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DIREITO COMUNITÁRIO

ORIGINÁRIO
Direito criado pelos Estados Membros
através de Tratados internacionais:
- Constituído pelas normas que criaram as
Comunidades e a União Europeia,
- Conferindo as atribuições das instituições
e órgãos da UE,
- Regulando a sua organização e
funcionamento internos bem como
aquelas normas que, de forma parcelar ou
global, modificam e completam os tratados
originários.
DIREITO COMUNITÁRIO
DERIVADO
• que é o Direito Derivado?
– Actos adoptados pelos órgãos da União Europeia no
desenvolvimento das competências que os tratados
lhes conferem.

• Pressupostos de validade e de vigência dos actos de


Direito Comunitário Derivado:
– Dever de fundamentação (art. 253.º do TCE)
– Publicação no Jornal Oficial da União Europeia ou
então notificados (art. 253.º do TCE)
– Entrada em vigor na data fixada ou no 20.º dia
posterior ao da publicação.
DIREITO COMUNITÁRIO
ORIGINÁRIO
• Outras funções do direito comunitário originário

– Nenhum acto dos órgãos da UE pode deixar de


encontrar a sua base jurídica numa norma de direito
comunitário originário.

– O direito comunitário originário serve como parâmetro


de validade normativa de todo o direito comunitário
derivado.
DIREITO COMUNITÁRIO
DERIVADO
• Regulamentos
– Art. 249.º, § 2, do TCE
– Carácter geral
• Generalidade de destinatários
– Aplicabilidade directa
• A vigência nas ordens nacionais não necessita de
qualquer acto de recepção no ordenamento
jurídico dos Estados Membros.
– Obrigatório em todos os seus elementos
• Estados-Membros não podem adaptar o conteúdo
dos regulamentos e o sentido das suas
prescrições ao ordenamento jurídico interno
DIREITO COMUNITÁRIO DERIVADO

• Directivas
– Actos tipicamente previstos no art. 249.º do TCE
– Vincula apenas o Estado Membro destinatário quanto
ao resultado a alcançar;
– Deixa, no entanto, às instâncias nacionais a
competência quanto à forma e aos meios.

• Nem todas as directivas são obrigatoriamente


publicadas no JO (são notificadas aos seus destinatários
produzindo efeito mediante essa notificação)
– Art. 254.º, n.º 3, do TCE
• Tratado das Comunidades Europeias Versão
consolidada dos Tratados constitutivos das
Comunidades Europeias com as alterações que
foram introduzidas pelos diversos Tratados. As
últimas alterações foram aprovadas com o
Tratado de Amesterdão(A-1997/EV-1999).
• Posteriormente foram introduzidas alterações a
este tratado pelo tratado de Nice (A-2001/EV-
2003) e de Lisboa (A-2007/EV-2009)
DIREITO COMUNITÁRIO
DERIVADO
DIREITO COMUNITÁRIO
DERIVADO
• Transposição das Directivas
– Acto nacional de inserção da directiva na
ordem jurídica interna
– Transformação da directiva num acto de
direito interno
– Cuja dignidade normativa incumbe ao Estado
determinar
• Cfr. art. 112.º, n.º 8, da CRP
• Exemplo:
• Lei 18/2004 de 11 de Maio transpõe para a ordem jurídica
nacional a Directiva 2000/43/CE, de 29 de Junho
DIREITO COMUNITÁRIO
DERIVADO
A questão do efeito directo das directivas

• Efeito directo, o que é?


– Normas jurídicas podem ser invocadas em juízo pelos
particulares perante os órgãos jurisdicionais nacionais
– Vertical
• Contra o Estado.
– Horizontal
• Contra outros particulares.

• Efeito directo vertical das directivas


– Empresas e cidadãos podem invocar contra o Estado Certos
direitos e obrigações emanados de directivas não transpostas.
DIREITO COMUNITÁRIO
DERIVADO
• Decisões
– São obrigatórias em todos os seus elementos para os
destinatários que designar
• Art. 249.
– Acto juridicamente obrigatório e individual
– Destinatários podem ser:
• EM,
• Pessoas singulares,
• Pessoas colectivas,
• Empresas.
– Dependem de notificação.

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DIREITO COMUNITÁRIO
DERIVADO
• Recomendações e Pareceres
– Art. 249.º do TCE
– Actos não vinculativos
– Adoptados por:
• Conselho,
• Comissão,
• Conselho/Parlamento Europeu.

• Distinção Pareceres / recomendações


– Recomendação é da iniciativa do órgão que a formula e dirige-se para o
exterior;
– Parecer costuma ser adoptado no quadro do desenvolvimento habitual
do procedimento de decisão:
• Acto interno e preparatório.
INCORPORAÇÃO DO DIREITO COMUNITÁRIO
NA ORDEM JURÍDICA PORTUGUESA

• Tratados constitutivos
– Art. 8.º, n.º 2, da CRP

• Regulamentos
– Art. 8.º, n.º 3, da CRP
– Incorporação automática no ordenamento jurídico português

• Directivas
– Art. 8.º, n.º 3, da CRP
– Transposição
• Art. 112.º, n.º 8, da CRP

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