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FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

Cursos de Licenciatura em

LIC/GC GESTÃO DE COMÉRCIO

Texto de Apoio de Contabilidade Financeira II – Texto 2

Estudo de Contas

Contas de Terceiros
As várias contas de dívidas a receber de terceiros (dívidas activas) e a pagar a terceiros (dívidas
passivas), distinguem-se umas das outras, antes de mais, pela natureza das operações que as
originaram, e ainda, em certas operações, pelas diversas entidades devedoras e credoras.

As dívidas a receber ou activas compreendem todas as dívidas a receber (créditos a terceiros) e, por
outro lado, as dívidas passivas compreendem todas as dívidas a pagar (débitos ou créditos de
terceiros).

CONTA 4.1 -Clientes

Compreensão
De acordo com o PGC, compreende as vendas a prazo decorrentes de vendas de bens e serviços da

actividade normal da empresa.

A conta 4.1- Clientes compreende as dívidas a receber, originadas por vendas a prazo de mercadorias,
produtos e serviços, quaisquer que seja as entidades.

1
Contas Divisionárias

Inclui, para além de 4.1.1 – Clientes C/C, 4.1.2- Clientes – Títulos a receber, ou seja, as dívidas de
clientes representadas por títulos ainda não vencidos, Clientes de cobrança duvidosa, bem como os
adiantamentos efectuados por clientes.

A Conta 4.1.2 - Clientes – Títulos a receber inclui as dívidas de clientes que estejam representados por
títulos ainda que vencidos (saques).

Convém salientar que as dívidas originadas pelas vendas a prazo de bens do Activo imobilizado não
são registadas nesta conta, mas sim na conta 4.5 - Outros devedores.

Conta 4.2 -Fornecedores

A conta 4.2 - Fornecedores compreende as dívidas a pagar, originadas por compras a prazo de
mercadorias, matérias e serviços, quaisquer que sejam as entidades vendedoras. Engloba todas as
dívidas a pagar, resultantes da compra de bens e serviços utilizados ou consumidos pela empresa no
exercício da sua actividade corrente, ou seja, dívidas resultantes de transacções correntes.

Contas Divisionárias

Inclui 4.2.1 -Fornecedores C/C, 4.2.2 - Fornecedores – Títulos a pagar, assim como os adiantamentos
efectuados aos fornecedores.

Mais uma vez, salienta – se que as dívidas originadas pelas compras a prazo de bens imobilizado não
respeitam à esta conta, mas sim à conta 4.6 - Outros credores.

O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)

O IVA, é um imposto aplicado em Moçambique que incide sobre a generalidade das transacções de
bens e prestações de serviços, efectuadas no território nacional, bem como a generalidade de
importações.

Características e princípios do IVA

 O IVA é um imposto sobre o consumo que incide sobre as transmissões de bens e as prestações
de serviços efectuados a título oneroso;
 O IVA é um imposto plurifásico, de carácter não cumulativo sendo o pagamento deste
fraccionado pelos operadores económicos intervenientes, através do método de crédito do
imposto;

2
 Segundo o princípio de tributação do país de destino, as importações estarão sujeitas à
tributação e as exportações beneficiam de isenção completa também vulgarmente designada
por tributação à taxa zero, o que implica a restituição, aos exportadores, da totalidade do IVA
suportado a montante.
 O IVA é um imposto real que incide sobre as operações e não sobre as pessoas e pretende
tributar as operações económicas com o objectivo de atingir o consumo.

Sujeitos passivos do IVA

 Comerciantes;
 Industriais e prestadores de serviços que desenvolvam actividades com ou sem fins lucrativos;
 Todas as entidades que importam bens;
 Todos que mencionem IVA nas suas transacções;
 O Estado e outras entidades públicas quando de forma significativa actuem como agentes
económicos (telecomunicações, distribuição de água, electricidade, transporte, etc.).

Taxas aplicáveis1

Em Moçambique a taxa normal de IVA é de 17%2. No entanto existem produtos dedutíveis, por
exemplo a 100% & 50%, 62% e 75%, (gasóleo, electricidade e água, respectivamente) e outros isentos
do IVA, os chamados bens de primeira necessidade, que pela sua natureza se identificam como
produtos alimentares básicos (arroz, pão, sal iodado, farinha de milho, leite em pó para lactentes até
um ano, trigo, farinha de trigo, tomate fresco ou refrigerado, batata, cebola, carapau congelado,
petróleo de iluminação, jet fuel, bicicletas comuns e preservativos), etc.

Formas de movimentação

 Debita-se 4.4.3.1-IVA Suportado ou 4.4.3.2 – IVA dedutível nas das compras de bens e serviços.
 Credita-se 4.4.3.3-IVA liquidado nas operações de vendas de bens e serviços.

Operações possíveis nas Compras e Vendas de Mercadorias

1. Compras de Mercadorias:

1
Para mais informações consulte o Código do IVA (CIVA) - Lei Nº 32/2007, de 31 de Dezembro.
2
Não estão incluídas no texto as recentes alterações do CIVA aprovadas no ano 2022.

3
Nas compras sujeitas ao IVA, sendo dedutível, debitar-se-á a conta 4.4.3.2- IVA Dedutível para além
da correspondente conta 2.1-Compras.

Exemplo: factura n°… de XYZ pela compra a prazo de mercadorias

---------------------x---------------------------
DIVERSOS
a 4.2- Fornecedores
N/ compra, conforme a factura n° … de XYZ
2.1 Compras
4.4 – Estado
4.4.3-IVA
4.4.3.2- IVA Dedutível
---------------------x---------------------------

Despesas de compra de mercadorias:


Uma vez que as despesas de compra de mercadorias aumentam o custo da mesma, debitar-se-á a
correspondente conta 2.1-Compras e 4.4.3.2-IVA dedutível, em contrapartida de caixa, bancos ou
fornecedores, caso o pagamento seja à posterior (à prazo).

Devolução de Compras

As devoluções de compras implicam diminuições da dívida ao fornecedor, tanto pelo valor líquido da
devolução, bem como no valor do IVA mencionado no acto da compra.

4.2 -FORNECEDORES
a DIVERSOS
Pela devolução
a 2.1-Compras
2.1.7 -Devolução de Compras
a 4.4 Estado
4.4.3-IVA
4.4.3.4- IVA Regularizações
---------------------x---------------------------

4
2. Vendas de Mercadorias

Nas operações de vendas sujeitas ao IVA, creditar-se-á, além da correspondente conta 7.1-Vendas,

a subconta 4.4.3.3-IVA Liquidado.

Exemplo: Venda de mercadorias a prazo de 60 dias, nossa factura n°….

4.1-Clientes
a DIVERSOS
Pela venda de mercadorias a prazo de 60 dias, n/ factura n°…
a 7.1 -Vendas
7.1.1- Mercadorias
a 4.4 –Estado
4.4.3-IVA
4.4.3.3- IVA Liquidado
---------------------x---------------------------

Despesas de venda de mercadorias


As despesas adicionais relacionadas com as vendas de mercadorias são debitadas aos clientes (4.1-
Clientes), em contrapartida da conta 7.1-Vendas e 4.4.3.3–IVA liquidado e creditadas àqueles
(clientes) em contrapartida de caixa ou bancos, no acto de pagamento.

