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Texto ba se ética e

sustenta-
bilidade
Prof. Jerry Adriano Chacon.
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ética e
sustentabilidade

Prof. Jerry Adriano Chacon.


ética empresarial

Introdução .................................................8
1. Ética para quê? ...........................................9
2. Definições de ética e moral .......................10
3. Concepções éticas ao longo da história .....16
3.1. Ética grega..................................................16
3.1.1 Sofista e Sócrates...........................................17
3.1.2. Platão.............................................................17
3.1.3. Aristóteles......................................................19
3.1.4. Estoicismo e Epicurismo................................19
3.2. Ética no medievo cristão ............................20
3.2.1. Herança da antiguidade .................................22
3.3. Ética moderna ............................................23
3.3.1. Ética kantiana ................................................24
3.4. Ética contemporânea ..................................25
3.4.1. Ética existencialista .......................................26
3.4.2. Ética pragmática ............................................27
3.4.3. Ética materialista/marxismo ..........................27
Ética e Sustentabilidade
Unidade 3

Conduta ética e moral das empresas

A ética empresarial está diretamente ligada às reflexões propostas


pela ética e as formas de condutas das empresas. As empresas
não são entes solitários, mas complexos de relações internas e
externas, nesse sentido pensar sobre a ética empresarial é olhar
como as empresas se portam moralmente nas diversas dinâmicas
da vida social.
A prática empresarial que coloca como paradigma a busca por
condutas éticas e morais, além de ser uma responsabilidade própria
da vida em sociedade, contribui com a melhoria da reputação da
empresa, o que pode trazer impactos positivos aos resultados.
Porém, cabe observar que a busca por resultados não deve ser
apenas uma alavanca que leve a empresa a criar um verniz ético e
moral.
A ética empresarial não pode ser figurativa ou tida como apenas
um recurso de propaganda da instituição. Com isso, fica evidente
que a ética empresarial não é uma mera escolha, mas sim uma
demanda humanitária ou humanista. Não se trata de um favor, mas
de um dever. Assumir uma postura ética e sustentável favorece
o bom desenvolvimento da empresa e da sociedade, nesse caso
envolvendo fornecedores, clientes, funcionários, sócios etc.
Num exercício reflexivo cabe a seguinte questão: um determinado
cliente que tenha consolidado valores de responsabilidade, cuidado
com o meio ambiente e transparência dos processos negociais
voltará a fazer negócio com uma empresa que não segue critérios
éticos em seus processos? Evidentemente essa relação será
abalada caso a empresa não garanta boas práticas de conduta e
assim se dará a quebra de confiança.
Mas se a empresa corresponde aos critérios éticos essa relação
será consolidada e a confiança será uma marca desse processo.
Esse é um dos benefícios da ética empresarial e que faz com que
o cliente valorize e reconheça o potencial da empresa. Confiança é
algo que lentamente se produz e rapidamente se quebra, por isso
a ética empresarial serve para se evitar o cometimento de erros
que possam levar a cabo a confiança.

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Ética Empresarial
Ética
Unidade 3

Como sempre pode haver um “mas”, “se”, é comum se utilizar da


lógica de justificar os meios pelos fins almejados. Se, então, for
necessário burlar determinada conduta ética para se chegar a um
determinado objetivo, talvez para conseguir um lucro a mais? Claro
que esse tipo de situação é real e concreta e coloca em xeque as
posturas éticas das empresas. Diante disso, cabe lembrar de que
ao se deixar dobrar por interesses escusos, ou seja, algo que se
encontra escondido, oculto e tende a ser uma ação desonesta,
a empresa perde a razão de ser (ética) e a curto, médio e longo
prazo pode estar fadada ao fracasso.
Para aprofundar essa reflexão, alguns pontos como questões I.
reputacionais e escândalos no mundo empresarial, II. compliace, III.
pilares da integridade e IV. códigos de conduta serão desenvolvidos
nesta unidade, mas sem a pretensão de levar a temática a um
esgotamento, o que se mostra impraticável. Os exemplos
apresentados são sempre dinâmicos e podem ser atualizados a
cada fato contemporâneo que atinge o universo corporativo.

