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1) Conceito:
São direitos da pessoa humana. São direitos inerentes à condição de pessoa humana.
1ª) Direitos Individuais ► Concentrados no art. 5º da CF (mas não exauridos nesse artigo).
2ª) Direitos Coletivos ► Concentrados no art.5º da CF ( " " " " " " " ")
3ª) Direitos Sociais ►Concentrados no art.7º da CF (há outros arts. sobre o assunto).
Existia uma dúvida se esses Direitos Sociais seriam direitos Fundamentais; em algumas constituições como a Portuguesa
não o são.
Obs.: Alguns autores como o Alexandre de Morais colocam uma 6ª espécie que são os Partidos Políticos. O professor não
concorda com essa classificação, porque partidos políticos não são direitos, são apenas instrumentos para que os
direitos políticos sejam executados.
Considerar a pessoa como indivíduo é o que diferencia os direitos individuais dos direitos coletivos, embora o fundamento
constitucional seja o mesmo, ou seja, art.5º.
São os direitos das pessoas, coletivamente consideradas. Direitos de uma classe, de um grupo, de uma categoria.
Seja o direito do homem tomado individualmente (dt. individual), seja o direito do homem parte de um grupo (direito
coletivo), e por isso estão juntos no artigo 5º da CF, são direitos primordialmente negativos; porque, em regra, são
cumpridos através de uma obrigação de não fazer – “non facere” (de abstenção). Em regra, o Estado e o particular (porque
hoje se fala muito em obrigação horizontal) atendem aos direitos individuais ou coletivos quando não fazem alguma
coisa.
Ex: Estado atende meu direito a liberdade quando não me prende de modo ilegal.
Estado atende meu direito de igualdade quando não faz discriminação (racial, religiosa, etc.).
Estado e Particular atendem ao meu direito de propriedade quando não a invadem e a tomam.
Estado atende ao meu direito a reunião quando me permite que me reúna com meus pares com finalidade pacífica.
O Direito Social é, ao contrário do individual e coletivo, direito primordialmente positivo, ou seja, é atendido por uma
obrigação de fazer – “facere”. O Estado e oparticular atendem o Direito Social quando prestam alguma coisa.
Direito à Previdência Social → quando o Estado fornece um regime de previdência (Geral, Especial, etc.).
Portanto, direito à nacionalidade é o vínculo jurídico que une a pessoa ao Estado. Esse vínculo pode variar de Estado para
Estado, ou seja, ser ius solis, iussanguinis, etc.
Uma das formas pela qual a pessoa participa, ativamente e passivamente, da vida política do Estado é através do Direito
Eleitoral.
Verificaremos em todos os livros a seguinte afirmação, que não é de todo correta: “Cidadania é qualificação política da
Nacionalidade”; isso é afirmado pelos autores porque todos dizem que cidadão é o nacional que exerce Direitos Políticos.
Portanto, para esses autores cidadania seria um “plus” ao conceito de nacionalidade. Essa afirmação não está de todo
correta. Podemos apenas dizer que cidadão é, em regra, o nacional que exerce direitos políticos – em regra, a cidadania
decorre da nacionalidade. No entanto, pode haver situações onde há nacionalidade sem haver cidadania e, situações em
que há cidadania sem nacionalidade.
Uma questão de prova frequente é se pode haver nacionalidade sem cidadania e vice-versa; e a resposta é que pode haver
ambas as situações, embora, em regra, os dois conceitos estejam atrelados.
Exceções:
Prisão Provisória → não há qualquer restrição aos seus direitos políticos. Esse preso continua a ser cidadão. Mesmo, que
já esteja cumprindo pena, se couberem recursos, isto é, se a sentença condenatória não tiver transitado em julgado, ele é
cidadão ainda; pode votar e pode inclusive ser eleito.
Prisão Definitiva → é causa de suspensão dos Dts. Políticos – art.15, III da CF – após o trânsito em julgado da sentença
condenatória (sentença definitiva, enquanto durarem seus efeitos).
Portanto, por esse artigo, salvo algumas exceções previstas na CF, o português equiparado aos brasileiros, tem direitos
políticos análogos aos dos brasileiros natos; podem votar e ser votados.
Isso só é concedido ao Português (nato ou não – ex: francês naturalizado português) e não a pessoas nacionais de países
que falam idioma português comoAngolanos, Moçambicano, etc. Porque em Portugal existe a equiparação com relação
aos brasileiros que lá residem, também, há 1 ano. Podem votar e ser votados, inclusive podem fazer parte de cargos
europeus do Mercado Comum. E bom deixar claro, que não é, como se falava erroneamente, um caso de dupla
nacionalidade, porque para o Brasil ele tem nacionalidade portuguesa, ele apenas tem a cidadania brasileira.
A Constituição Argentina e Uruguaia tem dispositivo de equiparação com a Espanha igual a esse que existe entre Brasil e
Portugal - práxis comum entre colonizadores e colônias. Portugal, no entanto, só tem essa disposição em relação a nos,
não tem com relação a Angola, Moçambique, etc.