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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Estatística e sua aplicação

Nome de Estudante: Abel Armando Chifeche

Código: 708212530

Curso: Língua Portuguesa

Disciplina: Estatística

Ano de frequência: 1º Ano

Turma: K

Docente: Lucas Mário Paulo

Maputo, Maio, 2022


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máxima de
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Estrutura Aspectos  Introdução 0.5
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
Introdução  Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema
 Descrição dos 1.0
objectivos
 Metodologia adequada
ao objecto do trabalho
2.0
Análise e  Articulação e domínio
discussão do discurso académico
(expressão escrita
cuidada,
Conteúdo coerência/coesão 2.0
textual

 Exploração dos dados 2.0


Conclusão  Contributos teóricos 2.0
prático
 Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.0
relevantes na área de
estudo
Aspectos gerais Formatação  Paginação, tipo e 1.0
tamanho de letra,
parágrafo,
espaçamento
entrelinha
Normas APA 6ª  Rigor e coerência das
Referências edição em citações/ referências
bibliográficas citações e bibliográficas 4.0
bibliografia

1
Ìndice
Capítulo I:...................................................................................................................................4

1. Introdução..............................................................................................................................4

1.1. Objetivos.............................................................................................................................4

1.1.2. Geral.............................................................................................................................4

1.1.3. Específicos....................................................................................................................4

1.1.4. Metodologia.....................................................................................................................4

Capitulo II: Revisão de Literatura..............................................................................................5

2. Conceito de estatística............................................................................................................5

2.1 Importância de estudar a estatística......................................................................................5

2.2. Estatística descritiva (ou dedutiva).....................................................................................6

2.3. estatística indutiva (inferência estatística)..........................................................................6

3. Etapas de métodos de estatística............................................................................................6

3.1 Identificação do problema ou situação.................................................................................7

3.2 Recolha de dados..............................................................................................................7

3.3 Crítica dos dados..............................................................................................................9

3.4 Apresentação dos dados...................................................................................................9

3.5 Analise e interpretação dos resultados.............................................................................9

4. População ou universo, Amostra, Censo e Sondagem.........................................................10

4.1 População ou universo....................................................................................................10

4.2. Amostra.........................................................................................................................10

4.3. Censo.............................................................................................................................11

4.4. Sondagem......................................................................................................................11

4.5. Caracteres estatísticos....................................................................................................12

5. Organização de dados e frequência......................................................................................12

5.1. Dados brutos e rol de uma amostra...............................................................................12

5.2. Frequência absoluta e frequência relativa.....................................................................13

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5.3. Dados Brutos.................................................................................................................14

5.4. Rol.................................................................................................................................14

5.5. Amplitude Total.............................................................................................................14

6. Frequência acumuladas e gráficos.......................................................................................15

6.1. A Frequências absolutas acumuladas descendentes fa(↓)............................................15

6.2. Frequência absoluta acumulada ascendente fa(↓).........................................................15

6.3. Formas de representação gráfica...................................................................................16

6.4. Sectogramas ou diagramas circulares............................................................................17

6.5. Pictogramas...................................................................................................................17

6.6. Polígono de frequências:...............................................................................................18

6.7. Histogramas e polígonos de frequências.......................................................................18

7. Medidas de tendência central...........................................................................................18

7.1. Dados não agrupados.....................................................................................................18

7.2. Media Arimética............................................................................................................19

7.3. Média Ponderada...........................................................................................................19

7.4. Mediana (Me)................................................................................................................20

7.5. Moda (Mo).....................................................................................................................20

8. Conclusão.............................................................................................................................21

9. Referências Bibliográficas...................................................................................................22

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Capítulo I:

1. Introdução

O nome, estatística, é derivado da palavra latina "status". Originalmente essa palavra


significava "informações úteis ao Estado" (para fins de taxação, conhecimentos dos recursos
do país, da composição da população entre outros).

A estatística tem a função de auxiliar do método científico, especialmente na planificação


experimental, na colecta de dados, na interpretação analítica dos experimentos (análise dos
dados experimentais) e na estimação dos parâmetros da população. Em alguma fase de um
trabalho nos deparamos com o problema de analisar e entender um conjunto de dados
relevante ao nosso particular objectivo de estudo.

É necessário trabalhar os dados para transformá-los em informações, para compará-los com


outros resultados, ou ainda para julgar a adequação de alguma teoria ou hipótese. De modo
bem geral, podemos dizer que a essência da Ciência é a observação e que o seu objectivo
básico é a inferência. Além disso, o uso de técnicas computacionais pode parecer um
problema para o pesquisador ou estudante cujo treino e interesse não envolva a matemática,
entretanto, a estatística é uma realidade na literatura científica e especializada.

