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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA

COMARCA DE MANDAGUARI – ESTADO DO PARANÁ.

CITAÇÃO

COCARI – COOPERATIVA AGROPECUÁRIA E


INDUSTRIAL, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas do Ministério da Fazenda sob n.º 78.956.968/0001-83, com sede na Rua Lord Lovat,
420, em Mandaguari-PR. (docs. inclusos), por intermédio de seus procuradores judiciais,
adiante assinados, advogados devidamente inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil,
Seção do Paraná, sob nºs 15.502 e 16.909 respectivamente, ambos com escritório profissional,
estabelecido na Rua João Ernesto Ferreira, 292, centro, em Mandaguari-PR, fone/pabx:
(0**44) 233-2233, e-mail: virtus@bwnet.com.br, CEP.86.975-000, onde recebem intimações
e demais comunicados judiciais (procuração anexa), vem à presença de Vossa Excelência,
respeitosamente, com fundamento no artigo 813 e seguintes do Código de Processo Civil,
propor a presente

MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO com pedido liminar

em face de:

EIZO KURODA, brasileiro, casado, agricultor, portador da


Cédula de Identidade – RG. sob nº 411.182/PR, inscrito no C.P.F./M.F. sob nº 045.741.689-
00, residente e domiciliado na Avenida Herval, nº 695, apto. 43, em Maringá-PR, podendo ser

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encontrado na Estrada PR. 317, Km. 8, à direita, em Maringá-PR, pelos motivos adiante
expostos:
I – DA AÇÃO PRINCIPAL E SEU FUNDAMENTO.

A ação principal a ser proposta é a de execução de título


extrajudicial, com fundamento nas notas promissórias rurais que instruem a medida
cautelar, as quais serão pormenorizadamente discriminadas adiante, demonstrando a
legitimidade e interesse da Requerente para a propositura da ação principal.

II – EXPOSIÇÃO SUMÁRIA DO DIREITO


AMEAÇADO E O RECEIO DA LESÃO.

As notas promissórias rurais representam prova literal da


dívida líquida e certa e foram emitidas em pagamento de produtos agrícolas adquiridos pelo
Requerido para financiar sua lavoura de soja (safra verão/2005). Isso fica evidenciado pelas
inclusas notas fiscais, sob n.ºs 158.052, 162.320, 162.838, 163.001, 163.400, 163.891,
164.859, 164.860, 164.861, 164.983, 158.928, 162.835, 166.413, 164.657, 166.415, 166.418,
166.030, 166.035, 163.284, 163.626, 165.915, 166.300, 167.156, 167.508 e 167.737.

É sabido e notório Excelência, que essa prática é concedida pela


Requerente mediante a condição de que o produto auferido pelo cooperado e/ou cliente, in
casu o Requerido, deve ser depositado em seus armazéns em pagamento do financiamento. E
é exatamente dessa forma que ocorre com os demais cooperados/clientes, e, ainda, é com base
nesse ciclo que a Requerente pode dar cumprimento aos seus objetivos sociais cooperativistas.

Sem falar, que essa atividade é inerente não só a Requerente


como a qualquer outra sociedade cooperativa.

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No entanto, o Requerido vem intencionalmente desviando a
terceiros (alienando ou tentando alienar) toda a produção de soja financiada pela
Requerente, ou seja, não está depositando sua colheita conforme a convenção, demonstrando,
ainda, inequívoca intenção de frustrar a execução e lesar credores.
É de nosso conhecimento que o Requerido já efetuou a venda a
terceiros da soja oriunda de um de seus lotes, sendo que, após muito esforço da Requerente,
houve o depósito de uma quantidade mínima do produto originado desse lote (um caminhão
carregado), porém, pouco serviu para abater as dívidas daquele.

Mas não é só.

Essa prática utilizada pelo Requerido importará


inegavelmente na inexistência de bens para garantir a futura execução para cobrança das
notas promissórias rurais, tendo em vista que se observa, à evidência, pelos documentos
juntados pela Requerente (certidões e matrículas) que o Requerido possui um número
razoável de ações judiciais em seu desfavor, e, ainda, que os seus imóveis, cadastrados no
sistema da Requerente, estão todos onerados.

