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Centro Universitário Metropolitano da Amazônia

Curso de psicologia

Bruna Lima da Fonte e Juliana Diniz Serra

Linguagem Ecoica
Fenômenos e processos psicológicos - Auto estudo 9 e 10

Belém
2023
Na perspectiva behaviorista de Skinner, linguagem é vista como um comportamento verbal
adquirido e mantido por meio de contingências de reforço, ele propôs o conceito de operante verbal
para explicar como a linguagem se desenvolve. Segundo o behaviorismo, a linguagem é vista como
um comportamento aprendido por meio de estímulos ambientais e respostas específicas. De acordo
com a perspectiva comportamental de Skinner, podemos identificar diferentes tipos de linguagem.

Assim, um dos tipos de linguagem é o ecoico que se refere a um tipo específico de


comportamento verbal em que um indivíduo repete ou imita sons ou palavras que foram ouvidos
anteriormente. A linguagem ecoica é um exemplo de comportamento verbal imitativo, esse tipo de
comportamento envolve a capacidade de imitar e repetir o que é ouvido, muitas vezes de forma
precisa em relação ao estímulo auditivo original.

Logo, o comportamento ecoico pode-se visto no processo de aprendizagem da fala de uma


criança, eles podem começar repetindo constantemente as palavras "mamãe" e "papai" quando estão
próximos da criança, combinando essas palavras com a presença física dos pais. Por exemplo,
quando a mãe está próxima, ela pode dizer repetidamente "mamãe" enquanto a criança a vê e
interage com ela.

Assim, conforme a criança começa a fazer associações entre as palavras e a presença dos
pais, é possível introduzir um elemento de reforço positivo. Por exemplo, sempre que a criança
tentar dizer "mamãe" ou "papai", os pais podem reagir de maneira entusiasmada e carinhosa,
elogiando e reforçando verbalmente a tentativa da criança. Essa reação positiva dos pais serve como
um estímulo reforçador, aumentando a probabilidade de que a criança repita esse comportamento
verbal no futuro.

Ao receber reforço positivo por suas tentativas de comunicação, a criança é incentivada a


continuar aprimorando suas habilidades linguísticas e a explorar cada vez mais a linguagem para se
expressar e interagir com os outros. Esse processo de reforço e aprendizagem é fundamental para o
desenvolvimento da linguagem na infância.
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Bruna Lima da Fonte e Juliana Diniz Serra

Atenção e percepção no filme divertidamente


Fenômenos e processos psicológicos - Auto estudo 11 e 12

Belém
2023
No filme divertidamente, a atenção e a percepção são abordadas de maneiras distintas. O
filme explora a mente da jovem Riley, personificando suas emoções básicas como personagens:
alegria, tristeza, raiva, medo e nojinho.

Assim, no filme retrata como as emoções podem influenciar a atenção de Riley. Quando ela
está triste, torna-se mais desafiador para alegria direcionar sua atenção para coisas positiva, logo a
personagem alegria também guia Riley para focar em coisas positivas, preservando as "Ilhas da
Personalidade", memórias centrais que representam aspectos importantes de sua vida, como família,
amizade e hobbies. Além disso, a personagem raiva ilustra como a falta de atenção pode resultar em
explosões de raiva quando Riley fica irritada com determinadas situações.

No que diz respeito à percepção, o filme explora como a mente de Riley processa e
interpreta suas experiências do mundo exterior. As emoções desempenham um papel crucial nesse
processo, influenciando sua visão e interpretação dos eventos. Por exemplo, quando Riley se muda
para uma nova cidade, a personagem Tristeza começa a tocar em algumas de suas memórias,
alterando a percepção que ela tem dessas lembranças. Isso demonstra como a percepção pode ser
influenciada pelo estado emocional.

Além disso, o filme retrata a percepção social, mostrando como Riley começa a interagir
com os outros e como suas emoções desempenham um papel na forma como ela percebe e reage às
interações sociais. Isso ressalta a importância das emoções na percepção de eventos sociais e nas
relações interpessoais.
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Bruna Lima da Fonte e Juliana Diniz Serra

Pensamento no filme fragmentado


Fenômenos e processos psicológicos - Auto estudo 13 e 14

Belém
2023
"Fragmentado" é um filme de suspense e terror lançado em 2016, dirigido por M. Night
Shyamalan. O filme segue a história de Kevin Wendell Crumb, interpretado por James McAvoy, um
homem com transtorno dissociativo de identidade, que possui 23 personalidades diferentes. Assim,
cada personalidade tem características, comportamentos e até mesmo habilidades físicas únicas.

A trama se desenrola a partir do sequestro de três adolescentes por Kevin. Enquanto as


jovens lutam para escapar, elas testemunham as diferentes personalidades de Kevin se manifestando
e interagindo entre si. O filme explora as implicações psicológicas e emocionais do transtorno
dissociativo de identidade, bem como o impacto que essas personalidades têm na vida de Kevin e
das pessoas ao seu redor.

