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Estudo de Contas
Contas de Terceiros
As várias contas de dívidas a receber de terceiros (dívidas activas) e a pagar a terceiros (dívidas
passivas), distinguem-se umas das outras, antes de mais, pela natureza das operações que as
originaram, e ainda, em certas operações, pelas diversas entidades devedoras e credoras.
As dívidas a receber ou activas compreendem todas as dívidas a receber (créditos a terceiros) e, por
outro lado, as dívidas passivas compreendem todas as dívidas a pagar (débitos ou créditos de
terceiros).
Compreensão
De acordo com o PGC, compreende as vendas a prazo decorrentes de vendas de bens e serviços da
A conta 4.1- Clientes compreende as dívidas a receber, originadas por vendas a prazo de mercadorias,
produtos e serviços, quaisquer que seja as entidades.
1
Contas Divisionárias
Inclui, para além de 4.1.1 – Clientes C/C, 4.1.2- Clientes – Títulos a receber, ou seja, as dívidas de
clientes representadas por títulos ainda não vencidos, Clientes de cobrança duvidosa, bem como os
adiantamentos efectuados por clientes.
A Conta 4.1.2 - Clientes – Títulos a receber inclui as dívidas de clientes que estejam representados por
títulos ainda que vencidos (saques).
Convém salientar que as dívidas originadas pelas vendas a prazo de bens do Activo imobilizado não
são registadas nesta conta, mas sim na conta 4.5 - Outros devedores.
A conta 4.2 - Fornecedores compreende as dívidas a pagar, originadas por compras a prazo de
mercadorias, matérias e serviços, quaisquer que sejam as entidades vendedoras. Engloba todas as
dívidas a pagar, resultantes da compra de bens e serviços utilizados ou consumidos pela empresa no
exercício da sua actividade corrente, ou seja, dívidas resultantes de transacções correntes.
Contas Divisionárias
Inclui 4.2.1 -Fornecedores C/C, 4.2.2 - Fornecedores – Títulos a pagar, assim como os adiantamentos
efectuados aos fornecedores.
Mais uma vez, salienta – se que as dívidas originadas pelas compras a prazo de bens imobilizado não
respeitam à esta conta, mas sim à conta 4.6 - Outros credores.
O IVA, é um imposto aplicado em Moçambique que incide sobre a generalidade das transacções de
bens e prestações de serviços, efectuadas no território nacional, bem como a generalidade de
importações.
O IVA é um imposto sobre o consumo que incide sobre as transmissões de bens e as prestações
de serviços efectuados a título oneroso;
O IVA é um imposto plurifásico, de carácter não cumulativo sendo o pagamento deste
fraccionado pelos operadores económicos intervenientes, através do método de crédito do
imposto;
2
Segundo o princípio de tributação do país de destino, as importações estarão sujeitas à
tributação e as exportações beneficiam de isenção completa também vulgarmente designada
por tributação à taxa zero, o que implica a restituição, aos exportadores, da totalidade do IVA
suportado a montante.
O IVA é um imposto real que incide sobre as operações e não sobre as pessoas e pretende
tributar as operações económicas com o objectivo de atingir o consumo.
Comerciantes;
Industriais e prestadores de serviços que desenvolvam actividades com ou sem fins lucrativos;
Todas as entidades que importam bens;
Todos que mencionem IVA nas suas transacções;
O Estado e outras entidades públicas quando de forma significativa actuem como agentes
económicos (telecomunicações, distribuição de água, electricidade, transporte, etc.).
Taxas aplicáveis1
Em Moçambique a taxa normal de IVA é de 17%2. No entanto existem produtos dedutíveis, por
exemplo a 100% & 50%, 62% e 75%, (gasóleo, electricidade e água, respectivamente) e outros isentos
do IVA, os chamados bens de primeira necessidade, que pela sua natureza se identificam como
produtos alimentares básicos (arroz, pão, sal iodado, farinha de milho, leite em pó para lactentes até
um ano, trigo, farinha de trigo, tomate fresco ou refrigerado, batata, cebola, carapau congelado,
petróleo de iluminação, jet fuel, bicicletas comuns e preservativos), etc.
