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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Extensão de Gurué

Licenciatura em Administração Pública

Tema: Desafios do desembolso do fundo de compensação autárquica ( Caso em Estudo-


Conselho Autárquico de Gurué 2018 a 2020)

Jercelea Silvinio Jaime

Gurué, Março de 2021


Tema: Desafios do desembolso do fundo de compensação autárquica ( Caso em Estudo:
Conselho Autárquico de Gurué 2018 a 2020)

Projecto de monografia, que será apresentado na


Universidade Católica de Moçambique, Extensão
de Gurué, como requisito para obtenção do grau
de licenciatura em Administração Publica

Supervisora: Ivânia Viola

Gurué, Março de 2021


Índice
CAPITULO I: INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 3
1.1.Introdução ............................................................................................................................................ 3
1.2. Justificativa do tema ............................................................................................................................ 4
1.3. Problematização .................................................................................................................................. 5
1.4. Objectivos da pesquisa ........................................................................................................................ 6
1.4.1.Objectivo Geral ................................................................................................................................. 7
1.4.2.Objetivos Especifico ......................................................................................................................... 7
1.5. Perguntas de Pesquisa ......................................................................................................................... 8
1.6. Delimitação do Tema .......................................................................................................................... 9
CAPITULO II – Revisão da Literatura .................................................................................................... 10
2.1.1. Definição de conceitos ................................................................................................................... 10
Descentralização ...................................................................................................................................... 10
Autarquias Locais..................................................................................................................................... 10
Gestão....................................................................................................................................................... 10
Gestão de recursos financeiros ................................................................................................................. 11
Recursos financeiros ................................................................................................................................ 11
Autonomia Patrimonial ............................................................................................................................ 11
Descentralização fiscal ............................................................................................................................. 12
Autonomia financeira ............................................................................................................................... 12
Receita Pública......................................................................................................................................... 12
Despesa Pública ....................................................................................................................................... 12
Autonomia Local...................................................................................................................................... 12
Conselho Municipal ................................................................................................................................. 17
Assembleia Municipal.............................................................................................................................. 18
Classificação das Receitas e Despesas das Autarquias Locais................................................................. 18
Competência Própria das Autarquias Locais............................................................................................ 20
Transferências extraordinárias ................................................................................................................. 22
3.2. Desenho da pesquisa ......................................................................................................................... 26
3.8. Orçamento ........................................................................................................................................ 30
Referencias Bibliográficas ...................................................................................................................... 31
CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1.1.Introdução
Esta pesquisa, apresenta uma reflexão sobre os desafios do Desembolso do Fundo de
Compensação Autárquica. A pesquisa será realizada no Conselho Autárquico de Gurué, num
intervalo de tempo compreendido entre 2018 a 2020. E tem como objectivo de analisar os
desafios do Desembolso do Fundo de Compensação Autárquica no Conselho Autárquico de
Gurué e também de perceber o período que leva para o desembolso do fundo de
compensação autárquica.
A escolha deste tema surge como resultado de aspectos observados pela autora ao verificar
vários problemas de pagamentos de salários e ajuda de custos aos funcionários do Conselho
Autárquico de Gurué.

Como metodologias usadas para o alcance dos objectivos deste trabalho, usou-se a pesquisa
bibliográfica para construção do marco teórico referente ao tema e a entrevista na colecta de
dados com os técnicos do Conselho Autárquico de Gurué.

Porém, a presente pesquisa, obedece a seguinte estrutura: Capitulo 1: Introdução, Capitulo 2:


Marco teórica; Capitulo 3: Metodologia.
1.2. Justificativa do tema
A escolha desta pesquisa deve-se pelo facto da autora deparar-se várias vezes com situações
de reclamação de funcionários sobre atrasos de pagamento de salários, falta de material de
escritórios, isto é, referindo-se dos materiais duradouros como: secretarias alguns
computadores, máquina fotocopiadora, impressora, Materiais não duradouros como: Tóner,
resma, canetas, químicos, etc. Pós tendo estes materiais facilitariam o bom funcionamento da
mesma instituição, também com a escolha deste tema há necessidade de adquirir mas
conhecimentos e dar meu contributo sobre a morosidade do desembolso do fundo de
compensação Autárquica.

Por outra o estudo tem a sua relevância para a sociedade porque irá melhorar a prestação de
serviços com vista no desenvolvimento da própria autarquia e dos munícipes em geral. Para
os académicos o estudo poderá servir como fonte de pesquisa e um bom
enquadramento na matéria acima citada Ajudará na aquisição de conhecimentos e levantará
alguns debates a cerca deste assunto. A autora sendo estudante finalista do curso de
administração pública, praticamente frequentou as cadeiras de administração autárquica e
finanças públicas que até
certo ponto abordou assuntos de grande
interesse.

1.3. Problematização
A partir do 4º congresso da Frelimo em 1983, se desenha a descentralização como
uma estratégia de democratização e desenvolvimento do país; Em 1991, na esteira da
Constituição de 1990, é realizado o seminário nacional que recomenda a reforma dos
órgãos locais do Estado.

A descentralização administrativa toma a forma de autarquias locais, através dos então


distritos municipais criados pela lei nº 3/94, de 13 de Setembro, nomeadamente: Maputo,
Beira, Quelimane, Nampula e Pemba; Por razões conjunturais, esses distritos municipais
foram elevados a categoria de municípios nos termos da Lei nº 2/97, de 18 de Fevereiro.

