Você está na página 1de 3

AULA 9

terça-feira, 17 de janeiro de 2023 20:56

Lorena de Castro dos Anjos - 190139536

Aula 9

Sucessão Testamentária: art. 1.857 - deixar ato de ultima vontade - testamento ou codicilo

- Testamento inexistir: sem existência, ou nulo, passa-se para a sucessão legítima


- Posto isto, deve ser um negócio jurídico válido e eficaz
- A eficacidade dos testamentos pressupõe a morte do testador
- Existe e é válido
- Ineficácia do testamento: apesar de válido (morte do testador) não gera efeitos -
- (I) quando o herdeiro do testador morre antes do próprio testador: caducidade subjetiva
- (II) quando há renúncia à herança, o testamento é ineficaz
- Caducidade = Ineficaz

Testamento é revogável a qualquer momento - testador revoga o testamento, retira sua eficácia - o próprio testador não pode colocar uma cláusula de "irrevogabilidade", pois é matéria indisponível.

- Irrevogabilidade contra mim mesmo não produz efeitos


- A revogação de um testamento válido só ocorre com um novo testamento válido
- Testamento público, particular e cerrado
- Basta ir no cartório e fazer uma irrevogabilidade? Art. 1.969 O testamento pode ser revogado pelo mesmo modo e forma como pode ser feito.
- Art. 1.971. A revogação produzirá seus efeitos, ainda quando o testamento, que a encerra, vier a caducar por exclusão, incapacidade ou renúncia do herdeiro nele nomeado; não valerá, se o testamento
revogatório for anulado por omissão ou infração de solenidades essenciais ou por vícios intrínsecos.

Redução, Revogação e Rompimento do Testamento:

- Revogação: ineficácia

○ É completa ou parcial
○ Expressa
○ Tácita - incompatibilidade do novo testamento
- dilaceração da cédula testamentária (testamento particular ou cerrado)
○ Revogação não necessariamente alcança as cláusulas atípicas

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO ANULATÓRIA DE TERMO DE REVOGAÇÃO DE TESTAMENTO - AGRAVO RETIDO - INTERPOSIÇÃO QUANDO DA VIGÊNCIA DO
CPC/73 - CABIMENTO - PEDIDO DE ANÁLISE NA APELAÇÃO (ART. 523, § 1º, CPC/763)- INOCORRÊNCIA -A INADMISSIBILIDADE - REVOGAÇÃO DE TESTAMENTO -
DIREITO PROCESSUAL CIVIL - LEGITIMIDADE DAS PARTES - HERDEIRA TESTAMENTÁRIA - OFICIAL DE REGISTRO COM INTERESSE ECONÔMICO - PERTINÊNCIA
SUBJETIVA - INTERESSE DE AGIR - EFEITOS PATRIMONIAIS - LEGADO - EXISTÊNCIA - NULIDADE PARCIAL DA SENTENÇA - FUNDAMENTAÇÃO SUCINTA -
VALIDADE - ATO DE REVOGAÇÃO DE TESTAMENTO - POSSIBILIDADE JURÍDICA - REQUISITOS DE VALIDADE, EXISTÊNCIA E EFICÁCIA - CONFECÇÃO
FRAUDULENTA - PROVA - DESCONHECIMENTO DA TESTEMUNHA SUBSCRITORA - INTERESSE DA TABELIÃ - ANULAÇÃO. - Não se conhece do Agravo Retido interposto
quando vigente o CPC/73 se, em sede de Apelação, não há pedido de análise do referido pedido (art. 523, § 1º, do CPC/73)- A herdeira testamentária afetada pela posterior revogação do
testamento é parte legítima parar pleitear a anulação do testamento revocatório - A Tabeliã responsável pela confecção fraudulenta do Termo de Revogação de Testamento é parte legítima
para figurar no polo passivo da ação anulatória de tal ato, quando demonstrada a existência de seu interesse pessoal na elaboração de tal documento - Apesar do art. 1.939, inciso II, do CPC,
dispor que se o testador alienar a coisa legada, esta caducará até onde deixou de pertencer ao testador, a nulidade do contrato de alienação do legado afasta a decadência apontada - É nulo,
porquanto inexistente juridicamente, o Termo De Revogação De Testamento elaborado de forma fraudulenta pela Tabeliã, por não retratar a manifestação válida de última vontade do
testador (TJ-MG - AC: 10349130018378001 Jacutinga, Relator: Alice Birchal, Data de Julgamento: 04/08/2022, Câmaras Especializadas Cíveis / 4ª Câmara Cível Especializada, Data de
Publicação: 09/08/2022)

- Redução: outra hipótese de ineficácia.

