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Gana

a) O progresso do nacionalismo

A constituicao de 1946 que o governador Sir Alan Burns estava encarregado de aplicar não
teve a aprovação da opinião africana esclarecida da Costa do Ouro. Era a primeira vez que a
Achantia e o Norte mandavam representantes ao conselho legislativo. Ora o atraso cultural
destas duas regiões impediu a organização a organização de verdadeiras eleições, praticamente,
os delegados destas duas zonas foram designados pelos chefes. Representantes de interesses
feudais, encontram-se aliados na pratica aos membros do conselho nomeados pela
administração colonial. Os representantes africanos eleitos, mandatários dos sectores e das
categorias avançadas do pais (cidades, mulheres, meios educativos, fazendeiros e homes de
negocio do sul), lançaram uma campanha de opinião contra a Constituição. De resto, a situação
econômica era má. O swollen shoot, a doença, que devastava os cacaueiros, feria gravemente os
interesses das próprias camadas que manifestavam uma irritação politica. Par suster a doença,
decidiu o governo colonial mandar arrancar os distritos onde ela grassava todas as árvores sem
exceção, incluindo aquelas que aparentemente não estava atingida. Apesar das indemnizações,
os produtores suspeitaram desta iniciativa. Não procuravam porventura os ingleses debilitar o
pais a fim de retardar a sua marca para a independência? Ora, enquanto baixavam os
rendimentos dos produtores, havia subido o o preço dos artigos importados. Com efeito, a falta
desse artigo, logo a seguir à guerra, criara uma grave inflação. Pensavam os africanos que a
caixa de estabilização dos preços do cacau (Cocoa Marketing Board) estava a imobilizar
demasiadas reservas financeiras, fixando preco muito baixo para a compra aos produtores. Ora
um grupo de comerciantes europeus reunia-se numa associação, manifestando deste modo o
desejo de manter o statu quo.
b) A ação da F.Kwame Nkrumah
a posição africana acentuou-se com a intervenção dos antigos combatentes regrassados da índia
e da Birmânia. Estes reivindicavam para a Africa a independência que acabava de impor na
Ásia. Todos estas forcas em efervescência se vão agrupar em torno de um advogado de maneira
muito distintas, aristocrata de nascimento, J. B, Danquah, reformista que acreditava na
autoridade de uma minoria esclarecido no seio do seu partido, a United Gold Coast Convention
(U. G. C. C.), constituída
História da África negra
Em 1947, Foi dado um passo para frente na marcha para a libertação politica quando J.
B. Danquah, depois de se haver dirigido em vão a outros universitários, apelou para um jovem
africano que estudava em Londres, a fim de fazer dele secretário-geral do partido. Era Francis
Kwame antigo aluno dos missionários, depois professor primário, desejos
de continuar a sua formação, partiu para os Estados Unidos em , ai estudou em quanto
trabalhava criado de restaurante para ir vivendo. Licenciado em Sociologia e Economia Política,
veio a ser presidente dos estudantes africanos dos Estados Unidos e do Canada. Sente-se então
vivamente impressionado pelas ideias pan-afrinista de Marcus Garvey. No fim da guerra foi a
Londres para ai escrever sua tese, mas logo se viu envolvido no turbilhão politico da época. Um
grupo importante de estudantes decidiu, entre os quais Kodjo fez bloco com ele e com
um teórico antilhano, Georges Padmore, que o acompanhara à África e continuara a ser ate a
morte dos seus mais íntimos amigos e conselheiros.
Em 1948 organiza a U. G. C. C. o boicote dos produtos europeus, a fim de fazer baixar os
preços, são organizados também marchas pacificais sobre palácio do governador. Um dia, a
policia faz fogo e rebentam tumultos populares em Acra e nas cidades do litoral. Resultado: 29
afrinos mortos e centenas de pessoas presas, incluindo Danquah e Nkrumah. A comissão de
inquérito Watson verificou a realidade e a gravidade do ressentimento popular e que a
autonomia politica (self-Govermente) teria sem duvida evitado o agravamento da situação. O
governador criou em vista disso uma comissão de reforma constitucional so a presidência de um
magistrado africano. J. H. Coussey. O relatório desta comissão é uma tentativa para conciliar as
aspirações autonomistas dos africanos avançados com a vontade da Gra-Bretanha de controlar
o ritimo da da evolução politica e a atitude reacionárias dos chefes tradicionais. No entanto,
propôs um sistema parlamentar com uma assembleia de membros todos eles eleitos e perante a
qual o executivo fosse responsável sob reserva de que o governador, em caso de necessidade,
dispusesse o poder legislativo independentemente, Londres recusou que o executivo fosse
responsável perante o legislativo.