Como se pode entender, na Administração Pública moçambicana as autarquias locais foram


criadas em 1997. Contudo, há que recordar que a sua base constitucional data do texto
constitucional de 1990. O texto constitucional de 2004 retoma e conserva o assunto, e
segundo o nº 2 do artigo 272º, conjugado com o nº 2 do artigo 1º da Lei nº 2/97, de 18 de
Fevereiro, “ as autarquias locais são pessoas colectivas públicas, dotadas de órgãos
representativos próprios, que visam a prossecução, dos interesses das populações respectivas,
sem prejuízo dos interesses nacionais e da participação do Estado.” Entretanto, há que
sublinhar que foi em 1996 que a Assembleia da República aprovou emendas no texto
constitucional de 1990, emendas essas que definem o Poder Local. “ O Poder Local, tem
como objectivo organizar a participação dos cidadãos na solução dos problemas próprios da
sua comunidade e promover o desenvolvimento e o aprofundamento da democracia. Art.º
188º da Constituição de 1990.

A Lei 1/2008 de 16 de Janeiro, no seu capítulo três, faz menção a transferências


orçamentais, no qual o Estado transfere um fundo para suportar as despesas das
Autarquias, designado Fundo de compensação Autárquica. No artigo 43 da referida Lei
diz que Fundo de compensação Autárquica é um fundo destinado a complementar os
recursos orçamentais das autarquias. As Despesas a nível das Autarquias são classificadas em
Despesas Correntes e de Capitais. Nas despesas correntes, que são elas fundo de salários e
Bens e Serviços. Estas Despesas são suportadas pelo Estado através das Transferências
Orçamentais, designado Fundo de Compensação Autárquica. Tendo feita alguma pesquisa
sobre os fundos de compensação autárquica, a autora constatou que houve inúmeras
dificuldades de financiamento por parte do governo ou do estado moçambicano, visto que
algumas actividades encontram-se estacionárias por falta de fundos de funcionamento como
por exemplo; a reabilitação de algumas vias de acessos, até mesmo o pagamento de salário
para os funcionários, compra de bens e pagamento de serviços com água, luz, internet.
De acordo com essas dificuldades encontradas no município de Gurué sobre a demora no
desembolso do Fundo de compensação Autárquica, levanta-se a questão seguinte:

• Até que ponto a morosidade do desembolso do fundo de compensação afecta


no funcionamento do Conselho Autárquico de Gurué?

1.4. Objectivos da pesquisa

1.4.1.Objectivo Geral

•Analisar os desafios no desembolso do fundo de compensação autárquica na


governação local

1.4.2.Objetivos Especifico

• Identificar o período que leva para o desembolso do fundo de compensação autárquica;

• Descrever os procedimentos do desembolso do fundo de compensação autárquica;


• Identificar as consequências que advêm quando o fundo não é desembolsado
dentro desse período;
• Descrever a importância do desembolso do fundo de compensação autárquica.
1.5. Perguntas de Pesquisa
• Quanto tempo leva para o desembolso do fundo de compensação das autarquias locais?
• Quais são os procedimentos para o desembolso do fundo de compensação das
autárquicas locais?
• Quais são as consequências que advêm da morosidade do desembolso do fundo de
compensação das autárquicas locais?
• Qual é a importância do desembolso do fundo de compensação das autarquias locais?

1.6. Delimitação do Tema


A presente pesquisa com o tema desafios do desembolso do fundo de compensação Autárquica,
será realizada no distrito de Gurué, concretamente no conselho municipal, no intervalo de
tempo compreendido entre 2018 a 2020, irá trabalhar com os seguintes conceitos: fundo,
compensação, Autárquica, Descentralização política, Descentralização económica,
Descentralização financeira, poder local. Também sustenta-se com alguns autores como: Gilles
Cistac, 2001; Aguiar Mazula, 1998; e MAE, 1998.Com ajuda desses autores e de alguns
manuais bibliográficos poderei alcançar os meus objectivos.

No âmbito da disciplina, o presente projecto enquadrar-se-á na cadeira de administração


autárquica e finanças públicas. Que são cadeiras do curso de licenciatura em administração
pública.

1.7. Relevância do tema


Assim, realizou-se a presente pesquisa com o intuito de fazer mais uma pesquisa a fim de
colmatar este mal que os funcionários do Conselho Autárquico enfrentam, apesar de existirem
vários estudos relacionados com a tipologia do problema. Portanto, o estudo deste tema
levará `a compreensão das razões que fazem com que haja morosidade no desembolso do Fundo
de Compensação Autárquica.

A pesquisa, tem a sua relevância para a sociedade na medida em que irá melhorar a prestação
de serviços com vista no desenvolvimento da própria autarquia e dos munícipes em geral. Para
os académicos o estudo poderá servir como fonte de pesquisa para o bom enquadramento da
matéria acima citada, que ajudará na aquisição de conhecimentos levantando debates a cerca do
assunto.

CAPITULO II – Revisão da Literatura

Neste capítulo apresenta-se diversas opiniões dos autores que retratam sobre os desafios do
desembolso do fundo de compensação autárquica. Os pontos desenvolvidos neste capítulo são:
Definição de conceitos de Descentralização; Autarquias Locais Gestão; Gestão de recursos
financeiros; Recursos financeiros e Autonomia Patrimonial entre outros aspectos.

2.1. Revisão da Literatura Teórica

2.1.1. Definição de conceitos


Para a compreensão e discussão do problema arrolado neste trabalho, torna-se importante rever
alguns conceitos e teorias que são relevantes para a presente monografia. Neste âmbito, os
conceitos a serem abordados são: descentralização; autarquias locais; gestão, receita pública,
gestão de recursos financeiros, recursos financeiros, autonomia patrimonial, município,
descentralização fiscal, autonomia local, despesa pública. A teoria que vai orientar este trabalho
é essencialmente a institucionaliza.