Devolução de Vendas:
As devoluções de vendas implicam por um lado, diminuição da divida de clientes pelo valor líquido da
mercadoria e, por outro, do valor do IVA liquidado no acto da venda dessas mesmas mercadorias
devolvidas.

---------------------x---------------------------

DIVERSOS
a 4.1 CLIENTES
P/ Devolução de vendas, n/ Nota de Crédito n°...
7.1. – Vendas
7.1.6-Devolução de vendas

5
4.4- Estado
4.4.3-IVA
4.4.3.4- IVA Regularizações
---------------------x---------------------------

Apuramento do IVA

Releva a situação devedora ou credora do sujeito passivo perante o Estado, ou seja, consiste nas
transferências do IVA das compras e das vendas, bem como das respectivas regularizações para a
Conta Apuramento do IVA, com a finalidade de se determinar o valor relativo ao imposto devido pelo
sujeito passivo ao Estado.

Passos para o Apuramento do IVA

1º Passo - Transfere – se o saldo da subconta da conta 4.4.3.1 – IVA Suportado para 4.4.3.2 – IVA
Apuramento.

2 º Passo- Transfere – se os de 4.4.3.2-IVA dedutível e 4.4.3.4-IVA regularizações Para 4.4.3.5-IVA


apuramento.

Exemplo:

4.4.3.1 - IVA Suport 4.4.3.2-IVA Dedut 4.4.3.5-IVA Apur

4.4.3.4-IVA Regul

3º Passo -Transfere – se os saldos de 4.4.3.3-IVA liquidado e 4.4.3.4-IVA regularizações para 4.4.3.5-


IVA apuramento.

6
Exemplo:

4.4.3.5 – IVA Apur 4.4.3.3- IVA Liquid

4.4.3.4-IVA Regul

4º Passo – Determina-se o saldo de 4.4.3.5-IVA apuramento, resultante da transferências anteriores


dos saldos de 4.4.3.2-IVA Dedutível e 4.4.3.4_ IVA Regularizações e de 4.4.3.3-IVA Liquidado e
4.4.3.4-IVA Regularizações. Assim será possível um dos seguintes resultados:

 Saldo credor. Se o saldo de 4.4.3.5-IVA apuramento for credor, transfere-se para 4.4.3.7-IVA a
pagar;
 Saldo devedor. Se o saldo de 4.4.3.5-IVA Apuramento, for devedor, transfere –se para a
4.4.3.8 – IVA a recuperar.

Exemplo:

1. Se 4.4.3.5 – IVA apuramento tiver saldo Credor

4.4.3.7 - IVA a Pagar 4.4.3.5 - IVA Apuramtº

2. Se 4.4.3.5 – IVA apuramento tiver saldo devedor

4.4.3.5 - IVA Apuramtº 4.4.3.8 - IVA a Recup

7
Exercício de Aplicação 1

Um comerciante iniciou a sua actividade em 01.06.2004, com os seguintes valores activos e passivos:

 Notas e moedas 6.600,00


 Débitos de terceiros 3.750,00
 CHQ Visado nº 7676 2.510, 00
 Depósitos 10.500,00
 Mercadorias diversas 8.810,00
 Mobiliário diverso 800,00
 Créditos s/ terceiros 5.600,00
 Saques de terceiros 2.820,00
 Aceites de terceiros 1.500,00

Durante o mês realizou entre outras as seguintes operações:

Dia 3 – Factura – recibo nº 1 da Papelaria Fortes pela aquisição de 5 livros de facturas @ 200,00MT +
IVA

Dia 5 – Factura nº 1 a Marlim Marlim pela venda de mercadorias no valor de 7 .000,00MT, custo em
armazém 4.000, 00MT (IVA incluído)

Dia 7 – Desconto no BIM saque nº 1 de 900,00, tendo os encargos de desconto totalizado 125,00

Dia 28 – Factura nº 273 da Euragel pela aquisição de 5 sacos de arroz @ 500,00MT, + IVA

Pretende – se:

a) Lançamentos de abertura e correntes no DG;


b) Lançamentos de apuramento do IVA no final do período;
c) Balancete de verificação.

8
Exercício de Aplicação 2

A empresa Tão Fácil não há, Lda, apresentava em 07 de Janeiro de 2010 a seguinte relação do seu
património inicial:

Numerário 20.000,00

Mercadorias 250.000,00

Depósito no BIM 180.000,00

Uma viatura NISSAN 150.000,00

Mobiliário diverso 300.000,00

Débito a Simplifique, Lda relativo a compra de mercadorias 155.000,00

Aceite a Tivonele, SA 285.000,00

Crédito no BIM para investimento 300.000,00

Crédito a Profácil, Lda pelo fornecimento de mercadorias 85.000,00

IRPC a pagar 45.000,00

Operações do mês:

Dia 08 – Compra de mercadorias a prazo, factura nº 35 da Nipassile, Lda 35.000,00Mt ( + IVA)

Dia 14 – Cheque nº 251 s/ BIM para o pagamento do IRPC em dívida

Dia 22 – Venda de mercadorias por 125.000,00Mt (+IVA), 50% a pronto e o restante a prazo de 30
dias.

Dia 28 – Processamento de salários do mês: Salário bruto 50.000,00Mt; IRPS 2.500,00Mt; INSS a
cargo dos trabalhadores 1.500,00MT; INSS entidade patronal 2.000,00Mt, adiantamento concedidos
aos trabalhadores 5.000,00Mt

Dia 31 – Pagamento de salários e impostos pelos Cheques nºs 252 e 253 respectivamente.

Pretende – se:

a) Registo das operações no Diário Geral;

b) Apuramento do IVA referente ao mês.

9
Exercício de Aplicação 3
A Sociedade JPC & Gigy- Comercial, com sede na Mavanza, dedica – se a comercialização de
géneros alimentícios, sujeitos ao regime normal de IVA.
Existências inicias em 1 de Março de 2010:

 Caixa 80.000,00
 Bancos (BIM) 120.000,00

Durante o mês de Março transacto realizou o seguinte movimento de compras e vendas:


Dia 2 – Compras de mercadorias a Bella & Cyzálya por 10. 000,00
(+ IVA), nas seguintes condições:

 20% Aceite de uma letra


 70% a prazo, factura nº 300
 o restante em numerário
Dia 3 – venda a Muchiachia Comercial 2.200 unids de X @ 15,00 c/ IVA incluído, sendo 30%
conforme VD nº 548; 40% factura nº 810 e o restante contra saque de uma letra.
Dia 4 – Factura da EDM referente a:

 Água 500,00
 Energia 750,00
Dia 5 – Venda a Zazá & Pirbay, comerciante com sede em Machaniça, mercadorias no valor de
702,00 (IVA incluido)
Dia 16 – Enviou ao BIM, para a cobrança de seu saque, nº 30 s/ Kaká & Chukhá, no valor de
18.000,00, cujas despesas bancárias totalizaram: Comissões ½%; impostos 3% e portes 5,00
Dia 29 – Processou salário dos trabalhadores:
Ilíquido 3,000,00MT
IRT 125,00MT
INSS 50,00 MT
Dia 31 – Pagou salários aos trabalhadores e Impostos pelo cheque nº 120 s/ BIM

Pretende –se:
a) O registo das operações no Diário Geral;
b) O apuramento do IVA;
c) Balancete de verificação.

