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Processo Penal
1. Rita foi denunciada pela suposta prática de crime de furto qualificado, pois
teria, mediante fraude, subtraído uma bicicleta de sua amiga Regina. Ao ser
citada, de imediato Rita procurou seu advogado, informando que, na verdade, a
bicicleta seria de sua propriedade e que, inclusive, já era autora de ação cível na
qual buscava o reconhecimento da propriedade do objeto, mas que a questão não
seria de simples solução.
Com base apenas nas informações expostas, o advogado de Rita poderá buscar
(A) a suspensão da ação penal diante da existência de questão prejudicial obrigatória,
ficando, nessa hipótese, suspenso também o curso do prazo prescricional.
(B) a suspensão da ação penal diante da existência de questão prejudicial facultativa, e,
caso o juiz indefira o pedido, caberá recurso em sentido estrito.
(C) a suspensão da ação penal diante da existência de questão prejudicial facultativa,
podendo o magistrado também decretar a suspensão de ofício. Justificativa: o juiz de
oficio ou a requerimento das partes decretará a suspensão do curso do processo
penal (art. 94, CPP) se o reconhecimento da existência da infração penal depender
de decisão sobre questão diversa da esfera penal, da competência do juízo cível, e
se neste houver sido proposta ação para resolvê-la, desta forma, o juiz criminal
poderá, desde que essa questão seja de difícil solução e não verse sobre direito cuja
prova a lei civil limite, suspender o curso do processo, após a inquirição das
testemunhas e realização das outras provas de natureza urgente (art. 93, CPP)
(D) a intervenção do Ministério Público na ação de natureza cível, mas não a suspensão
da ação penal, diante da independência entre as instâncias.
2. Vitor foi denunciado pela suposta prática dos crimes de furto e ameaça, já
que teria ingressado em estabelecimento comercial e, enquanto subtraía produtos,
teria, para garantir o sucesso da empreitada delitiva, ameaçado o funcionário que
realizava sua abordagem. Considerando que o funcionário não compareceu em
juízo para esclarecimento dos fatos, Vitor veio a ser absolvido por insuficiência de
provas, transitando em julgado a sentença.
Outro promotor de justiça, ao tomar conhecimento dos fatos e localizar o
funcionário para ser ouvido em juízo, veio a denunciar Vitor pelo mesmo evento,
mas, dessa vez, pelo crime de roubo impróprio.
Após citação, caberá ao(à) advogado(a) de Vitor, sob o ponto de vista técnico,
(A) buscar a desclassificação para o crime de furto simples em concurso com o de
ameaça no momento das alegações finais, mas não a extinção do processo, considerando
que a absolvição anterior foi fundamentada em insuficiência probatória.
(B) requerer, em resposta à acusação, a absolvição sumária de Vitor, pois está provado
que o fato não ocorreu.
(C) apresentar exceção de litispendência, requerendo a extinção do processo.
(D) apresentar exceção de coisa julgada, buscando extinção do processo. Justificativa:
poderão ser opostas as exceções de: I – suspeição (duvida fundada a respeito da
imparcialidade do juiz, MP, perito, testemunha, etc.); II - incompetência de juízo
(juiz/foro incompetente); III – litispendência (ação idêntica a outra pendente de
julgamento, ou seja, um duplo processo, possuindo as mesmas partes, a mesma
causa de pedir e o mesmo pedido); IV - ilegitimidade de parte (parte não legitima
para atuar no processo); V - coisa julgada (matéria já julgada). (art. 95, CPP)
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