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Existem poucos estudos sobre as exigências de Leucina (Leu) em suínos, principalmente porque a Leu não é

considerada deficiente em dietas típicas de suínos. A Valina (Val) e a Isoleucina (Ile) tornam-se limitantes
depois de Lys, Thr, Met e Trp em dietas com proteína reduzida para suínos. A Leucina pode estimular a síntese
proteica no musculo esquelético através da ativação da proteína alvo da rapamicina em mamíferos. Em um
estudo conduzido por Garcia et al. (2015), os autores encontraram que a relação entre Leu: Lys SID para
máximo ganho de peso é representado por um modelo linear segmentado de duas retas. Ou seja, a relação
alcança um ponto máximo de correlação e depois o desempenho diminui com o aumento da relação Leu: Lys.
Analisando o gráfico apresentado pelos autores, dê sua explicação o porquê desse resultado.

A lisina é o primeiro aminoácido limitante para suínos. Nesse estudo, a disponibilidade de lisina é o fator
limitante na dieta com excesso Leucina para os suínos em crescimento. Conforme a quantidade de leucina foi
aumentando, chegando ao ponto máximo, o desempenho dos suínos diminuiu. Assim, a disponibilidade da lisina
explica o baixo ganho de peso diário em porcos alimentados com excesso de Leucina. Então a ingestão e
disponibilidade de lisina devem ser consideradas quando as dietas para os porcos contêm Leucina em excesso.

2. Bikker et al. (2006) avaliando o impacto da relação Treonina: Lisina sobre o GPD e a CA em suínos dos 25
aos 110kg com ou sem 30 ppm salinomicina (+AGP: Promotor de crescimento) observaram as seguintes
respostas no GPD (vide gráfico abaixo). Interprete e discorra sobre os resultados observados e cite 3 outros
aminoácidos que poderiam ter sua demanda aumentada em função da ativação do sistema imunológico.

No trabalho apresentado foi estudado o impacto da relação Treonina: Lisina sobre o ganho de peso diário e a
conversão alimentar em suínos. Os resultados obtidos comprovam o quanto que a treonina tem um papel
fundamental no organismo animal, uma vez que ela é constituinte da síntese de imunoglobulina, de anticorpos e
também da mucina. Nesse trabalho é possível ver a correlação entre a necessidade de ajuste da relação lisina:
treonina em função do desafio que esse animal se encontra. Nele é apresentado duas situações, com o uso ou não
do AGP (promotor de crescimento) visando modular e controlar o desenvolvimento do microbioma patogênico.
No gráfico acima é possível verificar que em uma situação que os autores trabalham com o promotor de
crescimento, não houve resposta do ponto de vista de desempenho e quando eles trabalham com AGP, o nível
mais baixo de treonina observado é exatamente o nível mais recomendado de se trabalhar, justamente porque
estão considerando o efeito do antibiótico atuando no controle do microbioma patogênico. Quanto a conversão
alimentar, quando trabalham com AGP, também não é observado diferença na relação treonina: lisina. Quando
é retirado o promotor consequentemente o desenvolvimento de patógeno deixa de ser prevenido, e então, passa
a ter uma maior necessidade de ajuste visando a ativação do sistema imunológico, e nesse caso a melhor
resposta passa a ser com uma relação de inclusão de 70% em relação a Lisina. O melhor resultado de conversão
alimentar também ocorre quando o nível de inclusão é de 70% em relação a lisina. Com os resultados obtidos, é
possível verificar a importância da treonina para mantença do sistema imunológico. Quando o antibiótico é
retirado da dieta e os animais estão enfrentando um desafio imunológico, é necessário trabalhar com um
conceito diferenciado da relação desses Aas justamente para conseguir atender as exigências desses animais,
isso poque a treonina está diretamente associada com a síntese de imunoglobulina.

3. Após a ingestão de grandes quantidades de proteínas, o intestino e o fígado utilizam a maior parte dos
aminoácidos absorvidos. Já a maior parte dos aminoácidos que entram na circulação periférica após uma dieta
rica em proteínas são aqueles que não são utilizados, ou pouco utilizados, pelo fígado, visto que este possui
baixos níveis de transaminases para estes aminoácidos, e isso o impossibilita de oxidá-los de forma significativa,
por isso eles entram na circulação sistêmica. Esses aminoácidos são captados pelo músculo esquelético e outros
tecidos, que os utilizam principalmente para a síntese proteica. Explique como a utilização de dietas
desbalanceadas na relação proteína: carboidratos podem impactar na eficiência de utilização dos aminoácidos.
Quando há um excesso de proteína bruta em uma dieta consequentemente há também um excesso de Aas
essenciais não suplementados. Quando esses Aas participam de um mesmo grupamento, ex. Aas de cadeia
ramificada, as aminotransferase agem sobre eles por igual, pois eles não possuem uma identificação especifica
para a funcionalidade da aminotransferase sobre qual o aminoácido está em excesso. Consequentemente um
Aas se torna ocasionalmente limitante quando essa situação ocorre no organismo animal.
(COMPLETAR)