Reputação empresarial

A reputação de uma instituição é basilar, pois cabe a ela garantir


a credibilidade, manutenção e expansão dos negócios. A imagem
reputacional é aquilo que chegar antes às pessoas e, por isso tem
o papel de alavancar os negócios potencializando oportunidades
comerciais cada vez maiores. Talvez, se fosse possível definir a
alma/essência de uma empresa essa seria sua reputação, pois ali
se encontra a força que dá dinamismo à instituição.
A reputação se define brevemente como a opinião ou o resultado
da avaliação pública de alguma coisa. No contexto empresarial
essa reputação pode ser boa ou má. Como salienta Antonik (2016,
p. 212): “[...] a reputação é basilar na ordem e no contexto social,
pois é impensada e se distribui uniformemente. É onipresente, e sua
espontaneidade é altamente eficiente”. Fazendo um trocadilho: “a
reputação é a alma do negócio”. O simples fato de uma empresa
ter uma má reputação já a torna menor no mundo corporativo e
mudar uma imagem não é algo muito simples de ser feito, não se dá

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Ética e Sustentabilidade
Unidade 3

num passe de mágica ou com apenas uma campanha publicitária


que até pode ajudar, mas precisa estar em real sintonia com a
experiência concreta que se fará da empresa.
O fato de a reputação de uma empresa ser a primeira experiência
que se tem dela exige um olhar atento a essa realidade. Muita
gente se questiona o motivo de se estudar ética numa formação
voltada para a gestão; pois bem, há muitas respostas a esse
questionamento, mas pegando uma linha bem pragmática, a
melhor resposta é a de que uma empresa sem ética e sem bom
reconhecimento reputacional, possivelmente, fará um breve
percurso no mercado e logo será deixada de lado por parcela
significativa dos consumidores.

As companhias investem em programas de relações-públi-


cas e comunicação com o objetivo de melhorar sua imagem
ou mesmo torná-la conhecida junto ao público consumidor.
Sempre que uma pessoa ou companhia sofre um revés em
sua imagem, ela procura um profissional especializado para
melhorá-la, uma vez que a reputação define como a empre-
sa é percebida. (ANTONIK, 2012, p. 212).

A busca pela boa imagem é, portanto, um desafio das instituições e


isso demanda a compreensão de que a boa imagem vai se formando
com o tempo e graças aos elementos de qualidade oferecidos pela
própria empresa, tanto para as questões internas, quanto às externas.
Antonik (2012), oferece alguns exemplos interessantes quanto à
necessidade da coerência. Não adianta uma instituição bancária
fazer uma bela peça publicitária dizendo que as pessoas são o seu
maior patrimônio e quando essas pessoas chegam ao banco para
serem atendidas são pessimamente tratadas em filas demoradas e
sem o mínimo de cuidado e respeito. Ou uma empresa aérea dizer
que o motivo de decolar são seus clientes e ter práticas terríveis
de atendimento ao usuário, remarcação de voos mais cara que o
voo, cancelamentos inadvertidos de viagens e atrasos constantes.
Assim, ela não decola. Esses exemplos são bem significativos e
podem ser ampliados para outras esferas do mundo empresarial.

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Ética Empresarial
Ética
Unidade 3

No limite, a incoerência se apresenta quando a publicidade


apresentada não condiz com a realidade vivida pelos stakeholders.
Um produto, serviço, atendimento ruim resulta em uma imagem
reputacional ruim. Fica evidente que a criação de uma boa imagem
reputacional é importante, mas não se sustenta sem a coerência da
empresa e das pessoas que a formam. Cada parte da empresa é
importante para a formação da imagem reputacional, assim como
um corpo ele precisa funcionar de maneira coesa e coerente. Os
meios de comunicação, as relações interpessoais e as experiências
pessoais são determinantes nesse processo.
Como fazer então? Seguem algumas dicas sintetizadas por Antonik
(2012, p. 213):

• Inovação é a ordem. Tecnologias e soluções inovadoras são


uma obsessão.
• São bons lugares onde se trabalhar.

• Produtos de alta qualidade, com garantia irrestrita. Não


funcionou ou não gostou, nós trocamos, não importa em que
país você comprou.

• Coerência entre a propaganda e o serviço prestado ou o


produto vendido.

• Sustentabilidade e preocupação com o meio ambiente.

• Cultura empresarial de alto nível.

• Compliance, ética e responsabilidade social.

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Ética e Sustentabilidade
Unidade 3