Desse modo, é grande o receio de lesão que a Requerente vem


passando, não tendo outra alternativa a não ser ajuizar a presente medida visando
salvaguardar bens que possam garantir a lide principal, ou seja, a produção que ainda não
foi colhida.

Conforme se infere do incluso Laudo Técnico de Avaliação de


Produção, emitido em data de 01 de março de 2005, pelo Engenheiro Agrônomo, Sr. Adelino
Nakamura – CREA 12.837-D/PR, referida safra de soja foi iniciada no período de 20/10/2004
a 10/11/2004, e se encontra localizada numa área de plantio de 40 (quarenta alqueires),
equivalentes a 96,80 hectares, na Gleba Ribeirão Maringá, em Maringá-PR, especificamente,
nos seguintes lotes de propriedade do Requerido: Lote 186B, 186D, 234 (matrícula em
anexo), área de 25,0 alqueires (60,50 hectares); e Lote (não se tem o número destes lotes,

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porém é certo que estão anexados aos lotes n.ºs 186B, 186D e 234), área de 15 alqueires,
ambos situados na Estrada 200, Km. 14, com área de produtividade a ser obtida de 85 (oitenta
e cinco) sacas por alqueire, totalizando uma produção esperada de 3.600 (três mil e
seiscentas) sacas de soja.

No entanto, o período de colheita se iniciou hoje e vai até o


dia 10 de março, portanto, extremamente necessária à concessão do arresto, inclusive em
caráter liminar independente de justificação prévia, para se assegurar o resultado prático e
útil da execução, para o fim de serem arrestados a quantidade de soja ainda não colhida.

III – DO CABIMENTO DA CONCESSÃO DO


ARRESTO.

Nos termos do art. 814 do CPC, para a concessão do arresto faz-


se mister a conjugação de dois requisitos, o primeiro, é a prova literal da dívida líquida e certa
(I), e o segundo, é a prova documental ou justificação de algum dos casos mencionados no
artigo antecedente (II), que são as hipóteses previstas no art. 813.

Na lição de HUMBERTO THEODORO JUNIOR, para a


concessão do arresto:

“Hão de ser atendidos os requisitos gerais das medidas


cautelares e, ainda, requisitos particulares da medida que, in
casu, é uma providência preventiva específica. Segundo o art.
814, são requisitos essenciais para o deferimento do arresto: I -
prova literal da dívida líquida e certa; e II - prova documental
ou justificação de algum dos casos de perigo de dano jurídico
mencionados no art. 813. Tais requisitos correspondem,
respectivamente, aos pressupostos genéricos da tutela cautelar,
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que são o fumus boni iuris (n. I) e o periculum in mora ( n. II),
os quais são individualizados de maneira a amoldar-se às
particularidades a medida específica que é o arresto. (...) A
existência do crédito líquido e certo do requerente só pode ser
demonstrada mediante prova documental (‘prova literal’, no
dizer do Código, art. 814, n. I). Quanto à situação de perigo, de
que cogita o art. 818, admite-se que sua ocorrência seja
evidenciada ou suprida através de três expedientes: a) prova
documental (aret. 814, n. I); b) justificação prévia (art. 814, n.
II); c) caução (art. 816, n. II)” Curso de direito processual civil,
vol. 2, 20. ed., Rio de Janeiro, Editora Forense, 1997, p. 441).
III.1. – Da prova literal da dívida líquida e certa.

A prova literal da dívida líquida e certa vem representada


pelas seguintes notas promissórias rurais, totalizando a importância principal de R$
107.691,79 (cento e sete mil, seiscentos e noventa e um reais e setenta e nove centavos):