1.1. Objectivos
1.1.2. Geral
 Falar sobre Estatística e sua aplicação

1.1.3. Específicos
 Descrever a importância da Estatística;
 Diferenciar estatística Descritiva e indutiva;
 Inferir as etapas do método Estatístico, População, Amostra, Censo e Sondagem.

1.1.4. Metodologia
O trabalho é fruto de pesquisas bibliográficas devidamente citadas no trabalho e nas
referências bibliográficas, análise de informações consultadas tendo culminado com a
compilação e produção final do trabalho

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Capítulo II: Revisão de Literatura

2. Conceito de estatística
Estatística é a ciência que fornece os princípios e os métodos para colecta, organização,
resumo, análise e interpretação de dados. (Sónia, 2012).

Estatística é a ciência, uma parte da matemática aplicada que fornece métodos para colecta,
organização, descrição, análise e interpretação de dados e para a utilização dos mesmos na
tomada de decisões.

Segundo Elizabeth (2016), dados correctamente colectados fornecem conhecimento que não
seriam obtidos por simples especulação. Mas nem sempre é possível levantar todos os dados.
Um exemplo disso são as previas eleitorais, que fornecem as estimativas da percentagem de
votos em cada candidato. As previas são feitas regularmente e publicadas. Mas quem são as
pessoas que os institutos de pesquisa devem entrevistar?

Se estivermos pensando em eleições presidenciais, a ideia seria entrevistar todos os


portadores de título de eleitor de Moçambique. Mas como as previas eleitorais são feitas com
frequência, não é possível entrevistar todos os eleitores (incluindo você e eu) a cada 10 dias,
por exemplo, para conhecer as intenções de voto de todos nós. Então as previas eleitorais são
feitas com pequeno número de eleitorais de: de 1.500 a 3.000. é o que chamamos da mostra.

2.1 Importância de estudar a estatística


A estatística tem por importância extrair informações dos dados para obter uma melhor
compressão das situações que representam. Na vida de todos os dias, cada vez mais é
reconhecida a importância da estatística. Através de seu estudo e conhecimento é possível
compreender a sociedade e o seu progresso e também potencializar a capacidade de cada
indivíduo ser mais interveniente nesse próprio progresso. (Elizabeth, 2016).

Tem como importância no estudo da biologia, tais como a medicina, as ciências


agropecuárias, entre outros, é o que a estatística.

Podemos dividir a estatística em duas áreas: estatística indutiva (inferência estatística) e


estatística descritiva.

Estatística descritiva (ou dedutiva) e estatística indutiva (inferência estatística)

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2.2. Estatística descritiva (ou dedutiva)
É o ramo da estatística que envolve a organização, o resumo e apresentação de dados. Baseia-
se na recolha e tratamento de dados relativo a um certo conjunto, de forma a por em
evidencia as suas características principais, em comum, a fim de se extraírem conclusões
sobre conjunto observado. (Sérgio, 2016, p.21)

2.3. Estatística indutiva (inferência estatística)


É o ramo da estatística que envolve o uso de uma amostra para chegar a conclusões sobre
uma população. Uma ferramenta básica no estudo estatística inferencial é a probabilidade.

A estatística inferencial baseia-se nos dados obtidos na estatística descritiva, generaliza-os a


um conjunto mais amplo, fazendo previsões e procura-se inferir conclusões para todo o
universo em estudo (Sérgio, 2016, p.21).

3. Etapas de métodos de estatística


Consiste na recolha, apresentação, análise e interpretação de dados numéricos através da
criação de instrumentos adequados: quadros, gráficos e indicadores numéricos.

Os métodos para recolha, classificar, sintetizar, apresentar e interpretar informações


quantitativas constituem uma parte importante da teoria estatística; de facto constituíram até a
matéria, quase exclusiva, das primeiras obras desta área científica. Outros aspectos da teoria
estatística, cumpre assinalar, tem igual ou maior importância, como seja os métodos de
inferência estatística que permitem retirar conclusões sobre um grupo determinado -
população ou universo a partir da informação recolhida para uma amostra (Sónia, 2012, p.16)

Convém referir que o termo estatístico é utilizado para referir dois conceitos diferentes,
conforme se utiliza no singular ou no plural. Quando utilizado no plural, é sinónimo de factos
ou dados numéricos, enquanto no singular constitui um objecto de estudo, uma ciência, tal
como matemática, e compreende, como foi referido anteriormente, um conjunto de princípios
e métodos de recolha, classificação, síntese e apresentação de dados numéricos.

