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Clinica de animais de ➡️Corynebacterium

➡️Mycoplasma
companhia – AV2
Geralmente nos deparamos com
Professora Marcella Braga. a queda imunológica do hospedeiro,
dificilmente encontra-se uma cistite de
repetição por conta de uma cepa
Doenças do trato urinário inferior bacteriana multirresistente.
- 11/04 Pode-se pensar em hipoadreno,
hipotireoidismo, FIV/ FELV,
iatrogênicos (paciente que toma muito
corticoide, faz quimioterapia-
imunossupressores)

⚠️Sinais clínicos:
 Disúria- dor ao urinar (muito
mais visível nos felinos)
 Hematúria- sangue na urina
 Polaquiúria- tenta urinar toda
hora, não aumenta a quantidade
e sim a frequência.
 Estrangúria- lento e doloroso
 Sensibilidade na palpação-
bexiga repleta (provável
obstrução)
 Bacteriúria- concentração alta
•Infecções do trato urinário (ITU). de bactéria na urina. Pode ser
•Urolitíases assintomática, porque depende
• Cistite idiopática felina (Sindrome de da forma de coleta, exemplo: se
Pandora) um profissional coleta por
• Neoplasias micção natural esperamos
• Incontinência bacteriuria. Por conta do
• Defeitos congênitos ambiente não estéril, com
contaminação.
Definição: colonização microbiana de  Pielonefrite- dor palpação renal,
qualquer segmento do trato urinário apatia, anorexia, febre, ...

Bactérias: Levar em consideração sua


patogenicidade. ⚠️Fatores pré disponentes:
Geralmente tratam-se de  Urolitíase (obstrução e agressão)
bactérias oportunistas que precisam de  Infeccções cutâneas (vulva
uma queda imunológica do hospedeiro. juvenil, intertrigo)
 Retenção urinária
➡️Escherichia coli (30-50%)
➡️Sthapilococos e Streptococos (25-30%)
➡️Proteus ⚠️Diagnóstico:
➡️Klebsiella (menos invasiva)  Histórico/ Anamnese:
➡️Pasteurella o Idade?
➡️Enterobacter (menos invasiva) o Doenças concorrentes?
➡️Pseudomonas (menos invasiva) o Qual alimento?
o Estresse?
o Mudanças no ambiente?
o Alterações de
comportamento?
o O animal está urinando?

 Palpação abdominal:

➡️ Bexiga repleta = Obstrução? Parcial ou


Total? Tempo de antibióticoterapia de
acordo com o quadro clínico.
OBS: Macho fica com o prepúcio
edemaciado, incomoda, dói

➡️Pode ter sinais sistêmicos, mas depende


do tempo que o paciente tá obstruído.

OBS: Pode ter aumento de ureia e


creatinina (azotemia)

 Exames laboratoriais:
o EAS (sangue? Bactérias?) e
Cultura de urina
(recomendado por
cistocentese) ⚠️Tratamentos alternativos:
o Hemograma, Bioquímica  Acidificante urinário- na
sérica medicina humana é muito
o USG➡️ Parede espessada comum. Ele acidifica a urina
por conta da inflamação da para melhorar o quadro clínico.
parede  Na veterinária não existe, pode
o Radiografia ➡️presença de causar acidose metabólicae
urólitos predisposição a formação de
o Pesquisar outras doenças cálculo
em casos de recidivas  Uso cramberry, manipulado ou
produto veterinário sendo
vendido a base de cramberry.
OBS: A coleta da urina tem que ter (Cystimicin) é uma
cuidado, pode ser por micção suplementação.
espontânea, por sonda, ou por
cistocentese (ideal)
 Síndrome de Pandora
⚠️Tratamento das infecções:
Qual antibiótico de usa para cada
bactéria.
De acordo com o resultado do
antibiograma que eu vou escolher meu
antibiótico.
A Caixa de Pandora, de acordo com  Castrados ou não.
a mitologia grega, era um artefato, na
verdade um jarro, que continha todos os  Nos remete o processo inflamatório
males do mundo. A mesma foi confiada à de causa desconhecida.
Pandora, por seu pai, Zeus, com uma  Quadro de cistite de repetição
condição de jamais abrí-la. Numa crise de causado por estresse.
curiosidade, Pandora desobedeceu e ao  Não cresce nada na cultura.
abrir a Caixa libertou todos os males  Estéril- não responde a
existentes, como ódio, inveja, raiva e antibióticoterapia.
desamor.  Muitas das vezes ela pode ser
autolimitante.
⚠️Considerações gerais:  Entender o comportamento do
 Maior casuística em felinos. felino através do proprietário.
 Tem várias formas de serem  Melhorar o ambiente para resolver
conhecidas: Síndrome urológica esse problema.
felina (SUF); Doença idiopática do
trato urinário inferior dos felinos OBS: idiopático é uma consequência, não
(DITUIF); Cistite Intersticial uma causa. Procurar histórico de
Idiopática Felina; Síndrome de experiências adversas como abandono,
Pandora (os males do mundo). órfão, aglomeração...
 Idiopática- sem etiologia
 Etiologia- multifatorial “Animal sensitivo em um ambiente
provocativo”
Cistite idiopática: Inflamação crônica e
estéril que passa por períodos de
agudização desencadeados principalmente ⚠️Tratamento:
por fatores estressantes, normalmente
autolimitante (5 a 10 dias).  SEM obstrução:
➡️Fármacos para controle de dor ou anti-
inflamatório com ação analgésica:
➡️Cuidado com dipirona em gatos
➡️Tramadol: 1mg/kg/SID ou BID; 5-7dias)
➡️Dipirona: 25mg/kg/SID ou BID; 4-5 dias
➡️Meloxicam: 0,2 mg/kg 1dia; 0,1
mg/kg/2 a 3 dias)
*Intervir no processo doloroso que aquele ➡️Minimizar o estresse: MEMO
animal está passando com medicação. (Multimodal Environmental Modifications)
(Enriquecimento ambiental)
⚠️Epidemiologia: De fato eu preciso de antibióticoterapia?
 Gatos “indoor”
➡️Não, posso só desinflamar a bexiga e
 Sedentários melhorar o manejo.
➡️Pode entrar com ansiolítico.
 Obesos
➡️Em casos recidivastes, uso contínuo.
 Idade entre 2-6 anos
 Come só ração seca
 Usam somente caixa de areia, que
divide com outros
 Mudanças no ambiente
➡ Qual a quantidade que ele vem
formando?
5 pilares do tratamento:
 Local seguro ➡ Qual a minha técnica terapêutica
e meu manejo profilático que deve-se
 Fontes de alimentação e ingestão abordar nesse paciente?
hídrica variadas
 Oportunidades para expressar seu ⚠ Principais urólitos em cães e gatos:
comportamento natural
 Estruvita ➡ fosfato de amônio
 Interação social magnesiano hexahidratado ➡
 Instigar o olfato do gato solúvel

