Você está na página 1de 6

Direito Penal

1. Vitor foi condenado pela prática de um crime de lesão corporal leve no


contexto da violência doméstica e familiar contra a mulher, sendo aplicada pena
privativa de liberdade de três meses de detenção, a ser cumprida em regime
aberto, já que era primário e de bons antecedentes.
Considerando a natureza do delito, o juiz deixou de substituir a pena privativa de
liberdade por restritiva de direitos e não aplicou qualquer outro dispositivo legal
que impedisse o recolhimento do autor ao cárcere.
No momento da apelação, a defesa técnica de Vitor, de acordo com a legislação
brasileira,
(A) não poderá requerer a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos, mas poderá pleitear a suspensão condicional da pena, que, inclusive, admite
que seja fixada prestação de serviços à comunidade e limitação de final de semana por
espaço de tempo. Justificativa: a prática de crime ou contravenção penal contra a
mulher com violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a
substituição de pena privativa de liberdade por restritiva de direitos (súmula 588,
STJ), todavia, conforme jurisprudência do STJ, é possível a concessão de
suspensão condicional da pena aos crimes e às contravenções penais praticados em
contexto de violência doméstica, desde que preenchidos os requisitos previstos no
art. 77 do Código Penal, nos termos reconhecidos na sentença condenatória
restabelecida (AgRg no REsp 1691667/RJ, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI
CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 02/08/2018, DJe 09/08/2018)
(B) não poderá requerer a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos, mas poderá pleitear a suspensão condicional da pena, que não admite que seja
fixada como condição o cumprimento de prestação de serviços à comunidade.
(C) não poderá requerer a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos e nem a suspensão condicional da pena, mas poderá pleitear que o regime
aberto seja cumprido em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
(D) poderá requerer a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos, que, contudo, não poderá ser apenas de prestação pecuniária por expressa
vedação legal.

8. João, em 17/06/2015, foi condenado pela prática de crime militar próprio.


Após cumprir a pena respectiva, João, em 30/02/2018, veio a praticar um crime de
roubo com violência real, sendo denunciado pelo órgão ministerial. No curso da
instrução criminal, João reparou o dano causado à vítima, bem como, quando
interrogado, admitiu a prática do delito. No momento da sentença condenatória, o
magistrado reconheceu a agravante da reincidência, não reconhecendo atenuantes
da pena e nem causas de aumento e de diminuição da reprimenda penal.
Considerando as informações expostas, em sede de apelação, o advogado de João
poderá requerer
(A) o reconhecimento da atenuante da confissão e da causa de diminuição de pena do
arrependimento posterior, mas não o afastamento da agravante da reincidência.
(B) o reconhecimento das atenuantes da reparação do dano e da confissão, mas não o
afastamento da agravante da reincidência.
(C) o reconhecimento das atenuantes da confissão e da reparação do dano e o
afastamento da agravante da reincidência. Justificativa: não gera reincidência (art.
64, CP): I – a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da
pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco)
anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se
não ocorrer revogação; e II – os crimes militares próprios e políticos; são
atenuantes (art. 65, CP): I – o agente ser menor de 21 (vinte e um), na data do fato,
ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; II – o desconhecimento da lei;
III – ter o agente: a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou
moral; b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o
crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento,
reparado o dano; c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em
cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta
emoção, provocada por ato injusto da vítima; d) confessado espontaneamente,
perante a autoridade, a autoria do crime; e) cometido o crime sob a influência de
multidão em tumulto, se não o provocou; e IV – circunstância relevante, anterior
ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei (art. 66, CP); são
agravantes, quando não constituem ou qualificam o crime (art. 61, CP): I - a
reincidência; II - ter o agente cometido o crime: a) por motivo fútil ou torpe; b)
para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de
outro crime; c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro
recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido; d) com emprego
de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que
podia resultar perigo comum; e) contra ascendente, descendente, irmão ou
cônjuge; f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de
coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei
específica; g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício,
ministério ou profissão; h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou
mulher grávida; i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da
autoridade; j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer
calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido; k) em estado de
embriaguez preordenada; e l) ao agente que (caso de concurso de pessoas, art. 62,
CP): I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos
demais agentes; II - coage ou induz outrem à execução material do crime; III -
instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-
punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; e IV - executa o crime, ou
nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa;
(D) o reconhecimento da atenuante da confissão e da causa de diminuição de pena do
arrependimento posterior, bem como o afastamento da agravante da reincidência.