Descentralização
A descentralização é a organização das actividades da administração central, fora do aparelho
do governo central, através de medidas administrativas e fiscais que permitem a transferência
de responsabilidades e recursos para agentes criados pelos órgãos da administração central e,
medidas políticas que permitem á redistribuição pelo governo central de poderes,
responsabilidades e recursos específicos para as autoridades locais (Faria, 1999).

Autarquias Locais
Segundo Mazula (1998):
Autarquias Locais são pessoas colectivas públicas dotadas de órgãos representativos próprios que visam a
prossecução dos interesses das populações respectivas, sem prejuízo dos interesses nacionais e da
participação do Estado, e são órgãos representativos que facultam as respectivas populações influenciar de
um modo imediato as decisões que lhes dizem respeito (p. 45).

Gestão
Segundo o Dicionário das Ciências Humanas (1972) “Gestão é um conjunto de tarefas que
procuram garantir a afectação eficaz de todos os recursos disponibilizados pela organização a
fim de serem atingidos os objectivos pré-determinados” (p.21).

Gestão de recursos financeiros


Gestão de recursos financeiros é o conjunto de actividades de âmbito financeiro que procuram
assegurar a rentabilidade (relação entre os capitais investidos e os resultados por eles gerados) e
a solidez financeira quer a curto quer, a longo prazo, bem como o financiamento da actividade
e dos investimentos e a aplicação de fundos excedentários (Pereira, 2005).
Recursos financeiros
Recursos financeiros, pode ser entendido como uma forma de investimentos, empréstimos entre
outros, mas sempre visionando a viabilidade dos negócios, que proporcionem não somente o
crescimento, mas também o desenvolvimento e estabilização.
Conselho Municipal
De um modo geral, o Conselho Municipal entende-se como sendo um órgão executivo colegial
do próprio município que tende a exercer os seus poderes a margem de determinadas pela Lei
8/97 de 31 de Maio, a Lei 2/97, de 18 de Fevereiro, a própria Constituição da República e
finalmente a Lei 1/2008 de 16 de Janeiro, que são instrumentos legais que orientam o
funcionamento deste órgão.
Município
Município é uma entidade autónoma porque não está sujeita aos órgãos do Estado, pode tomar
decisões independentes, tem património seu que não pertence ao Estado, faz o seu próprio
orçamento e cobra as suas receitas, seus órgãos são pessoas eleitas pelos cidadãos do local
(Mazula, 1998).
Assembleia Municipal
A Assembleia Municipal é órgão representativo do município dotado de poderes deliberativos.
É constituída por membros eleitos por sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoal e
periódico dos cidadãos eleitores residentes no respectivo círculo eleitoral.
Este órgão funciona em sessões bimensais, num total de cinco secções ordinárias anuais e pode
se reunir em sessões extraordinárias quando existir um imperativo pontual. Quanto a
composição é constituída por três (3) membros, sendo um Presidente, um vice-presidente e um
Secretário.
Autonomia Patrimonial
Autonomia Patrimonial das autarquias é o poder de ter o património próprio (bens, móveis e imóveis,
direitos e acções que a qualquer titulo lhe pertençam ou venham a pertencer), para a prossecução das
atribuições das autoridades locais, gerir e tomar decisões relativas ao património público, o que permitira
com que as autarquias locais exerçam plenamente as suas atribuições (Cistac, 2001).

Descentralização fiscal
A descentralização fiscal são as transferências fiscais decrescentes, das quais escalões
mais altos cedem influência a escalões inferiores em termos de decisões financeiras, ou
seja, aquelas decisões que dizem respeito a modalidade de aquisição, de receitas e
despesas a realizar, bem como, dá aos governos locais alguma autonomia para tomar
decisões financeiras fiscais independentes (Manor, 1998).
Autonomia financeira
Autonomia financeira é o poder das Autarquias locais disporem de receitas próprias, ordenar e
processar as despesas e arrecadar receitas que por lei lhes forem destinadas, recorrer a
empréstimos nos termos da legislação em vigor, elaborar, aprovar, alterar e executar o
orçamento de acordo os planos de actividades (MAE, 1998).
Receita Pública
Receita pública é qualquer recurso obtido durante um dado período financeiro, mediante o qual
o sujeito público pode satisfazer as despesas públicas que estão ao seu cargo (Franco, 1996).
Despesa Pública
Define se Despesa Publica como o conjunto de dispêndios do Estado ou de outra pessoa de
direito público, para o funcionamento dos serviços públicos. Neste sentido, despesa vai ser a
parte do orçamento, ou seja, aquela em que se encontram classificadas todas as autorizações
para gastos com várias atribuições e funções governamentais.
Autonomia Local
Autonomia local é a capacidade que os Governos locais têm para tomar decisões em relação
aos serviços que por eles são oferecidos, sem a interferência do centro, e também é a
capacidade que os Governos locais têm para influenciar políticas nacionais que possam afectar
os seus interesses (Souza, 1998).
Autonomia Local é o direito e a capacidade efectiva de as autarquias locais regulamentarem e
gerirem, nos termos da lei, sob sua responsabilidade e no interesse das respectivas populações,
uma parte importante dos assuntos públicos (Moreira, 1992).
Antes de mais, é importante enfatizar que a teoria institucionalista é aquela que traz
fundamentos que melhor se enquadram nas abordagens desenvolvidas ao longo desta
monografia.
De acordo com Moreira (1992), o institucionalismo é uma teoria na qual enfatiza que a
dinâmica do processo de desenvolvimento é determinada, a partir de um leque de
procedimentos, normas, convenções oficiais, inerentes as mesmas instituições, afectando a
conduta dos diversos actores sociais envolvidos no mesmo processo (p.38).

