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Disfunções
Neuropsicologia e Distúrbios de linguagem
Afasias
As regiões cerebrais implicadas nos processos de linguagem localizam
se no hemisfério esquerdo na grande maioria dos casos e
compreendem a porção posterior do giro frontal inferior (área 44 de
Brodmann ou área de Broca). O terço posterior do giro temporal
superior (áreas 41 e 42 de Brodmann ou área de Wernicke), os giros
angular (área 39) e supramarginal. e a porção temporal inferior (área
37) e suas respectivas áreas de associação cortical e subcortical.
Várias afecções neurológicas como infartos, doenças degenerativas. ou
lesões traumáticas podem determinar diferentes tipos de afasias,
dependendo da localização das áreas comprometidas.
Muitas vezes, no entanto. TC e RM podem demonstrar lesões em áreas
não correspondentes aquelas esperadas para os diferentes tipos de
afasia , sugerindo a presença de diferenças anatômicas individuais e a
importância da correlação da imagem à investigação clínicofuncional.
Os métodos de imagem (TC e RM) revelam lesões ou assimetrias na
região frontal posterior e porção anterior da região têmporoparietal de
predomínio à esquerda. Em casos de lesões vasculares, o território
comprometido pertence ao ramo superior (rolândico) da artéria
cerebral média esquerda.
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Afasia global (afasia mista)
Afasia Progressiva Primária
TC e RM revelam assimetria cortical que se traduz por atrofia localizada
com alargamento dos sulcos frontotemporais e da fissura perisilviana
a esquerda com dilatação do corno temporal correspondente, de
caráter progressivo em exames sucessivos. Os métodos de
Neuroimagem funcional como SPECT e PET apresentam maior
sensibilidade, revelando hipoperfusão e hipometabolismo nas áreas
afetadas, mesmo na ausência de alterações anatomicamente
detectáveis pela TC ou RM.
Distúrbios de Percepção, Orientação Vísuoespacial e Atenção
Agnosias
Esse grupo de distúrbios da percepção referese à perda da capacidade
de reconhecimento de estímulos nas modalidades sensoriais visual,
auditiva e na somestésica na ausência de comprometimento do nível
de consciência e da sensibilidade. As estruturas anatômicas essenciais
para os processos normais de percepção incluem os córtices primários
visual, auditivo e somestésico e as respectivas áreas de associação
unimodais.
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Agnosia visual
Agnosia auditiva
Astereognosia
Desorientação vísuoespacial
Consiste na perda da habilidade de execução de tarefas visualmente
guiadas, na perda da capacidade de interpretação de mapas e de
localização na vizinhança ou mesmo dentro de casa. Os aspectos de
neuroimagem podem revelar áreas isquêmicas ou de hipoperfusão nas
regiões têmporooccipitais de predomínio à direita.
Negligência Unilateral
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Neste tipo de distúrbio de atenção, o paciente não percebe o meio
externo nem seu hemicorpo contralateral à lesão. Sendo incapaz de
explorálos visualmente ou através do tato, na ausência de quaisquer
déficits sensitivos, motores ou visuais. O quadro decorre de disfunção
hemisférica direita, particularmente causada por insultos isquêmicos ou
estados póscomiciais que afetam áreas como córtex parietal posterior,
córtex lateral préfrontal, giro do cíngulo, striatum e tálamo.
Distúrbios das Praxias
Apraxias
Consistem na incapacidade de realização de atos motores sob comando
ou imitação, na ausência de déficit de compreensão, de sensibilidade
ou da força muscular. São caracteristicamente determinadas por lesões
parietais. Alguns tipos particulares de apraxia incluem:
Apraxia ideomotora
Apraxia ideatória
Apraxia construtiva
Síndromes amnésticas
Doença Amnéstica Progressiva
Doença de Alzheimer
Ambos os sexos são afetados igualmente.
Tomografia Computadorizada
O diagnóstico preciso de DA pela TC, no entanto, gera controvérsias
pois atrofia cerebral e dilatação ventricular são achados inespecíficos e
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podem fazer parte do processo normal de envelhecimento. Além disso,
o estudo das regiões temporais pela TC, é prejudicado por artefatos de
imagem gerados pela incerface óssea associada à limitação no ângulo
de incidência dos raios. Considerando que a DA apresenta
predominantemente degeneração das estruturas da porção mesial dos
lobos temporais, a análise de imagem obtida através da TC baseiase
na obtenção de sinais indiretos do comprometimento dessa região,
como o alargamento das fissuras hipocampais e dilatação dos cornos
temporais dos ventrículos laterais.
