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Nos últimos anos, cada vez mais supermercados têm investido recursos na área de

inteligência de dados, não apenas para ajudar na tomada de decisão como também
para montar um mix de produtos mais assertivo e, principalmente, para ter
previsibilidade de venda.

A Mercafacil, por exemplo, investe em inteligência artificial para auxiliar os seus


clientes nessa montagem de mix, identificando, dentro de um período de tempo,
quais produtos serão vendidos e quais são os clientes que irão comprar aqueles
produtos.
Havia uma necessidade por parte dos supermercadistas em controlar o fluxo de
caixa de uma maneira mais eficiente e isso se dava por um mau planejamento de
compras. Com o uso de dados, oferecidos pela mar.ia, nome da Inteligência
Artificial, as compras passaram a ser mais assertivas, pois o varejista passou a
controlar a frequência de compra de um determinado produto, além de prever quais
clientes iriam comprar. Por se tratar de uma Inteligência Artificial que vai
aprendendo e evoluindo a partir dos dados, a mar.ia têm a capacidade de oferecer
dados cada vez mais precisos sobre essas tendências dentro de cada loja.

As maiores vantagens de trabalhar utilizando ciência de dados, é que o


supermercadista se torna capaz de montar um mix de produtos preciso, tendo
informações suficientes para planejar quantidades e prazos.

Voltando ao exemplo da mar.ia, a inteligência artificial da Mercafacil, quando um


gerente de compras precisa definir seu mix de produtos, ele olha para os
indicadores da IA e já encontra essas informações prontas, com isso ele ganha
tempo para planejar, inclusive as campanhas promocionais, uma vez que ele já
saberá quais são os clientes que irão comprar aqueles produtos. Quando o varejista
não possui uma ferramenta como essa, ele precisa cruzar os dados do seu CRM,
analisar períodos de compras, comparar com anos ou meses anteriores para só
então conseguir um relatório preciso.

A ciência de dados, pode ajudar, ainda, na hora de conseguir melhores negociações


e campanhas com a indústria, como no caso abaixo:

É muito comum as indústrias disponibilizarem um calendário anual de ofertas para


determinados supermercados ou redes. Em geral, o papel do varejista é aceitar ou
não o que foi proposto sem ter muito parâmetro para prever se os resultados serão
positivos ou não.

No ano passado, um cliente recebeu 11 propostas para ativar campanhas com a


indústria em um mesmo mês. Antes de aceitar, ele verificou, por meio de consulta
em seu histórico de dados de consumo, que apenas três delas eram aderentes ao
perfil do seu público e tinham potencial para performar bem.
Após ativá-las, as três campanhas juntas, impactaram quase 8 mil clientes dessa
rede, sendo que destes, mais de mil pessoas eram clientes inativos (não
compravam há mais um mês) que voltaram a comprar no período da campanha,
gastando um ticket médio acima de R$540,00 por CPF e consumindo ao menos um
dos produtos promocionados. Isso gerou um faturamento incremental de quase
600k para a rede.

A contribuição mais importante que a ciência de dados pode oferecer para o


supermercadista é a informação e com ela o poder de negociação, no exemplo
acima, o cliente teve total controle sobre o que era vantajoso para ele aceitar em
relação ao que foi ofertado pela indústria, com isso, conseguiu planejar seu mix de
produtos, fazer campanhas adicionais e obter resultados positivos.

É importante ressaltar que para que toda essa inteligência de dados funcione de
maneira eficiente, é necessário que o varejista tenha uma equipe dedicada ao
projeto, composta por pelo menos um profissional de perfil analítico, para a
interpretação e análise dos dados e outro de perfil mais estratégico, para
planejamento e execução de ações a partir dos dados gerados. Para ambos os
casos, é possível treinar profissionais que já façam parte da equipe do
supermercado e que tenham perfil para as funções.

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