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LÓGICA INFORMAL: UMA ABORDAGEM PRAGMÁTICA

CAPÍTULO 1: ARGUMENTO COMO DIÁLOGO FUNDAMENTADO

TEORIA LÓGICA: enfatiza as relações semânticas, ou seja, a relação entre conjuntos de


proposições verdadeiras ou falsas. Na teoria lógica, um argumento é um conjunto de
proposições, e tudo o que importa é a veracidade ou a falsidade dessas proposições. O contexto
não tem importância.

LÓGICA PRAGMÁTICA: relativo ao uso dessas proposições de forma a gerar um diálogo racional.
Na lógica pragmática, um argumento é uma afirmação que deve ser relevante para fornecer ou
estabelecer (provar) a conclusão do argumentador.

SEMÂNTICA LÓGICA: foca-se nas proposições que compõem um argumento.

LÓGICA PRAGMÁTICA: preocupa-se com o que é feito com essas proposições num diálogo, e a
forma como são usadas para atingir o seu objetivo. (uso racional das proposições)

 OBJETIVO: convencer ou persuadir com sucesso um outro argumentador desse mesmo

Exemplo:

A: eu tenho um filho de 14 anos.


B: bem, está tudo bem.
A: eu também tenho um cão.
B: oh, lamento.

Este diálogo, sem contexto (ponto de vista lógico), não tem qualquer sentido. Mas analisando
ou enquadrando este diálogo (ponto de vista pragmático) como sendo parte de uma conversa
entre um supervisor (b) e alguém que pretende alugar um apartamento (a) já faz sentido.

diálogo.

Um problema comum da lógica pragmática é que em certos argumentos, vários fatores


importantes podem ser confusos, vagos, ambíguos e geralmente problemáticos de definir. Ou
pode, simplesmente, ser desconhecido o seu contexto, como aconteceu no exemplo.

Muito do trabalho da lógica pragmática está na fase inicial, onde se esclarece o que pode ou não
ser considerado como argumento.

LOGICA PRATICA: cada argumento dado deve ser abordado com cuidado, e cada evidência deve
ser (razoavelmente) avaliada.

PONTO DE VISTA PRAGMATICO: qualquer argumento particular deve ser encarado como parte
de um contexto de determinado diálogo.
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 A sensibilidade às características especiais de diferentes contextos de diálogos é um


requisito importante da análise racional de um argumento.

1.1. TIPOS DE DIÁLOGOS ARGUMENTATIVOS

DIÁLOGO: sequência de troca de mensagens (ato de fala, ou pergunta e resposta) entre duas ou
mais partes.

 OBJETIVO: transmitir ou abordar algum assunto. É necessária a compreensão de todos os


membros envolvidos – obrigação de se esforçarem para cumprir o seu objetivo, e
obrigação de cooperar para que a outra parte possa também cumprir os seus objetivos.

!!! Um argumento pode ser criticado como “mau” sempre que uma das obrigações básicas não é
cumprida.

CONTEXTOS DE DIÁLOGO:

1. Disputa Pessoal

Classificada como um tipo Erístico de diálogo (luta ou confronto), em que cada parte procura
atacar e derrubar o outro a todo o custo.

Caracterizada como/por:

o Ataques pessoais agressivos;


o Intenso apelo às emoções;
o Recriminações amargas;
o Perda de uma perspetiva equilibrada;
o Ataque ad hominem falacioso (ataca a pessoa e não o argumento);
o Uso de qualquer meio, independentemente de ser razoável, justo ou não;
o Normalmente, é seguido de arrependimento pelo excesso de ataques pessoais
realizados.

A disputa (ou discussão) é o pior inimigo da lógica; é o nível mais baixo de argumentação.
Representa o pior tipo de argumento, o mais acalorado, cheio de falacias, ataques violentos e
críticas unilaterais que devem ser evitadas. Quando um argumento desce para o nível de disputa,
geralmente está em apuros.

