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Tais Regina Ferraz da Silva

CRP 12/00163
Psicóloga Organizacional e Clínica do Trabalho
Orientação e Aconselhamento Profissional, de Carreira e para a Aposentadoria
Avaliação Psicológica Clínica, do Trabalho, Armas de Fogo, Perícias e Assistência Técnica
Qualidade de Vida e Gestão de Pessoas nas Organizações

Respostas à entrevista:

Nome: Tais Regina Ferraz da Silva

Idade: 62 anos

Formação: Psicologia UFSC 14/01/1983 – Primeira turma de psicologia de SC.

Especialização em RH – UDESC dezembro/1984

Mestrado em Psicologia UFSC conclusão com 10 e louvor em julho/1998 – tema da pesquisa:


Comprometimento Organizacional.

Questão 1.

Atualmente atendo em consultório em “Clínica do Trabalho”. O referencial teórico depende


bastante da demanda, mas é de base humanista e sócio-histórica. Ainda nesta esfera, faço
orientação profissional, aconselhamento para migração de carreira e preparação para a
aposentadoria, com estratégias clínicas. Eventualmente, atendo demandas relacionadas a
dificuldades de comunicação interpessoal e desenvolvimento de competências
comportamentais, daí em um referencial mais cognitivista.

Também em consultório, realizo avaliação psicológica para diversas finalidades: manuseio de


armas de fogo (tenho o credenciamento da Polícia Federal), avaliação da aptidão para cirurgias
(bariátrica, vasectomia, etc.), aptidão para assunção de cargos em concursos públicos, aptidão
psicológica para piloto de aviação, avaliação para diagnóstico de transtornos psíquicos (TEA,
TDAH, TAG, TOC, Transtornos de Personalidade).

Faço parte do cadastro de peritos do TJSC, realizando perícias e estudos psicológicos em diversos
processos, mais frequentemente relacionados às varas de família e da criança e adolescente.
Dentro desta esfera, também ofereço assistência técnica às partes envolvidas em processos
judiciais.

Ofereço consultoria em Psicologia Organizacional e do Trabalho, Gestão de Pessoas, Saúde


Psíquica no Trabalho.

Dou supervisão a colegas nas diversas atividades profissionais de minha competência, desde
projetos para atendimento a organizações de trabalho, testes psicológicos, redação de laudos,
etc.

Eventualmente participo da avaliação psicológica em concursos públicos.

Trabalho sempre com testes de atenção e memória. Não utilizo e não conheço nenhum teste
que avalie especificamente o constructo percepção. Temos os testes de percepção sobre alguma
coisa, relativas ao relacionamento no trabalho, comunicação interpessoal e social, etc., mas não
os utilizo.

Avalia-se corretamente: entendendo para qual demanda se quer aplicar o teste, seguindo
exatamente o determinado no manual para sua aplicação, tabulação e interpretação e utilizando

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Tais Regina Ferraz da Silva
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de raciocínio clínico para uma compreensão dos resultados, integrando-os com os demais
recursos utilizados, chegando ao atingimento do objetivo determinado pela demanda.
Obviamente, por fim, realiza-se a entrevista devolutiva dos resultados ao avaliado.

Questão 2.

Métodos e técnicas: entrevistas semiestruturadas, questionários que elaboro para ter as


informações escritas e assinadas pelo avaliado, testes psicológicos, outros testes e exercícios
complementares, de uso não exclusivo dos psicólogos.

Os principais testes psicológicos e complementares que utilizo são:

AC, TEACO, TEDIF, TEPIC, MVR, RAVLT, FDT, Beta 3, SRS2, ETDAH-AD, EPR, BSI, Pfister, Zulliger,
Palográfico, NEO-PI-R, NEO-FFI-R, HTP, HTM, G38, WASI, AIP, Critérios de Escolha Profissional.

Aplico os testes seguindo as determinações de seus manuais, na grande maioria das vezes a
aplicação é individual e pode ser presencial ou online, se existe a versão disponível.

Questão 3.

Grande parte das avaliações solicita somente responder a questão: o avaliado é APTO ou INAPTO
às mais variadas demandas. Se este resultado será expresso em um Atestado, não são colocados
muitos detalhes quanto aos resultados específicos obtidos, somente são explicados ao avaliado,
na entrevista devolutiva. Caso seja um Laudo, os resultados são apresentados e discutidos,
levando à conclusão de APTO ou INAPTO. Neste caso, o diagnóstico mais comum é o APTO, ainda
que algumas vezes se faça recomendações que podem reforçar a aptidão. O INAPTO é dado
quando existem transtornos ou características cognitivas ou de personalidade que
contraindiquem a inclusão da pessoa avaliada na situação definida na demanda, por exemplo,
uma pessoa com alto índice de impulsividade e agressividade, ou de depressão, é inapto ao uso
de arma de fogo, pois pode representar um risco para si e para outros.

Atualmente, existe bastante demanda de avaliação para verificação de diagnóstico de TDA/H


em pacientes adultos. A maioria se confirma e alguns apresentam comorbidades, como
Transtorno de Ansiedade, TOC ou algum Transtorno de Personalidade.

Questão 4.

O diagnóstico mais comum ‘apto’ é difícil descrever, pois se referiria a uma gama muito grande
de características. Já na confirmação de diagnóstico de TDAH, as principais alterações se referem
à desatenção, entendida como dificuldade de manter o foco da atenção em tempos longos ou
em temas de menor interesse, impulsividade, procrastinação, dificuldade na gestão da
emocionalidade, menor equilíbrio em questões relacionadas à organização, podendo se
caracterizar pelo exagero nos controles organizativos, ou completo relaxamento e desordem, e
a hiperatividade, representada pela dificuldade de ficar muito tempo sentado, ou em silêncio, a

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tendência a falar demais, qualquer coisa com qualquer pessoa, interromper o que estão falando
ou fazendo, completar o que os outros estão dizendo e ter dificuldade na escuta ativa.

Questão 5.

As intervenções no que se refere ao TDAH são, em geral, com o utilizo de recursos cognitivistas,
nunca deixando de acolher as dificuldades afetivas e emocionais que mobilizam a pessoa que
tem o transtorno, na sua dificuldade em controlar comportamentos que muitas vezes não
consegue evitar. O processo passa por reconhecimento dos comportamentos indesejados, a
identificação das situações desencadeadoras dos comportamentos indesejados, as dificuldades
que precisa enfrentar, a definição de novos comportamentos ou substituição de respostas, etc.

Esta questão não é de fácil resposta, pois não existem métodos e técnicas de intervenção
mágicas para solução de problemas e transtornos psíquicos. É sempre muito importante
compreender o contexto, o ambiente e a construção da subjetividade de cada indivíduo, escutá-
lo, colaborar para que ele próprio se reconheça, aceite suas diferenças ou decida pelas
mudanças, desencadeando um processo que pode ser longo e amplo, ou focalizado e mais curto.

Minha sugestão é que estudem muito, utilizem boas obras e materiais de estudo e aprendam a
integrar os conhecimentos, com o objetivo de exercer com competência e ética a profissão de
psicólogos e psicólogas.

taisferrazb@gmail.com (48)99966-6161 - 3

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