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Mapa Mental

Direito da Criança e do Adolescente


Prof.ª Franciele Kühl
Será garantida a convivência da Será garantida a convivência integral
criança e do adolescente com a mãe familiar com adolescente em acolhimento
ou o pai privado de liberdade. institucional.

Aos pais incumbe o dever de sustento, Atenção!


É direito da criança e do adolescente guarda e educação. Competência dos pais
ser criado e educado no seio de sua no poder familiar: art. 1.634, CC.
família e, excepcionalmente, em família A falta ou a carência de recursos materiais
substituta. não constitui motivo suficiente para a perda
ou a suspensão do poder familiar.
O poder familiar só é extinto ou suspenso
por decisão judicial.

O acolhimento institucional para criança e


Poder Familiar e o adolescentes que tiveram seus direitos
Acolhimento de Crianças Hipóteses do art. 1.635 e 1.638, do CC.
violados e necessitam ser afastados
temporariamente da convivência familiar, é
e Adolescentes MEDIDA EXCEPCIONAL.

Direito à Convivência
Familiar e Comunitária
Espécies de Família Perda e Suspensão
do Poder Familiar
Família natural Comunidade formada entre pais e seus
descendentes.
Procedimentos judiciais possuem prioridade
absoluta na tramitação, assim como atos e
Família ampliada ou extensa Aquela que se estende para além da unidade diligências.
pais e filhos ou da unidade do casal, formada
por parentes próximos com os quais a Prazos: contados em dias corridos.
Família substituta criança ou adolescente convive e mantém
vínculos de afinidade e afetividade. Legitimidade ativa: pode ser iniciado pelo MP ou
qualquer pessoa que tenha interesse.
Será, preferencialmente, precedida de entrevista Todos os procedimentos regulados pelo ECA
da criança ou do adolescente perante equipe Concessão de liminar possuem isenção de custas e emolumentos.
multidisciplinar de oitiva da outra parte.
Desliga o adotado de qualquer vínculo Requisitos para adotar:
com pais e parentes biológicos.
1) Maiores de 18 anos de idade podem adotar;
Atribui a condição de filho ao adotado, 2) A criança ou adolescente deve contar com, no máximo,
análoga à do parentesco biológico, com 18 anos, salvo se já estiver sob guarda ou tutela;
os mesmos direitos e deveres, inclusive 3) Diferença de 16 anos de idade entre adotante e adotado; Quem não pode adotar:
sucessórios. 4) Consentimento dos pais biológicos ou destituição do poder
familiar;
Medida excepcional e irrevogável. 5) Somente por via judicial;
Os ascendentes e os irmãos do
6) Manifestação da criança, quando possível, e consentimento
do adolescente maior de 12 anos; adotando (art. 42, § 1º), o tutor ou
curador, enquanto não der conta
7) Aprovação em estágio de convivência: de sua administração e saldar o
Adoção 8) Em regra, necessária prévia habilitação; seu alcance (art. 44).
9) Idoneidade, motivos legítimos e desejo de filiação.
O STF já admitiu,
excepcionalmente, a
Direito à Convivência adoção de neto por avós.

Familiar e Comunitária
Guarda Família Substituta Tutela

Aquele que detém a guarda está obrigado a Confere à criança ou ao adolescente a Medida que visa suprir a ausência da
prestar assistência material, moral e condição de dependente para qualquer representação legal dos pais, para cuidado da
educacional fim. criança ou adolescente e de seu patrimônio.
Se destina a regularizar a posse da criança ou Não impede o direito de visitas dos pais, ou
do adolescente, podendo ser concedida de Pode ser deferida a pessoa até 18 anos de idade.
o dever deles de prestar alimentos.
forma liminar ou incidentalmente.
Revogação: a qualquer momento, mediante Pressupõe a prévia decretação da perda ou
Utilizada para casos de tutela e adoção ato judicial fundamentado, ouvido o MP (art. suspensão do poder familiar.
Regra: 35 do ECA).
(exceto adoção internacional).

Para atender situações peculiares ou


Exceção: para suprir a falta dos pais ou Implica o dever de guarda.
responsáveis.
Aplicam-se aos crimes definidos pelo ECA as
normas da Parte Geral do Código Penal, e Aos crimes cometidos contra
quanto ao processo, as normas do Código de crianças e adolescentes,
Processo Penal. independentemente da pena
prevista, não pode ser aplicada a
Lei nº 9.099/1995.

Todos os crimes praticados contra crianças e


adolescentes são de ação pública
incondicionada.
Casos de violência doméstica e familiar: é
vedada a aplicação de penas de cesta básica
Os crimes contra crianças e adolescentes estão ou de outras de prestação pecuniária, bem
previstos nos arts. 228 a 244 do ECA, sem como a substituição de pena que implique o
prejuízo do Código Penal. pagamento isolado de multa.

Crimes em Espécie
Direito à vida e à saúde: art. 228 e 229. Crimes previstos em relação à violência sexual:
arts. 240, 241, 241-A, 241-B, 241-C, 241-D e 241-E.
Família substituta: arts. 237, 238 e 239.
Crime previsto em relação à corrupção de
Produtos e serviços: 242 e 243 e 244. criança e adolescente: art.244-B.

Conselho Tutelar: art. 236.