2. Debate (forense)

Num debate há juízes ou árbitros que determinam quem tem o melhor argumento, qual o mais
compatível com o raciocínio lógico. Ao contrário do que acontece na disputa pessoal, o resultado
é decidido por uma terceira pessoa que não é alvo de ataques (neutralidade).
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O debate é regulado por regras que determinam quando e por quanto tempo um argumentador
pode falar; em alguns debates, há regras que proíbem formas de ataque pessoal severas e outras
táticas agressivas ou falaciosas.
Por vezes, o respondente é pressionado a responder a perguntas extremamente agressivas. Estes
movimentos falaciosos são encarados, e por vezes elogiados, como boas táticas de debate.

o OBJETIVO: ganhar uma vitoria verbal contra o oponente, impressionando o publico ou o


arbitro. O que importa é vencer.
Um argumento bem-sucedido, num contexto de debate, não é necessariamente um argumento
razoável do ponto de vista da logica (ainda que possa aparentar).

3. Diálogo de Persuasão (discussão crítica)

Há dois participantes e cada um tem de provar a sua tese (conclusão). O principal método é
através da regra de inferências das concessões do outro participante.
Se estamos envolvidos num diálogo de persuasão, o meu objetivo e obrigação é provar a minha
tese recorrendo a premissas que tu aceitas ou com as quais estás comprometido.

DOIS TIPOS DE PROVA:

1. PROVA INTERNA de um participante: é o principal método neste tipo de diálogo. Consiste


em inferir uma proposição das concessões do outro participante.
2. PROVA EXTERNA: introdução de “novos factos” no argumento apelando para opiniões ou
evidências científicas ou fontes de especialistas. Quando um participante apresenta uma
prova externa e o outro a aceita, esta pode ser apelada ou considerada como uma prova
interna.

Existe a obrigação secundária de cooperar com as tentativas do outro participante em provar a


sua tese, isto requer respostas uteis e honestas às perguntas colocadas.
O argumento no diálogo de persuasão é baseado nas concessões da outra parte, e um
participante é livre para conceder qualquer proposição que desejar.
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“É o socialismo a melhor forma de governo?”

O objetivo desta questão não é apresentar provas conclusivas, mas avaliar


os argumentos persuasivos apresentados.

4. Inquérito (investigação)

As premissas só podem ser proposições que são verdadeiras, que foram previamente
estabelecidas como sendo conhecimento confiável para a satisfação de todas as partes.
A intenção de uma investigação é remover duvidas, provando a veracidade (ou falta dela) nas
proposições apresentadas. Tem como base uma posição inicial, mas esta tem um elevado grau
de desconhecimento que precisa ser superado. A investigação procura provas. Os investigadores
devem ser neutros e procurar uma verdade objetiva, muitas vezes pretende ser “cientifica” e
“factual” nos seus métodos – provas logicas.

5. Diálogo de Negociação

O objetivo principal é o interesse pessoal. Não procura verdades objetivas. Verdades, opiniões ou
convicções não são importantes e podem até ser ‘contornadas’ por um bom negociador. Provas
lógicas são contraditórias neste tipo de diálogo. Não há a mínima intenção em ser neutro,
objetivo ou até verdadeiro. É um conflito baseado em interesses. Cooperação competitiva: o
ganho de um pode ser sinonimo de derrota para o outro. (ex.: divorcio, com custodia de filhos)

!!! Por vezes um diálogo de negociação pode tornar-se num diálogo de persuasão, o que pode
ser altamente construtivo e benéfico.

6. Busca de Informação

Uma parte tem o objetivo de encontrar informações que acredita que a outra parte possui/sabe.

7. Busca de Ação

Uma parte tem o objetivo de fazer com a outra parte execute determinada ação.

8. Diálogo Educacional

Alguém tem como objetivo transmitir informação à outra parte (ex.: relação professor/aluno).