Começou bem, mas se perdeu nos processos…

Era uma vez uma família muito conhecida e respeitada em seu


bairro que ficava em uma determinada cidade, de um certo país.
Essa família começou um negócio de vendas de produtos variados
e procurava atender cada pessoa com atenção, zelo e muita
responsabilidade. Esse pequeno negócio em família foi ficando
conhecido por moradores de outros bairros da cidade que iam até
a loja da família para adquirir diversos produtos. Sempre quando
um cliente chegava era bem atendido e acompanhado em todo
processo de venda e pós-venda. A fama do trabalho feito continuava
a se espalhar e as pessoas buscavam cada vez mais aquela loja.
Chegou um determinado momento em que a família que iniciara o
negócio percebeu que precisava fazer uma expansão, pois a loja já
não dava conta da demanda, então compraram um terreno em um
outro bairro um pouco maior que o de origem da loja e fizeram mais
uma unidade, mantendo o padrão de atendimento e qualidade, ou
seja, sendo fiel ao propósito inicial da família.
A demanda pela loja continuava a aumentar e a boa fama da empresa
não parava de crescer, nesse caso mais algumas unidades da loja
foram sendo criadas. Tudo ia muito bem. Mas, no meio do processo
de crescimento e ampliação de atuação, alguns procedimentos
começaram a ser deixados de lado, tais como a atenção, o zelo
e a responsabilidade da empresa com relação aos interesses dos
clientes na venda e no pós-venda. Para piorar, a empresa que era
familiar agora contava com uma série de departamentos que não se
comunicavam e a relação com e entre os funcionários estava cada
vez mais burocratizada e menos acolhedora.
Os resultados dessas falhas durante o crescimento da empresa
começaram a dar seus frutos que não eram muito positivos para a
vida da empresa, pois a sua imagem reputacional que havia feito
com que ela crescesse e ganhasse ainda mais mercado começou
a ser maculada. Os atendentes estavam desanimados com os
excessos de burocracias e cobranças desnecessárias e isso se
revertia na apatia e desânimo na prestação do atendimento aos
clientes. Por sua vez, os clientes que buscavam, ao ingressarem

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Ética Empresarial
Ética
Unidade 3

na loja, sentir e vivenciar o que se havia construído como uma bela


imagem reputacional se depararam com uma outra realidade e isso
gerava uma contradição e incoerência entre o discurso construído e
a realidade vivida.
Esses clientes insatisfeitos descobriram que além da venda não
se dar mais no mesmo padrão de qualidade, o pós-venda estava
terrível, pois os departamentos trabalhavam como ilhas que não se
conectam e não havia um diálogo entre clientes e a empresa. Um
dos clientes antigos da loja, descontente com a situação, resolveu
escrever um pequeno texto de desabafo num jornal de opiniões
sobre o que ele conhecia da loja e o que ele estava vendo e sentindo
no momento. Esse texto se espalhou pelos bairros e cidades, pois
muitas pessoas tinham a mesma opinião crítica. Com isso, as lojas
começaram a sentir o impacto da redução de vendas e aumento dos
casos de reclamação. Aquela bela imagem reputacional estava se
diluindo em uma imagem de péssima reputação e em menos de um
ano a empresa não conseguiu arcar com as demandas, dívidas e
custos tendo que abrir falência.
Tendo esse caso como paradigma de construção e desconstrução
da boa imagem reputacional, tente aplicar os conteúdos trabalhados
e pensar estratégias para reverter a situação em que a empresa se
encontra.

Escândalos no mundo empresarial

Se o atendimento aquém do esperado prejudica a imagem


reputacional da empresa, quem dirá os casos de corrupção? Não
há dúvidas que esse tipo de situação é destruidor para a reputação
empresarial e afeta de maneira dura todo o processo de negócios,
bem como a própria sociedade que se vê traída e muitas vezes
roubada pelas empresas que agem de maneira viciosa e pouco
republicanas.
Muitas vezes a busca por lucros a todo custo cega o ser humano
que passa a cometer uma série de erros, esses erros impactam na
reputação do indivíduo, sendo que no caso de uma empresa isso
assola a sua imagem e a leva a crises de medidas gigantescas.

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Ética e Sustentabilidade
Unidade 3

Neste tópico, serão apresentadas algumas situações de


escândalos no ambiente empresarial que afetaram a vida da
instituição e da sociedade.

Caso 1 - “Dieselgate” ou “Emissionsgate”

A Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos, no


ano de 2015, fez um anúncio que gerou um tremendo abalo no
universo das empresas automotivas. A agência acreditava que a
empresa Volkswagen havia manipulado os testes de emissão de
gases poluentes dos seus veículos movidos a diesel. Isso tudo para
terem a aprovação dos padrões de regulação dos Estado Unidos.
Para fazer isso a empresa teria programado de maneira intencional
a injeção eletrônica dos carros para a emissão controlada de
poluentes durante a testagem, ou seja, fizeram uma mudança no
software para reduzir a emissão durante os testes, mas quando
os veículos eram utilizados nas estradas a emissão de poluentes
podia atingir até 40 vezes a mais que o limite tolerado nos Estado
Unidos.
Após a revelação dessa fraude cometida pela empresa, muitas
investigações foram iniciadas em vários países e se chegou a
conclusões que esse mecanismo de alteração das emissões
chegou a cerca de 11 milhões de carros. Essa situação colocou em
xeque a integridade e imagem reputacional da Volkswagen, que
para tornar a situação ainda mais difícil foi omissa em reconhecer
a prática equivocada, há cerca de 2 anos.
Essa demora em reconhecer o erro gerou muito desgaste
para a empresa e a quebra de confiança por parte do mercado
consumidor. Lembrando que a imagem reputacional demanda
sempre a confiança nas relações. Apenas em 18 de agosto de
2015 a instituição reconheceu o erro. O resultado disso tudo foi
uma queda nas ações da Volkswagen em até um terço em 2015.
Em setembro de 2017, o prejuízo dessa fraude chega a 30 bilhões
de dólares. Além disso, executivos da empresa foram condenados
judicialmente e até presos, como é o caso de Oliver Schmidt. Na
Alemanha, em junho de 2018, a empresa foi multada em 1 bilhão de