Além disso, o filme também levanta questões sobre a natureza da identidade e da mente
humana. Através das sessões de terapia com a Dra. Karen Fletcher, somos apresentados a discussões
sobre a existência de diferentes personalidades com características físicas únicas, sugerindo que o
transtorno pode ir além de uma simples condição mental e ter implicações físicas reais.

A trama culmina com a revelação de uma personalidade chamada "A Besta", que possui
habilidades sobre-humanas e uma visão distorcida sobre a evolução humana. Essa personalidade
ameaça as vidas das meninas sequestradas e representa um elemento sobrenatural na história.

No geral, o filme explora a natureza da mente humana, a coexistência de diferentes


identidades dentro de uma pessoa e as implicações que isso tem na vida daqueles que sofrem do
transtorno dissociativo de identidade. Também apresenta elementos de suspense e terror psicológico
para criar uma experiência emocionalmente intensa para o espectador.

Logo, "fragmentado" pode ser relacionado ao behaviorismo radical ao questionar a natureza


do pensamento e da identidade, explorando as diferentes personalidades de Kevin como
comportamentos observáveis moldados por interações passadas com o ambiente e eventos
presentes, o filme ilustra a complexidade comportamental e as influências ambientais na construção
da identidade.
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Bruna Lima da Fonte e Juliana Diniz Serra

Criatividade no filme The Social Network


Fenômenos e processos psicológicos - Auto estudo 15 e 16

Belém
2023
The Social Network (a rede social) é um filme de 2010 dirigido por David Fincher e
roteirizado por Aaron Sorkin. O filme narra a história da criação da rede social Facebook e seu
impacto no mundo moderno.

A trama se desenrola em torno de Mark Zuckerberg, um estudante da Universidade de


Harvard e programador talentoso, que cria um site chamado "FaceMash". O site permite que os
usuários da universidade avaliem a aparência das mulheres em um sistema de votação. A ideia gera
controvérsia e atrai a atenção dos estudantes e da administração da universidade.

Impressionado com o sucesso de FaceMash, os gêmeos Winklevoss e Divya Narendra


abordam Zuckerberg com uma ideia para criar uma rede social exclusiva para estudantes de
Harvard chamada "Harvard Connection". Zuckerberg concorda em trabalhar no projeto, mas
secretamente começa a desenvolver sua própria rede social, que eventualmente se tornará o
Facebook.

Com a ajuda de seu amigo Eduardo Saverin, Zuckerberg lança o Facebook e rapidamente
atrai a atenção de estudantes em Harvard e outras universidades. A plataforma cresce em
popularidade e Zuckerberg recebe ofertas de investimento e oportunidades de expansão. No entanto,
conflitos surgem entre Zuckerberg, Saverin e os Winklevoss sobre a propriedade do Facebook e a
diluição da participação acionária.

Ao longo do filme, são exploradas as relações interpessoais, os desafios legais e éticos


enfrentados por Zuckerberg e os dramas pessoais decorrentes do sucesso repentino. O filme
apresenta flashbacks que mostram a batalha legal subsequente entre Zuckerberg e seus associados e
revela a solidão e a ambivalência de Zuckerberg, que alcança um sucesso fenomenal, mas perde
conexões pessoais importantes.

Assim, "The Social Network" examina questões de ambição, traição, ética, propriedade
intelectual e o impacto das redes sociais na sociedade. O filme oferece uma visão fascinante da
criação do Facebook, explorando as complexidades do sucesso empresarial e os desafios pessoais
enfrentados pelos envolvidos.

Embora "The Social Network" não explore diretamente a perspectiva behaviorista radical,
podemos identificar elementos relacionados à criatividade, ao aprendizado e à influência do
ambiente na narrativa do filme. Dentre esses elementos, podemos citar: ambiente estimulante,
influência social e aprendizado e adaptação.
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Bruna Lima da Fonte e Juliana Diniz Serra

Estudos de Ebbinghaus e, teoria da interferência


Fenômenos e processos psicológicos - Auto estudo 17 e 18

Belém
2023
O estudo de Ebbinghaus refere-se aos experimentos conduzidos pelo psicólogo alemão
Hermann Ebbinghaus no final do século XIX. Ele é conhecido por seus estudos sobre a memória e o
esquecimento. Ao relatar os desfechos de seus estudos, é reconhecido como o ponto de referência
para a formação de um paradigma de pesquisa sistemática sobre a memória em indivíduos maduros,
o paradigma da aprendizagem verbal (MOTA, 2015).