OBJETIVO DO
TIPO DE DIÁLOGO SITUAÇÃO INICIAL OBJETIVO DO DIÁLOGO
PARTICIPANTE
ERÍSTICO Conflito pessoal Atingir verbalmente o Revelar uma base mais
oponente profunda do conflito
DEBATE Dilema ou escolha Coordenar objetivos e Decidir qual a melhor
prática ações forma/método de ação
PERSUASÃO Conflito de opiniões Persuadir a outra parte Resolver/esclarecer o
problema
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INQUÉRITO Necessita de provas Procura encontrar e Provar ou negar


verificar evidências hipóteses
NEGOCIAÇÃO Conflito de interesses Obter aquilo que se Acordos/conclusões
pretende razoáveis para ambas
as partes
PROCURA DE Necessidade de Adquirir ou dar Troca de informação
INFORMAÇÃO informação informação

1.2. COMPONENTES (ETAPAS) DO DIÁLOGO ARGUMENTATIVO

1. FASE DE ABERTURA

 O tipo de diálogo é específico;


 Todos os participantes devem estar dispostos em participar neste tipo de diálogo;
 O problema em causa deve ser anunciado e esclarecido, todos os participantes têm de estar
de acordo;
 Ambas as partes têm de concordar em usar o método de argumentação correto e seguir
essas regras.
Há quatro tipo de regras de diálogo:
1. Regras de Locução: indica o tipo de atos de fala ou locuções permitidas;
2. Regras de Diálogo: especificação de quando têm permissão ou obrigação de falar;
3. Regras de Compromisso: especifica como cada locução leva a compromissos por parte do
participante;
4. Regras Estratégicas (ganho-perda): determinam a sequência de locuções que constitui o
cumprimento do objetivo do diálogo.

2. FASE DE ARGUMENTAÇÃO

 Cada lado apresenta os argumentos para defender a sua opinião, e também critica e
apresenta objeções ao ponto de vista da outra parte;
 O participante tem a obrigação de se esforçar para cumprir o seu objetivo e tem a obrigação
de permitir que a outra parte cumpra a sua obrigação.

3. FASE FINAL

 Onde o objetivo do diálogo foi cumprido, ou onde ambos os participantes concordam que o
diálogo pode terminar;
 Um participante não pode tentar desistir só porque as coisas não estão a correr da forma
que ele desejava, ou o desenrolar do diálogo não lhe agrada;
 Os participantes devem continuar um diálogo até que, de acordo com as regras, esteja
devidamente fechado.
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1.3. DIÁLOGO DE PERSUASÃO (DISCUSSÃO CRÍTICA)

No diálogo argumentativo, é suposto usar exclusivamente argumentos que são premissas do


outro participante. Isto é um requisito importante para o sucesso do diálogo. Tem como objetivo
persuadir o outro usando argumentos mais fortes para relevar tanto as fraquezas como os
pontos fortes no discurso do oponente e no nosso. É importante fazer perguntas críticas que
respondem ou refutam os argumentos do lado oposto.
Diálogo de persuasão:

 Assimétrico (dissidência): participantes com diferentes obrigações;


 Simétrico (disputa): participantes com as mesmas obrigações.

OBJETIVO: provar uma tese a fim de resolver um problema.

Conjunto de compromissos = conjunto de proposições. Com o decorrer do diálogo são


adicionadas ou removidas proposições ao conjunto de acordo com as regras deste tipo de
diálogo.
O diálogo de persuasão estabelece o ónus da prova (burden of proof). A norma mais rigorosa
requer que seja logicamente impossível que a conclusão seja falsa enquanto as premissas são
verdadeiras.
A função dos argumentos plausíveis é mudar o ónus da prova.

1.4. REGRAS NEGATIVAS DO DIÁLOGO DE PERSUASÃO

Alguns tipos de falhas ou erros:

 FALÁCIAS INFORMAIS
Estratégias sistemáticas enganosas de argumentação baseadas num erro constante
subjacente (inferior) do diálogo racional.

 BLUNDERS (ERROS GRAVES)


Erros ou lapsos que prejudicam ou enfraquecem o diálogo do oponente em vez de o
derrotar/derrubar.

 INSTÂNCIAS FRACAS OU INCOMPLETAS


Não respondem adequadamente às questões críticas do participante que deveriam
persuadir.