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Ética
Unidade 3

euros. A montadora alemã acatou a decisão. Em fevereiro de 2019,


o Departamento de Proteção ao Consumidor do Brasil concluiu o
processo administrativo contra a Volkswagen determinando uma
multa de R$7,2 milhões por conta do “dieselgate”.

Caso 2 - ENRON
“É, sem dúvida, um dos mais famosos – pelos piores motivos
– e citados escândalos empresariais de todos os tempos. A
situação começou em inícios de 2001, altura em que os analistas
questionaram as contas apresentadas no reporte anual da
empresa face ao ano anterior. As contas estavam marcadas por
uma variedade de procedimentos irregulares, o que tornava difícil
perceber de que forma é que a empresa estava a gerar dinheiro,
apesar de ter negócios no sector da energia, das commodities e
das telecomunicações. A SEC começou a investigar e descobriu
que a Enron estava a esconder milhares de milhões de dólares em
passivos através de entidades de propósito específico (empresas
que controlava), o que lhe permitia aparentar ser uma empresa
rentável, apesar de estar já a sofrer de uma enorme hemorragia
financeira.
A história da Enron demonstra como é possível uma empresa
chegar ao topo do mundo apenas para enfrentar uma queda
estonteante. O colapso da empresa afetou igualmente milhares de
empregados – tinha cerca de 21 mil – e abalou significativamente
Wall Street. Até hoje, muitos continuam a questionar-se como um
negócio tão poderoso – na altura, uma das maiores empresas dos
Estados Unidos – se desintegrou quase da noite para o dia. E
continua igualmente difícil de perceber de que forma a sua gestão
de topo conseguiu enganar os reguladores durante tanto tempo,
com fraudes contabilísticas e fiscais e tendo conseguido esconder
dívidas avaliadas em 25 milhões de dólares durante dois anos.
A queda da Enron arrastou consigo também a Arthur Andersen,

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Ética e Sustentabilidade
Unidade 3

responsável pela auditoria das suas contas e muitas outras


empresas, instituições financeiras e escritórios de advogados.
O seu CEO, Jeffrey Skilling, cumpriu 12 anos de prisão efetiva e
foi libertado em 2018.
O preço das ações da Enron desceu de 90,56 dólares para
menos de um dólar à medida que a crise foi se desenrolando, o
que a forçou a abrir falência.”

Disponível em: https://www.ver.pt/os-10-maiores-escandalos-


empresariais-dos-ultimos-20-anos/. Acesso em 23 de out. 2021.

Caso 3 - Mark Parker (Nike)


Depois de 13 anos à frente da Nike, o CEO Mark Parker deixará
o cargo em janeiro de 2020. Funcionário desde 1979, a gestão
de Parker foi marcada por uma série de escândalos. Um deles
aconteceu em 2018, quando duas funcionárias processaram a Nike
por considerarem o ambiente de trabalho tóxico e sexista. Este
ano, mulheres atletas revelaram ganhar menos em contratos de
patrocínio da Nike durante a gravidez e a agência antidoping dos
Estados Unidos acusou o CEO de estar envolvido em um escândalo
de uso de substâncias proibidas por atletas. Na ocasião, Parker
recebeu e-mails de um treinador contratado pela Nike em busca
de uma droga para melhoras de performance.”
Disponível em: https://epocanegocios.globo.com/Empresa/
noticia/2019/10/sob-polemicas-ceo-da-nike-vai-deixar-o-cargo-
apos-13-anos.html . Acesso em 23 de out. 2021.

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Unidade 3

Caso 4 - Facebook é condenado a pagar US$ 5 bilhões por caso


Cambridge Analytica

“E o escândalo da Cambridge Analytica parece que não vai


largar o Facebook tão cedo. Em julho deste ano, a rede social foi
condenada pela Federal Trade Comission (ou FTC, o órgão que
regula as telecomunicações nos EUA) a pagar uma multa de US$
5 bilhões por ter usado de maneira indevida informações de 87
milhões de usuários da sua plataforma.