10
Exercício de Aplicação 4

Em 1 de Março de 2008 XYZ, LDA apresentava um capital inicial de 200.000,00Mt em numerário.

Durante o mês realizou entre outras as seguintes operações:

Dia 2 – Pagamento de luz em numerário – 20.000,00Mt. (IVA incluído a taxa de 17%);


Dia 4 - Factura 102 do fornecedor Magaia relativa à compra de 200 unidades de mercadoria ao
preço unitário de 125,00Mt sujeita ao IVA;
Dia 6 – Pagamento em numerário de despesas de alojamento de pessoal afecto ao serviço de
vendas, que se deslocou em serviço da empresa – 15.000,00Mt;(Inclui IVA à taxa de 17%);
Dia 10 – Factura 1/n sobre o cliente C1 relativa à venda de 100 unidades de mercadoria pelo preço
unitário de 135,00Mt. IVA 17%. A empresa emitiu um saque (saque nº 1) à 60 dias sobre o
cliente C1;
Dia 20 – Nota de crédito de F.Pinto, relativa à nossa devolução de 20 unidades do dia 14/01.
Dia 26 – Foi descontado o saque nº 1 nas seguintes condições: juros a taxa de 5%, Prémio de
Transferência 2/4%, imposto 2/5%, portem 45,00Mt. Emite-se s/ o cliente a nota de débito no 1
relativo aos encargos de desconto;
Dia 28 – Compra a prazo de 10 sacos de produtos para venda @ 500,00MT+ IVA;
Dia 29 - Devolução de 4 sacos de produtos adquiridos no dia 28 pela má qualidade;
Dia 31 – Venda de 3 sacos de produtos adquiridos no dia 28, com uma margem de 25% sobre as
vendas + IVA. A modalidade de venda foi 75% a pronto pagamento e o restante através de saque
de uma letra.

Pretende-se:

a) Lançamentos iniciais e correntes no Diário Geral;


b) Lançamentos de apuramento do IVA no diário geral;
c) Balancete de verificação.

11
Operação com letras a receber

1 - Saque

Supondo que a empresa possuía uma dívida a receber da cliente Mimosa no valor de 10.100,00MT
tendo sido sacada uma letra a 90 dias.

D 4.1.1 CLIENTES - C/C H D 4.1.2 – Clientes - Títulos a Receber H

Si)3 10.000,00 10.000,00 10.000,00

2- A Cobrança directa

Implica o aumento do dinheiro em cofre (débito) e a diminuição das dívidas a receber representadas
por títulos.

D 4.1.2 – Clientes - Títulos a Receber H D 1.1 CAIXA H

Si)4 10.000.000,00 10.000.000,00 10.000.000,00

3 - O Desconto bancário

Consiste em endossar a letra a um banco antes do seu vencimento, recebendo-se o Produto Liquido de
Desconto –PLD (valor nominal da letra deduzido de juros e outras despesas bancárias). Realiza-se nos
bancos comerciais e consiste numa realização antecipada do seu valor, possibilitando ao portador
realizar o valor da letra antes da data do seu vencimento, pagando-se, para tal, os juros relativos ao
pedido compreendido entre a data da apresentação para o desconto e a do vencimento.

Corresponde, pois, a um verdadeiro empréstimo que o banco concede ao sacador da letra, desde a data
do desconto até a do vencimento da letra mediante o pagamento de uma certa quantia (juros ou prémio
de desconto).

a) Juros (J) ou Prémio de desconto (D)

3
Saldo inicial (dívida já existente)
4
Saldo inicial (saque já existente)

12
Incidem sobre o valor nominal da letra e são calculados com base no Desconto Comercial ou “por
fora” (ano comercial ou civil respectivamente) e de acordo com o período que falta para o vencimento
da letra.

j Vn*d *i
36500 Ano civil

ou

j Vn*d *i
36000 Ano comercial

Legenda:
Vn - Valor nominal da letra;
I - Taxa de juro praticada;
d - Nº de dias que medeiam entre a data em o banco aceita o desconto e o
vencimento (mais dois dias, pois a letra pode ser paga nos dois dias úteis seguintes ao
vencimento;
j - juro ou prémio de desconto praticado pelo banco.

Subtraindo os juros (j) ou prémio de desconto (D) ao valor nominal (VL) da letra obtém – se o valor
actual (VA) ou valor líquido do desconto, também designado por produto líquido do desconto.

Assim:

VA = Vn – J /D

Subtraindo os encargos de desconto -Enc. Desc.(Juros, Prémio de Transferência, Imposto e Portes) ao


valor da letra, obtém – se o Produto Líquido do Desconto (PLD)

Enc. Desc. = (j+T+I+P)

PLD = Vn- Enc. Desc

Os encargos de desconto variam consoante a letra é sacada sobre um comerciante da localidade do


banco (letras s/+ praça) ou doutras localidades (letras s/ Outras Praças).

Importa referir que nas letras descontadas sobre Outras Praças os encargos compreendem:

13
a) Prémio de Transferência (T) - é expresso geralmente em percentagem e incide sobre o valor
nominal da letra.
T = x% s/ Vn

b) Imposto-é uma percentagem calculada sobre a soma dos prémios de desconto (j) e de

Transferência. Incide sobre todas as remunerações por serviços prestados, que os bancos têm de

pagar ao Estado.

Imposto = x% s/ ( j+T)

c) Portes – importância variável, depende dos gastos efectuados pelo banco, tais como gastos
postais, impressos e telefonemas originados pelo desconto

Exemplo: Calcule o Produto Líquido do Desconto de uma letra com o valor facial de 30.000,00Mt,
descontada no BIM, 38 dias antes do seu vencimento, à taxa de 10,25%, com os seguintes encargos:
Prémio de Transferência 7/8%, Imposto 3%, Portes 5,00Mt.

Dados:

1. Desconto

Vn = 30.000,00

d = 38 + 2 dias = 40 dias

i = 10,25%

2. Encargos

Transf. = 7/8%

Imposto = 3%

Portes = 5,00Mt

14
Cálculos:

j  30.000365000
, 00*40*10, 25
 337,00
T = 0,00875 *30.000,00 = 262,50

Soma (j+T) = 599,50

Imposto = 0,003 * 599,50 = 18,00

Portes 5,00

PLD = Vn – Enc. Desc. = 30.000,00 – 622,50= 29.377,50

Contabilização:

---------------------x---------------------------

DIVERSOS

a 4.1- Clientes

4.1.2 – Clientes Títulos a Receber

Pelo desconto do n/ saque nº x

6.9 – Gastos e Perdas Financeiras 622,50

1.2-Bancos 29.377,50 30.000,00

---------------------x---------------------------

A Cobrança bancária

Os encargos serão os mesmos dos de desconto bancário com excepção do juro que deixa de existir
uma vez que na cobrança a letra é remetida após o vencimento da letra. A contabilização é feita da
mesma forma que no desconto. Quando a cobrança é feita na boca de caixa, no lugar de debitar-se a
conta 1.2- BANCOS, debita-se a conta 1.1-CAIXA.