9. Francisco foi vítima de uma contravenção penal de vias de fato, pois,


enquanto estava de costas para o autor, recebeu um tapa em sua cabeça.
Acreditando que a infração teria sido praticada por Roberto, seu desafeto que
estava no local, compareceu em sede policial e narrou o ocorrido, apontando, de
maneira precipitada, o rival como autor.
Diante disso, foi instaurado procedimento investigatório em desfavor de Roberto,
sendo, posteriormente, verificado em câmeras de segurança que, na verdade, um
desconhecido teria praticado o ato. Ao tomar conhecimento dos fatos, antes mesmo
de ouvir Roberto ou Francisco, o Ministério Público ofereceu denúncia em face
deste, por denunciação caluniosa.
Considerando apenas as informações expostas, você, como advogado(a) de
Francisco, deverá, sob o ponto de vista técnico, pleitear
(A) a absolvição, pois Francisco deu causa à instauração de investigação policial
imputando a Roberto a prática de contravenção, e não crime.
(B) extinção da punibilidade diante da ausência de representação, já que o crime é de
ação penal pública condicionada à representação.
(C) reconhecimento de causa de diminuição de pena em razão da tentativa, pois não foi
proposta ação penal em face de Roberto.
(D) a absolvição, pois o tipo penal exige dolo direto por parte do agente. Justificativa:
o crime de denunciação caluniosa, previsto no art. 339 do Código Penal, exige que
o agente tenha conhecimento da inocência e, mesmo assim, movimente,
dolosamente a máquina judiciária com a intenção de prejudicar a vítima (STJ., 5ª
T. HC 510410/MS. Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca. J. 15/08/2019), sendo tal
crime de ação penal pública incondicionada

Processo Penal

1. Rita foi denunciada pela suposta prática de crime de furto qualificado, pois
teria, mediante fraude, subtraído uma bicicleta de sua amiga Regina. Ao ser
citada, de imediato Rita procurou seu advogado, informando que, na verdade, a
bicicleta seria de sua propriedade e que, inclusive, já era autora de ação cível na
qual buscava o reconhecimento da propriedade do objeto, mas que a questão não
seria de simples solução.
Com base apenas nas informações expostas, o advogado de Rita poderá buscar
(A) a suspensão da ação penal diante da existência de questão prejudicial obrigatória,
ficando, nessa hipótese, suspenso também o curso do prazo prescricional.
(B) a suspensão da ação penal diante da existência de questão prejudicial facultativa, e,
caso o juiz indefira o pedido, caberá recurso em sentido estrito.
(C) a suspensão da ação penal diante da existência de questão prejudicial facultativa,
podendo o magistrado também decretar a suspensão de ofício. Justificativa: o juiz de
oficio ou a requerimento das partes decretará a suspensão do curso do processo
penal (art. 94, CPP) se o reconhecimento da existência da infração penal depender
de decisão sobre questão diversa da esfera penal, da competência do juízo cível, e
se neste houver sido proposta ação para resolvê-la, desta forma, o juiz criminal
poderá, desde que essa questão seja de difícil solução e não verse sobre direito cuja
prova a lei civil limite, suspender o curso do processo, após a inquirição das
testemunhas e realização das outras provas de natureza urgente (art. 93, CPP)
(D) a intervenção do Ministério Público na ação de natureza cível, mas não a suspensão
da ação penal, diante da independência entre as instâncias.

2. Vitor foi denunciado pela suposta prática dos crimes de furto e ameaça, já
que teria ingressado em estabelecimento comercial e, enquanto subtraía produtos,
teria, para garantir o sucesso da empreitada delitiva, ameaçado o funcionário que
realizava sua abordagem. Considerando que o funcionário não compareceu em
juízo para esclarecimento dos fatos, Vitor veio a ser absolvido por insuficiência de
provas, transitando em julgado a sentença.
Outro promotor de justiça, ao tomar conhecimento dos fatos e localizar o
funcionário para ser ouvido em juízo, veio a denunciar Vitor pelo mesmo evento,
mas, dessa vez, pelo crime de roubo impróprio.
Após citação, caberá ao(à) advogado(a) de Vitor, sob o ponto de vista técnico,
(A) buscar a desclassificação para o crime de furto simples em concurso com o de
ameaça no momento das alegações finais, mas não a extinção do processo, considerando
que a absolvição anterior foi fundamentada em insuficiência probatória.
(B) requerer, em resposta à acusação, a absolvição sumária de Vitor, pois está provado
que o fato não ocorreu.
(C) apresentar exceção de litispendência, requerendo a extinção do processo.
(D) apresentar exceção de coisa julgada, buscando extinção do processo. Justificativa:
poderão ser opostas as exceções de: I – suspeição (duvida fundada a respeito da
imparcialidade do juiz, MP, perito, testemunha, etc.); II - incompetência de juízo
(juiz/foro incompetente); III – litispendência (ação idêntica a outra pendente de
julgamento, ou seja, um duplo processo, possuindo as mesmas partes, a mesma
causa de pedir e o mesmo pedido); IV - ilegitimidade de parte (parte não legitima
para atuar no processo); V - coisa julgada (matéria já julgada). (art. 95, CPP)

