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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia

Impacto das Virtudes Profissionais para o desenvolvimento das Organizações/ Empresas

Celestino Alfredo e código 708210739

O Tutor:

Curso: Geografia
Disciplina: Ética Profissional
Ano de Frequência: 4º Ano

Pemba, Abril, 2024

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Índice

Introdução..........................................................................................................................3

1. Impacto das Virtudes Profissionais para o desenvolvimento das Organizações/


Empresas............................................................................................................................4

1.1. Virtudes profissionais.............................................................................................4

1.2. Ética profissional....................................................................................................6

1.3. Tradições e virtudes morais nas organizações da empresária................................6

1.4. Virtudes e códigos nas organizações......................................................................7

1.5. Organização empresarial no meio de trabalho.......................................................8

1.6. Cultura organizacional no desenvolvimento das empresas....................................9

Conclusão........................................................................................................................11

Referências bibliográficas...............................................................................................12

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Introdução

O presente trabalho tem como tema em abordagem Impacto das Virtudes Profissionais para o
desenvolvimento das Organizações/ Empresas, que traz um auto conhecimento relevante, em
contraponto a isso, este estudo contribui com a proposta de que a responsabilidade
social empresarial precisa estar amparada, à princípio, em valores compartilhados na
forma de virtudes e princípios éticos orientadores das condutas organizacionais.
Portanto, Entende-se que a ausência desses alicerces traz efeitos indesejados, como a
instrumentalização de acções apenas para construção de uma imagem organizacional e
obtenção de vantagem económica, derivando críticas às práticas de responsabilidade
social empresarial.

Objectivo geral

 Contextualizar Impacto das Virtudes Profissionais para o desenvolvimento das


Organizações/ Empresas.

Objectivos específicos

 Identificar os deveres de um profissional dentro de sua profissão.


 Caracterizar as virtudes que vão guiar o futuro de uma carreira.
 Cultura organizacional no desenvolvimento das empresas

Metodologia do trabalho

No que diz respeito a metodologia usada na realização do presente trabalho, salientar


que foi baseado na pesquisa bibliográfica, onde focou – se em obras que falam sobre o
tema em estudo. E as demais informações complementares foram obtidas a partir de
uma busca de forma manual com base nas referências observadas e listadas nos artigos
inclusos no estudo de revisão sistemática.

Estrutura do trabalho

A sua estrutura organizacional compreende os elementos pré-textuais, textuais e pós-


textuais, e os conteúdos estão sequenciados de acordo com a sua amplitude lógica.

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1. Impacto das Virtudes Profissionais para o desenvolvimento das
Organizações/ Empresas

Contextualização

O desenvolvimento de virtudes que influenciam as relações nos ambientes


organizacionais acaba por indicar se uma empresa é capaz de ser íntegra ou não. Uma
vez que o capital humano é de grande influência para as organizações, as características
relativas a personalidade dos indivíduos que as compõem podem influenciar no
ambiente organizacional e na formação de uma empresa ética. Para a empresa ser ética,
depende das pessoas que a constituem serem virtuosas (BORGES; SOUZA, 2020).

Como por exemplo: o desenvolvimento das virtudes morais ocorre ao longo da vida do
ser humano e é base da personalidade ética, sendo uma característica a ser adquirida
Isso pode acontecer através da cultura em que a pessoa está inserida, tanto nos
ambientes de trabalho quanto como condição para adentrar no mercado.

As características morais do ser humano são analisadas pelas empresas na busca por
profissionais, uma vez que procuram por perfis que se adequem a elas ou que possam
ser desenvolvidos e moldados. Na actualidade, muito se discute acerca da
essencialidade da ética no mundo empresarial. Dentro das organizações, a ética
desenvolve boas relações tanto entre os colaboradores quanto nas relações externas com
os clientes, sendo que segundo SOUZA 2009 diz que os deveres de um profissional são:

 Acatar e cumprir as directrizes da empresa;


 Fazer os exames médicos obrigatórios;
 Ser Ético;
 Não divulgar informações da empresa para terceiros;
 Manter limpos os ambientais que utilizar;
 Respeitar chefes e colegas;
 Ser pontual e assíduo (não faltar de forma injustificada);
 Usar medidas de protecção

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1.1. Virtudes profissionais

Ames, Serafim e Martins (2022) definem as virtudes utilizando a compreensão de


Aristóteles, como um conceito de raiz filosófica, considerado como um meio termo
entre dois vícios, duas malícias: por um lado a falta e por outro, o excesso.