Formas de movimentação
Debita-se 4.4.3.1-IVA Suportado ou 4.4.3.2 – IVA dedutível nas das compras de bens e serviços.
Credita-se 4.4.3.3-IVA liquidado nas operações de vendas de bens e serviços.
1. Compras de Mercadorias:
1
Para mais informações consulte o Código do IVA (CIVA) - Lei Nº 32/2007, de 31 de Dezembro.
2
Não estão incluídas no texto as recentes alterações do CIVA aprovadas no ano 2022.
3
Nas compras sujeitas ao IVA, sendo dedutível, debitar-se-á a conta 4.4.3.2- IVA Dedutível para além
da correspondente conta 2.1-Compras.
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DIVERSOS
a 4.2- Fornecedores
N/ compra, conforme a factura n° … de XYZ
2.1 Compras
4.4 – Estado
4.4.3-IVA
4.4.3.2- IVA Dedutível
---------------------x---------------------------
Devolução de Compras
As devoluções de compras implicam diminuições da dívida ao fornecedor, tanto pelo valor líquido da
devolução, bem como no valor do IVA mencionado no acto da compra.
4.2 -FORNECEDORES
a DIVERSOS
Pela devolução
a 2.1-Compras
2.1.7 -Devolução de Compras
a 4.4 Estado
4.4.3-IVA
4.4.3.4- IVA Regularizações
---------------------x---------------------------
4
2. Vendas de Mercadorias
Nas operações de vendas sujeitas ao IVA, creditar-se-á, além da correspondente conta 7.1-Vendas,
4.1-Clientes
a DIVERSOS
Pela venda de mercadorias a prazo de 60 dias, n/ factura n°…
a 7.1 -Vendas
7.1.1- Mercadorias
a 4.4 –Estado
4.4.3-IVA
4.4.3.3- IVA Liquidado
---------------------x---------------------------
Devolução de Vendas:
As devoluções de vendas implicam por um lado, diminuição da divida de clientes pelo valor líquido da
mercadoria e, por outro, do valor do IVA liquidado no acto da venda dessas mesmas mercadorias
devolvidas.
---------------------x---------------------------
DIVERSOS
a 4.1 CLIENTES
P/ Devolução de vendas, n/ Nota de Crédito n°...
7.1. – Vendas
7.1.6-Devolução de vendas
5
4.4- Estado
4.4.3-IVA
4.4.3.4- IVA Regularizações
---------------------x---------------------------
Apuramento do IVA
Releva a situação devedora ou credora do sujeito passivo perante o Estado, ou seja, consiste nas
transferências do IVA das compras e das vendas, bem como das respectivas regularizações para a
Conta Apuramento do IVA, com a finalidade de se determinar o valor relativo ao imposto devido pelo
sujeito passivo ao Estado.
1º Passo - Transfere – se o saldo da subconta da conta 4.4.3.1 – IVA Suportado para 4.4.3.2 – IVA
Apuramento.
Exemplo:
4.4.3.4-IVA Regul
6
Exemplo:
4.4.3.4-IVA Regul
Saldo credor. Se o saldo de 4.4.3.5-IVA apuramento for credor, transfere-se para 4.4.3.7-IVA a
pagar;
Saldo devedor. Se o saldo de 4.4.3.5-IVA Apuramento, for devedor, transfere –se para a
4.4.3.8 – IVA a recuperar.
Exemplo:
7
Exercício de Aplicação 1
Um comerciante iniciou a sua actividade em 01.06.2004, com os seguintes valores activos e passivos:
Dia 3 – Factura – recibo nº 1 da Papelaria Fortes pela aquisição de 5 livros de facturas @ 200,00MT +
IVA
Dia 5 – Factura nº 1 a Marlim Marlim pela venda de mercadorias no valor de 7 .000,00MT, custo em
armazém 4.000, 00MT (IVA incluído)
Dia 7 – Desconto no BIM saque nº 1 de 900,00, tendo os encargos de desconto totalizado 125,00
Dia 28 – Factura nº 273 da Euragel pela aquisição de 5 sacos de arroz @ 500,00MT, + IVA
Pretende – se:
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Exercício de Aplicação 2
A empresa Tão Fácil não há, Lda, apresentava em 07 de Janeiro de 2010 a seguinte relação do seu
património inicial:
Numerário 20.000,00
Mercadorias 250.000,00
Operações do mês:
Dia 22 – Venda de mercadorias por 125.000,00Mt (+IVA), 50% a pronto e o restante a prazo de 30
dias.