Segundo o órgão, o Facebook falhou em proteger os dados de


usuários de empresas terceirizadas e descumpriu leis ao mentir
para usuários, dizendo que sistemas de reconhecimento facial
estavam desativados por padrão.

Contudo, não é “somente” a quantia de US$ 5 bilhões que


a empresa vai ter de desembolsar como penalidade. O órgão
também fechou acordo de restrições de atuação e o Facebook
agora passará trimestralmente por uma análise privada de novos
serviços e produtos em desenvolvimento. Tudo fiscalizado pelas
agências reguladoras.
A empresa também terá de acertar com investidores. O acordo
prevê pagamento do Facebook ao Securities and Exchange
Commission (ou SEC - uma espécie de CVM norte-americana), um
total de US$ 100 milhões. Isso porque a companhia teria falhado
ao comunicar sobre o caso a seus investidores.
O problema disso tudo é que, para muitos, o valor da multa
aplicada ao Facebook foi baixo, considerado um “troco de pinga”
para a rede social, cujo faturamento está na casa das dezenas de
bilhões de dólares. Em um artigo para o jornal The New York Times,
Kara Swisher, jornalista especializada na cobertura de Tecnologia,
afirmou: “Coloquem um zero a mais [na multa do Facebook]. Então
podemos conversar”.”
Disponível em: https://canaltech.com.br/mercado/retrospectiva-
2019-os-maiores-escandalos-e-fiascos-do-ano-das-empresas-de-
ti-158514/. Acesso em 23 de out. 2021.

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Ética e Sustentabilidade
Unidade 3

Compliance

A imagem reputacional de uma empresa demanda agir de


acordo com as regras e normas. Nesse sentido, a palavra inglesa
compliance, que vem do verbo to comply, no ambiente empresarial
vai ser entendida como a capacidade de agir em conformidade
e integridade. Trata-se de uma exigência de que a instituição
siga alinhada às regras e atenda a uma governança corporativa
preocupada e atenta, não só às questões de corrupção, mas
também às tratativas legais das diversas obrigações a que se
submete uma empresa como as trabalhistas, fiscais, concorrenciais
etc. O compliance está ligado ao exercício da responsabilidade
legal a que a empresa está submetida.

Diferentemente da ética, que é assumida com espontaneida-


de, o compliance está relacionado à responsabilidade legal.
Ser ético é agir voluntariamente com princípios morais para
com a sociedade. Já compliance é cumprir com regras e
regulamentos; é trabalhar ou agir dentro da lei. (ANTONIK,
2012, p. 46-47).

As empresas que obedecem a regras e critérios legalmente


exigidos na produção de bens específicos estão dentro do
compliance. Sendo assim, todo o conjunto regulatório aplicado
pelas diversas agências de controle compõe os paradigmas do
que é permitido às empresas realizarem. Além de atender às
demandas normativas externas, as empresas podem criar regras
para as relações internas da instituição que seriam o compliance
interno da empresa. Em ambas as situações a implantação desse
sistema é importante para impedir práticas de corrupção por parte
da empresa.
Ainda, de acordo com Antonik (2012, p. 47-48), baseando-se na
Global Integrity Summit (Cúpula Global da Integridade), da Griffith
University, há cinco aspectos fundamentais para o desenvolvimento
do compliance.

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Ética Empresarial
Ética
Unidade 3

Regulamentação: regras claras, factíveis e disseminadas,


acordadas por todos na sociedade. Educação: formação e
capacitação sobre conceitos de integridade e ética para en-
gajar os envolvidos. Cooperação: integração e colaboração
entre diferentes países e instâncias regulamentares e de in-
vestigação. Transparência: ferramentas de divulgação, mo-
nitoramento e acompanhamento de informações públicas.
Independência: liberdade para investigação e julgamento
de casos de corrupção.

No caso do Brasil, a questão do compliance ganha relevância


com a criação da Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013. Essa lei
ficou conhecida como a Lei do Compliance. A Lei, então, dispõe
sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas
pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou
estrangeira, e dá outras providências.
O artigo primeiro da Lei, em parágrafo único, reza o seguinte:
“Aplica-se o disposto nesta Lei às sociedades empresárias e às
sociedades simples, personificadas ou não, independentemente
da forma de organização ou modelo societário adotado, bem como
a quaisquer fundações, associações de entidades ou pessoas, ou
sociedades estrangeiras, que tenham sede, filial ou representação
no território brasileiro, constituídas de fato ou de direito, ainda que
temporariamente” (BRASIL, 2013).
Os atos considerados lesivos à administração pública nacional
ou estrangeira estão presentes no artigo 5º da lei. Esses atos são
tipificados de maneira clara e são atribuídos às pessoas jurídicas
que atentem contra os princípios da administração pública ou
contra os compromissos internacionais. Assim são definidos esses
atos lesivos:

I - prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vanta-


gem indevida a agente público, ou a terceira pessoa a ele
relacionada;
II - comprovadamente, financiar, custear, patrocinar ou de
qualquer modo subvencionar a prática dos atos ilícitos pre-

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Ética e Sustentabilidade
Unidade 3

vistos nesta Lei;


III - comprovadamente, utilizar-se de interposta pessoa física
ou jurídica para ocultar ou dissimular seus reais interesses
ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados;
IV - no tocante a licitações e contratos:
a) frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qual-
quer outro expediente, o caráter competitivo de procedimen-
to licitatório público;
b) impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato
de procedimento licitatório público;
c) afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou
oferecimento de vantagem de qualquer tipo;
d) fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente;
e) criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica
para participar de licitação pública ou celebrar contrato ad-
ministrativo;
f) obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulen-
to, de modificações ou prorrogações de contratos celebra-
dos com a administração pública, sem autorização em lei,
no ato convocatório da licitação pública ou nos respectivos
instrumentos contratuais; ou
g) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro
dos contratos celebrados com a administração pública;
V - dificultar atividade de investigação ou fiscalização de
órgãos, entidades ou agentes públicos, ou intervir em sua
atuação, inclusive no âmbito das agências reguladoras e
dos órgãos de fiscalização do sistema financeiro nacional.
Regulamentação: regras claras, factíveis e disseminadas,
acordados por todos na sociedade. Educação: formação e
capacitação sobre conceitos de integridade e ética para en-
gajar os envolvidos. Cooperação: integração e colaboração
entre diferentes países e instâncias regulamentares e de in-
vestigação. Transparência: ferramentas de divulgação, mo-
nitoramento e acompanhamento de informações públicas.
Independência: liberdade para investigação e julgamento
de casos de corrupção (BRASIL, 2013).

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Ética Empresarial
Ética
Unidade 3

Estar atento a isso, então, é um dever das empresas que


atuam no Brasil. Não basta saber sobre as leis é preciso segui-
las. O compliance deve atuar em diversos pontos: prevenção à
lavagem de dinheiro e financiamento de práticas que geram
violências; fraudes; privacidade; integridade; avaliações; gestão
de riscos; canais acessíveis a denúncias, sendo que tudo isso
deve ser feito de maneira contínua e buscando criar, na empresa,
uma cultura interna de respeito e seguimento das regras. Como
destaca Serpa (2016, p. 9-10): compliance deve ser um programa
pelo qual uma organização consiga prevenir e detectar condutas
criminosas/ ilegais e, também, promover uma cultura que encoraje
o cumprimento das leis e uma conduta ética”.

Pilares da integridade empresarial

Segue-se uma apresentação dos pilares com base em Serpa


(2016, p.11). Os pilares, mínimos de um programa de compliance
são postulados de acordo com os requerimentos do Federal
Sentencing Guidelines e apresentados da seguinte maneira:
1. Avaliação de riscos e determinação de respostas aos riscos.
Os riscos são eventos que trazem impactos negativos na busca de
objetivos. Quando se busca fazer a avaliação de riscos é preciso
ponderar sobre os objetivos almejados, pois os riscos atingem de
maneira negativa essa busca. A prevenção dos riscos com exatidão
é algo muito difícil e nem sempre isso é capaz de ser realizado. Há
dois tipos de riscos. Os inerentes que são naturais das operações
da empresa simplesmente por ela existir e se propor a ocupar um
espaço no mercado. Cada área tem os seus riscos inerentes. Os
residuais “são os riscos inerentes já com a aplicação das ações
de gestão de riscos e controles (poderíamos chamá-los de riscos
“líquidos”)” (SERPA, 2016, p. 17). Além disso, os riscos podem ser
identificados numa escala de alto, médio e baixo. Cabe identificar
no universo de cada empresa esses potenciais riscos e ver suas
relações com outros e assim buscar diferentes estratégias para a
gestão de riscos. Estratégias: 1. Aceitar o risco e quando ele se
materializa, lidar com ele, trata-se de uma estratégia para um grau