Nº Emissão Vencimento Valor principal Remanescente


158052 30/08/2004 30/11/2004 6.604,50 6.604,50
162838 15/10/2004 30/11/2004 2.798,55 2.798,55
163001 16/10/2004 30/11/2004 14.307,00 14.307,00
163400 20/10/2004 30/11/2004 17.672,46 17.672,46
163891 25/10/2004 30/11/2004 241,60 241,60
164859 01/11/2004 30/11/2004 3.313,06 3.313,06
164860 01/11/2004 30/11/2004 745,15 745,15
164861 01/11/2004 30/11/2004 92,08 92,08
164983 03/11/2004 30/11/2004 3.888,00 3.888,00
158928 08/09/2004 30/11/2004 14.739,001 4.913,00
166413 17/11/2004 30/11/2004 2.837,05 2.837,05
164657 30/10/2004 30/11/2004 7.315,602 2.455,48
166415 17/11/2004 30/11/2004 2.404,64 2.404,64
166418 17/11/2004 30/11/2004 2.822,10 2.822,10
166030 12/11/2004 01/12/2004 77,70 77,70
166035 12/11/2004 01/12/2004 372,35 372,35
1
Amortizado R$ 9.826,00, em 17/11/2004.
2
Amortizado R$ 4.860,12, em 17/11/2004.
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163284 19/10/2004 30/04/2005 3.947,84 3.947,84
163626 21/10/2004 30/04/2005 14.868,70 14.868,703
165915 11/11/2004 30/04/2005 5.497,18 5.497,184
166300 16/11/2004 30/04/2005 7.943,76 7.943,765
167156 23/11/2004 30/04/2005 5.393,43 5.393,436
167508 26/11/2004 30/04/2005 2.593,20 2.593,207
167737 29/11/2004 30/04/2005 1.902,96 1.902,96
TOTAL 107.691,79

III.2. Do segundo requisito – Insolvência e alienação, ou


tentativa de alienação, de bens visando frustrar a execução (art. 813, II, b, do CPC).

III.2.1. Da insolvência.

Observa-se, Excelência, pela inclusa certidão positiva expedida


pelo Cartório Distribuidor e Anexos da Comarca de Maringá-PR, datada de 19 de janeiro
próximo passado que o Requerido possui diversas ações em seu desfavor (13), na grande
maioria (09), execuções.

Infere-se, ainda, pela anexa certidão em breve relato expedida


pelo 2º Ofício de Protesto de Títulos de Maringá, datada de 19 de janeiro próximo passado,
que o Requerido foi protestado em 10 de novembro de 2003, no Livro 270, fls. 44vº, Título
nº 953.

Nota-se, também, pelo adjunto relatório de comportamento em


negócios, datado de 28 de fevereiro próximo passado, que o Requerido possui várias
pendências junto ao SERASA.

3
Representa a soma de R$ 747,00 e 14.121,70.
4
Representa a soma de R$ 43,00, 503,70, 447,80 e 4.502,68.
5
Representa a soma de R$ 1.343,28, 870,72 e 5.729,76.
6
Representa a soma de R$ 1.567,20, 2.035,68 e 1.790,55.
7
Representa a soma de R$ 802,20 e 1.791,00.
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Da mesma forma, pode-se constatar do semelhante e anexo
relatório, expedido em nome do Sr. Elton Massashi Kuroda, procurador do Requerido
(Procuração anexa), que não são poucas as pendências perante aquele órgão de restrição ao
crédito.

Por último, mas não menos relevante, verifica-se pelas


matrículas juntadas, sob n.ºs 51.140, 46.053 e 51.139, todas inscritas no Registro de Imóveis –
1º Ofício de Maringá-PR, que os imóveis pertencentes ao Requerido estão todos onerados,
impossibilitando que venham a ser penhorados na futura execução.

Deste modo, Excelência, é farta a prova documental trazida com


a inicial da medida cautelar de arresto demonstrando vários elementos que induzem, em
conhecimento sumário, de provisoriedade, à conclusão de que o Requerido possui obrigações
e dívidas perfeitamente capazes de conduzi-lo a insolvência e, por conseguinte, ao insucesso
da demanda executiva.

III.2.2. Da alienação, ou tentativa de alienação, de bens.

Segundo o art. 813, II, b, in fine, do CPC, o arresto tem lugar


quando o devedor, que tem domicílio, caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar bens que
possui, a fim de frustrar a execução ou lesar credores.

O fato de que o Requerido está caindo em insolvência está


suficientemente delineado nos autos, diante da robusta prova documental que instrui a inicial.

Os atos visando frustrar a execução vêm bem justificados diante


do flagrante desvio a terceiros da produção agrícola financiada pela Requerente,
demonstrando a inequívoca vontade de não pagar as notas promissórias rurais, a maioria

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vencidas desde novembro de 2004, ressaltando-se que não haverá outros bens livres e
desembaraçados.