Direito à liberdade, ao respeito e à Atenção!


dignidade: art. 232. Súm. n° 500 do STJ: A configuração do crime
do art. 244-B do ECA independe da prova da
Ato infracional atribuído a adolescente: efetiva corrupção do menor, por se tratar de
Arts. 230, 231, 234 e 235. delito formal.
Prazo máximo: 03 anos. Desinternação: ocorre após autorização Se o adolescente não tem
judicial, ouvido o Ministério Público (art. condições de arcar com o
Não comporta prazo determinado, mas 121, § 6°). prejuízo, a medida deve ser
sua aplicação deve ser reavaliada a cada substituída por outra que ele
06 meses (art. 121, § 2º do ECA). consiga cumprir.
c) descumprimento reiterado e injustificável
da medida anteriormente imposta.
Sujeita aos princípios da brevidade,
excepcionalidade e respeito à condição b) reiteração no cometimento de outras
peculiar de pessoa em desenvolvimento. Ato infracional que possui reflexos patrimoniais. A
infrações graves; autoridade pode determinar que o adolescente
restitua a coisa, promova o ressarcimento ou
a) ato infracional cometido mediante grave compense o prejuízo causado à vítima (art. 116).
ameaça ou violência;
Medida mais grave.
Obrigação de Reparar o Dano
Internação Hipóteses:

Medidas socioeducativas
em espécie
Prestação de Serviço à Regime de
Comunidade Semiliberdade
Advertência
Pode ser determinada desde logo, ou
Prestação de serviço comunitário, com a Admoestação verbal, a qual deve ser reduzida como forma de transição do adolescente
realização de tarefas gratuitas de interesse a termo. *Admoestação significa conselho, para a medida em meio aberto.
geral. reprimenda, repreensão (art. 115).
Possibilita a realização de atividades externas,
Realizadas junto a entidades assistenciais,
hospitais, escolas, em programas comunitários Liberdade Assistida independentemente de autorização judicial.
ou governamentais.
Atividades obrigatórias:
A autoridade competente designa uma pessoa
Jornada máxima: 08 horas semanais, sem que capacitada para acompanhar o caso,
prejudiquem a frequência escolar ou a jornada auxiliando e orientando o adolescente. Escolarização e profissionalização.
de trabalho.
Prazo mínimo: 06 meses, podendo ser Não possui prazo determinado. No que
As tarefas não podem prorrogada, revogada ou substituída por outra couber, serão aplicados os prazos da medida
ultrapassar seis meses. medida a qualquer tempo. de internação.
Regra Geral

Nenhuma criança ou adolescente até 16 anos de idade pode


viajar para fora da comarca onde reside desacompanhado Nenhuma criança ou adolescente brasileiro poderá sair do Brasil
dos pais ou responsáveis sem expressa autorização judicial. acompanhada de estrangeiro residente no exterior sem prévia
autorização judicial, salvo se o estrangeiro é seu genitor ou se a
criança ou adolescente não tiver nacionalidade brasileira.
Exceções: arts. 83 a 85
Quando solicitado, a autoridade judiciária poderá conceder
autorização com validade de dois anos para viagem.
1. Viagem de criança e adolescente em
comarca contígua, se na mesma unidade da Casos de conflito de interesse dos pais, pai
Federação ou mesma região metropolitana: ou mãe desconhecido ou sem contato.

Pode viajar sozinho, sem autorização.


2. Viagem de adolescente de 16 e 17 anos em
território nacional: Regras de Nos casos dos arts. 83, 84 e 85, se uma empresa
transportar uma criança acompanhada de ascendente,
mas sem a documentação que comprova o

viagem
Pode viajar sozinho, sem autorização. parentesco, incorrerá em ilícito administrativo (art. 251
do ECA).
3. Viagem de criança e adolescente até 16 anos,
no âmbito nacional, fora da comarca, da unidade
de Federação ou mesma região metropolitana:
4. Viagem de criança ou adolescente para o exterior:
Pode viajar sozinho, desacompanhado, com autorização judicial;
Acompanhado de ambos os pais ou responsáveis;
Acompanhado dos pais ou responsáveis;
Se na companhia de um dos pais, o outro deve autorizar
Acompanhado de ascendente ou colateral maior, até terceiro expressamente em documento com firma reconhecida;
grau, comprovado documentalmente o parentesco;
Se na companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no
Acompanhado de pessoa maior, expressamente autorizada pelo exterior, com autorização judicial;
pai, mãe ou responsável;
Se desacompanhada ou em companhia de terceiro maior e
Sozinho, expressamente autorizado por qualquer dos genitores capaz, desde que com autorização dos pais, em documento
ou responsável legal, por meio de escritura pública ou de com firma reconhecida.
documento particular com firma reconhecida.
A autorização com firma reconhecida é dispensada se os
pais estiverem juntos no momento do embarque.
Outros princípios importantes:
I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; incisos do p. ú. do art. 100 do ECA.

II – por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável; São aplicáveis isolada ou cumulativamente;
Podem ser substituídas a qualquer tempo pela
III – em razão de sua conduta. autoridade competente;
Na aplicação da medida, deve ser considerado o seu
Medidas aplicadas às crianças e aos adolescentes sempre caráter pedagógico, observando o fortalecimento dos
que seus direitos reconhecidos forem ameaçados ou vínculos familiares e comunitários.
violados (art. 98 do ECA).
Estão previstas no art. 101 do ECA.

O que são? Rol de medidas

Medidas de Proteção
Medidas que podem ser aplicadas

Encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de Requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em
responsabilidade: sempre que a criança ou adolescente for regime hospitalar ou ambulatorial.
encontrado longe destes.
Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação
Orientação, apoio e acompanhamento temporários. e tratamento a alcoólatras e toxicômanos.

Matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimentos Inclusão em programa de acolhimento familiar: tanto o acolhimento
oficiais de ensino fundamental. institucional quanto o familiar são medidas excepcionais e provisórias
até a reintegração à família ou colocação em família substituta, e não
Inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de implicam privação de liberdade.
proteção, apoio e promoção da família da criança e do
adolescente. Colocação em família substituta: competência exclusiva do Poder
Judiciário.
Acolhimento institucional.

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