 Oxalato de cálcio ➡ mono ou


dihidratado ➡ não solúvel
CONCLUINDO
• Doença crônica Outros:
• Objetivo: controle e não cura...
 Urato ➡ urato ácido de amônio/
• Gato sensitivo/ambiente provocativo urato de ácido Na
• Cistite é consequência..  Cistina
• Controle da dor na fase aguda
• Outros fármacos: poucos estudos OBS: Em cão há uma incidência maior de
oxalato de cálcio. E em gatos temos empate
• Enriquecimento ambiental na produção de oxalato e estruvita.
• O prognóstico é favorável OBS: Alopurinol causa cálculo de cistina.
• Prevenção para evitar novas recidivas 30 a Pacientes com leishmaniose.
70% dos casos (Imunomodulador)

• NEM TUDO SE CURA COM


ANTIBIÓTICO! • SÍNDROME DE URÓLITO X PLUG (TAMPÃO)
PANDORA – NO CURE!!!
➡ Urólito: obstrução por cálculo
propriamente dito; aspecto de pedra;
formado por muitos cristais
 Urolitíase- 18/04
➡ Plug: a urina fica tão concentrada que
Quando pensamos em urólitos, esse paciente forma um plug gelatinoso na
nada melhor o representa que uma ponta de saída da uretra; Facilmente desfeito com
iceberg. Se ele está ali, significa que tem uma massagem na bexiga; aspecto
algo favorecendo na sua formação. gelatinoso; sem forma
Então, não deve focar somente na
melhora clínica e obstrução do paciente.
Trabalhar de forma profilática e mudar o OBS: Lembrando que os pacientes com
manejo! microcálculos ➡ USG visualiza
perfeitamente!
OBS: A manifestação clínica do paciente
➡ Qual tipo de urólito? com obstrução uretral é a mesma. Bexiga
repleta mas não consegue eliminar (anúria
excretora).
 Anúria ➡ diminuição ou supressão
⚠ Diagnóstico: da excreção urinária

 Histórico - anamnese – resenha  Anúria excretora ➡ produz urina


mas não elimina
 Sinais clínicos - exame físico
 Localização do urólito (pela USG OBS: Se esse paciente não consegue liberar
ou raio x) ➡ rim, ureter, bexiga ou urina, tem aumento de ureia no sangue e
uretra esse aumento pode causar IRA.
 Urinálise ➡ descamação da parede Uremia pós renal ➡ Se esse paciente não
da bexiga; análise qualitativa e consegue eliminar urina, ele vai ter o
quantitativa do urólito acumulo de ureia na corrente sanguínea. A
ureia ela é nefrotóxica, então esse aumento
 Urocultura
pode causar a uma IRA.
 Bioquímica sérica ➡ Uremia ?
 USB abdominal (exame ouro) ➡  IRA (injúria renal aguda) ➡ Pode
melhor definição de imagem; ser resultante da uremia pós renal.
verifica espessura da parede da
bexiga; avaliação da morfologia
renal; evidência de obstrução Por isso:
Cuidado com os felinos no tempo
Urinálise: de obstrução. Quanto tempo essa urina tá
• Densidade e pH = revelam qual o cenário retida?
químico da urina
• Oxalato de Ca++: pH7,0 (básico) Também temos os pacientes
assintomáticos, que se enquadra
naquele animal que foi realizar um
check up e se depara com diversos
Raio x: microcálculos na bexiga, porém não
• SEM SENSIBILIDADE: Urólitos < 3mm apresenta sintomatologia.

• Estruvita menos radiopacos que oxalato


(aparece mais que o estruvita) ⚠️Tratamento:
PARA GATOS NÃO OBSTRUÍDOS:

⚠ Sinais clínicos:  Não obstruídos - formam cálculo e


não estão obstruídos
 Bexiga repleta (em caso de
obstrução parcial ou total, anúria  Tornar a urina menos concentrada -
excretora) ingestão hídrica

 Disúria ➡ dor pra urinar  Densidade urinária menor (<) que


1.040
 Polaquiúria ➡ urina com muita
frequência em pequenas  Controlar infecções bacterianas
quantidades secundárias. Pois se ele faz cistite
de repetição, ele aumenta a
 Estrangúria ➡ lento e doloroso densidade urinária, retém a urina e
fica propício para a formação de
 Hematúria ➡ sangue na urina
urólito
ESTRUVITA: o Bexiga muito repleta?
cuidado ao manusear
 Solúveis
o Considerar o fator de
 Aumentar a ingestão hídrica, rações estresse. Cuidados com
úmidas esse animais, é causa de
 Rações terapêuticas como a urinary óbito.
(royal) o Hipotermia
 Levar em conta o sexo do paciente,
pois o tamanho da uretra e diferente
 Contenção farmacológica-
 Em alguns casos fazemos a
cistotomia o Cuidado com os felinos que
apresentam quadro de dor.
Geralmente o indicado é
sedar. Cuidado com risco
de ruptura de uretra
(ruptura de uretra
iatrogênica)!
OBS: Acidente com dor e com estresse
sem sedação pode vir a óbito em cima da
mesa.
 Massagem uretra peniana distal
OXALATO DE CA++:
 Compressão manual da bexiga-
 Insolúveis. centro cirúrgico. CUIDADO COM
RUPTURA
 Levar em conta o sexo do paciente,
pois o tamanho da uretra e diferente  Cistocentese descompressiva
 Rações terapêuticas aqui nesse caso  Sonda TOM CAT- Podemos
é uma profilaxia, evita novas sondar esse paciente usando a
formações. sonda “tom cat”.
 Aumentar a ingestão hídrica, rações Porém, não é a sonda que desobstrui , é
úmidas a pressão da fluido.
Gel lubrificante, faz o cateterismo desse
paciente e faz o jato na bexiga empurrando
esse urolito para a bexiga.