Dia 28 – Processamento de salários do mês: Salário bruto 50.000,00Mt; IRPS 2.500,00Mt; INSS a
cargo dos trabalhadores 1.500,00MT; INSS entidade patronal 2.000,00Mt, adiantamento concedidos
aos trabalhadores 5.000,00Mt
Dia 31 – Pagamento de salários e impostos pelos Cheques nºs 252 e 253 respectivamente.
Pretende – se:
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Exercício de Aplicação 3
A Sociedade JPC & Gigy- Comercial, com sede na Mavanza, dedica – se a comercialização de
géneros alimentícios, sujeitos ao regime normal de IVA.
Existências inicias em 1 de Março de 2010:
Caixa 80.000,00
Bancos (BIM) 120.000,00
Água 500,00
Energia 750,00
Dia 5 – Venda a Zazá & Pirbay, comerciante com sede em Machaniça, mercadorias no valor de
702,00 (IVA incluido)
Dia 16 – Enviou ao BIM, para a cobrança de seu saque, nº 30 s/ Kaká & Chukhá, no valor de
18.000,00, cujas despesas bancárias totalizaram: Comissões ½%; impostos 3% e portes 5,00
Dia 29 – Processou salário dos trabalhadores:
Ilíquido 3,000,00MT
IRT 125,00MT
INSS 50,00 MT
Dia 31 – Pagou salários aos trabalhadores e Impostos pelo cheque nº 120 s/ BIM
Pretende –se:
a) O registo das operações no Diário Geral;
b) O apuramento do IVA;
c) Balancete de verificação.
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Exercício de Aplicação 4
Pretende-se:
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Operação com letras a receber
1 - Saque
Supondo que a empresa possuía uma dívida a receber da cliente Mimosa no valor de 10.100,00MT
tendo sido sacada uma letra a 90 dias.
2- A Cobrança directa
Implica o aumento do dinheiro em cofre (débito) e a diminuição das dívidas a receber representadas
por títulos.
3 - O Desconto bancário
Consiste em endossar a letra a um banco antes do seu vencimento, recebendo-se o Produto Liquido de
Desconto –PLD (valor nominal da letra deduzido de juros e outras despesas bancárias). Realiza-se nos
bancos comerciais e consiste numa realização antecipada do seu valor, possibilitando ao portador
realizar o valor da letra antes da data do seu vencimento, pagando-se, para tal, os juros relativos ao
pedido compreendido entre a data da apresentação para o desconto e a do vencimento.
Corresponde, pois, a um verdadeiro empréstimo que o banco concede ao sacador da letra, desde a data
do desconto até a do vencimento da letra mediante o pagamento de uma certa quantia (juros ou prémio
de desconto).
3
Saldo inicial (dívida já existente)
4
Saldo inicial (saque já existente)
12
Incidem sobre o valor nominal da letra e são calculados com base no Desconto Comercial ou “por
fora” (ano comercial ou civil respectivamente) e de acordo com o período que falta para o vencimento
da letra.
j Vn*d *i
36500 Ano civil
ou
j Vn*d *i
36000 Ano comercial
Legenda:
Vn - Valor nominal da letra;
I - Taxa de juro praticada;
d - Nº de dias que medeiam entre a data em o banco aceita o desconto e o
vencimento (mais dois dias, pois a letra pode ser paga nos dois dias úteis seguintes ao
vencimento;
j - juro ou prémio de desconto praticado pelo banco.
Subtraindo os juros (j) ou prémio de desconto (D) ao valor nominal (VL) da letra obtém – se o valor
actual (VA) ou valor líquido do desconto, também designado por produto líquido do desconto.
Assim:
VA = Vn – J /D
Importa referir que nas letras descontadas sobre Outras Praças os encargos compreendem:
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a) Prémio de Transferência (T) - é expresso geralmente em percentagem e incide sobre o valor
nominal da letra.
