conhecer-se). Am- e seus limites, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a
bas as partes são frutos de pesquisas, discussões, leitu- consciência sobre o que é seguro e o que pode ser
ras, participação em cursos e congressos e, sobretudo,
um risco à sua integridade física. Na Educação Infan-
da nossa prática diária com as crianças. Entendemos a
til, o corpo das crianças ganha centralidade, pois ele
sua importância como a base de um longo trabalho, que
é o partícipe privilegiado das práticas pedagógicas
se inicia na Educação Infantil e se estende ao longo dos
de cuidado físico, orientadas para a emancipação e
anos escolares, continuando no Ensino Fundamental e,
a liberdade, e não para a submissão. Assim, a insti-
finalmente, no Ensino Médio.
tuição escolar precisa promover oportunidades ricas
Gostaríamos de salientar também que este livro está
para que as crianças possam, sempre animadas pelo
de acordo com o que estabelece a Base Nacional Co-
espírito lúdico e na interação com seus pares, explo-
mum Curricular (BNCC) para a Educação Infantil nos
rar e vivenciar um amplo repertório de movimentos,
seus campos de experiência, que se organizam da se-
gestos, olhares, sons e mímicas com o corpo, para
guinte forma:
descobrir variados modos de ocupação e uso do
1. O eu, o outro e o nós: é na interação com os pares espaço, como o corpo (tais como sentar com apoio,
e com os adultos que as crianças vão constituindo rastejar, engatinhar, escorregar, caminhar apoiando-
um modo próprio de agir, sentir e pensar e desco- -se em berços, mesas e cordas, saltar, escalar, equi-
brindo que existem outros modos de vida, pessoas librar-se, correr, dar cambalhotas, alongar-se etc.).
2–
3. Traços, sons, cores e formas: conviver com dife- propostas pelo educador, mediador entre os textos
rentes manifestações artísticas, culturais e científi- e as crianças, contribuem para o desenvolvimento
cas, locais e universais, no cotidiano da instituição do gosto pela leitura, do estímulo à imaginação e da
escolar, possibilita às crianças, por meio de experi- ampliação do conhecimento de mundo. Além disso,
ências diversificadas, vivenciar diversas formas de o contato com histórias, contos, fábulas, poemas,
expressão e linguagens, como as artes visuais (pin- cordéis etc. propicia a familiaridade com os livros,
tura, modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, com diferentes gêneros literários, a diferenciação en-
o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras. Com tre ilustrações e escrita, a aprendizagem da direção
base nessas experiências, elas se expressam por da escrita e as formas corretas de manipulação de
várias linguagens, criando suas próprias produções livros. Nesse convívio com textos escritos, as crian-
artísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva ças vão construindo hipóteses sobre a escrita que se
e individual) com sons, traços, gestos, danças, mími- revelam, inicialmente, em rabiscos e garatujas e, à
cas, encenações, canções, desenhos, modelagens, medida que vão conhecendo letras, em escritas es-
manipulação de diversos materiais e de recursos pontâneas, não convencionais, mas já indicativas da
tecnológicos. Essas experiências contribuem para compreensão da escrita como sistema de represen-
que, desde muito pequenas, as crianças desenvol- tação da língua.
vam senso estético e crítico, o conhecimento de si
5. Espaços, tempos, quantidades, relações e trans-
mesmas, dos outros e da realidade que as cerca.
formações: as crianças vivem inseridas em espaços
Portanto, a Educação Infantil precisa promover a
e tempos de diferentes dimensões, em um mundo
participação das crianças em tempos e espaços para
constituído de fenômenos naturais e socioculturais.
a produção, manifestação e apreciação artística, de
Desde muito pequenas, elas procuram se situar em
modo a favorecer o desenvolvimento da sensibilida-
diversos espaços (rua, bairro, cidade etc.) e tempos
de, da criatividade e da expressão pessoal delas,
(dia e noite; hoje, ontem e amanhã etc.). Demons-
permitindo que se apropriem e reconfigurem, perma-
tram também curiosidade sobre o mundo físico (seu
nentemente, a cultura e potencializem suas singu-
próprio corpo, os fenômenos atmosféricos, os ani-
laridades, ao ampliar repertórios e interpretar suas
mais, as plantas, as transformações da natureza, os
experiências e vivências artísticas.
diferentes tipos de materiais e as possibilidades de
4. Escuta, fala, pensamentos e imaginação: desde sua manipulação etc.) e o mundo sociocultural (as
o nascimento, as crianças participam de situações relações de parentesco e sociais entre as pessoas
comunicativas cotidianas com as pessoas com as que conhecem; como vivem e em que trabalham es-
quais interagem. As primeiras formas de interação sas pessoas; quais suas tradições e seus costumes;
do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a a diversidade entre elas etc.). Além disso, nessas ex-
postura corporal, o sorriso, o choro e outros recursos periências e em muitas outras, as crianças também
vocais, que ganham sentido com a interpretação do se deparam, frequentemente, com conhecimentos
outro. Progressivamente, as crianças vão ampliando matemáticos (contagem, ordenação, relações entre
e enriquecendo seu vocabulário e demais recursos quantidades, dimensões, medidas, comparação de
de expressão e de compreensão, apropriando-se da pesos e de comprimentos, avaliação de distâncias,
língua materna – que se torna, pouco a pouco, seu reconhecimento de formas geométricas, conheci-
veículo privilegiado de interação. Na Educação In- mento e reconhecimento de numerais cardinais e
fantil, é importante promover experiências nas quais ordinais etc.) que igualmente aguçam a curiosidade.
as crianças possam falar e ouvir, potencializando Portanto, a Educação Infantil precisa promover ex-
sua participação na cultura oral, pois é na escuta de periências nas quais as crianças possam fazer ob-
histórias, na participação em conversas, nas descri- servações, manipular objetos, investigar e explorar
ções, nas narrativas elaboradas individualmente ou seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de
em grupo e nas implicações com as múltiplas lingua- informação para buscar respostas às suas curiosida-
gens que a criança se constitui ativamente como su- des e indagações. Assim, a instituição escolar está
jeito singular e pertencente a um grupo social. criando oportunidades para que as crianças ampliem
seus conhecimentos do mundo físico e sociocultural
Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com
e possam utilizá-los em seu cotidiano.
relação à cultura escrita: ao ouvir e acompanhar a
leitura de textos, ao observar os muitos textos que Na Educação Infantil, as aprendizagens essenciais
circulam no contexto familiar, comunitário e escolar, compreendem tanto comportamentos, habilidades e
ela vai construindo sua concepção de língua escrita, conhecimentos quanto vivências que promovam apren-
reconhecendo diferentes usos sociais da escrita, dos dizagem e desenvolvimento nos diversos campos de
gêneros, suportes e portadores. Na Educação Infan- experiências, sempre tomando as interações e a brinca-
til, a imersão na cultura escrita deve partir do que as deira como eixos estruturantes. Essas aprendizagens,
crianças conhecem e das curiosidades que deixam portanto, constituem-se objetivos de aprendizagem e
transparecer. As experiências com a literatura infantil, desenvolvimento.
–3
Campos de experiências Ícones não aprendem a ler e escrever antes de conhecerem o
mundo e sentirem necessidade de se relacionar com os
outros, e só se aproximam da realidade a partir da ação
concreta.
O eu, o outro e o nós “Corpo e mente devem ser entendidos como compo-
nentes que integram um único organismo. Ambos devem
ter assentos na escola, não um (a mente) para aprender e
o outro (o corpo) para transportar[...]. É necessário, a cada
início de ano, que o corpo da criança também seja matricu-
lado na escola, e não seja considerado por algumas pes-
Corpo, gestos e movimentos soas como estorvo que, quanto mais quieto estiver, menos
atrapalhará a aprendizagem” (FREIRE, 1992)

CONCEPÇÕES DE MOVIMENTO
“ ...movimento é uma noção muito complexa que de-
signa uma realidade sumamente diversificada, e cujos
Traços, sons, cores e formas diferentes aspectos só se articulam em torno desta defi-
nição: chama-se movimento a toda a translação ou a todo
deslocamento de um corpo ou objeto no espaço. Para o
corpo humano, trata-se de todo e qualquer deslocamento
de um ou vários segmentos ou do corpo em seu conjunto”.
Escuta, fala, pensamentos e (COSTE, 1992, p. 19)
imaginação O termo “movimento” refere-se à alteração real ob-
servável na posição de qualquer parte do corpo. O movi-
mento é o ato culminante dos processos motores subja-
centes (GALLAHUE; OZMUN, 2001, p. 22).
O movimento é a primeira forma de comunicação, ex-
Espaços, tempos, quantidades, pressão, intenção, reivindicação, construção, organiza-
relações e transformações ção, descoberta e manifestação que a criança encontra e
apresenta na sua interação e aproximação com o mundo
dos objetos, coisas e pessoas.
Lembrando Vítor da Fonseca, (p. 14): “O movimento,
PERCEPÇÃO E AÇÃO (EDUCAÇÃO FÍSICA) E MOVIMENTO mesmo o reflexo ou o movimento automático da respira-
O objetivo da área de Movimento na Educação Infan- ção (o primeiro e o último movimento dos seres huma-
til, desenvolvido por meio da Percepção e Ação (Educa- nos) são sinônimos de vida, de presença e conhecimen-
ção Física), é oferecer e oportunizar às crianças, – através to. Onde há movimento há vida”. Portanto, o movimento
é considerado por nós como a base fundamental – o fio
dos materiais, aparelhos e o próprio corpo – momentos
condutor – para atingir um bom e considerável desenvol-
de experimentações, vivências e situações de conflitos
vimento global das nossas crianças.
que requerem identificação, enfrentamento e busca de
Para Wallon (citado em MATTOS; NEIRA, p. 22) o
soluções de problemas.
movimento pode ser de três tipos:
Essas situações, sob uma perspectiva corporal, con- 1. Movimento reflexo: natural do ser humano desde o
tribuem para a construção do seu desenvolvimento psi- seu nascimento, em que as decisões do movimento
comotor/cognitivo e afetivo-social, que fará com que seus são tomadas pela medula óssea e não pelo cerebelo.
gestos motores e atitudes sejam harmônicos, equilibra-
2. Movimento voluntário: movimento que exige uma to-
dos (executados com segurança e economia de energia)
mada de decisão no âmbito do córtex cerebral.
e autônomo (executado sem auxílio ou ajuda de adultos,
ou seja, por ela mesma). 3. Movimento automático: é uma segunda etapa do
Lembramos ainda a importância da área de Movi- movimento voluntário, em que a quantidade de repe-
mento no desenvolvimento das relações das crianças tições, a obrigatoriedade do pensamento e decisão
(atitudinais, conceituais e procedimentais) com o mundo individual sobre como resolver uma tarefa motora,
possibilitará o estabelecimento de novos planos de
das coisas, dos adultos, de outras crianças, do espaço e
ação motora mais avançados.
do tempo através do brincar.
Citando Rabinovich (p. 15-16): “Acredita-se, então, O movimento voluntário é considerado como priori-
que é possível estabelecer o encontro do corpo com a tário na Educação Infantil, portanto, é esse tipo de mo-
mente dentro da mesma sala de aula e que se pode acei- vimento que deve merecer atenção especial em Percep-
tar o corpo da criança de maneira mais harmoniosa, con- ção e Ação (Educação Física) no trabalho com crianças
cordando que os pequenos, no início da escolarização, menores, propiciando-lhes condições favoráveis para a
organizam seus pensamentos por meio dos movimentos, descoberta e exploração dos movimentos, superando e
buscando novas conquistas.
4–
Também podemos encontrar em Negrine (Aprendi- iniciar a ação” (MAGIL, 1993). Uma habilidade fechada,
zagem e desenvolvimento infantil, p. 35) uma menção ao ou padrão motor fundamental, requer a rigidez no desem-
pensamento de Wallon sobre as formas de movimento, penho. Essas tarefas dependem da movimentação, ao
que são três: invés de um processo orientador visual e auditivo para a
–– O movimento pode ser passivo ou exógeno, isto é, execução delas. A criança que estiver plantando bana-
sob dependência de forças exteriores, não é capaz neira, arremessando algo para um alvo ou realizando um
de provocar mais reações secundárias, de compen- salto vertical, está desempenhando tarefa de movimento
sação ou de retomada do equilíbrio. fechado.
–– A segunda forma de movimento relaciona-se com os Os autores alertam: “para não ser arbitrário na clas-
deslocamentos antígenos ou ativos, como loco- sificação do movimento, como geral ou preciso, discre-
moção ou preensão, por exemplo. to, em série ou contínuo, aberto ou fechado. A grande
–– A terceira forma de movimento refere-se ao desloca- maioria dos movimentos envolve alguns movimentos de
mento dos segmentos corporais ou de suas fun- cada um desses tipos. A separação distinta e a classi-
ções, uns em relação com os outros. São reações ficação dos movimentos não são sempre possíveis ou
posturais que se exteriorizam como atitudes e como desejadas".
mímicas.
Educação do movimento ou educação pelo movimento?
Para GaIlahue e Ozmun (2001, p. 24) “O movimento
humano assume várias formas, necessitando do empre- Segundo Mattos e Neira (p. 23), como educação do
go de inúmeros termos para ajudar a esclarecer o seu movimento compreende-se a realização de atividades
significado”. motoras que visam ao desenvolvimento das habilida-
des motoras (correr, saltar, saltitar, arremessar, empur-
Movimentos gerais e específicos rar, puxar, balançar, balancear, subir, descer, andar),
Um movimento geral envolve movimentos de gran- da capacidade física (agilidade, destreza, velocidade,
des músculos do corpo. Um movimento específico envol- velocidade de reação) e das qualidades físicas (força,
ve movimentos limitados de partes do corpo no desem- resistência muscular localizada, resistência aeróbica e
penho de movimentos específicos. Os autores salientam anaeróbica). Portanto, a educação do movimento prio-
que: “Não há um delineamento claro entre os termos ge- riza o aspecto motor na formação do educando. Já a
ral e específico, mas os movimentos são frequentemente educação pelo movimento caminha além do componen-
classificados como um ou outro”. te motor, compreendendo os aspectos afetivos, cogniti-
vos e sociais também.
Movimentos contínuos, em séries e discretos O Referencial Curricular Nacional para a Educa-
Com base em seus aspectos temporais, o movi- ção Infantil apresenta algumas concepções de movi-
mento pode ser classificado como discreto, em série ou mento que têm vigorado na Educação Infantil:
contínuo. Um movimento discreto tem início e final bem 1. Concepção do não movimento (o movimento seria
definidos (arremessar, saltar, chutar e atingir uma bola). um grande empecilho no processo de aprendizagem).
Os movimentos em série envolvem o desempenho de 2. Concepção do movimento ligado à ideia de pronti-
um movimento discreto e único, várias vezes, em rápi- dão (a ênfase é dada aos exercícios sistematizados
das sucessões (saltos rítmicos e dribles no basquetebol, e mecânicos).
no futebol ou no voleibol). Os movimentos contínuos são
3. Concepção da educação motora para o esporte
movimentos que são repetidos em um período específico
(ideia do uso e aplicação do movimento direcionada
de tempo (correr, nadar e pedalar).
às modalidades esportivas).
Movimentos abertos e fechados 4. Concepção do movimento como eixo de trabalho
(ao contrário dos anteriores, que dão importância à
Uma tarefa motora aberta é a desempenhada em função cinética do movimento, esta enfatiza a função
um ambiente no qual as condições estão em constan- tônica – variações musculares responsáveis pela
te alteração. Essas condições mutáveis requerem que o qualidade dos gestos, pela manutenção de posturas
indivíduo faça ajustes ou modificações no padrão motor e pelo equilíbrio...).
real para adaptar-se às necessidades da situação. Por
exemplo, a criança que toma parte em um jogo típico
SEQUÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO MOTOR
de pega-pega, que requer que se corra e que se desvie
em várias direções, nunca está usando exatamente os “O desenvolvimento motor não é um processo
mesmos padrões motores do jogo. É necessário que a estático, não é somente o produto de fatores bio-
criança adapte-se às necessidades da atividade por meio lógicos, mas também é infl uenciado por condições
da variação dos movimentos similares, porém, diferen- ambientais e leis físicas. Tanto fatores ambientais
tes. O desempenho de uma tarefa motora aberta difere quanto os biológicos interagidos modificam o curso
notavelmente do desempenho de uma tarefa motora fe- do desenvolvimento motor no período neonatal, in-
chada. Esta é uma “habilidade desempenhada em am- fância, adolescência e na idade adulta.” (GALLAHUE;
biente estável em que o executante determina quando OZMUN, 2008, p.75)
–5
Segundo Tani et al (1988, p. 67) “Não se pode negli- A definição de equilíbrio, segundo Tubino (1979):
genciar o movimento, considerando-o apenas como me- “é a capacidade de manter-se sobre uma base
dida, mas, sim, reconhecer a importância do movimento reduzida de sustentação do corpo, através de
e as características que ele adquire com o passar do tem- uma combinação adequada de ações muscula-
po”. O autor cita Harrow (1983), que baseado na sequên- res e sob influência de forças externas”.
cia de desenvolvimento, elaborou uma taxionomia para o
domínio motor apresentando-a nos seguintes níveis: 1.2. Coordenação dinâmica geral
a) Movimentos reflexos respostas automáticas e in- Segundo Borges (p.40), a coordenação dinâmi-
voluntárias que permitem, em primeiro lugar, a so- ca é “a colocação em ação harmônica e simul-
brevivência do recém-nascido e, em segundo lugar, tânea de grupos musculares diferentes, visando
a interação do bebê com o ambiente... à execução de movimentos voluntários (marcha,
b) Habilidades básicas: atividades voluntárias que corrida, saltos etc.)”.
permitem a locomoção e manipulação em diferentes Para Negrine (1987, p. 38), o termo coordenação
situações, servindo de base para aquisição futura de pode ser abordado em dois sentidos, o sentido
tarefas mais complexas, como andar, correr, saltar, lato ou estrito. No sentido lato, refere-se a todo
arremessar, chutar etc. o sincronismo de movimentos realizados pelo
c) Habilidades perceptivas: atividades motoras que corpo, com o objetivo de manter o indivíduo num
envolvem a percepção do executante, possibilitando estado de ajustamento funcional. No sentido es-
o ajuste ao ambiente. trito, a coordenação é vista como uma valência
d) Capacidades físicas: são as características funcio- física e, neste caso, representa uma multiplici-
nais essenciais na execução de uma habilidade mo- dade das mais variadas habilidades corporais.
tora. Quando desenvolvidas proporcionam ao exe- Em Costallat (p. 2), a coordenação geral neces-
cutante uma melhoria do nível de habilidade. Dentre sita de uma perfeita harmonia de jogo muscular,
essas capacidades estão a força, a flexibilidade, a em repouso e em movimento, não alcança seu
resistência e a agilidade. desenvolvimento definitivo senão aos 15 anos, o
e) Habilidades específicas: atividades motoras volun- que facilita sua educação precoce e progressiva.
tárias mais complexas e com objetivos específicos,
Segundo Le Boulch (p. 150) é fundamental pro-
como a cortada no voleibol, o chute no futebol, o ar-
piciar um clima de segurança e de confiança no
remesso à cesta e à bandeja no basquetebol.
decorrer do trabalho. A criança deve viver esta
f) Comunicação não verbal: atividades motoras mais
experiência de forma positiva na área afetiva. O
complexas, organizadas de maneira que a qualidade
objetivo é propiciar a ela situações nas quais te-
dos movimentos apresentados permita a expressão,
nha confiança em seu corpo e em seu desem-
como na dança, ginástica rítmica desportiva e até
penho motor e não fazê-la viver situações des-
mesmo ginástica olímpica (artística).
valorizantes e que a experiência de coordenação
CONDUTAS DO DESENVOLVIMENTO MOTOR global deve ser realizada em um clima de segu-
rança, dentro de sua capacidade de execução,
Procuraremos agora mostrar algumas definições sem situações nem muito fáceis nem muito difíceis.
dos aspectos a serem trabalhados em Percepção e
Ação (Educação Física) na Educação Infantil, quais se- Podem ser encontrados em algumas obras ter-
jam, o esquema corporal, lateralidade, estruturação mos como: coordenação dinâmica global,
e/ou orientação espacial, estruturação e/ou orienta- coordenação segmentar, coordenação dos
ção temporal e coordenação dinâmica geral, utilizan- músculos da face (movimentos bilaterais e
do como tópicos as condutas psicomotoras de Picq e movimentos unilaterais).
Pierre Vayer (condutas motoras de base, condutas neu-
romotoras e condutas perceptivo-motoras). 2. Condutas neuromotoras
Vários são os teóricos e estudiosos e procuraremos 2.1. Esquema corporal
citar alguns, fazendo uma revisão bibliográfica desses
O esquema corporal é a consciência do próprio
assuntos e de suas definições.
corpo, de suas partes, dos movimentos corpo-
1. Condutas motoras de base rais, das suas posturas e atitudes. O esquema
1.1. Equilíbrio corporal envolve controle corporal, mobilizações
voluntárias, imobilizações voluntárias, relaxa-
Alguns autores dividem o equilíbrio em 2 aspectos:
estático e dinâmico, mas para Negrine, (p. 76-77), mento voluntário e conhecimento corporal.
a divisão deve ser: equilíbrio do corpo (estático e Segundo Head apud Coste (1992), a noção de
dinâmico), equilíbrio de objetos sobre determina- esquema corporal é a imagem tridimensional
das partes do corpo e equilíbrio do corpo sobre do nosso corpo. O autor distingue três tipos de
objetos. esquema corporal:
6–
–– os esquemas corporais que asseguram a A etapa do corpo percebido corresponde à or-
apreciação do tono postural e da posição ganização do esquema corporal. A partir des-
(das partes) do corpo no espaço; se período, à imagem visual do corpo estarão
–– os esquemas de superfície do corpo, que associadas as sensações táteis e as sensações
asseguram a localização das estimulações cinestésicas correspondentes.
periféricas; A estruturação do esquema corporal organiza-se
–– os esquemas corporais que garantem o afas- a partir de uma estreita interligação entre essas
tamento temporal das diferentes estimula- duas imagens. Como resultado, a criança dispõe
ções percebidas. de uma imagem do corpo operatório no sentido
Schilder, apud Coste (1992), sustenta que: “a piagetiano, um suporte que permite programar
imagem corporal do corpo humano é a imagem mentalmente ações em torno do objeto e tam-
do nosso próprio corpo que formamos em nos- bém em torno do seu próprio corpo.
so espírito”; por outras palavras, é o modo como Para De Meur e Staes (1984, p. 9), o esquema
nosso corpo apresenta-se a nós mesmos. corporal é “um elemento básico indispensável
Diz também que: “é a força de integração dos para a formação da personalidade da criança. É
dados sensíveis, ultrapassando-os em uma sín- a representação relativamente global, científica
tese sempre destruída e sempre renovada, con- e diferenciada que a criança tem de seu próprio
tendo gestos e percepções, representações e corpo”. A criança percebe a si mesma e as coi-
sensações, lembranças e emoções. É por este sas que a cercam; sua personalidade se dará a
processo de construção ativa que se elabora o partir da tomada de consciência de seu próprio
sentimento de nosso Ego corporal; síntese cons- corpo, de seu ser, de suas possibilidades de agir
trutiva que se realiza no sentido das necessida- e transformar o mundo à sua volta.
des biológicas do indivíduo a partir de tentativa e Mattos e Neira têm a opinião de que para uma
erro da experiência, onde os desejos individuais análise mais aprofundada do esquema corporal
gozam o papel essencial”. é necessário dividi-lo em cinco partes:
Segundo Borges (1987, p. 42), o esquema cor- a) Estruturação corporal: “é a noção da no-
poral é “a consciência do próprio corpo, de suas menclatura e localização das partes do corpo”.
partes, das posturas e atitudes, tanto em repou-
so como em movimento”. b) Postura: “é o posicionamento do corpo estáti-
co ou perante a execução de um movimento”.
Para Fonseca (1995, p. 184), a noção de corpo
é “o alfabeto e o atlas do corpo, mapa semânti- c) Respiração: “é o fenômeno que possibilita a
co com equivalentes visuais, táteis, cinestésicos troca gasosa, eliminando as substâncias noci-
e auditivos (linguísticos), verdadeira composição vas ao corpo e renovando o ciclo energético”.
de memórias de todas as partes do corpo e de d) Relaxamento: “nada mais é do que a ca-
todas as suas experiências”. pacidade de descontração da musculatura
Segundo Le Boulch (1982), o esquema corpo- voluntária”.
ral “é uma intuição de conjunto ou um conheci-
e) Lateralidade: esse é o mais polêmico aspec-
mento imediato que temos de nosso corpo em
to do esquema corporal.
posição estática ou em movimento, na relação
das suas diferentes partes entre si e sobretudo Segundo De Meur e Staes (p. 12), “não devemos
confundir lateralidade (dominância de um lado
nas relações com o espaço e os objetos que nos
em relação ao outro, a nível de força e precisão) e
circundam”.
conhecimento de esquerda-direita (domínio dos
A criança deve ter uma imagem do corpo termos esquerda e direita)”. Durante o crescimen-
operatório, que passa por vários estágios de to, naturalmente define-se uma dominância late-
equilíbrio, que correspondem aos estágios da ral na criança: será mais forte, mais ágil do lado
evolução psicomotora. A criança tem uma eta- direito ou esquerdo. A lateralidade corresponde a
pa do corpo vivido, que termina na primeira dados neurológicos, mas também é influenciada
imagem do corpo identificado por ela como seu por certos hábitos sociais. O conhecimento de es-
próprio Eu. querda-direita decorre da noção de dominância
lateral. É a generalização da percepção do eixo
Até então, sua atividade mental, que tinha se corporal, a tudo que cerca a criança; esse conhe-
desenvolvido a partir do estágio objetal, estava cimento será mais facilmente aprendido quanto
feita só por imagens alucinatórias, traduzindo os mais acentuada e homogênea for a lateralidade
episódios de sua vivência afetiva. da criança. O conhecimento estável da esquerda
–7
e da direita só é possível a partir dos 5, 6 anos 3. Condutas perceptivo-motoras
e a reversibilidade, isto é, reconhecer esquerda 3.1. Estruturação e/ou orientação espacial
e direita em outra pessoa, só pode ser abordada É a capacidade de orientar-se, movimentar-se e
após os 6 anos. adaptar-se no espaço tendo como ponto de refe-
Para Negrine (1987, p. 32), a lateralidade cor- rência o próprio corpo, estabelecendo relações
poral “se refere ao espaço interno do indivíduo, de posição, direções, distância; e como ponto de
capacitando-o a utilizar um lado do corpo com referência a outro ou outros entre si.
maior desembaraço do que o outro, em ativida- Segundo Tasset apud De Meur e Staes (1984,
des que requeiram habilidade, caracterizando- p. 13), a estruturação espacial “é a orientação,
-se por uma assimetria funcional ”. a estruturação do mundo exterior referindo-se
Coste (1978, p. 64) fala de dois pontos de refe- primeiro ao eu referencial, depois a outros ob-
rência fundamentais da lateralização na criança. jetos ou pessoas em posição estática ou em
A dominância lateral que só a partir do momen- movimento”.
to em que se impõe e justifica a presença de um Para De Meur e Staes (1984, p. 13), a estrutu-
lado predominante que irá ajustar a motricidade. ração espacial é “tomada de consciência da si-
A lateralidade irá impor-se com as experiências tuação de seu próprio corpo em um meio am-
de complexidade crescente com que se defron- biente, isto é, do lugar e da orientação que pode
ta. Outro ponto é o reconhecimento direita-es- ter em relação às pessoas e coisas; tomada de
querda, que se dá por volta de 6 anos. A partir consciência da situação das coisas entre si; a
dos 7 anos, a criança será capaz de projetar em possibilidade, para o sujeito, de organizar-se
outrem essa discriminação espacial de partes do perante o mundo que o cerca, de organizar as
seu próprio corpo. A partir dos 10 anos, ela ma- coisas entre si, de colocá-las em um lugar, de
nipula noções de direita-esquerda sobre outrem, movimentá-las”.
sobre o mundo exterior, independente de sua
A estruturação espacial possui algumas etapas,
própria situação.
indicadas a seguir:
Segundo Fonseca (1995), “a lateralização como
–– conhecimento das noções (a criança des-
o resultado da integração bilateral postural do
loca-se em seu espaço habitual, situa-se ou
corpo é particular no ser humano e está impli-
situa objetos, percebe diversas grandezas,
citamente relacionada com a evolução e utiliza-
formas, quantidades);
ção dos instrumentos (motricidade instrumen-
tal, psicomotricidade), isto é, com integrações –– orientação espacial ( a criança pode virar-se,
sensoriais complexas e com aquisições moto- ir para a frente, trás, direita, ficar em fila, per-
ras unilaterais muito especializadas, dinâmicas ceber discriminações visuais, orientar objetos,
e de origem social ”. adquirir direção gráfica etc.);
Para Le Boulch (1982, p. 92), a lateralização é a –– organização espacial (combinação de vá-
“a tradução de uma assimetria funcional. Os es- rias situações, ocupação de um espaço de-
paços motores do lado direito e do lado esquer- terminado, delimitado, escolha de pontos de
do não são homogêneos. Esta desigualdade vai referência etc.);
se tornar mais precisa durante o desenvolvimen- –– compreensão das relações espaciais (ba-
to e vai manifestar os reajustamentos práticos seia-se unicamente no raciocínio a partir de
de natureza intencional”. situações bem precisas).
A lateralização pode ser definida em quatro tipos: Segundo Borges (1987, p. 47), estruturação es-
a) o destrimanismo verdadeiro: a dominância pacial é “perceber as posições, distâncias, tama-
cerebral está à esquerda. Todas as realiza- nhos, o movimento, a forma dos corpos, enfim,
ções matrizes são determinadas à direita; todos os caracteres geométricos dos corpos”.
b) o sinistrismo verdadeiro: a dominância ce- Coste (1981) une espaço-tempo, chamando de
rebral traduz uma especialização à direita dos estruturação espaço-temporal, dizendo que “é
hemisférios; um todo indissolúvel ”. O autor afirma que ela
permite não só movimentar-se e reconhecer-se
c) o falso sinistrismo: na maioria dos casos, no espaço, mas também, concatenar e dar se-
trata-se de um acidente, sendo o sinistrismo quência aos seus gestos, localizar as partes de
consequência de uma paralisia, de uma am- seu corpo e situá-las no espaço, coordenar sua
putação que tornou impossível a utilização do atividade e organizar sua vida cotidiana. Didati-
membro direito; camente ele separa a estruturação espaço-tem-
d) o falso destrimanismo: a organização é in- poral em tempo, espaço, distância relacional
versa da observada no falso sinistrismo. e ritmo.
8–
Falando da questão espaço, o autor coloca que: do tempo (noção de envelhecimento, idade,
“toda a nossa percepção do mundo é uma per- passado etc.)”.
cepção espacial, na qual o corpo (que não se Em Borges (1987) e Oliveira (2001, p. 20), vere-
reduz, nem para o interior, nem para o exterior, mos que : “orientar-se no tempo é situar o pre-
à superfície da pele) é o termo de referência”. sente em relação a um antes e a um depois, é
Essa fase subdivide-se em 4 etapas: avaliar o movimento no tempo, distinguir o rá-
–– percepção fragmentada – até 4 meses; pido e o lento; esta é uma noção que se forma
–– coordenação oculomanual – 18 meses; juntamente com as noções espaciais”.
–– rumo à percepção projetiva do espaço – Como já citamos no tópico de orientação es-
é atestado pelo vocabulário da criança: alto, pacial, Coste (1978) une espaço-tempo, mas
baixo, perto, longe etc.; didaticamente ele fala que tempo é, “simulta-
–– recapitulação – antes dos 3 anos: espaço neamente, duração, ordem e sucessão; a inte-
topológico vivido, cujos pontos de referência gração desses 3 níveis é necessária à estrutura-
são os do próprio corpo. Entre 3 e 7 anos: ção temporal do indivíduo”. Ele divide o aspecto
espaço representativo euclidiano, reconhe- tempo em: compreensão da ordem, avaliação
cimento das formas geométricas. Entre 7 e das durações, desenvolvimento da noção de
12 anos: o espaço projetivo, intelectualiza- tempo e desenvolvimento da estruturação tem-
do, os pontos de referência são exteriores poral. O ritmo seria “o fator de estruturação tem-
ao sujeito. poral que sustenta a adaptação do tempo”. Para
Coste, existem diferentes tipos de ritmo: exter-
O autor fala da distância relacional, que deve
nos (ritmos das estações, horas do dia, calor–
ser entendida em dois aspectos: sentido físico
frio, migração de animais etc.) e internos (ritmos
(calculado em centímetros ou metros) e o sen-
do coração, respiração etc.).
tido afetivo (longe dos olhos, longe do coração,
eliminar a distância etc.). Para Meinel e Schabel (1984, p. 73), o ritmo é “a
Segundo Mello (2002), organização espacial “é ordenação específica, característica e temporal
a capacidade de orientar-se diante de um espa- de um ato motor ”.
ço físico e de perceber a relação de proximidade Já para Fonseca (1995), “o ritmo ocorre em vá-
de coisas entre si”. rias áreas do comportamento: na motricidade
Já para Fonseca (1995, p. 212), a organização (coordenação de movimentos), na audição (re-
espacial “compreende a capacidade espacial conhecimento de estímulos auditivos), na visão
concreta de calcular as distâncias e os ajusta- (exploração sistemática do envolvimento), nas
mentos dos planos motores necessários para aprendizagens escolares (leitura, escrita, cál-
percorrê-las pondo em jogo as funções de aná- culo). A função do ritmo ultrapassa a dimensão
lise espacial, processamento e julgamento da temporal, visto que se insere em todas as mani-
distância e da direção, planificação motora e festações de comportamento, desde as biológi-
verbalização simbólica da experiência”. cas, as nervosas e as psicológicas, daí a impor-
tância na observação psicomotora”.
3.2. Orientação temporal
Segundo Mello (1989, p. 38), a organização tem-
A orientação temporal é a capacidade de situar-se
poral “corresponde à capacidade de relacionar
no tempo; implica a percepção do intervalo tempo-
ações a uma determinada dimensão de tempo,
ral (duração de um fenômeno) de uma ordem; e na
onde sucessões de acontecimentos e de inter-
sucessão de fenômenos; implica ainda a divisão
valos de tempo são fundamentais”.
conceitual do tempo.
Segundo De Meur e Staes (p. 6), “A orientação Para Le Boulch (p. 137), “é através do ritmo
temporal diz respeito à maneira como a criança se dos movimentos registrados no seu corpo que
situa no tempo (ontem, amanhã...). A estruturação a criança tem acesso à organização temporal”.
temporal é “capacidade de situar-se em função O que se chama normalmente de um gesto co-
da sucessão dos acontecimentos (antes, após, ordenado é, na realidade, um gesto rítmico. O
durante), da duração dos intervalos (noções de primeiro trabalho de ritmo consiste em deixar o
tempo longo, curto, ritmo regular, irregular, cadên- próprio tempo da criança nos seus movimentos
cia rápida, lenta), da renovação cíclica (períodos, globais durante os jogos espontâneos e as ativi-
dias, meses, estações) e do caráter irreversível dades de expressão livre.
–9
PIRÂMIDE DO DESENVOLVIMENTO MOTOR (GALLAHUE, 2001, p. 100)

