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flexível (o flexível é mais fácil, melhor de manusear), tratamento com antibiótico. E outra coisa que é
é feito um spray anestésico, e aí passa o importante é a drenagem postural, que é a
broncoscópio. Por ele se visualiza todo o interior do fisioterapia respiratória, não se esquecer disso, é
pulmão, observa se há corpo estranho, se tem muito importante, ajuda a retirar o material
secreção (colhe para exame), se tem lesão secretivo e acelera a melhora do paciente. Ou seja,
vegetante (biopsia). Não necessariamente todo não adianta só o antibiótico, é preciso fazer a
paciente vai fazer, é usado quando necessário. fisioterapia respiratória.
Lembrar sempre que o paciente pode complicar, Aqui pode ser usada também a Penicilina G
pode fazer hemoptise, pode ficar hemoptoico, pode Cristalina, mas ela não pega todos os anaeróbios,
fazer um empiema pleural (as vezes o abcesso é então é preciso associar ou com Metronidazol ou
muito próximo do espaço pleural e cai nele) é com Cloranfenicol. Ela só é usada se não tiver a
preciso fazer a drenagem torácica nesses casos. o clindamicina.
abcesso também pode cronificar, por exemplo o
paciente que não toma o tempo certo de antibiótico Em casos que o abcesso é crônico, aí se torna
(não adianta tomar uma semana, deve ser por 15- necessário o auxílio da cirurgia. O paciente fica com
20-30 dias), quando ele vai se cronificando, ele vai o abcesso crônico, ou com hemoptise sem parar,
formando uma carapaça que é difícil de tratar pode ter ruptura do abcesso caindo em espaço
(acontece muito com pacientes de interior, que pleural e gerando empiema e as vezes ele vai ter
chegam com 3-4 meses de abcesso, isso já é uma cavidade contaminada por fungo (já teve o
crônico). abcesso, ficou com uma caverna de sequela, e o
fungo vai morar nessa caverna, levando o paciente
Saber os diagnósticos diferenciais, diante de uma a sangrar sem parar). Então, os casos que não estão
situação dessa se perguntar se não pode ser um melhorando, são casos em que a cirurgia deve
câncer, se não pode ser tuberculose, se não pode auxiliar no tratamento.
ser um fungo, se por acaso é um corpo estranho.
Todas as possibilidades devem estar na cabeça para Apanhado geral – viu a cavitação, deve-se buscar a
que se possa agir dependendo da situação. Pode ser etiologia, e se a suspeita é bacteriana, faz a
um paciente que tem um enfisema pulmonar internação e trata com o antibiótico e fisioterapia
bolhoso, logo esse paciente já tem bolhas a dias respiratória.
nesse pulmão e as bolhas infectam. Por isso se BRONQUIECTASIA
atentar para o diagnóstico correto, para fazer o
tratamento adequado. A bronquiectasia é uma dilatação do brônquio,
geralmente ela é uma sequela, ou seja, é decorrente
O tratamento, voltado para abcessos bacterianos, a de uma outra complicação que esse paciente já
maioria dos casos vai apresentar quadros mais teve. Então, quem tem bronquiectasia, é para o
agudos, pacientes que estão com febre alta, resto da vida, é um diagnóstico que o paciente leva
secreção purulenta, fétida, RX com imagem para o resto da vida, a “destruição” desse brônquio
abcedada. Nesses casos nós temos que usar um é irreversível.
