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EXAME DE ORDEM

Curso: Reta Final OAB| Disciplina: Direito Civil


Aulas: 07 ao 09

ANOTAÇÃO DE AULA

Ementa da Aula
Aula 07
RESPONSABILIDADE CIVIL
Art. 186 a 188, Art. 927 a 954 do CP
Responsabilidade Civil é a obrigação emposta a alguém, de indenizar os prejuízos sofridos por outrem.
O art. 186 do CC estabelece os pressupostos para que haja a obrigação de indenizar:

Para que haja a obrigação de indenizar são necessários:


I. Conduta: é a ação ou omissão voluntária. Para que haja a obrigação de indenizar, a conduta deve ser
ilícita. Por essa razão, as causas de exclusão da ilicitude da conduta afastam o dever de indenizar.
São elas:
• Legitima defesa
• Exercício regular do direito
• Estrito cumprimento do dever legal
• Estado de necessidade
• Consentimento do ofendido (ex: tatuagem, box)

Aula 08

ATENÇÃO: se no exercício de uma dessas excludentes o agente causar dano a direito do agressor, nada
terá de indenizar. Se causar dano a direito de terceiro, devera indenizar terceiro e cobrar em regresso do
agressor ou daquele cujo o direito estava defendendo.

Pelo sistema do CC, a regra, é que a conduta tenha que ser culposa ou dolosa, ou seja, a regra é que
responsabilidade civil seja subjetiva, regra do CC.

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Nos termos o § único do art. 927, a responsabilidade civil somente será objetiva nos casos previstos em lei
ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano, implicar por sua natureza riscos
para os direitos de outrem.
II. Dano: é o prejuízo, ele pode ser patrimonial, moral ou estético.
Dano estético é aquele que causa uma alteração morfológica permanente ou duradoura.

ATENÇÃO: A Súmula 387 do STJ permite a cumulação dos danos patrimoniais, morais e estéticos.
A Súmula 403 do STJ estabelece que independe de prova do prejuízo a indenização pela utilização não
autorizada da imagem alheia para fins econômicos ou comerciais.

ATENÇÃO: A doutrina e jurisprudência admitem o dano causado pelo chamado desvio produtivo do
consumidor, ou ainda, perda do tempo útil.

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III. Nexo de causalidade: é a ligação que o direito faz entre a conduta e o dano. Não existe obrigação de
indenizar sem que haja nexo causal entre a conduta e o dano. Por essa razão as cousas de exclusão do nexo
de causalidade afastam inclusive a responsabilidade objetiva.
A causas de ruptura do nexo causal são:
1) Culpa exclusiva da vítima - neste caso, a vítima é a única responsável pelo dano que sofre, ela utiliza o
aparente agente.

A jurisprudência qualifica como culpa exclusiva da vítima o acidente com o surfista de trem.

2) Culpa exclusiva de terceiro – neste caso, um terceiro se intromete no desdobramento causal e passa a
ser o único responsável pelo dano. Ex: Carlos empurra Bruno na frente do carro em movimento.

ATENÇÃO: o art. 735 do CC estabelece que, o transportador de pessoas não pode alegar culpa exclusiva de
terceiro para se livrar do dever de indenizar. Ele devera indenizar a vítima e cobrar em regresso de terceiro.

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3) Caso fortuito e força maior – onde está escrito caso fortuito leia-se força maior e vice-versa. A doutrina
e a jurisprudência estabeleceram uma distinção entre fortuito interno e fortuito externo. O fortuito interno
é aquele ligado a atividade do agente e não exclui a obrigação de indenizar. O fortuito externo é aquele
estranho a atividade do agente e por isso afasta o dever de indenizar.
O STJ reconhece a distinção em sua Súmula 479: as instituições financeiras respondem objetivamente pelo
danos gerados por fortuito interno por fraudes ou delitos praticados por terceiros no âmbito de operações
bancárias.

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