COMPLICAÇÕES PÓS-OBSTRUTIVAS:

 Estenose de uretra- Trauma da


uretra
PARA GATOS OBSTRUÍDOS:
 Sucessivas cateterizações
 Avaliar o estado geral do paciente –
 Falta de contenção adequada
o Choque? Avaliar quadro de
dor do paciente  Inflamação severa da mucosa da
bexiga. Tratamento ➡Penectomia
⚠ Intestino delgado:
Penectomia:  Divisão- duodeno, jejuno, íleo
 Estrutura- pregas, vilosidades e
• Indicação cirúrgica é a última opção.
microvilosidades (subdividida em
Repetidas vezes. Muitas das vezes tem que
mucosas
fazer a penectomia.
• No macho retira a uretra do canal peniano OBS: Por isso quando se tem um quadro
e vai ser realizado uma abertura como se inflamatório intestinal, na usg consta o
fosse uma vulva para a saída da uretra. aumento das pregas das mucosas, aumento
das microvilosidades da parede do intestino
 Incontinência urinária
⚠ Intestino grosso:
 Divisão- cólon ascendente,
A incontinência pode ter como causa transverso, descendente, reto
primária uma infinidade de doenças de  Estrutura-mucosa lisa, secreção de
base. Como: muco (glândulas tubulares)
 Motilidade- segmento e propulsão
o neoplasia de bexiga
 Microbiota intestinal – boca e
o cistite bacteriana- que intestino grosso
causa contrações na bexiga
levando a perda
involuntária de urina OBS: Muito comum neoplasia de reto.

o problemas neurológicos- OBS: Microbiota são todas as celularidades


instabilidade na lombo- presentes no local de estudo. Exemplo:
sacra , comprometimento microbiota intestinal (protozoários,
na contratilidade do bactérias, fungo e vírus).
musculo detrusor Quando se tem uma microbiota
(musculatura lisa da própria é controlada, ok.
bexiga) Quando se tem uma disbiose , é
uma Multiplicação de microorganismos
o Fêmeas castradas - patológicos que causam alguma doença.
precocemente antes dos 3 Por isso que geralmente é feito um
meses de idade tem grande probiótico.
chance de desenvolvimento
de cistite de repetição, de
incontinência urinária ⚠ Classificação dos processos diarreicos:

Quanto a origem ➡
Afecções do intestino – 02/05  Diarréia tipo Intestino delgado
 Diarréia tipo Intestino grosso
Quanto ao tempo➡
 Diarreia: É o aumento da  Aguda: 3 a 4 semanas
fluidez das fezes que pode ou não  Crônica: mais de 4 semanas
estar acompanhada do aumento do
volume e frequência das Quanto a etiologia ➡ A etiologia está
evacuações. como diagnóstico diferencial
Não necessariamente esse paciente a) Infecciosa e parasitária-
tem aumento do volume fecal ou da
➡ Ex.: Parvovírus; Coronavírus; Rotavírus
quantidade defecada. O paciente pode
apresentar diarreia, mas sem repetição do ➡ Ex: Ancylostoma; Toxocara; Toxascaris
episódio. Trichuris
➡Ex.: Giardia; Isospora; Toxoplasmose
➡ Ex.: bactérias e fungos (pouco comum) OBS: Lembrando que hoje não se faz mais
vermifugação profilática no adulto.
b) Inflamatoria- ID ou IG
➡ Doença inflamatória intestinal
➡ Etiologia idiopática 1. Tratamento de suporte ➡ Restrição
alimentar e repouso (sempre);
➡ Várias hipóteses
Equilíbrio hidro-eletrolítico e PH;
➡ Enterites idiopáticas Fluidoterapia
c) Dietética/ iatrogênica (drogas e  DIETA: Jejum 12 a 48hS; Dieta com
toxinas)/ metabólicas (uremia) e
baixo percentual de gordura;
psicogênica
alimentação com carboidratos de
fácil digestão ➡ Exemplo:
⚠ Diagnóstico: ▪ Hill’s (i/d), Royal Canin
(intestinal)
 Anamnese, histórico (mudança de ▪ arroz + cottage,
rotina, processo crônico) ▪ arroz + frango
 Exame físico
 Testes laboratoriais de rotina
 Exame de fezes 1. Tratamento sintomático ➡Drogas
 Radiografia e ultrassonografia com ação local (motilidade e
 Colonoscopia/ biópsia intestinal. secreção- drogas que param ou
aceleram a motilidade); Prevenção
Indicação de colonoscopia- geralmente das complicações secundárias
quando se esgota todas as opções de (Antibióticos); Repositores de flora
exames possíveis e nada foi resolvido/ (probiótico)
encontrado.
Fármacos anti-diarréicos Adsorventes
⚠ Tratamento:
1. Considerar ➡ Intensidade e  Carvão ativado:
frequência; Características fecais;
o Nas suspeitas de
Estado geral e etiologia
intoxicação
2. Tratamento parasitoses ➡
o 40ml até 20kg de peso
 Vermifugação: vivo/bid

