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Biologia molecular e engenharia genética

RNA e transcrição

Transcrição e RNA – Produção de RNA a partir de DNA


O DNA é uma dupla-fita, ou seja, duas cadeias, porém, o gene corresponde a só uma fita, pois
forma RNA só com 1 fita, enquanto que a outra fita não tem relação com a síntese proteica. A
enzima Polimerase é responsável pela quebra de pontes de hidrogênio, que separa as duas fitas
no gene e adiciona novos nucleotídeos.
Esse processo acontece através de um “vácuo” entre as fitas, sendo que há pontes fora da área
do gene que não são quebradas. Esse processo é o responsável por formação do RNA, em que
Adenina e Uracila se juntam, assim como Guanina e Citosina. Quando o RNA está pronto, ele
se desprende e o DNA volta a ser uma dupla-fita.
Como saber em qual das duas fitas o gene está localizado?
Região promotora: sítio de ligação da Enzima RNA polimerase = identifica em qual fita o gene
está. Onde há uma região promotora, há gene, em que acontece a transcrição.
Há ainda trechos em que não há genes em ambas cadeias, o famoso DNA lixo ou região hiper
variável de DNA, que não codifica proteínas e varia muito entre indivíduos [exceção: gêmeos
univitelinos]. Os exames de DNA são feitos com base na região hiper variável de DNA.

• Atenção: apenas cerca de 1,5% do DNA é codificante


• Cerca de 98,5% não é codificante. (DNA lixo)

• Origem: pseudogenes ou genes fósseis: perderam a função ao longo da Evolução


• Vírus incorporados ao material genético = em ciclo lisogênico [= inativos]
permanentemente.
• Por que o DNA não codificante é hiper variável? Ele não codifica proteínas, portanto, é
livre para sofrer mutações.,
• Genes que determinam uma mesma característica são idênticos em todos os indivíduos,
pois codificam proteínas e não podem sofrer mutação.

Também existem trechos dentro do próprio gene que representa DNA não codificante [íntrons];
e trechos que representam DNA codificante [exons]; Remoção dos Íntrons; colagem dos Exons
= RNAm maduro = receita pronta para ser executada.

1. O gene com Exons e Íntrons vai sofrer transcrição pela enzima RNA polimerase para
um pré-RNAm (ainda com íntrons e exons).
2. O splicing [recomposição] agora acontece, com remoção dos íntrons e colagem dos
Exons no RNAm maduro. Esses dois processos acontecem no núcleo.
3. Com o RNAm maduro, vai ocorrer a tradução dessa informação genética nos
ribossomos para formação da proteína. Localizado no citoplasma.
OBS: Exons, Íntrons e Splicing só ocorrem em Eucariontes, pois seres procariontes não
possuem núcleo.
Quais as vantagens do Splicing? Possibilidade de Splicing alternativo: um mesmo pré-RNAm
pode ser editado em vários RNAm diferentes pela remoção de exons. Isso permite a produção
de várias proteínas diferentes a partir de um gene.
Isso permite a complexidade de um ser vivo, que não está no número de genes, mas na
habilidade de produzir várias proteínas a partir de um mesmo gene através do splicing
alternativo. Ex.: na espécie humana, há 24 mil genes para produção de 100 mil proteínas.

• Genes: segmentos de DNA/cromossomo com informação para produzir um RNAm


[cópia da informação do gene], RNAr [forma o ribossomo] ou RNAt [transporta
aminoácidos até o ribossomo, com Trincas denominadas anticódons que identificam o
aminoácido transportado.
Ex: Anticódon UUU – Aminoácido Lisina

Transcrição reversa em retrovírus = vírus de RNA que produzem DNA no ciclo reprodutivo
[Ex.: HIV/AIDS]

- RNA --- enzima criptase reversa (usa o RNA como molde para produzir determinado
DNA) --- DNA.

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