É evidente que o Requerido vem alienando, ou tentando alienar,


toda a produção com o objetivo primordial de lesar seus credores, em especial, frustrar a
execução, principalmente em relação a Requerente que foi quem financiou a sua lavoura,
objeto do presente arresto.

Justifica-se, ainda, o cabimento do arresto porque a convenção


de depositar o produto financiado junto aos armazéns da Requerente é um procedimento de
praxe entre os cooperados e/ou clientes não somente no caso em questão, como de toda e
qualquer entidade cooperativa, o que não está sendo feito pelo Requerido.

Assim, é extremamente relevante para a Requerente garantir a


execução com o arresto da produção, que se encontra na iminência de ser colhida, de
propriedade do Requerido.

Convém salientar que, ainda que arrestada toda a quantidade


prevista para ser colhida nos lotes acima mencionados, ou seja, 3.600 sacas de soja (60 kg),
não haverá excesso no arresto, ao contrário, levando-se em consideração a cotação da saca de
soja na região, obtida hoje (Folha de Londrina – em anexo), no valor de R$ 29,00, teríamos
uma soma total de R$ 104.400,00 (cento e quatro mil e quatrocentos reais), quando o débito
principal total das notas promissórias rurais é de R$ 107.691,79 (cento e sete mil, seiscentos e
noventa e um reais e setenta e nove centavos).

III.2.3. – Hipóteses previstas no art. 813 – Rol exemplificativo.

Por outro lado, caso Vossa Excelência entenda que não está
caracterizada a hipótese prevista na letra ‘b’ (caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar
bens que possui) do inciso II, do art. 813 do CPC, o que se admite apenas por argumentar, é

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pacífico o entendimento de que o rol de situações especificadas no artigo em comento não é
exaustivo, mas meramente exemplificativo.

Nesse sentido:

“’Considerando que a medida cautelar de arresto tem a


finalidade de assegurar o resultado prático e útil do processo
principal, é de concluir que as hipóteses contempladas no art.
813, CPC, não são exaustivas, mas exemplificativas, bastando,
para a concessão do arresto, o risco de dano e o perigo da
demora’ (STJ-RT 760/209)”. (Theotonio Negrão e José Roberto
F. Gouvêa – Código de Processo Civil e legislação processual
em vigor – 36. ed. – Editora Saraiva – 2004 – p. 880).

“Processo civil. Arresto. Possibilidade de seu deferimento nos


autos de um processo de conhecimento, sem a propositura de
medida cautelar autônoma. Fundamentos do acórdão não
impugnados. Requisitos para a concessão da medida. Caução.
Dispensa.
(...)
- As hipóteses enumeradas no art. 813, do CPC, são meramente
exemplificativas, de forma que é possível ao juiz deferir
cautelar de arresto fora dos casos enumerados.
(...)
Recurso especial não conhecido.” (REsp 709.479/SP, Rel.
Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado
em 15.12.2005, DJ 01.02.2006 p. 548)

Desse modo, a situação fática que se apresenta, aliada à vasta


prova documental trazida com a inicial, permitem perfeitamente a concessão do arresto.

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Basta ver, por exemplo, que a não concessão da medida
pleiteada, diante das várias execuções que pesam sobre o Requerido, e, ainda, os diversos
ônus que incidem sobre os seus imóveis, conduzem facilmente a conclusão de que a execução
a ser proposta não terá sucesso algum, ante a completa inexistência de bens a serem
penhorados, afinal, em pouco espaço de tempo o Requerido alienará a totalidade de sua safra
agrícola, único bem que ainda lhe resta e passível de garantir a futura execução.

