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Introdução

O presente projecto inovador denomina-se Projecto Escola sem violência contra a rapariga.
Com o presente projecto pretende-se desenvolver uma série de acções que visam combater ou,
pelo menos, reduzir o índice de violência do tipo abuso e assédio sexual contra a rapariga que
tem ocorrido em quase todas escolas secundárias do Distrito Municipal KaMavota localizado na
Cidade de Maputo. Por consequência disso, assiste-se o constante mau desempenho pedagógico
da rapariga e que em situações extremas se reflecte na desistência e abandono escolar das
vítimas.

O combate ao assédio sexual da rapariga no meio escolar requer a intervenção efectiva de todos
actores educativos que de algum modo contribuem na formação integral dos alunos, sejam
actores educativos internos ou externos da escola. Por actores educativos internos entende-se o
conjunto de indivíduos que directamente operam no dia-a-dia da escola. São eles: o corpo
docente, os alunos, o pessoal de apoio e a direcção da escola. E por actores educativos externos
como sendo aquelas pessoas que habitam numa determinada área geográfica, que partilham
objectivos, interesses e uma identidade próprias, que desenvolvem modelos de organização e
mecanismos de solidariedade específicos num contexto de convivência quotidiana. As
instituições representativas do Estado, confissões religiosas, as ONG’s, as comunidade
empresarial e a desportiva, constituem, regra geral, os principais agentes externos engajados nos
processos de Desenvolvimento Comunitário (Barroso, 2005).

1. Proponente
O presente projecto é da iniciativa dos estudantes de do quarto ano de Licenciatura em
Organização e gestão da Educação, da Faculdade de Educação da Universidade Eduardo
Mondlane, com sede no Campus Universitário, no âmbito de experiência sobre as teorias do
Módulo de Empreendedorismo Educacional, com destaque para o empreendedorismo social.

O projecto será executado por sete (7) estudantes do quarto grupo do Módulo de
Empreendedorismo coadjuvados por técnicos especialistas intersectoriais dos Serviços Distritais
da Educação, Juventude e Tecnologia do distrito municipal de Kamavota, do Gabinete de
Atendimento da Mulher da Esquadra distrital de Kamavota, dos Serviços distritais de Saúde,
Género, Criança e Acção Social e dos líderes comunitários, sob orientação dos docentes da
cadeira.
2. Duração do Projecto
A duração do projecto será de cinco (5) semanas para cada escola e envolverá duas etapas,
tratam-se do segundo e terceiro trimestres do presente ano lectivo de 2015:
 1ᵃ Etapa: 11 de Julho a 14 de Agosto;
 2ª Etapa: 24 de Agosto a 31 de Outubro.

As actividades nas escolas serão desenvolvidas uma vez por semana, aos sábados, das 8h às 10
horas. A escolha do dia de sábado resulta do consenso havido entre as direcções das escolas
envolvidas e o grupo de trabalho, do qual acordou-se que haveria a máxima disponibilidade de
todos actores educativos (internos e externos).

3. Grupo Alvo
 Actores educativos e internos e externos das escolas envolvidas.
 O projecto vai prioriza o grupo vulnerável ao abuso e assedio sexual (as raparigas,
funcionárias auxiliares e professoras).
4. Início
O projecto começará a ser implementado no segundo trimestre do presente ano lectivo, conformr
o cronograma de das datas abaixo:
Escolas Meses
Julho Agosto Setembro Outubro
11 18 25 4 8 29 5 12 19 26 3 10 17 24 31
Escola Secundária
de Hulene (Bairro
de Hulene)
Escola Secundária
Eduardo
Mondlane (Bairro
de Ferroviário)

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Escola Secundária
de Laulane
(Bairro de
Laulane)

5. Objectivos
5.1. Objectivo Geral
 Contribuir para a redução do índice da desistência da rapariga no ensino secundário.

5.2. Objectivos Específicos


 Munir aos actores educativos de estratégias de combate ao abuso e assédio sexual da
rapariga no ambiente escolar;
 Desenvolver um ambiente socio-afectivo saudável na escola que possa atrair e reter a
rapariga;
 Sensibilizar aos pais e encarregados a serem mais proactivos no acompanhamento da
rapariga.

6. Caracterização do Problema
O projecto pretende contribuir na redução da violência contra a rapariga na vertente do abuso e
assédio sexual nas escolas através de:
 A falta de consciência cívica dos actores educacionais, marcada pela apatia perante
problemas de abuso e assédio sexual que afectam a rapariga no ambiente escolar;
difusos);
 A existência de uma consciência cívica mas sem domínio das formas legais e legítimas de
acção individual e colectiva contra os praticantes de abuso e assédio sexual no ambiente
escolar;
 A existência de práticas sociais e institucionais de encobrimento de práticas que violam o
direito à integridade física e moral da rapariga no ambiente escolar como direito à
dignidade humana.

