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A estrutura de capital refere-se á forma de como as pessoas utilizam o capital próprio e

de terceiros para financiar seus ativos na empresa. Podem ser identificada duas grandes
concorrentes teóricas sobre a estrutura de capital: a tradicionalista defende que a
estrutura de capital influencia o valor da empresa, onde o capital e terceiros deve
permanecer estável até um determinado nível de endividamento, com o custo de capital
de terceiros inferior ao custo do capital próprio, a empresa deveria se endividar ate o
ponto em que o seu custo de capital total atingisse um patamar mínimo representando
assim uma estrutura de capital ótima. A outra teoria é a teoria convencional onde tem
como argumento que a empresa financiada é irrelevante ao seu valor, o custo de capital
da empresa é o mesmo para qualquer nível de endividamento, não havendo uma
estrutura de capital ótima. Desse modo o valor da empresa não é função de como ela é
financiada, mais sim o fluxo de caixa que é gerado.
A utilização de uma estrutura mais endividada dá origem a conflitos de interesse entre
credores, acionistas e administradores, uma vez que os credores fornecem fundos às
empresas sem ter controle completo sobre a aplicação desses recursos. O estudo de
estrutura de capital vem se desenvolvendo ao longo do tempo nas finanças do mundo
inteiro. A teoria sobre as estruturas de capital foi construída em conjunto com o
desenvolvimento de uma série de pesquisa empíricas que tiveram como objetivo
identificar fatores que determinam a estrutura de capital das empresas.
A teoria ocorreu em ambientes econômicos e institucionais bastante diferentes do
contexto brasileiro, entre as características destacasse as taxas de juros, o equilíbrio
entre agentes econômicos , a ausência de controles artificiais de mercado e a
inexistência de níveis de inflação.
Ao contrário da economia desenvolvida o mercado brasileiro apresenta certas
ineficiências que atingem diretamente as decisões de financiamento das empresas, as
taxas de juros tornam os custos de financiamento bastante significativo, fazendo com
que as empresas brasileiras apresentam baixos níveis de endividamento. Outro fato dl
mercado brasileiro é que o custo de capital de terceiro não ser função apenas do risco do
tomador, mas sim da natureza da fonte de financiamento, determinando linhas de
créditos de longo prazo direcionadas a investimentos de custo financeiro inferior a
linhas de curto prazo, onde o custo de crédito para o credor normalmente é menor.

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