o Mães – Terço final da  Probióticos: escolha do veterinário


gestação e/ou tutor. EX: Biocanis, beneflora.
o Filhotes de cães e gatos – Geralmente usa-se 2-4 gramas
2º. ou 3º. Semana de vida, animal / dia.
repetir 15 dias depois.  Floratil- = Saccharomyces boulardii
 Giardíase:  Antibióticos-
o Fembendazol
(50mg/kg/SID/3dias) o Metronidazol (Flagyl,
o Metronidazol Giardicid) ➡ 15 a
(25mg/kg/BID/5dias) 25mg/kg/bid/7dias
o Praziquantel + Febantel +
o Amoxicilina➡
Pirantel (3dias)
22mg/kg/bid/10-15dias
Tem o giardicid (uso veterinário).
 Doença inflamatória
 Drogas imunosupressoras
intestinal:
o Azatioprina (Imuran®️)
A Doença Inflamatória Intestinal (DII) ➡ 50mg/m2 /SID ou dias
é uma doença crônica do trato alternados. Cuidado
gastrointestinal caracterizada pela mielotoxicidade em gatos
manifestação clínica de diarreias, vômitos,
perda de apetite e perda de peso
progressiva. OBS: Na crise entra com prednisolona.
A maioria dos trabalhos a apresenta Quando fecha diagnóstico colocas-se
como uma doença multifatorial, envolvendo budenosida.
uma resposta imunológica inflamatória
exagerada contra bactérias presentes na
microbiota intestinal ou antígenos  Constipação: Defecação
componentes de dietas, a qual o organismo infrequente ou ausente. Fezes
do animal não está adaptado. excessivamente endurecidas. ➡ É
Algumas raças como Pastor Alemão, mais frequente em gatos.Infinidade
West Highland White Terrier, Labrador, de causas.
Basenji, Shar Pei e Poodle possuem uma
predisposição genética à DII, mas sem
Termos relacionados:
muito esclarecimento.
 Obstipação – Constipação
Alguns dos diagnósticos diferenciais de
intratável (cirúrgico)
DII incluem giardíase crônica, linfoma,
hipersensibilidade alimentar, infecção por  Disquezia – Dificuldade de defecar
Escherichia coli e insuficiência pancreática  Tenesmo – Espasmo doloroso do
exócrina, que são descartados realizando esfíncter anal e vontade de defecar
exames complementares.  Megacólon – Dilatação total do
O tratamento para DII envolve, cólon. Causas: hiperplasia
normalmente, alterações no manejo prostática, paciente idoso, aumento
alimentar e uso de medicamentos como da prostata
antibióticos e fármacos imunossupressores.
Não existem estudos sobre a prevenção ⚠ Diagnóstico:
da DII, por ser de etiologia genética, mas  Exame Clínico:
para o animal que já possui a doença o H / A (histórico e
existem protocolos a serem seguidos, como, anamnese)
o uso de rações hipoalergênicas, a  Exame físico
administração de prebióticos e probióticos.  Exame complementar:
o Radiografia
USG ➡ Espessamento da camada muscular
da parede do intestino.

⚠ Tratamento:
⚠ Tratamento:
 Corticóides – processo inflamatório  Enema, supositórios de glicerina (1
o Prednisolona ➡ a 2 pediátricos)
2,2mg/kg/vo/dia  Solução fisiológica
o Budesonida (Entocort®️) morna(5-10ml/kg)
➡ 1mg/gato/vo/sid ou bid;  Óleo mineral (1-2ml/kg) – via retal
Cães pequenos ou oral
1mg/vo/sid / cães grandes  Glicerina líquida
2mg/vo/sid (Menos efeitos  Remoção ou melhora da causa
colateraisque a primária
prednisolona)
 Restauração de fluidos e
eletrólitos
 Tratamento Clínico
 Dieta
 Laxantes: Muvinlax- dose empírica
( 1 sachê 2x por dia)

OBS: O uso de omega 3 de uso contínuo


em casos de constipação leve. A cápsula
oleosa ajuda a lubrificar o TGI.

OBS: Em caso de enema, se é uma ⚠ Introdução:


constipação exagerada. Necessário sedação
e controle da dor. O fígado é um órgão muito importante para
manter a homeostase do corpo.
70% do fígado tem a capacidade de
⚠ Causas: se regenerar em até 6 semanas.
Lembrando que é um protocolo
1. Dietéticas e ambientais- terapêutico mais longo, que inclui terapia
a. Ossos, pêlos, CE, vida medicamentosa e alimentar.
sedentária, mudança de
hábitos OBS: O fígado é responsável por
2. Fatores dolorosos - metabolização, com isso, em quadros de
a. Doenças ano-retais, CE, intoxicação ele é o órgão mais afetado.
traumatimos
3. Obstrução mecânica- ⚠ Funções:
a. Extra-luminal ou intra-
luminal  Metabolismo de carboidratos,
4. Doenças neurológicas- lipídeos, proteínas (albumina (única
a. Paraplegia, megacólon fonte de produção), vitaminas,
felino idiopático hormônios endócrinos. ➡ A
5. Causas metabólicas e endócrinas- imagem do fígado de um paciente
a. hipotireoidimo, alteração endócrinopata é compatível com a
muscular do cólon de um fígado congesto, difuso, com
6. Induzida por drogas- coloração escura
a. Anti-histamínicos, opiáceos  Funções imunológicas ➡ Célls de
e sulfato de bário Kupffer
 Funções de armazenamento ➡
Cobre, Ferro, Zinco, vitaminas
lipossolúveis
Afecções Hepáticas- 09/05  Funções hematológicas ➡
Hematopoese, bilirrubina
 Função digestiva ➡ Ác. Biliares

⚠ Manifestações clínicas da doença


hepatobiliar:

Os sinais clínicos são variáveis, não


patognomônicos e não necessariamente
relacionados com a gravidade e o
prognóstico da lesão hepática.
Pós-hepática ➡ ocorre por obstruções ou
 Aumento de volume estenose do ducto biliar (bloqueios em
abdominal- Mais conhecido veias biliares), seja por cálculos, parasitas
como hepatomegalia, que pode ser ou por processos inflamatórios.
generalizada ou focal. A estase biliar ocorre devido a
Pode ser por conta de infiltração problemas na eliminação da bilirrubina nos
(neoplasia, colangite, amiloidose), ductos biliares, acumulando, portanto, nos
congestão (ICC direita, doenças hepatócitos. Quando o hepatócito atinge a
pericárdicas), hipertrofia hepatobiliar sua capacidade máxima de armazenamento,
(Lipidose, hepatotoxicidade), nódulos, a bilirrubina retorna para a corrente
abcessos e cistos. sanguínea e irá se depositar nos tecidos
causando icterícia.
 Efusão abdominal/ ascite-
pode ser por hipertensão portal,
obstrução linfática, PIF,  Encefalopatia hepática- É
hipoalbuminemia. uma disfunção neurológica que se
dá pelas toxinas não excretadas
pelo fígado. Esse paciente aumenta
 Icterícia, bilirrubinúria, a excreção de amônia e isso se
coloração das fezes- Pode ter torna tóxico pra ele.
mudança na coloração das fezes por É muito comum em casos de
conta do aumento de bilirrubina intoxicação.
(aspecto amarelado).
Como exemplo, a troca de ração Sinais clínicos
(mais gordurosa) faz com que o paciente
apresente esse quadro de udança na ➡ Crônicos: Depressão, perda de peso,
coloração das fezes. letargia, náusea, hipersalivação,
vômitos, diarréia
A icterícia é a pigmentação ➡ Agudos: Sinais neurológicos
amarelada de tecidos corporais pela (tremores, ataxia, agressividade,
bilirrubina. Pode ser percebida através da movimentos em círculos, cegueira,
avaliação de mucosas e ela ocorre quando a convulsões), coma, morte
taxa de produção ultrapassa a taxa de
metabolização. E tem 3 classificações: pré-
hepática, hepática e pós hepática. Exames laboratoriais➡