15
Endosso

Consiste na transferência de propriedade da letra.

Suponhamos que possuíamos uma dívida a pagar a um fornecedor pelo valor do nosso saque n° 15 de
10.000 contos. Em vez de o sacado entregar a nós o montante da letra, endossamos ao nosso
fornecedor, ficando as dívidas todas saldadas.

D 4.1.2-Clientes Títulos a Receber H D 4.2.1 Fornecedores – C/C H

Si)5 10.000.000,00 10.000.000,00 10.000.000,00 Si)6 10.000.000,00

Quando se tratar de um endosso a nosso favor, a contabilização será feita como a de um saque.

A Reforma da Letra

Quando na data do vencimento de uma letra o sacado não está em condições de a liquidar poderá
propor ao sacador ou ao portador a sua reforma, isto é, a sua substituição por uma nova letra/letras com
vencimento/s posterior/es.

Assim, duas situações podem ocorrer numa reforma:

1- O aceitante paga uma parte do valor nominal da letra antiga, aceitando uma nova letra pelo
restante: Reforma Parcial;

2- O aceitante substitui a letra antiga, na sua totalidade, por uma nova, não pagando qualquer
valor: Reforma Total.

Em ambos os casos, os encargos da reforma podem ser pagos no momento da reforma ou,
incluídos na nova letra.

Contabilização da reforma do saque:

Compreende as seguintes cinco fases:

5
Saldo inicial (Saque já existente)
6
Saldo inicial (Dívida já existente)

16
1) Anulação da letra;
2) Recebimento da amortização da letra (no caso da reforma parcial);
3) Contabilização dos encargos;
4) Cobrança dos encargos;
5) Novo saque.

Reforma Total com encargos pagos

Suponhamos que R. Machel pediu a reforma do n/ saque nº 36 de 5.000,00Mt, tendo enviado a


importância de 680,00Mt contos pelos encargos da reforma. Foi emitido o novo saque (letra n° 50) a
60 dias de vista. A contabilização na nossa escrita (do sacador), seria:

1º) Anulação da letra

------------------------------x---------------------------------

4.1.1- CLIENTES C/C

a 4.1.2-CLIENTES T A RECEBER

Anulação do saque n° 36 s/ R. Machel p/ reforma 5.000,00

------------------------------x---------------------------------

2°) Contabilização dos encargos

------------------------------x---------------------------------

4.1- Clientes

4.1.1-C/C
a 7.8-Rendimentos e Ganhos Financeiros

Pelos encargos da reforma do nosso saque nº 36, nossa

nota de débito n° 10 680,00

------------------------------x---------------------------------

17
3°) Cobrança dos encargos

------------------------------x---------------------------------

1.1 CAIXA
a 4.1 CLIENTES

4.1.1-C/C

Pelo recebimento dos juros e encargos 680,00

------------------------------x---------------------------------

4° Novo saque

4.1.2 – Clientes Títulos a Receber


a 4.1.1 CLIENTES C/C

P/ Novo saque, n° 50, de 60 dias, em substituição do nosso saque n° 36 pela sua reforma
no valor de 5.000,00
------------------------------x---------------------------------

D 4.1.2-Clientes T.Receber H D 4.1.1 Clientes C/C H D 7.8-Rend. G. Financ H

Si) 5.000 1) 5.000 1) 5.000 3) 680 2) 680

4) 5.000 2) 680 4) 5.000

D 1.1 CAIXA H

3) 680

------------------------------x---------------------------------

1.1- CAIXA
a 7.8-Rendtos e ganhos Financeiros

Pelo recebimento dos juros e encargos 680,00

------------------------------x---------------------------------

18
Reforma total com os juros incluídos na nova letra

Seja o exemplo anterior em que o sacado pede-nos que os juros sejam incluídos na nova letra.

D 4.1.2-Clientes T.Receber H D 4.1.1 Clientes C/C H D 7.8-Tend. G. Financ H

Si) 5.000 1) 5.000 1) 5.000 3) 5.680 2) 680

3) 5.680 2) 680

--------------------------x----------------------------

4.1.2 –Clientes Tít. Receber

a Diversos

Pelo saque nº 50 de 60 d/v em substituição

Saque nº 36 reformado e, os respectivos juros

a 4.1- Clientes

4.1.1-C/C 5.000,00

a 7.8-Rendtos e Ganhos Financeiros 680,00 5.680,00

--------------------------x----------------------------

19
Reforma Parcial com encargos pagos

Seja o exemplo anterior em que R. Machel amortiza em 40% a letra n° 36 e paga os juros e outros
encargos no valor de 480,00MT, por cheques.

D 4.1.2-Clientes T.Receber H D 4.1.1-Clientes-C/C H D 7.8-Rend. G. Financ H

Si) 5.000 1) 5.000 1) 5.000 2) 2.000 3) 480


5) 3.000 3) 480 4) 480
5) 3.000
D 1.1 CAIXA H

2) 2.000

4) 480

----------------------------x------------------------------

1.1 Caixa

a Diversos

Pelo recebimento pela amortização parcial do saque nº 36 reformado e respectivos juros


de reforma do saque nº 36

a 4.1-CLientes

4.1.1 -C/C 2.000,00

a 7.8 - Rendtos G.Financeiros 480,00 2.480,00

----------------------------x------------------------------

20
Reforma Parcial com os juros incluídos na nova letra

Seja o exemplo anterior em que R. Machel amortiza em 40% a letra n° 36, solicitando para que os
juros e outros encargos no valor de 480 contos sejam incluídos na nova letra.

D 4.1.2-Clientes T.Receber H D 4.1.1-Clientes C/C H D 7.8-Rendtos G.Financ H

Si) 5.000 1) 5.000 1) 5.000 2) 2.000 3) 480

4) 3.480 3) 480 4) 3.480

D 1.1 CAIXA H

2) 2.000

--------------------------x----------------------------

4.1.2 –Clientes Tít. Receber

a Diversos

Pelo saque nº 50, de 60 dias e os juros da reforma do saque nº 36

a 4.1-Clientes

4.1.1 Clientes C/C 3.000,00

a 7.8-Rendtos e Ganhos Financeiros 480,00 3.480,00

--------------------------x----------------------------

21
O Protesto

Quando o sacado se recusa a pagar uma letra na data do seu vencimento, o portador da mesma para
que possa exercer os seus direitos de acção contra os respectivos intervenientes (sacador, aceitante e
avalista) deverá comprovar essa recusa por um acto formal: O protesto por falta de pagamento.

Como é óbvio, o protesto altera a anterior relação jurídica entre o portador e o sacado uma vez que a
letra deixa de ter existência como instrumento de crédito, passando a constituir um simples elemento
de prova na acção judicial que vier a ser intentada contra os seus intervenientes.

Exemplo: Protestamos por falta de pagamento o nosso saque n°40 de 18.000,00Mt. As despesas de
protesto foram de 380,00Mt pagas em numerário.