A utilidade da estatística pode ser resumida do seguinte modo:

 Permite descrever e compreender relações entre variáveis: numa época em que a


quantidade de informação aumenta tão rapidamente, o centro de decisão tem
necessidade de se manterem actualizados e controlarem as grandes massas de dados
com que são inundados quase diariamente; para tal é necessário que a informação lhe

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seja apresentada de forma a possibilitar a sua interpretação imediata e a identificação
das relações mais importantes;
 Permite a tomada de melhores e mais rápidas decisões: é possível controlar mais
informação num mais curto espaço de tempo;
 Facilitar a tomada de decisões para fazer à mudança: num mundo em contaste
mudança, a planificação e a tomada de decisões devera apoiar-se em bases sólidas, no
conhecimento profundo das situações passadas e presentes e numa previsão
fundamentada da evolução futura. (Sónia, 2012, p.16)

São essas etapas que definem o método estatístico de resolução de problemas e que se
apresentam na seguinte tabela:

Identificação do Recolha Crítica Apresentação Análise


problema de dados dos Dados Dos Dados e interpretação

3.1 Identificação do problema ou situação


Devera ser claro, desde o início do estudo, qual o problema analisar e, uma vez conhecido,
qual o tipo de decisões que se pretendem tomar. Esta etapa requer já algum conhecimento
estatístico pois os métodos a aplicar não são, de modo nenhum, independente da informação
que se pretende recolher. Uma identificação incorrecta do problema torna todas as etapas
seguintes inúteis. Ainda nesta etapa e para tornar a identificação do problema mais fácil,
poderá ser utilizada alguma informação quantitativa já existente. (Sónia, 2012, p.16)

3.2 Recolha de dados


Segundo Sónia (2012), uma vez identificado o problema, a etapa seguinte consiste na recolha
dos dados necessários, apropriados, tão completos quanto possível e, sobretudo, pertinentes
para a situação que se pretende analisar.

A recolha de toda a informação necessária pode ser feita directamente quando os dados são
obtidos de fonte originária ou de forma indirecta quando os dados recolhidos provem já de
uma recolha directa. Aos primeiros, que é possível encontrar em registos ou ficheiros, chama-
se dado primários enquanto os valores não disponíveis nestas fontes e calculados a partir
daqueles são já dados secundários. Todos os dados resultantes de inquéritos feitos
directamente a uma população ou a um grupo dessa população são dados primários. São

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ainda exemplos destes, todos os dados resultantes de inquérito feitos directamente a uma
população ou a um grupo dessa população são dados primários.

São ainda exemplos destes, todos os dados disponíveis nas estatísticas publicadas pelo INE- o
número de nascimento, casamentos e óbitos de dada região do ao 1987. O número de
desempregados em determinado sector de actividade económica, a distribuição das empresas
do sector agrícola pela área de exploração, etc.

No respeitante à periodicidade, a recolha dos dados pode ser classificada como:

 Contínua – quando realizada permanentemente


 Periódica – quando feita em intervalos de tempo, e
 Ocasional – quando realizada de modo esporádico.

No processo de tomada de decisão na empresa, a todo o momento nos deparamos com a


necessidade de conhecer as características passadas e presentes da própria empresa e do seu
meio envolvente: custos de aquisição da matéria-prima, custos de comercialização e
publicidade, tempo de execução de determinada tarefa, nível de escolaridade dos
empregados, preços dos produtos concorrentes, procuram de determinado produto,
preferências dos consumidores, etc.

Muitas vezes acontece não estar disponível toda a informação necessária ou porque não
existe de todo ou porque se encontra desactualizada. Nestes casos, é necessário recolher nova
informação, o que poderá ter vantagens e desvantagens. Vantagens porque permitem umas
definições precisas da informação a recolher e das suas escalas de medida, para que os dados
verifiquem todas as propriedades necessárias para responder eficazmente ao problema em
análise. Desvantagens, também, porque poderá tornar o estudo e a obtenção de resultados
demasiado morosos e caros.

Existem vários métodos para recolha de nova informação. As entrevistas pessoais são uma
prática corrente: um entrevistador faz ao inquerido perguntas retiradas, de preferência, de um
questionário estruturado, e coloca as respostas nos espaços a ela reservados. Mas as
entrevistas podem também ser feitas pelo telefone ou quando por alguma razão se quer evitar
a presença de um entrevistador, pode optar-se por enviar o questionário pelo correio.

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3.3 Crítica dos dados
Uma vez os dados recolhidos, quer que sejam dados primários ou secundários é necessário
proceder-se a uma revisão crítica de modo a suprimir valores estranhos ou eliminar erros
capazes de provocar futuros enganos de apresentação e analise ou mesmo de enviesar as
conclusões obtidas.