Pré- hepática ➡ tem causa hemolítica, ➡ Hemograma é inespecífico. Pode até ter
destruição de eritrócitos, acúmulo do um quadro de leucocitose em caso de
complexo albumina- bilirrubina excedendo abcesso, lesão, conteúdo bacteriano.
a capacidade excretora do fígado. Pode ser ➡ Enzimas aumentadas – ALT, AST, FA.
causada por agentes infecciosos ou reações
imunomediadas. Enzimas de extravasamento
➡ALT/(TGP) (Alanina aminotransferase):
Hepática ➡ ocorre por lesões diretas Avaliam a integridade da membrana dos
agudas ou crônicas aos hepatócitos (doença hepatócitos, seu aumento pode indicar dano
hepatocelular). Essa lesão resulta na celular. Bom indicador de hepatopatias
diminuição da metabolização da bilirrubina, agudas (doenças hepatobiliares, obstrução
o que consequentemente resulta no acúmulo biliar, intoxicações e infecções
de bilirrubina indireta (não conjugada) na parasitárias).
corrente sanguínea. ➡AST/(TGO) (Aspartato
Pode ser causada por agentes aminotransferase): Bom indicador de lesão
bacterianos, virais, toxinas, medicamentos, hepática , lesão da musculatura esquelética,
neoplasias e anemias acentuadas. distúrbios miocárdicos e esforços
extenuantes. Pode vir alterada devido a Teste que avalia excreções de pigmentos
hemólise. ➡ Bilirrubina: Produto resultante da
degradação da hemoglobina que é
Enzimas de indução- associadas a eliminada pelas fezes e uma pequena
membranas colecísticas. porção na urina.
➡ FA (fosfatase alcalina): Indicam
alteração em componentes ductais biliares, o Hiperbilirrubinemia- O excesso
aumento de síntese e liberação biliar. de bilirrubina (hiperbilirrubinemia)
É uma enzima encontrada em pode indicar problemas no fígado,
diversos tecido do corpo com concentrações baço, nos rins ou na vesícula biliar.
maiores no osso e no fígado (por isso As causas de aumento podem ser por
filhotes geralmente tem essa enzima aumento na produção ou redução na
aumentada). Há muitos fatores que podem excreção, hemólise, doenças hemolíticas,
aumentar essa enzima, como o uso de colestase intra-hepatica, obstrução do ducto
glicocorticóides, estresse, doenças ósseas, biliar.
regeneração hepática, lesão hepática... O animal pode apresentar olhos de cor
Qualquer elevação dessa enzima em amarelada, urina escura (colúria), fezes
gatos é significativa! E o aumento esbranquiçadas (acolia) e coceira elo corpo.
significativo dessa enzima, pode sugerir
uma doença degenerativa do fígado.  Bilirrubina direta: separada da
albumina, conjugada com ácido
OBS: Caso seja o caso de acompanhar uma glicurônico e secretada pelo sistema
doença hepática, retirar o uso de corticoides biliar.
pelo menos 30 dias antes.  Bilirrubina indireta: produzida no
baço e carreada ligada a albumina.
➡ GGT (glutamil transferase): Deve ser
➡ Amônia (hiperamonemia): pode ser por
avaliada em conjunto com a FA (no gato),
mas sem relevância no cão. perda da função hepática, desvio
portossistêmico (shunt), uremia grave,
Teste para avaliação da capacidade de envenenamento por amônia.
síntese hepatocelular
Demais testes:
➡ Concentração sérica de albumina:
➡Urinálise: pode ter cristais de bilirrubina
Proteína sintetizada pelo fígado,
responsável por transportar ácidos graxos e biurato de amônia. Pode indicar
livres, hormônios, bilirrubina, metais... insuficiência hepática.
A concentração de albumina é afetada ➡ Avaliação fecal: pode ter fezes acólicas
pelo funcionamento hepático, pela (brancas) e pesquisar presença de
disponibilidade de proteínas na dieta, pelo Platinossomum spp.
equilíbrio eletrolítico e por perdas de ➡ Teste de coagulação: Os fatores de
proteína em algumas doenças. coagulação são a grande maioria
o Hipoalbuminemia - apenas com produzidos no fígado, em casos graves há
mais de 80% de destruição hepática uma baixa produção (ex: cirrose). O
a hipoabuminemia pode ser aumento desses fatores indicam o aumento
atribuída a insuficiência hepática. de Protrombina e tempo de trombloplastina
o Ureia baixa – sintetizada pelo parcial ativada). Avaliar antes e depois da
fígado. Ela em valores reduzidos vitamina K.
pode indicar insuficiência hepática,
alta diurese ou inanição.
Avaliação complementar ➡
 USG,
 Biópsia de fígado
 Raio X
Doenças hepatobiliares ➡
Etiologia: obstrução mecânica
 Hepatopatia tóxica aguda:
Obstrução devido a uma neoplasia,
Etiologia: iatrogênica
cálculos e/ ou agentes infecciosos.
Sinais clínicos como icterícia, perda
Quadro de intoxicação agudo que na
de peso e dor abdominal.
maioria das vezes é causada por fármacos
O tratamento geralmente é de
(iatrogênica). Como os antimicrobianos
suporte e pode ser realizado uma
(cetoconazol, sulfa-trimetoprim), anti-
laparotomia exploratória para biópsia.
helmínticos (mebendazol), anestésicos
(halotano), analgésicos (carprofeno) e
antifúngicos por via oral também podem  Hepatopatia crônica:
predispor a essa condição. Não cai em prova, apenas curiosidade.
Ela pode ser caracterizada por
inflamação, necrose e apoptose de Lesão hepática persistente, de natureza
hepatócitos de maneira difusa. inflamatória que ocorre há pelo menos 4
Os sinais clínicos são agudos, podendo meses.
apresentar sinais neurológicos e Pode ter como causa por exemplo
gastrointestinais, e com evolução rápida. infecções, toxinas, fármacos, reações
Pode haver causas biológicas, como a imunomediadas e predisposição racial ou
leptospirose, toxoplasmose e a hepatite idiopática.
infecciosa canina (adenovírus). Algumas Seu diagnóstico se dá pela biópsia
plantas como, lírio, begônia, gardênia e hepática que pode identificar fibrose
ave-do-paraíso também podem causar hepática e infiltração inflamatória e também
intoxicação. pela ultrassonografia que pode mostrar
imagens compatíveis com cronicidade
Tratamento- (fígado hiperecogênico com padrão
Ideal primeiramente, é remover o irregular).
agente causador da intoxicação e oferecer Os sinais clínicos de um paciente
tratamento de suporte para aquele animal, hepatopata crônico:
como medicações para vômito e náuseas), -hepatomegalia
fluidoterapia. -anorexia, perda de peso
Fazer o uso também de -vômito/ diarreia
hepatoprotetores e antioxidantes, como -icterícia
(Sam-e, Ursacol, legalon) e ômega para -sinais neurológicos (encefalopatia
ação antiinflamatória. hepática)
-dor a palpação
➡Ácido ursodesoxicólico (Ursacol): (10- -petéquias (coagulopatia)
15mg/kg/VO/SID) - Estabilizante de -equimoses (extravasamento de sangue)
membrana dos hepatócitos, diluição da bile, -ascite
anti-inflamatório
➡Sam-e - S-adenosil-l-metionina As alterações laboratoriais mais
(10mg/Kg/SID/BID/VO) – hepatoprotetor relevantes são as enzimas ALT, AST, FA,
(cuidado pois não pode ser usado na GGT (aumentadas) e ureia (diminuída).
maioria das neoplasias) Também podem apresentar hipoglicemia,
hioalbuminemia, hiperglobunemia.
➡Silimarina - (25-50mg/kg/VO/BID) -
Seu tratamento é com
antioxidante imunossupressores
➡Acetilcisteína – (10mg/kg/BID/VO) (cortidoides,ciclosporina), terapia
➡Ômega 3 – (200mg/kg/VO/SID) antifibrótica (uso controverso), coleréticos
(ursacol), antioxidantes e hepatoprotetores.
OBS: Tratamento de suporte e em alguns Assim como também é feito o tratamento
casos pede- se uma laparotomia
exploratória para a realização da biópsia.
de suporte, como uma dieta de alta
digestibilidade.
Suas complicações podem evoluir para  Lipídose hepática:
uma cirrose hepática. É a doença hepatobiliar mais comum no
gato.
Se dá pelo acúmulo de lipídeos nos
hepatócitos. Esse acúmulo pode ser tão
 Colecistite: acentuado que excede a capacidade do
Não cai em prova, apenas curiosidade. fígado de metabolizar e excretar lipídeos da
célula hepática.
Nome designado para a inflamação Por exemplo um paciente obeso, acima
da vesícula biliar. Que podem ter como de 2 anos, ele já tem o acúmulo de gordura
causas: no fígado e automaticamente tem uma
predisposição a essa patologia,
 estase biliar principalmente se esse paciente reduz sua
 mucocele da vesícula biliar ingestão alimentar!
-neoplasia biliar Os felinos são carnívoros verdadeiros,
 coletíase (pedras na vesícula) ou seja, que precisam consumir proteína..
Por isso, devemos nos atentar na aquisição
Essas causas que podem ter como de rações gordurosas no mercado pet, pois
consequências por exemplo o bloqueio do eles não utilizam o carboidrato como fonte
fluxo biliar, isquemia biliar e peritonite de energia eficiente.
biliar (ruptura). As causas são variáveis, mas pode ser
Os sinais clínicos mais evidentes por conta de jejum prolongado, ingestão
são dor a palpação, icterícia, anorexia, proteica inadequada e deficiência de
letargia, vômito, diarreia, febre, dispneia e aminoácidos essenciais.
taquicardia.
As alterações laboratorias Patofisiologia:
encontradas:
Anorexia➡ aumento do uso das reservas de
 hemograma: anemia, linfopenia, gordura ➡ aumento de ácidos graxos livres
leucocitose, neutrofilia com desvio na circulação➡ acúmulo de triglicerídeos
à esquerda, neutrófilos tóxicos no fígado
 bioquimica: aumento de AST,
ALT, FA, GGT e ureia Os sinais clínicos evidentes:
 hipoglicemia  Prostração
 hiperbilirrubinemia  perda de peso (perda abrupta)
 anorexia
Seu diagnóstico é associado com o  icterícia
exame de sangue e um exame de  estresse
ultrassonografia onde mostra uma distensão  vômitos esporádicos
da vesícula e de ductos e espessamento da
parede. Pode apresentar líquido livre no abdômen.
Já o tratamento depende da causa
de base, se for de resolução cirúrgica,
chama-se de colicistectomia. Diagnóstico:
O tratamento clínico se dá pelo uso
de antibióticos (quinilonas/ metronidazol),  histórico e anamnese: anorexia,
fluidoterapia, analgésicos, drogas vomito, depressão, perda abrupta de
hemostáticas (ácido tranexâmico, vitamina peso
K), antiheméticos e hepatoprotetores.  exame físico: hepatomegalia,
icterícia, efusão abdominal
 alterações laboratoriais:
Hepatopatias felinas ➡
-hemograma tem poucas alterações Se da pela inflamação da vesícula
relevantes, pode haver anemia biliar e ductos biliares/ inflamação conjunta
arregenerativa, leucograma de estresse e dos hepatócitos.
corpúsculos de Heinz.
-Bioquímica: aumento de AST, ALT, FA, Tipos:
GGT. Também apresenta  colangite neutrofílica (aguda ou
hiperbilirrubinemia, hipoalbuminemia, e crônica)
baixa ureia.  colangite linfocítica
 USG: hepatomegalia e fígado  colangite associada a parasitas
hiperecongênico hepáticos (platinossomo)
 Biópsia hepática  hepatite portal linfocítica