4. Descreva as principais etapas (estômago e intestino) do processo de digestão e absorção da proteína ingerida
pelo animal monogástrico citando as principais etapas enzimáticas envolvidas no processo.
A digestão das proteínas tem início no estômago. Quando o alimento ingerido chega até esse, estímulos químicos e
mecanorreceptores enviam sinais, via nervo vago que estimulam a secreção da gastrina pelas células G da mucosa
estomacal. A gastrina atua na mucosa gástrica estimulando células parietais a secretarem HCL. A digestão proteica se
inicia pela ação da pepsina estomacal, que é uma endopeptidase produzida na glândula pilórica que tem sua forma
inativa (pepsinogênio) ativada à pepsina por ação do HCL (pH ideia 2 a 3,5. A pepsina então vai iniciar digestão
gástrica, onde vai ocorrer a quebra da cadeia proteica em polipeptídios a fim de tornar os fragmentos polipeptídicos
mais disponíveis para digestão no intestino delgado. Após o quimo sair do estômago, ocorre a secreção de
enterogastrona pela mucosa do ID, que age inibindo a secreção do HCL. Essa inibição provoca um feedback negativo
levando a produção de somatostatina pelas células D da mucosa intestinal que agem sobre as células G, inibindo a
secreção de gastrina.
No intestino delgado, a digestão ocorre em duas fases: lúmen e mucosa. Na fase luminal, a presença do quimo ácido
promove liberação da secretina, que estimula secreção de fluidos e bicarbonato e a presença do alimento promove a
secreção da colecistoquinina (CCK), que estimula secreção de enzimas pancreáticas. O bicarbonato é liberado no suco
pancreático biliar e age neutralizando o pH da dieta ácida. Ainda no intestino delgado, por ação da enteropeptidase vai
ocorrer a ativação de enzimas proteolíticas, como tripsina, quimiotripsina e carboxipeptidases, que vão hidrolisar a
proteína até liberação dos Aas, que serão absorvidos.
A absorção dos produtos da digestão de proteínas pode se dar na forma de di, tri ou tetrapeptídeos. Parte dos Aas que
chegam no fígado sofrem desaminação (remoção do grupo amino) e entram na via de metabolismo de carboidratos.
Após a absorção dos aminoácidos livres, esses serão utilizados para síntese de glicose, de gordura e entram na via de
metabolismo de CHOs.

5. Com base nos dados apresentados abaixo do estudo conduzido por Maia (2013) descreva porque a relação
Leucina: Lisina afeta a relação Valina: Lisina.

Quando o autor trabalha com a relação de Valina de 77% (o que é preconizado para essa categoria de 14 a 23 dias) e
leucina 107%, o que também é o preconizado, ele obteve um ganho de peso de 630. Porém quando o conteúdo de PB
da ração é aumentado, ou seja, é adicionado uma maior quantidade de Aas essenciais não suplementados, o
metabolismo do animal compete por igual com todos esses Aas, pois não consegue reconhecer quem é quem visto que
compartilham da mesma aminotransferase. Quando a inclusão de Leucina passa para 150% o ganho de peso cai
bruscamente para 609. Isso mostra que o excesso de Leucina tornou a Valina limitante. Uma forma de corrigir seria
aumentar a valina de 77 para 90% e como é mostrado na tabela o desempenho desses animais é recuperado. É possível
concluir claramente que a Leucina regula efetivamente a capacidade de uso da Valina. Ambos os aminoácidos são de
cadeia ramificada e consequentemente compartilham o mesmo processo de aminotransferase, ou seja, não há uma
identificação especifica para a funcionalidade da aminotransferase sobre qual o aminoácido está em excesso. Ela atua
de forma igualitária sobre todos esses.

Realizou-se o fracionamento da fração de três alimentos com objetivo de identificá-los para compor um
proteinado os resultados de análise encontra-se na tabela 1.
tabela 1 estimativa das frações protéicas de três alimentos
considerando apenas o perfil de proteína dos alimentos, qual (is) alimento(s) você indica para formular um
proteinado em cuja composição o alimento energético utilizado fosse o milho? justifique sua indicação

Conforme o gráfico abaixo, o que antecede o início da condição clínica?


a) Aumento do pool circulante.
b) Redução no funcionamento dos sistemas enzimáticos.
c) Capacidade do organismo de manter constante o pool de estocagem.
d) Sistemas enzimáticos em homeostase.
e) Anabolismo intenso, resultando em queda da função dos sistemas enzimáticos.

Observando a imagem abaixo, por que é possível dizer que o cromo auxilia em menor oxidação lipídica e
permite melhor aproveitamento de proteínas?
a) Porque o cromo aumenta a saída de glicose da célula.
b) Porque a insulina é feita de cromo e cobalto.
c) Porque o cromo melhora a utilização da glicose, a qual fica menos disponível para o processo de glicação.
d) O cromo não participa dessa rota metabólica.

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