Esta crítica é tanto mais necessária quando toda ou parte da informação provem de fontes
secundarias, sujeitas a erros de produção e que nem sempre explicitam como os dados foram
recolhidos ou quais os limites à sua utilização. (Sónia, 2012, p.18)

3.4 Apresentação dos dados


Após a recolha e a crítica, convém organizar os dados de maneira prática e racional, para um
melhor entendimento do fenómeno que se pretende estudar. Começa aqui o principal
objectivo da estatística Descritiva: criar os instrumentos necessários para classificar a
apresentar conjuntos de dados numéricos de tal modo que a informação neles contida seja
apreendida mais fácil e rapidamente.

O processo de classificação consiste na identificação de unidades de informação com


características de unidades de informação com características comuns e no seu agrupamento
em classes. Para classificar é necessário utilizar um método, pré-determinado, de codificação
que torne possível a identificação abreviada das unidades de informação.

Uma vez classificados os dados, passa a ser possível sintetizar a informação neles contida
com ajuda de quadros, gráficos e valores numéricos descritivos que ajudem a compreender a
situação e a identificar relações importantes entre variáveis. (Sónia, 2012, p.16)

3.5 Análise e interpretação dos resultados


Por último é necessário interpretar os resultados encontrados. Esta interpretação estará tanto
mais facilitada se tiverem escolhido, em etapas anteriores, os instrumentos mais apropriados à
representação e análise do tipo de dados recolhidos.

Conclusões enviesadas podem ser propositadas ou não e ter diferentes causa. É


suficientemente conhecido o exemplo de entidades que, para situações idênticas, retiram
conclusões bastantes divergentes: as taxas de inflamação e desemprego estimadas pelos
órgãos governamentais e pelos sindicatos raramente coincidem. São exemplos de
enviesamento propositado para servir fins políticos em que se torna difícil demonstrar, com
rigor, qual delas está errada. Mas, muitas vezes, o enviesamento não é propositado. Pode

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começar por ser o resultado da utilização de medidas de estatística descritiva pouco
adequadas ao problema em causa, por diferentes escalas de medida ou ainda por bases de
comparação pouco adequadas. (Sónia, 2012, p.19)

4. População ou universo, Amostra, Censo e Sondagem


4.1 População ou universo
Segundo Sónia (2012, p.43) A fonte de observação constitui a população ou universo, um
conjunto de indivíduos ou objectos que apresentam uma ou mais características em comum.
A população pode ser finita ou infinita, dependendo do número de elementos que a compõe
ser finito ou infinito.

Chama-se população ou universo estatístico a todo o conjunto que (no sentido matemático do
termo) se submete a um estudo estatístico.

Nem sempre é possível ou conveniente analisar todos os elementos do universo ou


população em estudo:

 Ou porque o universo é infinito ou porque é tão elevado o número de elementos que


pode ser considerado infinito;
 Ou porque a sua observação é muito dispendiosa ou eleva muito tempo (quando o
estudo fica concluído, os resultados já estão desactualizados);
 Ou ainda porque haveria destruição generalizada dos elementos para levar a efeito
observação.

4.2. Amostra
Uma amostra é um subconjunto de um conjunto mais geral, denominada população ou
universo. Amostras obstem-se mediante critérios de escolha adequados.

A escolha de uma amostra deve ter em atenção as seguintes condições:

 Não haver perda das características essenciais da população;


 Ser representativa dessa população, possuindo proporcionalmente as suas
características qualitativas e quantitativas, e
 Ser imparcial.

Na maioria das vezes, é impossível conhecer as características de todos os elementos da


população e torna-se então necessário retirar uma amostra ou subconjunto dessa população,
para a qual serão estudadas as características. Para escolher a amostra e assegurar a sua

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representatividade relativamente à população donde foi retirada, existem técnicas específicas
que constituem o objecto de estudo da teoria da amostragem.

Ao contrário de um recenseamento, que estuda uma população na sua totalidade, uma


amostra é um segmento da população em estudo, recolhida com objectivos:

 Se estimarem certas características desconhecidas da população – por exemplo, a


percentagem de consumidores que preferem determinada marca de um produto.
 Testarem hipóteses ou afirmações, considerara das correctas sobre os parâmetros da
população – exemplo, testar a afirmação de um vendedor que diz ser a duração de
vida do seu produto superior à de outras marcas. (Sónia, 2012, p.45)

4.3. Censo
É a colecção dos dados relativos a todos os elementos da população. Censo é definido como a
gravação dos dados demográficos que descrevem uma população em um território
estritamente definido realizado pelo governo em um tempo específico e em intervalos
regulares. Um censo, ou enumeração populacional, deve, em princípio, ser universal,
incluindo todas a pessoas que vive na área designada. (Sérgio, 2016, p.22)

4.4. Sondagem
A sondagem consiste numa forma particular de inquérito, realizado junto de uma amostra de
determinada população, cujo objectivo fundamental é o de, a partir do seu estudo, permitir
extrapolar as conclusões retiradas para o universo em questão. Utiliza-se para conhecer
determinados fenómenos em grandes conjuntos populacionais e, mediante a impossibilidade
prática de inquirir todas as unidades de observação componentes desses universos, a
sondagem é feita com base numa amostra representativa dos mesmos.