Tratamento: Causas:
 colangite neutrofílica aguda:
 Se tiver causa primária, eliminá-la infecção bacteriana ascendente no
 Reposição eletrolítica trato intestinal
(flidoterapia)  colangite neutrofílica crônica:
 Suporte nutricional (síndrome da progressão da CNA
realimentação ou colocação de  colangite linfocítica: infiltração
sonda nasogástrica ou esofágica) linfocítica de origem
 Suplementação vitamínica imunomediada
(complexo B, vit. K, E, C  colangite associada a parasitas:
 Tratamento dos sintomas ingestão de hospedeiros
(antiemético etc): secundários portadores do
-Maropitant (Cerenia) 1,0mg/Kg, 24h, SC, parasita(lagartixa, lagarto,sapo)
5 dias,  hepatite portal linfocítica:
-Ondansetrona (0,1-0,3mg/Kg, 12h, IV) infiltração linfocítica na região do
 Estimulantes de apetite: portal sem colangite associada
mirtazapina, cobavital (¼ a ½ do (comum em gatos idoso e não
comp/gato/BID/VO) requer tratamento)
 Antioxidantes:
-N-acetilcisteína: 10 mg/Kg/IV/BID Sinais clínicos:
-S-adenosilmetionina (SAMe)- 90  anorexia
mg/gato/VO/SID  perda de peso
- Silimaria: 25-50mg/kg/SID/VO  apatia
 icterícia
 vômito
OBS:  dor abdominal
-Ideal ração que tenha alto valor biológico,  ascite
como as rações de filhote.  desidratação
-Não é recomendado a ração hepatic por  hepatomegalia
conta da quantidade de gordura.
-Reduzir proteína na encefalopatia: 25-30% Diagnóstico:
 alterações laboratoriais: aumento de
Prognóstico: bilirrubina, FA, GGT, ALT e AST
-reservado  USG: dilatação de ductos biliares
-tratamento longo (8-16 semanas)  Espessamento da parede da
vesícula
 Colangite/ colangio-  Conteúdo vesical hiperecogênico
 Fígado hiperecogênico
hepatite:  Biópsia: necessária para determinar
Não cai em prova, apenas curiosidade. o tipo de colangite
 Cultura de bile