A teoria institucionalista defende que o Estado, a nível do Governo central deve transferir
(descentralizar) recursos e competências que estavam ao seu domínio para os governos locais
para que estes possam prover serviços com eficiência, criando assim uma interacção entre os
cidadãos, estimulando o desenvolvimento económico das comunidades locais, tais como: o
melhoramento da comunicação, justa distribuição dos recursos, estabilidade, criação de maior
empoderamento e legitimidade aos Governos locais (Totemeyer, 2000).
Assim, pode-se perceber que a teoria institucionalista defende que o Estado, a nível do Governo
a descentralizar recursos e competências que estavam ao seu domínio para as autarquias locais.
Neste âmbito, de acordo com Masalila (1996), a abordagem institucionalista enfatiza que a
criação de instituições dotadas de competências, meios humanos e materiais, garante a
resolução dos problemas, a nível local (p.66).

Para se alcançar o desenvolvimento local é necessário que o Estado descentralize um


leque de funções, recursos e competências que estão ou estavam sob seu controlo para
escalões mas baixos do Governo, com vista a satisfação dos interesses locais. A relação
que se pode estabelecer entre a descentralização e o institucionalismo é que com o
institucionalismo cria-se um conjunto de normas, procedimentos que garantem o
funcionamento de qualquer organização ou instituição, dotando-as de competências e
autonomia suficiente que possam garantir a resolução de problemas das comunidades
locais. Para tal só se pode efectivar quando o Estado transfere um conjunto de tarefas,
recursos financeiros e conceder uma plena autonomia, dando poderes aos órgãos locais
para que possam tomar decisões e resolverem problemas sem a justa participação do
Governo central. Nesta perspectiva, pode-se estabelecer uma relação entre a
descentralização, gestão municipal e desenvolvimento, na medida em que, para que haja
uma efectiva gestão das finanças municipais, o Estado deve transferir competências
financeiras aos órgãos do poder local, porque a descentralização de funções garante a
resolução dos problemas locais com a devida participação das comunidades locais. Com
a teoria institucionalista, o Governo Moçambicano percebe que a descentralização de
funções, recursos e competências do nível central para local, garante às comunidades
locais condições necessárias e adequadas para a tomada de decisões, uma efectiva e
activa participação na elaboração e implementação de planos de desenvolvimento
económico, político e social a nível local para a prossecução das necessidades
específicas e iniciativas próprias (MAE, 1999).

2.2. Revisão da literatura empírica


Manuel Maio Gonçalves da Silva fez uma dissertação em (2017) em Portugal com o tema
central o poder local em Portugal, no período compreendido entre a instauração da democracia
e a atualidade.
A dissertação tem como tema central o poder local em Portugal, no período compreendido
entre a instauração da democracia e a atualidade, assentando nos seguintes temas: modelo de
organização política e administrativa do Estado; regiões administrativas e autarquias locais
(ordenamento do território); administração pública local (governança, democracia local e
políticas públicas).
A dissertação expande o papel do poder local e da administração local no desenvolvimento do
território e das populações locais: governação da administração pública autárquica; autonomia
local e a descentralização política e administrativa; responsabilidade política e administrativa
dos órgãos do poder local; regiões administrativas e autarquias locais no ordenamento do
território, com uma abordagem às regiões e ao processo de referendo realizado em 1998;
autoridades territoriais e as divisões administrativas; reforma do território e da legislação
autárquica; administração pública local, com enfoque na governança da „coisa pública‟, nos
instrumentos afetos à democracia local e nas políticas públicas e seu impacto. Assim, produz-se
um enquadramento sobre o papel das autarquias locais, não só na organização política e
administrativa do território nacional, como na própria evolução estrutural (regional e local).
Objectivos gerais da reforma da administração local.

Metodologias
Sob ponto de vista metodológico a Dissertação assenta na leitura e na revisão bibliográfica de
várias publicações de autores que tem publicado nesta área especializada e do conhecimento
bem como na recolha de produção legislativa e documental certificada. Recorreu se, ainda, a
um trabalho de pesquisa e recolha de outras fontes, particularmente na biblioteca da
universidade Fernando de Pessoa, na biblioteca municipal de porto, na comissão de
coordenação e desenvolvimento da região norte (CCDRN), na secretaria do estado da
administração publica e local (SEAPL) e na Assembleia da república.

Conclusão
A opção do autor pela apresentação desta dissertação para a obtenção do grau de mestre em
Ciência Política e Relações Internacionais – “O poder local e a organização política e
administrativa do Estado português: história, modelos e reformas” – enquadra- se em dois
objetivos: no aprofundamento da experiência recolhida no exercício de cargos autárquicos; e no
Enriquecimento do conhecimento científico sobre o sistema político, administrativo e territorial

do Estado português, particularmente ao nível da administração autárquica e do território.