Não obstante os deveres de um profissional, os quais são obrigatórios, devem ser


levadas em conta as qualidades pessoais que também concorrem para o enriquecimento
da actuação profissional, algumas delas facilitando o exercício da profissão. Muitas
destas qualidades poderão ser adquiridas com esforço e boa vontade, aumentando neste
caso o mérito do profissional que, no decorrer da sua actividade profissional, consegue
incorporá-las à sua personalidade, procurando vivenciá-las ao lado dos deveres
profissionais.

Segundo Clauss Moller, a associação entre as virtudes lealdade,


responsabilidade e iniciativa são fundamentais para a formação de recursos
humanos. O futuro de uma carreira depende dessas virtudes.

O senso de responsabilidade é o elemento fundamental da empregabilidade. Sem


responsabilidade a pessoa não pode demonstrar lealdade, nem espírito de iniciativa. Uma pessoa
que se sinta responsável pelos resultados da equipa terá maior probabilidade de agir de maneira
mais favorável aos interesses desta e dos seus clientes, dentro e fora da organização. A
consciência de que se possui uma influência real constitui uma experiência pessoal muito
importante.

A lealdade é o segundo dos três principais elementos que compõe a empregabilidade. Um


funcionário leal sente-se feliz quando a organização ou o seu departamento é bem sucedido,
defende a organização, tomando medidas concretas quando ela é ameaçada, tem orgulho em
fazer parte da organização, fala positivamente sobre ela e defende-a contra críticas. Lealdade
significa fazer críticas construtivas, mas mantendo-as dentro do âmbito da organização.
Significa agir com a convicção de que o seu comportamento vai promover os legítimos
interesses da organização.

As virtudes da responsabilidade e da lealdade são completadas por uma terceira, a


iniciativa, capaz de colocá-las em movimento. Tomar a iniciativa de fazer algo no
interesse da organização significa ao mesmo tempo, demonstrar lealdade pela
organização. Num contexto de empregabilidade, tomar iniciativas não quer dizer apenas

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iniciar um projecto no interesse da organização ou da equipa, mas também assumir
responsabilidade pela sua complementação e implementação.

Para além destas pode-se acrescentar outras qualidades importantes no exercício de uma
profissão:

 Honestidade, Sigilo, Competência, Prudência, Coragem, Perseverança,


Compreensão, Humildade, Imparcialidade, Optimismo.

1.2. Ética profissional

O profissional direccionando capacidades e competências eficazmente, relacionandose


com seus colegas de profissão com solidariedade e lealdade, eleva o clima de confiança
entre os integrantes, consequentemente, melhora o ambiente da empresa em todos os
aspectos, o que traz resultados altamente positivo, as organizações inserem programas
de ética “se não por convicção, certamente por sobrevivência

O sigilo é, também, algo fundamental, pois as empresas apreciam muito profissionais


que saibam ouvir, respeitar e trabalhar em equipe. As pessoas demonstram níveis mais
elevados de comprometimento ao sentir que suas empresas trabalham com retidão e
integridade. É o chamado “exemplo”, o qual contribui para a transmissão desses valores
dentro das organizações. A ética faz parte do esforço de tornar possível a convivência
harmoniosa. Segundo Passos (2004, p. 23), relaciona-se:

Ao carácter social da moral e a seu aspecto dialéctico. O primeiro relaciona-se com o


papel que ela desempenha na sociedade, no sentido de possibilitar um equilíbrio entre
os anseios individuais e os interesses da sociedade; assim, não existe uma moral
individual; ela é sempre social, pois envolve relações entre sujeitos. Diante disso, as
normas morais são colocadas em função de uma concepção teórica em vigor, que é
quase sempre a concepção dominante [...].

1.3. Tradições e virtudes morais nas organizações da empresária

As tradições culturais, que permeiam os ambientes nos quais as pessoas estão inseridas,
são elementos fundamentais na formação das virtudes morais desenvolvidas ao longo da
vida. Esses aspectos culturais trazidos passaram a influenciar e moldar as tradições do
país, formando a sociedade como é vista actualmente. O tema das virtudes, abordado da

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perspectiva das tradições que as constroem, traz a necessidade de se discutir como a
cultura de um povo é capaz de influenciar seu comportamento e o desenvolvimento de
suas características e particularidades.

As virtudes morais, segundo Arruda (2017, p.69), “são qualidades que capacitam as
pessoas para agir bem”. Mais que um traço da personalidade, as virtudes são hábitos
desenvolvidos, trabalhados e, assim, reproduzidos (CUNHA; REGO, 2015). Desse
modo, são qualidades que norteiam o comportamento humano, sendo elementos
essenciais na construção do seu carácter. Por serem tão importantes, se faz necessário
ampliar o entendimento existente acerca do desenvolvimento de virtudes e passar a
tratá-las como essenciais para se compreender o ser humano e a sociedade (BORGES;
SOUZA, 2020).