A fiabilidade dos seus resultados reside, assim, em boa parte, na forma como tal amostra é
construída, mas também na forma como o instrumento de recolha de dados, geralmente o
questionário ou, em alguns casos, a entrevista directa, são também construídos. A sua
vantagem principal é, assim, a possibilidade de obter conclusões para um conjunto
populacional cujo conhecimento seria, de outra forma, impraticável, ao permitir a recolha de
uma grande quantidade de informação estandardizada e rapidamente quantificável, mas
coloca, por outro lado, problemas particulares de interpretação da informação recolhida
relacionados com a própria composição e selecção da amostra, e também com as
características das técnicas de investigação normalmente usadas, além de não ser uma técnica
de estudo adequada a todo o tipo de variáveis. (Sérgio, 2016, p.22)

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4.5. Caracteres estatísticos
As variáveis estatísticas ou caracteres estatísticos podem ser divididas em 2 tipos:
quantitativas e qualitativas.

Ao estudar uma população ou uma amostra dessa população o que se pretende é conhecer as
suas características ou atributos para que, posteriormente, seja possível tomar decisões com
base conhecimento: fazer comparações com outras populações, fazer previsões para o futuro,
etc. as características ou atributos dos elementos de uma população podem ser qualitativo ou
quantitativos. Uma característica diz-se qualitativa se as suas diferentes modalidades não são
mensuráveis, isto é, não podem ser expressos através de números. Se pelo contrário, as
modalidades de um atributo são mensuráveis então trata-se de um atributo quantitativo, ou
seja, esse atributo varia de intensidade de elemento para elemento da população e essa
intensidade pode ser expressa através de unidades físicas.

Os atributos de uma população podem ainda ser classificados como dicotómicos quando
tomam dois valores possíveis. Por exemplo, o sexo a que um grupo de inquerido pertence é
uma característica dicotómica uma vez que só pode ter os valores masculinos e feminino. De
mesmo modo também uma pergunta sobre se os inquiridos conhecem ou não determinado
produto constitui uma variável dicotómica. (Sónia, 2012, p.48)

Dados discretos e contínuos

Os dados quantitativos referentes a determinada característica podem também ser


classificados como discretos ou contínuos. São discretos aqueles que tomam um número
finito ou infinito numerável de valores. Dados contínuos podem tomar um número infinito
não-numerável de valores. (Sónia, 2012, p.48)

5. Organização de dados e frequência


5.1. Dados brutos e rol de uma amostra
Segundo Sérgio (2016), as palavras acima sublinhadas resumem as fases de um processo
estatístico. Um exemplo prático: Se pretendemos fazer uma pesquisa, para saber dos alunos
de uma sala de aula quantos livros cada um deles lê por ano, o primeiro passo seria, obvia
mente, colectar esta informação (colecta dos dados), questionando um a um dos alunos. Ora,
quando anotarmos as respostas, veremos que estarão todas desordenadas (por exemplo: 8, 4,
7, 9, 5, 3, 15, 12...); diremos, então, que estamos ainda com os dados brutos, ou seja,
dispomos neste momento dos dados da mesma forma que os colectamos.

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Percebemos, daí, a necessidade de organizar estas informações! Poremos, então, estes dados
brutos em forma de rol, que nada mais é do que um arranjo, em ordem crescente ou
decrescente, dos dados brutos! Dessa forma, aqueles dados iniciais ficariam dispostos da
seguinte maneira: {3, 4, 5, 7, 8, 9, 12, 15, ...} A partir daí, estas informações podem ser
apresentadas ou descritas de modos distintos, por exemplo, por meio de um gráfico, ou de
uma tabela de valores (como veremos, oportunamente). Uma vez sintetizados, estes dados
deverão ser analisados, para se descobrir, por exemplo, quantos livros em média lêem por ano
os alunos daquela sala, para, enfim, se chegar à triste conclusão de que infelizmente ainda se
lê muito pouco neste país.

5.2. Frequência absoluta e frequência relativa


Chama-se frequência absoluta de um valor da variável, e representa-se por fi, ao número de
vezes que esse valor foi observado.