Com esta dissertação, espera-se poder vir a contribuir para uma observação e avaliação
sobre o que as autarquias locais representam na organização do Estado, no processo de
execução das políticas públicas locais, promotoras da coesão social e territorial. Fez-se um
enquadramento da evolução do poder local e abordou-se o progresso verificado nos últimos
anos, particularmente após o ano de 1974. A pesquisa (literatura e produção legislativa)
permitiu recensear a temática em várias perspetivas: da organização política e administrativa do
Estado; do conceito e princípios da autonomia política e administrativa local; das regiões e da
divisão administrativa; da organização do território; da descentralização administrativa; da
democracia local; do compromisso político e administrativo dos órgãos do poder local; da
reforma da administração local; da governança da „coisa pública‟; e das políticas públicas.
Perante os persistentes desafios que se colocam à organização política e administrativa do
Estado, em que o tema „reforma estrutural‟ permanece na agenda política, a dissertação
pretende abrir pistas para um aprofundamento da temática, particularmente na área da
administração local e das políticas públicas.

Marcos Mendes, Rogério Boueri Miranda, Fernando Blanco Cóssio fizeram um estudo em
(2008) com o tema avaliação das transferências Intergovernamentais vigentes na federação
brasileira e o cumprimento as funções.
O estudo teve como objetivo avaliar se as transferências Intergovernamentais vigentes na
federação brasileira cumprem as funções a que se destinam, avaliar seus pontos positivos e
negativos, e propor aperfeiçoamentos em sua implementação. O Brasil é uma federação que
utiliza intensamente as transferências intergovernamentais. Em 2006, elas somaram 8% do
Produto Interno Bruto (PIB), representando 73% das receitas correntes dos municípios e 26%
das receitas correntes dos estados. Portanto, um bom desenho dessas transferências é um
elemento importante tanto para o equilíbrio fiscal quanto para a qualidade da intervenção do
sector público na economia.

Conclusões
Este estudo procurou fazer um diagnóstico das qualidades e problemas existentes nas
transferências intergovernamentais da Federação brasileira. Cada modalidade de transferência
foi analisada individualmente. A título de conclusão, serão apresentadas as recomendações
formuladas ao longo do texto, porém organizadas de forma a oferecer uma visão geral de uma
nova organização do sistema de transferências, que emergiria da adoção daquelas
recomendações.

As transferências da União para os municípios seriam formadas por:


a) Novo FPM (NFPM);
b) Fundo de Investimento Metropolitano (FINMETRO);
c) Transferências no âmbito do SUS;
d) Transferências para educação.
As transferências da União para os estados seriam formadas por:
a) Fundo de Investimento Estadual (FINEST);
b) Novo FPE (NFPE);
c) Transferências no âmbito do SUS;
d) Transferências para educação.
As transferências dos estados para os municípios poderiam ser “Desconstitucionalizadas”,
ficando a cargo de cada estado organizar o seu próprio sistema, ou poderiam ter um modelo
básico, a partir do qual cada estado criaria a sua variação de acordo com as necessidades
locais. Nesse modelo básico haveria uma única transferência, com características similares às
do Novo FPM.
O Novo FPM (NFPM)
Esse Fundo seria formado pelo maior conjunto possível de tributos federais, abandonando-se a
lógica da partilha de recursos tributo a tributo. Abarcaria, portanto, as atuais transferências de
FPM, IRRF, IPI-Exportação, ITR, IOF-Ouro e CIDE Combustíveis.
Essa providência acabaria com o incentivo, que atualmente tem a União, de criar novos
tributos, não sujeitos a partilhas com estados e municípios. Além disso, seria eliminado o custo
burocrático de se manter diferentes sistemas de partilha com lógicas similares.
O NFPM constituiria uma transferência obrigatória, incondicional e sem contrapartida. O
montante total a ser distribuído deveria ser calibrado de forma a reduzir a participação
relativa desse tipo de transferência no total transferido pela União, com vistas a ampliar os
recursos disponíveis para as demais modalidades de transferência.
Seu objetivo primordial seria a redução do hiato fiscal. Ou seja, os critérios de partilha dos
recursos deverão levar em conta tanto indicadores da capacidade fiscal local (indicadores de
renda e pobreza, e arrecadação estadual e federal no município) quanto os fatores que
pressionam os custos e a demanda por bens e serviços públicos (alta densidade demográfica,
ritmo acelerado de crescimento da população, tamanho absoluto da população e percentual de
população vivendo em área urbana).
A idéia central é carrear os recursos das transferências para os municípios onde será maior a
utilidade marginal dos recursos, seja porque ali faltam verbas para ofertar à população um

16
nível mínimo de serviços públicos, seja porque, apesar de arrecadação ser 105 substancial, a
pressão de demanda (economicamente viável) por bens e serviços públicos é ainda maior. O
impacto sobre a qualidade da gestão, ao se dar prioridade aos bens e serviços públicos de
maior retorno social, é evidente.
Esse tipo de transferência não deve ter preocupação explícita com a redução de desigualdades
regionais e de renda, que podem ser mais bem tratadas por outras modalidades de
transferências.
Para incentivar a gestão eficiente e a responsabilidade fiscal, parte dos recursos do NFPM
seriam entregues a municípios que obtivessem classificação de risco positiva por uma agência
privada de rating. Municípios que não se interessassem em fazer um diagnóstico de sua gestão
para obter esse tipo de classificação teriam essa parcela do NFPM direcionada para outro
grupo de transferências, o grupo de saúde ou de educação, a escolha do município. Ao longo
dos anos, a parcela de transferências distribuída sob a forma de premiação do rating positivo
cresceria, de forma a estimular os municípios a fazer sua avaliação e a melhorar a qualidade de
sua gestão. Esse mecanismo implicaria maior autonomia para os municípios com melhor
qualidade na gestão sem, contudo, reduzir as transferências para os municípios com
administração menos eficiente. Estes últimos teriam seus gastos mais regulamentados e
monitorados, uma vez que a parcela das transferências vinculadas seria maior para eles.