Tratamento:
 Antibióticoterapia (cefalexina, Desvio do sangue do sistema porta
metronidazol, amoxilina com diretamente para a circulação sistêmica sem
clavulanato) detoxificação e metabolização hepática
 Corticoterapia imunossupressora
 Coleréticos (exceto em suspeita de Causas:
obstrução de ducto)  Congênito: geralmente acomete um
 Antiparasitários (praziquantel) único vaso. (intra ou estra hepático)
 Suporte sintomático
 Adquirido: secundário a
hipertensão portal, cirrose,
COLECISTITE X COLANGITE hipoplasia venosa, malformações
Colecistite se dá pela obstrução ou arteriovenosas hepáticas
inflamação que ocorre no ducto cístico e
afeta diretamente a vesícula biliar. Já a Sinais clínicos:
colangite se dá pela inflamação da vesícula  Alterações neurológicas (head-
biliar e ductos biliares. pressing, andar
compulsivo,letargia, ataxia e
Neoplasias hepáticas/ cegueira)
hepatobiliares ➡  Distúrbios gastrontestinais
 Primárias benignas: Adenoma
hepatocelular (Cisto), adenoma  Hipersalivação
biliar Hemangioma, Fibroma
 Primárias malignas: Carcinoma  Baixo grau de desenvolvimento
hepatocelular, Carcinoma biliar, corporal (filhotes)
Hemangiossarcoma, Fibrossarcoma
Osteossarcoma, Leiomiossarcoma
 Metastáticas malignas: Diagnóstico:
Hemangiossarcoma ,Fibrossarcoma
, Osteossarcoma, Ca céls transição,  Bioquímica: aumento de ácidos
Ca intestinal, Ca mamário, Ca biliares pré e pós prandial, de AST,
pancreático, Feocromocitoma ALT E FA. Hipoglicemia,
hipoalbuminemia, baixa ureia.
 Hemograma: microcitose
Como tratar as complicações da
 Urinálise: hematúria, bacteriúria,
insuficiência hepática? proteinúria, cristalúria
 USG com doppler: sugere uma
Encefalopatia Hepática hipotrofia hepática, desvio
circulatório, cintigrafia portal
 Objetivos :
transretal
Restaurar a função neurológica, diminuição
 Tomografia
da formação de encefalotoxinas, corrigir
anormalidades eletrolíticas
 Dieta: Tratamento:
Carboidratos como fonte de energia,  Tratamento cirúrgico
proteínas de alto valor biológico,
quantidade normal de gordura e ração  Tratamento clinico em casos de
comercial I/D Hill’s encefalopatia hepática:
o Fluidoterapia com manitol
ou solução salina
EXTRA➡Desvio portossistêmico
hipertônica (edema
cerebral)
o Antagonistas de  Filtração do sangue
benzodiazepínicos (pode ser feita por
(flumazenil) – pacientes meio da hemodiálise)
comatosos
o Anticonvulsivantes  Manutenção da
homeostase
o Enemas
o Probióticos  Excreção de dejetos
o Transfusão metabólicos (ureia,
creatinina, ácido
o Correção de coagulopatias úrico e substâncias
exógenas)

Lesão renal aguda (LRA)- 16/05  Reabsorção de


solutos

 Excreção de íons
orgânicos (Na+, Cl-,
K+, Ca2+, HCO3-,
H+, PO4(3-), sendo
necessário monitorar
os eletrólitos, visto
que a excreção desses
íons pode vir
alterada)

 Produção de
hormônios que
Quando o assunto é regulam a PA e a
lesão renal, tanto aguda produção de
quanto a crônica, a eritrócitos
manifestação clínica desse (Aldosterona,
paciente pode ser múltipla, Angiotensina,
entre elas a hipodpsia, vômito Endotelina, Eritro-
e náusea. poietina, Vitamina
D3)
A característica
principal do animal doente
renal, é que ele para de beber
água por conta de muita
náusea.

OBS: A partir do momento


Os rins são responsáveis por:
em que o primeiro
compenente do rim é afetado,
que são os néfrons, o animal  Alterações pós
começa a apresentar
renais➡ localizada
sintomatolgia clínica
no ureterolitíase
(uretra). Deficiência
A definição então, de no fluxo sanguíneo
lesão renal aguda é a queda renal, pressão de
abrupta, repentina da função perfusão anormal,
renal, levando a retenção de mudanças na
excretas urêmicos, resistência vascular
anormalidades nos fluidos e renal
eletrólitos circulantes e
desequilíbrio ácido- básico.