Escrita do Sacador/Tomador

------------------------------x---------------------------------

1 4.1 CLIENTES

C/ Clientes Duvidosos (C/ Letras Protestadas)


a 4.1-Clientes

4.1.2 -Clientes Títulos a Receber

N/ protesto do saque n° 40 18.000,00

------------------------------x---------------------------------

2 4.1-Clientes

C/ Clientes Duvidosos (C/ Letras Protestadas)


a 1.1-Caixa

Pelo pagamento de despesas de protesto do saque n° 40 380,00

------------------------------x---------------------------------

3 Caixa
a 4.1-Clientes

C/ Clientes Duvidosos (C/ Letras Protestadas)

Cobrança da letra protestada 18.380,00

------------------------------x---------------------------------

22
D 4.1.1 Clientes C/C H D 4.1-Clientes duv. CLR H D 1.1 - CAIXA H

Si) 18.000 1) 18.000 1) 18.000 3) 18.380 3) 18.380 2) 380

2) 380

O Recâmbio

O Recâmbio de uma letra consiste na devolução desta por parte do banco, por falta de pagamento do
aceitante.

1. De letras descontadas

Neste caso, o banco debitará ao sacador, não só o valor nominal da letra como também todas as
despesas que advirem com o recâmbio, montantes estes que o sacador debitará ao aceitante na conta
4.1-Clientes. ------------------------------x---------------------------------

4.1-Clientes

C/ Clientes duvidosos CLR (Com Letras Recambiadas/Protestadas)


a 1.2 -Bancos

Recâmbio do saque n° … de XYZ e as respectivas

Despesas de XYZ (X+Z)MT

------------------------------x---------------------------------

23
2. De letras não descontadas

Supondo que a letra foi enviada ao banco para cobrança e que ainda não havia sido efectuada a
cobrança, o banco enviar – nos - á uma nota de débito pelas despesas de recâmbio e, eventualmente, de
protesto.

------------------------------x---------------------------------

4.1-Clientes

C/ Clientes Duvidosos (C/ Letras Recambiadas)


a Diversos

Recâmbio do n/ saque n° …

a 4.1- Clientes

4.1.2 – Clientes Títulos a receber

Valor nominal da letra XYZ


a 1.2-Bancos

Pelas despesas de recâmbio e de protesto XYZ (X+Z)MT

------------------------------x---------------------------------

24
Inventários e Activos Biológicos

De acordo com as notas de enquadramento do SNC, esta classe integra:


 Inventários;
 Activos biológicos (animais e plantas).

Consideram-se inventários todos os bens armazenáveis adquiridos ou produzidos pela empresa e que
se destinam à venda ou a serem incorporados na produção.

Segundo a NCRF 9-Inventários, consideram-se inventários, os activos que:


 Sejam detidos para venda no decurso da actividade empresarial;
 Estejam no processo da produção para essa venda; ou
 Se mantenham na forma de materiais ou consumíveis a serem aplicados no processo de
produção ou de prestação de serviços;

Divisão da classe de Inventários e Activos Biológicos:


Nas empresas comerciais
 Mercadorias;

Nas empresas industriais


 Matérias-primas;
 Matérias subsidiárias;
 Produtos acabados e intermédios;
 Produtos e Serviços em curso;
 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos.

Nas empresas agropecuária


 Activos biológicos.

Mercadorias – bens adquiridos para venda, na sua forma ou estado natural, não estando sujeitas a
qualquer transformação.

Matérias-primas – bens que não se destinam à venda mas a serem incorporados directamente em
novos produtos.

Matérias subsidiárias – produtos secundários que se complementam produção principal.

Produtos acabados e Intermédios – são os bens resultantes do processo produtivo de empresas que,
tendo atingido a sua fase final, estão aptos a serem vendidos.

25
Produtos em curso/ em via de fabrico – são aqueles que se encontram numa certa fase do processo
produtivo sem, no entanto, terem atingido a fase final de fabrico, ou seja, estarem aptos para a venda.

Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos – são produtos resultantes da produção de um


principal, normalmente com baixo valor comercial e não utilizável no processo produtivo da empresa.
São vendidos geralmente à medida que se vão acumulando.

Nota -se que a classificação de inventários é feita em função da natureza da empresa ou fase de
transformação, porquanto um produto considerado acabado para uma certa empresa, pode constituir
uma matéria-prima para outra ou até uma mercadoria e mesmo um produto semi-acabado. Exemplo: a
farinha de trigo constitui um produto acabado para a moagem e uma matéria-prima para indústria
panificadora.

Uma vez que as mercadorias, são produtos típicoss das empresas comerciais, o controlo directo é feito
exclusivamente pela contabilidade geral, enquanto os restantes produtos (típicos das empresas
industriais) o movimento e controlo é feito pela contabilidade interna ou analítica.

As quantias escrituradas nas contas desta classe terão em atenção o que em matéria de mensuração se
estabelece na NCRF 9- Inventários, pelo que serão corrigidas de quaisquer ajustamentos (imparidades)
a que haja lugar.

Importa referir que as obras em curso ligadas às construções não são tratadas pela RCRF 9, pelo que o
seu enquadramento é na NCRF 10 – Contratos de construção

Critérios de valorimetria (Mensuração)

De acordo com a NCRF 9, os inventários devem ser valorizados pelo custo ou valor realizável líquido,
dos dois o mais baixo.

Valor realizável líquido:

 Preço da venda estimado no decurso ordinário da actividade empresarial;


 Menos os custos estimados de acabamento
 Menos os custos estimados necessários para efectuar a venda.

O custo dos inventários pode não ser recuperável se esses inventários estiverem danificados, se se
tornarem total ou parcialmente obsoletos ou se os seus preços de venda tiverem diminuído. Assim,
reduzir os inventários para o seu valor realizável líquido, significa Perdas por imparidades
acumuladas.

Perdas Por Imparidade

Existe uma perda por imparidade quando o valor realizável líquido é inferior ao valor de custo.

26
Por exemplo, considerando uma compra de mercadorias por 10.000,00Mt para vender por
16.000,00Mt, um dos seguintes casos corresponde uma perda por imparidade:

 A concorrência aumenta e só irá vender por 12.000,00Mt;

 O preço de compra diminuiu para 9.000,00Mt mas espera vender por 11.500,00Mt;

 Passou de moda e só será possível vender por 9.500,00Mt.

Custo dos inventários

O custo dos inventários deve incluir todos os custos de compra, custos de conversão (produção/
transformação) e outros custos incorridos para colocar os inventários no seu local e nas suas condições
actuais. No caso de compras, o custo de compras inclui: o preço compra + direitos de importação e
outros impostos e custos de transporte, manuseamento e outros custos directamente atribuíveis à
aquisição de bens acabados, de materiais e de serviços. Os descontos comerciais, abatimentos e outros
itens semelhantes deduzem-se na determinação do custo de compra.

Cálculo do preço de vendas

1. Quando a percentagem de lucro incide sobre o preço de custo


Preço de Vendas (PV) = Preço de Custo (PC) + % x PC
2. Quando a percentagem de lucro incide sobre o preço de vendas
Preço de vendas (PV) = Preço de custo (PC) + % x PV

Normas relevantes
Destacam-se as seguintes Normas Contabilísticas de Relato Financeiro por se entender que são as que
têm maior influência na movimentação das contas da classe de Inventários e Activos Biológicos:

NCRF 1- Apresentação das Demonstrações Financeiras


Esta norma, define em que circunstâncias devemos reconhecer um activo como corrente ou não
corrente.

