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Toda vez que estou envolvido em um projeto para implantação de um sistema de Avaliação de
Desempenho, tenho observado que os membros do time responsável gastam diversas horas
para eleger e definir quais fatores de avaliação deverão ser utilizados para medir aquilo que a
ferramenta se propõe. Até aqui tudo bem, pois estamos tratando aqui, possivelmente, do
maior fator crítico de sucesso de todo o projeto.
Contudo, já me peguei refletindo por mais de uma vez, se mesmo escolhendo e definindo os
fatores corretos o efeito da avaliação seria o mesmo, caso seja utilizado na ferramenta uma
escala de avaliação inadequada. E os questionamentos não param por aqui, pois logo e seguida
uma outra pergunta irritantemente me incomoda: “Será que existe escala de avaliação
adequada ou inadequada”?
Uma escala de avaliação de desempenho tem por objetivo permitir que o avaliador classifique
o desempenho do avaliado a partir de uma régua de desempenho, sendo seu ponto inicial
retratado como muito aquém do esperado e seu oposto extremo como muito além do exigido.
Essa régua, é o que determinamos como ESCALAS DE AVALIAÇÃO e que – por sua vez -, devem
retratar ou mensurar algo e é sobre isso que devemos conversar um pouco mais.
Um dos modelos mais conhecidos é a Escala tipo Likert (criada por Rensis Likert. professor de
sociologia e psicologia e diretor do Instituto de Pesquisas Sociais de Michigan). na qual o
respondente indica uma nota que representa a percepção dele acerca de uma determinada
atitude, ação, comportamento etc. Pode medir a frequência de algo, a concordância ou até
mesmo a expectativa ou satisfação de alguém sobre/ou alguma coisa. Veja abaixo alguns
exemplos:
Concordância: para que o avaliador indique o seu grau de concordância com o que está
descrito no item sobre o avaliado.
Expectativa: para que o avaliador indique o quanto o nível de expectativa sobre determinado
comportamento foi ou não alcançado.
Ainda sobre as discussões no mundo científico, alguns autores sugerem como forma de
minimizar esse problema de ambiguidade a utilização de uma opção “NÃO SE APLICA”, dessa
forma, as questões em que necessariamente um avaliador precise se posicionar, mas não
tenha participação no item de avaliação, essa opção permite que as respostas não fiquem
contaminadas com respostas centrais.
Muitos desses casos são utilizados em ferramentas que adotam cargos pares ou clientes dos
avaliados. Normalmente esse grupo de avaliadores não acompanham com tanta frequência e
profundidade o desempenho do avaliado.
A mensagem principal de tudo que discutimos acima é que todos os avaliadores precisam estar
preparados para avaliar as pessoas, sabendo o que cada fator e grau das escalas significam. Do
contrário corremos o risco dar tratamentos diferentes para pessoas de uma mesma empresa.
Isso pode colocar em dúvida a credibilidade a ferramenta de avaliação
Uma boa dica na utilização desse tipo de escala é a utilização de legendas, ao invés de escalas
numéricas (1, 2 , 3, 4, 5, por exemplo). Os avaliadores tendem a ser mais assertivos com
expressões e seus significados do que com números.
Às vezes: O avaliado as vezes apresenta o comportamento descrito durante a sua rotina, tendo
sido observado com frequência inconsistente.
Esperamos que este artigo, tenha lhe ajudado a atender a necessidade de construirmos
ferramentas de avaliação de desempenho mais adequadas a cada tipo de métrica que
queremos apurar. São diversos modelos existentes no mercado, aqui acima mencionamos
apenas algumas delas, com o intuito de lhe mostrar o quanto de atenção devemos ter quando
estamos envolvidos com um projeto dessa natureza.