Ora entretanto, o movimento nacionalista, já roído por dissensões internas, havia-secindido. Os
dirigentes da U. G. C. C. censuravam a o seu ativismo e o seu desejo de associar e de
arrastar imediatamente as massas. De secretário-geral passou ele a tesoureiro. Fundou então o
seio da U. G. C. C. uma Comissão de Jovens de que foi o animador. No congresso seguinte do
partido foi objeto da mesa desconfiança. Rompeu então com a U. G. C. C. arrastando consigo a
ala mais ativa do partido, os jovens, as mulheres do povo, os citadinos impacientes de ação.
Com eles criou um partido de massas, o C. P. P. (Convention People’s Parry). Em face das
propostas britânicas, logo os dois partidos revelaram os sues métodos. A U. G. C. C. propôs: <<
Discussão para a autonomia o mais brve possível. >> O C. P. P. lançou: << acao positiva para
a autonomia imediata: self-goverment now!>> Num escrito da época, Nkrumah explicava que,
num pais em que a grande maioria do povo não sabe ler, a única escola valida e da ação. Foi
criada uma organização excelente, adaptada e especular. Desfiles ritmados por cânticos
populares, palavras de ordem ou hinos religiosos. Dancas de mulheres, trajos vistos das bandas
de musica e dos porta-bandeiras. Os carros de propaganda do C. P. P. batizados com o nomes
bem ressoantes ( o recrutador, o militante), mateiam-se pelas aldeias do mato, ate as régios
mais afastadas. A ação devia, no entanto, permanecer não violenta. No dia 20 de novembro de
1949, primeiro comício do C. P. P., onde se rejeita o relatório Coussey e se propões um
programa de reformas radicais. Nkrumah lanca um apelo a desobediência civil no caso este
programa de reformas a ser recusada. Os sindicatos dão-lhe seu apoio. Perante a recusa
britânica, o C. P. P. lança a campanha de ação positiva e os sindicatos anunciam uma greve
geral para 8 de janeiro de 1950. Em 7 de janeiro, os antigos combatentes, formados em fileiras
de quatro, dirigem-se para o palácio do governador a fim de apresentarem um programa de
reivindicações. Repedidas sem resultados as ordens para não avançarem, o oficial britânico
mandou abrir fogo. Mas os soldados africanos recusaram a atirar sobre os seus camarada mais
velhos. Quatro antigos combatentes faram no entanto mortalmente atingidos pelo oficial
britânico. Então o povo, em fúria lançou-se na pilhagem do bairro comercial. O governo fora
ultrapassado. Mas os cortes no abastecimento de viveres e as faltas de toda a espécie trouxeram
uma miséria tal que os dirigentes políticos e sindicalistas deram ordem para acabar com a greve.
Os membros da comissão executiva do C. P. P. foram presos e os chefes sindicalistas
severamente castigados. No entanto, um dos dirigentes do C. P. P. Gbedemah, que acabava de
ser libertado, manteve o moral dos nacionalistas. O. C. P. P. ganha eleições parciais de Acra e
de Cape Coast. Um dos seus representantes consegue fazer baixa a ideia de voto de 25 para 21
anos. Grande êxito para o C. P. P., cujo principal apoio era a juventude. Foi esse o momento em
que se introduz no partido o titulo de <<diplomado da prisão>> e em que os militantes
ostentavam com orgulho o boné reservado aos titulares de tal diplomacia (prison graduate cap).
Nos termos do relatório Coussey, as eleições gerais deviam ser realizadas em Fevereiro de
1951. O C. P. P., embora se oponha ao relatório decide participar nas eleições para provar aos
britânicos que o povo esta com ele para conseguir a libertação dos seus dirigentes. De fato, o C.
P. P. conquista 34 dos 38 lugares. Em Acra, embora na prisão, Nkrumah reuniu a volta do seu
nome 98.5% dos votos. Os Britânico ace
O Sudão sob o domínio anglo-egípcio
De 1899 a 1945, o Sudão encontra-se sobre a égide de uma colonização praticada por dois
países: é o condomínio anglo-egípcio. Por acordo de janeiro 1899, este pais fixaram
unilateralmente as fronteiras e a Constituição do Sudão. O governador-geral seria um britânico
nomeado pelo Egipto sob a proposta da Grã-Bretanha. O primeiro foi
governava por leis de decretos, com única condição de informar os dois condomínio (Egipto e
Reino Unido). Na pratica, é este ultimo que traça as diretrizes. Ate 1920, a sua tarefa principal
constituirá em estabelecer a ordem e em lacar bases do desenvolvimento econômico e social. Os
secretários administrativos, financeiros e jurídico, em reuniões

História da África Negra –II

Com o o govenador geral, constituía a equipe do poder central.