NCRF 9-Inventários
Esta norma, define qual a quantia do custo a ser reconhecida como um activo e a ser escriturada até
que os réditos relacionados sejam reconhecidos. Esta norma proporciona orientação prática na
determinação do custo e no seu subsequente reconhecimento como gasto, incluindo qualquer

27
ajustamento para o valor realizável líquido. Também proporciona orientação nas fórmulas de custeio
que sejam usadas para atribuir custos aos inventários.

NCRF 11-Agricultura e Activos Biológicos


É com base e em função desta norma que se reconhecem e mensuram as quantias a escriturar
referentes a activos biológicos.

NCRF 24-Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes


É com base e em função desta norma que se definem as condições em que se poderá estar perante
passivos ou activos contingentes ou ainda reconhecer uma provisão proveniente de contratos onerosos
que tenham como origem operações com inventários

NCRF 27-Custos de Empréstimos obtidos


É com base e em função desta norma que se definem as condições em que os custos de empréstimos
obtidos podem ser incorporados no custo dos inventários.

O Aprovisionamento

Considerando que os inventários constituem, normalmente, uma aplicação significativa de capitais,


facilmente depreende que a manutenção de elevados volumes de stocks em armazém poderá original
encargos financeiros vultosos. Contrariamente, pequenos stocks poderão determinar roturas nos
fornecimentos necessários para satisfazer encomendas dos clientes. A resolução deste passa
necessariamente por uma boa gestão de stock.

A contabilidade geral é um meio precioso para a gestão de stocks, visto ser através dela que se apuram
os movimentos havidos, os custos dos stocks vendidos/consumidos e a respectiva margem bruta de
vendas.

O momento e o modo da determinação dos custos dos stocks (vendidos/consumidos) varia em função
do sistema de inventário utilizado:

 Sistema de inventário Permanente (SIP); ou

 Sistema de inventário Intermitente (SII).

Sistemas de inventário permanente (SIP)


Através deste sistema é possível determinar o valor dos stocks em armazém e os resultados obtidos nas
vendas ou na produção a qualquer momento (permanentemente).

Sistema de inventário intermitente ou periódico (SII)


Por este sistema, o valor dos stocks em armazém e dos resultados apurados, só é determinável através
de inventariações directa dos valores em armazém, efectuadas periodicamente (contagem física de

28
stock para conhecimento do movimento), não se podendo conhecer, a todo o momento, o custo dos
stocks em armazém e, consequentemente, das existências vendidas (saídas), apenas no final do ano por
intermédio do inventário anual, se determina e regista o custo de todas as vendas realizadas durante o
exercício, recorrendo a seguinte fórmula: Ei + Compras = Custo de vendas/Consumos + Ef.

CIVC = Ei + Compras – Ef
ou seja, para o apuramento do CIVC transferem-se:
 1º - As existências iniciais, bem como em trânsito fornecidas pelo inventário para conta CIVC;
 2º - As compras líquidas também para conta CIVC;
 3º - As existências finais são dadas pelo inventário;

 4º - Por fim procede – se as regularizações das devoluções a/de terceiros, de quebras/sobras


anormais, ofertas a/ de terceiros.

Cálculo da Margem Bruta de Vendas (MBV)

Conhecido o CIVC torna –se assim possível determinar a MBV. Assim, a MBV = VV- CIVC.

Métodos de custeio de stocks/valorimetria de stocks

Como nem todas as compras são efectuadas ao mesmo preço, podem ser adoptados vários métodos
para a determinação do custo unitário dos stocks em armazém e, consequentemente, para a valorização
das saídas:

1. Custo específico/originário – quando as existências são facilmente identificáveis e não


misturáveis, pode se adoptar o método do custo específico ou originário, que exige a perfeita
identificação física dos vários lotes ou artigos no armazém, permitindo deste modo o
conhecimento do custo específico de cada saída/venda.

Normalmente este método é aplicável em ourivesarias e estabelecimentos de electrodomésticos,


onde cada artigo poderá ser identificado por uma etiqueta, não só com o preço da venda, mas
também com o respectivo preço de custo, este em cifra, constituída pela junção de letras de uma
palavra com dez letras diferentes, correspondendo a cada uma delas um algarismo. Por exemplo:
PREÂMBULOS.

Sendo P=0; R=1; E=2; Â=3; M=4; B=5; U=6; L=7; O=8 e S=9.

PC= 125,00MT e PV= 374,MT PC ↔ Preço de Custo

PC= REB e PV= ALM PV ↔ Preço de Vendas

29
2. Custo médio ponderado – neste método, após cada compra (ou operação correctiva) o custo
unitário médio de stocks em armazém é obtido com ajuda da seguinte fórmula:

Q1*P1Q 2*P 2...Qn*Pn


X  Q1Q 2...Qn ; ( X = Preço médio Ponderado)

3. Custo cronológico directo: FIFO- baseia – se no esgotamento teoricamente ordenado e


progressivo dos primeiros lotes em armazém (First in, first out) – primeiro lote a entrar,
primeiro a sair. Os stocks vendidos e consumidos são valorizados pelos preços mais antigos,
sendo, consequentemente, os stocks em armazém valorizados aos preços mais recentes.

Este critério origina que, em períodos inflacionários, as empresas tendam a apurar lucros mais
elevados, pois o custo dos stocks vendidos é função de preços de custo antigos, enquanto as vendas
são registadas a preços recentes, inflacionados. Deverá ser evitado quando se pretenda
apresentação de lucros mais baixos.

4. Custo cronológico inverso: LIFO- baseia – se no esgotamento teoricamente ordenado e


progressivo dos últimos lotes em armazém (Last in, first out) – último a entrar, primeiro a sair.
Os stocks em armazém são valorizados pelo preço mais antigo, sendo as saídas movimentadas,
em consequência, pelos mais modernos. Este procedimento origina, em períodos inflacionários,
o aparecimento de lucros mais baixos, dado o custeio mais elevado das vendas, havendo no
entanto o inconveniente da subavaliação dos stocks em armazém.

30
Exercício 1

A Sociedade Comercial Mini-Calcus – Ldª, com sede em Nampula, dedica se a comercialização de


máquinas de calcular. Durante o mês de Junho último, realizou entre outras as seguintes operações,
relativas a calculadores “Casiobolso”:

Dia 1- Existências nesta:

 Numerário - 4.000.000,00Mt
 10 calculadoras @ 150.000,00Mt
Dia 4 – Compra a 60 dias, à Sacol, SA, 6 máquinas @ 200.000,00

 Nota de débito relativa ao transporte das mercadorias.........117.000,00Mt


Dia 8 – Venda de 5 calculadoras com uma margem de 20% s/ o preço de vendas, nas seguintes
condições:

 75% cheque nº 100AA s/ BCF; e,


 o restante contra saque nº 10.
Dia 15 – Compra a 30 dias, à Marlux, SA, 10 máquinas @ 210.000,00Mt

Dia 17 – Devolução à Marilux, SA, 4 máquinas adquiridas no dia 15 c/ defeito de fabrico

Dia 22 – Venda a 45 dias a Silva & Paula - ldª, 6 máquinas com uma margem de 20% s/ o preço de
custo

Dia 28 – Factura da Sacal, SA, pela compra de 10 máquinas @ 200.000,00Mt

Dia 29 – Venda de 3 máquinas de calcular, com uma margem de 25% s/ o preço de custo, nas
seguintes condições:

 Transferência da cliente Zazá & Pirbay................................35% do valor da venda;


 O restante a prazo de 90 dias.