Chama-se frequência relativa de um valor da variável, e representa-se por fri, ao quociente


entre a frequência absoluta do valor da variável e o número total de observações, ou seja,

fi
fri=
n

Propriedades da fi e da fri

A soma das frequências absolutas é igual ao número total de observações, ou seja,


∑ f =n

A soma das frequências relativas é igual a um, ou seja, ∑ fri=1 . No caso de se considerarem
as frequências relativas em percentagem, essa soma é 100%.

Frequência absoluta acumulada e frequência relativa acumulada a Chama-se frequência


absoluta acumulada, e representa-se por fi, ao valor que se obtém adicionando as frequências
absolutas até ao valor considerado da variável estatística. a Chama-se frequência relativa
acumulada, e representa-se por fri , ao valor que se obtém adicionando as frequências
relativas até ao valor considerado da variável estatística. Tabelas de frequências de dados
agrupados em classes O estudo das variáveis contínuas assenta na organização dos dados em
classes. Exemplo: Consideremos as alturas, em metros, dos jogadores de uma equipa de
basquetebol, indicadas a seguir.

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Altura (m)

1,80 1,93 1,85 1,98 2,02 2,05 1,94 2,10 1,87


1,79 2,00 1,81 1,83 1,91 1,97 1,88 1,95 2,08

O intervalo constitui um exemplo de classe, também designado por intervalo de classe em


que: [1,83;1,91[→ 1,83 é o limite inferior da classe; → 1,91 é o limite superior da classe; →
1,91 – 1,83 = 0,08 é a amplitude da classe; → o número de dados pertencentes à classe é a
frequência da classe, neste caso 4. Na determinação da frequência da classe deve atender-se a
que 1,83 pertence à classe e 1,91 não pertence à classe (Carla, 2017).

5.3. Dados Brutos


Como o próprio nome indica, são os dados obtidos da pesquisa, dispostos da mesma forma
como foram colectados, sem que tenha sido realizado com eles qual quer ordenamento. Em
outras palavras, podemos dizer que são os resultados dos variáveis dispostos aleatoriamente,
isto é, sem nenhuma ordem de grandeza crescente ou decrescente. (Sérgio, 2016, p. 27)

5.4. Rol
Vimos que uma das etapas do processo estatístico consiste em organizar os dados. Inclusive,
já sabemos que organizar os dados é um dos passos da Estatística Descritiva ou Dedutiva.
Daí, uma forma de organizar os dados brutos consiste em dispor estes dados em uma ordem.
Daí, rol nada mais é que a ordenação dos dados brutos, de um modo crescente ou
decrescente. Uma questão de prova afirmava apenas que o rol é um arranjo dos dados brutos.
Então, certo ou errado? Percebamos que arranjo pode ser qualquer forma de dispor os dados.
Para ser um rol, teria a questão que falar em arranjo em ordem crescente ou decrescente
(Sérgio, 2016,p.27).

5.5. Amplitude Total


É a diferença entre o maior e menor valores do rol. A utilização da amplitude total como
medida de dispersão é muito limitada, pois, sendo uma medida que depende apenas dos
valores extremos, é instável, não sendo afectada pela dispersão dos valores internos Ex.: Para
a série: 10, 12, 20, 22, 25, 33, 38

R=Xmax− Xmin→ R=38−10=28

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6. Frequências acumuladas e gráficos
6.1. As Frequências absolutas acumuladas descendentes fa(↓)
Qual é a frequência absoluta dos estudantes com classificações inferiores ou iguais a 10?
Podemos obter a resposta dessa questão somando as frequências das classificações de 7, 8, 9
e 10.
Representa-se por:
fa ( x ≤ 10 )=fa ( x=7 )+ fa ( x =8 ) fa ( x=9 ) +fa ( x=9 ) + fa ( x=10 ) =0+7+ 8+9=24 de igual modo
podemos calcular a frequência dos estudantes com classificações iguais ou menores a 12.
fa ( x ≤ 12 )=0+7 +8+9+ 10=42.
Frequência acumulada descendente do valor xi , fa(↓) é a soma de todas as frequências dos
valores menores ou iguais a Xi . (Lazaro S.D., pg. 31)
6.2. Frequência absoluta acumulada ascendente fa(↓)
Agora queremos a frequência dos estudantes com notas maiores ou iguais a 10. Pede-se neste
caso F (x ≥ 10).
Analogamente como na tarefa anterior, vamos somar todas as frequências dos valores
maiores ou iguais a 10.
f ( ≥ 10 )=fa ( x=10 )+ fa+fa ( x=11 )+ fa ( x =12 )+ fa ( x=13 )+ fa ( x=14 )=10+ 8+4 +4=26
Frequência acumulada ascendente do valor Xi , é a soma de todas as frequências dos valores
(menores?) maiores ou iguais a Xi.
Podemos construir uma tabela com todas as frequências absolutas e relativas, acumuladas
descendentes e ascendentes: fa ( ↓ ) ; fa ( ↑ ) ; fra(↑).(Lazaro, pg. 32
Tabela das frequências
Xi fi fr fa(↓) fa(↑) fra( ↓) fra(↑)
7 0 0 0 50 0 1
8 7 0.14 7 50 0,14 1
9 8 0.16 15 43 0,3 0,86
10 9 0.18 24 35 0,48 0,70
11 10 0.2 34 26 0,68 0,52
12 8 0.16 42 16 0,84 0,32
13 4 0.08 46 8 0,92 0,6
14 4 0.08 50 4 1,00 0,08