○ Ex: quando há o excesso à legítima no testamento, o juiz entra para reduzir a disposição testamentária até a legítima
○ NÃO é NULO. NÃO é ANULÁVEL.
○ O testamento é VÁLIDO e EXISTENTE, sendo apenas PARCIALMENTE EFICAZ (eficácia até o limite da legítima)
○ Análise da redução das disposições testamentária é limitada à legítima

AGRAVO DE INSTRUMENTO. INVENTÁRIO. REDUÇÃO DAS DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS. Decisão que deferiu processamento de redução das disposições testamentárias,
nos próprios autos da ação de inventário. Insurgência. Pretensão de apreciação da questão em ação própria. Inviabilidade. Acórdão deste E. Tribunal de Justiça que reconheceu como
prejudicialidades externas as ações anulatórias de testamento e de doação. Inexistência de qualquer outro óbice à análise das questões referentes aos limites dos atos dispositivos e eventual
redução das disposições testamentárias. Apuração no bojo desta ação de inventário, em consonância com o decidido nos autos do agravo de instrumento nº 0454879-43.2010.8.26.0000,
julgado anteriormente. Decisão mantida. RECURSO DESPROVIDO.
(TJ-SP - AI: 20093501220228260000 SP 2009350-12.2022.8.26.0000, Relator: Márcio Boscaro, Data de Julgamento: 30/05/2022, 10ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:
30/05/2022)

- Rompimento do testamento

○ Base da vontade testamentária: vontade declarada do testador


○ Não existe direito de representação na sucessão testamentária.
○ Isso pois, a sucessão testamentária é a vontade declarada enquanto a sucessão legítima é a vontade presumida
○ Revogação legal do testamento
○ Exemplo: Não se sabe a existência de um filho e faz testamento para um sobrinho. Após a morte, surge um herdeiro necessário. Nesse caso se presume que se ele soubesse da existência do herdeiro
necessário, não teria testado.
○ Art. 1.973. Sobrevindo descendente sucessível ao testador, que não o tinha ou não o conhecia quando testou, rompe-se o testamento em todas as suas disposições, se esse descendente sobreviver ao
testador.
○ Requisito: é necessário que ele não soubesse da existência, caso contrário seria hipótese de redução
○ Art. 1.975. Não se rompe o testamento, se o testador dispuser da sua metade, não contemplando os herdeiros necessários de cuja existência saiba, ou quando os exclua dessa parte.
○ Se apenas mexeu na parte disponível (50%), ele sabia da existência de outros mas não queria deixar o testamento para eles, não há rompimento. Manifestação expressa de que os herdeiros necessários
estão excluídos
○ Ideia de desconhecer: desconhecer fisicamente
○ Caso do cônjuge: caso eu fizesse um testamento antes do código de 2002, já que não era herdeiro necessário, depois do código, seria hipótese de rompimento? - o professor entende que não, seria uma
hipótese de redução
○ Obs: é possível uma cláusula p afastar o rompimento (Ex: mesmo se houver um herdeiro necessário, deixo para fulano). Porém nesse caso ocorrerá a redução (até a legítima).
○ STJ: Se o testador sabia de ao menos um descendente, não há rompimento do testamento pelo fato de ele ignorar a existência de outros herdeiros necessários. Resp 594.535

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. MEDIDA CAUTELAR DE SUSTAÇÃO DE PROTESTO. REQUISITOS DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA.
SÚMULA 7/STJ. EXIGÊNCIA DE CAUÇÃO EM DINHEIRO. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. Na hipótese em exame, aplica-se o Enunciado 2 do
Plenário do STJ: "Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na
forma nele prevista, com as interpretações dadas, até então, pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça." 2. Não configura ofensa aos arts. 804, 826 e 827 do Código de Processo Civil
de 1973 a exigência de caução em dinheiro como condição para a concessão da medida cautelar de sustação de protesto. Precedentes. 3. Agravo interno desprovido.
(STJ - AgInt no AREsp: 594535 SP 2014/0243895-0, Relator: Ministro RAUL ARAÚJO, Data de Julgamento: 17/05/2016, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 03/06/2016)