Pretende – se:

a) Ficha de armazém pelos Custo Médio Ponderado, FIFO e LIFO;


b) Diário geral, tendo em conta que a empresa adopta o SIP;
c) Cálculo do custo das vendas;
d) Cálculo do valor das existências finais;
e) Cálculo da margem bruta das vendas.

31
Exercício 2

Nkanhine Castanhas, armazenista nesta cidade, pratica o sistema de inventário permanente, no mês de
findo, realizou as seguintes operações:

Dia 1-Existência de 5000 litros de óleo @ 2.000,00Mt e uma letra nº 125 no valor de 50.000,00Mt

Dia 10 compra de 7000 litros de óleo ao preço unitário de 1.800,00Mt + 17% IVA

No mesmo dia, pagou as seguintes despesas:

Transporte das mercadorias 1.500,00Mt

Seguro marítimo 500,00MT

Outros encargos 200,00Mt

Dia 16- Verificou – se um derramamento de 50 litros de óleo nos tambores furados

Dia 22 – Devolução de 500 litros de óleo por não corresponder ao solicitado

Dia 26 – Nossa venda de 3.000 litros de óleo por 3.000,00Mt cada + IVA, nas seguintes condições:

 50% em numerário

 25% saque de uma letra

 O restante emissão da factura nº 120

Dia 28 - Desconto da letra nº 125, quando faltavam 38 dias para o seu vencimento a taxa de juro de
4% e sujeito aos seguintes encargos: Prémio de Transferência = 2%, Imposto = 4% e Portes =
800,00Mt

Dia 30 – Compra de 5000 litros de óleo GINWALA @ 2.500,00Mt + IVA, tendo as desas de
transporte totalizado 2.000,00Mt.

Pretende – se:

 Preenchimento da Ficha de Armazém, valorizando as saídas pelo (i) FIFO e (ii) LIFO;

 Lançamentos no Diário Geral;

 Cálculo da Margem Bruta das Vendas;

 Determinação das existências finais em quantidade e valor;

 Apuramento do IVA no fim do período.

32
Investimento de Capital

Para a empresa desenvolver a sua actividade, seja de natureza comercial, industrial, agrícola ou de

prestação de serviços, precisa de meios de trabalho, precisa de incorrer determinados encargos para sua

implantação, sem os quais não seria possível funcionar, ou a acontecer seria a custos elevados. Por

outro lado, as empresas possuem excedentes financeiros que podem ser aplicados em forma de

participações financeiras noutras organizações económicas ou na aquisição de títulos e obrigações, que

lhe providencie rendimentos.

Aos meios de trabalho, aos encargos de implantação e expansão e as participações noutras empresas,

tanto em forma de quota ou em aquisição de acções de médio e/ou longo prazos, contabilisticamente

chamamos de investimento de capital.

Assim, a classe 3-Investimento de Capital do SNC inclui os bens detidos com carácter de continuidade

ou de permanência, não se destinando a serem vendidos ou transformados no decurso normal das

operações da empresa, independentemente da sua forma de financiamento, servindo como meios de

produção ou condições de trabalho.

Principais Características

Posse, a rubrica de investimentos de capital está consignada aos bens propriedade da empresa,

afastando deste modo, a possibilidade de incluir o imobilizado alheio.

Indispensabilidade, significa que para a empresa operar precisa de instalações, máquinas, viaturas,

mobiliário, etc, sem os quais não seria possível o exercício da actividade.

Durabilidade, o investimento de capital tem um carácter de permanência na empresa, normalmente


superior a um ano, pois é aplicado na actividade operacional e, por isso, não se destina a ser vendido
ou transformado.

33
Activos Tangíveis

De acordo com a NCRF 13-Activos Tangíveis, os activos tangíveis, são itens tangíveis, que:

 Sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento a
outros, ou para fins administrativos;

 Se espera que sejam usados durante mais do que um período. Devem ser reconhecidos
enquanto tal, se cumprir com os requisitos necessários para o reconhecimento como activo, ou
seja, seja provável que existam benefícios económicos futuros que fluam para a empresa e
quando o seu custo poder ser mensurado com fiabilidade.

No geral, tratam–se de bens móveis e imóveis que a empresa utiliza na sua actividade económica por
um período superior a um ano. São igualmente incluídos nesta rubrica os bens móveis e imóveis,
adquiridos em regime de locação financeira, sem prejuízo do tratamento contabilístico previsto na
NCRF 17-Locações.

Os activos tangíveis são sujeitos à depreciação periódica resultante da sua utilização normal e ao
reconhecimento de eventuais perdas por imparidades sempre que o seu valor recuperável líquido for
inferior à sua quantia escriturada

Divisões de investimentos de Capital:

 Investimentos Financeiros;

 Activos Tangíveis;

 Activos intangíveis;

 Investimentos em Curso;

 Activos Tangíveis de Investimento;

 Amortizações Acumuladas;

 Ajustamentos de Investimentos Financeiros.

34
Reconhecimento e Mensuração

Reconhecimento

Conforme a NCRF 13, o custo de um bem tangível deve ser reconhecido como activo quando, e
apenas quando:

a) é provável que benefícios económicos futuros associados ao bem fluirão para a entidade; e

b) o custo do bem pode ser mensurado com fiabilidade.

Excluem do princípio de reconhecimento os custos de assistência diária (reparações e manutenção a


esse bem, que deverão ser reconhecidos nas demonstrações de resultados. Entretanto poder-se-á
reconhecer a quantia registada de um bem do activo tangível o custo de substituição de parte desse
bem, quando o custo é suportado e se os critério de reconhecimento forem satisfeitos

Elemento do Custo

O custo de um elemento do activo tangível compreende:

a) O seu preço de compra, incluídos direitos de importação e impostos não reembolsáveis, após
dedução dos descontos comerciais e abatimentos.

b) Quaisquer custos directamente atribuíveis para colocar o activo na localização e condição


necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida;

c) A estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção do bem e de restauração do


local no qual o mesmo se encontra.

Mensuração Após o Reconhecimento

Os elementos que integram esta conta são mensurados inicialmente ao seu custo. Porém a sua
mensuração subsequente, a entidade deverá definir a política contabilística a seguir, entre os seguintes
modelos:

1. Modelo de Custo (§ 22 da NCRF 13);

35
Caso opte por este modelo, após o reconhecimento como um activo, um bem do activo
tangível deve ser registado pelo seu custo menos qualquer amortização acumulada e
quaisquer perdas por imparidades

2. Modelo da Revalorização (§ 23 da NCRF 13);

Caso opte por este último modelo, o bem é expresso pelo seu justo valor à data da
revalorização, deduzido das depreciações e perdas por imparidades subsequentes. A sua
adopção, pressupõe-se que o justo valor possa ser determinado com fiabilidade e cuja
regularidade possa colmatar divergências materialmente relevantes entre o justo valor na
data de mensuração e o justo valor verificado na data de balanço, ou seja, as
revalorizações devem ser feitas com suficiente regularidade para assegurar que a quantia
registada não é materialmente diferente daquela que seria determinada usando o justo
valor à data do balanço.