AS FASES DO DESENVOLVIMENTO MOTOR CATEGORIA DE MOVIMENTOS BÁSICOS


Segundo Tani et al (1988, p. 70), “Na sua essên- Para Gallahue e Ozmun (p. 98) “O processo de de-
cia, o modelo de Gallahue mostra que para se chegar senvolvimento motor pode ser considerado sob o as-
ao domínio de habilidades desportivas, é necessário um pecto de fases e sob o aspecto de estágios”.
longo processo, onde as experiências com habilidades O movimento observável pode ser agrupado em três
básicas (movimentos fundamentais) são de fundamental categorias: movimentos estabilizadores, movimentos lo-
importância”. O autor enfatiza ainda que “devem ser ex- comotores e manipulativos ou combinações desses três.
plorados diferentes meios (movimentos) para o mesmo Em sentido mais amplo, um movimento estabilizador é
fim (objetivo da tarefa), assim como o mesmo meio para qualquer movimento no qual algum grau de equilíbrio é
diferentes objetivos. O oferecimento das mais variadas necessário (isto é, virtualmente toda atividade motora ru-
experiências que levem em consideração os conceitos dimentar). Em sentido mais estreito, um movimento es-
tabilizador é aquele não Iocomotor e não manipulativo.
de consistência, constância e equivalência motora, é
A categoria conveniente inclui movimentos como girar,
uma possibilidade desejável para atender ao processo
virar-se, empurrar e puxar, que não podem ser classifica-
de desenvolvimento”.
dos como locomotores ou manipulativos.
O autor cita Keogh para definir melhor esses termos:
A categoria de movimento locomotor refere-se a
“Assim, numa situação exemplificada por Keogh (1977)
movimentos que envolvem mudanças na localização do
uma criança, ao jogar, repete um movimento muitas ve-
corpo relativamente a um ponto fixo na superfície (cami-
zes (consistência) e então, num dado momento do jogo, nhar, correr, pular, ficar apoiado em um pé só ou saltar
utiliza-se deste movimento em situações diferentes e não um obstáculo).
experimentadas anteriormente (constância). Há uma in- A categoria de movimento manipulativo refere-se
teração dinâmica entre consistência e constância dentro tanto à manipulação motora rudimentar quanto à manipu-
da sequência de desenvolvimento. Equivalência moto- lação motora refinada. A manipulação motora rudimentar
ra, segundo Hebb (1949), diz respeito à capacidade de envolve a aplicação de força ou recepção de força de
utilizar diferentes meios para se chegar a um fim”. objetos (arremessar, apanhar, chutar e derrubar um obje-
10 –
to, bem como prender e rebater). A manipulação motora para todas as crianças.
refinada envolve o uso intrincado de músculos da mão e Segundo Guiselini (1987): Os movimentos básicos
do pulso (costurar, cortar com tesouras e digitar). ocorrem no desenvolvimento motor da criança com a
Certos movimentos locomotores (correr, pular) ou maturação neuromuscular e através de experiências
manipulativos (arremessar, apanhar, chutar, impedir) motoras. São estruturados primeiramente sobre os movi-
são exemplos de habilidades motoras fundamentais do- mentos reflexos e rudimentares, característicos do com-
minadas pela criança, de início, separadamente. Esses portamento motor da criança nos primeiros anos de vida.
movimentos, de modo gradual, combinam-se e aperfei- O aperfeiçoamento dos movimentos básicos serve de
çoam- se, por meio de uma série de formas, e tornam-se pré-requisito para habilidades motoras mais complexas:
habilidades esportivas. Nesse contexto, os traços bá- as básicas, específicas e especializadas. São divididas
sicos de um elemento fundamental deve ser o mesmo em três categorias conforme os quadros que se seguem.

Locomotoras: possibilitam ao corpo deslocar-se no espaço.

Rolar Quadrupedia Bipedia

• Rolar para a frente • Salto do coelho • Caminhar


• Rolar para o lado • Rastejar • Correr
• Rolar para trás • Trepar • Saltar
• Saltitar
• Galopar

Não locomotoras (estabilização): não envolvem mudança de um ponto para outro no espaço.

Equilibrar Movimentos axiais Relaxamento ou redução de tensão

• Sentado • Flexionar • Corpo todo


• Agachado • Estender • Parte do corpo
• Em pé • Torcer
• Usando diferentes partes do corpo • Balançar
• Oscilar
• Chocalhar
• Girar

Manipulativas: envolvem o manejo de objetos.

Manter contato Propulsão Recepção Suspensão

• Carregar • Bater • Pegar com as mãos • Pendurar com as mãos


• Chocalhar • Chutar • Pegar com o corpo e mãos • Pendurar com as mãos e
• Balançar • Arremessar joelhos
• Levantar • Rebater • Pendurar com os joelhos
• Empurrar
• Puxar
• Equilibrar

– 11
Fases do desenvolvimento (MATTOS; NEIRA, 1999)

Socioafetivo Cognitivo Motor


Faixa etária
(Wallon) (Piaget) (Vayer)
• Crise de oposição e inibição • Fase pré-conceitual • Por meio da ação, melhora a
• Aquisição da consciência do eu • Aquisição da função simbólica precisão e a coordenação de
• Narcisismo • Pensamento irreversível, os movimentos
de 3 a 6 anos • Egocentrismo estados são resultantes de • Utilização cada vez mais dife-
• Autoadmiração transformações incoerentes renciada e precisa dos seus
• Imitação segmentos

• Personalidade polivalente • Progressiva descentralização • Associa as sensações motoras


• Ajustamento da conduta às • Coordenação interiorizada dos aos outros sentidos
circunstâncias esquemas de ação • Controla a respiração e a
• Consciência das possibilidades • Operações simples e concretas postura
• Conhecimento mais preciso e • Afirma a lateralidade
de 7 a 10 anos
completo • Possibilidade de relaxamento
• Independência dos segmentos
• Transporta o conhecimento de
si aos outros

• Extrema valorização do grupo • Surgimento do pensamento • Movimento corporal mais pre-


• Conhecimento incompleto do lógico e dedutivo ciso e rítmico
de 11 anos seu potencial • Consciente das próprias possi-
em diante
• Período da testagem bilidades e das possibilidades
alheias

A criança em desenvolvimento (segundo Helen Bee)

Habilidades locomotoras Habilidades manipulativas


Idade
(motoras grosseiras) (motoras finas)
• Reflexo de passo • Segura objetos se colocados na mão
• Levanta a cabeça • Começa a golpear objetos
de 1 a 3 meses • Senta-se com apoio

• Rola sobre o corpo • Estende a mão e segura objetos, usando uma das
• Senta com autoapoio aos 6 meses mãos
de 4 a 6 meses • Rasteja

• Senta-se sem apoio • Transfere objetos de uma mão para a outra


• Pode segurar com polegar e indicador (“agarrar de
de 7 a 9 meses pinça”) aos 9 meses

• Dá impulso para levantar • Segura uma colher atravessada na palma da mão,


• Caminha agarrando a mobília, então ca- mas tem pouca pontaria para colocar a comida na
de 10 a 12 minha sem ajuda boca
meses • Agacha-se e inclina-se

• Caminha para frente e para trás • Empilha dois blocos


• Corre (14-20 meses) • Coloca objetos em pequenos recipientes e os des-
de 13 a 18
peja fora
meses

12 –
Habilidades locomotoras Habilidades manipulativas
Idade
(motoras grosseiras) (motoras finas)
• Corre facilmente • Pega objetos pequenos
• Sobe escadas usando um pé por degrau • Segura o lápis com os dedos (2-3 anos), então en-
de 2 a 4 anos • Salta com os dois pés tre o polegar e os dois primeiros dedos
• Pedala e dirige um triciclo • Corta papel com tesoura (3-4 anos).

• Sobe e desce escadas usando um pé por • Enfia linha em contas, mas não em agulhas (4-5
degrau anos)
de 4 a 6 anos • Caminha na ponta dos pés • Enfia linha na agulha (5-6 anos)
• Caminha sobre uma linha fina • Segura o lápis naturalmente, mas escreve ou dese-
• Salta, atira e pega razoavelmente bem nha com rigidez e concentração.

• Chuta e bate em objetos parados (por • Usa preensão madura ao escrever ou desenhar
exemplo, bola) com força • Usa movimento descendente para bater em obje-
• Intercepta objetos em movimento, corren- tos com instrumento (por exemplo, martelo)
de 6 a 9 anos do, mas precisa parar para bater, chutar • Rebate objeto com uma das mãos com controle
ou pegar limitado
• Tem velocidade de corrida de 3 a 4 m
por segundo

• Chuta, bate e pega objetos em movimen- • Usa movimento descendente ou horizontal para ba-
to correndo ter em objetos com instrumento quando apropriado
de 9 a 12 anos • Aumento significativo no pulo vertical (por exemplo, martelo versus bastão de beisebol)
• Velocidade de corrida de 4 a 5 m por • Rebate objeto com uma mão com bom controle
segundo

Fonte: CAPUTE et al, 1984; CONNOLLY; DALGLEISH, 1989; DEN OUDEN; RIJKEN; BRAND; VERLOOVE-VANHORICK; RUYS,
1991; FAGARD; JACQUET, 1989; GABBARD, 2008; GALLAHUE; OZMUN, 1995; HAGER MAN, 1996; NEEDLMAN, 1996; OVERBY,
2002; THOMAS, 1990.
DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES MOTORAS AQUISIÇÃO DOS PADRÕES FUNDAMENTAIS DE MO-
VIMENTO (SEGUNDO TANI ET AL 1998, P. 75)
Segundo Tani et al, (1988, p. 74-75), os padrões fun-
damentais de movimento podem ser divididos em: 1. Andar: A aquisição do andar ereto corresponde a um
a) Locomoção: Os padrões de movimento que as crian- dos momentos mais importantes para a sequência de
ças apresentam, nesta categoria, permitem a elas a desenvolvimento motor (Shirley, 1931). Costuma-se
exploração do espaço. São incluídos aqui o andar, o dizer que o andar envolve uma organização complexa
saltar e o correr que são considerados básicos para as de movimentos, com contínua perda e ganho de equi-
crianças (GODFREY; KEPHART). Mas há ainda, nesta líbrio dinâmico, onde há alternância entre as fases da
categoria, trepar, rolar, galopar, saltar no mesmo pé. ação da perna e as fases de apoio. Há também uma
b) Manipulação: Envolve o relacionamento do indiví- fase de duplo apoio, importante para a manutenção
duo com o objeto. Nesta categoria, duas situações do equilíbrio, que tende a desaparecer quando a velo-
são características: numa, o objeto aproxima-se do cidade de locomoção aumenta, e, assim, a forma de
corpo da pessoa, que tem o propósito de interromper locomoção passa do andar para o correr. O padrão
ou mudar a sua trajetória. Noutra, o objeto afasta-se maduro apresenta, como pontos chaves, apoio pelo
do corpo da pessoa, propulsionado por ela, utilizan- calcanhar, travamento duplo do joelho e oscilação
do-se das mãos e braços ou pés. São incluídos aqui coordenada dos braços.
os arremessos, o receber, o rebater, o chutar, o dri- 2. Correr: O correr é uma extensão natural do andar e
ble, a condução da bola com o pé e o voleio. caracteriza-se por uma fase com apoio e uma fase
c) Equilíbrio: Permite à criança manter uma postura aérea ou sem apoio.
no espaço e em relação à força da gravidade. Para 3. Saltar: O objetivo do saltar é impulsionar o corpo à
Godfrey e Kephart fazem parte desses padrões as frente e/ou acima, através da ação de uma perna ou
posições estáticas do corpo (estar em pé e estar sen- de ambas em conjunto, com ação efetiva dos braços
tado). Para Gallahue, deve-se incluir os movimentos para a impulsão, fase de voo e aterrissagem.
axiais do corpo todo e/ou de um segmento do cor-
po (girar os braços, flexionar o tronco etc.) Godfrey 4. Arremesso: No arremesso, o propósito é propulsio-
e Kephart incluem nesses padrões o equilíbrio num nar um objeto o mais longe possível ou em direção a
só pé, o caminhar sobre uma superfície de pequena algum alvo. Em geral, quando se fala em arremesso,
amplitude e os movimentos em posição invertida (pa- entende-se arremesso por cima, contudo há também
rada de mãos, rolamentos). o arremesso por baixo e pelo lado.
– 13
5. Receber: O receber, com uso de uma ou ambas as à medida que “viaja” através do espaço. As habilida-
mãos e outras partes do corpo, visa interromper e des especializadas da cambalhota para trás e para
controlar uma bola ou outro objeto em sua trajetória. a frente são elaborações de padrões rotatórios fun-
Este padrão fundamental de movimento requer uma damentais para a frente e para trás. Caminhar sobre
habilidade com ênfase no aspecto temporal (KAY, barras e acrobacias feitas com o apoio das mãos são
1969). combinações sofisticadas de padrões rotatórios com-
6. Rebater: Este padrão fundamental caracteriza-se binados com apoios invertidos transitórios.
pela propulsão de um objeto com uma parte do corpo
ou com outro implemento. • Desvio
7. Chutar: Pode-se dizer que é uma forma de rebati- Desviar é um padrão de movimento estabilizador
da, na qual o pé é usado para propulsionar a bola. fundamental que combina os movimentos locomo-
Deve ser ressaltado que um dos pré-requisitos para tores de deslizar com rápidas alterações na dire-
o domínio deste padrão é a criança conseguir assu- ção de um lado para outro e requer reação rápida
mir uma posição de equilíbrio num só pé (WILLIAMS, de movimento.
1983).
• Equilíbrio em um só pé
8. Quicar: Esta é uma habilidade na qual, para ter su-
cesso, a criança deve tocar a bola em seu centro de O equilíbrio em um só pé é provavelmente a men-
massa, com as mãos indo de encontro a ela, após suração mais comum de habilidade de equilíbrio
ela voltar de seu contato com o solo. estático.
“Embora relacionada à idade, a aquisição de ha- • Apoios invertidos
bilidades motoras fundamentais maduras não é de- Apoios invertidos envolvem posturas nas quais o
pendente da idade, mas de numerosos fatores, de ta-
corpo assume a posição de cabeça para baixo, por
refa em si, do indivíduo e do ambiente.” (GALLAHUE;
alguns segundos, antes que o movimento seja inter-
OZMUN, 2001)
rompido. A estabilização do centro de gravidade e a
Os autores afirmam que o domínio das habilidades
motoras fundamentais é básico para o desenvolvimento manutenção da linha da gravidade dentro da base
motor de crianças. As experiências motoras, em geral, de apoio aplicam-se à postura invertida, bem como
fornecem múltiplas informações sobre a percepção que à postura ereta, em pé. Uma postura com apoio in-
as crianças têm de si mesmas e do mundo que as cerca. vertido, entretanto, emprega cabeça ou mãos, ante-
braços ou braços, apenas uma (ou a combinação)
MOVIMENTOS ESTABILIZADORES FUNDAMENTAIS dessas partes do corpo como base de apoio.
(GALLAHUE; OZMUN, 2001)
A estabilidade é o aspecto mais fundamental do MOVIMENTOS LOCOMOTORES FUNDAMENTAIS
aprendizado de movimentar-se. Por ela, as crianças ob- A locomoção é um aspecto fundamental no apren-
têm e mantêm um ponto de origem para as explorações dizado de movimentar-se, efetiva e eficientemente, pelo
que fazem no espaço. A estabilidade envolve a disposi- ambiente. Envolve a projeção do corpo no espaço ex-
ção de manter em equilíbrio a relação indivíduo/força de
terno, alterando sua localização relativamente a pontos
gravidade.
fixos da superfície (caminhar, correr, pular, escorregar e
• Movimentos axiais saltar obstáculos).
Os movimentos axiais e várias posturas de equilíbrio • Caminhada
estático e dinâmico são considerados os componen-
A caminhada tem sido muitas vezes definida como o
tes principais da estabilidade. Os movimentos axiais
processo de perder e de recuperar o equilíbrio conti-
ou não locomotores correspondem a movimentos de
orientação do tronco ou dos membros, quando em nuamente, enquanto nos movimentos para a frente,
posição estática (virar-se, girar, curvar-se, esticar-se em posição ereta.
e balançar-se). • Corrida
As posturas são outras posições corporais que favo-
recem a manutenção do equilíbrio estático e dinâmico A corrida é uma forma exagerada de caminhada. Di-
(erguer-se, sentar-se, rolar, parar, esquivar-se, bem fere desta porque existe uma breve fase de elevação
como andar de maneira direcionada, balançar-se em em cada passada, na qual o corpo fica fora de conta-
galhos e equilibrar-se em um só pé). to com a superfície de apoio.

• Rotação corporal • Salto de uma altura


Os movimentos de rotação corporal podem envolver Os movimentos envolvidos no ato de pular de uma
rolar para a frente, para os lados ou para trás. Em altura baixa são, de certo modo, similares àqueles
cada um desses movimentos, o corpo é momentane- encontrados no salto em distância e no salto em altu-
amente invertido e deve manter o controle da posição ra, particularmente no estágio inicial.
14 –
• Salto vertical • Arremesso supramanual
O salto vertical ou em altura envolve a projeção do Os componentes do arremesso variam conforme
corpo verticalmente no ar, com o impulso dado por qual desses três fatores, forma, precisão e distância,
um ou dois pés e o pouso, com os dois. o indivíduo emprega e também conforme posição ini-
cial é assumida.
• Salto horizontal
O salto em distância é um movimento explosivo, que • Ato de apanhar
requer o desempenho coordenado de todas as par- O padrão motor fundamental do ato de apanhar en-
tes do corpo. Trata-se de um padrão motor comple- volve o uso das mãos a fim de parar objetos arremes-
xo, no qual é difícil inibir a tendência de adiantar-se sados. Os elementos do ato sub e supramanual de
sobre um pé. Ao invés disso, o impulso e o pouso apanhar são essencialmente os mesmos. A principal
devem ser feitos com os dois pés. diferença está na posição das mãos no momento do
• Saltito impacto do objeto. O ato de apanhar submanual
é realizado quando o objeto a ser apanhado está
O ato de saltar com um pé é similar ao salto em
abaixo da cintura.
distância e ao salto vertical, porém, tanto o impulso
quanto o pouso são feitos com o mesmo pé. • Chute
• Galope e deslizamento Chutar é uma forma de bater, na qual o pé é usado
para fornecer a força a um objeto. Variações precisas
O galope e o deslizamento envolvem a combinação
da ação de chutar podem ser realizadas por meio de
de dois elementos fundamentais, a passada e o sal-
ajustes com a perna que chuta e incluindo os braços
to, com o mesmo pé sempre na frente, na direção do
movimento. Quando a pessoa move-se para a fren- e o tronco no desempenho.
te ou para trás, o movimento é chamado de galope; Os fatores básicos que influenciam o tipo de chute
quando ela se move para a lateral, é chamado de usado são: (1) a trajetória desejada da bola e (2) a
deslizamento. altura da bola quando esta é contatada. O padrão
fundamental de chute, para uma bola estacionária no
• Pulo solo, é o único movimento de bater que não usa bra-
O pulo é similar à corrida, pois há transferência de ços e mãos diretamente.
peso de um pé a outro, mantendo-se a perda de con-
tato com a superfície, com elevação e distância maio- • Ato de aparar
res cobertas do que em situação de corrida. O pulo Aparar um objeto é realmente uma forma de apanhá-Io,
envolve maior quantidade de força para atingir maior na qual os pés ou o corpo, ao invés dos braços e das
altura e para cobrir distância superior a de corrida. mãos, são usados para absorver a força da bola.
• Salto misto TERMOS-CHAVE (SEGUNDO GALLAHUE; OZMUN,
A ação do salto misto põe dois padrões motores fun- 2001)
damentais, a passada e o salto, juntos, em um pa-
drão combinado de movimento. O salto misto é um • Acomodação – adaptação que a criança deve fa-
fluxo contínuo da passada e do salto, envolvendo zer ao ambiente quando informações novas e in-
alterações rítmicas do pé dianteiro. congruentes são acrescidas ao seu repertório de
reações possíveis. Um processo que se estende em
MOVIMENTOS MANIPULATIVOS FUNDAMENTAIS direção à realidade e resulta na alteração visível do
A manipulação motora rudimentar envolve o relacio- comportamento.
namento de um indivíduo com objetos e é caracterizada • Adaptação – o processo de fazer ajustes às condições
pela aplicação de força nos objetos e a recepção de for- ambientais e intelectualizar esses ajustes por proces-
ça deles. Movimentos propulsores envolvem atividades sos complementares de acomodação e de assimilação.
nas quais um objeto é movimentado para longe do corpo
(arremessar, chutar, bater e rolar). Movimentos amorte- • Agilidade – habilidade de alterar a direção do corpo
cedores envolvem atividades nas quais o corpo ou parte todo, rápida e precisamente, quando em movimento
do corpo é posicionado no caminho de um objeto em mo- de um a outro ponto.
vimento, com o propósito de parar ou desviar esse objeto • Aprendizado – um processo interno que resulta em
(apanhar e aparar). alterações consistentes observáveis no comportamento.
• Aprendizado motor – alterações relativamente per-
• Rolamento de bola
manentes no comportamento motor, resultante da
Rolar um objeto é outro padrão motor fundamental
prática ou experiência passada.
que não tem sido metodicamente estudado. A ha-
bilidade de rolar uma bola tem sido frequentemente • Aptidão – condições internas à tarefa de um indi-
avaliada pela precisão em derrubar pinos de boliche, víduo e do ambiente que tornam o domínio de uma
em vez de usar o ponto de vista da forma. tarefa particular apropriado.
– 15
• Aptidão física – um estado de bem-estar influen- • Coordenação visomotora – habilidade de acom-
ciado pelo estado nutricional, estrutura genética e panhar visualmente um objeto em movimento e de
participação frequente em muitas atividades físicas avaliar intercepções desse objeto.
intensas permanentemente. • Desenvolvimento – alterações no nível de funciona-
• Assimilação – interpretação de novas informações, mento de um indivíduo ao longo do tempo.
baseadas em interpretações presentes, retirando-se • Desenvolvimento motor – alteração contínua no
informações do ambiente e incorporando-as às es- comportamento motor ao longo da vida, realizada
truturas cognitivas já existentes no indivíduo. pela interação entre as exigências da tarefa e a bio-
• Autoestima – o valor que o indivíduo atribui a suas logia do indivíduo e as condições ambientais.
características peculiares, a seus atributos e a suas • Direção desenvolvimentista – é um princípio de de-
limitações. senvolvimento usado para explicar a crescente coor-
• Autoconceito – percepção de um indivíduo e suas denação e o controle motor como função do sistema
características pessoais, atributos e limitações, e as nervoso em maturação, em sequência previsível a
maneiras pelas quais essas qualidades são tanto si- partir da cabeça na direção dos pés (céfalo-caudal) e
milares quanto diferentes das qualidades de outras a partir do centro do corpo na direção de sua periferia
pessoas. (próximo distal).
• Autoconfiança – a crença de um indivíduo em sua • Equilíbrio – habilidade de manter o equilíbrio em
habilidade de desempenhar uma tarefa mental, físi- relação à força de gravidade. O equilíbrio pode ser
ca ou emocional. estático ou dinâmico.
• Autoeficácia – a convicção de que se consegue • Engatinhar – movimento para a frente a partir da po-
executar com êxito o comportamento necessário sição de pronação, no qual um padrão contralateral
para produzir o resultado desejado. é geralmente usado e o abdome está erguido, acima
• Arrastar-se – movimento para a frente a partir da da superfície de apoio.
posição de pronação, no qual um padrão homolateral • Estabilidade – padrões motores que favorecem a ob-
é usado e o abdome permanece em contato com a tenção e a manutenção do equilíbrio do indivíduo (isto
superfície de apoio. é, habilidades de equilíbrio estáticas e dinâmicas).
• Categoria de movimento – movimento observável • Estágio de decodificação de informações – o pe-
classificado como estabilizador, locomotor, manipu- ríodo de tempo em que os centros cerebrais superio-
lativo ou a combinação dos três. res obtêm maior controle do aparato sensório-motor
e o bebê é capaz de processar as informações mais
• Competência motora – habilidade real de um indiví- eficientemente.
duo para corresponder às exigências de um desem- • Estágio de codificação de informações – o perío-
penho particular, em certa situação motora. do de tempo exerce importante papel na compilação
• Comportamento motor – alterações no aprendiza- de informações para armazenamento no córtex em
desenvolvimento.
do motor e no desenvolvimento, incluindo fatores de
aprendizado e processos maturacionais associados • Estágio de pré-controle: um período de tempo en-
tre o 1.o e o 2.o aniversário da criança, quando o con-
ao desempenho motor.
trole e precisão maiores são obtidos no movimento.
• Controle motor – estudos de mecanismos subja- • Estágio de inibição de reflexos – um período de
centes responsáveis pelo movimento, com particular tempo no primeiro ano de vida de um bebê, quando
ênfase dada ao que está realmente sendo controlado muitos dos reflexos são gradualmente suprimidos.
e “como” os processos que governam o controle são
• Experiência – fatores ambientais que podem alterar
organizados.
o surgimento de várias características desenvolvi-
• Controle postural e de equilíbrio – manutenção do mentistas ao longo do processo de aprendizado.
estado de equilíbrio do corpo e sua gravidade. A in- • Fases do desenvolvimento motor – processo per-
teração de músculos e de articulações, dos sistemas manente de alteração de controle motor. Observado
visual, vestibular e somato-sensorial e da morfologia em padrões típicos de comportamento que se devem
corporal, contribui para a manutenção do equilíbrio e a fatores intrínsecos à tarefa motora em si, à biologia
do controle corporal. do indivíduo e às condições do ambiente.
• Coordenação – habilidade de integrar sistemas mo- • Flexibilidade dinâmica – escala de movimento al-
tores separados a modalidades sensoriais variadas, cançada quando se movimenta rapidamente certa
em movimento eficiente. parte do corpo até seus limites.
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• Flexibilidade estática – escala de movimento alcan- • Maturação – um processo de maturação desenvolvi-
çada com um alongamento lento e firme, até os limi- mentista é caracterizado por ordem fixa de progres-
tes das articulações envolvidas. são, na qual o ritmo pode variar, mas a sequência do
• Força – o esforço que a massa exerce sobre outra, surgimento das características geralmente não varia.
resultando em movimento, cessação do movimento • Motor – fatores biológicos e mecânicos subjacentes
ou resistência de um corpo contra outro corpo. que influenciam o movimento.
• Habilidade esportiva – a habilidade motora é apli- • Motor-perceptivo – processo de organização de in-
cada à atividade esportiva, como o arremesso no formações adquiridas com outras informações já ar-
softbol ou beisebol. mazenadas, levando à reação motora.
• Habilidades filogenéticas – habilidades motoras • Movimento – a alteração real observável na posição
que tendem a aparecer automaticamente e em se- em qualquer parte do corpo.
quência previsível, sendo resistentes a influências • Padrão contralateral – um padrão motor (geralmen-
ambientais externas, como alcançar, agarrar e soltar, te engatinhar e caminhar), no qual o braço e a per-
na de lados opostos do corpo movem-se ao mesmo
caminhar, pular e correr.
tempo.
• Habilidade motora – um padrão de movimento fun-
• Padrão homolateral – um padrão motor (geralmente
damental apurado com acuidade, precisão e contro- arrastar-se), no qual o braço e a perna do mesmo
le. A acuidade é enfatizada e o movimento extrínse- lado do corpo movem-se ao mesmo tempo.
co é limitado, como o arremesso de uma bola para
• Padrão de movimento – série organizada de movi-
um alvo.
mentos relacionados, tais como um padrão de movi-
• Habilidades motoras especializadas – é conse- mento submanual ou supramanual.
quência de habilidades motoras fundamentais madu- • Padrão de movimento fundamental – o desem-
ras, nas quais o movimento torna-se ferramenta apli- penho observável de desenvolvimento básico, lo-
cada a inúmeras atividades motoras complexas da comotor, manipulativo ou estabilizador, que envolve
vida diária, da recreação e dos objetivos esportivos. padrões de movimentos em combinação de dois ou
• Habilidades motoras fundamentais – padrões ob- mais segmentos do corpo, como o desempenho de
serváveis de comportamento motor classificados em um arremesso sub ou supramanual, no qual ações
estágio inicial, elementar ou maduro e compostos de progressivamente apropriadas do braço, tronco e
atividades locomotoras básicas, como correr e pular; perna são integradas.
atividades manipulativas, como arremessar e apa- • Percepção – processo pelo qual nos tornamos cons-
nhar; e atividades estabilizadoras, como equilibrar-se cientes do que nos cerca, empregando uma ou mais
em um só pé ou caminhar em certa faixa estreita. de nossas modalidades sensoriais.
• Habilidades motoras rudimentares – correspondem • Percepção corporal – capacidade em desenvolvi-
às primeiras formas de movimento voluntário, que se mento, de discriminar com exatidão as partes do cor-
iniciam no nascimento e continuam até, aproximada- po e obter maior compreensão de sua natureza.
mente, a idade de 2 anos. São maturacionalmente • Percepção de profundidade – processo pelo qual
determinadas e caracterizadas por uma sequência o indivíduo consegue ver tridimensionalmente pelo
altamente previsível de aparecimento. uso de indicações de profundidade monoculares e
• Habilidades ontogenéticas – habilidades motoras binoculares.
dependentes do aprendizado e das oportunidades • Percepção direcional – sensibilidade em desenvol-
ambientais. Exemplos: o ciclismo e a patinação no vimento, à lateralidade interna e externa.
gelo.
• Idade biológica – idade variável que corresponde • Percepção espacial – compreensão do espaço ocu-
aproximadamente à idade cronológica, determinada pado pelo corpo somada à habilidade de projetar o
por mensuração de idade morfológica, esqueIetal, corpo, eficientemente, no espaço externo.
dental ou sexual. • Percepção temporal – aquisição pelo indivíduo de
• Locomoção – padrões motores que permitem ex- certa estrutura temporal adequada.
ploração através do espaço (isto é, caminhar, correr,
• Reflexos – movimentos involuntários, subcortical-
saltar, saltar em um só pé etc.).
mente controlados, que formam a base para as fa-
• Manipulação – padrões motores que permitem con- ses do desenvolvimento motor. Frequentemente são
tato motor rudimentar e refinado com objetos (isto é, classificados como “reflexos primitivos” e “reflexos
arremessar, apanhar, chutar, aparar, cortar etc.). posturais”.
– 17
• Reflexos posturais – subgrupo de reflexos primiti- camadas subcorticais e assume controle neuromus-
vos que se parecem e podem servir como precurso- cular sempre crescente.
res dos movimentos voluntários posteriores.
• Velocidade – habilidade de movimentar-se de um a
• Reflexos primitivos – grupo de reações motoras outro ponto no menor tempo possível. A velocidade é
involuntárias resultantes de alterações na pressão, o total do tempo de reação e do tempo motor.
visão e na estimulação táctil.
• Vínculo – ligação emocional forte que perdura ao
• Reflexos de sobrevivência – subgrupo de reflexos longo do tempo, distância, dificuldade e vontade.
primitivos que habilitam o neonato a obter alimento
pela busca e pela sucção involuntária. METODOLOGIA
• Teoria da tarefa desenvolvimentista – uma teoria Ao colocar em prática nossa proposta pedagógica,
prognóstica que argumenta que há tarefas essen- procuramos criar situações que despertem o interesse e
ciais que os indivíduos devem realizar em um en- motivem a participação da criança, visando a seu melhor
quadramento de tempo específico, caso eles de fato aproveitamento, com o mínimo de esforço e o suficiente
funcionem efetivamente e satisfaçam as exigências de rendimento, tornando-a com isso agente de seu pró-
que a sociedade lhes faz. prio ensino, criticando, pesquisando, e sendo sempre
• Teoria dos sistemas dinâmicos – um ramo da psi- orientada e auxiliada pelo professor.
cologia ecológica que considera o desenvolvimen- Os princípios adotados e seguidos na nossa meto-
to como um processo não linear com o meio am- dologia são:
biente, que operam separadamente e em conjunto
• Princípio da realidade psicológica
e que realmente determinam o nível, a sequência
e a extensão do desenvolvimento. Através dele acompanhamos toda a evolução da
criança, fase por fase, etapa por etapa, assim como
• Teoria ecológica – também conhecida como “teo- as diferenças individuais, sempre em parceria com o
ria contextual”, é tanto descritiva quanto explicativa e Serviço de Orientação ao Aluno.
considera o desenvolvimento como função do “con-
texto” ambiental e da moldura histórico-temporal em • Princípio da adequação
que o indivíduo vive. O estudo da ecologia humana Buscamos através desse princípio ajustar as ativida-
a partir da perspectiva desenvolvimentista é matéria des de acordo com a realidade da criança, criando
de estudo do relacionamento dos indivíduos com seu situações e propondo tarefas motoras adequadas às
meio ambiente e entre si. suas necessidades e possibilidades.
• Teoria da fase-estágio – uma teoria descritiva que • Princípio da participação e da espontaneidade
argumenta que há faixas etárias universais caracte-
Com esse princípio interdisciplinar, buscamos levar a
rizadas por comportamentos típicos que ocorrem em
criança a assumir atitudes dinâmicas diante de todas
fases ou estágios, duram por períodos arbitrários de
as opções de atividades que a escola lhe oferece,
tempo e são invariáveis.
em todas as disciplinas.
• Teoria do ambiente comportamental – ramo da
psicologia ecológica que argumenta que as condi- • Princípio da reflexão e da responsabilidade
ções ambientais específicas do espaço da vida do Esse princípio tem um alto grau de importância para
indivíduo são responsáveis por grande parte das va- nós, pois é através dele que obtemos o retorno do
riações individuais. Ambientes diferentes provocam trabalho desenvolvido, que indica possíveis mudan-
reações diferentes e assim levam a diferentes pa- ças, variações e adaptações a serem realizadas.
drões de desenvolvimentos.