O e. Tribunal de Justiça de Minas Gerais já decidiu que:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - MEDIDA CAUTELAR DE


ARRESTO - NOTÓRIA SITUAÇÃO DE INSOLVÊNCIA DE
DEVEDOR EM MORA - CAUÇÃO - POSSIBILIDADE DE
CONCESSÃO DA LIMINAR - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ -
INEXISTÊNCIA. - Possível é o arresto de bens do devedor,
quando este, em mora para com o credor, apresenta notória
situação de insolvência, mormente em havendo caução nos
autos, hipótese em que fica o requerente dispensado de
proceder à justificação prévia. - As hipóteses previstas no
artigo 813 do CPC são meramente exemplificativas, bastando,
para a concessão do arresto, a inadimplência do devedor e a
demonstração de desconfiança plausível acerca da não-
satisfação do crédito. - Não há falar em litigância de má-fé
quando o recorrente apenas exerce seu direito de ampla
defesa.” (TJMG - AI n° 2.0000.00.385516-3/000(1) - Rel.
DÍDIMO INOCÊNCIO DE PAULA - DJ. 18/02/2003)

Não é demais frisar, ainda, que o Requerido somente


conseguiu implementar sua lavoura porque a Requerente financiou todos os

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insumos necessários para tal, esperando em contrapartida recebê-los com o
resultado do plantio.

IV – DO PREENCHIMENTO DOS DEMAIS


REQUISITOS – DA MEDIDA LIMINAR.

A prestação jurisdicional, na ação cautelar, objetiva assegurar o


resultado útil e prático da ação principal, seja ela de conhecimento ou de execução. Dessa
forma, a medida cautelar dirige-se à segurança e garantia do eficaz resultado das atividades de
cognição e de execução. E se presentes os requisitos para tal, deve ser concedida.

Nesse sentido:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


PROCEDIMENTO CAUTELAR ESPECÍFICO. ARRESTO.
MEDIDA PREVENTIVA. EXISTÊNCIA DE PROVA EFICAZ
DO FUMUS BONI JURIS E DO PERICULUM IN MORA.
PROVA LITERAL DE DÍVIDA LÍQUIDA E CERTA. MORA
CONFIGURADA. PRESUNÇÃO DE INSOLVÊNCIA CAPAZ
DE FRUSTRAR A EXECUÇÃO E LESAR DIREITO DO
CREDOR. CAUÇÃO FIDEJUSSÓRIA. LIMINAR
CONCEDIDA. POSSIBILIDADE. PROVISIORIEDADE E
REVERSIBILIDADE.
Recurso desprovido.
1. Na tutela cautelar, há apenas a concessão de medidas
cautelares que, diante da situação objetiva de perigo, procuram
assegurar as provas ou assegurar a frutuosidade do provimento
da ação principal. Não é dotada assim de caráter satisfativo.

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2. Se as decisões interlocutórias sobre o objeto do litígio não
influem definitivamente na vida dos direitos, podendo apenas
suspender a sua aplicabilidade (não a sua incidência, que é
automática), certo é que os efeitos por ela gerados
circunscrevem-se exclusivamente ao processo e ao plano dos
fatos, ao mundo fenomênico, não atingem o mundo jurídico
para declarar, criar, modificar, ou extinguir direitos, ou impor
definitivamente a quem quer que seja determinada prestação.
A eficácia mandamental, típica das decisões interlocutórias
sobre o bem litigioso, por dispensar juízo de certeza, será
sempre reversível. (...)" (TAPR, Ac. n° 14.830, 2ªCC, Rel. Juiz
Conv. Jurandyr Souza Jr.).

A par dos requisitos processuais específicos do art. 813 do CPC,


presentes também os requisitos genéricos da medida cautelar, inerentes ao fumus boni iuris e
ao periculum in mora para fazer frente, inclusive, ao deferimento liminar do arresto
preventivo, preparatório da ação principal.

Como sabido, a ação cautelar tem dois pressupostos: o fumus


boni iuris e o periculum in mora. Sobre tais pressupostos é esclarecedora a lição de LUIZ
RODRIGUES WAMBIER:

“Percebe-se também que o processo cautelar parte de dois


pressupostos, tradicionalmente designados pela doutrina por
expressões latinas: fumus boni iuris e periculum in mora.
A expressão fumus boni iuris significa aparência de bom direito
e correlata às expressões cognição sumária, não exauriente,
incompleta, superficial ou perfunctória. Quem decide com base
em fumus não tem conhecimento pleno e total dos fatos e,
portanto, ainda não tem certeza quanto a qual seja o direito