Alegar que um argumento comete uma falácia é uma forma forte de crítica, implica que o
argumento cometeu um erro lógico grave, ou pior, implica que um argumento é baseado e,
falhas subjacentes ou erros de raciocínio e que, com isto, pode/deve ser refutado.
Uma crítica convida sempre a uma resposta. Uma crítica boa e bem argumentada num diálogo
transfere o ónus da prova para o oponente do argumento criticado. O crítico tem que
fundamentar a sua crítica.
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O objetivo básico do diálogo de persuasão é permitir que cada pessoa expresse o seu ponto de
vista e tente prová-lo, e que possa desafiar o ponto de vista do(s) outro(s) participante(s).

REGRAS NEGATIVAS:

FASE INICIAL (ABERTURA)

 Não é permitido mudar o tipo de diálogo sem autorização.


FASE DE CONFRONTO

 Não é permitido tentar mudar a agenda (tema) sem autorização;


 Recusar em concordar com uma agenda especifica proíbe a continuação da argumentação.

FASE DE ARGUMENTAÇÃO

 Não fazer um esforço sério para cumprir com uma obrigação é uma má estratégia;
 Não é permitido tentar transferir para a outra pessoa ou alterar o ónus da prova de forma
ilícita;
 Não é permitido usar premissas que não sejam da outra parte;
 Se apelar a fontes externas sem fundamentar corretamente o argumento está sujeito a
objeções;
 Falhas de relevância: inclui fornecer a tese errada, desviar-se do ponto a ser provado, ou
responder à pergunta errada;
 Proibida a omissão de perguntas apropriadas, ou fazer perguntas inadequadas;
 Não é permitido não responder às perguntas, ou fornecer respostas indevidamente
evasivas;
 Não definir, esclarecer ou justificar o significado/definição de um termo usado no
argumento é uma violação se esse termo for contestado pelo outro participante.

FASE FINAL

 Um participante não deve tentar ou forçar o término de um diálogo, até que seja de
acordo mútuo ou se tenham cumprido todos os objetivos do diálogo.

1.5. (ALGUMAS DAS) PRINCIPAIS FALÁCIAS INFORMAIS

1. Falácia das múltiplas perguntas (perguntas complexas)


Perguntas feitas de forma agressiva, numa tentativa de corromper respostas prévias a perguntas
ainda não feitas. Estratégia de armadilha para confundir o oponente.
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2. Falácia de Ignoratio Elenchi (conclusão irrelevante)


Argumento conduzido de forma a provar uma conclusão errada ou não-pertinente. O argumento
até pode ser válido, mas afastou-se do problema – FALTA DE RELEVÂNCIA.
Acontece, geralmente, quando um dos participantes não consegue cumprir com a obrigação de
provar a sua tese. Quando um argumentador se afasta demasiado da obrigação de
seguir/atender à questão da disputa, pode (e deve) sofrer uma objeção por não-pertinência.
3. Falácia argumentum ad baculum (apelo à força)
Um participante recorrer à força ou ameaça (intimidação) a fim de impor a sua conclusão sem a
fundamentar adequadamente.
4. Falácia argumentum ad misericordiam (misericórdia)
Apelo à piedade fim de impor a sua conclusão sem a fundamentar adequadamente.
5. Falácia argumentum ad populum
Apelo às emoções, ao entusiasmo ou aos sentimentos coletivos de uma plateia fim de impor a
sua conclusão sem a fundamentar adequadamente.
6. Falácia argumentum ad veracudiam (modéstia)
Mau uso da opinião de um perito ou autoridade a fim de reprimir a opinião de alguém. Dizer que
alguém não se devia opor a algo porque X pessoa de “autoridade” ou com “maior
conhecimento” disse algo.
7. Argumentação de ataque pessoal (argumentum ad hominem)
É sempre algo perigoso, favorece à exaltação dos ânimos e alterações amargas. Não há uma
discussão racional. Ataque à pessoa, não ao argumento.

