Você está na página 1de 3

EMILY CRISTINE SANTOS BISPO – 111554004 - 9B

Michael Jackson

1 º Passo – Compreensão do Problema


Crime: Furto Simples (artigo 155, caput do Código Penal). Pena de reclusão de
01 a 04 anos e multa.
Ação Penal: Pública Incondicionada (artigo 100, caput do Código Penal).
Rito Processual: Ordinário (artigo 394, §1º, I do Código de Processo Penal).
Momento Processual: Momento 3, fase pós processual.
Cliente: Michael Jackson.
Situação Processual: Réu em liberdade.

2º Passo – Peça Processual


Peça: Memoriais (artigo 403, §3º do Código de Processo Penal).

3º Passo – Endereçamento:
Competência: Juiz de 1º grau, 1ª Vara Criminal da Comarca de Presidente
Prudente/SP.

4º Passo – Teses de Defesa


Tese preliminar: nulidade processual pela falta de forma. Razão: O Ministério
Público não ofereceu a proposta de suspensão condicional do processo dizendo
que havia outra ação penal em nome do denunciado, em andamento, por ter
praticado o crime de apropriação indébita, quanto ao texto do artigo ele deixa
explicito os requisitos e eles foram preenchidos, sendo a pena mínima de 1 ano,
e não ter sido condenado por outro crime. Deve ser declarada a nulidade do
processo por não ter oferecido a suspensão condicional do processo e pela falta
de forma do ato, violando também o princípio do contraditório e da ampla defesa.
Fundamentação: artigo 5º, inciso LV da Constituição Federal, artigo 564, inciso
IV do Código de Processo Penal e artigo 89 da Lei nº 9.099/95.

Tese de mérito: absolvição e atipicidade da conduta


Razão: com as investigações policiais concluídas, o Ministério Público ofereceu
denúncia contra Michael pelo crime de furto simples, mas o denunciado nunca
teve o dolo de ter o bem para si, com uma intenção de domínio, bem como ele
confessou que pegou o bem para dar uma volta com a namorada e iria devolver
logo em seguida. Para configurar o crime de furto se faz necessário que o dolo
do agente é ter para si ou para outrem o bem subtraído, o que não ocorre no
caso em tela. Portanto, não configura o crime de furto, sendo um fato atípico,
devendo o réu ser absolvido.
Fundamento: artigo 386, inciso III do Código de Processo Penal.

Tese subsidiária: não consideração da reincidência


Razão: reincidente é aquele que comete novo crime após o trânsito em julgado
da sentença condenatória pela prática de crime anterior, o que não se configura
no caso em tela, porque o réu tem contra si uma ação penal em andamento pela
prática do crime de apropriação indébita, como não está em trânsito julgado, não
podemos ter a reincidência configurada aqui. E não se pode utilizar de ações
penais em curso para agravar a pena-base. Por todo o exposto, o réu deve ser
considerado primário para todos os efeitos.
Fundamentação: artigo 63 do Código Penal e Súmula 444 do STJ.

Tese subsidiária: substituição da pena privativa de liberdade por Restritiva


de Direitos
Razão: os requisitos para a concessão da benesse estão presentes. Como o
crime não tem pena superior a 4 anos, não foi cometido com emprego de
violência ou grave ameaça, o réu não é considerado reincidente. E então, deve
ser concedida a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de
direitos.
Fundamento: artigo 44 do Código Penal.

Tese subsidiária: reconhecimento da atenuante da confissão


Razão: o réu confessou que pegou o bem, e por isso deve ser reconhecida a
atenuante da confissão.
Fundamento: artigo 65, inciso III, alínea ‘’d’’ do Código Penal.
Tese subsidiária: reconhecimento da atenuante da idade
Razão: o réu na data do crime era menor de 21 anos de idade, por isso deve ser
reconhecida a atenuante da idade.
Fundamento: artigo 65, inciso I do Código Penal.

Tese subsidiária: pena base no mínimo legal


Razão: a pena base deve ser fixada de acordo com o mínimo legal, já que todas
as circunstâncias judiciais são favoráveis.
Fundamento: artigo 59 do Código Penal.

Tese subsidiária: regime inicial de cumprimento de pena no regime aberto


Razão: o réu foi denunciado pelo crime de furto simples, o qual prevê pena de 1
a 4 anos. Sendo assim, na hipótese de eventual condenação, a pena não será
superior a 4 anos. Sendo assim, deve ser fixado o regime mais brando possível,
que no caso é o regime aberto.
Fundamento: artigo 33, §2º, alínea ‘’c’’ do Código Penal.

Você também pode gostar