Foi dividido em sete províncias: Dongola, Berber, Kassala,
Senar, ,Cordodão, sob as ordens de oficias britânicos assistidos
( adjunto). Por circulares, o governador geral traçava as principais linhas de ação,
inspiradas nos princípios ganhar a confiança do povo e dos chefes, garantir a
liberdade de religião e de tradição, encorajar a produção, esmagar sem piedade os agentes de
perturbação. A partir de 1901, comissários de distrito, civis, substituíram os oficias britânicos e
tornam-se a trava-mestre de todo o , com a mesmas atribuições ilimitadas do comandante
do circulo justiça, politica, economia, trabalhos públicos, higiene, notariado,
reuniu fundos para construir o Colégio Gordon de em 1902. Este estabelecimento, apos
ampliações ulteriores, incluía em 1914 uma escola primaria uma seção literária do nível
secundário, uma escola normal de professores e de Cádis para a Sharia. Funcionava já uma
seção técnica media e superior (engenheiros), assim como a escola primaria turcas, Wadi Halfa
e Suakin. Foi aberta outra do mesmo gênero em Omdurman. Mas a educação das raparigas
avançava muito mais devagar. No Sul, a educação foi deixada a iniciativa dos missionários
cristãos. Em 1909 estava instalados os grandes hospitais em Cartim, Arbara e Porto Soudan. Em
1922, o decreto relativo aos xerifes decidiu fazer participar os chefes tradicionais de antes do
mandismo na administração do comissários de distritos. Quando Sir John Maffay foi nomeado
governador-geral, em 1917, acentou esta tendência para indirect rule, amalgamando xeques e
nazires em unidade etneconomicas dotadas de podor autônomo de regulação. No campo
econômico foi feito um esforço considerável a partir da construção da barragem do Senar, em
1925, foi lançado o projeto da Gezira com as suas vastas plantações de algodão. No delta do
Gash, no Tokar, pronvicia do norte, o algodão tornou-se um dos traços dominantes da
agricultura sudanesa, que ressentiu, como todos outros países, da depressão provocada pela
grande crise de 1929. A evolução politica foi, em geral, calma. Surgiram apenas algumas
sublevações de caractere religioso, esmagadas a nasce. A mais notável foi a de Wad Habula na
Gezira. Adepto fanático do madi, este ultimo não se conforma com a derrota. Tratou de juntar
os irredutíveis e recusou comparecer uma convocação. O comissário de distrito, ido ao local, foi
assassinado com o seu mamur. Uma coluna militar pôs rapidamente fim a carreira de Habula,
que foi capturado e enforcado. Em contra partida, nos meios letrados, o sentimento nacional
fermentava no quadro das sociedades secretas, que ansiavam quase todos pelo fim do
condomínio e pela independência ou união com o Egipto. A mais estável desta associação foi a
sociedade da Bandeira Branca fundada em 1924 por um oficial, Ali Abdel Lattif, que se
pronunciou pela liberdade do Sudão e pela unidade do vale do Nilo. Estes movimentos foram
viajando de perto e reprimidos pela prisão ou morte dos seu chefes.
