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LÓGICA PRAGMÁTICA: relativo ao uso dessas proposições de forma a gerar um diálogo racional.
Na lógica pragmática, um argumento é uma afirmação que deve ser relevante para fornecer ou
estabelecer (provar) a conclusão do argumentador.
LÓGICA PRAGMÁTICA: preocupa-se com o que é feito com essas proposições num diálogo, e a
forma como são usadas para atingir o seu objetivo. (uso racional das proposições)
Exemplo:
Este diálogo, sem contexto (ponto de vista lógico), não tem qualquer sentido. Mas analisando
ou enquadrando este diálogo (ponto de vista pragmático) como sendo parte de uma conversa
entre um supervisor (b) e alguém que pretende alugar um apartamento (a) já faz sentido.
diálogo.
Muito do trabalho da lógica pragmática está na fase inicial, onde se esclarece o que pode ou não
ser considerado como argumento.
LOGICA PRATICA: cada argumento dado deve ser abordado com cuidado, e cada evidência deve
ser (razoavelmente) avaliada.
PONTO DE VISTA PRAGMATICO: qualquer argumento particular deve ser encarado como parte
de um contexto de determinado diálogo.
LÓGICA INFORMAL: UMA ABORDAGEM PRAGMÁTICA
DIÁLOGO: sequência de troca de mensagens (ato de fala, ou pergunta e resposta) entre duas ou
mais partes.
!!! Um argumento pode ser criticado como “mau” sempre que uma das obrigações básicas não é
cumprida.
CONTEXTOS DE DIÁLOGO:
1. Disputa Pessoal
Classificada como um tipo Erístico de diálogo (luta ou confronto), em que cada parte procura
atacar e derrubar o outro a todo o custo.
Caracterizada como/por:
A disputa (ou discussão) é o pior inimigo da lógica; é o nível mais baixo de argumentação.
Representa o pior tipo de argumento, o mais acalorado, cheio de falacias, ataques violentos e
críticas unilaterais que devem ser evitadas. Quando um argumento desce para o nível de disputa,
geralmente está em apuros.
2. Debate (forense)
Num debate há juízes ou árbitros que determinam quem tem o melhor argumento, qual o mais
compatível com o raciocínio lógico. Ao contrário do que acontece na disputa pessoal, o resultado
é decidido por uma terceira pessoa que não é alvo de ataques (neutralidade).
LÓGICA INFORMAL: UMA ABORDAGEM PRAGMÁTICA
O debate é regulado por regras que determinam quando e por quanto tempo um argumentador
pode falar; em alguns debates, há regras que proíbem formas de ataque pessoal severas e outras
táticas agressivas ou falaciosas.
Por vezes, o respondente é pressionado a responder a perguntas extremamente agressivas. Estes
movimentos falaciosos são encarados, e por vezes elogiados, como boas táticas de debate.
Há dois participantes e cada um tem de provar a sua tese (conclusão). O principal método é
através da regra de inferências das concessões do outro participante.
Se estamos envolvidos num diálogo de persuasão, o meu objetivo e obrigação é provar a minha
tese recorrendo a premissas que tu aceitas ou com as quais estás comprometido.
4. Inquérito (investigação)
As premissas só podem ser proposições que são verdadeiras, que foram previamente
estabelecidas como sendo conhecimento confiável para a satisfação de todas as partes.
A intenção de uma investigação é remover duvidas, provando a veracidade (ou falta dela) nas
proposições apresentadas. Tem como base uma posição inicial, mas esta tem um elevado grau
de desconhecimento que precisa ser superado. A investigação procura provas. Os investigadores
devem ser neutros e procurar uma verdade objetiva, muitas vezes pretende ser “cientifica” e
“factual” nos seus métodos – provas logicas.
5. Diálogo de Negociação
O objetivo principal é o interesse pessoal. Não procura verdades objetivas. Verdades, opiniões ou
convicções não são importantes e podem até ser ‘contornadas’ por um bom negociador. Provas
lógicas são contraditórias neste tipo de diálogo. Não há a mínima intenção em ser neutro,
objetivo ou até verdadeiro. É um conflito baseado em interesses. Cooperação competitiva: o
ganho de um pode ser sinonimo de derrota para o outro. (ex.: divorcio, com custodia de filhos)
!!! Por vezes um diálogo de negociação pode tornar-se num diálogo de persuasão, o que pode
ser altamente construtivo e benéfico.
6. Busca de Informação
Uma parte tem o objetivo de encontrar informações que acredita que a outra parte possui/sabe.
7. Busca de Ação
Uma parte tem o objetivo de fazer com a outra parte execute determinada ação.
8. Diálogo Educacional
Alguém tem como objetivo transmitir informação à outra parte (ex.: relação professor/aluno).
OBJETIVO DO
TIPO DE DIÁLOGO SITUAÇÃO INICIAL OBJETIVO DO DIÁLOGO
PARTICIPANTE
ERÍSTICO Conflito pessoal Atingir verbalmente o Revelar uma base mais
oponente profunda do conflito
DEBATE Dilema ou escolha Coordenar objetivos e Decidir qual a melhor
prática ações forma/método de ação
PERSUASÃO Conflito de opiniões Persuadir a outra parte Resolver/esclarecer o
problema
LÓGICA INFORMAL: UMA ABORDAGEM PRAGMÁTICA
1. FASE DE ABERTURA
2. FASE DE ARGUMENTAÇÃO
Cada lado apresenta os argumentos para defender a sua opinião, e também critica e
apresenta objeções ao ponto de vista da outra parte;
O participante tem a obrigação de se esforçar para cumprir o seu objetivo e tem a obrigação
de permitir que a outra parte cumpra a sua obrigação.