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Ética e Sustentabilidade
Unidade 3

de risco baixo. 2. Eliminar o risco de modo a evitar que ele ocorra


e para isso o caminho é radical, pois demanda eliminar a fonte do
risco. 3. Controlar, ou mitigar o risco que passa pela aplicação de
mecanismos de diminuição do grau do risco por meio de controles.
4. Transferir o risco por meio do uso de um seguro feito com um
terceiro, isso não finaliza o prejuízo, mas o reduz. 5. Explorar o
risco que se caracteriza como uma estratégia muito difícil e mais
voltada para o ambiente acadêmico e de pesquisas.
2. Definição de políticas e procedimentos. Trata-se do momento
destinado à criação das políticas de compliance da instituição.
Esse processo deve ser formalizado por meio do movimento de
documentação para sistematização daquilo que servirá para a
postura da empresa diante das demandas dos negócios. Esse
processo de registro e documentação pode contar com o “código
de conduta”, estabelecimento das políticas e procedimentos que
devem ser acessíveis e com linguagem clara.
3. Suporte da Alta Administração. Entende-se que o exemplo
é mais importante do que as palavras. Quando se pensa no alto
escalão das empresas, sem dúvidas se espera que sejam os
primeiros a colocar em prática o compliance. Os gestores devem
liderar esses programas e assim incentivar os demais funcionários,
nesse caso dar vida ao programa e o tirar do papel. Esse suporte
passa também pela escolha e valorização efetiva do programa com
a liderança sendo feita por pessoas capacitadas e voltadas para
isso. O perfil do profissional de compliance, segundo Serpa (2016)
demanda: capacidade de raciocínio crítico; boa capacidade de
comunicação; simplificar assuntos complexos; ter critério e cautela
diante dos fatos; não buscar as saídas mais fáceis; trabalhar
sob pressão; ser proativo e respeitoso. Isso exige investimento e
interesse da alta administração da empresa.
4. Comunicação e treinamento. Trata-se de um pilar muito
relevante, pois é graças à comunicação e formação que os
programas se efetivam. Esse investimento é feito com foco no
fortalecimento da compreensão das pessoas sobre a necessidade
e motivo de atenderem de forma consciente o programa. Essa
comunicação pode ser feita de diversos modos e ferramentas.
Due diligence de terceiros. De forma sintética, esse pilar se refere

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Ética Empresarial
Ética
Unidade 3

à responsabilidade da empresa pelos atos ilícitos cometidos por


terceiros, isso demanda que a empresa contratante conheça bem as
empresas que a representam. “O que se busca em uma due diligence
é identificar se há ou não indicadores de potenciais problemas
passados – red flags – em relação ao risco que se está tentando
minimizar durante o processo de contratação. (SERPA, 2016, p. 48).
5. Monitoramento, e auditoria, do funcionamento do programa.
O monitoramento cabe aos responsáveis pelo programa de
atividades, já a auditoria deve ser feita de maneira independente. O
papel de monitorar serve ao propósito de medir riscos e controles.
Toda ação de monitoramento deve ser executada de maneira bem
planejada, registrada e documentada, pois isso ajuda a entender a
importância do programa e pensar em aprimoramentos.
6. Disponibilização de um mecanismo para reporte ou auxílio,
de forma anônima e/ ou confidencial, em relação a condutas,
ou suspeitas de condutas criminosas. Os canais de denúncias
de irregularidades são importantes fontes de informação para
identificação de fraudes; caracterizam-se como um canal seguro
para que os funcionários possam se sentir mais seguros para a
comunicação. Uma palavra-chave que se destaca neste pilar é
a confiança, pois sem ela não haverá demanda pelo uso desses
mecanismos.
7. Investigação de, e respostas para condutas inconsistentes
com os objetivos do programa. O processo de investigação visa
proteger os interesses da companhia e prevenir riscos. Esse
processo deve ser feito de maneira séria com equipe dedicada.
8. Melhoria contínua.

O importante aqui é que o seu programa de compliance res-


ponda à realidade da sua empresa. Sempre que for identifi-
cada uma novidade, uma mudança no ambiente externo ou
interno, um novo modelo de negócios, uma fraude ou um caso
de má-conduta que demonstra fraquezas no programa, um
resultado de auditoria interna ou externa, ou qualquer outra
razão que o leve a pensar se é necessário ou não rever o seu
programa de compliance, O FAÇA! (SERPA, 2016, p. 84).

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Ética e Sustentabilidade
Unidade 3

Segue de tudo isso que esses pilares aqui resumidos são muito
complexos e demandam real interesse da empresa para serem
executados de maneira a garantir integridade da instituição e a
imagem reputacional.

