Aprendizagem para a Educação Infantil ITACURUBI-RS 2022 Ludicidade Ludicidade é um termo que tem origem na palavra latina “ludus”, que significa jogo ou brincar. Na educação, usamos o conceito do lúdico para nos referir a jogos, brincadeiras e qualquer exercício que trabalhe a imaginação e a fantasia. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Promover a criatividade e as novas habilidades das crianças para enriquecer suas personalidades e permitir que participem espontaneamente junto com seus colegas e professores com uso da ludicidade; Explorar a socialização de crianças e colegas por meio de atividades com ludicidade, auxiliando no desenvolvimento pessoal, social e cultural, bem como na comunicação e em seu desenvolvimento geral; Formar a curiosidade das crianças sobre a construção do conhecimento por meio de atividades lúdicas e proporcionar um ambiente harmonioso de ensino e aprendizagem. PROBLEMATIZAÇÃO Quais são os fatores que vem a dificultar a implementação das práticas lúdicas no processo de ensino e aprendizagem de crianças da educação infantil? Jogos e atividades lúdicas são geralmente considerados passatempos infantis, mas por meio da aplicação da ludicidade em sala de aula, é possível transformá-los em poderosas ferramentas de ensino. Essa aplicação efetiva não é uma tarefa fácil, portanto, o professor deve adotar uma postura de mediador lúdico e realizar observações diagnósticas nos alunos para determinar o que pode atender às suas necessidades de aprendizagem verificando assim as possibilidades de atividades lúdicas a serem aplicadas. Outro fator que acaba dificultando a implementação da ludicidade no ensino infantil é a ausência de formação continuada, o que leva a professores obsoletos e métodos desatualizados. REFERENCIAL TEÓRICO Segundo o método de Kishimoto (1998, p. 28), os jogos possibilitam a disseminação de valores e princípios morais. No renascimento, as brincadeiras passam a ser vistos como ações livres das crianças que conduzem e promovem o desenvolvimento intelectual. Ao atender às necessidades das crianças, os jogos tornam-se uma forma adequada de aprender os conteúdos escolares. Com isso, a ludicidade acaba ganhando espaço, principalmente pelas possibilidades e meios que podem trazer momentos de alegria e satisfação, trazendo uma experiência completa para as crianças, sendo sempre necessário priorizar a integração entre fantasia e imaginação e os indivíduos envolvidos na atividade. Um dos filósofos que contribuiu para essa pesquisa desenvolvendo teorias sobre a ludicidade foi Lev. S Vygotsky, tendo como objetivo principal de compreender a origem e o desenvolvimento dos processos psicológicos na história de toda a espécie humana, considera um sujeito com uma personalidade imersa no ambiente cultural que o define, pois para ele o homem se constitui como sendo um ser social, e acaba por se indispensável o auxílio de outro indivíduo no seu desenvolvimento não pode prescindir da ajuda do outro lado. Sobre o brinquedo, Vygotsky (1988, p.114), afirma que: O brinquedo cria na criança uma nova forma de desejos. Ensina-a a desejar, relacionando seus desejos a um “eu” fictício, ao seu papel no jogo e regras. Dessa maneira as maiores as aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade. MÉTODO Após a pesquisa, definiu-se o público alvo, que se tratam de crianças com até 6 anos de idade, e partindo desta premissa, foi elaborado o planejamento da aplicação do projeto determinando o que seria desenvolvido. O projeto deve dividir-se em cinco etapas, onde: Na primeira etapa, a história dos três porquinhos será contada por meio de fantoches, que estão nas mãos das crianças, proporcionando oportunidades de interação em sala de aula e desenvolvendo sua imaginação e habilidades sociais por meio da ludicidade. Na segunda etapa, as crianças estarão organizadas em roda, de mãos dadas, cantando a música dos Três Porquinhos de Elias Becky. Procurando conduzir sempre um aluno até o meio da roda, onde ele terá que imitar um personagem da história e proporcionar a