Uma outra perspectiva das virtudes morais são as virtudes organizacionais, que
desenvolvidas colectivamente contribuem para a formação ética das organizações. As
virtudes daqueles que integram as organizações são definidoras do ambiente ético.
Partindo desse ponto de vista que as virtudes podem ser formadas através do processo
de interacção entre pessoas virtuosas, formando ciclos onde elas são transformadas e
passam a transformar o meio em que estão inseridas. Nesse sentido, Borges e Souza
(2020) destacam que:

Saber trabalhar colectivamente, ter uma escala de valores composta por factores
morais e posicionar o bem colectivo à frente do individual devem ser pensados
do ponto de vista da construção da personalidade na interface dos
relacionamentos com o meio (BORGES; SOUZA, 2020. p. 479)

O conhecimento a respeito das virtudes morais tem relação com a moral e a ética,
trazendo a necessidade de compreender como influenciam no amadurecimento pessoal
de cada indivíduo, uma vez que o desenvolvimento das virtudes está relacionado a elas.

As pessoas tornam-se virtuosas através do hábito. Assim, a pratica de acções virtuosas


em sua vida contribuem para a internalização das virtudes ao comportamento. A partir
do momento em que há a repetição de acções virtuosas, como a “coragem” e
“humildade”, essas passam a ser hábitos de um determinado sujeito, definindo seu
carácter a longo prazo

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1.4. Virtudes e códigos nas organizações

Assim como são grandes influenciadoras das acções humanas e formadoras do seu
carácter e personalidade, as virtudes morais têm grande influência nas organizações,
uma vez que são intrínsecas às pessoas que as compõem e influenciam. As organizações
formam e desenvolvem as virtudes de forma que essas possam contribuir para a
conquista de seus objectivos (CUNHA; REGO, 2015).

As virtudes determinam o comportamento do indivíduo e sua relação dentro da


organização, contribuindo com seus resultados. Não é à toa que as virtudes são tão
valorizadas, pois sua influência através das pessoas, que fazem ou farão parte de uma
determinada organização, afecta sobremaneira sua imagem e formação ética.

Assim como as virtudes têm grande influência nas organizações, as tradições, que
também são influenciadoras dos valores adquiridos ao longo da vida, têm importância
para elas na formação de novos mercados. As tradições tornam-se elementos existentes
na sua estruturação e esses mercados têm grande importância na sua preservação

As virtudes cultivadas no ambiente pessoal constituem uma personalidade ética única e


são expressadas no âmbito profissional (ARRUDA, 2017). Torna-se importante ser
virtuoso e demonstrar essas características para aqueles que querem adentrar nesse
ambiente, assim como é importante o seu desenvolvimento por parte daqueles que já
estão inseridos. As virtudes podem ser desenvolvidas pelos ambientes de influência aos
quais o ser humano está submetido, podendo, dessa forma, serem motivadas pelo meio
organizacional. De acordo com Cunha e Rego (2015 p 353), os traços culturais
desenvolvidos pelas organizações encorajam a se comportar de forma virtuosa

1.5. Organização empresarial no meio de trabalho

No âmbito organizacional, o profissional deve ter uma conduta ética, mesmo que cada
um possua características e valores diferentes entre si, pois a ética pode ser entendida
também pela capacidade de respeitar as diferenças individuais, o que pode ser correto
para um indivíduo, para outro pode ser errado, os conceitos pré definidos que cada um
traz consigo, são oriundos de diversos factores como mostra Ghillyer:

Para alguns, é uma escolha consciente seguir um conjunto de padrões morais ou


princípios éticos que sirva como guia para sua conduta quotidiana. Outros,

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quando a escolha não é tão clara, observam o comportamento alheio para
determinar o que é um padrão aceitável de comportamento certo ou errado, bom
ou ruim. O modo como essas pessoas chegam à definição do que é certo ou
errado resulta de muitos factores, inclusive de como elas foram criadas, de sua
religião e das tradições e crenças de sua sociedade (GHILLYER,2015, p.4)

No âmbito profissional, convém ao indivíduo ajustar seu comportamento às diretrizes da


organização, também conhecido como código de ética ou código de conduta, conforme
mostra Castro:

Distante de conceitos filosóficos mais aprofundado sobre o tema nesse contexto


e de forma objetiva, o termo ética refere-se ao comportamento esperado dos
indivíduos enquanto membros de uma determinada organização, instituição ou
categoria profissional e o mesmo se encontra estabelecido bem concretizado dos
denominados "códigos de ética" (COELHO, 2009, Apud, CASTRO, 2013, p.
75).