• Teoria do marco desenvolvimentista – uma teoria EXAME BIOMÉTRICO


que se concentra em indicadores estratégicos sutis Embora os exames médico e biométrico não façam
de até que ponto o desenvolvimento já progrediu e mais parte da realidade da maioria das escolas do Brasil,
considera o desenvolvimento como desdobramento por se entender não haver necessidade deles, nosso co-
e entrelaçamento de processos desenvolvimentistas, légio optou por manter a realização, periódica, do exame
não como uma transição nítida de um estágio a outro. biométrico (peso e estatura) no início e no fim do ano le-
• Teoria neuromaturacional – teoria de desenvolvi- tivo. Ele é realizado pelo respectivo professor de Educa-
mento motor cuja base é esta hipótese. À medida ção Física, que anota os dados em uma ficha individual,
que o córtex se desenvolve, ele inibe as funções das a qual acompanhará o aluno até o seu último ano escolar.
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Segundo Gallahue e Ozmun (2001) o crescimento FUNDAMENTOS BÁSICOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
não é um processo independente. Embora a heredita- (PERCEPÇÃO E AÇÃO) PARA A EDUCAÇÃO INFAN-
riedade estabeleça os limites de crescimento, os fatores TIL (HURTADO, 1987):
ambientais desempenham papel importante na exten-
–– Comece o ensino por atividades simples e de acordo
são desses limites atingidos. A nutrição, o exercício e a
com a capacidade da criança, que deve se sentir com-
atividade física são fatores importantes que afetam o petente desde os primeiros anos de vida, pois assim
crescimento. ela adquirirá autoconfiança em atividades futuras.
Estudos indicam que crianças que sofrem de “má –– Permita que a criança pratique ou exercite as habi-
nutrição crônica”, particularmente no período neonatal lidades aprendidas uma e outra vez, se o desejar. A
e na primeira infância, nunca estão completamente de repetição e a prática são dois elementos importantes
acordo com as normas de crescimento para suas faixas da aprendizagem.
etárias e sofrem do que é conhecido como “retardamen- –– Apresente as atividades num contexto de relaxamen-
to de crescimento”. to. Lembre-se de que a aprendizagem deve ser di-
Excessos alimentares também afetam o crescimento vertida e agradável.
de crianças. Em países ricos, a obesidade é um proble- –– Não continue a desenvolver atividades se a criança
ma importante. As pesquisas têm proposto uma hipótese demonstrar cansaço ou impaciência.
interessante, ligando a obesidade e sua dificuldade de –– Esteja alerta aos sintomas que a criança venha a apre-
tratamento aos hábitos alimentares estabelecidos na pri- sentar com respeito a dificuldade na realização ou
meira infância e nos períodos subsequentes. A diferen- execução de certas atividades. Nesse caso, é preciso
ça crítica entre nutrição adequada e inadequada não foi conhecer situações conflitivas de aprendizagem (ner-
ainda identificada. A natureza individual da criança, com vosismo, insatisfação, ansiedade, distração, má vonta-
sua composição bioquímica peculiar torna difícil especi- de, impaciência e problemas perceptivos em geral ).
ficar em que ponto a nutrição adequada termina e a má –– Se descobrir na criança dificuldades de aprendiza-
nutrição começa. gem devidas a problemas perceptivos, físicos ou psi-
Um ambiente que faça a criança participar de ativi- comotores em geral, solicitar aos pais que consultem
dades físicas vigorosas vai ajudar muito a promover o um especialista.
desenvolvimento muscular. Crianças ativas têm menos –– Desenvolva atividades de maneira gradativa, pois
gordura corporal em proporção à massa magra corporal. o aprendizado será mais duradouro e a criança não
Elas não têm mais fibras musculares; simplesmente têm precisará aprender tudo de uma vez.
mais massa muscular por fibra e menos células adiposas. –– Não perca de vista os progressos da criança e pro-
Embora a atividade física geralmente tenha efeitos cure tomar nota de todas as evoluções e outras ma-
positivos sobre o crescimento de crianças, ela pode apre- nifestações que ela tiver ou fizer.
sentar alguns efeitos negativos, se levada ao extremo. O –– As experiências físicas educativas devem ser coe-
ponto crítico que separa a atividade benéfica da ativida- rentes com a faixa etária correspondente ao desen-
de prejudicial não está claro. Mas podemos supor que a volvimento biológico, psicológico, físico e social.
atividade fatigante realizada por um período extenso de –– O respeito à individualidade e à liberdade da crian-
tempo pode resultar em lesões dos músculos e do tecido ça assegura-lhe o direito de ter medo ou indecisão,
ósseo da criança. O “ ombro de nadador”, o “ cotovelo por isso, também é função do professor transmitir-lhe
de tênis”, os “ joelhos de corredor” e fraturas por ten- segurança nas experiências ou atividades que ela
realizar.
são são apenas alguns dos problemas que assolam as
–– A aprendizagem do aluno deve ser incentivada atra-
crianças que excedem seus limites desenvolvimentistas.
vés de procedimento verbal apropriado, usando-se
Os programas de atividades e de exercício para crianças
linguagem clara, objetiva e de fácil compreensão.
devem ser supervisionados cuidadosamente.
–– A aplicação adequada de perguntas do tipo “Quem
Em resumo, existe pouca evidência de que o exercí-
é capaz de?” para o ensino de atividades de Educa-
cio regular tenha efeito direto sobre a extensão do cresci- ção Física (Percepçao e Ação) despertam, na maioria
mento ósseo (MALINA; BOUCHARD, 1991), pois este é das vezes, a motivação e a prontidão nas crianças.
um processo hormonal que não se deixa afetar pelo nível –– Quando se for ensinar uma atividade ou objetivo de
das atividades. Educação Física (Percepção e Ação), deve-se obe-
decer à evolução do movimento, partindo: do mais
Sugestões de leitura:
simples para o mais complexo; do mais suave para o
– Overtraining e O excesso de atividade física preju- mais intenso; do mais fácil para o mais difícil; daque-
dica as crianças. Disponíveis em: <https://portal.apren- les ao nível do solo para alturas maiores; dos sem
diz.uol.com.br/content/o-excesso-de-atividade-fisica- elementos para com os elementos combinados.
-prejudica-as-criancas>. –– O direito de errar é válido tanto para crianças como
– Excesso de esportes pode ser prejudicial às crian- para adultos, pois do estímulo adequado nasce a
ças. Disponível em: <http://www.metodista.br/rronline/ autocorreção e o interesse pela atividade.
noticias/entretenimento/copy_of_pasta-2/excesso-de- –– Procure estar sempre atualizado sobre trabalhos, pu-
-esportes-pode-ser-prejudicial-as-criancas>. blicações, inovações e outras novidades referentes à
– E outras publicações relacionadas ao tema. Educação Física (Percepçao e Ação).
– 35
IMPLICAÇÕES PARA O PROGRAMA MOTOR DESEN- –– Brincadeiras que envolvem tópicos como respeitar a
VOLVIMENTISTA (GALLAHUE; OZMUN, 2001) vez de cada um, jogar de maneira honesta, não trapa-
cear e outros valores universais servem para estabe-
–– Abundância de oportunidades para atividades mo-
toras rudimentares deve ser oferecida tanto em am- lecer um sentido mais completo do certo e do errado.
bientes diretos quanto indiretos. –– Encorajar as crianças a raciocinar antes de se envol-
–– Experiências motoras devem favorecer a exploração ver nas atividades, a fim de reconhecer certos peri-
motora e atividades de resolução de problemas para gos potenciais, reduzindo o comportamento frequen-
maximizar a criatividade da criança e o desejo desta temente temerário delas.
de explorar. –– As crianças devem ser incentivadas a participar de
–– O programa de educação motora deve incluir abun- atividades esportivas convenientes, segundo a linha
dância de encorajamento positivo para promover o desenvolvimentista, às necessidades e aos interes-
estabelecimento de um autoconceito saudável e re- ses delas.
duzir o medo do fracasso.
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
–– Deve-se favorecer o desenvolvimento das várias ha-
bilidades fundamentais locomotoras, manipulativas e Muitas pessoas acreditam que os professores de
estabilizadoras, das mais simples às mais comple- Educação Física são recreacionistas e “manuais ambu-
xas, à medida que a criança torna-se “apta”. lantes” de jogos e brincadeiras, pois conhecem muitos
–– Os interesses e as habilidades de meninos e meni- tipos e variações de atividades lúdicas e simplesmente
nas são similares, sem necessidade de atividades aplicam-nas em suas aulas sem uma razão consciente
separadas nesse período. sobre seus objetivos, sem relação com conteúdos e ob-
–– Por causa dos movimentos frequentemente desa- jetivos preestabelecidos. Mas será que somos pessoas
jeitados e ineficientes das crianças, certifique-se de que só brincam? Certamente que não...
ajustar as experiências motoras aos seus níveis de Mas como podemos justificar a opção pelo brincar
maturação. e pelo lúdico sem pensar apenas na função de diver-
–– Fornecer inúmeras atividades que requeiram manu- tir? Eles também podem auxiliar na aprendizagem de
seio de objetos e coordenação visual e manual. conteúdos, conceitos, procedimentos e atitudes, como
–– Encorajar as crianças a superar a timidez e a in- veremos a seguir.
trospecção, incentivando-as a tomar parte ativa no O brincar nem sempre teve o mesmo sentido que en-
programa de educação motora, “demonstrando” e contramos hoje em dia. Por exemplo, no século IV, Santo
“contando” aos outros o que conseguem fazer. Agostinho dizia que brincadeiras desviavam a criança do
–– A correta execução de movimentos fundamentais, aprendizado correto e que a punição, por meio de casti-
sem esforços mecânicos desnecessários, é o obje- gos físicos, era adequada para que a ela se concentrasse
tivo básico, em termos dos padrões de desempenho. em aprender e não em distrações fúteis como o brincar.
–– Se hábitos errados de postura são observados, re- Com a Revolução Industrial no século XVIII, o brincar
force o hábito da boa postura com atitudes positivas. perde muito devido ao grande tempo gasto pelas pes-
–– Cuidar das diferenças individuais e permitir a cada soas no trabalho, diminuindo o tempo em família e co-
criança progredir em seu próprio ritmo. munidade, bem como tempo livre para o lazer, fazendo
–– Estabelecer padrões de comportamento aceitáveis com que a criança também brincasse cada vez menos.
e proceder segundo eles. Fornecer orientação sábia Há estudos que mostram que adultos trabalhavam 70 ho-
no sentido de fazer o que é certo e apropriado, ao ras semanais, diferente das cerca de 40 horas semanais
invés do que é errado e inaceitável. comuns no Brasil.
–– Aceitação e afirmação transmitem às crianças o sen- Atualmente, muitos problemas que ocorrem também
timento de que elas têm lugar estável e seguro em prejudicam o tempo disponível para o brincar, como, por
casa e na escola. exemplo:
–– Oportunidades de explorar e de experimentar, pelo
–– Diminuição de espaços públicos de lazer: poucos es-
movimento de seus corpos, os objetos do ambiente
paços disponíveis nas grandes cidades, muitas vezes
para melhorar a eficiência perceptivo-motora.
distantes do local de moradia, ou com problemas de
–– Deve-se expor às crianças as experiências em
manutenção dos parquinhos e equipamentos de lazer.
que, progressivamente, níveis mais elevados de
–– Falta de segurança: medo de assaltos, sequestros,
responsabilidade sejam introduzidos a fim de pro-
mover autoconfiança. atropelamentos faz com que as pessoas fiquem cada
–– As crianças aprendem melhor pela participação ati- vez mais em casa, utilizando principalmente a TV e a
va. A integração dos conceitos acadêmicos às ativi- internet como formas de lazer.
dades motoras é um modo efetivo de reforçar habili- –– Excesso de atividades extracurriculares: muitas
dades essenciais ao raciocínio. crianças fazem, além das horas diárias na escola,
–– Os atos de escalar e de se sustentar no ar são bené- outras atividades, como balé, judô, natação, inglês,
ficos para desenvolver a parte superior do tronco e matemática, chegando em casa cansadas e sem for-
devem ser incluídos no programa. ças para brincar, depois de um dia estressante.
36 –
O Princípio VII da Declaração Universal dos Direitos e formal, seguindo regras dos professores. Muitas vezes,
da Criança, estabelece que toda criança tem direito ao la- não puderam fazer algo pelo qual realmente se interes-
zer infantil, ao brincar, à educação etc. Mas qual a função saram, de livre e espontânea vontade. Essa é uma das
do brincar para a criança? características do brincar livre e voltado para o lazer; uma
Segundo Prado (1988), temos algumas teorias que atividade de escolha pessoal, que envolve prazer, não
explicam a função do jogo: obrigações comuns do dia a dia.
• Teoria do excesso de energia (SCHILLER, 1875) = Alguns termos comuns utilizados nos estudos sobre
visa drenar o excesso de energia acumulada. E isso o brincar são: lúdico, jogo, brincadeira e brinquedo. Se-
é bem comum hoje em dia, quando as professoras gundo alguns autores, esses termos podem ser conside-
de classe nos pedem: "façam essas crianças gasta- rados como um só, pois envolvem o "jogar". Tanto espor-
rem bastante energia nas suas aulas, para que de- tes, como o futebol, e atividades de casinha, de bonecas,
pois sentem nas cadeiras e prestem atenção a minha ou um pega-pega, podem ser englobados como "jogos".
aula". Nem sempre isso ocorre...
Aqui dividiremos didaticamente estes termos, que para
• Teoria do instinto (GROSS,1901) = funciona como LARIZZATTI (2005) trazem características próprias, ex-
uma forma natural e instintiva de preparar as crianças cludentes, que separam uma brincadeira de um jogo.
para a vida adulta. Isso é comum na comunidade indí-
gena, por exemplo, onde um índio não "brinca" de arco LÚDICO
e flecha, pois na verdade já se trata de um treinamento
para o futuro caçador que trará alimentos para a aldeia. O termo lúdico é de difícil definição entre a maioria
dos autores, até por não encontrarmos em outras línguas
• Teoria da recreação e relaxamento (LAZARUS,
palavra semelhante. Um erro comum é atribuir ao termo
1907; PATRICK, 1916) = visa renovar as energias
gastas no trabalho ou em excesso. Fazemos algo lúdico o caráter de se referir apenas a crianças. Ele deve
diferente do dia a dia para nos fortalecer, distrair ou ser comum a todas as idades.
relaxar, pois a rotina é cansativa e mesmo uma ativi- • “...é tudo aquilo que leva uma pessoa somente a se
dade cansativa como um esporte pode ser motivan- divertir, se entreter, se alegrar, passar o tempo” (CA-
te, pois foge da rotina diária. VALLARI; ZACHARIAS, 2001).
• Teoria da recapitulação (STANLEY HAAL, 1904) = • “... referente a, ou que tem o caráter de jogos, brinque-
recapitulação de comportamentos culturais vividos em dos e divertimentos”. (DICIONÁRIO AURÉLIO, 2010)
fases anteriores. Demonstra a importância dos “jogos • “...a ludicidade é fantasia, imaginação e sonhos que
tradicionais” aprendidos e passados pelos familiares se constroem como um labirinto de teias traçadas
conforme a cultura local, quando aprendemos coisas com materiais simbólicos”. (SANTIN, 1994).
antigas e significativas de nossos antepassados. • “...vivência privilegiada do lazer que materializa ex-
• Teoria da autoexpressão (MITCHELL; MASON, periência cultural, movida pelos desejos de quem
1923) = serve como um meio de os indivíduos de- joga e coroada pelo prazer. É renovar relações inter-
senvolverem suas potencialidades físicas, cogniti- pessoais, experiências corporais, ambientes, tempo-
vas, sociais etc. ralidades e energias; é reencontrar consigo mesmo,
• Teoria do jogo como elemento da cultura (HUIZINGÁ, com o que gosta”. (PINTO, 1995)
1954) = o jogo estaria inserido em todos os arquétipos • “...expressão humana de significados da/na cultura
do comportamento humano: trabalho, negócios, ciência, referenciada no brincar consigo, com o outro e com o
política, amor, artes e esportes. Tudo na vida faz parte contexto” (GOMES, 2004).
de um "jogo" e muitos jogos teriam a função de ensinar
comportamentos aceitos pela sociedade.
BRINQUEDO
Ao brincar, a criança aprende a argumentar, racio-
cinar, julgar e muitas outras coisas no relacionamento Pode ser definido como: “objeto que serve para as
entre seus pares. Mas um cuidado que precisamos ter crianças brincarem”. (DICIONÁRIO AURÉLIO, 2010)
é que, na área escolar, se as crianças apenas brincam
sozinhas, sem um professor para orientá-las, muitas ve- Tem uma relação íntima com a criança, pois muitas
zes corre-se o risco de que isso seja apenas um simples vezes cria vínculos com ela; dificilmente uma criança
passatempo e não uma atividade educativa. Dentro da pequenas aceita trocar seus ursinhos velhos por novos.
escola, o brincar tem este diferencial: o de ser algo pró- O brinquedo não possui regras quanto à sua utilização.
prio para auxiliar o desenvolvimento do aluno. Por exemplo: alguém já comprou uma bola com manual
O brincar muitas vezes é confundido com atividades de instrução? Ou uma boneca com instruções de como
pedagógicas lúdicas. Muitos acham que brinquedos pe- brincar?
dagógicos fazem as crianças se divertirem, mas muitas O brinquedo também pode ser um substituto dos ob-
vezes isso não ocorre. Os brinquedos pedagógicos são jetos reais, para que ao manipulá-los a criança imagine
utilizados pelos professores para ensinar as crianças a situações do cotidiano dela ou dos adultos. Exemplo:
aprenderem conceitos de uma forma mais lúdica, mas não andar de carrinho de rolimã ou empurrar um pneu pode
significa que elas brincaram, pois fizeram algo obrigatório simbolizar dirigir o carro dos pais.
– 37
Muitas vezes, é o estimulante visual de muitas brinca- O jogo busca sempre um vencedor. É só lembrar
deiras, que faz fluir o imaginário infantil. Um pneu pode vi- de um jogo de futebol, vôlei, basquete, queimada etc.
rar um carro e vários pneus podem ser uma loja de carros, Eles possuem equipes definidas que “lutam” ou disputam
ou uma corrida de Fórmula 1, entre outras. entre si quem é o melhor e apenas um terá a vitória. Mas
O brinquedo numa perspectiva adulta leva a um diver- um jogo não pode empatar? Sim, mas se for realmente a
timento que o distancia do real. Alguns classificam os brin- final de um campeonato, critérios serão adotados para o
quedos por faixas etárias, sexo, educativos ou recreativos, desempate. No futebol por exemplo, se uma final termina
mas para as crianças essas classificações muitas vezes em empate, será feita uma prorrogação, depois disputa
inexistem ou não são necessárias. de pênaltis, ou saldo de gols etc., até que alguém seja o
Um brinquedo pedagógico ou educativo foi criado campeão.
para um melhor aprendizado na escola, mas às vezes não Um jogo sempre tem começo, meio e fim. Ante do
é o melhor presente que uma criança gostaria de ganhar. início, sempre sabemos como ele terminará, quais os cri-
térios em caso de empate etc.
BRINCADEIRA Nele, sempre existem regras. Se não houver, será
É o lúdico em ação. Uma brincadeira sempre nos uma brincadeira.
lembra algo prazeroso, que a criança faz a fim de se di- Sempre há um final previsto, mas modificações são
vertir. Muitas vezes, mostra a junção dos brinquedos com possíveis. Caso se queira mudar uma regra, pode-se fa-
regras básicas, gerando brincadeiras... zê-lo, mas o jogo deverá ser reiniciado com a nova regra
Normalmente não existem necessariamente vence- explicada para as duas ou mais equipes.
dores numa brincadeira. Ela acontece enquanto existi- Pode ser definido como:
rem motivação e interesse das pessoas. Por exemplo, • “Atividade física ou mental organizada por um sistema
quando acaba um pega-pega? Enquanto as crianças de regras que definem a perda ou o ganho”. (DICIO-
ainda não estiverem cansadas. De repente, após uns mi- NÁRIO AURÉLIO, 2010)
nutos, elas conversam entre si e falam: vamos parar? e
começam outra atividade sem preocupação com vitória, Segundo Brougére e Henriot (apud KISHIMOTO
tempo etc. Pode ou não haver regras, mas quando há, 2000), os jogos também podem ser:
são simples. Por exemplo, existem regras para brincar
• Resultado de um sistema linguístico dentro de um
de casinha entre amigas? Não. E quais as regras para se
contexto social
fazerem embaixadinhas com uma bola?
Não objetiva compreender a realidade, mas mon-
Mas de modo geral, toda brincadeira possui regras. Um
tar símbolos que atendam aos desejos do cotidiano.
pega-pega simples tem regras. Quem for pego fará isso. O
Cada jogo tem um papel dentro de cada sociedade,
local de/para onde podemos fugir será este. Para não ser
por exemplo, o arco e flecha para a criança índia é
pego pode ser feito "isto ou aquilo" e assim por diante.
treinamento para o futuro e, para a criança da cidade,
Nas brincadeiras, as regras podem ser modificadas
um entretenimento, jogo para treinar a pontaria.
sem problemas e a qualquer momento, dependendo das
necessidades. E o final não é previsível, pois na brinca- • Um sistema de regras
deira não existe um final obrigatório ou fixo. Cada jogo de baralho tem suas regras diferentes,
Mas em uma brincadeira também pode haver vence- mesmo que se usem materiais semelhantes.
dores? Acredito que sim. Por exemplo, num pega-pega,
podemos dizer que o último a ser pego seria um vence- • Jogo como objeto
dor? Sim, sem descaracterizar a brincadeira, pois a ên- Possui peças, tabuleiros feitos de madeira, plástico,
fase não era a de ganhar ou verificar quem era o melhor, metais etc.
mais rápido etc. As brincadeiras podem ser classificadas de dife-
Outras definições: rentes formas, dependendo do autor, como veremos a
• “Ato ou efeito de brincar”. (DICIONÁRIO AURÉLIO, seguir. Segundo Piaget, os jogos e brincadeiras podem
2010) ser divididos em:
• “Expressão humana de significados da/na cultura re-
Jogos/brincadeiras tradicionais – jogos que foram
ferenciada no brincar consigo, com o outro e com o
transmitidos por várias gerações, não por livros, mas por
contexto”. (GOMES, 2004)
observação e transmissão das pessoas, que brincaram
JOGO em ruas e praças, e que passam de geração em geração.
Mas quando a “brincadeira” possui regras mais rígidas, Muitas vezes são chamadas de “brincadeiras folclóricas”,
times são separados, vencedores são valorizados e então pois sua origem é desconhecida e fazem parte da cultura
podemos ultrapassar a barreira do brincar para o jogar. e tradição daquele povo.
38 –
Exemplo: jogo das pedrinhas (5 Marias); pular corda; iniciar uma conversa ou amizade etc. Muitas são chama-
amarelinha; passa-anel; perna-de-pau; catavento; das ou usadas em “dinâmicas de grupo”. Exemplo: bingo
pião; estilingue; bilboquê; jogos de pega-pega; escon- de nomes (cada pessoa procura de 6 a 8 assinaturas de
de-esconde; cabra-cega; polícia e ladrões; queimada; pessoas do grupo e, depois, com o nome de todos numa
barra-manteiga; elefante colorido; ioiô; taco etc. caixa, sorteia-se nome a nome, como num bingo).
Outra classificação de jogos (chamada de socioló-
Jogos de exercício sensoriomotor – jogos em que as ha- gica) é a proposta por Roger Callois. Ele os divide em
bilidades e capacidades físicas e motoras são o principal quatro grandes blocos, a saber:
objetivo. Envolvem repetições de gestos e tarefas, com ex- –– Agôn: esportes, competições, lutas etc. Envolve dis-
ploração em diferentes áreas, como tátil, visual, sonora, e putas, vencedores e vitória de uma das partes. Em
alguns envolvendo até áreas olfativas, gustativas etc. grego, agôn significa “disputa”.
Jogos simbólicos – usados principalmente na cha- –– Alea: quando o aleatório e o acaso aparecem. Não
mada infância (até os 6 anos), em que o fator do “faz existe lógica nem treinamento suficiente para afirmar
de conta”, da imitação e da fantasia está envolvido. A uma possível vitória. É o caso do jogo de azar (do
criança usa a imaginação e pode realizar sonhos e fanta- latim, aleatório). O final do jogo não depende do jo-
sias, ajudando muitas vezes a resolver conflitos, medos, gador, pois se trata de vencer o destino, mais do que
angústias, frustrações etc. Também ajudam na “autoex- vencer o adversário. Depende de sorte e o jogador
pressão”, pois assumem-se papéis como “pai-mãe”, ani- é passivo.
mais, super-heróis etc. –– Mimicry: essa expressão, em inglês, designa mime-
tismo. Mímicas, disfarces e imitações. Envolve jogos
Jogos de regras – quando a criança deixa a fase ego- de imitação, mímica, teatro, encenações etc.
cêntrica e aprende a se relacionar com os colegas e –– Ilinx: o termo Ilinx vem do grego e significa “verti-
compartilhar materiais, os jogos são usados. Podem ser gem”. Atividades como esportes de velocidade (moto,
classificados em espontâneos (em que as regras são me- carro, etc.) ou de acrobacias, nas quais se abando-
nos rígidas, como no brincar de casinha) ou com regras na por instantes a sensação de segurança (podendo
transmitidas, pois em vários locais do mundo, pode-se chegar até o pânico), são classificadas como ilinx.
jogar com pessoas diferentes, pois as regras geralmente Henry Wallon classificou os jogos infantis em quatro
são comuns. São usados principalmente a partir dos 6-7 categorias:
anos, podendo ser motores (corridas, com bola etc.), in- –– Jogos funcionais: caracterizam-se por movimentos
telectuais (xadrez, jogos de tabuleiro) etc. simples de exploração do corpo, através dos senti-
dos. A criança descobre o prazer de executar as fun-
Jogos cantados – utilizando-se da música, várias são as
ções que a evolução da motricidade lhe possibilita e
formas possíveis de brincar, gerando até variações nas
sente necessidade de pôr em ação as novas aquisi-
classificações, como:
ções e repeti-las.
–– cantigas de roda: as crianças em roda, de mãos
dadas, cantam melodias simples e folclóricas. São –– Jogos de ficção: atividades lúdicas caracteriza-
músicas que fazem parte das tradições de um povo, das pela ênfase no faz de conta, na presença da
como “Atirei o pau no gato”, “Ciranda, cirandinha” situação imaginária. Ela surge com o aparecimento
etc. Podem incluir outras culturas, como a africana, da representação e a criança assume papéis pre-
europeia (principalmente portuguesa e espanhola) e sentes no seu contexto social, brincando de “imitar
índia. Existem cantigas de ninar, cirandas etc. adultos”, “casinha”, “escolinha” etc.
–– rodas cantadas: uma brincadeira que envolve mú- –– Jogos de aquisição: desde que o bebê, “todo olhos,
sica, o corpo, o ritmo, desafios de movimentos e, todo ouvidos”, como descreve Wallon, se empenha
às vezes, situações engraçadas, usadas até como para compreender, conhecer, imitar canções, ges-
“quebra-gelo”, integração entre os participantes, tra- tos, sons, imagens e histórias, começam os jogos de
zendo alegria e prazer na realização. Muitas vezes aquisição.
foram construídas com objetivos específicos, como –– Jogos de fabricação: são jogos em que a criança se
movimentos para braço e pernas ou para repetições entretém com atividades manuais de criar, combinar,
de palavras ou frases etc. juntar e transformar objetos. Os jogos de fabricação
Jogos de sociabilização – encontramos na literatura são quase sempre as causas ou consequências do
diversas subdivisões, como, por exemplo: “quebra-gelo”, jogo de ficção ou se confundem num só. Quando a
socialização, integração. Na verdade, todos eles procu- criança cria e improvisa o seu brinquedo: a boneca, os
ram criar uma união entre as pessoas, a fim de que se animais que podem ser modelados, isto é, transforma
sintam mais à vontade para compartilhar situações, para matéria real em objetos dotados de vida fictícia.
– 39
PLANEJANDO A EDUCAÇÃO FÍSICA (PERCEPÇÃO E AÇÃO)
Planejar = pensar sobre as possíveis ações que pre- O que vou ensinar?
tendemos realizar São os conteúdos escolares, que podem ser con-
Planejamento de ensino é: “previsão inteligente e ceitos (fatos, teorias, conteúdos, ciências etc.), procedi-
bem calculada de todas as etapas do trabalho escolar mentos (ações, desempenhos, habilidades, movimentos,
que envolve as atividades docentes e discentes, de saber fazer etc.) e atitudes (valores, ética, cooperação,
modo a tornar o ensino seguro, econômico e eficiente”. respeito etc.).
(MATTOS, 1968). Como vou ensinar?
Segundo Neira (1999), “planejar é preparar bem a
De acordo com os objetivos e conteúdos, devemos
ação, acompanhando-a para confirmar ou corrigir o de-
escolher o melhor método ou estratégia de ensino para
cidido, revendo-a e criticando a preparação feita, depois
desenvolver a aula, que é o caminho que o professor es-
de tudo terminado”. Segundo o mesmo autor, planejar é
colhe para as situações de ensino-aprendizagem. Envol-
estruturar uma linha de ação de acordo com uma realida-
vem estilos de ensino (descoberta orientada, solução de
de avaliada (evitando improvisos).
problemas, comando, tarefas etc.) que podem ser mais
ou menos diretivos etc. Alguns alunos podem preferir um
Tipos de planejamento:
ou outro método e cabe a cada professor tentar adaptar
1. Sistema de educação: municipal, estadual e nacio- sua aula às individualidades de cada um, aumentando a
nal. Reflete as políticas educacionais de uma nação, eficiência do ensino. Exemplos: aula expositiva, debates,
com objetivos, finalidades, metas etc. painéis, pesquisas, seminários, exposições etc.
Do educador John Dewey: “Quando um professor diz
2. Da escola: é o projeto ou proposta pedagógica da
que tem dez anos de experiência, é preciso saber se
escola, seu plano escolar etc. Varia dependendo do
realmente são dez anos de experiência ou um ano repe-
currículo, filosofia, tipo de avaliação, diretrizes, obje-
tido por dez vezes”.
tivos etc. Pode ser influenciado pela realidade socio-
econômica da clientela, da cultura do povo etc. Deve Com que vou ensinar?
ser elaborado em conjunto com o corpo docente, fun- São os recursos didáticos (audiovisuais) que estimu-
cionários e, se possível, com alunos, pais etc. lam os alunos para uma melhor aprendizagem. Devem
estimular e motivar o aluno, melhorar a fixação dos con-
3. Do currículo: fundamentos e conteúdos de cada dis-
teúdos etc. Exemplos: slides, data show, retroprojetor, bi-
ciplina, sistema de avaliação etc.
bliotecas, Internet etc. No caso de uma aula de educação
4. De ensino: documento mais elaborado feito por um física, os materiais utilizados, como bolas, cordas, pete-
grupo de professores ou individualmente, detalhan- cas, banco sueco, dentre outros, são recursos importan-
do objetivos gerais e específicos, recursos didáticos, tes, pois a criança aprende com mais facilidade quando
avaliação etc. possui o “concreto” para manipular.