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aplicável. Justamente por isso é que, no processo cautelar, nada
se decide acerca do direito da parte. Decide-se: se A tiver o
direito que alega ter (o que é provável), devo conceder a
medida pleiteada, sob pena de risco de, não sendo concedida, o
processo principal não pode ser eficaz (porque, por exemplo, o
devedor não terá mais bens para satisfazer o crédito).
Esta última característica de que acima se falou (o risco) é o
que a doutrina chama de periculum in mora. É significativa da
circunstância de que ou a medida é concedida quando se a
pleiteia ou, depois, de nada mais adiantará a sua concessão. O
risco da demora é o risco da ineficácia.
O periculum in mora e o fumus boni iuris têm sido
considerados como requisitos para a propositura de ação
cautelar
Outros vêem nesses dois requisitos o mérito do processo
cautelar. Todos, entendemos, têm razão.
De fato, o fumus boni iuris e o periculum in mora são requisitos
para a propositura de ação cautelar; são requisitos para a
concessão de liminar; e são, também, requisitos para a
obtenção de sentença de procedência. Acontece, todavia, que há
uma variação do grau de intensidade em que esses requisitos
estão presentes. Claro está que se exige menos fumus boni iuris
(isto é, exige-se fumus menos expressivo) para propor uma ação
cautelar do que se exige para obter a sentença de procedência
na mesma ação cautelar. ” (Curso Avançado de Processo Civil -
Vol. 3 - Processo Cautelar e Procedimentos Especiais - 6ª edição
revista e atualizada - Editora Revista dos Tribunais - 2005 -
págs. 35 e 36).

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No caso dos autos, os pressupostos da cautelar estão
caracterizados.

De efeito, com base na previsão do art. 813 e seguintes do CPC,


imperiosa a necessidade do deferimento liminar da medida pleiteada porque os próprios bens
a serem arrestados (soja dos lotes descritos no laudo técnico de avaliação), além de serem
produtos fungíveis e consumíveis (soja), estão na iminência (hoje) de serem alienados
pelo Requerido, como fez semelhantemente com a outra produção, tendo em vista que se
iniciou o período de colheita e, certamente, não serão depositados nos armazéns da
Requerente tendo em vista a flagrante intenção do Requerido, in casu, de não quitar seus
débitos.

E mais, há necessidade de ser arrestada toda a safra a ser


colhida tendo em vista que a quantidade prevista ainda não seria suficiente para a quitação do
montante principal das notas promissórias rurais.

Em outras palavras, determinar-se a justificação prévia no caso


vertente seria medida que conduziria certamente a perda do objeto da presente medida.

Diz o art. 804 do CPC que “é lícito ao juiz conceder


liminarmente ou após justificação prévia a medida cautelar sem ouvir o réu, quando verificar
que este, sendo citado, poderá torná-la ineficaz, caso em que poderá determinar que o
requerente preste caução real ou fidejussória de ressarcir os danos que o requerido possa vir
a sofrer”.

Essa é a orientação jurisprudencial:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. MEDIDA CAUTELAR DE


ARRESTO. MEDIDA PREVENTIVA. EXISTÊNCIA DE PROVA
EFICAZ DO FUMUS BONI JURIS E DO PERICULUM IN

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MORA. PROVA LITERAL DE DÍVIDA LÍQUIDA E CERTA.
MORA CONFIGURADA. PRESUNÇÃO DE INSOLVÊNCIA
CAPAZ DE FRUSTRAR A FUTURA EXECUÇÃO E LESAR
DIREITO DO CREDOR. NECESSIDADE DE CAUÇÃO
FIDEJUSSÓRIA. LIMINAR PASSÍVEL DE CONCESSÃO.
CARÁTER PROVISÓRIO E REVERSÍVEL. RECURSO
PROVIDO "3. Do arresto. Presentes os requisitos para
concessão de liminar em medida cautelar preventiva de arresto,
ante a demonstração pelo autor de prova literal de dívida
líquida e certa, e, que o devedor deixou de pagar a obrigação
no prazo estipulado, estando em mora capaz de levar a
presunção de insolvência, capaz de levar a frustração da
execução e lesão ao credor, gerando o risco ante o perigo pela
provável demora na solução da demanda principal,
concretizando a fumaça do bom direito." (TAPR, Ac. n° 14.830,
2ªCC, Rel. Juiz Conv. Jurandyr Souza Jr.)” (TA/PR – 8ª C. Cív.
– Agravo de Instrumento nº 0228649-9 – rel. Rosana
Andriguetto de Carvalho – j. 29.06.2004)

Portanto, perfeitamente cabível e necessária a concessão da


medida cautelar pleiteada, inclusive, em caráter liminar.