O Fundo de Investimento Metropolitano (FINMETRO)


Esse Fundo teria a mesma base de cálculo do NFPM, e seria destinado a investimentos em
infra-estrutura de interesse de dois ou mais municípios. Os municípios interessados deveriam
aportar contrapartida de recursos para os investimentos. Ao estimular que municípios unam
esforços para realizar investimentos de interesse comum, esse Fundo estimulará a
internalização de externalidades, o comportamento cooperativo e a gestão eficiente dos
recursos públicos ao permitir que sejam realizados investimentos de alto retorno social, que,
sem a adequada coordenação de esforços, não se viabilizariam.
O Fundo poderia viabilizar investimentos conjuntos de municípios fronteiriços que pertençam
a estados distintos e que, por essa característica, têm dificuldades em obter apoio a seus
projetos junto a seus respectivos governos estaduais.

2.3. Revisão da literatura focalizada


Conselho Municipal
De um modo geral, o Conselho Municipal entende-se como sendo um órgão executivo colegial
do próprio município que tende a exercer os seus poderes a margem de determinadas pela Lei
8/97 de 31 de Maio, a Lei 2/97, de 18 de Fevereiro, a própria Constituição da República e

finalmente a Lei 1/2008 de 16 de Janeiro, que são instrumentos legais que orientam o
funcionamento deste órgão.

Assembleia Municipal
A Assembleia Municipal é órgão representativo do município dotado de poderes deliberativos.
É constituída por membros eleitos por sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoal e
periódico dos cidadãos eleitores residentes no respectivo círculo eleitoral.
Este órgão funciona em sessões bimensais, num total de cinco secções ordinárias anuais e pode
se reunir em sessões extraordinárias quando existir um imperativo pontual. Quanto a
composição é constituída por três (3) membros, sendo um Presidente, um vice-presidente e um
Secretário.
Classificação das Receitas e Despesas das Autarquias Locais
O Conselho municipal para realização das despesas e implementação de projectos de
desenvolvimento local deve ter a capacidade de captação de receitas em todas as fontes
disponíveis. Assim, quando a tributação não garante receitas suficientes, não será possível
realizar as despesas e efectivação dos serviços públicos.
A Lei 1/2008 de 16 de Janeiro no seu Artigo 17, constituem receitas próprias das autarquias
locais: O produto da cobrança dos impostos e taxas autárquicas a que se refere a presente Lei;
produto de um percentual de impostos do Estado, que por Lei lhe sejam atribuídos; produto de
cobrança das contribuições especiais que por Lei lhe sejam atribuídas; produto da cobrança de
taxas por licenças concedidas pelos órgãos autárquicos; produto de cobranças de taxas ou
tarifas resultantes da prestação de serviços, produto de multas que por Lei, Regulamento ou
postura, caibam a autarquia local; produto de legados, doações e outras liberalidades;
Quaisquer outras receitas estabelecidas por Lei a favor das autarquias locais.

O sistema de impostos e taxas das autarquias locais, o Artigo 51 da Lei 1/2008 compreende:
• Imposto Pessoal Autárquico;
• Imposto Predial Autárquico;
• Imposto Autárquico de Veículos;
• Imposto Autárquico do Sisa;
• Taxas por licenças concedidas e por actividades económicas;
• Tarifas e taxas pela prestação de serviços.

Quanto a classificação das despesas, o Artigo 21 da Lei 1/2008 define que as despesas das
autarquias locais subdividem-se em duas vertentes diferentes: Despesas de Capital e Despesas
Correntes.
O número 2 do Artigo 21 da mesma Lei, define que são Despesas Correntes aquelas a que se
destinam ao custeio da actividade corrente dos órgãos autárquicos, nomeadamente:
• Fundo para o pagamento dos salários;
• Bens e Serviços.

De acordo com Marques e Matias (1990), as Receitas e as Despesas das autarquias locais
encontram-se repartidas por dois grandes agrupamentos, a saber:
• Receitas Correntes;
• Receitas de Capital;
• Despesas Correntes;
• Despesas de Capital.

As Receitas Correntes são as que aumentam o activo financeiro ou diminuem o património


constituído por bens que não são considerados de investimento.

São exemplo deste tipo de receitas: as taxas, as multas, a venda de serviços, transferências
correntes, rendimento de propriedades, venda de bens duradouros e outras receitas correntes.

As Receitas de Capital são as que aumentam o activo e o passivo financeiro, ou reduzem o


património duradouro.

São exemplo destas receitas: o produto de empréstimos de médio e longo prazo, alienação de
bens duradouros e de investimentos, como os terrenos, venda de bens de investimento,
transferências de capital, activos e passivos financeiros e outras receitas de capital.

Por sua vez, na óptica de Marques e Matias (1990), as Despesas Correntes são as que afectam
o património não duradouro, implicando uma diminuição do activo líquido. São essencialmente
as despesas com o funcionamento dos serviços, isto é, traduzem operações de consumo (p.200).

Estas despesas podem ser as remunerações do pessoal, aquisição de artigos de expediente,


encargo com instalações, bens duradouros, transferências correntes, aquisição de serviços, e
outras despesas correntes.
As Despesas de Capital são as que provocam alterações no património duradouro da autarquia,
traduzem-se assim no enriquecimento deste e contribuem para a formação do capital fixo. Os
bens de capital fixo são bens que permanecem imutáveis durante o processo produtivo.

São exemplos de despesas de capital: investimentos, transferências de capital, activos e


passivos financeiros, aquisição de edifícios, construção de estradas, aquisição de viaturas, e de
maquinarias, etc.