T = x% s/ Vn
b) Imposto-é uma percentagem calculada sobre a soma dos prémios de desconto (j) e de
Transferência. Incide sobre todas as remunerações por serviços prestados, que os bancos têm de
pagar ao Estado.
Imposto = x% s/ ( j+T)
c) Portes – importância variável, depende dos gastos efectuados pelo banco, tais como gastos
postais, impressos e telefonemas originados pelo desconto
Exemplo: Calcule o Produto Líquido do Desconto de uma letra com o valor facial de 30.000,00Mt,
descontada no BIM, 38 dias antes do seu vencimento, à taxa de 10,25%, com os seguintes encargos:
Prémio de Transferência 7/8%, Imposto 3%, Portes 5,00Mt.
Dados:
1. Desconto
Vn = 30.000,00
d = 38 + 2 dias = 40 dias
i = 10,25%
2. Encargos
Transf. = 7/8%
Imposto = 3%
Portes = 5,00Mt
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Cálculos:
j 30.000365000
, 00*40*10, 25
337,00
T = 0,00875 *30.000,00 = 262,50
Portes 5,00
Contabilização:
---------------------x---------------------------
DIVERSOS
a 4.1- Clientes
---------------------x---------------------------
A Cobrança bancária
Os encargos serão os mesmos dos de desconto bancário com excepção do juro que deixa de existir
uma vez que na cobrança a letra é remetida após o vencimento da letra. A contabilização é feita da
mesma forma que no desconto. Quando a cobrança é feita na boca de caixa, no lugar de debitar-se a
conta 1.2- BANCOS, debita-se a conta 1.1-CAIXA.
15
Endosso
Suponhamos que possuíamos uma dívida a pagar a um fornecedor pelo valor do nosso saque n° 15 de
10.000 contos. Em vez de o sacado entregar a nós o montante da letra, endossamos ao nosso
fornecedor, ficando as dívidas todas saldadas.
Quando se tratar de um endosso a nosso favor, a contabilização será feita como a de um saque.
A Reforma da Letra
Quando na data do vencimento de uma letra o sacado não está em condições de a liquidar poderá
propor ao sacador ou ao portador a sua reforma, isto é, a sua substituição por uma nova letra/letras com
vencimento/s posterior/es.
1- O aceitante paga uma parte do valor nominal da letra antiga, aceitando uma nova letra pelo
restante: Reforma Parcial;
2- O aceitante substitui a letra antiga, na sua totalidade, por uma nova, não pagando qualquer
valor: Reforma Total.
Em ambos os casos, os encargos da reforma podem ser pagos no momento da reforma ou,
incluídos na nova letra.
5
Saldo inicial (Saque já existente)
6
Saldo inicial (Dívida já existente)
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1) Anulação da letra;
2) Recebimento da amortização da letra (no caso da reforma parcial);
3) Contabilização dos encargos;
4) Cobrança dos encargos;
5) Novo saque.
------------------------------x---------------------------------
a 4.1.2-CLIENTES T A RECEBER
------------------------------x---------------------------------
------------------------------x---------------------------------
4.1- Clientes
4.1.1-C/C
a 7.8-Rendimentos e Ganhos Financeiros
------------------------------x---------------------------------
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3°) Cobrança dos encargos
------------------------------x---------------------------------
1.1 CAIXA
a 4.1 CLIENTES
4.1.1-C/C
------------------------------x---------------------------------
4° Novo saque
P/ Novo saque, n° 50, de 60 dias, em substituição do nosso saque n° 36 pela sua reforma
no valor de 5.000,00
------------------------------x---------------------------------
D 1.1 CAIXA H
3) 680
------------------------------x---------------------------------
1.1- CAIXA
a 7.8-Rendtos e ganhos Financeiros
------------------------------x---------------------------------
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Reforma total com os juros incluídos na nova letra
Seja o exemplo anterior em que o sacado pede-nos que os juros sejam incluídos na nova letra.
3) 5.680 2) 680
--------------------------x----------------------------
a Diversos
a 4.1- Clientes
4.1.1-C/C 5.000,00
--------------------------x----------------------------
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Reforma Parcial com encargos pagos
Seja o exemplo anterior em que R. Machel amortiza em 40% a letra n° 36 e paga os juros e outros
encargos no valor de 480,00MT, por cheques.
