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O Texto “Gestão da Educação com Justiça Social. Que Gestão de Injustiçados?” traz um
compilado de interrogações que permeiam a forma como se dá a gestão política da educação
nacional.
Inicialmente a autor responsabiliza o Estado como agente político detentor do poder capaz
de interferir nos rumos históricos da sociedade que foi martirizada a tempos e ainda vive as
repercussões da colonização, do regime escravista e das desigualdades étnicas e sociais. Ele
afirma que a gestão da educação nunca ocorreu de forma separada da gestão política. O que
de fato é verdade.
O texto ainda afirma historicamente que o Estado decretou que negros, indígenas,
quilombolas como violentos e sem valor a fim de legitimar suas ações de repressão e se
apropriar de seus territórios, e poder administrá-los. E esse processo se repete quando o
Estado intervem nas manifestações de militâncias na luta pelos seus direitos.
O autor propõe trazer as vítimas de injustiça para debater sobre a gestão da educação, sobre
as políticas, sobre a formação de gestores-professores. Essa ação pode causar uma
transformação na forma como a justiça social atinge os injustiçados. Propõe reconhecer os
educandos como vítimas de injustiças e privilegiar os seus interesses. Mas para isso
primeiro é necessários identificá-los e conhecê-los, no sentido de entender os seus
sofrimentos e suas reais necessidades. Essa demanda exige uma docência além da
pedagogia atual, que administra conhecimentos. Uma pedagogia capaz de acompanhar as
vidas injustiçadas.
Uma das injustiças mais violentas da sociedade e decretar que os injustiçados são
responsáveis pelos sofrimentos e violências que vivem. O autor afirma que vivemos tempos
de decretar a educação sem sentido, pois tamanha é a incoerência das instituições públicas
que ameaçam aqueles a quem tentam moralizar. A pedagogia tem a função social, cultural,
moral de acreditar que todo humano é viável, e construir infâncias humanizáveis. Sem isso a
gestão pedagógica perde o sentido.
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