3. Caio praticou um crime de furto (Art. 155 – pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e


multa) no interior da sede da Caixa Econômica Federal, empresa pública, em
Vitória (ES), ocasião em que subtraiu dinheiro e diversos bens públicos. Ao sair do
estabelecimento, para assegurar a fuga, subtraiu, mediante grave ameaça, o carro
da vítima, Cláudia (Art. 157 – pena: reclusão, de 4 a 10 anos, e multa). Houve
perseguição policial, somente vindo Caio a ser preso na cidade de Cariacica, onde
foi encontrado em seu poder um celular produto de crime anterior (Art. 180 –
pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa).
Considerando a conexão existente entre os crimes de furto simples, roubo simples e
receptação, bem como a jurisprudência dos Tribunais Superiores, assinale a opção
que indica a Vara Criminal competente para o julgamento de Caio.
(A) A Justiça Estadual, em relação aos três crimes, sendo competente, territorialmente, a
comarca de Vitória.
(B) A Justiça Estadual, em relação aos três crimes, sendo competente, territorialmente, a
comarca de Cariacica.
(C) A Justiça Federal, em relação ao crime de furto, e a Vara Criminal de Vitória, da
Justiça Estadual, no que tange aos crimes de roubo e receptação.
(D) A Justiça Federal, em relação a todos os delitos. Justificativa: compete à Justiça
Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência
federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, a, do Código de Processo
Penal (Súmula 122, STJ); determinará a competência do tribunal penal: I - o lugar
da infração (determinada, em regra, pelo lugar em que se consumar a infração, ou,
no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução –
art. 70, CPP): II - o domicílio ou residência do réu (não sendo conhecido o lugar da
infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu – art. 72,
CPP); III - a natureza da infração (compete ao tribunal do júri os crimes dolosos
contra a vida, consumados ou tentado – art. 74, CPP); IV - a distribuição ( a
precedência da distribuição fixará a competência quando, na mesma circunscrição
judiciária, houver mais de um juiz igualmente competente – art. 75, CPP); V - a
conexão ou continência (seguira a seguinte ordem – art. 78, CPP: a) no concurso
entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a
competência do júri; b) no concurso de jurisdições da mesma categoria: i)
preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave; e ii)
prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as
respectivas penas forem de igual gravidade; c) - no concurso de jurisdições de
diversas categorias, predominará a de maior graduação; e d) no concurso entre a
jurisdição comum e a especial, prevalecerá está); VI - a prevenção (será atribuído
o critério da prevenção quando houver concorrendo dois ou mais juízes igualmente
competentes ou com jurisdição cumulativa, devendo continuar aquele que praticar
o primeiro ato processual ou medida a este relativa – art. 83, CPP); VII - a
prerrogativa de função (será de competência do STF, privativamente, processar e
julgar: I - os seus ministros, nos crimes comuns; II - os ministros de Estado, salvo
nos crimes conexos com os do Presidente da República; III - o procurador-geral da
República, os desembargadores dos Tribunais de Apelação, os ministros do
Tribunal de Contas e os embaixadores e ministros diplomáticos, nos crimes
comuns e de responsabilidade; será, originalmente, de competência dos Tribunais
de apelação, o julgamento dos governadores ou interventores nos Estados ou
Territórios, e prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários e chefes de
Polícia, juízes de instância inferior e órgãos do Ministério Público; e, ainda, a
competência pela prerrogativa de função é do Supremo Tribunal Federal, do
Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de
Justiça dos Estados e do Distrito Federal, relativamente às pessoas que devam
responder perante eles por crimes comuns e de responsabilidade)