antibiótico com espectro principalmente para
anaeróbios, uma boa opção é a Clindamicina (IV) em A causa geralmente é uma infecção, um acúmulo de
quanto estiver internado, e depois da alta continua secreção. Então, um paciente que teve várias
com ele em VO. O tratamento dura em torno de 4 pneumonias, ou já teve pneumonia na infância (teve
semanas (ou até mais, vai se fazendo um até episódios de repetição), ou teve uma
acompanhamento e vendo a necessidade). A pneumonia que ficou por muito tempo (um agente
medida que se faz o antibiótico, a febre começa a agressor que ficou muito tempo atuando), ou o
melhorar, a leucocitose que era alta começa a paciente que teve uma tuberculose (principalmente
baixar, isso é sinal que está respondendo bem ao os que demoraram a fazer diagnóstico), paciente
RESUMO PNEUMOLOGIA AULA 7 – Anderson Bastos/ Guilherme Neves/ Lucas Ribeiro
que durante a doença fumava/bebia/não seguiu o tem passagem de ar (não ventila), mas ao retirar a
tratamento direito. Tudo isso atrasa a melhora do secreção/tratar o paciente, o pulmão volta a
paciente deixar sequelas no pulmão do doente. expandir. Diferente da bronquiectasia que é
irreversível. Geralmente, a bronquiectasia é em
A bronquiectasia é uma doença sem cura e severa, brônquios menores que ficam muito tempo sem ar
principalmente nos pacientes que tiveram infecção e acumulando secreção.
de repetição. Imagina o brônquio (o local do
brônquio), que está com grande acúmulo de Pessoas que tem disfunção de leucócitos,
secreção ali dentro por muito tempo, esse material insuficiência de imunoglobulina, ela vai ter sempre
purulento ali dentro do brônquio vai gerar uma infecção. Toda patologia, se tiver recorrência de
colonização de bactérias de forma crônica, as vezes infecção (infecção de repetição) pode levar a
fica ali por meses. bronquiectasia. Então, a fibrose cística por exemplo,
a Síndrome de Kartagener, pneumonia de
Então, nesse local acometido, vai começar a haver a repetição. Tudo isso é fator que leva a infecções de
secreção de proteases (elastase, colagenase). A repetição e pode causar bronquiectasia.
elastase vai destruir a elastina e a colagenase o
colágeno. Logo, vão sendo destruídos os CLASSIFICAÇÕES
componentes do brônquio. Se essa condição for em
todo o pulmão, você tem uma bronquiectasia Nós temos classificações para bronquiectasia. A
diferenciação é baseada na clínica.
extensa, se é um local específico de uma
pneumonia, vai pegar só aquele local ali. Então, A bronquiectasia úmida, geralmente são sequelas
quanto mais tempo aquele material purulento ficar de pneumonia, mais em base, cursa com material
preso ali se perpetuando, maior a destruição do purulento (secreção). Por isso são chamadas de
brônquio (QUE É IRREVERSÍVEL). úmidas, pois é mais difícil de drenar, tem mais
Então, vai haver dilatação e distorção, de todos os material purulento.
componentes do brônquio. O componente elástico Na sequela de ápice, nós vamos relacionar mais a
é destruído, o componente cartilaginoso é tuberculose, que cursa mais com sangramento do
destruído, o componente muscular, e isso leva o que com material purulento.
brônquio a ficar todo distorcido. Por isso, o ar vai
entrar com dificuldade, a secreção vai ter Em termos de anatomopatológico. Nós temos a
dificuldade para sair (o brônquio está tortuoso – cilíndrica a varicosa e a sacular. Então, lá na
isso impacta a secreção lá dentro do pulmão – esse tomografia nós podemos ter a visão sacular, ou
paciente vai ter tosse para o resto da vida). varicosa ou cilíndrica (o brônquio dilata e fica igual
a um tubo).
Os cílios (que estariam fazendo limpeza e
expulsando impurezas) em um caso como esse vão CLÍNICA
estar danificados/destruídos, logo não vai haver
A clínica vai ser de um paciente com quadro crônico.
mais a limpeza das impurezas e secreções.
As de base vão cursar mais com tosse,
CAUSAS expectoração, escarro purulento, sibilância,
cianose, baquetiamento digital, hipóxia.
Podemos ter como causas, as infecções,
principalmente as infecções bacterianas E as de ápice cursam mais com hemoptise, tem mais
(tuberculose, pneumonia), além de doença sangramento.
fúngicas, doenças virais (bronquiolite), aspiração de
Então, esse paciente vai ter que aprender a conviver
corpo estranho (criança aspira, alcoólatra aspira).
com esses sintomas pois é irreversível esse quadro.
A diferença dela para a atelectasia é que na
atelectasia por um momento parte do brônquio não
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TRATAMENTO