EMENTA: DIREITO CIVIL - ROMPIMENTO DE TESTAMENTO - ADOÇÃO SÓCIO-AFETIVA - REGISTRO POSTERIOR AO TESTAMENTO - EXISTÊNCIA DE VÍNCULO
PRÉVIO - HIPÓTESE PARA O ROMPIMENTO NÃO CONFIGURADA - EVENTUAL EXCESSO OU REDUÇÃO NA DISPOSIÇÃO DO PATRIMÔNIO DISPONÍVEL -
COMPETÊNCIA DO JÍZO DO INVENTÁRIO - RECURSO NÃO PROVIDO. 1. O reconhecimento de filho por adoção, após a elaboração de testamento no qual esse mesmo filho já fora
contemplado com o maior quinhão, não rompe o testamento. 2. Inteligência do art. 1.973, do Código Civil. 3. Necessidade de preservação das disposições de última vontade do de cujus. 4.
As questões atinentes a eventual excesso ou redução das disposições testamentárias devem ser apresentadas e decididas na ação de inventário, onde ocorre a partilha dos bens do de cujus.
(TJ-MG - AC: 10686160020018001 Teófilo Otôni, Relator: Francisco Ricardo Sales Costa (JD Convocado), Data de Julgamento: 09/06/2022, Câmaras Especializadas Cíveis / 4ª Câmara
Cível Especializada, Data de Publicação: 10/06/2022)

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - DIREITO DAS SUCESSÕES - TESTAMENTO - ABERTURA E REGISTRO - VIA ADEQUADA - CELERIDADE E ECONOMIA PROCESSUAL -
ROMPIMENTO - NASCIMENTO DE NOVO HERDEIRO APÓS O TESTAMENTO - ART. 1.750 DO CC/16 - EFICÁCIA DO TESTAMENTO - HERDEIROS EXISTENTES -
PRECEDENTES DO STJ - SENTENÇA REFORMADA - APELO PROVIDO Embora a ação de registro, arquivamento e cumprimento de testamento se trate de procedimento de jurisdição
voluntária destinada apenas à avaliação das formalidades externas do testamento, dada sua cognição precária, como o processo já está em tramitação há mais de 25 anos e todas as partes
interessadss estão devidamente representadas, nada impede que a discussão sobre a validade do testamento se dê nessa sede, em observância aos princípios da economia e da celeridade
processual. O artigo 1.750 do Código Civil/1916 (art. 1.973 do Código Civil atual) trata do rompimento do testamento por disposição legal, espécie de revogação tácita pela superveniência de
fato que retira a eficácia da disposição patrimonial, tratando-se, pois, de medida extrema. Segundo a doutrina, a interpretação do art. 1.750 do CC/16 é de que o rompimento do testamento
deve ser aplicável apenas nos casos em que, ao tempo de sua realização, o de cujus não tivesse prole ou não a conhecesse, de forma que a superveniência de um herdeiro induziria uma
mudança completa da possibilidade de livre disposição testamentária. De acordo com precedentes do STJ, "constitui condição estabelecida no art. 1.750 do Código Civil, para se romper o
testamento, não possuir ou não conhecer o testador, ao tempo do ato de disposição, qualquer descendente sucessível, de sorte que se ele já tinha outros, o surgimento de um novo herdeiro não
torna inválido o testamento de bens integrantes da parte disponível". Como, no caso, ao tempo do testamento o de cujus já tinha três filhos, o nascimento de um quarto filho em data posterior
não induz o rompimen to do testamento, devendo, apenas, ser limitadas as disposições testamentárias. Preliminar rejeitada. Apelo provido.
(TJ-MG - AC: 10461960031890001 Ouro Preto, Relator: Paulo Rogério de Souza Abrantes (JD Convocado), Data de Julgamento: 01/09/2022, Câmaras Especializadas Cíveis / 8ª Câmara

Página 1 de Sucessões
(TJ-MG - AC: 10461960031890001 Ouro Preto, Relator: Paulo Rogério de Souza Abrantes (JD Convocado), Data de Julgamento: 01/09/2022, Câmaras Especializadas Cíveis / 8ª Câmara
Cível Especializada, Data de Publicação: 06/09/2022)

A partir desse dispositivo a possibilidade de ruptura do testamento estende-se aos ascendentes e cônjuge - é rara, o código se preocupou pouco.