5. De aula: planejando a unidade a ser dada, com cla- O que, como e para que avaliar o que foi ensinado?
reza sobre qual o objetivo a ser alcançado, como A avaliação é contínua (diária), ou semanal, mensal,
avaliar a aprendizagem do aluno, qual recurso será semestral etc. Deve ser utilizada para verificar se os ob-
usado de acordo com as características da turma etc. jetivos propostos foram cumpridos, dar um feedback ao
Independente do tipo de planejamento que pretende- aluno de como está seu processo de aprendizagem e
mos realizar, devemos responder às seguintes questões: não deve ter uma função apenas classificatória ou, ainda,
punitiva. Deve dar um diagnóstico e retorno ao aluno de
Para que vou ensinar? como ele está. Além disso, a avaliação é muito importan-
te para se refazer o planejamento.
São os objetivos de ensino. É uma descrição clara do
que se pretende alcançar como resultado final da apren-
EDUCAÇÃO FÍSICA (PERCEPÇÃO E AÇÃO) – POR
dizagem. Eles podem ser gerais (alcançados após um
ONDE SEGUIR?
longo tempo, podendo ser estabelecidos por série ou ní-
vel de ensino) ou específicos (curto prazo, alcançáveis Atualmente na Educação Física escolar temos diver-
pelos alunos até para uma aula apenas). sas tendências ou abordagens que nos mostram quais
Quais são as habilidades que pretendo desenvolver caminhos ela pode seguir. Ao longo da história recente
em meus alunos? Ao escrever o planejamento, essas ha- do Brasil também vimos diversos rumos tomados por ela,
bilidades devem ser indicadas por um verbo no infinitivo: que ajudam a entender nosso presente como está. Ve-
avaliar, aprender, arremessar, escrever etc. remos uma breve história da Educação Física a seguir.
40 –
História da Educação Física no Brasil os indivíduos para servir e defender a pátria, suportando
o combate e a guerra, se preciso. Só que este movimen-
–– Educação Física Higienista (Até 1930) to promovia a eliminação dos incapacitados, dos fracos
–– Educação Física Militarista (1930–1945) e débeis, premiando apenas os fortes, fazendo um mo-
–– Educação Física Pedagogicista (1945–1964) vimento de “eugenia”, de depuração da raça, movimen-
to semelhante ao que faziam os fascistas como Hitler e
–– Educação Física Competitivista (Pós-1964)
Mussolini.
–– Educação Física Popular Essa abordagem visava a um “cidadão modelo”, ca-
paz de servir de exemplo para o restante da juventude
As datas indicam apenas os principais momentos de
pela sua braveza e coragem. O próprio Rui Barbosa tam-
cada movimento da Educação Física, mas não significa
bém incentivava a prática da Educação Física Militarista,
que acabaram exatamente naquele ano e em todos os lu-
pois ela promovia aos praticantes força, energia e um ca-
gares, tanto é que muitas entidades, escolas, clubes etc.
ráter viril.
ainda hoje podem privilegiar uma destas abordagens.
O principal método utilizado foi o francês, ou regu-
Educação Física Higienista (até 1930) lamento n. 7 que, por decreto em 1921, foi utilizado em
todo território nacional. Em 1931 foi estendido para a
Um dos temas mais conhecidos desta fase é: “mente rede escolar. Em 1933 foi fundada a Escola de Educação
sã em corpo são”. Física do Exército, que passou a difundi-lo ainda mais.
A questão da saúde está sempre em primeiro lugar, Visava, portanto, a uma pessoa obediente e adestrada,
querendo formar homens e mulheres sadios, dispostos à que respeitasse os valores, a moral e o Estado. Era feita
ação, mas que aos poucos começa a revelar uma “assep- uma espécie de seleção natural das pessoas, tudo a fim
sia social”, de acordo com a qual se pode fazer ginásticas, de criar uma raça superior, amante da pátria, e o esporte
esportes, recreação, mas tudo a fim de levar as pessoas nessa época foi até utilizado para ajudar nessa seleção.
a criarem hábitos saudáveis para não comprometer a vida Hitler exclamou: “ai dos débeis”, mostrando que apenas
coletiva também. os fortes deveriam sobreviver. Apenas com a derrota do
A Educação Física é um agente de saneamento, nazifascismo na 2.a Guerra é que o Brasil passa a reciclar
trazendo saúde pela educação, libertando dos vícios, suas ideias.
das doenças etc. Essas ideias vieram do liberalismo
(conjunto de ideias e doutrinas que visam assegurar a
Educação Física Pedagogicista (1945 – 1964)
liberdade individual no campo da política, religião, moral
etc.) e um dos principais pensadores brasileiros foi Rui Aqui, a função da Educação Física era a educação.
Barbosa, que dizia: Não somente proporcionar saúde, mas educar pelo mo-
“A chave de todas as desgraças é a ignorância po- vimento, trazendo benefícios pela aquisição de hábitos
pular e a educação era a arma capaz de reverter os pro- fundamentais, preparo vocacional e melhor uso das ho-
blemas da nação”. A Educação Física então passou a ras de lazer.
ter uma importância grande, pois antes se pensava que Os esportes, a dança, a ginástica, tudo isso poderia
os exercícios eram só para o corpo, mas ele afirma que ajudar o aluno a ser um cidadão melhor, a ter um convívio
a mente também se desenvolvia e passou-se a valorizar social adequado, preparando as futuras gerações.
as nossas aulas de Educação Física, a qual deve ser en- Com relação à saúde, visa à formação de indivíduos
sinada desde o “primeiro ensino” até o ensino superior. saudáveis tanto física quanto mentalmente. Nas habili-
Ele ainda fala sobre a importância do brincar para dades fundamentais, visava a que formasse o caráter
as crianças, que têm um “apetite para o movimento”, e das pessoas, um bom membro de família, bom cidadão,
que além do trabalho físico-motor deviam se lembrar do usando de forma sadia as horas de lazer e outras. Na
espírito que também era trabalhado, evitando problemas preparação vocacional, achava-se que certas atividades
comportamentais, sociais e outros. físicas ajudavam a desenvolver o controle emocional, a
Essa fase da Educação Física ainda pode ser lembra- liderança e o comando.
da hoje, com a proliferação de academias de ginástica, Mesmo nesta época ainda existia o método francês,
na busca de saúde e beleza. Mas não podemos nos es- mas o ideal desta abordagem era transformar a disciplina
quecer de que a mídia exerce grande poder neste desejo Educação Física em uma prática educativa e não ape-
de frequentarmos as academias, pois muito do que se faz
nas instrutiva, como classificavam as outras disciplinas
nas aulas é apenas marketing para se vendem produtos
na escola.
antigos com caras novas.
Nesta época, o professor de Educação Física assu-
me papéis de líder de comunidade, organizador de des-
Educação Física Militarista (1930 – 1945) files cívicos, de fanfarras, de campeonatos internos e ex-
Não devemos confundir com Educação Física Militar, ternos, entre outros.
que é a simples preparação do soldado para a guerra por No governo de Juscelino Kubitschek (anos 50) ocorre
meio de exercícios. A Educação Física Militarista se preo- um grande impulso para seu crescimento. Em 1940, exis-
cupa com a saúde da população (semelhante à higienis- tiam apenas 41 ginásios públicos. Em 1962, passaram a
ta), mas com o objetivo de “elevar a Nação”, preparando existir 561.
– 41
Educação Física Competitivista (Pós – 1964) Visava a uma sociedade mais democrática e então
surge a Educação Física Popular, com a intenção de va-
Buscava uma elitização da sociedade, tornando o in-
divíduo atleta um herói. O esporte de alto nível deveria lorizar o lazer, o lúdico e a solidariedade com o intuito de
ser “massificado”, a fim de criar atletas-heróis capazes de mobilizar a classe trabalhadora.
tornar o Brasil uma potência de medalhas olímpicas. To- Não existem muitos documentos e produção teórica
dos os “governos” deveriam incentivar a prática esportiva desta abordagem, transmitida principalmente oralmente
e com os avanços da fisiologia e biomecânica, as técni- por meio da geração de trabalhadores. Não se preocupa-
cas esportivas seriam cada vez mais eficazes no treina- va com a saúde, medalhas, educação ou com a disciplina
mento das pessoas. As aulas de Educação Física eram dos homens, mas sim ir contra a ideologia dominante da
simples treinamentos para as modalidades olímpicas. época pela mobilização e organização da classe operária
Semelhante ao “pão e circo” da época de Roma, o e pela luta de classes.
governo usava o esporte na ditadura militar a fim de tor-
nar os indivíduos mais dóceis, calmos, sem críticas crian- Que corrente adotar?
do um clima de tranquilidade e calmaria, mas é claro que
Atualmente qual é a corrente correta? Nós cremos
às custas de uma censura à imprensa, expulsando bra-
que não existe apenas uma que seja correta e, assim,
sileiros contrários aos ideais do regime militar. O esporte
de alto nível era um analgésico que pudesse acalmar o o Sistema de Ensino Objetivo utiliza várias abordagens,
movimento social. procurando construir uma própria. Na Educação Infantil,
Afirmava que pessoas cansadas de fazer atividades principalmente, adota a abordagem desenvolvimentista
físicas não iriam à noite para bares e esquinas, mas para e alguns aspectos da construtivista. .
a casa descansar; que pessoas nas quadras jogando se- Mas como sugestão de pesquisa e incentivo para lei-
riam menos pessoas nos hospitais ou com uniformes de tura seguem abaixo diversas abordagens com seus prin-
presidiários. Assim, o objetivo era formar pessoas ativas cipais autores.
para que não tivessem tempo para causar problemas à
1. Abordagem humanista (OLIVEIRA, V.M.)
ditadura. Estudantes cansados não entrariam para a po-
lítica. A ideia era perpetuar a dominação. 2. Abordagem Progressista (GHIRALDELLI JUNIOR, P. )
A imprensa valorizava os atletas pobres que vence- 3. Abordagem Revolucionária (MEDINA, J.P.S. )
ram na vida pelo esporte, elevando-os a heróis nacionais,
4. Abordagem Crítica (MARIZ, J.G.O.; BETTI, M.)
a fim de evitar que se falassem nos reais problemas de
desigualdades sociais, desemprego, falta de cultura, es- 5. Abordagem Sistêmica (BETTI, M).
colas etc. Alunos bolsistas eram os atletas que se sagra- 6. Abordagem Desenvolvimentista (TANI, G. et al)
vam campeões.
7. Abordagem Construtivista-interacionista (FREIRE,
Nesta época surgiram as turmas de treinamento a
J.B.S.)
fim de criar novos talentos, mas ao mesmo tempo, criava
uma classe de não atletas sem direito a praticar esportes, 8. Abordagem Socioconstrutivista (MATTOS, M.G; NEI-
pois estes não tinham valor ao governo. Isso ainda acon- RA, M.G. )
tece até hoje.
9. Abordagem Fenomenológica (MOREIRA, W.W. )
10. Abordagem Crítico-superadora (SOARES, C.L. et al)
Educação Física Popular
11. Abordagem Crítico-emancipatória (KUNZ, E. et al)
Essa abordagem de Educação Física tem a ver com
a iniciativa do movimento operário brasileiro, que no início 12. Abordagem Plural (DAÓLIO, J.)
da República e, posteriormente, com a criação do Partido 13. Abordagem da Saúde Renovada (NAHAS, M.V. )
Comunista Brasileiro passa a exercer grande influência 14. Psicomotricidade
nas classes populares das cidades. A Educação Física e
15. Jogos cooperativos
o esporte não eram bem vistos pelos anarquistas, mas o
PCB passou a criar campeonatos de várias modalidades Além dessas abordagens, acompanhamos as orien-
e utilizando o jornal do partido incentiva o operariado a tações dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e
fazer atividades físicas com esporte de forma lúdica. as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
42 –
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS GERAIS DE CRIANÇAS DE:

2 anos –– Já se interessa por jogos de armar, de encaixes de


formas simples (quadrado, triângulo e círculo) e tem
–– Na habilidade manipulativa são observados progressos. persistência para resolvê-los.
–– Sobe escadas colocando os dois pés em cada degrau. –– Tem bom equilíbrio e progride muito quanto à coor-
–– Participa do ato de despir-se e descalçar-se. denação motora.
–– Rabisca numa folha grande de papel (rabiscação –– Tem senso de ordem – geralmente arranja os blocos
contínua em várias direções). em fila, como um trem, ou em quadrados, como ca-
–– Encaixa cubos de diferentes dimensões.
sas em disposição simétrica.
–– Identifica algumas cores, embora não cite ainda seus
–– Ainda não discrimina bem a maioria das cores, mas
nomes.
tem bom sentido de forma.
–– Conta por imitação e memorização, sem que isto sig-
–– Expressa-se com sentenças completas – três ou
nifique compreensão da quantidade.
–– Reconhece pessoas ou objetos vistos cerca de dois quatro palavras. Começa a usar palavras de maneira
meses antes. adulta.
–– Forma frases com duas ou três palavras, apresen- –– Suas explosões emocionais são geralmente bre-
tando grande aumento de vocabulário. ves, mas pode sentir prolongada ansiedade e ciú-
–– Reconhece expressões fisionômicas. mes intensos.
–– Reconhece a mãe em fotografias. –– Sua brincadeira é ainda solitária. É realizada ao lado,
–– É negativista (gosta de “ser do contra”, recusar, paralelamente, mas não com as outras crianças.
protestar). –– Já começa a entender o que significa “esperar a sua
–– Começa a procurar um companheiro para brincar (a vez”.
convivência com estranhos é útil para seu desenvol- –– Continua aprendendo a coordenar os músculos
vimento socioemocional). maiores por meio de atividades repetidas.
–– Já se interessa por ouvir algumas histórias de livros –– Sobe escadas sem ajuda, alternando os pés.
ilustrados que lhe permitem explorar um mundo –– No desenho, encontra-se na fase da rabiscação ce-
maior através do faz de conta e da fantasia. lular (começam a aparecer as primeiras formas circu-
–– O controle dos esfíncteres é gradativamente alcançado.
lares, ainda sem intenção definida).
–– Presença do monólogo infantil em que a criança faz re-
–– No desenho, seus traços começam a ser controla-
presentações combinando as ações com as palavras.
dos, menos confusos e menos repetitivos.
–– Ocorre a imitação dos pais, mostrando isso em brin-
–– Pode ter controle da bexiga durante o dia.
cadeiras caracterizadas pela imaginação.
–– Gasta grande parte do seu tempo fazendo tentativas –– Gosta de inventar nomes para pessoas e objetos.
obstinadas de independência (quer “descobrir” as –– Fala sozinha, praticando a linguagem e dando forma
coisas por conta própria). à imaginação.
–– Rebeldia e tirania – é incontrolável e impulsiva. –– Aparecem as dificuldades para a alimentação e para
–– Suas afeições e ciúmes centralizam-se na família. o sono.
–– Desenvolvimento rápido (em todos os sentidos). –– Aparecem sentimentos de medo.
–– Absorve muita coisa olhando e imitando, por meio de –– Através da comparação, a criança começa a perce-
atividades e das próprias vivências. ber as diferenças entre muito e pouco; igual, maior
–– Ocorre nessa fase o período de maior desafio – pe- e menor; mais e menos; grande e pequeno; fino
ríodo de afirmação, de independência como maior e grosso; alto e baixo; gordo e magro; em cima e
descoberta. embaixo. Todas as atividades oferecidas devem le-
var ao uso do próprio corpo para proporcionar os
3 anos
necessários estímulos a descobertas das noções
–– É um ser independente em suas relações com o sobre ele mesmo, bem como sua localização no
ambiente. Começa a usar o pronome na primeira espaço (orientação espacial). As atividades podem
pessoa (“eu quero”). ser: escorregar e balançar ou brincadeiras de pulos,
–– Começa a dissimular, isto é, já é capaz de masca- saltos, danças e correrias.
rar suas intenções para obter alguma vantagem. Seu –– Brinquedos e materiais devem favorecer toda a sorte
pensamento já estabelece relações e vínculos com de experiências visuais, táteis, olfativas etc., através
experiências anteriores. Gosta muito de atividades da manipulação de objetos: desenho, recorte, cola-
motoras. gem, pintura e dramatização.
– 43
4 anos –– Trabalha facilmente com dois atributos simultaneamente.
–– Brincar, característica mais típica dessa idade. Ape-
–– Atingiu a idade para iniciar suas experiências de vida go ao próprio mundo da fantasia.
social e grupal. –– Mostra-se interessada em aprender o que é real em
–– Combinação de independência e sociabilidade. seu mundo e separá-lo do mundo do faz de conta da
–– Mostra-se ativa e muito questionadora. Já não procu- sua imaginação. Suas brincadeiras refletem o modo
ra tanto a proteção do adulto. como ela oscila entre os dois mundos e também a
–– Há maior interesse pelas atividades que executa. Há ajudam a compreender a diferença entre eles.
intenso prazer na atividade lúdica. –– Nem sempre os brinquedos preferidos são cópias
–– Começam as atividades em grupo, preferindo grupos fiéis de objetos reais, mas sim materiais quaisquer.
de duas ou três crianças.
–– Já consegue emprestar os seus brinquedos. 5 anos
–– Ainda é presa a muitos medos: de escuro, de cão etc.
–– Já controla bem melhor suas emoções. É mais contida.
–– Já se veste quase sozinha.
–– À medida que a noção de tempo vai se organizando,
–– Precisa de um pouco de ajuda para abotoar ou dar
vai adquirindo a capacidade de espera.
laços. Sabe usar os sanitários com asseio.
–– É capaz de decorar canções e repetir grandes tre-
–– Gosta de tomar banho com outras crianças para sa-
chos das histórias. Nas atividades corporais, age
tisfazer curiosidades que começam a surgir.
com maior desenvoltura e equilíbrio. Pula bem corda
–– Chega à média de 1.500 palavras.
e arco.
–– Já é capaz de pular, mas ainda não pode fazê-lo em
–– Equilibra-se em um pé só por alguns segundos.
sequência, como pular corda.
–– Há o progresso da coordenação motora fina: enfia
–– Tem bom equilíbrio.
contas, manuseia ferramentas etc.
–– Sente prazer em vencer dificuldades e obstáculos.
–– Ao fazer sua higiene pessoal, escova os dentes e
–– Maior independência da musculatura das pernas.
lava-se sem precisar de tanta supervisão.
–– Tem coordenação motora mais fina (já consegue en-
–– Segura o lápis com mais segurança.
fiar uma agulha de tricô em um orifício pequeno).
–– Desenha uma figura humana reconhecível, com dife-
–– Seus gestos são mais refinados e precisos.
renciação de partes do corpo. Seu desenho é realista
–– Em seus desenhos já presta atenção a um detalhe
e objetivo.
isolado. Consegue copiar um quadrado e um círculo,
–– Já é capaz de recompor o retângulo com as duas
traçar uma cruz.
metades de um cartão cortado na diagonal.
–– A figura humana consiste em cabeça e dois apêndi-
–– Preocupa-se em terminar o que começou.
ces e, possivelmente, dois olhos (raramente as crian-
–– Na conversação, conclui o pensamento que iniciou e
ças fazem o tronco antes dos 5 anos).
revela autocrítica.
–– Há compreensão dos significados de dia e noite, po-
–– Já conta até dez objetos e faz somas simples dentro
rém é difícil calcular a duração de cada período.
desse limite.
–– Suas ideias estão muito relacionadas com os objetos
–– É ansiosa por conhecer realidades.
reais que ela pode ver e tocar.
–– Já tem ouvido e olho para detalhes.
–– É capaz de encarregar-se de recados simples.
–– Prefere brincar em grupo.
–– Recorta com tesoura, cola e colore, constrói casas
–– Gosta de construções de casas, garagens, cidades,
com blocos de armar, desenha retratos quase reco-
de fantasiar-se e dramatizar.
nhecíveis de pessoas, pode separar cores, modelos
–– Começam as diferenças de interesses entre meninos
e tamanhos.
e meninas. Curiosidade pelas diferenças de sexos.
–– Tenta explicar o que não compreende pela magia.
–– Começa a compreender os diferentes papéis que
–– À medida que o pensamento se organiza, irá cons-
cada sexo desempenha na vida.
truir cenas (as figuras ainda são isoladas e soltas
–– Possui mais segurança, mais confiança nos outros,
no espaço, não havendo traço de união ou relação mais aceitação das regras sociais, seriedade, persis-
entre elas). tência, sociabilidade, controle emocional.
–– Começa a demonstrar possibilidade de reconhecer –– O grafismo alcança a cena já organizada em con-
quantidades pequenas (até cinco elementos). junto único, o que prova o nível de organização do
–– Aprecia histórias mais longas, revelando maior pre- pensamento e a orientação espacial já estabelecida.
ferência pelas de vida real e bichinhos humanizados. –– Já lida com três atributos simultaneamente, o que
–– Reconhece os nomes dos coleguinhas e nomes de significa lidar com abstrações extraídas do material
propaganda (Coca-Cola, Itaú). concreto.
44 –
–– Ainda está descobrindo as diferenças entre realidade –– Meninos e meninas brincam juntos, mas já começam
e fantasia. a ter interesses diferentes: os meninos gostam de ar-
–– Chega à média de 2.200 palavras. rastar coisas em carros, misturar terra e água, jogar
–– A coordenação olho–mão não é ainda absolutamen- futebol, lutar. As meninas preferem brincar com bo-
te perfeita. necas, pular amarelinha, brincar de roda.
–– Começa a compreensão de como uma coisa pode –– Despende grande energia, mas quase não sente
levar à outra, isto é, de causa e efeito, de como as cansaço.
partes podem adaptar-se para formar uma totalidade –– Gosta de brinquedos mecânicos e de armar.
e da lógica das normas. –– Preocupa-se com cuidados pessoais: meninos e me-
–– Já tem a noção de certo e errado. ninas ficam muito tempo penteando-se, gostam de
–– Preocupa-se muito em estabelecer padrões internos perfume etc.
de certo e errado. –– Já possui muita habilidade para compreender e utili-
–– Desenvolvimento da compreensão e poder de raciocínio. zar a linguagem: gosta de usar palavras novas, mes-
–– Período de grande crescimento longitudinal, que va- mo as que não compreende bem.
ria de acordo com os antecedentes biológicos. –– Já é capaz de ouvir com atenção e de esperar sua
–– É ágil e possui bom controle muscular. Anda, corre e vez de falar.
pula com firmeza. –– Tem boa capacidade de argumentação. Relata bem
–– Desenha com segurança; tem bom domínio muscu- suas experiências e conta histórias.
lar no manejo de ferramentas simples e em ativida- –– Concentra-se por tempo mais longo em atividades
des tais como jogos de encaixe e recortes. livres.
–– Aumenta consideravelmente o período de tempo em –– Desenha, relacionando diversos objetos em cena úni-
ca e critica seus trabalhos, às vezes inutilizando-os.
que é capaz de concentrar-se.
Tem muita imaginação, mas já sabe diferenciar o real
–– Tudo investiga e verifica, formando os próprios
da fantasia.
conceitos.
–– É interessada pelos fenômenos da natureza, objetos,
–– Tem boa memória.
notícias atuais (guerra, eleições).
–– Planeja o que vai desenhar e critica o resultado de
–– Começa a conhecer o valor do dinheiro.
seu trabalho.
–– Interessa-se pelo tempo: quer saber os dias da se-
–– É sensível a certas situações sociais; manifesta mais
mana, tem noção do que significa ontem, hoje e
claramente ansiedades e temores. Identidade firme-
amanhã, mas atrapalha-se com períodos maiores de
mente estabelecida (a base do caráter e da persona-
tempo.
lidade já está assentada).
–– É capaz de transmitir recados.
–– Suas brincadeiras são mais organizadas.
–– Gosta de organizar grupos, estipulando regras.
–– Grande parte dos ensinamentos que recebe ocorre –– Já tem hábitos de ordem e higiene formados.
sob a forma de jogos, mas isso não pode substituir –– Organiza-se em grupos cada vez maiores (aproxima-
as brincadeiras. damente sete colegas). Os conflitos são raros; usa
–– Equilíbrio entre educação e brincadeira é o aspecto táticas verbais: “é a minha vez”, “eu vi primeiro”. Pre-
crucial dos 5 anos. cisa da aceitação e da aprovação do grupo. É crítica,
–– As atitudes adquiridas em relação à aprendizagem mas tem muito senso de humor. Sente-se superior às
terão efeitos duradouros. crianças mais novas.
–– Aumenta sua curiosidade sobre sexo: casamento,
6 anos gravidez, nascimento. Aprende que há hora apro-
priada para cada coisa.
–– Começam a perder os dentes de leite e o ar de bebê. –– Fica triste quando é reprovada pelo adulto, mas já
–– A visão binocular tornar-se normal (antes não pos- pode compreender quando seu comportamento é
suía condições de focalizar a vista para longe e perto prejudicial ou inadequado.
rapidamente).
–– Tem grande noção de seus direitos e ressente-se de
–– Demonstra maior desenvolvimento motor e acuidade
injustiças.
auditiva.
–– Apresenta melhor coordenação dos músculos menores. –– Revela amadurecimento completo para a concretiza-
–– Possui grande habilidade para pintar, desenhar, mo- ção da aprendizagem da leitura e da escrita. É capaz
delar e seus trabalhos são realizados com maior ob- de seguir ordens mais complexas, que incluam a me-
servação e cuidado. morização de detalhes em sequência.
–– É muito ativa e está sempre pronta a adquirir novas ex-
Fonte: Material Didático do
periências: cava, trepa, luta e constrói constantemente. Colégio Objetivo (Editora Sol)
– 45
Sugestões de atividades e materiais
As atividades descritas neste livro são sugestões de aulas que não possuem uma ordem exata quanto à sua
utilização. Isso porque cada professor deve fazer uma avaliação diagnóstica de sua classe e perceber quais são os
pontos mais fracos, aqueles que necessitam de um trabalho maior e quais os pontos que já estão bem desenvolvidos
e necessitam de um número menor de aulas. Do mesmo modo, também não existe um número certo de aulas que
devem ser dadas para um determinado objetivo, como, por exemplo, o de melhorar o esquema corporal ou a lateralida-
de. Cada turma deve ser analisada de forma individualizada e um programa deve ser realizado de forma a atender as
necessidades reais de cada grupo. Se um grupo apresenta ótimos resultados em equilíbrio dinâmico, use suas aulas,
por exemplo, para auxiliar na lateralidade que ainda não está boa.

Número de aulas semanais

Turmas Idade Tempo de aula


Educação Infantil 1 – fase 1 2 anos
2 aulas semanais de 30 minutos
Educação Infantil 1 – fase 2 3 anos
Educação Infantil 2 4 anos
2 aulas semanais de 40 minutos
Educação Infantil 3 5 anos

Como cada escola possui um número específico de aulas de Percepção e Ação (Educação Física), com tempo deter-
minado por cada uma, muitas variações podem ocorrer neste planejamento anual. Nós acreditamos que todas as escolas
devem ter no mínimo duas (2) aulas semanais, em dias alternados, e o tempo ideal é de trinta (30) minutos para a Educação
Infantil 1 (fases 1 e 2). Mais tempo que isso, acreditamos ser exagero, pois o tempo de concentração das crianças nesta fase
é muito pequeno. Já para os alunos da Educação Infantil 2 e 3 o tempo de aula sugerido é de 40 minutos.
O uso de materiais diversos é muito importante nesta fase das crianças. Devemos sempre buscar materiais indivi-
duais para que todas tenham o seu, já que nesta fase elas dificilmente conseguem emprestar e compartilhar um equipa-
mento. Assim, é importante ter uma bola para cada uma delas, uma meia para cada uma, uma peteca etc. Mas podemos
pensar: será que minha escola terá condições financeiras para comprar tudo de que preciso?
Daí a importância de materiais alternativos, construídos com objetos reciclados, reutilizáveis etc. A criatividade é
de suma importância para auxiliar no desenvolvimento das aulas do professor, pois as crianças se motivam muito quan-
do possuem um material chamativo, colorido e em quantidade para todos. É claro que estamos falando de pequenos
materiais, pois muitos deles são de uso coletivo, como um colchão, um plinto, uma escada etc.
A seguir, daremos exemplos de diferentes materiais que sua escola pode comprar ou criar.

Bolas
Podemos ter bolas oficiais de esportes como vôlei, futebol, tênis, pingue-pongue e também feitas de jornal, enrola-
das com fitas adesivas, de plástico etc. É importante trabalhar com pesos e tamanhos diferentes, auxiliando, assim, a
aquisição de habilidades de manipulação.
As cores também são importantes, mas podem ser um problema também, pois, às vezes, algumas crianças se
recusam a usar uma determinada cor.

46 –
Traves de equilíbrio Step
Os steps podem ser cortados em uma serra de fita Com step é possível também fazer circuitos, obstá-
(encontradas em marcenarias) e usados para as crian- culos, criar "castelos e casas" em jogos simbólicos, pran-
ças andarem por cima deles, com a intenção de melhorar chas de equilíbrio, colocando um pedaço de cano ou ma-
o equilíbrio. Podem ser feitas várias dessas traves, bem deira por baixo, no centro do step.
como vários caminhos pela quadra.

Banco sueco

De preferência, ao lado do banco, deve haver


colchões ou colchonetes, a fim de proteger as crian-
ças caso alguma delas caia. Os steps na foto ao lado
ajudam a organizar uma fila, para que as crianças pe-
quenas (da Educação Infantil 1 e 2) não se dispersem.
Podem ser utilizados também pneus no lugar do step.

Paraquedas
Atualmente, o paraquedas é um produto vendido por muitas empresas que trabalham com jogos cooperativos, mas
podem ser adaptados com lençóis emendados, ou outro tecido, ou, ainda, paraquedas reais não mais utilizados por
indivíduos que saltam como esporte.
Existem diversos livros que mostram como utilizar o paraquedas com diferentes objetivos.

– 47
Brinquedos de espuma
Esses tipos de brinquedos são vendidos em diversas lojas de materiais pedagógicos e esportivos. Ele são muito
motivantes, pois são coloridos, não machucam e podemos modificar sua configuração de diferentes formas ao longo
de uma aula. O maior problema é que o preço deles pode ser alto, mas a escola pode confeccioná-los com a ajuda de
um bom tapeceiro.
Além de trabalhar diferentes capacidades físicas, podemos usá-los para construir casas e castelos em jogos simbólicos.

Cama elástica Plinto


A cama elástica é um ótimo material para a aula de Ajuda no trabalho de saltos, podendo-se regular sua
Educação Física (Percepção e Ação). Pode ser grande ou altura pela altura das gavetas. Junto de um banco sueco,
pequena (individual) como da foto. Auxilia no trabalho de pode ser apoio de um escorregador, que pode ser traba-
equilíbrio, de força de membros inferiores, coordenação lhado de várias formas.
motora etc.

48 –
Aros
Os aros ou bambolês podem ser compostos por diferentes materiais e utilizados de várias formas. Os arcos da foto
a seguir são de alumínio e possuem uma grande vantagem: a durabilidade, mas também possuem a desvantagem de
serem pesados e poderem machucar. Assim, o ideal é que eles sejam trabalhados apenas no chão, como local para
ser pisado. Já os de plástico podem ser girados, lançados para o alto, servirem de "cavalo", direção de carro etc., mas
são muitas vezes mais frágeis, entortam e soltam com frequência.
Uma opção são conduítes de eletricidade, que em geral são feitos de plástico preto resistente (não os amarelos,
moles), podendo ser cortados em diferentes tamanhos para motivar o trabalho.
Aros com setas servem para a criança saltar e, ao cair, posicionar-se com o corpo voltado para a seta. Depois a
direção delas poderá ser mudada.

Corda elástica ("teia de aranha")


Fazer um entrelaçamento de cordas (elásticas ou elástico de "costureira") nos bancos suecos, onde os alunos
pisam sobre as cordas e/ou nos espaços sem tocar nas "teias de aranha".

– 49
Cones
Os cones podem ser de diferentes tamanhos e materiais (plásticos, borracha, papelão etc.), bem como servirem de
alvo, obstáculos em corridas, objetos para encaixar bolas dentro etc.

Pista de corrida
Desenhar com giz um percurso onde os alunos devem caminhar, correr de diferentes formas, passar com diferen-
tes objetos (pneu, aro, bola).

Piscina
Não é tão comum na maioria das escolas, mas colocamos aqui também pela sua importância, mesmo com seu alto
custo tanto de construção quanto de manutenção.

50 –
Pneu

Os pneus podem ser de carros, motos, kart, carri-


nhos de mão etc.
Podem ser usados em aulas de equilíbrio, quando
as crianças caminham sobre eles, ou rolam pela quadra,
ou, ainda, quando servem de alvo para lançamento de
bolas etc.

Banner
O banner pode ser feito em gráficas ou no verso de um
já usado, com canetas de retroprojetor. Podem ser feitas
"amarelinhas" de diversas formas.