Em 1921 porem, por causa da crise econômica, os funcionários sudaneses, diplomados pelo
Colégio Gordon, viram seu vencimentos seriamente reduzido, ao passo que os vencimentos dos
seu colegas estrangeiros permaneciam como dantes. Decidiram pôr-se em greve e convocaram
um congresso que que pode obter dos poderes públicos um compromisso. Esta vitória estimulou
vivamente a sua consciência e o sentimento das suas possibilidades. Em 1939 foi celebrado um
acordo entre a Inglaterra e o Egipto para restituir este último pais certos direitos perdidos na
altura da perturbação politica no Sudão e no egipto. Ora os sudaneses nem foram consultados
para tal acordo. Respondendo aquilo que considera como um ultraje, os letrados sudaneses
construíram em 1938 o Congresso Geral dos Diplomados, que se apresentou como uma
organização corporativa e filantrópica afim de obter reconhecimento oficial. Em 1942, o
Congresso submeteu ao governador caderno de doze reivindicações sociais e politicais,
reclamando, entre outras coisas, o reconhecimento do direito a autodeterminação para os
sudaneses quando acabasse a guerra, a definição de uma nacionalidade sudanesa, a criação de
uma instituição sudanesa representativa para aprovar o orçamento e a legislação do pais. Este
documento foi rejeitado e no decorrer das conversações que se seguiam com as autoridades
afirmam-se duas tendência no seio do Congresso: <<Os duros, que exigiam uma resposta
escrita da administração e que, considerados que a Grã-Bretanha era o único freio ao
nacionalismo sudanês, optava pela aproximação com o Egipto. Os moderados, que,
contentando-se com as boas vontades dos Britânicos, preferiam tentar com eles a marcha para a
independência, em conformidade com o slogan ‘ O Sudão para os sudaneses’. A primeira fração
conduzida pelos Ashiqqa (irmãos de sangue), venceu nitidamente no seio do Congresso e
militou por um governo sudanês unido ao Egipto, sob a coroa egípcia. Em face dele se levantou
em breve o partido Umma ( partido do povo), que reclamava a independênciana amizade com a
Grã-Bretanha e com Egipto. Os dois partidos apoiaram-se dai a pouco nas duas personalidades
religiosas do pais. O partido Umma, em Said abd Rahman Al Madhdi e na Confraria dos
Ansars, herdeiro do mádi e, portanto, intransigentes sobre a independência total. Os unionistas
ligavam-se a Said Ali Al Mughani e à Confraria Khatmiya.
Em 1944, o governo estabelecia o conselho consultivo para o Sudão do Norte, sob a presidência
do governador-geral, com uma representação dos interesses das comunidades africanas e
estrangeiras, assim como da Câmara de Comercio. O Congresso Geral da Diplomacia
instituição por várias razões. Em primeiro lugar, a exclu do sul fazia
que esta região do pais ficasse destinada a uma independência separada ou viesse mesmo a ser
integrado na Uganda, por além disso, a qualidade dos membros africanos,
todos chefes ou funcionários e, portanto, dependentes da administração, fazia do
conselho consultivo um clube pouco representativo. 1946, os partidos políticos,
tentaram uma diligencia comum por ocasião das anglo-egípcias para a revisão do
acordo de 1936. Enviaram uma delegação para se encontrar com o Governo egípcio e para lhe
um programa no sentido de um governo democrático sudanês Egipto e aliado a
Grã-Bretanha. Esta formula desagradou ao governo egípcio, cuja a resposta provocou a Saída
dos membros do partido Umma. Este ultimo, a partir dai, colaborou ativamente com governo
sudanês no sentido da autonomia, enquanto o Partido Ashiqqa boicotava as eleições legislativa
de 1945, os tumultos por ele organizados nas grandes cidades foram punidos com prisão dos seu
dirigentes, Ismail AQl Azari. Em contrapartida, o partido Umma controlava a Assembleia
legislativa, onde figuravam outros pequenos partidos da independência. Ele era também
preponderante no Conselho Executivo. Mas o governador geral continuava a conservar, com
firmeza, nas suas mãos, o conjunto do sistema, em particular pelo seu direito de .o
governo egípcio, colhido de surpresa por esta marcha acelerada para a secessão, reagiu
brutalmente, revogando o Tratado Anglo-Egipcio de 1936 deb 1936 e proclamando Faruque rei
do Egipto e do Sudão. Isso não impediu os britânicos de concederem em 1952 um regime de
autonomia ao Sudão. Seria construído um parlamento inteiramente africano, composto de duas
Câmaras. O governador geral conservaria a competência na função publica, nos negócios
estrangeiros, no Estado de emergência e nas províncias do Sul. Em julho de 1952, um golpe de
Estado militar derrubava o regime monárquico Egípcio. Recomeçaram a conversações com o
Governo militar e em 1953 um acordo anglo-egípcio manteve os projetos anteriores de self-
goverment, com a emenda seguinte: o governador geral exerceria o seu poder em ligação com
uma comissão internacional de dois sudaneses, um britânico, um egípcio e um presidente
paquistanês. A unidade territorial do Sudão, inclui as províncias do Sul, foi confirmada com
decisão e fixado em três anos o período transitório de autonomia. Nas eleições que se seguiram,
o Partido Unionista Ashiqqa, largamente apoiado pelo Egipto, alcançou nítida vitória e Al-Azari
passou a ser o primeiro-ministro. Foi empreendida a sudanização sistemática do exercito e dos
serviços públicos. Ma o partido Umma, dos ansars madistas, não desarmava. No dia da sessão
inaugural da nova assembleia organizara uma enorme manifestação ante egípcia na Praça
Kitchener. Daí resultaram dezenas de mortes e o general Neguib, ido do Egipto, teve de voltar
para trás, pois a cerimônia inaugural fora anulado. Por outro lado, em Agosto de 1955
sublevaram-se unidades negras do corpo de exercito estacionado na província meridional de
Equatoria e Saquearam a região, talvez na esperança do auxilio do do exterior para as ajudas a
sacudir aquilo que elas consideravam o jugo do Norte árabe. Perante as tropas de repressão logo
chegadas a Juba, mas não puderam fazer senão fugir para as montanhas e para a Uganda. Com
efeito, independentemente da lembrança ainda viva das colunas de negreiros árabes desde
séculos, o sul sentia-se frustrado pelo seu isolamento. Totalizando cerca de 3 500 000 num pais
de 12 000 000 de habitantes, não islamizados, mas educados a maneira ocidental por escolas
missionarias, o homem do sul sentia-se amarrados ao Sudão como um apêndice estranho.