V. CAUÇÃO - OFERECIMENTO.

Reportando-se a lição de Humberto Theodoro Junior, “Quanto


à situação de perigo, de que cogita o art. 818, admite-se que sua ocorrência seja evidenciada
ou suprida através de três expedientes: a) prova documental (art. 814, n. I); b) justificação
prévia (art. 814, n. II); c) caução (art. 816, n. II)” Curso de direito processual civil, vol. 2,
20. ed., Rio de Janeiro, Editora Forense, 1997, p. 441). (destacou-se).

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Sobre a importância da caução para o deferimento da liminar
em arresto, já se manifestou o e. Tribunal de Justiça de Minas Gerais no seguinte sentido:

“ARRESTO - REQUISITOS DO ART. 814 DO CPC


COMPROVADOS - CAUÇÃO - REGULARIDADE - Estando
comprovados os requisitos do art. 814 do CPC inclusive com
prestação de caução para assegurar eventuais prejuízos
decorrentes da execução da medida, inexiste irregularidade no
arresto. - O fato de existirem bens em garantia do contrato não
impede o arresto de outros bens.” (TJMG - Processo n°
2.0000.00.516749-9/000(1) - Rel. BATISTA DE ABREU - DJ.
18/11/2005).

Deste modo, com fundamento no art. 816, II, do CPC, a


Requerente oferece em caução o seguinte bem: .........

VI – DOS PEDIDOS.

Diante do exposto, requer a Vossa Excelência se digne em:

1. com fundamento no art. 804 do CPC, CONCEDER


LIMINARMENTE A MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO PLEITEADA,
INDEPENDENTEMENTE DE JUSTIFICAÇÃO PRÉVIA, para o fim de ser
ARRESTADA a totalidade da soja a ser colhida, localizada nos lotes 186B, 186D, 234; e no
outro lote anexado aos lotes acima, ambos situados na Estrada 200, Km. 14, em Maringá-PR,
de propriedade do Requerido, para garantir o pagamento das notas promissórias rurais (débito
principal), juros, custas e honorários advocatícios, AUTORIZANDO, inclusive, que a
própria Requerente faça a colheita, com escolta policial, se necessário, e, ainda,
DETERMINANDO que o Requerido, após a efetivação da medida, seja citado para querendo

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contestar a presente ação, sob pena de presumir-se aceitos pelo Requerido, como verdadeiros,
os fatos alegados na inicial.
2. expedir carta precatória para a Comarca de Maringá-PR,
onde se encontram os bens, para efetivação da medida.

3. Caso Vossa Excelência entenda necessário, prontifica-se o


requerente a prestar caução real ou fidejussória, ex vi do disposto nos artigos 804 e 816, tão
logo a garantia seja determinada.

4. JULGAR PROCEDENTE A PRESENTE MEDIDA


CAUTELAR, concedendo, em definitivo, o arresto pleiteado.

5. A condenação do Requerido ao pagamento das custas e


honorários advocatícios.

VI – DAS PROVAS

Prova o alegado por todo o gênero de provas em direito


admitidas, em especial, pela prova documental trazida e, se necessário for, pelo depoimento
pessoal do Requerido, sob pena de confissão, pela oitiva de testemunhas e pela prova pericial.

VII – DO VALOR DA CAUSA

Atribui-se à presente causa, o valor de R$ 107.691,79 (cento e


sete mil, seiscentos e noventa e um reais e setenta e nove centavos)

Nestes termos,
Pede deferimento.
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Mandaguari – Pr., 02 de março de 2005.

ANACLETO GIRALDELI FILHO JOSÉ MARCOS CARRASCO


O.A.B./PR. 15.502 ADVOGADO OAB/PR. 16.909 ADVOGADO

Número do processo: 2.0000.00.385516-3/000(1) Precisão: 32%


Relator: DÍDIMO INOCÊNCIO DE PAULA
Data do acordão: 06/02/2003
Data da publicação: 18/02/2003
Ementa:
j
Súmula: Negaram provimento . Assistiram ao julgamento, pela agravante, o Dr. José Anchieta da Silva e, pelo agravado, o
Dr. Luiz Eduardo Mestieri.