Códigos de conduta

Há toda uma discussão com relação aos termos código de conduta


ou código de ética, pois sendo a ética uma ciência dedicada ao
estudo da moral e também uma prática dos indivíduos não seria
possível estabelecer um código de ética, mas as empresas podem
exigir dos seus funcionários determinadas condutas que estejam
alinhadas aos princípios éticos que regem a organização, nesse
sentido parece apropriado o uso do termo código de conduta.
Aqui não se tem como pretensão fazer uma análise exaustiva
sobre essas variações terminológicas, então quando se diz sobre
o código de conduta não se exclui aquilo que para muitos teóricos
seria o código de ética, por isso ao longo do texto será usado o
termo código de conduta/ética.
Código de ética ou de conduta, em resumo, é um instrumento que
faz parte da ética empresarial e que procura nortear as ações dos
funcionários e executivos, serve para balizar as ações e tomadas
de decisões, apresenta e procura fazer a manutenção das políticas
empresariais e dos programas de compliance com exemplos e,
numa linguagem clara e acessível, contém as sanções em caso
de descumprimento do código, sendo algo conhecido pelos
funcionários.
Ao se ler um código de conduta/ética é preciso identificar as
intenções da empresa e como ela pretende tratar os clientes,
concorrentes e fornecedores. Trata-se de um instrumento que é
alçado para o patamar de documento declaratório e referencial
das intenções institucionais com sua dimensão disciplinar e de
boa conduta.
Cabe ao código de conduta/ética abordar os aspectos que
envolvem os agentes de mercado e a relação com a concorrência;
agentes governamentais e reguladores; a comunidade e

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Ética Empresarial
Ética
Unidade 3

sociedade em geral; os envolvidos nos negócios da empresa, isso


é, consumidores, clientes, funcionários, fornecedores, parceiros,
associados, acionistas, investidores; trazer temas transversais
voltados aos direitos fundamentais; destacar as políticas de
inclusão e respeito às diversidades; abordar a sustentabilidade
empresarial.
Como evidencia Santos (2019), o processo ético deve ser
integrado a todo processo da empresa, nesse caso o código de
conduta deve contemplar aspectos temporários; todas as áreas
internas e ambientes externos; os diferentes níveis hierárquicos,
bem como todos os agentes da cadeia de produção. Partindo
dessas dimensões de integração é possível pensar em como
desenvolver e implantar um código de conduta empresarial.
Não há uma fórmula pronta para esse processo, mas é possível
considerar alguns aspectos que não podem ser desprezados como
salienta Santos (2019). Segue uma síntese desses aspectos.
Missão, valores e objetivos da empresa. A realidade e o contexto
institucional, tais como o porte da empresa, o histórico, as políticas
internas e o segmento de atuação. Aspectos legais vigentes
no país. A comunidade interna, que deve participar de maneira
ativa do processo de elaboração, revisitação e atualização do
código, de acordo com o tamanho da empresa, pode envolver
diretamente todos os funcionários ou se for uma empresa muito
grande cuidar de buscar um modelo de real representação. A
comunidade externa pode ser inserida no processo na tentativa de
ampliar a visão e aumentar a transparência do processo visando
a contribuição. A multicultura, os aspectos étnicos e religiosos
devem ser considerados, respeitados e ouvidos, nunca se deve
esquecer que a empresa está inserida na sociedade e enfrenta
os mesmos desafios de inclusão e busca de posturas menos
excludentes. Considerar que todos são iguais, considerando-se as
desigualdades.
Em linhas gerais, a construção do código de conduta/ética deve
ser um processo transparente, participativo e com as contribuições
de agentes externos, mas sem a imposição de padrões e receitas
prontas. Um grande erro desse processo é o “copiar e colar” um
determinado código já pronto para a instituição. O engajamento é

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Ética e Sustentabilidade
Unidade 3

necessário para que o código tenha vitalidade e seja assumido.


“A responsabilidade final pelo conhecimento e cumprimento dos
princípios constantes no Código deve ser atribuída a todos e a
cada um dos empregados” (MOREIRA, 2002, p. 186).

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Ética
Unidade 3

REFERÊNCIAS

ANTONIK, Luis Roberto. Compliance, ética, responsabilidade


social e empresarial: uma visão prática. Rio de Janeiro, RJ: Alta
Books, 2016.

BRASIL. Lei nº 12.846, Lei Anticorrupção de 1º de agosto de 2013.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2013/lei/l12846.htm. Acesso em 23 de out. de 2021.

MOREIRA, Joaquim Manhães. A ética empresarial no Brasil. São


Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.

SANTOS, Fernando Almeida. Ética empresarial. 1. ed. São Paulo:


Atlas, 2019.

SERPA, A. da C. Compliance descomplicado – Um guia simples e


direto sobre mecanismos de compliance. Disponível em: https://ler.
amazon.com.br/?asin=B01DH79EH2. Edição 1, 2016. Acesso em:
23 de out. de 2021.

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