James Hetfield processou seu empregador por demissão sem justa causa, pedindo indenização por gastos com lavagem de uniformes, equiparação salarial com colega e horas extras não pagas. A Justiça julgou improcedentes os pedidos, afirmando que a responsabilidade pela lavagem é do empregado, os trabalhadores atuavam em cidades diferentes e os cartões de ponto comprovam a jornada regular. O advogado do reclamante recorre da sentença.
Descrição original:
SIMULADO PROVA PORÁTICA DE DIREITO DO TRABALHO - PREPARATORIO OAB
James Hetfield processou seu empregador por demissão sem justa causa, pedindo indenização por gastos com lavagem de uniformes, equiparação salarial com colega e horas extras não pagas. A Justiça julgou improcedentes os pedidos, afirmando que a responsabilidade pela lavagem é do empregado, os trabalhadores atuavam em cidades diferentes e os cartões de ponto comprovam a jornada regular. O advogado do reclamante recorre da sentença.
James Hetfield processou seu empregador por demissão sem justa causa, pedindo indenização por gastos com lavagem de uniformes, equiparação salarial com colega e horas extras não pagas. A Justiça julgou improcedentes os pedidos, afirmando que a responsabilidade pela lavagem é do empregado, os trabalhadores atuavam em cidades diferentes e os cartões de ponto comprovam a jornada regular. O advogado do reclamante recorre da sentença.
Prova Especial de Prática do Trabalho – Professor Maurício Góes – PUCRS –
SEMESTRE 2020/2 – T. 169
Prova individual – vale 6,0. Digitada. Data FATAL de entrega: 08/12/2020 ENVIAR A PROVA PARA goespratica169@gmail.com Enunciado James Hetfield, em 20/04/2020, ajuizou reclamação trabalhista contra a empresa Metallica Ltda. Trabalhou em POA/RS, de 01/03/2018 a 01/03/2020, ocasião em que foi desligado sem justa causa. Exerceu as funções inerentes ao cargo de operador de prensa II. Percebeu como último salário a quantia de R$2.800,00. Conforme recibos juntados com a petição inicial, alegou que gastava, em média, R$45,00 mensais com a compra de produtos especiais para a lavagem dos uniformes fornecidos pela empresa, postulando a respectiva indenização/ressarcimento de valores. Alegou que, ao longo do seu contrato de trabalho, sempre desempenhou as mesmas funções do paradigma Bruce Dickson, o qual trabalhava na unidade da empresa localizada no município de Canoas. Foi contratado para trabalhar 8 horas por dia, de segunda à sexta-feira, e 4 horas no sábado. Fazia efetivamente uma hora de intervalo. Alega, porém, que diariamente, de segunda à sexta, estendia seu horário em 40 minutos/uma hora, sem jamais receber a devida contraprestação, razão pela qual tem direito ao pagamento de horas extras acrescidas do adicional legal. A reclamada foi notificada e, tempestivamente, contestou todos os pedidos, impugnando um a um. Em síntese, alegou que não há direito ao ressarcimento pela lavagem de uniformes, pois o caso dos autos não se enquadra na hipótese prevista na CLT e que a responsabilidade pela lavagem dos uniformes é do trabalhador. Quanto à equiparação salarial, a reclamada admite que reclamante e paradigma exerciam as mesmas funções, mas, no caso dos autos, resta ausente o requisito “mesma localidade” previsto no artigo 461 da CLT. No tocante ao pedido de horas extras, a reclamada nega que tenha ocorrido trabalho extraordinário por parte do reclamante e junta aos autos todos os seus cartões de ponto, os quais mostram que não havia registro de horas extras. A audiência una foi realizada na forma dos artigos 845 e 849 da CLT. Aberta a audiência, o procurador do reclamante manifestou-se sobre os cartões ponto juntados e lançou impugnação expressa, dizendo que os registros efetuados, sobretudo do final na jornada, não correspondem à realidade, pois não eram permitidos os registros de horas extras pelo chefe do reclamante. Em depoimento pessoal, o reclamante admitiu que o paradigma trabalhava na unidade de Canoas, ou seja, noutra localidade. Em depoimento pessoal, o preposto declarou que, em razão da atividade de lubrificação, os uniformes fornecidos pela empresa necessitam de produtos diferentes ou especiais para que fiquem plenamente limpos. O procurador do reclamante informou que tinha duas testemunhas para provar a tese de jornada extraordinária, cuja oitiva foi indeferida pelo juiz, pois este alegou não haver necessidade de prova no caso dos autos e que já estava convencido. O procurador registrou seu protesto. O procurador da reclamada informou que não tinha testemunhas a serem ouvidas. A instrução foi encerrada com razões finais remissivas, reiterando o procurador do reclamante o protesto lançado. Em sentença, o juiz julgou improcedente os pedidos articulados na reclamação, entendendo que: De acordo com a CLT, a responsabilidade pela lavagem dos uniformes é exclusiva do trabalhador; Não há o que se falar em equiparação salarial, pois o reclamante e paradigma trabalhavam em municípios distintos, não estando presente, assim, a exigência de trabalho na “mesma localidade” prevista na CLT; Não há como deferir horas extras, em razão de que os cartões de ponto representam prova documental absoluta e que comprovaram a tese de defesa de inexistência de jornada extraordinária; o reclamante deverá pagar 5% de honorários de sucumbência.
Ainda, o juiz atribuiu ao reclamante o pagamento de custas de R$ 1.000,00
sobre o valor da causa de R$ 50.000,00, mas dispensado do pagamento, em razão da concessão do BJG. Como advogado do reclamante e irresignado com a decisão, elabore o recurso cabível.