No ambiente de trabalho, a postura não ética pode colocar em risco os objetivos da


organização e por consequência os seus resultados. Para Souza “Decisões e condutas
inadequadas podem comprometer a própria empresa, gerando prejuízos e recuperar e
desgastes de imagem” (SOUZA, 2009, p.12),

1.6. Cultura organizacional no desenvolvimento das empresas

A cultura organizacional, de acordo com Moreira (2012), pode ser definida como o
comportamento da empresa, seus valores, as normas, os processos, os ideais, a missão e
os objectivos existentes na corporação. Para ele, a partir da cultura organizacional é que
mantem a empresa de forma ordeira, e da base para os colaboradores desenvolver suas
normas de conduta e actividades e é através dela que se constrói a cultura de uma
organização.

Cultura organizacional é mais do que o estilo gerencial. Podemos dizer que é a forma
como uma organização desempenha uma série de tarefas. Ela se caracteriza pelas
tradições internas, pelo modo de pensar e sentir as oportunidades e ameaças com as
quais a organização se depara. A cultura organizacional é, portanto, o sistema de
crenças e valores compartilhados que se desenvolve dentro de uma organização e
orienta o comportamento dos seus membros (MATOS, ET. Al, 2007, p.255).

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Além da imagem criada com o passar dos anos, a cultura estabelecida de uma
organização está directamente ligada a resultados, sejam eles monetários ou de boa
imagem, segundo Russo “Verifique se as empresas de sucesso que você conhece dão
maior ênfase a cultura organizacional do que as questões financeiras.

Na realidade, para essas empresas de sucesso os resultados financeiros são a consequência da


gestão cultural” (RUSSO, 2012, p.58). Para que se tenha resultados positivos, é preciso se ater a
quais mudanças são necessárias que sejam obtidos os resultados esperados, como demostra
Matos a seguir:

Toda organização possui características diferenciadas, que fazem com que a


implantação das mudanças organizacionais assuma formas e conteúdos não
padronizados. Para implantação de mudanças em uma organização é necessário, antes
de definir objectivos e alocar recursos escassos, levar em consideração a sua cultura
organizacional. É fundamental, portanto, reconhecer a existência da cultura da
organização, a fim de evitar a implantação de estratégias preocupadas apenas com os
processos, caminhos e padrões prefixados (MATOS, ET. Al, 2007, p.253).

A cultura de uma empresa não pode ser estagnada, ela tem que estar sempre ativa e em
constante mutação, buscando sempre não perder seus princípios, a cultura é uma das
bases essenciais dentro de uma organização, ela envolve uma série de hábitos e crenças
daquela determinada empresa, Cultura é basicamente que a essência da empresa.

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Conclusão

No final deste trabalho conclui – se que no ambiente de trabalho, a postura não ética
pode colocar em risco os objectivos da organização e por consequência os seus
resultados, tantos as virtudes morais quanto os códigos de conduta possuem valor
substancial para a integridade, como elementos básicos para a ética nas organizações, e
não como instrumentos implementados em busca de desempenho competitivo.

Contudo, é notável a profusão da lógica instrumental nas questões de integridade das


organizações, cada vez mais frequente nas campanhas publicitárias e nas comunicações
de desempenho para accionistas

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Referências bibliográficas

CASTRO, Eduardo Bernardes de, DZIERWA, Mariana de castro, (2013).Gestão


Pública: Aspectos Básicos Da Relação Público-Privado -1 ed. Baraúna, SP

GHILLYER, Andrew W, Ética nos Negócios, 4ª Edição, AMGH Editora, New York,
2015; (traduzido por: Christiane de Brito Andrei).

MATOS, ET. A1., (2007). Análise Do Ambiente Corporativo, Do Caos Organizado Aí


Planejamento Estratégico Das Organizações, E-papers serviços editorais, Rio de
Janeiro,

RUSSO, Giuseppe Maria, (2012) Diagnóstico Da Cultura Organizacional, O Impacto


Dos Valores Organizacionais No Desempenho Das Terceirizações, elsevier,

SOUZA, Márcia Cristina, (2009). Ética No Ambiente De Trabalho:Uma Abordagem


Franca Sobre A Conduta Ética Dos Colaboradores, Rio de Janeiro: elsevier,

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