- Caducidade

○ Perda da eficácia do testamento por fato superveniente: perda do objeto (1.939, I e II)
perda do sujeito (sucessor testamentário - não pode ou não quer) (não tem representação em testamento)

Curiosidade: O testamento que beneficia o cônjuge perde a eficácia (caducidade) se sobrevier divórcio? (VIANA, Ana Beatriz, 2021)

- Desde já, convém esclarecer que não existe entendimento consolidado sobre o tema.
- Uma parte da doutrina entende que se o testamento beneficia expressamente “a esposa/o marido”, não está beneficiando a pessoa por traz dessa condição, de modo que, sobrevindo o divórcio, o testamento
perde a sua eficácia, tornando-se, portanto, caduco quanto a esta disposição.
- Por este entendimento, é necessário considerar que o testamento é um negocio jurídico decorrente da autonomia da vontade, em que, no que diz respeito a parte disponível da herança, se privilegia a vontade
do testador em detrimento da ordem de sucessão legal, e , assim como em um contrato, devem ser consideradas as cláusulas rebus sic stantibus (as coisas no estado em que se encontram) e pacta sunt
servanda (força obrigatória dos contratos).
- Com efeito, se por um lado, pelo pacta sunt servanda, o testamento deve ser cumprido nos termos em que foi testado, desde que não seja contrário à lei, por outro, pelo rebus sic stantibus, a mudança do
contexto fático, tem o condão de alterar a sua eficácia.
- “A premissa dos contratos é que esses devem ser cumpridos, porque obrigam (pacta sunt servanda). Contudo, se alteradas as circunstâncias fáticas entre o momento da formação e da execução, o contrato
pode se extinguir, resolver, pois o contrato só obriga estando assim as coisas, rebus sic stantibus”. (SIMÃO, FERNANDO, Revista Consultor Jurídico, 2016)
- Assim, se o testador beneficiou “a sua esposa/marido” com uma parte disponível da sua herança, mas as circunstâncias fáticas se alteraram, havendo, após a feitura do testamento, o divórcio das partes, pela
doutrina ora exposta, pode-se concluir que o testamento se torna caduco, pois o beneficiário (a), com o divórcio, perde a condição objetiva que lhe beneficiava, de marido/esposa do testador.
- “Há uma presunção relativa de caducidade (ineficácia) do testamento quando o divórcio ocorre, porque a base do negócio jurídico se alterou. Mudaram as condições fáticas entre a existência do testamento e
sua posterior eficácia mortis causa. (...) Cabe a interpretação da vontade do morto para a solução da questão. Deixar bens “para minha esposa, minha mulher” significa que a vontade do testador não era de
beneficiar Maria, mas sua mulher, com quem dividia a comunhão de vida, com quem tinha convivência more uxorio, baseada no vínculo de afeto. A vontade perde seu substrato fático, há uma mudança das
condições objetivas do testamento. Entre a formação e a eficácia do testamento mudaram as bases objetivas, as circunstâncias. Logo, o testamento perdeu seus efeitos. É clara situação de caducidade”.
- Assim, por este entendimento doutrinário, se o testador expressa no testamento o desejo de beneficiar “a sua esposa/ o seu marido”, mas posteriormente se divorcia, a disposição testamentária que beneficia o
cônjuge perde a sua eficácia, já que o termo “esposa/mulher/marido” indica, por essa corrente, constância de relação conjugal, comunhão plena de vida, o que obviamente se esvai com o divórcio.
- Não obstante, há quem entenda que o divórcio não seria suficiente para fazer com que o testamento perdesse sua eficácia, sendo necessário que este fosse efetivamente revogado pelo testador antes da sua
morte, ou ainda, que no documento constasse uma condição resolutiva que expressamente dispusesse que, havendo o divórcio, o (a) cônjuge deixaria de ser beneficiado (a) com o testamento.
- Diante disso, vale trazer a baila o que prevê o art. 1.899 do Código Civil, que estabelece que “quando a cláusula testamentária for suscetível de interpretações diferentes, prevalecerá a que melhor assegure a
observância da vontade do testador”.
- Assim, apesar da situação hipotética ora discutida não gozar de uma disposição legal expressa que a preveja, pelo dispositivo acima citado, que consubstancia o príncipio da soberania da vontade do testador,
na situação narrada, entende-se, neste , que é preciso que seja observada qual era a vontade do testador, se de beneficiar a esposa/marido, independentemente desta condição objetiva, ou se de beneficiar o (a)
cônjuge apenas em razão desta condição, o que, caso não fique claro no testamento, pode ser extraido com base em outros elementos do caso concreto, que indiquem a vontade do testador de beneficiar ou
não seu/sua ex conjuge.
- Se o cônjuge não for o único herdeiro, e os demais discordarem da disposição testamentária que beneficia o cônjuge, em virtude de, após a feitura do testamento ter sobrevindo divórcio, e de ser o testamento
omisso quanto a isto, a solução jurídica é o ajuizamento de ação de declaração de caducidade de testamento quanto a esta cláusula, submetendo o caso ao Judiciário, que pode decidir em consonância com
qualquer um dos entendimentos supracitados, já que não existe jurisprudência consolidada sobre o assunto.

