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Podcast
Disciplina: Terapia Cognitivo-Comportamental,
demandas e tendências atuais.
Título do tema: O diálogo entre a abordagem cognitivo-
comportamental e os temas suicídio, luto e espiritualidade
Autoria: Melina Sales
Leitura crítica: Mariane Lopez Molina

Abertura:

Olá, ouvinte! Já que estamos tratando de temas atuais e como a terapia


cognitivo-comportamental aborda cada um deles, vamos conversar um pouco
sobre o luto? Aluno, ao deparar com um tema tão delicado como a morte,
inúmeras são as perguntas e questionamentos que o paciente poderá trazer
nas sessões para serem discutidas. Mas como afinal, o psicólogo poderá
auxiliar seu paciente nesse momento? Como o psicólogo poderá ajudar o
paciente a lidar como o rompimento de um vínculo afetivo? Como tratamos a
dor? Como tratamos a raiva?

Aluno, para se fazer o manejo adequado de uma demanda tão complexa


quanto o luto, é importante que você conheça teorias e interpretações sobre o
processo de luto e no podcast de hoje vamos apresentar uma parte de uma
teoria bastante utilizada como base para a compreensão dos sentimentos do
paciente enlutado: falaremos das fases do luto, de acordo com a teoria de
Bowlby, elaborada em 1990.

Edward John Mostyn Bowlby foi um


psicólogo, psiquiatra e psicanalista britânico, notável por seu interesse no
desenvolvimento infantil e por seu trabalho pioneiro na teoria do apego.

Para este psicólogo, o luto se configura em quatro fases: a primeira fase é o


entorpecimento, a segunda é o anseio, a terceira é a desorganização e o
desespero e finalmente, temos a fase quatro: a reorganização.

Na primeira fase, observamos sentimentos de choque e negação da realidade,


na segunda fase - o anseio, identificamos um desejo de recuperar o ente
querido, de trazê-lo de volta, já na terceira fase, chamada desespero e
desorganização, estão presentes sentimentos de raiva e tristeza, muitas vezes
devido ao sentimento de abandono e apesar dos sentimento de saudade
permanecer durante todo o processo, o paciente quando vivencia as fases,
pode se adaptar novamente e retomar a sua rotina, entrando finalmente na
última fase do luto, a reorganização.

É importante ressaltar que cada pessoa passará pelo processo do luto a sua
maneira, e apesar de existir uma temporalidade de fases proposta por Bowlby,
o ser humano é complexo e singular, podendo muitas vezes vivenciar as fases
de forma conjunta, misturada e não linear.

Fechamento:

Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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