3. FASE FINAL
Onde o objetivo do diálogo foi cumprido, ou onde ambos os participantes concordam que o
diálogo pode terminar;
Um participante não pode tentar desistir só porque as coisas não estão a correr da forma
que ele desejava, ou o desenrolar do diálogo não lhe agrada;
Os participantes devem continuar um diálogo até que, de acordo com as regras, esteja
devidamente fechado.
LÓGICA INFORMAL: UMA ABORDAGEM PRAGMÁTICA
FALÁCIAS INFORMAIS
Estratégias sistemáticas enganosas de argumentação baseadas num erro constante
subjacente (inferior) do diálogo racional.
Alegar que um argumento comete uma falácia é uma forma forte de crítica, implica que o
argumento cometeu um erro lógico grave, ou pior, implica que um argumento é baseado e,
falhas subjacentes ou erros de raciocínio e que, com isto, pode/deve ser refutado.
Uma crítica convida sempre a uma resposta. Uma crítica boa e bem argumentada num diálogo
transfere o ónus da prova para o oponente do argumento criticado. O crítico tem que
fundamentar a sua crítica.
LÓGICA INFORMAL: UMA ABORDAGEM PRAGMÁTICA
O objetivo básico do diálogo de persuasão é permitir que cada pessoa expresse o seu ponto de
vista e tente prová-lo, e que possa desafiar o ponto de vista do(s) outro(s) participante(s).
REGRAS NEGATIVAS:
FASE DE ARGUMENTAÇÃO
Não fazer um esforço sério para cumprir com uma obrigação é uma má estratégia;
Não é permitido tentar transferir para a outra pessoa ou alterar o ónus da prova de forma
ilícita;
Não é permitido usar premissas que não sejam da outra parte;
Se apelar a fontes externas sem fundamentar corretamente o argumento está sujeito a
objeções;
Falhas de relevância: inclui fornecer a tese errada, desviar-se do ponto a ser provado, ou
responder à pergunta errada;
Proibida a omissão de perguntas apropriadas, ou fazer perguntas inadequadas;
Não é permitido não responder às perguntas, ou fornecer respostas indevidamente
evasivas;
Não definir, esclarecer ou justificar o significado/definição de um termo usado no
argumento é uma violação se esse termo for contestado pelo outro participante.
FASE FINAL
Um participante não deve tentar ou forçar o término de um diálogo, até que seja de
acordo mútuo ou se tenham cumprido todos os objetivos do diálogo.
O apelo emocional é usado como forma a disfarçar a falta de provas solidas a favor de
determinada alegação.
Somente o Exemplo: “Já paraste de bater na tua mulher?” MAU uso do
apelo emocional deve
Qualquer resposta direta pressupõe que a pessoa a quem se
ser criticado dirige a pergunta admite ter uma mulher na qual batia. como falacioso.
OUTRAS FALÁCIAS estão
relacionadas com a imprecisão ou ambiguidade de termos ou frases da linguagem natural.
Não é algo “mau” porem pode originar confusões, discordâncias e divergências.
ERROS COMUNS DE ARGUMENTAÇÃO
2. Falácia do equívoco
Confusão entre dois significados diferentes de um termo, no mesmo argumento, quando há uma
mudança contextual.
3. Falácia do espantalho
A posição de um argumentador é deturpada por ser citada de forma errada, exagerada ou tipo
de distorção.
4. Falácia do argumento circular (petição de princípio)
A conclusão a ser provada já está pressuposta nas premissas.
Uma parte (participante) do diálogo diz para a outra “isto não seria uma boa ação, porque terá
más consequências.” A conclusão é uma declaração que diz que determinada ação não é
recomendada. Contudo, também pode ser usado de forma positiva.
Esquemas de argumentação são formas de inferências. São uteis para identificar, analisar e
avaliar argumentos. É importante estudar como o argumento é usado em certo contexto de
diálogo.
Um diálogo razoável deve ser aberto, deve encorajar a fazer perguntas sobre todos os aspetos
relevantes de uma questão controversa. Um argumentador tenta persuadir ou ganhar a
audiência ou outro argumentador.
Quando um argumento se torna muito agressivo ou pessoal, tende a ser a menos razoável e mais
belicoso. A força de um argumento deve ser julgada pelo quão bem foi apresentado numa
discussão livre contra argumentos contraditórios. O problema com os debates ou disputas é que
o seu objetivo ou meta é a vitoria pessoal, independentemente do custo, mesmo que os padrões
imparciais do raciocínio lógico sejam ignorados.
Argumentos fracos ou onde falta o essencial para os suportar precisam ser criticados, porem não
são necessariamente falacias (podem ser, como também podem não ser). As falácias são tipos
importantes de estratégia na argumentação com os quais devemos estar familiarizados,
representam métodos poderosos de ataque na argumentação que podem ser usados tanto para
fins enganosos como legítimos.
O trabalho do critico é mostra que um argumento está aberto a duvidas razoáveis ou carece do
suporte necessário, podendo assim ser questionado. Muitas vezes, isso é o suficiente para
persuadir a audiência a mudar a sua perspetiva relativamente a algo. A perda de uma perspetiva
critica adequada é algo perigoso. Os argumentos podem ser avaliados pelo seu mérito ou pelas
suas falhas, de forma imparcial.