Importa referir que as receitas concebidas as autarquias por lei e que tem a plena autonomia
para colectar e realizar as despesas, nem todas se verificam nos Municípios, uma vez que são
várias as rubricas de receitas a explorar, e a sua capacidade de intervenção, no que concerne a
mobilização destes recursos ainda é bastante reduzida.
Pode constatar-se que a maioria do Municípios não dispõe de capacidades suficientes para
cobrir todas as fontes disponíveis, e como resultado disso este órgão colecta aquilo que
consegue com os meios existentes, mas os mesmos não são suficientes para realização das suas
actividades.

Surge, assim á excessiva dependência, em relação aos recursos financeiros concedidos pelo
Estado.
Competência Própria das Autarquias Locais
O artigo 26 da Lei 1/2008, as competências em matérias de investimento público que, por lei
sejam atribuídas aos diversos níveis da administração, é exercido tendo em conta os objectivos
e os programas de acção constantes nos planos de médio e longo prazo e, ainda, nos termos dos
planos anuais reguladores da actividade da administração central e da administração autárquica.
Neste âmbito, só se pode falar em competência própria das autarquias locais se as mesmas
forem dotadas de autonomia, recursos financeiros e meios próprios que sejam suficientes para
realizar todos os projectos e serviços planificados, o que na realidade não acontece na maioria
dos Municípios.

Portanto, a Lei 1/2008 de 16 de Janeiro, define o regime financeiro, orçamental e patrimonial


das autarquias locais e o sistema tributário autárquico. No seu Artigo 27 refere que é
competência própria das autarquias locais o investimento público nas seguintes áreas: Infra-
estruturas rurais e urbanas; Saneamento básico; Energia; Transportes e comunicações; Cultura
e tempos livres; Educação e ensino; Saúde; Acção social; Gestão ambiental.
Os Municípios não chega a realizar todas as despesas planificadas pela exiguidade de recursos,
o que de algum modo enfraquece a sua capacidade em ter que dar resposta as demandas sociais,

e realização de investimentos em todas as áreas previstas, visando garantir o bem-estar dos


munícipes.

Dependência Financeira em relação as Transferências Fiscais Efectuadas pelo Estado.


As autarquias locais dispõem de receitas próprias e beneficiam-se das receitas provenientes do
Estado. O artigo 43 da Lei 1/2008 de 16 Janeiro, sustenta que as transferências fiscais
efectuadas do Estado para os municípios são: Fundo de Compensação Autárquico (FCA) e o
Fundo de Investimentos de Iniciativa Local (FIIL).

O artigo 43 da Lei 1/2008 de 16 de Janeiro12, o Fundo de Compensação Autárquico é um


objecto de dotação própria inscrita no orçamento do Estado, e corresponde a um valor situado
entre 1,5% e 3% das receitas fiscais realizadas no respectivo ano económico. A distribuição
obedece critérios como: o número de habitantes da correspondente autarquia, área territorial,
índice de desempenho tributário.

O Fundo de Investimento de Iniciativa Local é, um fundo disponibilizado, anualmente, pelo


orçamento do Estado para complementar as receitas municipais e comparticipar nas despesas
relativas ao financiamento de projectos de investimento, e decisão local em complemento dos
recursos próprios das autarquias.
Neste âmbito, os recursos financeiros concedidos pelo Estado via transferências fiscais (FCA)
são ainda insuficientes para os municípios, na medida em que continua enfrentando sérios
problemas em ter de realizar seus investimentos e suas actividades no concernente a
prossecução de bens e serviços. Esta situação revela a tendência do governo central de
perpetuar a dependência dos municípios face a ele para garantir a sua influência e protagonismo
aos territórios autorizados, considerando ainda que mais de 50% das receitas próprias da maior
parte deste município é gasto nas despesas de funcionamento.
O artigo 43 da Lei 1/2008 de 16 de Janeiro 12, o Fundo de Compensação Autárquica é um
fundo destinado a complementar os recursos orçamentais das autarquias. O montante do Fundo
de Compensação Autárquica é objecto de uma dotação própria a inscrever no Orçamento do
Estado e é constituído por 1,5% das receitas fiscais previstas no respectivo ano económico.

Regras de distribuição do Fundo de Compensação Autárquica


O artigo 44 da Lei 1/2008 de 16 de Janeiro 12, a distribuição do Fundo de Compensação
Autárquica, por cada autarquia, a ser inscrita anualmente na Lei Orçamental é determinado pela
aplicação de uma fórmula, que atenda simultaneamente, entre outros, aos seguintes factores: o
número de habitantes da correspondente autarquia; a respectiva área territorial. A fórmula a
que se refere o número anterior é determinada da seguinte forma:
• FCAa = NHa/NHT x 75% FCA + Ata/ATT x 25%FCA

• FCAa - Fundo de Compensação Autárquica para cada Autarquia;

• NHa - Número de Habitantes da Autarquia;


• NHT - Número de Habitantes Total do conjunto das Autarquias;
• FCA - Fundo de Compensação Autárquica;
• Ata - Área Territorial da Autarquia;
• ATT - Área Territorial Total do conjunto das Autarquias.

Portanto, compete aos Ministros que tutelam as autarquias assegurar a correcta aplicação dos
critérios de distribuição a que alude os números anteriores, bem como garantir a
regularidade da efectivação das transferências, para as autarquias locais, das importâncias que
a cada uma delas caibam na dotação do Fundo.