15
Total 50 - - - - -

Através desta tabela podemos obter respostas rápidas das perguntas sobre as frequências
acumulas:
 A frequência absoluta dos estudantes com notas inferiores a 11 é 24 (ou seja, 24
alunos têm uma classificação menor ou igual a 11 / 24 alunos têm uma classificação
não superior a 11);
 A frequência absoluta dos estudantes com notas maiores ou iguais a 12 é 16 (ou seja,
16 alunos têm uma classificação maior ou igual a 12);
 A frequência relativa dos estudantes com notas maiores ou iguais a 10 é 0,48 ou 48%.
 A Percentagem dos estudantes com notas maiores que 9 é de 70% (ou seja, 70% dos
alunos têm uma classificação não inferior a 9). (Lazaro, p. 32)
6.3. Formas de representação gráfica
Gráfico de barras ou de colunas
Nestes gráficos os dados são representados por meio de colunas (ou barras) da mesma largura
e com alturas correspondentes às frequências.

Tipos de programas Efectivos

Filmes 20
Concursos 15
Telenovelas 30
Informações 25
Outros 10
Total 100

16
Para traçar um gráfico de barras, marca-se sobre o eixo das abcissas (de um sistema de dois
eixos coordenados rectangulares) os valores da variável Xi e, sobre o eixo das ordenadas, os
valores das frequências fi ou fa.
Por cada um dos pontos marcadores sobre o eixo das abcissas traçam-se segmentos de recta
de comprimento igual à frequência respectiva. (Lazaro, p. 34)
6.4. Sectogramas ou diagramas circulares
Segundo (Lazaro, p. 36), este tipo de gráficos usa-se quando se pretende comparar diversas
partes de um todo; Divide-se um círculo em sectores de amplitude proporcionais às
frequências absolutas. Sabendo que ângulo ao centro correspondente a toda circunferência
Amplitude 360 °
vale 360º, temos: = onde amplitude 360 ° ∙ fr se fr esta expresso em
fr 1
percentagem amplitude=360 °
Xi fi fr % Amplitude do sector
Filmes 20 20 % 3,6.30=72°
Concursos 15 15 % 3,6.15=54 °
Telenovelas 30 30 % 3,6.30=180°
Informações 25 25 % 3,6.25=90 °
Outros 10 10 % 3,6.10=36 °
Total 100 100 % 360 °

6.5. Pictogramas
São gráficos cujas características principal é o uso de figuras alusivas ao fenómeno em
estudo. Utiliza-se bastante em propaganda, dado o seu apelo visual permitir uma percepção
imediata do que se está a tratar. (Lazaro, p. 36).

6.6. Polígono de frequências:


é um gráfico que se obtém unindo por uma poligonal os pontos correspondentes às
frequências, das diversas classes, centradas nos respectivos pontos médios. Para se obter as
intersecções do polígono com o eixo horizontal, cria-se em cada extremo do histograma uma
classe com frequência nula. (Lazaro, p. 37)

6.7. Histogramas e polígonos de frequências


Os histogramas são gráficos que representam os dados de uma distribuição de valores
agrupados em classes. São formados por rectângulos justapostos de bases correspondentes às

17
amplitudes de cada classe, marcadas no eixo dos XX, áreas proporcionais às respectivas
frequências (simples ou acumuladas). (Lazaro, p. 37).

7. Medidas de tendência central


Torna-se, por vezes, muto útil descrever ou sumariar um conjunto de dados estatístico através
de um valor apenas. O valor a escolher depende das características dos dados. Por exemplo,
num estudo agrícola sobre a produção de trigo por hectare de terra arável podemos estar
interessados em conhecer o valor mais elevado da produtividade de solo agrícola das várias
explorações analisadas.