Número do processo: 2.0000.00.516749-9/000(1) Precisão: 22%


Relator: BATISTA DE ABREU
Data do acordão: 26/10/2005
Data da publicação: 18/11/2005
Ementa:
ARRESTO - REQUISITOS DO ART. 814 DO CPC COMPROVADOS - CAUÇÃO - REGULARIDADE - Estando comprovados os requisitos do art.
814 do CPC inclusive com prestação de caução para assegurar eventuais prejuízos decorrentes da execução da medida, inexiste
irregularidade no arresto. - O fato de existirem bens em garantia do contrato não impede o arresto de outros bens.

VOTO

DESEMBARGADOR BATISTA DE ABREU:

Cuida-se de recurso de agravo interposto contra a decisão de fls. 26-27, que, nos autos da ação cautelar de ARRESTO, ajuizada por
Agrocerrado Produtos Agrícolas E Assistência Técnica Ltda em face de João Batista Francischini Filho, que deferiu parcialmente o
ARRESTO, em caráter liminar, determinando apreensão de 15.454,14 sacas de 60 Kg ou 927.248,40 Kgs Milho que se encontram na
Fazenda Bonito do Meio, no Município de Coromandel - MG, mediante prestação de caução idônea.

Em suas razões, o agravante alega que houve excesso de ARRESTO, porque deu em garantia quatro tratores como garantia, bens
suficientes para cobrir o valor da Cédula de Produto Rural; que efetuaram parcialmente o pagamento; que o valor do ARRESTO deve
importar tão somente em 2 (dois) cheques no valor total de R$ 68.339,00 (sessenta E oito mil, trezentos E trinta E nove reais); que o
ARRESTO não deve recair sobre sua SAFRA de milho porque será colhida prematuramente, acarretando em prejuízo aos agravantes;
que o ARRESTO concedido está se fazendo em fazenda diversa, porque foi concedido ARRESTO na "Fazenda Bonito do Meio", outro
imóvel da região, E que estão arrestando a produção de milho na "Fazenda Santo Inácio", totalmente estranho ao mandato de
ARRESTO; que a presente medida não está de acordo com a legislação ordinária vigente, vez que a agravada não preenche os requisitos
dos artigos 813, II, "a" E "b", E 814, I, do CPC, não justificado a concessão do ARRESTO; que É necessário para a concessão de liminar
prova do periculum in mora E o fumus boni iuris que não foram demonstrados.

Contra-razões nas fls. 42-50.

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Em que pesem as extensas alegações dos agravantes, deve-se atentar para os requisitos do art. 814 do CPC, que dispõe que, para a
concessão do ARRESTO, necessária a comprovação literal da dívida - o que se encontra nas fls. 56-57, E a demonstração de uma das
situações do art. 813, que se admite seja substituída pela caução (art. 816, inciso II, do CPC) - que foi prestada (fls. 60).

A alegação de excesso de ARRESTO, porque foi dado em garantia quatro tratores como garantia, bens suficientes para cobrir o valor da
Cédula de Produto Rural E que houve pagamento parcial não merecem exame nas estreitas vias do agravo, devendo ser objeto de
apreciação pelo magistrado singular.

O fato de existirem outras garantias contratuais não afasta a possibilidade do ARRESTO, já que a execução principal que se protege não
É da garantia, mas da dívida.

Também descabida a alegação de que o ARRESTO não deve recair sobre sua SAFRA de milho porque, se assim suceder, será colhida
prematuramente, acarretando em prejuízo aos agravantes. A norma do art. 811, do CPC, rege a matéria E a caução prestada tem
exatamente este objetivo.

Por fim, com relação ao argumento de que o ARRESTO concedido está se fazendo em fazenda diversa, o que se deve observar É que o
agravante É deslegitimado para a defesa do interesse do terceiro que alega prejudicado. Caso aquele indicado como terceiro prejudicado
entenda correto, tem a via adequada para a proteção de seu direito.

Assim sendo, nego provimento ao recurso de agravo.

Custas recursais, pelos recorrentes.

DESEMBARGADOR BATISTA DE ABREU

ACF

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