Extinção do Testamento: a) extinção normal -> Cumprimento do testamento


b) extinção anormal -> Invalidade: nulidade e anulabilidade
-> Ineficácia do testamento: Redução testamentária (ineficácia parcial)
Caducidade
Rompimento do testamento
Revogação

Invalidade: Pontes de Miranda - planos dos fatos jurídicos

- 3 planos: Existência, Validade e Eficácia


- Fatos jurídicos - com repercussão jurídica. Coercibilidade. Expressão da violência do Estado.
- Plano de validade: valores
- No plano da validade não há como "salvar" o negócio jurídico

Eficácia: Pós-eficacização - quando um ato é ineficaz e, posteriormente, em razão da superveniência de um fato, passa a produzir efeitos retroativos, desde a data do nascimento do ato
Fato superveniente - vem depois

Casos de invalidade: "problema genético" - nasce inválido

(I) Nulidade: Violação de ordem pública


○ Art. 166, CC -> causas ilícitas
○ Art. 1.860, CC -> feito por incapaz (a nulidade é absoluta). Cuidado: maior de 16 anos é capaz (1.860)
○ Art. 1.863, CC -> testamento conjuntivo - dois ou mais testamentos no mesmo instrumento (nat. Personalíssima do testamento)
○ Arts. 1.862 - 1.885 -> formalidades/solenidaes do testamento (o STJ tem flexibilizado)
○ Art. 1.900 e seguintes, CC -> nulidade de disposições testamentárias

Nulidades de disposições testamentárias: cláusulas que não podem ser postas (pode gerar nulidade total ou parcial)

- Disposição captatória (inciso I) não pode fazer "barganha" no testamento - colocar condições etc. (o professor entende que isso não envolve as cláusulas com encargos. Ex: dou a herança se cuidar do meu
filho). Um encargo que "força o sucessor a fazer um testamento".
- Incerteza do sucessor (Inciso II e III) - o sucessor é completamente incerto no testamento, deve haver a indicação certa do sucessor - obs: não se aplica quando analisado o contexto consegue identificar
- Incerteza do objeto - deixar o objeto para o arbítrio de outrem
- Pessoas sem vocação hereditária (inciso V) - Ex: não posso deixar a herança para o tabelião

(II) Anulabilidade: Art. 1.909 - Erro, Dolo, Coação

Obs: O prazo de Decadência vale para nulidade e anulabilidade. 5 anos do registro do testamento -> se ninguém pedir a nulidade ou ser decretado de ofício, não dá para tornar nulo
4 anos da ciência do erro, coação ou dolo -> o professor entende que esse 4 anos deve se limitar aos 5 anos do prazo anterior

Obs: Princípio da Conservação do Negócio Jurídico do Testamento: sempre que for possível "salvar" o negócio inválido e até mesmo ineficaz

- Invalidade da Parte Separável (art. 184, CC) - invalida apenas uma parte

Obs: A parte invalidada volta para o monte mor e passa-se para a sucessão legítima
Obs: Cláusula para o caso de invalidade (caso haja a nulidade do testamento por quaisquer motivos, passa-se a herança ao fulano...)
Obs: Direito de crédito pode ser posto no testamento

- Convenção formal para cláusulas atípicas do testamento art. 183, CC - a invalidade do instrumento não induz a invalidade do negócio jurídico necessariamente. As cláusulas típicas serão invalidas, mas
aquelas atípicas não (Ex. o reconhecimento de paternidade dentro de um testamento com informalidades que geram a invalidade deste).

Página 2 de Sucessões
Página 3 de Sucessões

Você também pode gostar