2) 2.000
4) 480
----------------------------x------------------------------
1.1 Caixa
a Diversos
a 4.1-CLientes
----------------------------x------------------------------
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Reforma Parcial com os juros incluídos na nova letra
Seja o exemplo anterior em que R. Machel amortiza em 40% a letra n° 36, solicitando para que os
juros e outros encargos no valor de 480 contos sejam incluídos na nova letra.
D 1.1 CAIXA H
2) 2.000
--------------------------x----------------------------
a Diversos
a 4.1-Clientes
--------------------------x----------------------------
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O Protesto
Quando o sacado se recusa a pagar uma letra na data do seu vencimento, o portador da mesma para
que possa exercer os seus direitos de acção contra os respectivos intervenientes (sacador, aceitante e
avalista) deverá comprovar essa recusa por um acto formal: O protesto por falta de pagamento.
Como é óbvio, o protesto altera a anterior relação jurídica entre o portador e o sacado uma vez que a
letra deixa de ter existência como instrumento de crédito, passando a constituir um simples elemento
de prova na acção judicial que vier a ser intentada contra os seus intervenientes.
Exemplo: Protestamos por falta de pagamento o nosso saque n°40 de 18.000,00Mt. As despesas de
protesto foram de 380,00Mt pagas em numerário.
Escrita do Sacador/Tomador
------------------------------x---------------------------------
1 4.1 CLIENTES
------------------------------x---------------------------------
2 4.1-Clientes
------------------------------x---------------------------------
3 Caixa
a 4.1-Clientes
------------------------------x---------------------------------
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D 4.1.1 Clientes C/C H D 4.1-Clientes duv. CLR H D 1.1 - CAIXA H
2) 380
O Recâmbio
O Recâmbio de uma letra consiste na devolução desta por parte do banco, por falta de pagamento do
aceitante.
1. De letras descontadas
Neste caso, o banco debitará ao sacador, não só o valor nominal da letra como também todas as
despesas que advirem com o recâmbio, montantes estes que o sacador debitará ao aceitante na conta
4.1-Clientes. ------------------------------x---------------------------------
4.1-Clientes
------------------------------x---------------------------------
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2. De letras não descontadas
Supondo que a letra foi enviada ao banco para cobrança e que ainda não havia sido efectuada a
cobrança, o banco enviar – nos - á uma nota de débito pelas despesas de recâmbio e, eventualmente, de
protesto.
------------------------------x---------------------------------
4.1-Clientes
Recâmbio do n/ saque n° …
a 4.1- Clientes
------------------------------x---------------------------------
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Inventários e Activos Biológicos
Consideram-se inventários todos os bens armazenáveis adquiridos ou produzidos pela empresa e que
se destinam à venda ou a serem incorporados na produção.
Mercadorias – bens adquiridos para venda, na sua forma ou estado natural, não estando sujeitas a
qualquer transformação.
Matérias-primas – bens que não se destinam à venda mas a serem incorporados directamente em
novos produtos.
Produtos acabados e Intermédios – são os bens resultantes do processo produtivo de empresas que,
tendo atingido a sua fase final, estão aptos a serem vendidos.
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Produtos em curso/ em via de fabrico – são aqueles que se encontram numa certa fase do processo
produtivo sem, no entanto, terem atingido a fase final de fabrico, ou seja, estarem aptos para a venda.
Nota -se que a classificação de inventários é feita em função da natureza da empresa ou fase de
transformação, porquanto um produto considerado acabado para uma certa empresa, pode constituir
uma matéria-prima para outra ou até uma mercadoria e mesmo um produto semi-acabado. Exemplo: a
farinha de trigo constitui um produto acabado para a moagem e uma matéria-prima para indústria
panificadora.
Uma vez que as mercadorias, são produtos típicoss das empresas comerciais, o controlo directo é feito
exclusivamente pela contabilidade geral, enquanto os restantes produtos (típicos das empresas
industriais) o movimento e controlo é feito pela contabilidade interna ou analítica.
As quantias escrituradas nas contas desta classe terão em atenção o que em matéria de mensuração se
estabelece na NCRF 9- Inventários, pelo que serão corrigidas de quaisquer ajustamentos (imparidades)
a que haja lugar.