– 51
Escada
A escada pode ser de madeira ou de alumínio (como da foto), com articulações que permitem montá-la de diferen-
tes formas a fim de dar maior ou menor dificuldade ao andar e pendurar-se nela etc.
Observação: o degrau da escada foi enrolado com uma folha de E.V.A. para não machucar, evitando acidentes.

Cordas Tecido (tule, filó)


Podemos ter cordas elásticas, de sisal, seda, peque- O tecido serve para ser lançado para o alto e ser
nas, grandes, finas ou grossas. Cada uma delas pode pego novamente, ser colocado sobre partes do corpo em
ajudar a desenvolver um objetivo específico, como sal- deslocamentos etc.
tos, força, agilidade etc.

52 –
Objetos para rebater Tecido com alvos
Raquetes de pingue-pongue, raquetes feitas de cabi- O tecido, que pode ser de TNT ou similar, deve conter
des de arame com meia e prato do jogo do "gruda". furos de diferentes tamanhos, os quais deverão ser alvos
de bolas de meia, de tênis, de papel etc. O tecido deve ter
uma madeira em cada lateral, a fim de ajudar na amarração.

Pompom

Feito de lã, pode ser enrolado na mão e amarrado


pelo centro. Depois cortam-se as pontas dos dois lados e
ele abre como uma bola. Pode ser enrolado na madeira,
amarrado no vão dela e depois cortado nas pontas. Para
amarrar na parte central, pode-se usar a própria lã ou
de preferência as fitas de plástico que são próprias para
fechar sacos. No mercado podem ser encontradas por di-
versos nomes, como fita lacre, abraçadeira de nylon etc.

Tamanca
Tamanca ou chinelão de madeira com alças de res-
tos de carpete.

– 53
Colchão Saquinhos de areia
Existem diferentes tamanhos, espessuras e formas, Podem ser lançados em alvos, carregados em di-
que podem auxiliar em rolamentos, quedas, aterrissagem versas partes do corpo, trabalhando equilíbrio, esque-
de saltos etc. ma corporal etc.

Argolas Perna de lata


Servem para serem lançadas em alvos, como cones, Feita para auxiliar no trabalho com equilíbrio.
rolar como pneus, pendurar no corpo, girar etc.

Petecas Moldes de pés/mãos


Podem ser compradas em lojas, com penas macias Podem ser espalhados pela quadra e as pessoas
ou duras (como da peteca oficial branca) e, ainda, se- devem pisar e se locomover obedecendo ou não (de-
rem feitas de jornal ou de tiras de E.V.A., enroladas como pendendo da idade) à orientação de “direita e esquerda”.
num “rocambole”, para formar as “penas”, como na foto Auxilia na lateralidade.
abaixo.

54 –
Sugestões de atividades motoras

EDUCAÇÃO INFANTIL 1 E 2

Observação.: na descrição das atividades usaremos o termo “espaço” como significado de “quadra”, “sala” ou
outro lugar onde as crianças poderão fazer as atividades.
Durante todo o tempo das atividades, sugerimos que o professor contextualize o material utilizado (sua forma, ta-
manho, cor etc.), para que as crianças se familiarizem com ele.
AULA LIVRE BEXIGAS (BALÕES)
Objetivo: adaptação da criança à escola, à atividade e Objetivos: esquema corporal, orientação espacial, coorde-
ao professor. nação oculomanual, noção de cor, forma, tamanho, peso.
Material: o maior número possível (bolas, arcos, cordas, Material: bexigas (balões).
pneus etc.). –– Cada criança deverá executar os seguintes movi-
Reunir os materiais na quadra ou no espaço dispo- mentos com uma bexiga (inicialmente, brincar livre-
nível para a atividade e deixar as crianças brincarem li- mente ao sinal do professor):
vremente, procurando aos poucos se aproximar de uma
delas ou de um grupo e brincar junto ou sugerir movi- • tocar com ela as diversas partes do corpo: cabe-
mentos com os materiais. ça, mãos, pés, ombros, cotovelo, barriga etc.;
• empurrá-la com as diversas partes do corpo;
Campos de experiências: • assoprá-la;
• andar com ela presa entre os pés, os joelhos etc.;
EXAME BIOMÉTRICO • colocá-la entre duas pessoas (na barriga, nas
Objetivo: acompanhar a curva de crescimento do aluno. costas) e, com o auxílio e acompanhamento do
O resultado do exame deve ser anotado em folha padro- professor, andar, saltar.
nizada, ao final deste livro. Nela são registrados os dados
relativos ao crescimento do aluno desde a Educação In- Campos de experiências:
fantil até o final do Ensino Médio.
Material: balança, fita métrica ou régua. ARCOS (BAMBOLÊS)
Objetivos: orientação e estruturação espacial, agilidade,
Campos de experiências: destreza, noção de cor, forma, tamanho e peso, dentro/
fora, alto, longe.
ESQUEMA CORPORAL –– Com um arco, cada criança deverá correr livremen-
Objetivos: conhecimento do próprio corpo e de suas partes. te pela quadra sem se chocar com os companheiros
Material: o próprio corpo. nem com os objetos.
Observação: como são crianças pequenas recomenda- –– O professor deve promover atividades – com os ar-
mos ao professor auxiliá-las em alguns momentos. cos espalhados pela quadra – utilizando o seguinte
–– As crianças devem se deslocar livremente pelo espa- tipo de pergunta: “Quem consegue:
ço. Ao sinal do professor, deverão engatinhar, rolar, • andar sem pisar nos arcos e sem se chocar com
rastejar, andar de joelhos, em pé, para a frente e para trás. os companheiros?”
–– Andar ou correr pelo espaço e, ao sinal do professor, • correr sem pisar nos arcos e sem se chocar com
colocar as mãos sobre as partes do corpo por ele indi- os companheiros?”
cadas, por exemplo: pés, cabeça. • correr e pisar dentro do maior número possível
–– Idem ao anterior, agora colocando as mãos nos com- de arcos, sem se chocar com os companheiros?”
panheiros (nas partes indicadas pelo professor). • correr, pular para dentro e depois para fora dos
–– Andar pelo espaço e, ao sinal do professor, saltar para arcos com os dois pés juntos?”
a frente, para trás, girar para um lado e para o outro. • correr segurando o arco à frente do corpo, como
–– Ao sinal do professor, as crianças, sentadas, devem um volante de carro, sem se chocar com os ou-
colocar as mãos nas partes por ele pedidas, por exem- tros companheiros?” Neste caso, cada criança
plo: “Onde estão sua cabeça, pés e joelhos?” deve estar com um arco.
–– Idem, com as crianças sentadas uma de frente para • correr para todos os lados, segurando o arco na
a outra. Ao sinal do professor, uma deverá colocar altura da cintura, sem se chocar com os compa-
a mão na parte do corpo da outra, de acordo com o nheiros?” Neste caso, o corpo deve estar cingido
pedido do professor: "Onde está a cabeça de fulano? pelo arco.
A barriga? O nariz?”. • jogar o arco mais alto?”
Campos de experiências: • jogar o arco mais longe?”
• rodar o arco no chão por mais tempo?”
– 55
O professor deverá reservar os minutos finais da –– O professor deve promover atividades – com cada
aula para que as crianças possam brincar livremente criança de posse de uma bola – utilizando o seguin-
com os arcos.
te tipo de pergunta: “Quem consegue:
Campos de experiências: • lançá-la para a frente, correr e pegar?”
• lançá-la para o alto (com uma ou com as duas
ARGOLAS mãos)?”
• colocá-la no chão e chutá-la (de frente e de
Objetivos: habilidades manipulativas, coordenação ocu- calcanhar)?”
lomanual, agilidade, orientação espacial, esquema cor-
• lançá-la em um alvo (lugar da parede, cesta, tra-
poral, noção de cores, forma, tamanho e peso.
Material: argolas de plástico. ve, pneu ou arco pendurado etc.)?”
–– O professor deve promover atividades – cada criança –– Com as crianças colocadas duas a duas, uma de fren-
de posse de uma argola – utilizando o seguinte tipo te para a outra e distanciadas 2 m, aproximadamente:
de pergunta: “Quem consegue: • sentadas, com as pernas afastadas lateralmente,
• andar, correr com a argola sobre a cabeça?” devem rolar a bola uma para a outra;
• andar “de gatinhas” (quadrupedia) com a argo- • idem, em pé.
la sobre as costas?” O professor deve deixar as crianças brincarem livre-
• empurrar a argola e fazê-la rodar?”
• jogar a argola mais alto?” mente com as bolas.
• andar, pisando dentro das argolas?” Neste caso,
Campos de experiências
as argolas devem estar espalhadas pelo chão,
distanciadas 30 cm umas das outras, aproxima-
damente. BOLAS
• andar pela quadra, desviando das argolas e dos
Objetivos: habilidades manipulativas, noções de tama-
companheiros?”
• jogar a argola e acertar no alvo (cone, pneu etc.)?” nho, forma, cor, peso, espessura, agilidade, destreza,
coordenação oculomanual.
O professor deve deixar as crianças brincarem livre-
Material: bolas de borracha, de plástico, de tamanhos
mente com o material.
variados, de meia, de tênis, de diversas cores.
Campos de experiências –– O professor colocará todas as bolas no centro da qua-
dra e, ao seu sinal, as crianças deverão chutá-las.
–– Ele pedirá às crianças que peguem as bolas, de
PETECA
acordo com as cores, tamanhos ou pesos.
Objetivos: habilidades manuais, coordenação oculoma- –– Ao sinal dele, as crianças (cada uma com uma bola)
nual, agilidade, destreza, equilíbrio dinâmico, esquema serão perguntadas: “Quem consegue:
corporal, orientação espacial, noção de peso, forma, cor,
• jogar a bola mais longe?”
alto/longe.
• jogar a bola mais alto?”
Material: peteca.
• chutar a bola mais longe?”
–– O professor deve promover atividades – com cada
• jogar a bola mais forte no chão?”
criança de posse de uma peteca – utilizando o se-
guinte tipo de pergunta: “Quem consegue: –– Atividades coordenadas:
• lançar a peteca mais alto?” • correr e chutar a bola;
• lançar a peteca mais longe?” • lançar a bola, correr e pegá-la;
• andar, mantendo a peteca sobre diversas partes do • lançar a bola e correr ao lado dela.
corpo: mãos, pés, cabeça, ombros?” Etc. –– O professor deve promover atividades – com cada
• prender a peteca nos tornozelos, nos joelhos e criança de posse de uma bola – utilizando novamen-
saltar?” te o tipo de pergunta: “Quem consegue:
O professor deve deixar as crianças brincarem livre- • jogar a bola mais forte no chão?”
mente com o material. • pisar na bola e empurrá-la para a frente, para trás
e mais longe?”
Campos de experiências • jogar a bola para trás?”
• jogar a bola mais forte para o alto?”
BOLAS DE MEIA • chutar a bola bem forte?”
• rolar no chão, abraçada com a bola?”
Objetivos: habilidades manipulativas, coordenação ocu- • sentar sobre a bola?”
lomanual, orientação espacial, esquema corporal, agili- • sentar sobre a bola e levantar os pés do chão?”
dade, noção de alto/longe, peso, forma, tamanho. • deitar (em decúbito ventral e dorsal) sobre a bola
Material: bolas de meia, papel etc. e escorregar?”
56 –
–– Em duplas ou trios, as crianças sentadas em afasta- Material: corda elástica (duas ou mais), banco ou outro
mento lateral das pernas, uma de frente para a outra, lugar para prender as cordas.
distanciadas 1m, aproximadamente, devem: –– O professor deve promover atividades – com as cor-
• empurrar a bola uma para a outra; das presas nos bancos suecos, elevadas a mais ou
menos 40 cm do solo e distanciadas 130 cm umas
• idem ao exercício anterior, deitadas (em decúbito
das outras – utilizando o seguinte tipo de pergunta
ventral), uma de frente para a outra. “Quem consegue:
O professor deve deixar as crianças brincarem livre- • passar por baixo das cordas (sem encostar)?”
mente com as bolas. • andar passando por cima das cordas (sem
encostar)?”
Campos de experiências: • passar por cima de uma corda e embaixo da
outra?”
FITAS • saltar a corda?” Para as turmas de crianças
menores (Educação Infantil 1) e aquelas que
Objetivos: habilidades manipulativas, coordenação apresentarem algum tipo de dificuldade, suge-
oculomanual, orientação espacial, esquema corporal, re-se ao professor abaixar a corda no momento
agilidade. em que elas forem saltar.
Material: fitas de cetim ou de pano. • saltar uma corda e passar por baixo da outra?”
–– Cada criança deverá executar os seguintes movi- (Idem à observação anterior)
mentos com uma fita: • andar pisando nas cordas?”
• andar e correr mexendo a fita, como uma “cobri- • andar para a frente, para o lado e para trás, so-
nha”, arrastando-a no chão; bre a corda?” Neste caso, as cordas devem estar
• colocá-la no cós do calção, formando um “rabi- amarradas umas nas outras, presas em algum
nho”. Ao sinal do professor, as crianças deverão ponto da quadra (traves) e elevadas a mais ou
menos 30 cm do chão.
tirar as fitas umas das outras;
–– Com a corda estendida no chão, o professor pergun-
• colocá-la no chão e saltá-la; ta novamente “Quem consegue:
• idem, saltando as outras fitas; • andar de frente sobre a corda?”
• jogá-la mais alto. • andar de lado, para trás, em quadrupedia?”
O professor deve deixar as crianças brincarem livre- • saltar a corda de um lado para o outro?”
mente com as fitas. –– Com a corda elevada a mais ou menos 30 cm do
solo; pergunta “Quem consegue:
Campos de experiências: • passar por cima da corda?”
• passar, por baixo, em quadrupedia, rolando,
CORDA rastejando?”
• saltar o rio, a cobra?” Etc. Neste caso, o professor
Objetivos: equilíbrio estático e dinâmico, esquema cor- ficará balançando a corda, fazendo figuras no
poral, orientação espacial, agilidade, noção de tamanho, chão.
forma, peso. –– Com as cordas transpassadas em forma de cama de
Material: corda de sisal grossa de 6 cm. gato em dois bancos, separados 130 cm, aproxima-
damente, um do outro, o professor pergunta “Quem
–– As crianças devem executar os seguintes movimen-
consegue:
tos com a corda estendida no chão:
• passar por baixo das cordas?”
• andar sobre ela de frente, de costas, de lado etc.;
• passar por cima das cordas?”
• idem, em afastamento lateral das pernas, para a
frente e para trás; Campos de experiências:
• andar, passando de um lado para outro da corda;
• saltar de um lado para outro da corda;
• fazer formas com ela no chão e andar sobre elas; CADEIRAS
• brincar de cabo de guerra (com auxílio do profes- Objetivos: orientação espacial, esquema corporal, agili-
sor para evitar acidentes). dade, destreza, noção de em cima/embaixo, entrar/sair,
Campos de experiências: engatinhar, rastejar, equilíbrio dinâmico.
Material: cadeiras (poderão ser utilizadas as próprias ca-
deiras da sala de aula).
CORDA ELÁSTICA Observação: por se tratar de um material (móvel) conhe-
Objetivos: equilíbrio dinâmico, coordenação dinâmica cido pelas crianças, é sempre bom mostrar os perigos dele
geral, agilidade, orientação espacial, esquema corporal, e, em alguns exercícios, recomenda-se que o professor
noção de em cima/embaixo, começo/fim, andar, correr, acompanhe as crianças, segurando suas mãos, de acordo
saltar. com as suas necessidades do momento.
– 57
–– Com as cadeiras colocadas em fileiras, distanciadas –– Os cones devem estar colocados em pé, espalhados
1m umas das outras, aproximadamente, as crianças pela quadra:
devem andar em zigue-zague por entre elas. • ao sinal do professor, as crianças devem andar,
–– Idem, correndo. procurando não trombar com os companheiros
nem encostar nos cones;
–– O professor deve promover atividades utilizando o
• idem, correndo.
seguinte tipo de pergunta: “Quem consegue:
–– Com os cones colocados enfileirados no chão, dis-
• passar por baixo das cadeiras em quadrupedia,
tanciados 50 cm uns dos outros, aproximadamente:
rastejando?”
• andar de frente em zigue-zague por entre eles;
• subir na cadeira e saltar para o chão?”
• idem, para trás, correndo, “de gatinhas” etc.
• subir na cadeira, saltar para o chão e passar por
–– Com os cones deitados no chão, enfileirados, dois
baixo da outra?”
a dois, com a parte fina (ponta) encostada uma na
• andar sobre as cadeiras?” Neste caso, as cadei-
outra:
ras devem estar encostadas umas nas outras. • andar, passando sobre eles;
• passar por baixo delas?” • idem, correndo, saltando.
Campos de experiências O professor deve deixar as crianças brincarem livre-
mente com o material.
IMITAÇÃO Campos de experiências
Objetivos: orientação espaço-temporal, esquema corpo-
ral, agilidade, andar, correr, saltar. FIGURAS GEOMÉTRICAS
Material: o próprio corpo.
Objetivos: agilidade, destreza, noções de tamanho, for-
–– Ao sinal do professor, as crianças deverão andar
ma, cor, orientação espacial, esquema corporal.
pela quadra, para a frente, para trás, de lado, com
Material: figuras de madeira (encaixe), PVC etc.
os olhos fechados. O professor deve orientá-las para
–– O professor deve perguntar às crianças o nome da
que ocupem todo o espaço e procurem não se cho-
figura (forma), o tipo de material e fazê-las comparar
car com os demais companheiros.
o tamanho e localizar (e/ou apontar) as formas em
–– Idem ao anterior, correndo, saltando.
instalações e espaços da quadra ou da escola que
–– As crianças correm livremente e, ao sinal do professor
são parecidas com as figuras.
(apito), todas deverão parar de correr e imitar estátuas.
–– Com as figuras colocadas na vertical (em pé), distan-
–– O professor pergunta “Quem é capaz de:
ciadas 1m umas das outras, aproximadamente:
• andar com passos grandes, iguais aos de um
• as crianças devem andar para a frente, contor-
gigante?” nando-as em zigue-zague;
• andar igual ao gato, cachorro, leão, macaco?” Etc. • idem, para trás;
• correr (galopar) igual ao cavalo?” • idem, correndo de frente.
• andar (rastejar) igual ao jacaré?”
–– Com as figuras deitadas no chão e espalhadas pela
• andar (engatinhar) igual a um neném?”
quadra, as crianças devem:
• marchar igual ao soldado?” • andar livremente. Ao sinal do professor, sentam-se
• voar igual ao avião, ao pássaro?” perto da figura por ele indicada;
• correr igual a uma ambulância, carro de bombei- • idem, em pé, deitadas, ajoelhadas;
ros, ou de Fórmula 1?” • idem, em relação às cores.
• rolar igual a uma bola?”
–– O professor deve promover exercícios utilizando o
• andar em silêncio, sem fazer barulho?”
seguinte tipo de pergunta: “Quem consegue:
• idem, correndo?” • andar ou correr e saltar dentro das figuras?”
• andar batendo palmas, pisando forte no chão?” • andar de “gatinhas”, passando por dentro das fi-
guras?” Neste caso, as figuras devem estar colo-
Campos de experiências
cadas na vertical (em pé), distanciadas 1 m umas
das outras, aproximadamente.
CONES (GRANDES)
–– A seguir, questiona “Quem conhece um jeito diferen-
Objetivos: orientação espacial, esquema corporal, agi- te de passar pelas figuras?”
lidade, coordenação oculomanual, noções de forma, ta- O professor deve formar um jogo de amarelinha para
manho, cor, peso, andar, correr. as crianças andarem ou saltarem.
Material: cones de plástico ou de PVC (de mais ou me-
Campos de experiências
nos de 70 cm).
58 –
SAQUINHOS ARCOS E BOLAS
Objetivos: agilidade, equilíbrio dinâmico, noções de Objetivos: coordenação oculomanual, agilidade, destre-
za, orientação espacial, esquema corporal, noção de cor,
peso, forma, tamanho, altura, distância, coordenação
forma, tamanho, peso, andar, correr.
oculomanual, esquema corporal. Material: bolas e arcos (bambolês).
Material: saquinhos de areia, feijão, milho, arroz etc. –– O professor deve promover exercícios – com cada
–– O professor deve promover atividades – com cada criança de posse de uma bola e de um arco – utili-
criança de posse de um saquinho – utilizando o se- zando o seguinte tipo de pergunta: “Quem consegue:
guinte tipo de pergunta: “Quem consegue: • andar para a frente, para trás, segurando a bola
• andar equilibrando o saquinho sobre diversas em uma mão e o arco em outra?”
• correr para a frente, para trás, segurando a bola
partes do corpo: cabeça, mãos, pés, ombros?”
em uma mão e o arco em outra?”
• correr equilibrando o saquinho sobre diversas • andar para a frente, para trás, segurando a bola
partes do corpo: cabeça, mãos, pés, ombros?” em uma das mãos e o arco apoiado na bola?”
• jogar o saquinho mais longe?” • correr para a frente, para trás, segurando a bola
• jogar o saquinho mais alto?” em uma das mãos e o arco apoiado na bola?”
• jogar o saquinho mais alto e mais longe?” Neste • colocar a bola no chão e empurrá-la com o arco?”
• jogar a bola para o alto e colocar o arco para que
caso, o saquinho deve estar colocado sobre o pé.
ela passe por dentro dele?”
• andar sem derrubar o saquinho?” Neste caso, o • rolar a bola, correr e colocar o arco para que a
saquinho deve estar preso entre os joelhos e/ou bola passe por dentro dele?”
tornozelos. O professor deve deixar as crianças brincarem livre-
O professor deve deixar as crianças criarem ativida- mente com os materiais.
des com os saquinhos.
Campos de experiências:
Campos de experiências:
BOLAS E CONES
JORNAL Objetivos: coordenação oculomanual, coordenação di-
nâmica geral, agilidade, orientação espacial, esquema
Objetivos: coordenação dinâmica, coordenação oculo- corporal, noção de forma, cor, tamanho, peso.
manual, agilidade, noção de tamanho, forma. Material: bolinhas de tênis e cones pequenos (de plásti-
–– Com folhas de jornal espalhadas pela quadra, ao co ou borracha).
–– Com uma bolinha, cada criança deverá brincar livre-
sinal do professor, as crianças devem:
mente, jogá-la para cima, para a frente, chutar etc.
• andar sem pisar nas folhas, procurando desviar –– O professor deve promover atividades – cada criança
delas, sem se chocar com os companheiros; de posse de um cone, que deverá ficar no chão – utili-
• idem, saltando as folhas; zando o seguinte tipo de pergunta: “Quem consegue:
• idem, saltando sobre as folhas. • colocar a bolinha sobre o cone?” Neste caso,
todos observam de quem é a bolinha que ficará
–– Ao sinal do professor, as crianças (cada uma com mais tempo sobre o cone.
uma folha de jornal) irão jogar a folha para o alto. A • jogar a bolinha e pegá-la com o cone?”
seguir, utilizará a pergunta do tipo “Quem consegue: • jogar a bolinha para bem alto, deixá-la quicar no
• andar com a folha sobre a cabeça?” chão e, em seguida, pegá-la com o cone?”
• jogar a bolinha para o alto, colocando o cone so-
• colocar o bastão entre as pernas (cavalinho) e cor-
bre ela (prender, abafar)?”
rer?” Neste caso colocar a folha no chão e enrolá-la, • rolar a bolinha, correr atrás dela e colocar o cone
procurando fazer um bastão. sobre ela?”
• jogar o bastão mais alto?” Neste caso, a criança • colocar a bolinha dentro do cone e jogar mais
deverá amassar a folha de jornal, procurando fa- alto, mais longe?”
• jogar (lançar, arremessar) a bolinha e derrubar o
zer uma bola, e jogá-la mais alto. cone?” Neste caso, o cone deve estar no chão e
• jogar a bola mais longe?” as crianças afastadas dele 1m, aproximadamente.
• chutar a bola mais forte?” • rolar a bolinha uma para a outra e tentar encaixá-
-la no cone?” Em dupla, a criança de posse do
O professor deve deixar as crianças brincarem livre-
cone deverá movimentá-lo na direção da bolinha.
mente com o material. Após brincarem, estimulá-las a re-
O professor deve deixar as crianças brincarem livre-
colher tudo e jogar na lixeira. mente com os materiais.

Campos de experiências: Campos de experiências:

– 59
STEPS O professor deve deixar as crianças brincarem livre-
mente com o material.
Objetivos: equilíbrio dinâmico, esquema corporal, orien-
tação/espacial, agilidade, noção de em cima/embaixo, Campos de experiências
montar/desmontar, forma, tamanho, cor, peso, andar,
correr, saltar.
PNEUS (CARRO)
Material: steps
–– O professor deve promover atividades – com os Objetivos: coordenação dinâmica geral, equilíbrio dinâ-
steps espalhados aleatoriamente pelo chão, distan- mico, agilidade, orientação espacial, esquema corporal,
ciados de 20 a 30 cm uns dos outros, aproximada- noções de forma, cor, tamanho, peso, dentro/fora, em
mente – utlizando o seguinte tipo de pergunta: “Quem cima/embaixo, início/fim, andar, correr, saltar.
consegue: Material: pneus de carro.
• andar pisando somente nos steps?” –– As crianças devem executar os seguintes movimen-
• andar pisando somente no chão, desviando-se
tos com os pneus enfileirados e encostados uns nos
dos steps?”
outros:
• saltar de um step para outro?”
• andar de frente sobre a rua?” Neste caso, os • engatinhar sobre eles, de frente e de costas;
steps devem estar colocados no chão, no sen- • andar pisando nos buracos deles, de frente e de
tido longitudinal, formando uma passarela (rua). costas;
• Idem ao anterior, para trás, correndo, saltando?” • idem, sobre eles;
• andar de frente sobre a rua?” Neste caso, os • idem, pisando dentro e sobre eles, sucessiva-
steps devem estar colocados no chão, no sentido mente;
longitudinal, transversal, formando uma passare- • saltar de dentro de um para dentro de outro;
la (como um jogo de dominó), com curvas ora • idem, saltando de cima de um para outro.
para a direita, ora para a esquerda. –– Com os pneus enfileirados, encostados e um sobre
• Idem ao anterior, para trás, correndo, saltando e o outro:
em quadrupedia?”
• engatinhar sobre eles;
• andar passando a perna por cima do step?” Nes-
• andar, passando de dentro de um para outro;
te caso, os steps devem ser colocados no senti-
do transversal, encostados uns nos outros (um • andar sobre eles (o professor deve acompanhar
deitado, outro em pé e assim por diante), como e ajudar as crianças menores e/ou aquelas com
barreiras de atletismo. mais dificuldades).
• Idem ao anterior, saltando (menos para as tur- –– Com os pneus enfileirados no chão, formando o de-
mas da Educação Infantil 1, fase 1). senho de um jogo de amarelinha (para as turmas de
• andar, passando a perna por cima do step, pi- Educação Infantil 2):
sando somente nos vãos?” Neste caso, os steps • saltar amarelinha.
devem estar deitados no chão, no sentido trans- –– Com os pneus enfileirados no chão, distanciados
versal, separados 50 cm, aproximadamente, uns 50 cm uns dos outros, aproximadamente:
dos outros. • andar em zigue-zague;
• Idem ao anterior, pisando somente sobre os
• andar pisando, ora dentro dele, ora no chão;
steps?” Em caso de dificuldade ou crianças me-
• idem, saltando;
nores, o professor deve diminuir a distância entre
os steps. • andar pisando, somente neles;
–– Colocar os steps em pé, distantes uns dos outros, • idem, saltando.
aproximadamente 2 m, para que as crianças se des- –– Alguns pneus colocados na vertical, encostados uns
loquem entre eles. nos outros, formando um túnel. Verificar quem con-
–– Sugerir que as crianças derrubem os steps e os segue passar por ele.
recoloquem em pé. O professor deve deixar as crianças brincarem livre-
–– Colocar os steps no sentido transversal. A cada dois mente com o material.
deles, colocar outro em cima, simulando degraus de
escada, por onde as crianças irão passar, subindo e Campos de experiências
descendo em pé.
–– Colocar os steps no sentido transversal, em pé, for- ESCADA
mando uma passarela. No início e no final do trajeto,
eles deverão estar deitados, formando um degrau de Objetivos: agilidade, coordenação dinâmica, equilíbrio di-
escada, por onde as crianças irão subir, andar ou en- nâmico, orientação espacial, esquema corporal, andar, sal-
gatinhar e descer a escada ao final. Para segurança tar, noção de dentro/fora, começo/fim, em cima/embaixo.
delas, colocar colchões em volta dos steps, nos dois Material: escada de madeira de abrir (do tipo da de
lados de todo o trajeto. pintor) ou articulada (de alumínio).
60 –
–– A escada deve estar aberta no chão. O professor per- em que aparecem parafusos, para que não machuquem
guntará às crianças o nome do material da escada, o as crianças.
nome das madeiras que ficam presas a ele, o nome –– As gavetas do plinto devem estar deitadas e enfilei-
do espaço entre essas madeiras. radas no chão, com as pontas de madeira para bai-
–– As crianças devem executar os seguintes movimentos: xo. As crianças devem andar para a frente, para trás
• andar “de gatinhas” sobre a escada; e em quadrupedia, pisando dentro das gavetas.
• em pé, andar, pisando somente nos vãos da –– Alternar as gavetas (uma em pé, outra deitada),
escada; amarrando-as com corda, se necessário. Andar para
• idem, para trás; a frente, passando dentro das gavetas.
• idem, saltando; –– Gavetas encaixadas uma na outra e colocadas em
• em pé, andar, pisando somente nos degraus; pé, menos a última. Passar dentro do túnel.
• engatinhar, passando pelos vãos dos degraus.
Neste caso, a escada deve estar virada sobre um Campos de experiências:
de seus lados.
BANCOS
Campos de experiências:
Objetivos: agilidade, coordenação dinâmica geral, equi-
líbrio dinâmico e estático, saltar, andar, noção de subir/
ARCOS, PNEUS E FIGURAS GEOMÉTRICAS descer, em cima/embaixo, começo/fim.
Objetivos: orientação espacial, esquema corporal, equi- Material: banco sueco ou similar (dois ou mais).
líbrio dinâmico, coordenação dinâmica geral, noção de –– O professor deve promover exercícios – com os ban-
forma, cor, tamanho, peso, agilidade, andar, dentro/fora, cos colocados no sentido transversal, distanciados
em cima/embaixo etc. 2 m uns dos outros, aproximadamente – utilizando o
Material: arcos (bambolês), pneus, figuras geométricas seguinte tipo de pergunta: “Quem consegue:
de madeira ou PVC. • andar em zigue-zague por entre os bancos?”
–– Os materiais devem estar deitados e espalhados pela • correr em zigue-zague?”
quadra. Ao sinal do professor, as crianças devem: • andar “de gatinhas”, rolando, rastejando por bai-
• andar e correr, contornando os materiais sem xo deles?”
pisá-los e sem trombar com os companheiros; • passar por cima dos bancos, colocando uma per-
• idem, para trás; na de cada vez no outro lado?”
• ao sinal do professor, saltar dentro dos materiais; • subir no banco e saltar no chão?”
• idem, somente no material indicado; Observação: recomenda-se ao professor auxiliar as tur-
• saltar sobre os materiais; mas de crianças menores (Educação InfantiI 1) e aquelas
• idem, somente sobre o material indicado. com mais dificuldade, às vezes, até colocando um col-
–– Os materiais devem estar em fileira, sendo um dife- chão de ginástica no espaço entre os bancos, para pro-
rente do outro (arco, pneu, figura geométrica e assim porcionar mais confiança no salto.
por diante). O professor deve promover ativida- E ainda:
des utilizando o seguinte tipo de pergunta: “Quem • andar sobre os bancos e saltar no chão (col-
consegue: chão)?” Neste caso, os bancos devem estar en-
• andar para a frente, para trás, pisando somente costados uns nos outros.
dentro dos materiais?” • passar por baixo de todos os bancos (túneis)?”
• idem, saltando?” Campos de experiências:
• inventar um jeito diferente de passar pelos
materiais?”
ESCADAS E BANCOS
O professor deve deixar as crianças brincarem livre-
Objetivos: equilíbrio estático e dinâmico, agilidade, des-
mente com os materiais.
treza, orientação e estruturação espacial, esquema cor-
Campos de experiências: poral, noção de subir/descer, forma, tamanho.
Material: dois bancos suecos, uma escada (do tipo da de
PLINTO (GAVETAS) pintor ou articulada de alumínio) e colchões para proteção.
–– Com a escada aberta e apoiada sobre o banco, as
Objetivos: estruturação espacial, agilidade, destreza, crianças devem executar os seguintes movimentos:
equilíbrio estático e dinâmico, noção de forma, altura, su- • subir a escada em quadrupedia (para a frente) e
bir/descer, saltar. descer na posição invertida;
Material: gavetas do plinto. • subir e descer a escada, para a frente (acompa-
Observação: proteger as pontas de madeira e as partes nhadas pelo professor).
– 61
–– Com a escada aberta e uma de suas partes apoiada • puxar o banco, deslizando o corpo para a frente.
sobre dois bancos: Neste caso, elas devem estar em decúbito ven-
• andar em pé para a frente, passando por entre tral sobre o banco, com as mãos apoiadas nas
os degraus; laterais dele;
• andar em quadrupedia, para a frente, sobre a • idem, para trás, empurrando o banco;
escada; • subir no banco com um pé de cada vez e saltar,
• andar em pé para a frente sobre a escada (acom- apoiando-se com os dois pés no chão;
panhadas pelo professor). • idem ao anterior, passando por baixo do banco
na volta;
Campos de experiências • passar por baixo do banco (“de gatinhas” rolan-
do, rastejando);
CIRCUITO DE APARELHOS • andar para a frente, com um pé no chão e o outro
apoiado sobre o banco.
Objetivos: ver objetivos dos aparelhos desenvolvidos –– Com o banco deitado (virado) no chão:
em aula específica. • andar “de gatinhas” passando pelo corredor (vão)
Material: banco sueco, trave de equilíbrio, colchões, plin- do banco;
to, steps, pneus etc. • idem, em pé para a frente e para trás;
Observação: sugere-se ao professor montar um circuito • andar para a frente em afastamento lateral das
com os aparelhos já utilizados individualmente em outras pernas sobre a trave;
aulas, sempre atento ao fator “segurança”. • idem, sobre a madeira maior;
Campos de experiências • andar lateralmente com os pés apoiados sobre a
trave e as mãos sobre a madeira maior (ponte);
• idem ao anterior, só que na posição inversa
CIRCUITO DE MATERIAIS (caranguejo);
Objetivos: de acordo com os materiais a serem utiliza- • idem ao anterior, com os pés na madeira maior e
dos (rever). as mãos apoiadas na trave;
Materiais: bolas, arcos, corda elástica, corda de sisal, • idem, com a mão e o pé esquerdos apoiados na
step etc. trave e a mão e o pé direitos, na madeira maior.
–– Com o banco na posição invertida (trave):
Campos de experiências • andar para a frente em afastamento lateral das
pernas, passando sobre a trave;
• idem para trás;
BANCO SUECO • andar para a frente, para trás e de lado sobre a
Objetivos: equilíbrio dinâmico e estático, agilidade, for- trave.
ça, orientação espacial, esquema corporal, noção de em –– Com dois bancos distanciados 30 cm uns dos outros,
cima/embaixo, início/fim, puxar/empurrar etc. aproximadamente (o professor acompanhará cada
Material: banco sueco. criança de perto):
Observação: recomenda-se ao professor acompanhar • andar sobre eles, com a mão e o pé esquerdos
de perto a criança até o final do banco, auxiliando-a se apoiados em um banco e a mão e o pé direitos no
necessário. outro em decúbito ventral;
–– As crianças devem executar os seguintes movimentos: • idem em decúbito dorsal (posição de caranguejo);
• andar “de gatinhas” para a frente e para trás so- • andar em pé sobre eles, com os pés apoiados
bre o banco; um em cada banco;
• idem, em pé para a frente, para trás, de lado so- • com as mãos apoiadas uma em cada banco, ba-
bre o banco; lançar o corpo e lançá-lo para a frente;
• idem, ajoelhadas para a frente, para trás e de • andar lateralmente com as mãos apoiadas em
lado; um banco e os pés no outro (ponte);
• deslocar-se para a frente e para trás, com mo- –– Com dois bancos, um apoiado sobre o outro (rampa):
vimento do quadril (cavalinho). Neste caso, elas • subir o banco (rampa) “de gatinhas” e descer ou
devem estar sentadas no banco, com uma perna pular sobre o colchão ou o chão;
de cada lado dele; • idem em pé para a frente;
• idem, sentadas de lado no banco; • idem em pé para trás (virar-se ao final do banco
• arrastar-se para a frente, puxando o banco com para executar o salto);
as mãos; neste caso, elas devem estar ajoelha- • idem para o lado.
das sobre o banco e com as mãos apoiadas nas –– Aproveitar as várias posições do banco e utilizar os
laterais dele; movimentos já realizados em atividades coordena-
• idem, para trás, empurrando o banco; das, utilizando pneus, bolas, arcos, saquinhos de
• movimentar-se para a frente, puxando o banco. areia etc. Exemplo: andar em quadrupedia sobre o
Neste caso, elas devem estar sentadas sobre o banco, com um saquinho de areia nas costas.
banco, com as pernas unidas e estendidas e as
mãos apoiadas nas laterais dele. Campos de experiências:
• idem, para trás, empurrando o banco;
62 –
COLCHÕES –– E com os colchões enfileirados e distanciados 50 cm
uns dos outros, aproximadamente, as crianças devem:
Objetivos: equilíbrio dinâmico e estático, agilidade, des-
• andar, pisando somente nos colchões;
treza, orientação espacial, esquema corporal, noção de
• idem, saltando.
forma, tamanho, subir/descer, andar, saltar.
O professor deve deixar as crianças brincarem livre-
Material: colchões de ginástica artística (de algodão).
mente com os colchões.
Obs.: na ausência de colchão de algodão, poderá ser uti-
lizado o colchão de espuma. Campos de experiências:
–– Enrolar os colchões e amarrá-los nas pontas com
cordas e colocá-los transversalmente no chão, dis-
ROLAMENTOS (GINÁSTICA ARTÍSTICA)
tanciados mais ou menos 1 m uns dos outros. As
crianças devem executar os seguintes movimentos: Objetivos: agilidade, destreza, orientação espacial, es-
• andar em zigue-zague para a frente por entre os quema corporal, rolamento para a frente com afastamen-
colchões; to lateral das pernas.
• idem para trás;
Material: colchões de ginástica artística (de algodão
• andar para a frente, passando uma perna de
ou espuma) ou tatame.
cada vez por cima do colchão;
• subir no colchão com um pé de cada vez e saltar, Observação 1: crianças descalças (se possível).
apoiando-se com os dois pés no chão. Observação 2: sugere-se ao professor auxiliar todas as
–– Com os colchões colocados longitudinalmente no crianças nas execuções, posicionando-se logo atrás de-
chão, encostados um no outro: las, com um de seus pés entre as pernas delas e suas
• andar em quadrupedia para a frente sobre os mãos apoiadas na altura de seus quadris, a fim de melhor
colchões; protegê-las e transmitir-lhes segurança no momento da
• idem para trás; flexão do tronco à frente.
• sentar no colchão com as pernas em afastamen-
Observação 3: como se trata de crianças muito peque-
to lateral. Deslocar-se para a frente com impulso
nas, sugere-se que num primeiro momento os colchões
do quadril (cavalinho);
• idem para trás; estejam colocados em um plano inclinado (escada de
• andar em pé para a frente sobre os colchões; steps ou tampa de plinto), por onde as crianças irão pas-
• idem para trás (sempre acompanhadas pelo sar (descer) em quadrupedia, em pé, saltando, rolando,
professor); para depois iniciar o rolamento propriamente dito.
• rolar sobre os colchões. –– Posição inicial:
O professor deve deixar as crianças brincarem livre- • pernas afastadas lateralmente;
mente com os colchões. • mãos sobrepostas e colocadas atrás da cabeça
Campos de experiências: (nuca);
• queixo encostado no peito.
COLCHÃO –– Execução e posição final:
Objetivos: coordenação dinâmica geral, orientação es- • flexão do tronco para a frente, procurando aproxi-
pacial, esquema corporal, agilidade, destreza, rolar, an- mar a cabeça do colchão;
dar, correr, saltar. • desequilíbrio;
Material: colchões de ginástica artística (de algodão • rolamento propriamente dito.
ou espuma) ou tatame. –– Volta à posição inicial.
Observação: crianças descalças (se possível).
O professor deve deixar as crianças brincarem livre-
–– As crianças devem executar os seguintes movimen-
mente nos colchões.
tos com os colchões abertos e enfileirados no chão:
• andar em quadrupedia para a frente sobre eles; Campos de experiências:
• idem, andando em pé;
• idem, correndo; CONES (PEQUENOS)
• idem, saltando com as pernas em afastamento la-
Objetivos: orientação espacial, esquema corporal, agi-
teral, pés unidos, girando;
• passar livremente por eles, imitando animais; lidade, coordenação oculomanual, noção de cor, forma,
• rolar sobre eles; peso, tamanho, andar, correr.
• idem, dois a dois, três a três (com auxílio do Material: cones esportivos (20 cm aproximadamente) de
professor). plásticos, PVC.
– 63
–– Com vários cones espalhados pelo espaço, deixar as –– Cada criança, com um colchonete, deve executar os
crianças brincarem e explorarem livremente o mate- seguintes movimentos:
rial. Aos poucos, o professor irá montando sequên- • jogá-lo para mais alto e mais longe;
cias (fileiras, colunas, sinuosas) e/ou figuras (qua- • andar equilibrando-o na cabeça;
drado, círculo, pirâmide etc.) de cores diferentes ou • dobrá-lo, colocá-lo entre as pernas e correr como
iguais, para que elas possam continuar brincando e
se estivesse montando um cavalo;
explorando o material. Sugerir às crianças:
• deitar sobre ele, segurar em uma de suas extre-
• colocar um ou mais cones sobre a cabeça e
midades e rolar (rocambole).
andar;
• bater o cone no chão; O professor deve deixar as crianças brincarem livre-
• bater um cone no outro; mente com os colchonetes.
• colocar as mãos dentro dos cones (luvas);
• colocar um cone em cada orelha para ouvir o Campos de experiências
som;
• colocar a boca dentro do cone e gritar ou falar; PLINTO/ ESCADA / BANCO SUECO / COLCHÃO
• jogar os cones para o alto;
Objetivos: agilidade, destreza, equilíbrio dinâmico,
• colocar os cones em pé e chutá-los;
orientação espacial, esquema corporal, noções de subir/
O professor deve deixar as crianças brincarem livre- descer, em cima/embaixo, saltar, rolar, escorregar.
mente (novamente) com os cones. Material: plinto, escada, banco sueco, colchão.
Campos de experiências O plinto deve estar colocado longitudinalmente no chão.
Algumas gavetas devem ser retiradas do aparelho, para fi-
car de acordo com a estatura e a dificuldade das crianças.
CAMA ELÁSTICA (PULA-PULA) Observação: recomenda-se ao professor acompanhar a
Objetivos: equilíbrio estático e dinâmico, agilidade, orien- criança executante até o final do movimento, segurando
tação espacial, esquema corporal, andar, engatinhar, rolar, sua mão (se necessário).
correr, saltitar e saltar, noção de subir e descer. –– As crianças devem executar os seguintes movimentos:
Material: cama elástica (pula-pula). • subir no aparelho, caminhar até a ponta e saltar,
Observação: como se trata de crianças pequenas, acon- apoiando-se de pé sobre o colchão (com auxílio
selha-se colocar algumas delas de cada vez (com acom- e acompanhamento do professor);
panhamento do professor) na cama elástica e, aos pou- • idem, executando (com auxílio do professor) um
cos, uma por vez. Desde pequenas, já se deve ensiná-las rolamento no colchão, após o salto;
a fazer essa movimentação, descalças. Sugerimos tam- • subir no aparelho, executar um rolamento sobre
bém tocar músicas infantis durante a atividade. ele (com auxílio do professor), ficar em pé e sal-
tar, apoiando-se sobre o colchão;
–– Sugerir às crianças:
• idem, executando um rolamento no colchão após
• engatinhar na cama elástica;
o salto.
• rolar;
–– Com a escada apoiada no plinto (longitudinalmente),
• andar, segurando na rede de proteção;
com três gavetas e escada:
• idem, sem segurar na rede de proteção;
• subir a escada em quadrupedia para a frente, fi-
• idem, correndo;
car em pé no plinto, caminhar até a ponta e sal-
• saltitar com apoio na rede de proteção ou do
tar, apoiando-se em pé sobre o colchão;
professor; • idem em pé (com auxílio do professor);
• idem, sozinho sem apoio; • idem, executando um rolamento no colchão após
• colocar bolas pequenas para todos brincarem li- o salto.
vremente, com acompanhamento do professor a –– Com a escada apoiada sobre dois plintos (no sentido
distância. longitudinal):
Campos de experiências • subir no aparelho (plinto) e andar em quadrupedia
para a frente sobre a escada (com auxílio do pro-
fessor) até o outro aparelho. Ficar em pé e saltar,
COLCHONETES apoiando-se com os dois pés sobre o colchão;
Objetivos: agilidade, destreza, orientação espacial, es- • idem, andando em pé para a frente na escada.
quema corporal, saltar, correr, andar. –– Banco sueco com uma parte apoiada no plinto e outra
Material: colchonetes de espuma. no chão:
–– Os colchonetes devem estar espalhados pela qua- • subir em quadrupedia para a frente sobre o
dra. Ao sinal do professor, as crianças devem andar banco; caminhar em pé sobre o plinto e saltar,
e correr, contornando os colchonetes sem tocá-los e apoiando-se com os dois pés sobre o colchão;
evitando trombar com os companheiros. Ele pergun- • idem, em decúbito ventral, puxando o banco;
ta “Quem consegue saltar os colchonetes?” • idem em pé no banco.
64 –
–– Com dois bancos apoiados em cada ponta do plinto CÂMARAS DE AR (PNEU)
(3 gavetas): Objetivos: coordenação dinâmica geral, equilíbrio está-
• andar em quadrupedia para a frente sobre os tico e dinâmico, agilidade, orientação espacial, esquema
bancos (subida e descida); corporal, noções de cor, forma, tamanho, peso, dentro/
• idem em decúbito ventral, puxando os bancos; fora, entrar/sair, em cima/embaixo.
• idem em pé. Material: câmaras de ar (pneu)
–– Com banco e escada apoiados sobre o plinto: –– Aconselhamos colocar alguma proteção nos bicos
das câmaras, bem como distribuir colchões lateral-
• andar em quadrupedia para a frente sobre o
mente em toda a extensão da fileira, como forma de
banco e descer a escada na posição invertida
segurança para que as crianças não escorreguem.
(para trás);
Com as câmaras enfileiradas e encostadas umas
• idem em decúbito ventral sobre o banco; nas outras, elas devem executar os seguintes
• idem em pé no banco e na escada. movimentos:
–– Inverter a movimentação, começando agora pela • andar pisando somente dentro das câmaras;
escada: • andar pisando somente sobre as câmaras, com
• subir a escada em quadrupedia para a frente e ou sem auxílio;
descer o banco na mesma posição; • andar em quadrupedia “de gatinhas” sobre as
• idem na escada e descer o banco em decúbito câmaras;
–– Cada criança com uma câmara (se possível) irá:
ventral;
• rolar as câmaras, andar e/ou correr para pegá-las;
• idem em pé, na escada e no banco.
• levantar as câmaras e jogá-las;
O professor deve deixar as crianças brincarem livre-
Campos de experiências:
mente com o material.

PNEU (KART) Campos de experiências:


Objetivos: coordenação dinâmica geral, agilidade, orien-
PARAQUEDAS
tação espacial, esquema corporal, força, noções de cor,
tamanho, peso, forma. Objetivos: esquema corporal, orientação espacial, agili-
Material: pneus de kart dade, coordenação dinâmica geral, noção de forma, cores.
–– Cada criança de posse de um pneu deve executar os Material: paraquedas ou lençol.
seguintes movimentos (se não houver quantidade sufi- –– Com o paraquedas aberto no chão, as crianças de-
ciente de pneus, dividi-las em duplas, ou trios, ou mais): vem executar os seguintes movimentos:
• andar, engatinhar e pular sobre ele;
• rolar os pneus, andar e/ou correr para pegá-lo;
• em volta dele, segurá-lo pela alça, levantá-lo e
• levantar o pneu e jogá-lo;
abaixá-lo, sacudindo-o;
• empilhar os pneus (torre);
• idem ao anterior, com a ajuda do professor, que
• colocar os pneus enfileirados e passar com as
colocará algumas bolas leves. Neste caso, as bo-
pernas abertas sobre eles;
las serão jogadas para cima e para fora.
• idem, passando as pernas de um lado para o
• com a ajuda do professor, levantar o paraquedas
outro;
e entrar embaixo dele.
• idem, tentando saltar os pneus de um lado para
o outro; Campos de experiências:
• andar sobre os pneus;
• colocar algum objeto pequeno (bolinha) dentro EXAME BIOMÉTRICO
do pneu e rodá-lo; Objetivos: acompanhar a curva de crescimento do aluno
O professor deve deixar as crianças brincarem livre- desde a Educação Infantil até o final do Ensino Médio.
mente com os pneus. Material: balança, fita métrica ou régua.

Campos de experiências: Campos de experiências:

– 65
TÚNEL DE BAMBOLÊS (LABIRINTO) Objetivos: equilíbrio, agilidade, destreza, força, noção
de forma, cores, peso, empurrar, puxar, rolar.
Material: blocos de espuma, colchões.
–– O professor colocará os blocos encostados uns nos
outros, em sequência, protegidos ao redor por col-
chões e sugerirá às crianças passarem por cima
deles em quadrupedia. Sempre acompanhadas de
perto pelo professor, que as ajudará durante todo o
trajeto tanto na subida, quanto na descida.
–– Idem, em pé, com auxílio ou não do professor.
O professor deve deixar as crianças brincarem livre-
mente com o material.
Campos de experiências

CONES EM DISCOS

Objetivos: orientação espacial, esquema corporal, no-


ções de dentro/fora, entrar/sair, cores, forma, andar,
engatinhar.
Material: bambolês (arcos), fita crepe, barbante.
–– O professor construirá uma espécie de túnel, amar- Objetivos: esquema corporal, orientação espacial, agili-
rando ou prendendo com fita um bambolê no outro, dade, coordenação dinâmica, noção de cor, forma.
por onde as crianças passarão em pé ou “de gati- Material: cones em discos, cones pequenos.
nhas”, sentarão e deitarão, explorando o material de –– Com os cones enfileirados no chão, encostados uns
várias maneiras. nos outros, as crianças devem executar os seguintes
–– Sugerir que elas passem segurando algum material movimentos:
pequeno, do seu cotidiano (como bolas, pneus de • andar, passando sobre os cones, com as pernas
kart etc.). afastadas;
–– Cobrir o túnel com um paraquedas ou algo similar • andar passando de um lado para o outro do cone;
(lençol), para que elas passem por dentro. • andar com o cone na cabeça (chapéu chinês).
O professor deve deixar as crianças brincarem livre- –– Cada criança, de posse de um cone, deverá:
mente com o material. • jogar os cones para o alto e para a frente;
Campos de experiências • empilhar os cones aleatoriamente;
• idem, por cores, com auxílio do professor.

BLOCOS DE ESPUMA

–– Com os cones em discos sobre os cones pequenos,


como se fossem pequenas árvores, as crianças de-
vem executar os seguintes movimentos:
• andar desviando das árvores (cones);
• idem, correndo;
• saltar as árvores.
O professor deve deixar as crianças brincarem livre-
mente com o material.
Campos de experiências

66 –
EDUCAÇÃO INFANTIL 3

Nesta parte, veremos aulas que têm mais de um objetivo. Isso é devido à maior faixa etária e desenvolvimento
físico, motor, cognitivo etc. das crianças. Nessa faixa etária elas já apresentam condições de participar de aulas com
mais de um objeto. Além disso, precisamos normalmente de aulas mais motivantes e desafiadoras e essa junção de
temas torna isso possível. Mas caso a turma precise de um trabalho mais específico de um objetivo, pode-se utilizar
uma aula das turmas da Educação Infantil 1 e 2.