Legislação de Trânsito

1. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) define, em seu Anexo I, alguns


termos técnicos relacionados ao trânsito, dentre eles, o conceito de Operação de
Trânsito. Em relação a este conceito assinale a alternativa correta.
(A) A operação de Trânsito corresponde ao monitoramento técnico baseado nos
conceitos de Engenharia de Tráfego, das condições de fluidez, de estacionamento e
parada na via, com o intuito de diminuir as interferências tais como veículos quebrados,
acidentados, estacionados irregularmente atrapalhando o trânsito, prestando socorros
imediatos e informações aos pedestres e condutores Justificativa: operação de
Trânsito: corresponde ao monitoramento técnico baseado nos conceitos de
Engenharia de Tráfego, das condições de fluidez, de estacionamento e parada na
via, com o intuito de diminuir as interferências tais como veículos quebrados,
acidentados, estacionados irregularmente atrapalhando o trânsito, prestando
socorros imediatos e informações aos pedestres e condutores; fiscalização:
corresponde ao ato de verificar o cumprimento das normas estabelecidas na
legislação de trânsito, através do poder de polícia administrativa de trânsito, no
âmbito de circunscrição dos órgãos e entidades executivos de trânsito e segundo as
competências definidas no CTB; operação de carga e descarga: corresponde a
imobilização do veículo, apenas pelo mínimo tempo necessário ao carregamento ou
descarregamento de animais ou cargas, na forma determinada pelo órgão ou
entidade executiva de trânsito competente com circunscrição sobre a via;
regulamentação da via: corresponde a implantação de sinalização de
regulamentação pelo órgão ou entidade competente com circunscrição sobre a via,
deliberando, entre outros elementos, sentido de direção, tipo de estacionamento,
dias e horários
(B) A operação de Trânsito corresponde a implantação de sinalização de
regulamentação pelo órgão ou entidade competente com circunscrição sobre a via,
deliberando, entre outros elementos, sentido de direção, tipo de estacionamento, dias e
horários
(C) A operação de Trânsito corresponde ao ato de verificar o cumprimento das normas
estabelecidas na legislação de trânsito, através do poder de polícia administrativa de
trânsito, no âmbito de circunscrição dos órgãos e entidades executivos de trânsito e
segundo as competências definidas no CTB
(D) A operação de Trânsito corresponde a imobilização do veículo, apenas pelo mínimo
tempo necessário ao carregamento ou descarregamento de animais ou cargas, na forma
determinada pelo órgão ou entidade executiva de trânsito competente com circunscrição
sobre a via.

Legislação Federal

1. Farmácias Mundo Novo Ltda. É locatária de um imóvel não residencial onde


funciona uma de suas filiais. No curso da vigência do contrato, que se encontra sob
a égide do direito à renovação, faleceu um dos sócios, Sr. Deodato. Diante deste
acontecimento, os sócios remanescentes deliberaram dissolver a sociedade. A sócia
Angélica, prima de Deodato, gostaria de continuar a locação, aproveitando a
localização excelente do ponto e a manutenção do aviamento objetivo da empresa.
Angélica consulta um advogado especializado para saber se teria direito à
renovação, mesmo não sendo a locatária do imóvel. Assinale a afirmativa que
apresenta a resposta dada.
(A) Angélica tem direito à renovação da locação como sub-rogatária da sociedade
dissolvida, mas deve informar ao locador sua condição no prazo de 30 (trinta) dias do
arquivamento da ata de encerramento da liquidação, sob pena de decadência.
(B) Angélica não tem direito à renovação da locação, pois somente a sociedade
dissolvida poderia exercer tal direito, por ter sido a parte contratante, incidindo o
princípio da relatividade dos contratos.
(C) Angélica tem direito à renovação da locação como su-rogatária da sociedade
dissolvida, mas deve continuar a explorar o mesmo ramo de atividade que a sociedade
dissolvida. Justificativa: nas locações de imóveis destinados ao comércio, o
locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que,
cumulativamente: I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com
prazo determinado; II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos
prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; III - o locatário
esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto
de três anos. Podendo tal direito ser exército por cessionários ou sucessores da
locação e, se dissolvida a sociedade comercial por morte de um dos sócios, o sócio
sobrevivente fica sub-rogado no direito a renovação, desde que continue no mesmo
ramo (art. 51, Lei da locação)
(D) Angélica não tem direito à renovação da locação, pois tal direito somente é
conferido ao(s) sócio(s) remanescente(s) quando a sociedade sofre resolução por morte
de sócio, e não dissolução

Você também pode gostar