Importa referir que as obras em curso ligadas às construções não são tratadas pela RCRF 9, pelo que o
seu enquadramento é na NCRF 10 – Contratos de construção
De acordo com a NCRF 9, os inventários devem ser valorizados pelo custo ou valor realizável líquido,
dos dois o mais baixo.
O custo dos inventários pode não ser recuperável se esses inventários estiverem danificados, se se
tornarem total ou parcialmente obsoletos ou se os seus preços de venda tiverem diminuído. Assim,
reduzir os inventários para o seu valor realizável líquido, significa Perdas por imparidades
acumuladas.
Existe uma perda por imparidade quando o valor realizável líquido é inferior ao valor de custo.
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Por exemplo, considerando uma compra de mercadorias por 10.000,00Mt para vender por
16.000,00Mt, um dos seguintes casos corresponde uma perda por imparidade:
O preço de compra diminuiu para 9.000,00Mt mas espera vender por 11.500,00Mt;
O custo dos inventários deve incluir todos os custos de compra, custos de conversão (produção/
transformação) e outros custos incorridos para colocar os inventários no seu local e nas suas condições
actuais. No caso de compras, o custo de compras inclui: o preço compra + direitos de importação e
outros impostos e custos de transporte, manuseamento e outros custos directamente atribuíveis à
aquisição de bens acabados, de materiais e de serviços. Os descontos comerciais, abatimentos e outros
itens semelhantes deduzem-se na determinação do custo de compra.
Normas relevantes
Destacam-se as seguintes Normas Contabilísticas de Relato Financeiro por se entender que são as que
têm maior influência na movimentação das contas da classe de Inventários e Activos Biológicos:
NCRF 9-Inventários
Esta norma, define qual a quantia do custo a ser reconhecida como um activo e a ser escriturada até
que os réditos relacionados sejam reconhecidos. Esta norma proporciona orientação prática na
determinação do custo e no seu subsequente reconhecimento como gasto, incluindo qualquer
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ajustamento para o valor realizável líquido. Também proporciona orientação nas fórmulas de custeio
que sejam usadas para atribuir custos aos inventários.
O Aprovisionamento
A contabilidade geral é um meio precioso para a gestão de stocks, visto ser através dela que se apuram
os movimentos havidos, os custos dos stocks vendidos/consumidos e a respectiva margem bruta de
vendas.
O momento e o modo da determinação dos custos dos stocks (vendidos/consumidos) varia em função
do sistema de inventário utilizado:
28
stock para conhecimento do movimento), não se podendo conhecer, a todo o momento, o custo dos
stocks em armazém e, consequentemente, das existências vendidas (saídas), apenas no final do ano por
intermédio do inventário anual, se determina e regista o custo de todas as vendas realizadas durante o
exercício, recorrendo a seguinte fórmula: Ei + Compras = Custo de vendas/Consumos + Ef.
CIVC = Ei + Compras – Ef
ou seja, para o apuramento do CIVC transferem-se:
1º - As existências iniciais, bem como em trânsito fornecidas pelo inventário para conta CIVC;
2º - As compras líquidas também para conta CIVC;
3º - As existências finais são dadas pelo inventário;
Conhecido o CIVC torna –se assim possível determinar a MBV. Assim, a MBV = VV- CIVC.
Como nem todas as compras são efectuadas ao mesmo preço, podem ser adoptados vários métodos
para a determinação do custo unitário dos stocks em armazém e, consequentemente, para a valorização
das saídas:
Sendo P=0; R=1; E=2; Â=3; M=4; B=5; U=6; L=7; O=8 e S=9.
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2. Custo médio ponderado – neste método, após cada compra (ou operação correctiva) o custo
unitário médio de stocks em armazém é obtido com ajuda da seguinte fórmula:
Este critério origina que, em períodos inflacionários, as empresas tendam a apurar lucros mais
elevados, pois o custo dos stocks vendidos é função de preços de custo antigos, enquanto as vendas
são registadas a preços recentes, inflacionados. Deverá ser evitado quando se pretenda
apresentação de lucros mais baixos.