As causas podem ser:


Isquemia renal, intoxicação,
leptospirose, reações de
hipersensibilidade tipo III Causas: Hipovolemia, sepse,
(reação alérgica: acúmulo de hipotensão, trombose renal,
imunocomplexos >>↑ ICC, queimaduras, trauma,
resposta inflamatória >> AINEs, Ieca
atração de leucócitos),
obstrução uretral (se o animal
tem uma obstrução na uretra e
não elimina urina, essa
acúmulo aumenta a ureia,
causando uma uremia),
queimaduras externas (por
conta do processo  Alterações
inflamatório agudo), IC intrínsecas ➡
grave, sepse. Mudanças mor-
fológicas na
vasculatura renal,
glomérulos, túbulos
ou interstício.

Causas: Pielonefrite, PIF


(gatos), sepse, leptospirose
(cão), cinomose,
Etiologias da LRA: glomerulonefrite, pancreatite
aguda, intoxicações, evolução
da alteração pré-renal
 Alterações pós Sepse: diminuição da pressão
renais➡ Alterações capilar glomerular; + cascata
no fluxo da urina. inflamatória; obstrução
tubular renal; disfunção
endotelial, alteração
hemostática, apoptose e
imunossupressão

Diagnóstico
Causas: Vazamento de urina Sinais clínicos
para o abdômen, obstrução
uretral, obstrução ureteral Anorexia, poliúria, polidipsia
(uni ou bilateral). (para aumentar a taxa de
filtração glomerular), vômito,
A doença pós-renal pode halitose (odor urêmico),
evoluir para intrínseca se não desidratação, hipotermia,
tratada. febre, taqui ou bradipneia,
úlcera oral, dor abdominal,
convulsões, edema periférico
OBS: Quando fala-se de
ICCA causando uma lesão
renal aguda, 25% do debito Bioquímica
cardíaco vai para os rins.
Então se é um paciente Azotemia de gravidade
cardiopata, futuramente ele variada, hiperfosfatemia, hipo
vai ser renal. ou hipercalcemia

Patofisiologia Hemograma
Estruturas corticais (túbulo
próximas , alça de Henle) são
suscetíveis a isquemia (falta
de oxigenação (hipóxia) que
pode causar uma necrose) e ATENÇÃO!
lesão tóxica devido a sua alta
taxa metabólica e Marcador tardio: O valor da creatinina s érica só
recebimento de 90% da sofre alterações quando a perda de mais 75% da
circulação renal função renal.

Marcador precoce: Quando se trata de


Alteração hemodinâmica:
diminuição da função renal, a SDMA é capaz de
diminuição da taxa de alertar você com antecedência. Conforme a taxa
filtração glomérulos (TGF); de filtração glomerular (TFG) diminui, a SDMA
vasoconstrição renal; aumenta, em média, quando há uma perda de
hipotensão; perda de 40%, ou até mesmo apenas 25%, da função
autorregulação renal. A creatinina, por sua vez, só aumenta
quando a perda da função renal atinge 75%. O
teste SDMA é capaz de detectar perda de fun ção
renal leve a moderada geralmente não detectada
pela creatinina.1–3 Essa detecção precoce pode
ter um impacto positivo no diagnóstico,
tratamento e resultados do paciente.
Incluir o teste SDMA no perfil médico do
paciente pode permitir a identificaçã o precoce e
consistente de alterações na saúde renal, e ele
pode ser usado com sucesso para ajudar a
Leucograma de estresse
(todas as células vermelhas
alteradas e que na verdade ESTÁGIO V
não tem um quadro Creatinina >10 mg/dL
patológico, por liberação de
cortisol, causando
leucocitose, neutrofilia,
DIAGNÓSTICO
eosinopenia, linfopenia,
monocitose), anemia CITO/HISTOPATOLOGIA
Para pesquisa de doenças de
base, como amiloidose,
Urinálise
linfoma, intoxicação por
Densidade normal ou etilenoglicol, leptospirose.
levemente diminuída. Pode ocorrer sangramento e
Glicosúria com agravamento da lesão renal.
normoglicemia indica necrose
tubular. Proteinúria (o rim é
responsável pela produção de RADIOGRAFIA
proteínas, se não estiver
funcionando, ocorrerá Auxilia na avaliação do
proteinúria), hematúria, cris- tamanho dos rins e
talúria, bacteriúria e piúria. identificação de urólitos
radiopacos.

Classificação IRIS - deadline


de nefropatia. ULTRASSONOGRAFIA
Alterações na ecogenicidade
renal, dilatação pélvica,
ESTÁGIO I dilatação ureteral, presença
de urólitos
Creatinina <1,6mg/dL ou
aumento não azotêmico
progressivo de >0,3 mg/dL de
creatinina em 48h TOMOGRAFIA E
RESSONÂNCIA
Complementação diagnóstica
ESTÁGIO II
Creatinina 1,6-2,6 mg/dL Tratamento (Foco nas
alterações clínicas e
laboratoriais)
ESTÁGIO III
- FLUIDOTERAPIA
Creatinina 2,6-5 mg/dL
Aumenta o volume de água

- DIURÉTICOS
ESTÁGIO IV
Aumenta a filtração
Creatinina 5-10 mg/dL glomerular. Nunca usar em
suspeita de obstrução Ex.: indicada para pacientes que
furosemida, torasemida, não respondem à terapia IV
manitol
- CORREÇÃO DE
DISTÚRBIOS MONITORAMENTO
ELETROLÍTICOS: - Débito urinário: 1ml/kg/h
- Hipercalemia moderada: (principal)
fluidoterapia - Acompanhamento
- Hipercalemia intensa: laboratorial - Imagem
fluidoterapia, gluconato de - Sempre acompanhar EAS
cálcio, glicose e insulina
- Hipocalemia: reposição de
potássio PROGNÓSTICO
- Hiperfosfatemia: hidróxido Variável com a causa de base,
de alumínio, dextrose e estágio da doença e terapia
insulina (hiperfosfatemia adequada. De modo geral,
aguda) reservado.
- Hipocalcemia: gluconato
de cálcio 10%

Tratamento (Cada caso é um


caso, cada causa é uma causa)
CIRURGIA
- Transplante renal

- Eliminação da causa de
base (obstrução)

SUPORTE
- Antieméticos
- Protetor gástrico por conta
do jejum prolongado

- Suporte nutricional
(alimentação natural ou
rações renais)

DIÁLISE

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