O principal foco de pesquisa de Ebbinghaus era a memória verbal. Ele realizou uma série de
experimentos nos quais memorizava lista de palavras sem sentido, chamadas de "sílabas sem
sentido". Ele então registrava o tempo necessário para aprender essas listas e o quanto ele conseguia
lembrar após um determinado período de tempo.

Com base em seus experimentos, Ebbinghaus formulou a chamada "curva do


esquecimento". Ele descobriu que a maior parte do esquecimento ocorre logo após o aprendizado e
diminui com o tempo. Em outras palavras, a taxa de esquecimento é mais rápida nos primeiros
momentos após a aprendizagem e, em seguida, diminui gradualmente. Após esse período inicial, a
curva do esquecimento torna-se mais gradual, com uma perda mais lenta e constante de memória ao
longo do tempo.

Em termos gráficos, a curva do esquecimento geralmente é representada por uma curva


decrescente, mostrando uma perda acentuada da memória nas primeiras fases e, em seguida, uma
perda mais lenta e gradual. A forma exata da curva pode variar dependendo de fatores individuais e
da natureza da informação estudada.
Referencia

MOTA, Mailce Borges. Sistemas de memória e processamento da linguagem: um breve


panorama. Revista LinguíStica / Revista do Programa de Pós-Graduação em Linguística da
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Volume 11, número 1, junho de 2015, p. 205- 215.
ISSN 2238-975X 1. [http://www.letras.ufrj.br/poslinguistica/revistalinguistica] DOI:
10.17074/2238-975X.2015v11n1p205. Acesso em: 2 jun. 2023.

NEUFELD, C. B.; STEIN, L. M.. A compreensão da memória segundo diferentes perspectivas


teóricas. Estudos de Psicologia (Campinas), v. 18, n. 2, p. 50–63, maio 2001.
A teoria da interferência da memória é uma explicação psicológica que aborda como a
recuperação de informações da memória pode ser prejudicada ou influenciada pela presença de
outras informações. Segundo essa teoria, a interferência ocorre quando a recuperação de uma
determinada memória é dificultada devido à interferência de outras memórias que estão
armazenadas na mente.

Existem duas formas principais de interferência: a retroativa, em que novas informações


atrapalham a recuperação de antigas, e a proativa, em que informações antigas atrapalham a
recuperação de novas. Essa teoria é relevante para entender lapsos de memória e dificuldades de
recordação.

A teoria da interferência da memória destaca que a competição entre as informações


armazenadas na memória pode levar a falhas na recuperação de informações específicas. Esse
fenômeno pode explicar por que às vezes esquecemos coisas importantes ou confundimos detalhes
semelhantes.
Referencia

ALVES, M. V. C.; BUENO, O. F. A.. Interferência Retroativa: O Esquecimento como uma


Interrupção na Consolidação da Memória. Trends in Psychology, v. 25, n. 3, p. 1043–1054, jul.
2017.https://www.scielo.br/j/tpsy/a/yZ6XtNndZvDkgwJswZypcsH/abstract/?lang=pt#.
https://doi.org/10.9788/TP2017.3-07Pt. Acesso em: 2 jun. 2023.
Centro Universitário Metropolitano da Amazônia
Curso de psicologia

Bruna Lima da Fonte e Juliana Diniz Serra

Consciência e autoconhecimento na perspectiva do ato de dirigir da aluna Bruna Fonte


Fenômenos e processos psicológicos - Auto estudo 19
Belém
2023
O Behaviorismo Radical, não rejeita a possibilidade de realizar estudos científicos sobre a
consciência ou outros fenômenos considerados "mentais" ou "subjetivos", uma vez que reconhece
que são as próprias pessoas que os experimentam. Assim, tentando explicar esses conceitos a parti
de uma perspectiva comportamental. Ele trata da temática a parti de eventos privados, conteúdos
consciente e inconsciente.

Assim, trazendo a temática para o cotidiano, demonstrarei um exemplo no comportamento


consciente e inconsciente a parti da específica experiência da aluna Bruna Fonte. Demonstrando
essa temática na situação de dirigir um carro.

Quando eu estava aprendendo a dirigir um carro. No início, todas as ações que eu realizava,
como pisar no acelerador, no freio ou virar o volante, exigem esforço consciente. Assim, eu
precisava prestar atenção em cada movimento, lembrar das regras de trânsito, observar os sinais e
tomar decisões ativamente. Nesse estágio, meu comportamento é predominantemente consciente.

No entanto, na medida que eu adquirir mais prática e experiência, certas ações começam a se
tornar automáticas e inconscientes. Por exemplo, depois de um tempo, eu não precisava mais pensar
conscientemente em como executar cada movimento específico ao dirigir. Ações como acelerar
suavemente, fazer uma curva ou verificar o retrovisor se tornam automáticas, ocorrendo quase que
inconscientemente. Assim, eu não precisava mais se esforçar para tomar essas decisões, pois elas se
tornaram um hábito enraizado.

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