Resonância Magnética
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Outras formas de Demência
Demência frontotemporal
Esta forma de demência caracterizase por distúrbios comportamentais
como impulsividade desinibição social, perda da capacidade de
raciocínio, juízo e critica, distúrbios da afetividade, e redução
progressiva da produção verbal, associados, em alguns casos, a
doença amiotrófica do neurônio motor. Praxias e orientação espacial
não se alteram. Ocorre na faixa etária présenil com início insidioso e
curso lentamente progressivo.
Doença de Pick
TC e RM revelam marcada acentuação dos sulcos corticais das regiões
frontais e das fissuras silvianas com dilatação ventricular preferencial
dos cornos anteriores dos ventrículos laterais. Os lobos parietal e
occipital costumam apresentarse relativamente poupados. O
hemisfério esquerdo é mais freqüentemente envolvido que o direito.
Demência Vascular (DV)
subcorticais com redução do fluxo sangüíneo cerebral. Outra forma de
demência vascular é a "Encefalopatia Arteriosclerótica Subcortical",
caracterizada por déficit cognitivo progressivo associado a alterações
vasculares subcorticais com relativa preservação cortical.
Demência por Múltiplos Infartos (DMI)
A patogênese é incerta. Estudos de autópsia realizados mostram que o
volume total de tecido cerebral infartado é um dos principais fatores
envolvidos. Achados de TC que comprovam o diagnóstico clínico de
DMI incluem múltiplos infartos supratentoriais com um volume total de
tecido lesado de, pelo menos, 50ml.
Tomografia Computadorizada
Resonância Magnética
As Imagens de RM, em especial as séries pesadas em T2, são mais
sensíveis na detenção de insultos isquêmicos cerebrais que TC. Sua
especificidade para DMI, porém, é baixa. Pacientes com doença
cerebrovascular sem demência podem apresentar as mesmas
características lesionais que aqueles com DMI, sendo impossível sua
diferenciação apenas através de métodos de imagem. As áreas de
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Demência Subcortical Arteriosclerótica (Doença de Binswanger)
Doença de Parkison
A alteração estrutural característica da DP é a intensa degeneração dos
neurônios dopaminérgicos da pars compacta da substância negra com
gliose associada a presença de corpos intracitoplasmáticos de Lewy.
Cerca de 17% dos casos podem mostrar aspecto de RM semelhante ao
da DA, onde a intensidade das lesões não apresenta correlação com a
severidade da demência. A alteração mais característica da DP,
associada ou não a demência a redução volumétrica da pars compacta
da substância negra com a presença de focos de hipersinal nas
imagens pesadas em T2 possivelmente relacionada a perda neoronal e
gliose.
Doença de Wilson
As alterações de imagem apresentam boa correlação com a severidade
do quadro clínico. Pacientes sem sintomas neurológicos apresentam TC
e RM normais na maioria dos casos. Pacientes com comprometimento
avançado revelam hipoatenuação palidal bilateral à TC.
Coréia de Huntington
Atrofia córticosubcortical difusa associada a perda neuronal intensa do
núcleo caudado e putâmen, com resultante atrofia estriatal são as
alterações estruturais mais características.
TC e RM não mostram alterações nas fases iniciais da doença. Os
estágios intermediários revelam atrofia cortical de início nas regiões
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Alterações de sinal do striatum nas imagens pesadas em T2 revelam
diferentes processos histológicos da mesma doença. Assim, hipersinal
estriatal poderia ser causado pela perda neuronal, diminuição,
diminuição das fibras mielínicas e gliose. O hiposinal estriatal pode
traduzir o acúmulo local de ferro.
Demência associada ao vírus da imunodeficiência humana
(HIV)
Principal causa da demência entre a população jovem e de meia idade,
é causada pela ação direta do vírus sobre o SNC, embora outros
agentes oportunistas que originariamente não seriam causadores de
distúrbios neuropsicológicos possam causar alterações da esfera
mentalintelectual.
As manifestações clínicas surgem nas fases avançadas da infecção pelo
HIV, com comprometimento predominantemente subcortical. Com
instalação sutil e progressão rápida. As alterações neuropsicológicas
consistem principalmente de déficit de memória de evocação, redução
da capacidade de concentração, abstração e planejamento, perda da
libido, e alentecimento geral dos processos mentais e psicomotores.
Distúrbios psiquiátricos com alterações da personalidade como apatia e
inércia e depressão podem inaugurar o quadro. As fases finais
caracterizamse por disfunção neurológica global severa com mutismo
acinético, incontinência esfincteriana e mutismo acinético.
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