 O apelo emocional é usado como forma a disfarçar a falta de provas solidas a favor de
determinada alegação.
Somente o Exemplo: “Já paraste de bater na tua mulher?” MAU uso do
apelo emocional deve
Qualquer resposta direta pressupõe que a pessoa a quem se
ser criticado dirige a pergunta admite ter uma mulher na qual batia. como falacioso.
 OUTRAS FALÁCIAS estão
relacionadas com a imprecisão ou ambiguidade de termos ou frases da linguagem natural.
Não é algo “mau” porem pode originar confusões, discordâncias e divergências.
ERROS COMUNS DE ARGUMENTAÇÃO

1. Falácia do argumentum ad ignoratiam (argumento da ignorância)


É perigoso argumentar com base na ignorância, a impossibilidade de desmentir uma proposição
nem sempre a comprova.
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2. Falácia do equívoco
Confusão entre dois significados diferentes de um termo, no mesmo argumento, quando há uma
mudança contextual.
3. Falácia do espantalho
A posição de um argumentador é deturpada por ser citada de forma errada, exagerada ou tipo
de distorção.
4. Falácia do argumento circular (petição de princípio)
A conclusão a ser provada já está pressuposta nas premissas.

5. Falácia da encosta escorregadia


Uma proposta é criticada, sem provas suficientes, sob a alegação de que conduzirá a uma
sequência inevitável de consequências estritamente ligadas a resultado catastrófico.
6. Falácia da composição
Irracional, parte de atributos para concluir que são argumentos de um todo.
A falácia da divisão é o oposto: é as características de um todo como características individuais.

1.6. FALÁCIA DO ESPANTALHO


Deturpa a posição do oponente, a fim de a tornar implausível ou de a enfraquecer. Recorre a
citações erradas, exageros e outras distorções.
Este tipo de falácia é especialmente usada na política, e é muito poderosa.

Requer três componentes essenciais:


1. Um par de argumentadores no diálogo;
2. Cada um discute com o outro;
3. Cada um defende uma posição oposta, em relação à outra parte.

1.7. ARGUMENTO DE CONSEQUÊNCIAS

Uma parte (participante) do diálogo diz para a outra “isto não seria uma boa ação, porque terá
más consequências.” A conclusão é uma declaração que diz que determinada ação não é
recomendada. Contudo, também pode ser usado de forma positiva.
Esquemas de argumentação são formas de inferências. São uteis para identificar, analisar e
avaliar argumentos. É importante estudar como o argumento é usado em certo contexto de
diálogo.

1.8. A PERSPETIVA CRÍTICA


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Um diálogo razoável deve ser aberto, deve encorajar a fazer perguntas sobre todos os aspetos
relevantes de uma questão controversa. Um argumentador tenta persuadir ou ganhar a
audiência ou outro argumentador.
Quando um argumento se torna muito agressivo ou pessoal, tende a ser a menos razoável e mais
belicoso. A força de um argumento deve ser julgada pelo quão bem foi apresentado numa
discussão livre contra argumentos contraditórios. O problema com os debates ou disputas é que
o seu objetivo ou meta é a vitoria pessoal, independentemente do custo, mesmo que os padrões
imparciais do raciocínio lógico sejam ignorados.
Argumentos fracos ou onde falta o essencial para os suportar precisam ser criticados, porem não
são necessariamente falacias (podem ser, como também podem não ser). As falácias são tipos
importantes de estratégia na argumentação com os quais devemos estar familiarizados,
representam métodos poderosos de ataque na argumentação que podem ser usados tanto para
fins enganosos como legítimos.
O trabalho do critico é mostra que um argumento está aberto a duvidas razoáveis ou carece do
suporte necessário, podendo assim ser questionado. Muitas vezes, isso é o suficiente para
persuadir a audiência a mudar a sua perspetiva relativamente a algo. A perda de uma perspetiva
critica adequada é algo perigoso. Os argumentos podem ser avaliados pelo seu mérito ou pelas
suas falhas, de forma imparcial.

2. PERGUNTAS E RESPOSTAS NUM DIÁLOGO

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