Num outro estudo sobre os resultados de uma turma de estudantes universitários talvez seja
mais interessante conhecer o resultado médio obtido por 50% dos estudantes. Num outro
estudo sobre os rendimentos per capita dos países da CEE, a comparação entre países será
facilitada se calcularmos os rendimentos médios de cada país. (Sónia, 2012, p.63)

7.1. Dados não agrupados


Segundo Lazaro (S/d., p.49), chama-se média aritmética de um conjunto de valores
X 1 , X 2, X 3 , … , Xn , ao quociente que se obtêm da soma de todos os valores pelo efectivo no
total N.

X 1+ X 2+ X 3+…+ Xn
x=
n

n
Utilizando símbolo de somatório teremos: x=∑ x 1 ou simplismente x=
∑x
i=1 N
Exemplo:
3+7+8+ 12+ 15 45
x= = =9
5 5
7.2. Media Aritmética
Segundo Elizabeth (2016, p.65). A média altimétrica é a medida de tendência central mais
utilizada e mais fácil interpretação. Quer se trate de um parâmetro da população ( μ ¿ou de
uma estatistica referente à amostra (X), sua definição e cálculo são idênticos.

A média aritmética é a soma de todos os valores observados divididas pelo número de


observações.

18
n

∑ xi
X 1+ X 2++…+ Xn i =1 Media da população (dados desagregados)
μ= =
N N

∑ xi
X 1+ X 2++…+ Xn i=1 Media de uma amostra da população (dados desagregados)
x= =
N N

Onde:

Xi=¿ valores individuais observados;

N=¿ tamanho da populacao

n=¿ tamanho da amostra

7.3. Média Ponderada


Segundo Lazaro (S/d., p.50) Se x é uma variável discreta que toma os valores
X 1 , X 2, X 3 , … , Xn com as frequências absolutas f 1 , f 2 , f 3 , … fn respectivamente, a média
aritmética será dada por:

f 1. X 1+ f 2. X 2+ f 3 X 3+…+ fnXn
∑ fixi
x= ou i=1
N N

Uma maneira mais prática de calcular é compor a tabela seguinte

Xi fi Xi . fi

1 1 1

2 3 6

3 5 15

4 2 8

Total N=11 30

∑ fixi 30 30
x= i=1 = = =2,72
N 11 11

19
7.4. Mediana (Me)
Segundo Lazaro (s/d. p. 51) A mediana é a medida de posição que divide a série estatística
em duas partes iguais, ou seja, é o valor da variável estatística precedido por 50% das
observações.
Para a sua determinação é necessário que os dados estejam ordenados.
a) Variáveis discretas
Número de valores observados ímpar.
Me=¿ valor central depois da ordenação dos valores observados por ordem crescente.
Número de dados observados par
Me=¿ média aritmética dos dois valores mais centrais depois da ordenação dos valores
observados por ordem crescente.
a) A mediana do conjunto de números 2, 3, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 é Me = 5
b) Para o conjunto 2, 3, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, a mediana será:
X 5+ X 6 5+ 6
M e= = =5,5
2 2

7.5. Moda (Mo)


Das medidas de tendência central falta-nos referir a moda ou o valor mais frequente da
distribuição ou ainda o valor que mais observações apresenta no conjunto dos dados. Tal
como mediana, a moda é também uma medida de posição e torna-se mais fácil de calcular se
os dados estiverem ordenados. No caso de variáveis discretas, o cálculo da moda não tem
qualquer dificuldade, enquanto para variáveis contínuas é necessário definir primeiro a classe
modal e depois aplicar a seguinte formula. (Elizabeth, 2016).

Chama-se Moda (ou valor modal) da distribuição de frequências ao valor da variável que
corresponde a maior frequência.
Existem séries estatísticas com duas modas (bimodal), com três modas (trimodal), etc.
Segundo (Lazaro, s/d. p. 51).

20
8. Conclusão
O trabalho de investigação que foi me dado, trouxe muita produtividade no que concerne a
estatística e sua aplicação. Para se obter bons resultados numa análise estatística, além dos
métodos aplicados, também é necessário ter clareza nos conceitos utilizados. A estatística
descritiva é a etapa inicial da análise de dados e tem por objectivo descrever os dados
observados.

Na sua função de descrição dos dados, esta tem as seguintes atribuições: a obtenção,
organização, redução e representação dos dados e a estatística Indutiva ou
Inferência Estatística, baseando-se nos resultados obtidos da análise de amostra de uma
população, procura inferir ou estimar as leis de comportamento de toda a população.

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9. Referências Bibliográficas
1. Elizabeth, R (2016). Estatística descritiva. Lisboa: Sílabas
2. Lazaro, S.D. Manual de tronco comum estatística
3. Samuel O. R. (2009). Bioestatística. 2. ed. Lisboa: Colibri.
4. Sónia V. (2012). Introdução à Bioestatística. 4 ed. Rio de Janeiro

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