Amortizações

As imobilizações devido a factores de vária natureza estão sujeitas a perda de valor e, por conseguinte,
de amortizações.

Assim as amortizações correspondem ao registo contabilístico da perda desse valor (depreciação) a que
está sujeito o imobilizado ou activo fixo ao longo da sua vida útil.

As amortizações servem para registar o custo da utilização desses bens e ao mesmo tempo actualizar o
seu valor ao longo do tempo (deterioração).

Os activos imobilizados só deverão ser amortizados após a sua entrada em funcionamento e ao longo
do período em que sejam utilizados em condições económicas (Período de vida útil). Este período deve
ser determinado, tendo em conta vários factores (desgaste físico pelo uso do bem, inovações
tecnológicas, local de funcionamento, tipo de negócio, etc.) e deverá excluir o valor residual do bem.

Causas

Técnicas Económicas

Desgaste Funcional Envelhecimento Tecnológico

Depreciação Espontânea Envelhecimento dos Produtos

36
Dar morte ao activo fixo

Amortização

Criar condições de reintegração do activo fixo

 Reintegração, no caso do imobilizado corpóreo.

 Amortização no caso de imobilizado incorpóreo.

Naturalmente, à medida que as imobilizações são utilizadas ou o tempo decorre, vai-se processando
uma transferência de valor dessas imobilizações para os produtos; por isso a redução de valor das
imobilizações é um fenómeno contínuo e normal, não constituindo uma perda para a empresa, pois
esse valor é transferido para as existências.

A contabilização das amortizações pode ser feita por via do método directo ou do método indirecto.

Método directo

É um método fácil de registar e o saldo da conta do imobilizado reflecte sempre o seu valor
contabilístico. Tendo com desvantagem o facto de não se poder conhecer o valor de aquisição, assim
como o valor das amortizações registadas ao longo dos vários períodos económicos.

6.5- Amortizações do Período

6.5.1-Activos Tangíveis

a 3.2- Activos Tangíveis

p/ amortização do exercício 150.000,00

Método Indirecto

Este método não permite conhecer a facilmente o valor contabilístico do imobilizado, também implica
a movimentação de mais contas.

37
Entretanto, o saldo das contas de investimetos dizem-nos qual foi o valor de aquisição e a conta de
amortizações acumuladas mostra o seu valor amortizado em qualquer momento. A International
Accounting Standard 16 (IAS 16) recomenda a utilização do método indirecto..

6.5- Amortizações do Período

6.5.1-Acativos tangíveis

a 3.8 -Amortizações Acumuladas

3.8.2 -Activos tangíveis 150.000,00

p/ amortização do exercício

Critérios de determinação das quotas de amortização

 Critério das Quotas constantes anuais ou por duodécimos – Consiste em repartir o valor dos
bens em partes iguais por um determinado nº de anos. O CIR, bem como a Portaria 20817
estabelecem as taxas máximas de amortização a utilizar para cada tipo de activo fixo e em
função do ramo de actividade de cada empresa.

Assim, sendo:

V0: valor de aquisição

Vr: valor residual (atribuído ao imobilizado no fim da vida útil)

Tvu/ n - nº de anos que se espera que o imobilizado esteja em condições normais de funcionamento

Qa - Quota de amortização

t – Taxa de amortização

Qa = ( Vo – r ) ou Qa = (Vo –vr)*t

38
Mapa de amortização

Considerando valor de aquisição = 3.000.000,00Mt e residual nulo

Anos Valor a Fracção Amortização Amortização Valor

Amortizar (V0) (Qa) Acumulada Contabilístico

n 3.000.000,00 1/4 750.000,00 750.000,00 2.250.000,00

n+1 3.000.000,00 1/4 750.000,00 1.500.000,00 1.500.000,00

n+2 3.000.000,00 1/4 750.000,00 2.250.000,00 750.000,00

n+3 3.000.000,00 1/4 750.000,00 3.000.000,00 0,00

 Critério da soma dos dígitos

Considerando os dados do exercício anterior, proceda a resolução usando dos dígitos.

Ilustração: soma-se o número de anos de vida útil do bem: 4+3+2+1 = 10.

Mapa de Amortização (resolução pela soma dos dígitos)

Anos Valor a Fracção Amortização Amortização Valor

Amortizar/V0 Acumulada Contabilístico

n 3.000.000,00 4/10 1.200.000,00 1.200.000,00 1.800.000,00

n+1 3.000.000,00 3/10 900.000,00 2.100.000,00 900.000,00

n+2 3.000.000,00 2/10 600.000,00 2.700.000,00 300.000,00

n+3 3.000.000,00 1/10 300.000,00 3.000.000,00 0,00

Critérios Chave:

 O critério de amortização utilizado deverá ser uniforme ao longo da vida útil do bem;
 Os Terrenos e recursos naturais, os imobilizados totalmente reintegrados não são amortizados.

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Exercícios 1 e 2

A sociedade NAUTICAMPO, Lda., comprou em Janeiro de 2008 um equipamento administrativo pelo


valor de 1.400.000,00MT, sendo – lhe atribuída uma vida útil de cinco anos e um valor residual nulo.
Proceda a elaboração do quadro de amortizações para os cinco anos da sua vida útil.

 Método das quotas constantes.


 Método das quotas degressivas com soma dos dígitos.
 Processada ao registo da aquisição do equipamento, assumindo que o pagamento foi a pronto por
via de cheque, e da depreciação referente ao primeiro ano usando os dois métodos estudados.

Quotas constantes

Anos Valor a Fracção Amortização Amortização Valor

Amortizar Acumulada Contabilístico

2008 1.400.000,00

2009 1.400.000,00

2010 1.400.000,00

2011 1.400.000,00

2012 1.400.000,00

Soma dos dígitos

Anos Valor a Fracção Amortização Amortização Valor

Amortizar Acumulada Contabilístico

2008 1.400.000,00

2009 1.400.000,00

2010 1.400.000,00

2011 1.400.000,00

2012 1.400.000,00

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Importância das Amortizações

 Reflectir contabilisticamente a perda de valor dos bens que se amortizam;

 Permitir conhecer a todo o momento o valor líquido do imobilizado;


 Distribuir durante os anos de vida útil dos elementos que se amortizam o encargo produzido pela
depreciação dos mesmos;
 Permitir a imputação aos produtos do referido encargo;
 Evita a descapitalização das empresas;
A amortização deve ser considerada como um encargo de produtos ou serviços, tal como a
renumeração do pessoal ou qualquer outra despesa, uma vez que a perda do valor sofrida pelos
imobilizados se deve normalmente, em grande parte, ao seu uso no processo de produção ou prestação
de serviços.

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Trabalho em grupos (Prazo de entrega: 1ª semana depois do teste II)
1.Operações com as letras a pagar (aceites)

2. Lançamentos de estornos

3. Trabalho do Fim de Exercício

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