AULA LIVRE –– Após se certificar de que todas as crianças enten-


Objetivos: promover a integração, a adaptação das deram a solicitação, o professor pedirá que tirem
crianças ao professor, às atividades físicas e ao am- as mãos dessa parte do corpo e retomem a corrida,
biente escolar. aguardando a indicação de outra parte.
Material: bolas de vários tamanhos, tipos e cores, arcos, –– Idem, continuando a andar com as mãos colocadas
pneus etc. na parte do corpo pedida pelo professor.
O professor deverá reunir as crianças na quadra ou Variação: em vez de colocar as mãos no seu próprio
no espaço disponível para a atividade e deixá-las brincar corpo, as crianças agora irão colocar as mãos no cor-
po de outro(s) companheiro(s) e permanecer paradas
livremente, procurando, aos poucos, aproximar-se de um
no lugar.
aluno ou de um grupo e brincar junto, ou, ainda, sugerir
–– Idem, continuando a andar após colocar as mãos no
movimentos com os materiais.
corpo do(s) companheiro(s).
Campos de experiências: Variação: após o pedido do professor, as crianças
deverão encostar a parte do corpo citada na de outro
colega e permanecer no lugar. Exemplo: o professor
EXAME BIOMÉTRICO
diz “cabeça” e as crianças deverão encostar as cabe-
Objetivo: acompanhar a curva de crescimento da criança. ças umas nas outras.
Material: balança, régua ou fita métrica. –– Idem, andando com as partes do corpo encostadas.
O resultado do exame deve ser anotado na folha pa- –– Ao sinal do professor, devem:
dronizada ao final deste livro. Nela são registrados os da- • andar livremente pela quadra e saltar para a fren-
dos relativos ao crescimento do aluno desde a Educação te, para trás, com giro, alto, longe. Os movimen-
Infantil até o final do Ensino Médio. tos podem ser realizados com os pés unidos ou
não;
Campos de experiências: • sentar e colocar as mãos o mais rápido possível
nas partes do corpo mencionadas pelo professor
que, por sua vez, irá acelerando o ritmo dos pe-
EXPRESSÃO MOTORA
didos. Exemplo: cabeça, pé, barriga, joelho etc.
Objetivos: andar, correr, desenvolver a noção de esque-
ma corporal, a orientação espacial, a agilidade. Campos de experiências:
Material: o próprio corpo.
–– As crianças devem executar os seguintes movimentos: EXPLORAÇÃO DO ESPAÇO CIRCUNDANTE
• andar livremente pela quadra em quadrupedia, Objetivos: desenvolver a noção de esquema corporal, a
de cócoras, para a frente, para trás, de lado, estruturação e orientação espacial e temporal, a agilida-
ajoelhadas; rolar, rodopiar, arrastar-se no chão, de, a noção de movimentos, posições, situações, formas,
para todos os lados, procurando ocupar os es- tamanho, cores, qualidade; andar, correr, saltar.
paços vazios, sem se chocar com os objetos e/ Material: o próprio corpo e objetos da quadra.
ou companheiros. A mudança ou passagem de –– Ao sinal do professor, as crianças deveram executar
um movimento para outro será orientada pelo os seguintes movimentos:
professor, de acordo com o grau de dificuldade e • andar, correr, cair, levantar-se, subir, descer, em-
o interesse delas; purrar, puxar objetos ou outros companheiros;
• correr livremente por toda a quadra: para a fren- • ficar em pé, deitadas, sentadas, ajoelhadas,
te, para trás, de lado, rápido, devagar. Ao sinal sentadas com as pernas cruzadas, afastadas,
do professor, parar a corrida imediatamente e co- fechadas, levantadas etc.;
locar as mãos na parte do corpo pedida por ele. • ficar dentro, fora, em frente, ao lado, atrás, no
Por exemplo, se o professor disser “cabeça”, in- alto, embaixo, em cima, longe e perto de objetos
terromper a corrida e colocar as mãos na cabeça. ou lugares;
– 67
• procurar e apontar figuras geométricas (círculo, • idem, acrescentando-se os cones;
quadrado, retângulo, triângulo etc.); • idem, acrescentando-se as bolas;
• procurar e apontar coisas ou objetos grandes, • idem, acrescentando-se os demais materiais;
pequenos, grossos, finos, estreitos, largos etc.; • andar, correr, saltar passando por cima dos ar-
• procurar e apontar objetos ou coisas, nas cores cos, cones e bolas e subindo ou passando sob as
pedidas; cadeiras, sem se chocar com os demais com-
• procurar e apontar objetos ou coisas cheias, va- panheiros.
zias, duras, moles, leves, pesadas etc.; No final da aula, o professor deverá deixar os alunos
• andar de frente, de costas, com os olhos fecha- criarem movimentações livremente.
dos, sem se chocar com os demais companhei-
ros e procurando ocupar todo o espaço vazio; Campos de experiências:
• idem, correndo, saltando.
–– O professor proporá aos alunos: “Quem é capaz de:
FIGURAS GEOMÉTRICAS
• andar com passos grandes iguais aos de um
gigante?” Objetivos: trabalhar a agilidade, a destreza, a orienta-
• andar igual ao gato/cachorro/macaco?” ção espaço-temporal, a noção de esquema corporal, de
• correr (galopar) igual ao cavalo?” tamanho, cor, forma etc.
• andar (rastejar) igual ao jacaré?” Material: figuras de madeira (encaixe), canos de PVC etc.
• marchar igual ao soldado?” –– O professor faz perguntas sobre: nome das figuras,
• voar igual ao pássaro/avião?” cor, tipo de material, comparação do tamanho.
• correr igual à ambulância/carro da polícia?” –– Localizar essas figuras nas instalações da quadra ou
• rolar igual à bola?” da escola etc.
• correr igual ao carro de Fórmula 1?”
–– Com as figuras colocadas verticalmente no chão, dis-
• correr batendo palmas?”
tanciadas mais ou menos 1 m umas das outras, as
• correr de mãos dadas com um companheiro, sem
crianças devem:
dar trombada nos demais?”
• correr de mãos dadas?” Neste caso, os meninos • andar para a frente e em zigue-zague por entre
formando um grupo e as meninas formando outro as figuras;
(corrente). • idem, para trás;
• andar em silêncio sem fazer barulho?” (individual- • idem, correndo para a frente e para trás;
mente ou em grupo) • passar uma a uma em quadrupedia por dentro
• idem ao anterior, correndo?” das figuras, ao sinal do professor.
–– Crianças correndo livremente e, ao ouvirem o pro- –– Idem, para trás.
fessor dizer “sinal amarelo”, deverão ficar atentas; ao –– Com as figuras espalhadas pela quadra:
ouvirem “sinal vermelho”, deverão parar de correr e, • correr livremente ao sinal do professor. Ele dirá o
ao ouvirem “sinal verde”, retomarão a corrida. nome de uma figura e as crianças deverão sentar
Variação: ao sinal do professor, todas interromperão ou ficar de cócoras, em pé, deitadas, ajoelhadas
a corrida e imitarão estátuas. ao redor dela;
–– As crianças dividem-se em dois grupos e vão para os • idem, trocando a forma da figura pela cor.
fundos da quadra, uma turma de frente para a outra. –– Com as figuras colocadas horizontalmente e enfilei-
Ao sinal do professor, todas correrão procurando tro- radas, sobre o chão:
car de lugar, ocupando o lado o oposto ao seu, sem se • andar para a frente pisando dentro das figuras;
chocar com os demais companheiros. • idem, para trás, correndo para a frente, saltando
com os dois pés e com um só;
Campos de experiências:
• saltar em figuras colocadas no chão formando o
desenho do jogo da amarelinha.
ARCOS / CONES / BOLAS / CADEIRAS No final da aula, o professor deverá deixar os alunos
Objetivos: desenvolver a orientação espacial e tempo- brincarem livremente com o material.
ral, a noção de esquema corporal, de lateralidade, a agi-
lidade; andar, correr, saltar; trabalhar a noção de forma, Campos de experiências:
cor, tamanho, direção.
Material: arcos, cones, bolas, cadeiras etc. CADEIRAS
–– As crianças devem executar os seguintes movimentos:
• andar livremente pela quadra, procurando ocu- Objetivos: trabalhar a estruturação e orientação espaço-
par todos os espaços vazios, sem se chocar -temporal, a noção de esquema corporal, a agilidade, a
com os companheiros; noção de em cima/embaixo, dentro/fora; andar, correr,
• idem, correndo; saltar.
• ao sinal do professor, correr livremente por toda
Material: cadeiras (da própria sala de aula).
a quadra sem se chocar com os companheiros e
sem pisar nos arcos ou dentro deles. Neste caso, –– Com as cadeiras colocadas em fileira, distanciadas mais
os arcos devem estar espalhados. ou menos 1 m umas das outras, as crianças devem:
68 –
• andar para a frente, para trás, correr para a frente e –– O professor poderá propor “Quem consegue:
para trás, por entre as cadeiras; • lançar o saquinho de areia mais alto e pegá-lo?”
• andar em quadrupedia passando por baixo das ca- • lançar/arremessar o saquinho de areia mais longe?”
deiras. O professor pode desafiar os alunos, per- • saltar/saltitar com os saquinhos de areia presos
guntando “Quem consegue passar sem encostar?” entre os tornozelos?”
• idem, arrastando-se; • andar/correr/saltar com o saquinho de areia
• subir na cadeira e saltar no chão sucessivamente; sobre os ombros?”
• subir em uma cadeira, saltar no chão e passar • andar com o saquinho de areia sobre um dos pés?”
por baixo da outra, sucessivamente. • criar/inventar uma maneira diferente de trabalhar
–– Com uma distância menor entre as cadeiras. com os saquinhos de areia?”
• andar para a frente sobre as cadeiras; O professor poderá combinar com as crianças que
• idem, saltando.
não valerá repetir os movimentos já realizados ou que
–– Com as cadeiras encostadas umas nas outras, for-
escolherão o mais interessante para executar.
mando uma passarela.
• andar para a frente e para trás sobre as cadeiras; Campos de experiências:
• arrastar-se por baixo das cadeiras (túnel).
–– Jogo das cadeiras.
ARCOS (BAMBOLÊS)
–– Jogo das cadeiras cooperativo:
É uma variação do jogo das cadeiras tradicional, Objetivos: trabalhar a coordenação oculomanual, a agi-
portanto, a disposição das cadeiras deverá ser a lidade, a coordenação dinâmica geral, a orientação espa-
mesma. ço-temporal, a noção de esquema corporal, a noção de
O segredo não é eliminar os participantes, mas forma, cor, tamanho, peso; andar, correr, saltar.
apenas as cadeiras. Material: arcos (bambolês).
A cada rodada é retirada uma cadeira e ainda assim –– As crianças devem correr livremente pela quadra sem
todos deverão sentar-se como puderem: no colo, no se chocar com os companheiros.
braço da cadeira, deitado sobre os colegas etc. –– Com os arcos espalhados pela quadra, o professor
Nele não há vencedores. A proposta é que as crianças questiona “Quem consegue:
busquem a solução de problemas com os amigos. • andar para a frente, para trás, correr, sem pisar nos
arcos e sem se chocar com os companheiros?”
Disponível em: http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Do-
• idem, pisando dentro dos arcos?”
cumentos/BibliPed/EdInfantil/SaoPaulo_UmaEscola_
• correr, pular para dentro dos arcos e em seguida
ManualBrincadeiras.pdf.
para fora deles, com um pé ou com os dois, sem
Campos de experiências: se chocar com os demais companheiros?”
–– Cada aluno de posse de um arco:
• andar para a frente, para trás, correr, seguran-
SAQUINHOS
do o arco à frente do corpo (como um volante
Objetivos: trabalhar a coordenação oculomanual, a de automóvel), sem se chocar com os demais
orientação espaço-temporal, a noção de esquema cor- companheiros.
poral, a agilidade, a noção de tamanho, forma, cor, peso, –– Dentro do arco, segurando-o na altura do quadril:
alto/longe etc. • correr para a frente e para trás, livremente, sem
Material: saquinhos de areia, arroz, feijão etc. se chocar com os demais companheiros.
Observação: trabalhar com as crianças, se possível, –– O professor proporá às crianças novamente: “Quem
descalças. consegue:
–– Cada criança deve receber um saquinho de areia e • jogar o arco mais alto?”
executar os seguintes movimentos:
• jogar o arco mais longe?”
• andar para todos os lados, mantendo o saquinho
• jogar o arco longe e fazer com que ele volte
de areia sobre o dorso da mão (uma de cada
sozinho?”
vez), sem se chocar com os companheiros;
• rodar o arco no chão por mais tempo?”
• idem, correndo;
• criar maneiras diferentes de brincar com o arco?”
• andar para todos os lados, mantendo o saquinho
de areia sobre a cabeça; primeiro com os olhos No final da aula, o professor deverá deixar os alunos
abertos, depois com os olhos fechados, procu- brincarem livremente com os arcos.
rando não se chocar com os demais companheiros; Campos de experiências:
• idem, correndo.
– 69
CORDA ELÁSTICA ESCADA
Objetivos: trabalhar a coordenação dinâmica geral, o Objetivos: desenvolver o equilíbrio dinâmico e estático,
equilíbrio dinâmico, a noção de esquema corporal, a orien- a agilidade, a orientação espaço-temporal, a noção de
tação espaço-temporal, a lateralidade; andar, correr, saltar. esquema corporal, a lateralidade, andar, saltar.
Material: escada de madeira (do tipo da de pintor) ou
Material: cordas elásticas.
articulada (de alumínio).
Uma corda –– As crianças devem executar os seguintes movimen-
–– Com a corda elástica estendida no chão, o professor tos com a escada aberta e deitada no chão:
proporá aos alunos: “Quem consegue: • andar em quadrupedia sobre a escada;
• andar de frente, de costas, de lado sobre a corda?” • andar em pé para a frente e para trás, pisando
–– As crianças executarão os seguintes movimentos com somente nos vãos da escada;
a corda elevada a mais ou menos 30 cm do chão: • idem, pisando somente nos degraus;
• idem, pisando somente nas laterais da escada;
• andar para a frente, para trás, em afastamento
• saltar com um e com os dois pés, somente nos
lateral, com a corda entre as pernas, evitando
vãos da escada;
tocá-la;
• saltar de dois em dois vãos;
• correr e saltar de um lado para o outro da corda; • idem, nos degraus.
• saltar a corda de um lado para o outro com um e – – Com a escada virada, andar em quadrupedia,
com dois pés; passando pelos vãos da escada em zigue-zague.
• andar em quadrupedia para a frente, para trás, –– O professor poderá propor aos alunos: “Quem con-
para o lado, com a corda entre os braços e as segue criar maneiras diferentes (e seguras) de pas-
pernas. sar pela escada?”
–– O professor, balançando a corda no chão de modo a
Campos de experiências:
fazer figuras (de cobra, minhoca), desafiará os alu-
nos: “Quem consegue saltar?”
BOLAS
–– Idem ao anterior, em duplas, ou criando maneiras di-
ferentes de saltar a corda. Objetivos: trabalhar a coordenação oculomanual, a agi-
lidade, a coordenação dinâmica geral, a noção de esque-
Duas cordas ma corporal, a orientação espaço-temporal, a lateralida-
–– Com as cordas estendidas paralelamente no chão, de, a noção de tamanho, cor, forma, peso.
distanciadas mais ou menos 1 m umas das outras. Material: bolas de borracha médias e pequenas (de tênis).
• ao sinal do professor, correr e saltar sobre as cor- Bolas pequenas
das, uma de cada vez, evitando tocá-las; –– Com as crianças de posse de uma bolinha cada uma:
• idem, saltando com um e com os dois pés. • ao sinal do professor, andar pela quadra livre-
–– Com as cordas elevadas e estendidas a mais ou me- mente, jogando a bolinha para o alto e tentando
nos 30 cm do chão: pegá-la novamente.
• andar em quadrupedia para a frente, para trás e –– Em seguida, o professor irá propondo aos alunos:
lateralmente, por baixo delas, evitando tocá-las; “Quem é capaz de:
• jogar a bolinha mais alto?”
• Idem, rolando e rastejando.
• jogar a bolinha mais longe?”
–– O professor questiona “Quem consegue:
• rolar a bolinha mais rápido?”
• passar por cima das cordas, uma de cada vez,
• jogar a bolinha mais forte no chão?”
sem tocá-las?” • quicar a bolinha mais vezes, com a mão direita,
• saltar a primeira corda e passar por baixo da ou- com a esquerda e alternando as mãos?”
tra, sem encostar?” • conduzir a bolinha pela quadra, com um dos pés
• idem, invertendo a movimentação?” e sem se chocar com os demais companheiros?”
• saltar as duas cordas de uma só vez?” • chutar a bolinha e acertá-la num determinado lu-
–– O professor poderá diminuir ou aumentar a distância gar ou objeto (alvo)?”
entre as cordas, de acordo com a dificuldade ou con- • saltar pela quadra, com a bolinha presa nos
quista das crianças. Os alunos podem ser estimula- calcanhares?”
dos novamente com a proposta: “Quem consegue: • andar/correr com a bolinha presa sob o pescoço?”
• saltar as cordas, uma de cada vez, de lado?” –– O professor recolherá todas as bolinhas num canto
(salto tesoura) da quadra, com os alunos no canto oposto. O pro-
fessor chutará as bolinhas todas de uma só vez e
• criar maneiras diferentes de brincar com a corda?”
proporá: “Quem consegue pegar mais bolinhas?”
Campos de experiências: No final da aula, o professor deverá deixar os alunos
brincarem livremente com as bolinhas.
70 –
Bolas médias –– Com os steps deitados no chão no sentido transver-
O professor fará uma comparação entre o material sal. A cada dois steps deitados, colocar um levanta-
a ser utilizado nesta aula e aqueles de aulas anteriores, do (do tipo barreira de atletismo):
como, por exemplo, bolinhas de tênis e saquinhos de areia, • andar passando as pernas, uma de cada vez por
indagando dos alunos sobre o formato, a cor, a espessura, cima do step;
• idem, correndo;
o peso de um e de outro e se o que é realizado com um ma-
• idem, saltando;
terial pode ser com outro, como, por exemplo, quicar.
• idem, correndo em zigue-zague.
–– As crianças de posse de uma bola cada uma devem
–– Um step no chão, no sentido transversal e outro em
executar os seguintes movimentos ao sinal do professor: cima, no sentido longitudinal. Apoiar um pé em cada
• andar, correr livremente pela quadra, jogando a ponta do step superior e equilibrar-se transferindo o
bola para o alto e tentando pegá-la; peso do corpo de um lado para o outro (tipo rola-rola
• idem, batendo palmas antes de pegar a bola no ar; de circo).
• idem, deixando a bola tocar no chão para depois –– O professor deverá desafiar os alunos: “Quem consegue
pegá-la. criar uma maneira diferente de movimentação no step?”
–– O professor proporá a elas: “Quem consegue: No final da aula, o professor deixará os alunos brin-
• jogar a bola mais alto/mais longe?” carem livremente com o material.
• chutar a bola mais alto/mais longe?”
Campos de experiências:
• quicar a bola mais vezes com a mão direita, com
a esquerda e alternando as mãos?”
• quicar a bola mais vezes sentado / ajoelhado / CONES (PEQUENOS)
deitado?” Objetivos: trabalhar a coordenação oculomanual, a
• empurrar a bola usando partes do corpo (cabeça, orientação espaço-temporal, a noção de esquema corpo-
nádegas)?” ral, a lateralidade, a noção de cor, forma, peso, agilidade;
–– Duas a duas, sentadas, deitadas, em pé. Jogar, rolar andar, correr, saltar.
a bola uma para o outra. Material: cones de plástico, garrafas etc.
–– O professor desafiará as crianças: “Quem consegue –– Com os cones colocados pela quadra aleatoriamente:
criar maneiras diferentes de brincar com a bola?” • ao sinal do professor, andar para a frente, para trás,
No final da aula, o professor deverá deixar os alunos de lado, correr, procurando ocupar os espaços va-
brincarem livremente com as bolas. zios, desviando dos cones e dos companheiros;
• idem, dois a dois ou mais;
Campos de experiências:
• ao sinal do professor, saltar com as pernas jun-
tas, separadas, com um pé só, o maior número
STEP de cones.
Objetivos: desenvolver o equilíbrio dinâmico e estático, –– Com os cones enfileirados e distanciados mais ou
a agilidade, a noção de esquema corporal, a orientação menos 1 m uns do outro:
espacial, a força, a noção de forma, cor, tamanho, peso • andar, correr para a frente, para trás, de lado, em
em cima/embaixo, subir/descer; andar, correr e saltar, zigue-zague, por entre os cones;
montar/desmontar. • saltar os cones um a um;
Material: steps.
• andar, correr para a frente e para trás, em afasta-
–– Com os steps espalhados pela quadra:
• ao sinal do professor, andar para a frente, para mento lateral, passando sobre os cones.
trás, correr para a frente, para trás, desviando –– Com os cones enfileirados e encostados uns no outros:
dos steps e dos companheiros; • ao sinal do professor, saltar de frente, de lado,
• idem, saltando sobre os steps; com as duas pernas juntas, separadas, uma per-
• idem, saltando de um step para outro. na só, de um lado para o outro.
–– Com os steps colocados em pé e enfileirados no chão, –– Com os cones e bolinhas de tênis:
distantes 1 m, aproximadamente, uns dos outros: • cada criança segura um cone com uma das mãos
• andar para a frente, para trás, correr para a frente e a bolinha com a outra;
e para trás em zigue-zague.
• jogar a bolinha para o alto e pegá-la com o cone;
–– Com os steps deitados no chão e encostados uns
nos outros, formando uma passarela: • idem, alternando as mãos que seguram o cone e
• andar para a frente e para trás sobre eles; uma bolinha;
• idem, correndo; • idem para o chão;
• saltar com os dois pés de um lado para o outro, • jogar a bolinha para a frente, correr e prendê-la
sobre os steps. com o cone;
– 71
• duas a duas, cada criança com um cone e ape- –– Afastar os pneus, deixando uma distância de 60 cm,
nas uma bolinha para a dupla; aproximadamente, entre um e outro:
• as crianças manterão uma distância de 1 m (apro- • ao sinal do professor, andar, correr para a frente,
ximadamente) umas das outras. A criança, de para trás, de lado, em zigue-zague, por entre os
posse da bola, lançará para o companheiro, que pneus;
• saltar do chão para dentro do pneu e vice-versa.
tentará pegá-la com o cone e assim por diante. A
• criança em pé sobre o pneu. Saltar para cima de
cada lançamento, elas darão um passo para trás;
outro pneu;
• idem, mas em vez de lançar a bolinha, essa será • idem, saltando sobre os pneus.
rolada e deverá ser encaixada no cone deitado –– Com os pneus enfileirados e encostados, um sobre
no chão; outro (dois a dois):
• deixar as crianças brincarem livremente com os • andar para a frente e para trás passando de den-
cones. tro de um pneu para dentro de outro;
No final da aula, o professor deixará as crianças brin- • idem, em quadrupedia;
• andar sobre os pneus;
carem livremente com os cones.
• saltar sobre os pneus;
Campos de experiências: • saltar de dentro dos pneus para dentro dos outros.
–– Afastar os pneus 60 cm, aproximadamente, uns dos
outros:
PNEUS (CARROS)
• saltar de dentro dos pneus para fora;
Objetivos: desenvolver a coordenação dinâmica geral, • saltar sobre os pneus.
o equilíbrio dinâmico e estático, a agilidade, a orientação –– Com os pneus enfileirados e apoiados um sobre o
espaço-temporal, a noção de esquema corporal, a latera- outro, como se fossem uma escada.
lidade; andar, correr e saltar. • andar em quadrupedia, em pé, para a frente, so-
Material: pneus de carro. bre os pneus.
Observação: sugere-se ao professor que, num primeiro –– Com os pneus colocados verticalmente no chão, en-
momento, ajude os alunos que apresentarem dificulda- costados uns nos outros (mais ou menos seis pneus),
formando um túnel. O professor proporá aos alunos:
de ou algum tipo de insegurança no exercício de salto e
“Quem consegue passar pelo túnel?”
deixe-os saltarem do jeito deles para que adquiram mais
–– Salto em altura: saltar os pneus, começando com um
confiança. pneu deitado sobre o chão. Acrescentar mais pneus
–– Com os pneus colocados aleatoriamente na quadra: à medida que as crianças forem vencendo a altura.
• andar, correr, para a frente, para trás, de lado, O professor irá classificando as crianças para as ro-
desviando dos pneus e dos companheiros; dadas seguintes, de acordo com a quantidade de
• correr e saltar sobre os pneus; pneus que elas forem saltando. As crianças que não
• idem, saltando dentro dos pneus; conseguirem ultrapassar uma determinada quantida-
• ficar em pé sobre um pneu e procurar saltar para de de pneus poderão escolher a quantidade com que
outro; se sentirem melhor. Desta maneira, em um determi-
• idem, saltando de dentro de um pneu para dentro nado momento da aula haverá crianças saltando um
de outro. pneu e outras saltando dois ou mais.
–– Com os pneus colocados enfileirados e encostados Campos de experiências:
um no outro:
• andar em quadrupedia e em pé sobre os pneus; CIRCUITO DE MATERIAIS
• andar em afastamento lateral das pernas, sobre
os pneus, com um pé de cada lado do pneu; Objetivos: os mesmos das aulas com materiais específicos.
Material: pneu, step, corda, arco etc.
• andar para a frente, para trás, de lado, correr,
O professor montará, junto com os alunos, um circui-
saltar com os dois pés e com um pé só, pisando to com os materiais já utilizados em aula.
somente dentro dos pneus;
• idem, sobre os pneus; Campos de experiências:
• andar, correr, para a frente, passando sobre os
pneus, de um lado para outro deles; BANCO SUECO
• idem, saltando de frente, de lado e com um pé só; Objetivos: desenvolver a coordenação dinâmica geral,
• pular de dentro de um pneu para dentro de outro, o equilíbrio estático e dinâmico, a agilidade, a orientação
de dois em dois. Exemplo: criança dentro do pri- espaço-temporal, a noção de esquema corporal, de la-
meiro pneu, salta e cai dentro do terceiro pneu; teralidade, a noção de em cima/embaixo; andar, correr,
• idem, em cima dos pneus. saltar, escorregar, puxar, empurrar.
72 –
Material: banco sueco. –– Com os bancos colocados transversalmente sobre o
Observação: recomenda-se ao professor acompanhar chão:
de perto os alunos durante a execução dos movimentos, • subir no banco com um pé de cada vez, saltar e
auxiliando-os em caso de necessidade. apoiar-se com os dois pés no chão;
–– Com os banco colocados no chão, no sentido longitudinal: • passar em quadrupedia, rolando, arrastando-se
sob os bancos;
• andar em quadrupedia para a frente, para trás e
• andar para a frente e para trás, passando com a
de lado, sobre o banco;
perna sobre o banco, sem tocá-lo;
• idem, ajoelhado; • subir em um banco. Saltar apoiando-se com os
• andar em pé, para a frente, para trás, de lado, dois pés no chão e passar sob o outro banco;
sobre o banco; • saltar do chão para cima do banco com os dois
• sentar sobre o banco, colocando uma perna de pés e do banco para o chão novamente;
cada lado. Deslocar o corpo para a frente com o • em pé, ao lado do banco, mãos apoiadas nas
movimento do quadril (cavalinho); laterais dele. Saltar de um lado para outro, sem
• idem, para trás; apoiar os pés sobre ele;
• idem, de lado; • em seguida, o professor poderá propor aos alu-
• ajoelhar sobre o banco, mãos apoiadas nas la- nos: “Quem consegue criar maneiras diferentes
terais dele. Arrastar-se para a frente, puxando o de passar pelo banco?”
banco com as mãos; –– Com os bancos colocados na posição invertida (tra-
• idem para trás, empurrando o banco; ve de equilíbrio) no sentido longitudinal:
• sentar sobre o banco, com as pernas unidas e • em pé sobre a trave. Andar para a frente, para
estendidas, mãos apoiadas nas laterais do ban- trás e de lado sobre ela;
co. Puxar o banco, deslizando o corpo à frente; • idem, carregando pequenos objetos (saquinhos
• idem para trás, empurrando o banco; de areia, bola);
• em decúbito ventral sobre o banco, mãos apoia- • andar para a frente até a metade da trave e conti-
das nas laterais dele. Puxar o banco com as duas nuar o percurso restante andando para trás.
mãos juntas e com uma de cada vez, deslocando –– Com a trave apoiada sobre um banco:
• andar para a frente, para trás e de lado sobre a trave.
o corpo para a frente;
• idem para trás, empurrando o banco; Variações:
• em decúbito dorsal sobre o banco, pernas unidas –– Apoiar a trave sobre dois bancos.
e estendidas, mãos apoiadas nas laterais dele. –– Trabalhar com o banco deitado.
Puxar o banco, deslizando o corpo para a frente. –– Montar um minicircuito: banco deitado, trave e banco
• idem para trás, empurrando o banco; na posição normal.
• em pé sobre o banco. Saltar para a frente e para
Campos de experiências:
trás, com as pernas unidas;
• idem, com um pé só;
• andar para a frente e para trás, passando sobre ESCADA / BANCOS / COLCHÕES
o banco, de um lado para outro, com uma perna Objetivos: desenvolver o equilíbrio dinâmico e estático, a co-
de cada vez; ordenação dinâmica geral, a orientação espaço-temporal, a
• afastamento lateral das pernas. Andar para a noção de esquema corporal, em cima/embaixo, dentro/fora;
frente e para trás, com o banco entre as pernas. andar.
• idem para trás; Material: escada (do tipo da de pintor ou articulada de alumí-
• subir no banco com um dos pés e saltar, apoian- nio), bancos e colchões.
do-se com os dois pés no chão; Observação: recomenda-se que o professor acompanhe
• saltar do chão para cima do banco, apoiando-se de perto as crianças durante a execução dos movimentos,
nos dois pés e saltar para o chão novamente; auxiliando-as em caso de necessidade.
• saltar de um lado para outro, passando sobre o –– Com a escada apoiada sobre os bancos, com colchões
banco sem encostar nele; embaixo para proteção:
• em pé sobre o banco. Saltar, caindo em afasta- • andar para a frente e para trás, passando entre os
degraus (vãos da escada);
mento lateral, com uma perna de cada lado do
• andar para a frente e para trás, em quadrupedia, so-
banco e saltar novamente para cima do banco
bre a escada;
(posição inicial);
• andar para a frente, para trás e de lado sobre a esca-
• posição de apoio de frente, no solo, pés apoiados da, pisando somente nos degraus.
sobre o banco. Deslocar-se lateralmente; Em seguida o professor deve deixar os alunos criarem
• idem, na posição invertida (caranguejo); formas diferentes de passar pela escada, respeitando as nor-
• em pé ao lado do banco, mãos apoiadas nas la- mas de proteção e segurança, já recomendadas em outras
terais dele. Saltar do chão para cima do banco e aulas.
para o chão, do outro lado, em seguida;
• idem, saltando de um lado para outro, sem apoiar Campos de experiências:
os pés sobre o banco.
– 73
CIRCUITO DE APARELHOS E MATERIAIS PARAQUEDAS
Objetivos: esquema corporal, orientação espacial, agili-
Objetivos: verificar os objetivos de cada aparelho.
dade, coordenação dinâmica geral, noção de forma, cores.
Material: plinto, escada, banco, colchão, pneus, arcos,
Material: paraquedas ou lençol.
bolas, steps etc.
–– As crianças, colocadas em volta do paraquedas e
O professor montará, junto com os alunos, um cir-
segurando-o pela alça, irão levantá-lo e abaixá-lo
cuito com os aparelhos e materiais utilizados em aula (sacudir).
durante o ano. –– Idem, rodando o paraquedas, ora para a direita, ora
para a esquerda.
Campos de experiências:
–– O professor colocará uma bola leve de tamanho mé-
dio e, ao seu sinal, as crianças levantarão e abaixa-
STEPS (SALTO EM DISTÂNCIA) rão o paraquedas, sem deixá-la cair no chão.
–– Idem, com uma bolinha de tênis. Ao sinal do profes-
Objetivos: coordenação dinâmica geral, velocidade, for- sor, as crianças por meio da movimentação levantar/
ça, impulsão, equilíbrio, orientação espacial e temporal, abaixar (onda) tentarão fazer com que a bolinha caia
esquema corporal, noção de distância, altura, quantidade. no buraco do centro do paraquedas.
Material: Steps e colchões –– Segurando novamente o paraquedas pelas alças: ao
–– Com o step colocado no sentido transversal, levanta-
primeiro sinal, as crianças o levantarão e o abaixarão
do e encostado nos colchões.
• O professor organizará as crianças em fila a mais e, ao segundo sinal, soltarão e entrarão embaixo dele.
ou menos 10 m de distância do step. Ao sinal, a Campos de experiências:
primeira correrá e quando se aproximar do step
executará um salto sobre ele, caindo em pé nos
colchões. SLACKLINE
Assim que todos executarem o salto, o professor coloca- Objetivos: equilíbrio dinâmico, agilidade, destreza,
rá mais um step e assim sucessivamente. Cada criança orientação espacial, esquema corporal, concentração,
tentará saltar a quantidade que conseguir, ou seja, se ela subir, descer, andar, saltar.
não conseguiu saltar cinco (por exemplo), ela continuará Material: slackline (kit)
saltando quatro (toda rodada o professor tirará os exce-
A fita deverá estar presa em algum lugar de maneira
dentes, deixando quatro para ela) e aqueles que forem
obtendo êxito, o professor irá colocando mais steps, até que fique bem esticada, não muito alta e longe de locais
o seu limite. e materiais que possam oferecer risco de acidentes, com
No final da aula teremos todas as crianças saltando, colchões ao longo de todo o trajeto.
porém, cada uma no seu limite. O professor falará sobre a importância das normas
de segurança e que os movimentos sejam realizados
Campos de experiências:
com as crianças descalças, como forma de melhor sentir
o contato com a fita.
CAMA ELÁSTICA –– Postura no momento da execução:
Objetivos: equilíbrio estático e dinâmico, agilidade, • Pés: colocá-los ao longo da fita, sempre dando
orientação espacial, esquema corporal, andar, engati- os passos um após o outro;
nhar, rolar, correr, saltitar e saltar, noção de subir e des- • Olhos: fixos num ponto à frente;
cer, de ordem e sucessão.
• Tronco: ereto, para que o centro de gravidade
Material: cama elástica.
não abaixe;
–– Desde o primeiro momento, o professor deverá cons-
• Joelhos: semiflexionados.
cientizar as crianças sobre a importância da segurança
no aparelho e nos movimentos, assim como a ordem –– Adaptação ao material: as crianças deverão andar
(uma de cada vez) e a necessidade de estarem descal- no chão sobre a corda (de sisal ou elástico), para a
ças. A partir disso, elas devem executar os seguintes frente, de lado e para trás;
movimentos: –– Com as crianças colocadas em fila atrás da fita, o
• saltos com os dois pés, sempre no centro da professor acompanhará uma a uma até o final dela.
cama elástica; A criança deverá andar para a frente sobre a fita,
• idem, aumentando a altura dos saltos, utilizando apoiando-se no ombro do professor (por segurança).
os braços; • Idem, de lado;
• idem, afastando as pernas no ar; • Idem, de costas.
• idem, aproximando os joelhos do abdome, no ar; –– Repetir toda a movimentação anterior, só que em vez
• cair sentada na cama elástica e retomar a posi- de se apoiar sobre o ombro do professor, agora a
ção em pé; criança segurará a mão dele.
• idem, de joelhos.
–– Andar para a frente segurando a mão do professor.
Campos de experiências: Quando chegar no meio da fita, executar um giro de
360 graus no lugar e continuar andando.
74 –
–– Idem, executando um pequeno salto no lugar. –– Com os colchões abertos e enfileirados no chão:
–– Com uma corda colocada acima da fita, a uma altura • andar em pé e em quadrupedia, para a frente e
suficiente para que a criança possa apoiar-se (como para trás sobre eles;
em uma tirolesa), deverá andar para a frente sobre a • idem, correndo, saltando;
fita e segurar na corda acima, com acompanhamento • rastejar sobre eles (imitando animais);
do professor. • rolar sobre eles;
• idem, dois a dois, três a três, quatro a quatro.
Campos de experiências: No final da aula, o professor deverá deixar os alunos
brincarem livremente com o material.
COLCHÃO
Campos de experiências:
Objetivos: desenvolver a agilidade, a coordenação dinâ-
mica geral, o equilíbrio dinâmico e estático, a orientação
espaço-temporal, a noção de esquema corporal, de late- ROLAMENTOS (GINÁSTICA ARTÍSTICA)
ralidade; andar, correr, saltar. Objetivos: rolar; desenvolver a agilidade, o equilíbrio es-
Material: colchões de algodão, de espuma e cordas. tático e dinâmico, a coordenação dinâmica geral, a noção
–– Enrolar os colchões e amarrá-los nas pontas com as de esquema corporal, a orientação espaço-temporal.
cordas. Com os colchões colocados transversalmente Material: colchões.
ao chão, distanciados 60 cm uns dos outros, aproxima- Observações:
damente, as crianças devem executar os seguintes –– Crianças descalças (se possível).
movimentos: –– Recomenda-se ao professor auxiliá-las nas primeiras
• andar para a frente e para trás passando em zi- execuções, até que adquiram confiança.
gue-zague por entre os colchões; –– Posicionar-se atrás de cada aluno, com um dos pés
• andar para a frente, passando uma perna de entre as pernas dele e as mãos segurando-o na al-
cada vez sobre o colchão, sem tocá-lo; tura do quadril, a fim de protegê-lo no momento da
• idem, correndo; flexão do tronco à frente.
• saltar do chão para cima do colchão e do colchão –– O professor deve esclarecer os alunos e recomendar
para o chão novamente; que esse movimento seja feito sempre com acompa-
• apoiar as mãos sobre o colchão e saltar apoian- nhamento de um adulto e em lugar seguro.
do os pés sobre ele; –– Os colchões estarão abertos e enfileirados no chão.
• idem, passando os pés sobre o colchão, apoian- Rolamento para a frente com afastamento lateral das
do-os no chão, do outro lado; pernas:
• saltar de um lado para outro sem apoiar-se no Posição inicial:
colchão. –– Pernas afastadas lateralmente.
–– Com os colchões enfileirados e encostados uns nos –– Mãos sobrepostas e colocadas atrás da cabeça
outros: (nuca).
• andar em quadrupedia e em pé, para a frente e –– Queixo encostado no peito (enfatizar este posiciona-
para trás sobre os colchões; mento).
• em pé sobre os colchões. Saltar com os dois pés Execução e posição final:
e com um pé só sobre os colchões; –– Flexão do tronco para a frente (aproximando a cabe-
• sentar sobre os colchões com as pernas afas- ça do colchão ou do pé do professor).
tadas lateralmente e os pés apoiados no chão. –– Desequilíbrio.
deslocar-se para a frente e para trás, com o mo- –– Rolamento propriamente dito.
vimento do quadril (cavalinho). –– Volta à posição inicial.
No final da aula, o professor proporá aos alunos: Rolamento para a frente com as pernas unidas:
“Quem consegue criar maneiras diferentes de passar pe- Posição inicial:
los colchões?” –– Em pé, pernas unidas, apoio nas pontas dos pés,
Campos de experiências: braços estendidos à frente do corpo e mãos abertas.
–– Flexionar as pernas (de cócoras) e apoiar as mãos
no colchão.
INICIAÇÃO À GINÁSTICA ARTÍSTICA –– Queixo encostado no peito.
Objetivos: desenvolver a agilidade, a coordenação dinâ- Execução e posição final:
mica geral, o equilíbrio dinâmico e estático, a orientação –– Desequilíbrio do corpo à frente, impulso com pés,
espaço-temporal, a noção de esquema corporal, a noção sem extensão das pernas.
de em cima/embaixo, rolar, rastejar, correr, saltar. –– Toque das costas no colchão.
Material: colchões. –– Rolamento propriamente dito, terminando em pé,
Observação: deixar os alunos ficarem descalços, se com apoio na ponta dos pés, braços estendidos à
possível. frente (posição inicial).
– 75
Rolamento para trás: –– Posição inicial:
Posição inicial: • Pernas colocadas uma à frente da outra.
–– De cócoras, apoiado nas pontas dos pés e de costas • Braços elevados acima da cabeça, mãos abertas.
para os colchões. –– Execução e posição final:
–– Braços flexionados, mãos apoiadas sobre os om- • Flexão do tronco à frente, apoio das mãos no
chão (manter braços estendidos), elevação das
bros, com as palmas voltadas para cima.
pernas, uma de cada vez.
Execução e posição final:
• Volta à posição inicial.
–– Desequilíbrio do corpo para trás, com o quadril en-
–– O professor deverá deixar os alunos treinarem livre-
costando no colchão. mente nos desenhos.
–– Queixo encostado no peito. –– Executar o movimento no colchão ou no próprio chão
–– Apoio das palmas das mãos no colchão, desloca- sem utilização dos desenhos.
mento do quadril para trás e para cima, com auxílio
dos braços e das mãos, terminando na posição de Campos de experiências:
cócoras (posição inicial).
Variações para o ensino do rolamento para trás: PARADA EM TRÊS APOIOS E DE MÃOS
–– Apoiar a gaveta do plinto em um banco (formando Objetivos: desenvolver o equilíbrio estático e dinâmico,
uma inclinação), colocar o colchão por cima. a agilidade, a força, a noção de esquema corporal e de
–– A criança se posicionará para o movimento sentada subir/descer, a orientação espaço-temporal.
na gaveta do plinto. Material: colchões, giz, fita crepe, parede.
Observação: recomenda-se ao professor permanecer o
Campos de experiências: tempo todo próximo ao aluno, protegendo-o e orientan-
do-o. No final da aula, alertar sobre os possíveis riscos de
ESTRELA acidentes que podem ocorrer na execução desses mo-
vimentos fora da escola e da aula de Percepção e Ação
Objetivos: desenvolver a agilidade, a coordenação dinâ-
(Educação Física), sem o devido cuidado e acompanha-
mica geral, o equilíbrio estático e dinâmico, a orientação
mento de um adulto.
espaço-temporal, a noção de esquema corporal e de
lateralidade. Parada em 3 apoios:
Material: banco sueco, corda elástica, colchão, fita crepe O professor fará dois desenhos (triângulo) um na parede
ou giz. e outro no próprio colchão, para auxiliar na execução do
–– Com o banco sueco ou corda no sentido longitudinal movimento:
ao chão:
• em pé e de lado para o banco, mãos apoiadas
uma de cada lado do banco. Saltar do chão para
cima do banco, apoiando os pés sobre ele e em
seguida saltar para o outro lado, apoiando os pés
no chão;
• idem, passando os pés de um lado para o outro Nos quadrados a criança colocará os joelhos; nos de-
do banco, apoiando os pés somente no chão; senhos das mãos, colocará as mãos; no círculo, a testa.
• idem, passando uma perna de cada vez. Subida:
–– Com a corda elástica elevada a mais ou menos 30 –– Elevar o quadril, caminhar nas pontas dos pés até o
cm de altura do chão, colocar as mãos no chão, uma quadril encostar na parede.
de cada lado da corda. Saltar, passando as pernas –– Elevar as pernas, concluindo o movimento. O profes-
sobre a corda. sor deve corrigir o posicionamento das pernas e dos
–– Idem, com uma perna de cada vez (repetir a mesma pés, se necessário.
movimentação feita no banco sueco). Descida:
O professor fará desenhos no chão (com fita crepe, –– Descer uma perna de cada vez, retornando à posi-
giz ou carvão), demarcando o posicionamento das mãos ção inicial.
e dos pés, a fim de descobrir, junto com o aluno, o melhor
lado para a execução do movimento (sugere-se anotar): Parada de mãos:
Subida:
–– Repetir o movimento de parada em três apoios.
–– O professor segurará nos pés da criança que está
em três apoios, forçando o movimento para cima,
passando da posição de três apoios para a posição
de dois apoios (parada de mãos); a criança por sua
vez, completará o movimento estendendo os braços.
76 –
Descida: O professor montará junto com as crianças um cir-
–– A descida poderá ser executada igual à parada, em cuito com os aparelhos utilizados em aula durante o ano
três apoios (uma perna de cada vez), ou voltando para praticar o le parkour, não se esquecendo dos itens
relacionados à segurança.
para a posição de parada em três apoios, flexionan-
do os braços, e depois descer com uma perna de Campos de experiências:
cada vez.
BASTÕES
Variação:
Objetivos: coordenação dinâmica geral, orientação es-
–– Alunos espalhados pela quadra, mãos apoiadas no
pacial, esquema corporal, agilidade, noção de forma, ta-
chão, pernas uma na frente da outra. Elevar as per- manho e peso; saltar.
nas alternadamente, o mais alto possível, tentando Material: bastões de madeira ou cano de PVC.
parar em dois apoios. –– O professor colocará os bastões enfileirados no chão
–– Repetir a movimentação no colchão, próximo à parede. e sugerirá às crianças que andem de um lado para o
outro, passando as pernas sobre eles e, ainda:
Campos de experiências:
• idem, correndo;
• idem, saltando;
PLINTO
• andar em afastamento lateral das pernas para a
Objetivos: trabalhar a agilidade, o equilíbrio dinâmico e frente e para trás sobre os bastões;
estático, a noção de esquema corporal, a orientação es- • idem, correndo;
paço-temporal, a coordenação dinâmica geral, as noções • idem, saltando;
de subir/descer, alto/baixo, rolar. –– Com os bastões deitados e enfileirados no chão, dis-
Material: plinto e colchão. tanciados a mais ou menos 1 m uns dos outros. De-
–– Com o plinto colocado longitudinalmente no solo e vem andar passando uma perna de cada vez sobre
inicio com três gavetas: os bastões:
• subir no aparelho, caminhar até a ponta e saltar,
• idem, correndo;
caindo em pé sobre o colchão.
• idem, saltando;
• idem, executando um rolamento para a frente,
• andar em zigue-zague por entre eles;
após se posicionar em pé sobre o colchão.
• idem, correndo.
• subir no aparelho, executar um rolamento para a
–– As crianças, cada uma com um bastão, serão dividi-
frente, sobre ele, voltar à posição em pé, saltar e
das em dois grupos ou mais, formando dois ou mais
cair em pé sobre o colchão (o professor auxiliará
círculos. Elas estarão com o seu bastão em pé, po-
todos os alunos no momento do rolamento sobre
sicionado à sua frente e apoiado com as mãos, ou
o aparelho).
dedos.
• idem, executando também um rolamento após o
• Ao sinal do professor, todas deverão deixar seu
salto e queda sobre o colchão.
bastão (soltando a mão) e pegar o bastão do
Campos de experiências: companheiro do lado (direito ou esquerdo), que
será previamente combinado entre o professor e
EXAME BIOMÉTRICO as crianças. Se o bastão cair no chão, a crian-
ça responsável por ele “não” sairá da atividade,
Objetivo: acompanhar a curva de crescimento da criança.
ou seja, ela continuará participando, porém, para
Material: balança, régua ou fita métrica.
cada bastão que cair no chão o ponto será com-
O resultado do exame deve ser anotado na folha
putado para a outra equipe.
padronizada.
Campos de experiências: Campos de experiências:

LE PARKOUR (KIDS) AULA LIVRE


Objetivos: verificar os objetivos de cada aparelho e material. O professor espalhará pela quadra materiais utiliza-
Material: plintos, escada, bancos, colchões, pneus, ar- dos em aula durante o ano (bolas, cordas, arcos etc.),
cos, steps etc. para que os alunos brinquem com eles livremente.
– 77
Jogos e brincadeiras
1 Desenvolvimento: ao sinal do professor, a primeira
Nome: Vai e vem. criança corre, toca na parede, volta e, dentro da zona de
Faixa etária: de 3 anos em diante. troca, bate na mão da criança seguinte, que repetirá toda
Organização e material: linha de partida/chegada, zona a movimentação anterior e assim por diante, até a última
de troca, medicine ball/cone/pneu, bastão, apito. tocar na mão da primeira.
Categoria: correr. Final: terminará quando o último participante retornar e
Objetivo: trabalhar a atenção, a velocidade, a agilidade tocar na mão do primeiro.
a orientação espacial, lateralidade a noção de ordem e Campos de experiências:
sucessão, início e fim
Formação: em colunas.
Desenvolvimento: obstáculos colocados na frente das 4
colunas, distanciados 2 m aproximadamente um do ou- Nome: Revezamento de obstáculos.
tro. Ao sinal do professor, a primeira criança de cada Faixa etária: de 3 anos em diante.
coluna, de posse de um bastão, corre contornando os Organização e material: bancos/cordas, linha de parti-
obstáculos em zigue-zague até o último, retornando e re- da/chegada, apito, zona de troca.
petindo toda a movimentação, passando o bastão para a Categoria: correr.
criança seguinte, na zona de troca, indo se posicionar no Objetivo: trabalhar a velocidade, a agilidade, a atenção,
final da fila. A segunda criança repete toda a movimenta-
a noção de lateralidade, a orientação espaço-temporal.
ção da primeira e assim sucessivamente até que a última
Formação: em colunas.
devolva o bastão para a primeira, que deverá levantá-lo.
Desenvolvimento: ao sinal do professor, a primeira
Final: quando o último participante devolver o bastão ao
primeiro. criança corre, passa sob o banco, toca na parede, retor-
na passando sob o banco novamente e, dentro da zona
Variações: variar com duplas, trios, segurando o bastão.
de troca, toca na mão da criança seguinte, que deverá
Campos de experiências: repetir toda a movimentação anterior e assim por diante,
até a última tocar na mão da primeira.
Final: terminará quando o último participante retornar e
2 tocar na mão do primeiro.
Nome: O apito. Campos de experiências:
Faixa etária: de 3 anos em diante.
Organização e material: apito e faixa de pano.
Categoria: sensorial-auditiva. 5
Objetivo: desenvolver a atenção. Nome: Lenço atrás/Corre-cotia.
Formação: em círculo. Faixa etária: de 3 anos em diante.
Desenvolvimento: no centro do círculo, duas crianças Organização e material: lenço, saquinho de areia, bola,
de olhos vendados e um apito, colocado em qualquer lu- boné etc.
gar da área. Ao sinal do professor, as duas crianças terão Categoria: correr.
que localizar o apito e aquela que o encontrar primeiro, Objetivo: trabalhar a velocidade, a agilidade, a atenção,
a orientação espacial, a lateralidade, e a noção de lugar.
deverá apitar seguidamente.
Formação: em círculo.
Final: terminará quando o apito for encontrado.
Desenvolvimento: crianças sentadas em círculo. Fora
Variações: poderá ser realizado com mais crianças ao
do círculo estará uma criança com um lenço na mão,
mesmo tempo. que, ao sinal do professor, correrá ao redor do círculo
Campos de experiências: enquanto as outras cantam. Quando a música terminar,
ela deverá deixar o lenço atrás de alguma criança e fugir,
correndo em volta do círculo, procurando sentar-se no
3 lugar da criança atrás da qual colocou o lenço. E assim
Nome: Revezamento. sucessivamente.
Faixa etária: de 3 anos em diante. Final: a critério do professor.
Organização e material: linha de partida/chegada, zona Observação: sugere-se ao professor que o aluno que se
de troca, apito. sentar em outro lugar ou for pego durante a corrida, em
Categoria: correr. vez de ir para o centro do círculo, repita a movimentação.
Objetivo: trabalhar a velocidade, a agilidade, a atenção, (Ver considerações sobre jogos de inclusão no livro do
a orientação espaço-temporal, noção de ordem e suces- professor do Ensino Fundamental do 6.o ao 9.o ano)
são, início e fim.
Campos de experiências:
Formação: em colunas.
78 –
6 8
Nome: Quem consegue o maior número de faixas? Nome: O detetive.
Faixa etária: de 3 anos em diante. Faixa etária: de 3 anos em diante.
Organização e material: tiras de pano ou de papel. Organização e material: bola de borracha, linha
Categoria: correr. demarcatória.
Objetivo: trabalhar a velocidade, a agilidade, a atenção, Categoria: mental.
a orientação espacial. Objetivo: desenvolver a atenção, a iniciativa, a
Formação: participantes dispersos pela quadra. observação.
Desenvolvimento: crianças espalhadas pela quadra, Formação: em fileiras.
tendo cada uma, no cós do calção ou calça, uma faixa. Desenvolvimento: crianças colocadas em fileira e, a
Ao sinal do professor, as crianças correrão procurando mais ou menos 5 m de distância, à frente, uma criança
de posse de uma bola e de costas para as outras. Ao
conseguir pegar o maior número de faixas possíveis,
sinal do professor, ela jogará a bola para trás. Um outro
tirando-as dos colegas.
sinal é dado e a criança se vira na direção da fileira e
Final: ganhará a criança que conseguir o maior número
tentará descobrir com quem está a bola. Descobrindo a
de faixas.
criança de posse da bola, esta irá ocupar o seu lugar;
Variação: em duplas, em equipes.
caso contrário fará outra tentativa (conforme combinação
Campos de experiências: feita entre o professor e a turma).
Final: quando todas as crianças tiverem participado ou a
critério do professor.
7
Campos de experiências:
Nome: O robô.
Faixa etária: de 3 anos em diante.
Categoria: mental (sensorial). 9
Objetivo: desenvolver a atenção, a observação, a inicia- Nome: Ouvido atento.
tiva, a noção de esquema corporal. Faixa etária: de 3 anos em diante.
Formação: participantes dispersos pelo recinto onde se Organização e material: tira de pano.
realizará a brincadeira. Categoria: mental.
Desenvolvimento: crianças sentadas à vontade. O pro- Objetivo: desenvolver o aspecto sensorial-auditivo.
fessor escolherá uma delas para ser o robô e outra para Formação: em círculo.
ser o comprador. Este deverá afastar-se do recinto para Desenvolvimento: crianças colocadas em círculo; no
que o professor e as crianças combinem qual será o botão centro, outra criança com os olhos vendados. O profes-
(parte do corpo do robô) que deverá ser tocado para que sor a fará girar algumas vezes em torno de si. Em se-
ele se movimente e qual outro botão deverá ser tocado guida, apontará para uma criança, que a chamará pelo
para que ele pare de se movimentar. Por exemplo: se for nome sem modificar a voz, para que a identifique. Re-
tocado o nariz, o robô se movimentará e, se for tocado conhecendo a voz, trocará de lugar com a criança. Caso
um dos joelhos, ele parará. Todas as crianças terão co- contrário fará outra tentativa (conforme combinação feita
entre o professor e a turma).
nhecimento desse segredo, menos o comprador que, ao
Final: quando todas as crianças tiverem participado ou a
ser chamado, encontrará o robô imóvel (desligado). Com
critério do professor.
a ponta dos dedos ele irá apertando devagar o corpo do
Observação: cada criança terá três chances para reco-
robô, a fim de descobrir qual o botão que o fará movimen-
nhecer a voz da outra.
tar-se. Acertando, imediatamente o robô se movimenta-
rá, dando voltas pela quadra, com movimentos criados Campos de experiências:
pela própria criança. Em seguida o comprador terá que
encontrar o outro botão, que fará com que o robô pare de
10
se movimentar. Caso o comprador não consiga encontrar
os botões (liga/desliga), o professor pedirá às crianças Nome: Mia, gato.
Faixa etária: de 3 anos em diante.
que o ajudem.
Organização e material: tira de pano.
Final: quando o robô estiver se movimentando e o botão
Categoria: mental (sensorial-auditiva).
de desligar for apertado.
Objetivo: desenvolver a atenção, a audição, a observação.
Variação: colocar mais compradores e mais robôs.
Formação: em círculo.
Campos de experiências: Desenvolvimento: crianças em pé, de mãos dadas e em
círculo, em cujo centro fica uma outra de olhos vendados.
– 79
Ao ser iniciada a brincadeira, as crianças rodarão para a do professor, ela partirá atrás das demais, tentando cap-
esquerda ou direita, cantando uma cantiga de roda qual- turá-las. As crianças capturadas serão conduzidas pelo
quer e, ao final, soltarão as mãos, sentando-se no chão. delegado até um lugar predeterminado (cadeia), onde
A criança do centro procurará tocar uma delas dizendo: deverão permanecer.
“Mia, gato”. A criança tocada deverá imitar o miado pro- Final: quando o último participante for capturado (ou algu-
longado de um gatinho, para que a do centro descubra ma outra forma combinada entre o professor e a turma).
de quem é a voz. Se acertar trocará de lugar com ela (de Campos de experiências:
acordo com o combinado entre o professor e a turma).
Final: quando todas as crianças tiverem participado ou a
critério do professor. 13
Observação: cada criança terá três chances para desco- Nome: Pega-pega em dupla.
brir de quem é a voz. Faixa etária: de 3 anos em diante.
Categoria: correr.
Campos de experiências: Objetivo: desenvolver a agilidade, a velocidade, a co-
ordenação dinâmica geral, a atenção, a orientação es-
paço-temporal.
11
Formação: participantes dispersos pela quadra.
Nome: Bom dia, senhor urso! Desenvolvimento: crianças espalhadas pela quadra;
Faixa etária: de 3 anos em diante. duas delas serão escolhidas para serem os pegadores.
Organização e material: linha de partida/chegada. Ao sinal do professor, as crianças fugirão e a dupla (de
Categoria: correr. mãos dadas) sairá atrás delas, tentando capturar alguém.
Objetivos: trabalhar a velocidade, a agilidade, a atenção. Quando uma delas tocar uma criança qualquer será por
Formação: em fileira. ela substituída.
Desenvolvimento: crianças em pé e em fileira sobre Final: a critério do professor.
uma das linhas de fundo da quadra de voleibol. No cen- Variação: se o pegador “A” capturar alguma criança, esta
tro da quadra, em decúbito ventral, estará uma criança deverá substituir o pegador “B” e vice-versa.
(urso), fingindo dormir. Ao sinal do professor, as outras
partirão em silêncio, todas juntas, tentando chegar ao Campos de experiências:
outro lado da quadra. Ao se aproximarem do local onde
o urso está dormindo, todas gritarão “Bom dia, senhor
urso!” e correrão fugindo para a linha de fundo da quadra. 14
O urso por sua vez, após os gritos, acordará e correrá
atrás das crianças, tentando capturar alguma. Se con- Nome: A corrente.
seguir, a criança capturada passará a ser o urso; caso Faixa etária: de 3 anos em diante.
contrário, deverá retornar ao centro da quadra para outra Categoria: correr.
tentativa. Objetivo: trabalhar a velocidade, a agilidade, a coorde-
Final: quando todas as crianças tiverem participado ou a nação dinâmica geral, a atenção, a orientação espaço-
critério do professor. temporal.
Observações: Formação: participantes dispersos pela quadra.
a) Além da linha de fundo da quadra, o urso não poderá Desenvolvimento: crianças espalhadas pela quadra;
capturar ninguém. uma delas será escolhida para ser o pegador. Ao sinal
b) Após gritar “Bom dia, senhor urso!”, ninguém poderá do professor, as crianças fugirão e o pegador sairá atrás,
retornar para a linha de partida. tentando capturá-las. As crianças que forem capturadas
Campos de experiências: darão a mão ao pegador, passando a ajudá-lo, formando
assim uma corrente.
Final: terminará quando todas as crianças forem captu-
12 radas ou a critério do professor.

Nome: Senhor delegado. Campos de experiências:


Faixa etária: de 3 anos em diante.
Organização e material: linha demarcatória (cadeia).
Categoria: correr. 15
Objetivo: trabalhar a velocidade, a agilidade, a coorde- Nome: Batida alegre.
nação dinâmica geral, a orientação espacial, a atenção. Faixa etária: de 3 anos em diante.
Formação: participantes dispersos pela quadra. Categoria: correr.
Desenvolvimento: crianças espalhadas pela quadra; Objetivo: trabalhar a atenção, a velocidade, a agilidade,
uma delas será escolhida para ser o delegado. Ao sinal a orientação espacial, a noção de esquema corporal.
80 –
Formação: participantes dispersos pela quadra. Desenvolvimento: crianças dispostas em duas turmas
Desenvolvimento: crianças espalhadas pela quadra; (A e B), uma ao lado da outra e de frente para a outra tur-
uma delas será escolhida para ser o pegador. Ao sinal, ma, a uma distância de 5 m aproximadamente. Ao sinal
ela partirá tentando pegar alguém. Quando alguma crian- do professor, uma criança caminha em direção à outra
ça for tocada, imediatamente deverá colocar sua mão no turma, onde as crianças estarão esperando com um dos
braços estendidos à frente. A criança deverá escolher
local onde foi tocada e continuar correndo.
uma delas, bater em sua mão e fugir de volta para o seu
Final: quando todas forem tocadas ou a critério do professor.
campo. A criança tocada deverá sair em perseguição,
Campos de experiências: tentando capturá-la, até a linha de chegada.
Final: quando todas as crianças tiverem participado ou a
critério do professor.
16 Observações:
a) Se a criança não for capturada, a movimentação se
Nome: Gritaria.
reiniciará com aquela criança que foi tocada.
Faixa etária: de 3 anos em diante.
b) A criança capturada poderá passar ou não para a outra
Organização e material: lenço, bola etc.
turma (dependendo do que foi combinado entre o profes-
Categoria: sensorial.
sor e as crianças) e será computado ponto para a turma
Objetivo: desenvolver a atenção, a audição.
da criança que capturou uma criança da outra turma.
Formação: em círculo.
Desenvolvimento: crianças sentadas em círculo. O pro- Campos de experiências:
fessor terá um lenço com um pequeno nó ou bola, que
será lançado(a) ao ar para iniciar a brincadeira. Enquanto
o lenço estiver no ar, todos devem gritar. Ao tocar o solo, 19
todos ficarão completamente sérios.
Nome: A tartaruga.
Final: a critério do professor.
Faixa etária: de 3 anos em diante.
Categoria: correr.
Campos de experiências:
Objetivo: desenvolver a atenção, a velocidade, a agilida-
de, a orientação espacial e o esquema corporal.
17 Formação: participantes dispersos pela quadra.
Nome: Cabra-cega. Desenvolvimento: o professor escolherá uma criança
Faixa etária: de 3 anos em diante. para ser o pegador. Dado o sinal, o pegador sairá na cap-
Organização e material: lenço. tura das outras crianças que, para evitar serem apanha-
Categoria: andar, correr, sensorial. das, deverão deitar de costas no chão, com as pernas e
Objetivo: trabalhar a agilidade, a atenção, a orientação os braços levantados, como uma tartaruga em posição
espacial. invertida.
Formação: participantes dispersos pela quadra. Final: a critério do professor.
Desenvolvimento: crianças espalhadas pela quadra; Observação: a criança capturada trocará de lugar com
uma delas será escolhida para ficar com os olhos ven- o pegador ou assumirá alguma posição ( em pé, com as
dados (cabra-cega). Ao sinal, ela tentará pegar as outras pernas afastadas, ou deitadas) para que os companhei-
crianças, que deverão se aproximar da cabra-cega, fa- ros possam salvá-la.
lando ou tocando-a, a fim de que ela possa orientar-se
Variantes: não vale pegar quem estiver:
em direção ao lugar onde se encontram as crianças que
–– sentado no chão;
deve pegar.
Final: a critério do professor. –– deitado no chão;
Observação: a criança que a cabra-cega capturar toma- –– com alguma parte do corpo encostada na parede;
rá o seu lugar. –– em pé em algum objeto da quadra
–– parado, equilibrando-se em uma perna só etc.
Campos de experiências:
Campos de experiências:

18
20
Nome: Barra-manteiga.
Faixa etária: de 3 anos em diante. Nome: Vivo ou morto.
Organização e material: linha demarcatória. Faixa etária: de 3 anos em diante.
Categoria: correr. Categoria: correr.
Objetivo: trabalhar a atenção, a velocidade, a agilidade, Objetivo: desenvolver a atenção, a velocidade, a agilida-
a orientação espacial. de, a orientação espacial.
Formação: em fileiras. Formação: participantes dispersos pela quadra.
– 81
Desenvolvimento: crianças correndo à vontade pela Observação: no momento da numeração, a criança que
quadra; o professor escolherá duas delas, uma para ser está à frente do grupo é a número 1.
o pegador e outra que será o salvador. Dado o sinal, o Variação: em vez de identificar as crianças com números
pegador vai ao encalço das outras crianças. Ao tocar elas podem ser chamadas pelos próprios nomes.
em uma criança ele dirá: “Morto!”, e essa criança ficará
imóvel no lugar. Ao ser tocada pelo salvador, que dirá: Campos de experiências:
“Vivo!”, essa criança voltará a correr livremente.
Final: a critério do professor.
Observação: o pegador não poderá pegar o salvador. 23
Campos de experiências: Nome: Água/terra.
Faixa etária: de 4 anos em diante.
Organização e material: linha demarcatória.
21 Categoria: saltar.
Objetivo: desenvolver a atenção, a agilidade, a noção de
Nome: Gato e rato.
lateralidade.
Faixa etária: de 4 anos em diante.
Formação: em fileira.
Categoria: sensorial.
Desenvolvimento: linha demarcatória no chão, de um
Objetivo: desenvolver a agilidade, a atenção, a orienta-
lado será a terra e do outro a água. Crianças posiciona-
ção espacial, o esquema corporal
das de um dos lados da linha. Ao comando do professor,
Formação: em círculo.
todas deverão saltar para o lado pedido. Por exemplo: se
Desenvolvimento: crianças formam um círculo com as
todas as crianças estiverem do lado da água e o profes-
mãos dadas, braços estendidos e pernas afastadas la-
sor disser “terra”, todas deverão saltar para a terra e vice-
teralmente. Duas delas serão escolhidas para serem o
-versa. Aquelas crianças que não seguirem as ordens,
gato e o rato. O gato ficará fora do círculo e o rato, den-
saltando antes, depois, para o lugar errado ou permane-
tro. Dado o sinal, o gato deverá procurar apanhar o rato,
cendo no lugar sairão do jogo, indo para a torcida.
tentando entrar no círculo. O rato, por sua vez, deverá
Final: vencerá o participante que sobrar.
fugir para fora ou para dentro do círculo, de acordo com a
(Ver considerações sobre jogos de inclusão no livro do
movimentação do gato. A única maneira de entrar e sair
professor do Ensino Fundamental do 6.o ao 9.o ano)
do círculo é por entre as pernas dos companheiros.
Final: quando todas as crianças tiverem participado ou a
critério do professor. Campos de experiências:
Observação: se o rato for capturado pelo gato, poderão
trocar de lugar ou dar a vez para outra dupla. 24
Variação: as crianças que formam o círculo poderão im-
Nome: Ar/água/terra.
pedir a entrada ou saída do gato fechando as pernas.
Faixa etária: de 5 anos em diante.
Campos de experiências: Organização e material: bola, peteca etc.
Categoria: intelectiva (mental).
Objetivo: trabalhar a atenção, a memorização, a imagina-
ção.
22
Formação: em círculo.
Nome: Pegador de bastão. Desenvolvimento: crianças em pé e em círculo. O professor
Faixa etária: de 4 anos em diante. escolherá uma delas para ficar no centro com uma bola. Ao
Organização e material: linha demarcatória e bastão. sinal do professor, a criança do centro passará a bola a um
Categoria: sensorial-auditiva. dos companheiros, dizendo simultaneamente “ar”, “água” ou
Objetivo: trabalhar a agilidade, a atenção, a velocidade. “terra” e contando até 10. A criança que recebeu a bola deve-
rá dizer o nome de um animal que viva no elemento citado.
Formação: em coluna.
Final: quando todas tiverem participado ou a critério do
Desenvolvimento: crianças numeradas, em coluna so-
professor.
bre uma linha. Alguns metros à frente, estará uma crian-
ça apoiando com o dedo um bastão perpendicularmente Campos de experiências:
ao chão. Esta criança gritará um número e, ao mesmo
tempo, levantará o dedo do bastão; a criança cujo núme- 25
ro foi chamado, correrá e tentará apanhar o bastão antes
Nome: Pega-pega americano.
que toque o chão. Se conseguir ou não, tomará o lugar
Faixa etária: de 4 anos em diante.
do companheiro ou voltará ao seu lugar (de acordo com Categoria: correr.
o combinado entre professor e crianças). Objetivo: trabalhar a atenção, a velocidade, a agilidade,
Final: quando todas as crianças tiverem participado ou a a orientação espacial, a noção de esquema corporal.
critério do professor. Formação: participantes dispersos pela quadra.
82 –
Desenvolvimento: crianças espalhadas pela quadra; a) Nenhuma criança poderá jogar a bola duas vezes
uma delas será escolhida para ser o pegador. Ao sinal seguidas.
do professor, as crianças fugirão e o pegador sairá atrás, b) A criança de posse da bola não poderá ser tocada
tentando capturar alguém. Quando o pegador tocar em enquanto não se livrar dela.
alguma criança, ela deverá parar de correr e permanecer c) Se a criança estiver no chão e tocar em outra que
em afastamento lateral das pernas. Assim que um com- estiver em pé, na volta não poderá ser tocada por ela
panheiro passar por entre as suas pernas, ela estará livre
(rebatida).
para correr novamente.
d) Se a criança jogar a bola propositadamente a alguém
Final: quando todas as crianças forem capturadas ou a
critério do professor. que estiver no chão, trocará de lugar com ela.
Observação: poderá ser combinado com a turma que a Variações: o jogo poderá ser realizado com duas bolas.
criança que estiver passando entre as pernas de outra –– Meninos só poderão queimar meninos e meninas só
não poderá ser capturada (pique). poderão queimar meninas, mas os queimados pode-
Variações: rão tocar qualquer um para se libertar.
a) Para salvar o companheiro a criança deverá passar –– “Alerta”: a movimentação é praticamente a mesma,
duas vezes entre as pernas dele ou deverão passar só que quando a criança pegar a bola deverá dizer
duas crianças, uma seguida de outra. “Alerta!” e a partir daí ninguém poderá se movimen-
b) Dois pegadores, um menino e uma menina. O menino tar, somente a criança de posse da bola, que tem
só poderá pegar meninas e vice-versa e, no salvamento, direito a dar três passos para arremessá-la.
meninos só poderão salvar meninas e vice-versa. Campos de experiências:
c) O posicionamento das crianças capturadas pode ser
mudado. Em vez de ficarem em pé, em afastamento
lateral das pernas, poderão ficar sentadas ou deitadas, 27
em posição de flexão de braços. Nome: Mãe da rua.
d) Três pegadores. Quem for capturado pelo pegador “A” Faixa etária: de 4 anos em diante.
ficará em pé, em afastamento lateral das pernas, e, para Organização e material: quadra de voleibol, linha
ser salvo, alguém deverá passar por entre as suas per- demarcatória.
nas. Quem for capturado pelo pegador “B” ficará sen- Categoria: correr.
tado e, para ser salvo, alguém deverá passar com as Objetivo: trabalhar a agilidade, a atenção, a observação,
pernas em afastamento lateral sobre ele. Quem for cap- a orientação espacial.
turado pelo pegador “C” deverá ficar deitado e, para ser Formação: participantes dispersos pela quadra.
salvo, alguém deverá saltá-lo. Desenvolvimento: crianças dispersas atrás de uma li-
nha demarcatória. O professor escolherá uma delas para
Campos de experiências: ser o pegador (mãe da rua), que ficará na parte central da
quadra. Ao sinal do professor ou a qualquer momento, as
crianças deverão atravessar para o outro lado da quadra,
26
evitando ser tocadas pelo pegador. A criança tocada pelo
Nome: Mata-mata. pegador assumirá o seu lugar.
Faixa etária: de 5 anos em diante. Variante: a partir da segunda criança tocada pelo pega-
Organização e material: bola de plástico ou de voleibol dor, todas passarão a ajudá-lo.
(não muito cheia). Final: quando todas forem capturadas ou a critério do
Categoria: correr, arremessar. professor.
Objetivo: desenvolver a agilidade, a atenção, a orienta-
Campos de experiências:
ção espacial.
Formação: participantes dispersos pela quadra.
Desenvolvimento: crianças espalhadas pela quadra. O 28
professor, de costas para o grupo, jogará uma bola para
Nome: Corrente pegadora.
trás. A criança que pegar a bola poderá dar até três pas-
Faixa etária: de 4 anos em diante.
sos e atirá-la em algum companheiro, tentando queimá-lo.
Categoria: correr.
Se acertar a bola no companheiro e ela cair no chão, ele Objetivo: desenvolver a agilidade, a noção de esquema
será considerado morto e deverá ficar no chão, podendo corporal, a orientação espacial, a atenção e observação.
se movimentar em quadrupedia, e, assim que conseguir Formação: em círculo, de mãos dadas (corrente).
tocar em alguém que estiver em pé, voltará a ser livre, tro- Desenvolvimento: crianças de mãos dadas e em círculo
cando de lugar com esse companheiro. Também voltará (corrente). O professor escolherá uma delas para ser o
a ser livre se conseguir pegar a bola que estiver no chão fugitivo. Ao sinal do professor, a corrente sairá tentando
próximo a ele ou interceptá-la durante a sua trajetória. capturar o fugitivo. Quem conseguir encostar alguma par-
Final: a critério do professor. te do corpo no fugitivo estará livre e trocará de lugar com
Observação: para dar oportunidade a todas, o professor ele. Se a corrente quebrar, não valerá pegar o fugitivo.
poderá combinar algumas regras com as crianças: Final: a critério do professor.
– 83
Variações: 31
–– Poderá haver mais de um fugitivo e, se o professor Nome: Aranha.
achar necessário, a corrente será dividida. Faixa etária: de 4 anos em diante.
–– Poderá haver duas correntes, uma só de meninos e Organização e material: giz, linha demarcatória.
outra só de meninas, com um casal de fugitivos, sen- Categoria: correr.
do que cada corrente só poderá pegar quem for do Objetivo: desenvolver a atenção, a observação, a veloci-
mesmo sexo ou vice-versa. dade, a agilidade, a orientação espaço-temporal.
Formação: participantes dispersos pela quadra.
Campos de experiências: Desenvolvimento: crianças espalhadas ao longo da li-
nha de fundo da quadra de voleibol. O professor esco-
lherá uma delas (aranha), que deverá ficar sobre a linha
29
central da quadra, podendo se movimentar somente so-
Nome: Até três. bre essa linha, de ponta a ponta. Ao sinal do professor,
Faixa etária: de 4 anos em diante. as crianças deverão correr para o outro lado da qua-
Categoria: correr. dra, evitando ser capturadas pela aranha no momento
Objetivo: trabalhar a agilidade, a atenção, a observação, em que estiverem passando sobre a linha. Aquelas que
a orientação espacial, a velocidade. conseguirem deverão permanecer na linha de chegada,
aguardando o próximo sinal, porém aquela que for cap-
Formação: participantes dispersos pela quadra.
turada virará teia.
Desenvolvimento: crianças espalhadas pela quadra;
O professor fará um círculo no chão, em qualquer lugar
uma delas será escolhida para ser o pegador. Ao sinal da quadra, onde essa criança deverá ficar em pé, dentro
do professor, as crianças fugirão e o pegador sairá atrás, do círculo, e assim será com todas as crianças que forem
tentando capturar alguém. As crianças que forem cap- capturadas pela aranha; as crianças capturadas pelas
turadas darão a mão ao pegador, passando a ajudá-lo, teias trocarão de lugar imediatamente.
porém, toda vez que a corrente chegar a ter quatro crian- Final: quando sobrar apenas uma criança ou a critério
ças, elas se dividirão, duas a duas, e assim por diante. do professor.
Final: terminará quando todas forem capturadas ou a cri- Variação: as teias podem ser trocadas por mais aranhas,
tério do professor. ou seja, as crianças capturadas virarão aranhas, ocupan-
Variação: colocar um casal de pegadores – o menino só po- do as linhas de 3 m da quadra de voleibol e todas as
derá pegar meninos e a menina só poderá pegar meninas. crianças capturadas trocarão de lugar com as aranhas.

Campos de experiências: Campos de experiências:

32
30 Nome: Come-come.
Nome: Sentou, está livre. Faixa etária: de 4 anos em diante.
Faixa etária: de 5 anos em diante. Organização e material: linhas da quadra.
Categoria: correr. Categoria: andar, correr.
Objetivo: desenvolver a atenção, a agilidade, a velocida- Objetivo: trabalhar a agilidade, a velocidade, a atenção,
de, a observação, a orientação espaço-temporal. a observação, a orientação espacial.
Formação: participantes sentados e dispersos. Formação: participantes dispersos pela quadra.
Desenvolvimento: crianças sentadas com as pernas Desenvolvimento: crianças dispersas pela quadra, sobre
as linhas. O professor escolherá uma criança para ser o
estendidas e unidas, dispersas pela quadra. O professor
pegador (come-come). Ao sinal do professor, o come-co-
escolherá duas crianças – uma será o pegador e a outra,
me sai andando ou correndo atrás das crianças para cap-
o fugitivo. Ao sinal do professor, o pegador sairá corren- turá-las. Todas deverão se movimentar sobre a linha, não
do atrás do fugitivo e ao correrem deverão desviar dos sendo permitido pular de uma linha para outra; para mudar
companheiros que estão sentados no chão. O fugitivo, de linha a criança deverá chegar até a interseção de uma
para se livrar do pegador, deverá saltar sobre as pernas linha com outra. As crianças capturadas pelo come-come
de algum companheiro, sentar-se imediatamente ao seu deverão permanecer paradas, com as pernas em afasta-
lado e cruzar as pernas. A partir desse momento, a movi- mento lateral, no local onde foram capturadas. As outras
mentação será invertida, ou seja, aquela criança que era crianças, no momento da fuga, poderão passar por bai-
o pegador passa agora a ser o fugitivo e aquela criança xo das pernas desses companheiros, que continuarão no
que foi saltada passa a ser o pegador. mesmo lugar, porém, se o come-come também passar por
Final: quando todas forem saltadas e estiverem com as baixo de suas pernas, essas crianças estarão livres.
pernas cruzadas ou a critério do professor. Final: quando todas forem capturadas ou a critério do
professor.
Campos de experiências: Campos de experiências:

84 –
EDUCAÇÃO FÍSICA
FICHA DE EXAME BIOMÉTRICO

Nome:________________________________________________________________________________

Data de nascimento: ____/____/_____

1.o Período Didático 4.o Período Didático


DATA
(_____/_____/_____) (_____/_____/_____)
Altura cm cm
Peso kg kg
DC tricipital
DC subescapular
% gordura % %

1.o Período Didático 4.o Período Didático


DATA
(_____/_____/_____) (_____/_____/_____)
Altura cm cm
Peso kg kg
DC tricipital
DC subescapular
% gordura % %

1.o Período Didático 4.o Período Didático


DATA
(_____/_____/_____) (_____/_____/_____)
Altura cm cm
Peso kg kg
DC tricipital
DC subescapular
% gordura % %

1.o Período Didático 4.o Período Didático


DATA
(_____/_____/_____) (_____/_____/_____)
Altura cm cm
Peso kg kg
DC tricipital
DC subescapular
% gordura % %

Observação: ver na página seguinte a fórmula para o cálculo do percentual de gordura de crianças.

– 85
PERCENTUALDE
PERCENTUAL DEGORDURA
GORDURA

FÓRMULA PARA CRIANÇAS


O percentual de gordura (% gordura) foi determinado através da fórmula desenvolvida por Boileau et alii (1985),
e definiu-se como valor normal o percentual de 10 a 20 para o sexo masculino, e de 15 a 25 para o sexo feminino
(LOH-MAN, 1987).
MASCULINO

% gordura de 7 a 11 anos = 1.35 x (2D) – 0,012 x (2D)2 – 3.4


% gordura de 12 a 14 anos = 1.35 x (2D) – 0,012 x (2D)2 – 4.4
% gordura de 15 a 18 anos = 1.35 x (2D) – 0,012 x (2D) 2
– 5.4

FEMININO

% gordura de 7 a 10 anos = 1.35 x (2D) – 0,012 x (2D)2 – 1.4


% gordura de 11 a 13 anos = 1.35 x (2D) – 0,012 x (2D)2
– 2.4
% gordura de 14 a 15 anos = 1.35 x (2D) – 0,012 x (2D)2
– 3.4
% gordura de 16 a 18 anos = 1.35 x (2D) – 0,012 x (2D)2
– 4.4
2D = soma dos valores das dobras cutâneas do tríceps + subescapular

CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O PERCENTUAL


DE GORDURA PARA CRIANÇAS

HOMENS MULHERES
Excessivamente baixa até 6% até 12%
Baixa de 6,01% a 10% de 12,01% a 15%
Adequada de 10,01% a 20% de 15,01% a 25%
Moderadamente alta de 20,01% a 25% de 25,01% a 30%
Alta de 25,01% a 31% de 30,01% a 36%
Excessivamente alta > 31,01% > 36,01%

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