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8. Quadro de definição de conceitos básicos
8.1. Conceitos básicos
9. Metodologia
9.1. Métodos
Relativamente as estratégias que serão usadas para a implementação eficaz do projecto serão as
seguintes: palestras, concursos diversos sob o lema "não há ao assédio sexual da rapariga",
teatro.
Pretende-se com essa metodologia:
 Identificar dos factores que concorrem para a ocorrência do abuso e assédio sexual da
rapariga nas escolas;
 Divulgar os variados instrumentos normativos que protegem a rapariga contra a violência
e abuso sexual;
 Apresentar as instituições que actuam em defesa e protecção da rapariga vítima da
violência.
9.2. Instrumentos
E quanto aos instrumentos serão os seguintes: cartazes e folheto, altifalantes e aparelho de som,
cartazes.

9.3. Coordenação das actividades


As actividades que constam no presente projecto inovador serão implementadas por todos
membros da comunidade escolar. De salientar que a sua monitorização e avaliação será
encarregue ao grupo de trabalho em parceria com os membros das direcções das escolas de
forma que haja uma eficiência que gere maior eficácia.

Assim que as actividades do projecto serão desenvolvidas uma vez por semana, se, porventura,
suceder-se que a escola escalada para uma determinada semana tiver algum programa interno,
isto é, inadiável, a mesma poderá, atempadamente, comunicar ao grupo de trabalho afim de
proceder a alteração da data.

9.4. Organização dos grupos

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De acordo com o número de alunos existentes em cada escola em que será abrangida pelo
projecto, formar-se-á grupos de trabalho nos quais consistirão em envolver todos os actores
educativos da escola com destaque aos professores, assim que são apontados como protagonistas
do assédio sexual da rapariga nas escolas secundárias.
9.5. Divisão de tarefas
Os coordenadores dos grupos deverão identificar com antecedência o local onde poder-se-á
concentrar-se o maior número de alunos de forma que a mensagem a ser propagada possa
rapidamente alcançar o universo populacional desejado. Os coordenadores deverão no final de
cada mês submeter o relatório das actividades junto as direcções das escolas.

9.6. Áreas temáticas


O projecto vai incidir essencialmente sobre quatro (4) áreas temáticas da Violência:
 O abuso e assédio sexual nas escolas;
 As formas de manifestação do abuso e assédio sexual;
 O Papel da Escola e da Família na prevenção do abuso e assédio sexual;
 Impacto do abuso e assédio sexual na vida das alunas vítimas.
 Instituições estatais e ONG’s de prevenção e defesa da rapariga contra abuso sexual.

10. Meta
Com este projecto a nossa meta é:
 Abranger todos os actores da comunidade escolar das escolas envolvidas;
 Fazer conhecer a comunidade educativa a temática referente a violência contra a
rapariga nas escolas.

11. Plano de Implementação


 Lançar o projecto divulgando-o na comunidade escolar;
 Instrução dos participantes;
 Formar grupos de actividade;
 Informar sobre o projecto as estruturas administrativas da Cidade de Maputo e;
 Submeter pedidos de autorização as instituições.

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12. Plano de actividades
Evento Dias semanais Local Responsável
 Divulgação e lançamento do 1º Sábado Em cada O director de cada
projecto
escola escola e o grupo de
 Abordagem do tema abuso e
assédio sexual nas escolas. activistas
 Tema: Formas de 2º Sábado Em cada O grupo de activistas
manifestação do abuso e
escola e especialistas da
assédio sexual nas escolas.
UNICEF.
 Tema: Papel da Escola e da 3º Sábado Em cada O grupo de activistas,
Família na prevenção do
escola líder do Conselho da
abuso e assédio sexual.
Escola e director da
escola
 Impacto do abuso e assédio 4º Sábado Em cada O grupo de activistas,
sexual na vida das alunas
escola um encarregado de
vítimas
educação e
especialista da Unicef
 Instituições estatais e ONG’s 5º Sábado Em cada Representante da
de prevenção e defesa da escola PRM, da Saúde e
rapariga contra abuso sexual Acção social,
UNICEF.

3.8 Orçamento
Recursos Necessários Valor total
Leptop 12.000.00
Moden 580.00
Consumíveis (Papel A4, canetas, lápis, borracha) 2.500.00
Cópias e impressões 3.000.00
Transporte 1.500.00
Alimentação 1.000.00
Total 20.580.00

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