mesma interação que o grupo. Na terceira etapa, as crianças serão conduzidas até sua mesa, deixarão sua imaginação fluir livremente por meio de uma pintura muito completa e divertida atividade, e serão orientadas a desenhar os personagens da história dos três porquinhos e fazer criações artísticas, sendo uma das atividades preferidas das crianças, para cultivar a coordenação motora e a criatividade, logo após as crianças podem mostrar suas pinturas para professores e colegas. Na quarta etapa, as crianças participarão de uma pequena competição em forma de gincana, divididos em dois grupos com os nomes de Equipe dos Porquinhos e Equipe do Lobo Mau, ambas usando máscaras de personagem de acordo com sua equipe, e cada equipe realizando provas simples. * Corrida algodão soprado com canudo; * Quem consegue rosquear mais rápido as embalagens de pet distintas; * Quem consegue mais itens na pescaria de personagens. A equipe vencedora com a maior pontuação receberá uma medalha e a outra equipe receberá prêmio de participação, fazendo com que todos fiquem felizes em participar da dinâmica. Na quinta etapa, deve ser aberto um espaço para as crianças dizerem o que gostaram mais do projeto, permitindo assim a comunicação e a realização de um momento agradável e cheio de risos. Após o planejamento, a execução do projeto se dará por meio da aplicação das atividades planejadas no ambiente escolar se possível, fazendo uma posterior avaliação para determinar se houve melhoria em algum quesito dos alunos participantes CONCLUSÃO Para a aplicação do presente projeto de ensino, ao longo do trabalho, a avaliação será realizada através da verificação em relação a participação ativa dos alunos no projeto de ensino, sendo sempre priorizado o bem-estar da criança. Tendo em conta a postura que a criança percebe ao realizar a atividade proposta, a criança será avaliada de acordo com sua colaboração, comprometimento, participação, ao mesmo tempo em que considera aspectos coletivos para avaliação. Em aspectos relacionados, tendo ainda como foco principal a socialização das crianças por meio de atividades lúdicas. REFERÊNCIAS CHATEAU, J. O jogo e a criança. São Paulo: Summus, 1987. DIDONET, V. A arte de brincar e fazer brinquedo. Educação (MEC), Brasília: v. 11, nº 38, p. 22-28, abr./set., 1982. KISHIMOTO, T M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1998. ______________. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001. ______________. O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira, 2002. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. Cortez Editora, São Paulo, 2005, 17ª edição, 180 páginas. _____________. Filosofia da Educação. Cortez Editora, São Paulo, 2005, 21ª reimpressão, 183 páginas. Livro escrito para compor a Coleção Magistério do 2º Grau, da Cortez Editora. LURIA, A. R. O desenvolvimento da escrita na criança. In: VIGOTSKY, Lev Semenovich et al. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone/USP, 1988. p. 143-189. MARCELLINO, N. C. Lúdico, educação e educação física. Ijuí: UNIJUÍ, 1999. ________________. Pedagogia da animação. Campinas: Papirus, 1990. NUNES, A. No tempo e no espaço: brincadeiras de crianças A’uwê-Xavante. In: SILVA, Aracy Lopes; MACEDO, Ana Vera Lopes da Silva; NUNES, Ângela (org.) Crianças indígenas: ensaios antropológicos. São Paulo: Global, 2002. PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. PINO, A. A psicologia concreta de Vygotsky: implicações para a educação. In: _______. As marcas do humano: às origens da constituição cultural da criança na perspectiva de Lev S. Vigotski. São Paulo: Cortez, 2005. PLACCO, V. Psicologia e educação: revendo contribuições. São Paulo: EDUC/PAPESP, 2000. p. 33-62. SANTIN, S. Educação física: da alegria do lúdico à opressão do rendimento. 3 a. ed. rev.e ampl. Porto Alegre: EST Edições, 2001. SANTOS, S. M. P. O lúdico na formação do educador. Petrópolis: Vozes, 1997. VIGOTSKI, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1998. _____________. A formação social da mente. S. Paulo: Martins Fontes, 1991.