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Exercício 1
Numerário - 4.000.000,00Mt
10 calculadoras @ 150.000,00Mt
Dia 4 – Compra a 60 dias, à Sacol, SA, 6 máquinas @ 200.000,00
Dia 22 – Venda a 45 dias a Silva & Paula - ldª, 6 máquinas com uma margem de 20% s/ o preço de
custo
Dia 29 – Venda de 3 máquinas de calcular, com uma margem de 25% s/ o preço de custo, nas
seguintes condições:
Pretende – se:
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Exercício 2
Nkanhine Castanhas, armazenista nesta cidade, pratica o sistema de inventário permanente, no mês de
findo, realizou as seguintes operações:
Dia 1-Existência de 5000 litros de óleo @ 2.000,00Mt e uma letra nº 125 no valor de 50.000,00Mt
Dia 10 compra de 7000 litros de óleo ao preço unitário de 1.800,00Mt + 17% IVA
Dia 26 – Nossa venda de 3.000 litros de óleo por 3.000,00Mt cada + IVA, nas seguintes condições:
50% em numerário
Dia 28 - Desconto da letra nº 125, quando faltavam 38 dias para o seu vencimento a taxa de juro de
4% e sujeito aos seguintes encargos: Prémio de Transferência = 2%, Imposto = 4% e Portes =
800,00Mt
Dia 30 – Compra de 5000 litros de óleo GINWALA @ 2.500,00Mt + IVA, tendo as desas de
transporte totalizado 2.000,00Mt.
Pretende – se:
Preenchimento da Ficha de Armazém, valorizando as saídas pelo (i) FIFO e (ii) LIFO;
32
Investimento de Capital
Para a empresa desenvolver a sua actividade, seja de natureza comercial, industrial, agrícola ou de
prestação de serviços, precisa de meios de trabalho, precisa de incorrer determinados encargos para sua
implantação, sem os quais não seria possível funcionar, ou a acontecer seria a custos elevados. Por
outro lado, as empresas possuem excedentes financeiros que podem ser aplicados em forma de
Aos meios de trabalho, aos encargos de implantação e expansão e as participações noutras empresas,
tanto em forma de quota ou em aquisição de acções de médio e/ou longo prazos, contabilisticamente
Assim, a classe 3-Investimento de Capital do SNC inclui os bens detidos com carácter de continuidade
Principais Características
Posse, a rubrica de investimentos de capital está consignada aos bens propriedade da empresa,
Indispensabilidade, significa que para a empresa operar precisa de instalações, máquinas, viaturas,
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Activos Tangíveis
De acordo com a NCRF 13-Activos Tangíveis, os activos tangíveis, são itens tangíveis, que:
Sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento a
outros, ou para fins administrativos;
Se espera que sejam usados durante mais do que um período. Devem ser reconhecidos
enquanto tal, se cumprir com os requisitos necessários para o reconhecimento como activo, ou
seja, seja provável que existam benefícios económicos futuros que fluam para a empresa e
quando o seu custo poder ser mensurado com fiabilidade.
No geral, tratam–se de bens móveis e imóveis que a empresa utiliza na sua actividade económica por
um período superior a um ano. São igualmente incluídos nesta rubrica os bens móveis e imóveis,
adquiridos em regime de locação financeira, sem prejuízo do tratamento contabilístico previsto na
NCRF 17-Locações.
Os activos tangíveis são sujeitos à depreciação periódica resultante da sua utilização normal e ao
reconhecimento de eventuais perdas por imparidades sempre que o seu valor recuperável líquido for
inferior à sua quantia escriturada
Investimentos Financeiros;
Activos Tangíveis;
Activos intangíveis;
Investimentos em Curso;
Amortizações Acumuladas;
34
Reconhecimento e Mensuração
Reconhecimento
Conforme a NCRF 13, o custo de um bem tangível deve ser reconhecido como activo quando, e
apenas quando:
a) é provável que benefícios económicos futuros associados ao bem fluirão para a entidade; e
Elemento do Custo
a) O seu preço de compra, incluídos direitos de importação e impostos não reembolsáveis, após
dedução dos descontos comerciais e abatimentos.