Falhou em 1953 uma tentativa para criar o partido liberal do sul. Em contrapartida, na altura das
eleições, os políticos do Norte vinham multiplicar suas promessas mirabolantes, que só
raramente eram cumpridas. Quando chegou um falso telegrama, pretensamente enviado por Al-
Azari e mandado aos administradores locais que fossem impiedosos, isso foi a gota de agua que
fez transbordar o vaso levantou-se o problema de Sudão meridional. Na verdade a notícia
alarmante relativa uma repreensão sistemática, repressão que, segundos alguns, se avizinhava
do genocídio, espalhava-se.
No entanto, apos a evacuação das tropa anglo-egípcias, em 1955, o Sudão ascendia a
independência em 1 de janeiro de 1956. Mas continuaram perturbações de origem polícia-
religiosa ou étnica e, em 1958, um golpe de Estado militar colocava a cabeça dos pais o general
Ibrahim Abbud, caide (chefe de estado maior do Exercito sudanês). Apesar de uma situação
muito semelhante a e da Mauritânia, salvo que o Nilo e o Senegal não correm no mesmo
sentido, e sem duvidas por causa disso, o Sudão encontra-se muito mais voltado para o mundo
árabe.
Em novembro de 1964, Abbud é derrubado por uma Frente Nacional Unida dos partidos
políticos, na qual, além das formações tradicionais de caractere religioso, os grupos sulistas e o
partido comunista desempenhava um papel cada vez mais importante.
Depois de golpe de Estado de 25 de Maio de 1969, o coronel ( depois general ) Gaafar-
Mohamed Nimeiry compromete-se a instaurar <<o socialismo sudanês>> no seio da Republica
Democrática do Sudão. São postas em pratica a nacionalização e confiscações, visando em
particular a família do madi. É concedida a autonomia regional as províncias do sul J. Garang,
um sulista cristão, membro do Partido Comunista, devia, no entanto ser executada em 1972 por
tentativa de golpe de Estado.
O acordo de Adis Abeba, em Marco de 1972, organizava a autonomia do sul, suprimindo o
Ministério dos assuntos do sul, para o substituir por um Conselho Executivo Supremo para a
região Sul.
Depois de ter esmaga o imã Al Mahdi em Marco de 1971, na sua fortaleza de Aba Island, no
Nilo Branco, o presidente Nimeiry foi derrubado por um golpe de Estado comunista. Retomava
porem, o domínio da situação passando de três dias, graça a entrega pelas autoridades líbias dos
dirigentes chamados pelos conspiradores. Segue-se uma liquidação feroz, na qual desapareceu o
secretário-geral dos sindicatos. Após a reeleição de Nimeiry como presidente, em outubro de
1971, quase por unanimidade, a União Socialista Sudanesa tornou-se partido único.
Em marco de 1972 dava-se cessar fogo com a rebelião dos Anya Nya do Sul.
A Assembleia Popular Regional elegida um chefe do Alto Conselho Executivo, chefe esse que
deveria ser automaticamente vice-presidente da Republica. Mas continuara de pé enormes
problemas de repatriamento dos 300 000 refugiados e da luta contra o subdesenvolvimento da
região. Em novembro de 1973, o líder da assembleia do Sul assumia as funções de vice-
presidente. Mas a agitação estudantil e sindical em breve se ia declarar. Em outubro de 194 e em
setembro de 1975. Foram lançadas acusações de conspiração, seguida de execução de um oficial
superior.
Apesar das catastróficas inundações do Nilo que devastava o Sul em 1974, a contribuição dos
países árabes permite prognosticar nas áreas irrigar uma produção enorme de cana-de-açúcar e
de cereais, que fara do Sudão um dos celeiro do continente.

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