Os elementos que integram esta conta são mensurados inicialmente ao seu custo. Porém a sua
mensuração subsequente, a entidade deverá definir a política contabilística a seguir, entre os seguintes
modelos:
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Caso opte por este modelo, após o reconhecimento como um activo, um bem do activo
tangível deve ser registado pelo seu custo menos qualquer amortização acumulada e
quaisquer perdas por imparidades
Caso opte por este último modelo, o bem é expresso pelo seu justo valor à data da
revalorização, deduzido das depreciações e perdas por imparidades subsequentes. A sua
adopção, pressupõe-se que o justo valor possa ser determinado com fiabilidade e cuja
regularidade possa colmatar divergências materialmente relevantes entre o justo valor na
data de mensuração e o justo valor verificado na data de balanço, ou seja, as
revalorizações devem ser feitas com suficiente regularidade para assegurar que a quantia
registada não é materialmente diferente daquela que seria determinada usando o justo
valor à data do balanço.
Amortizações
As imobilizações devido a factores de vária natureza estão sujeitas a perda de valor e, por conseguinte,
de amortizações.
Assim as amortizações correspondem ao registo contabilístico da perda desse valor (depreciação) a que
está sujeito o imobilizado ou activo fixo ao longo da sua vida útil.
As amortizações servem para registar o custo da utilização desses bens e ao mesmo tempo actualizar o
seu valor ao longo do tempo (deterioração).
Os activos imobilizados só deverão ser amortizados após a sua entrada em funcionamento e ao longo
do período em que sejam utilizados em condições económicas (Período de vida útil). Este período deve
ser determinado, tendo em conta vários factores (desgaste físico pelo uso do bem, inovações
tecnológicas, local de funcionamento, tipo de negócio, etc.) e deverá excluir o valor residual do bem.
Causas
Técnicas Económicas
36
Dar morte ao activo fixo
Amortização
Naturalmente, à medida que as imobilizações são utilizadas ou o tempo decorre, vai-se processando
uma transferência de valor dessas imobilizações para os produtos; por isso a redução de valor das
imobilizações é um fenómeno contínuo e normal, não constituindo uma perda para a empresa, pois
esse valor é transferido para as existências.
A contabilização das amortizações pode ser feita por via do método directo ou do método indirecto.
Método directo
É um método fácil de registar e o saldo da conta do imobilizado reflecte sempre o seu valor
contabilístico. Tendo com desvantagem o facto de não se poder conhecer o valor de aquisição, assim
como o valor das amortizações registadas ao longo dos vários períodos económicos.
6.5.1-Activos Tangíveis
Método Indirecto
Este método não permite conhecer a facilmente o valor contabilístico do imobilizado, também implica
a movimentação de mais contas.
37
Entretanto, o saldo das contas de investimetos dizem-nos qual foi o valor de aquisição e a conta de
amortizações acumuladas mostra o seu valor amortizado em qualquer momento. A International
Accounting Standard 16 (IAS 16) recomenda a utilização do método indirecto..
6.5.1-Acativos tangíveis
p/ amortização do exercício
Critério das Quotas constantes anuais ou por duodécimos – Consiste em repartir o valor dos
bens em partes iguais por um determinado nº de anos. O CIR, bem como a Portaria 20817
estabelecem as taxas máximas de amortização a utilizar para cada tipo de activo fixo e em
função do ramo de actividade de cada empresa.
Assim, sendo:
Tvu/ n - nº de anos que se espera que o imobilizado esteja em condições normais de funcionamento
Qa - Quota de amortização
t – Taxa de amortização
Qa = ( Vo – r ) ou Qa = (Vo –vr)*t
38
Mapa de amortização
Critérios Chave:
O critério de amortização utilizado deverá ser uniforme ao longo da vida útil do bem;
Os Terrenos e recursos naturais, os imobilizados totalmente reintegrados não são amortizados.
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Exercícios 1 e 2
Quotas constantes
2008 1.400.000,00
2009 1.400.000,00
2010 1.400.000,00
2011 1.400.000,00
2012 1.400.000,00
2008 1.400.000,00
2009 1.400.000,00
2010 1.400.000,00
2011 1.400.000,00
2012 1.400.000,00
40
Importância das Amortizações
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Trabalho em grupos (Prazo de entrega: 1ª semana depois do teste II)
1.Operações com as letras a pagar (aceites)
2. Lançamentos de estornos
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