Formas das transferências do Fundo de Compensação Autárquica


O artigo 45 da Lei 1/2008 de 16 de Janeiro 12, Ocorrendo qualquer atraso nos prazos
de aprovação do Orçamento do Estado que obste o conhecimento em tempo oportuno das
dotações do Fundo para esse ano, as transferências a que se refere o número anterior
processam-se transitoriamente com base nos duodécimos correspondentes do ano anterior
procedendo-se, no mês seguinte à aprovação do novo orçamento, os acertos que porventura
sejam necessários.

Desenvolvimento autárquico e investimento público


O artigo 46 da Lei 1/2008 de 16 de Janeiro 12,Compete ao Governo a especial
responsabilidade
de implementar mecanismos operativos de apoio ao desenvolvimento autárquico, devendo os
respectivos princípios e regras orientadoras ser objecto de publicação por decreto do Conselho
de Ministros.

Transferências extraordinárias
O artigo 50 da Lei 1/2008 de 16 de Janeiro 12, não são permitidas quaisquer transferências
extraordinárias sob forma de subsídios ou comparticipações financeiras por parte do Estado,
institutos públicos ou fundos autónomos a favor das autarquias locais, salvo nos casos
especialmente previstos na lei. O Conselho de Ministros pode, não obstante, proceder
excepcionalmente a transferências orçamentais extraordinárias visando a concessão de auxílio
financeiro às autarquias locais nas seguintes circunstâncias: ocorrência de situações de
calamidade pública; resolução de situações graves, que afectem anormalmente a prestação de
serviços públicos indispensáveis.

Portanto, o Conselho de Ministros define, por decreto as condições em que haverá lugar à
concessão de auxílio financeiro nas situações previstas no presente artigo. As
provisões orçamentais a que se refere podem correr por conta da dotação provisional do
Orçamento do Estado.

De acordo com Filipe (2019), com o tema: Descentralização fiscal sem enquadramento no
contexto actual das finanças públicas.

Diz que, o FCA conceptualmente, apresenta os princípios mínimos de um mecanismo de


distribuição equitativo de recursos por ser objetivo (ou seja, tem uma fórmula) e apresentar um
sistema de equalização (ou seja, mecanismo redistributivo para garantir alguma
equidade) baseado no número de habitantes e na área territorial. Contudo, peca por ser
pouco transparente, pois a prática mostra que não obedece aos critérios acima mencionados. E
o objectivo geral: Impacto da descentralização fiscal sem enquadramento no contexto actual
das finanças públicas. A sua Conclusão:

A experiência da descentralização, em Moçambique, através da criação dos municípios


mostra que, até então, tem havido morosidade na transferência efetiva de recursos no
governo central para as autarquias.
Jorge Manuel de Almeida Campino (2001) fez um estudo com o tema Transferências do
governo central para os municípios: Impacto nas despesas e efeitos de igualização

Objectivos da dissertação

Nesta pesquisa pretende-se dar um contributo em três diferentes vertentes para a


literatura sobre as transferências intergovernamentais.

Apresenta-se uma análise teórica e empírica sobre o impacto das transferências estatais no
comportamento dos municípios, utilizando os dados de 275 municípios do continente
português no período de 1989 a 1995.

O contributo teórico é uma clarificação da interdependência paramétrica entre despesas


municipais, rendimento, esforço fiscal e transferências.

O contributo empírico é dado pela estimação dos diferentes parâmetros com o painel de dados
referido.

Nesta dissertação, o objectivo é determinar se existem significativas diferenças de respostas nos


municípios com diferentes situações geográficas e diversas características Socioeconómicas, as
quais serão sintetizadas em estratos de dimensão populacional e em variáveis artificiais
representativas de áreas geográficas agregadas relativamente homogéneas. Esses estratos
populacionais e essas áreas geográficas, que são os distritos continentais, face à característica
económica e geográfica do país, visam consubstanciar as dicotomias e diferenças regionais
existentes.

Metodologia

A unidade de análise objecto deste estudo é o Município porque é, fundamentalmente, a ele


que se têm dirigido as sucessivas Leis de Finanças Locais promulgadas após 1974. Apesar de
as freguesias serem também autarquias, não são objecto de estudo porque não têm
representado mais de 5% dos recursos geridos pelas autarquias locais em Portugal e, porque,
por si próprias, não têm grande grau de autonomia.

No estudo e análise do impacto do sistema de transferências nas despesas municipais, à


semelhança da maioria dos estudos realizados, será utilizada a técnica de regressão
linear, apesar de esta metodologia poder ser criticável, nomeadamente, quando utilizada
para previsão de necessidades. Não obstante, para Magalhães, o modelo de regressão é uma
das técnicas de análise de dados mais utilizada para estabelecer relações em ciências sociais,
sendo a forma de estimação mais apropriada quando um investigador dispõe de uma variável
dependente e métrica que se supõe ser função de um conjunto de variáveis independentes.
Conclusão
Os estudos futuros, considerando que mais pesquisa é necessária na área das finanças públicas
locais, poderão contribuir para analisar outros tipos de efeitos a nível local, como a
possibilidade da resposta assimétrica das despesas face às transferências do governo central
para os municípios, o impacto do comportamento dos burocratas na reacção às subvenções, se
existe um efeito de interacção complementar da despesa anterior na actual ou, ainda, se a
despesa de investimento tem uma resposta diferente da despesa corrente face à existência de
subvenções do governo central.

Nobre de Jesus Varela Canhanga (2009) com o tema Descentralização fiscal, transferências
intergovernamentais e dinâmicas da pobreza nas autarquias locais

O objectivo deste documento é mostrar que a despeito da crença de que com o processo de
descentralização, os governos locais deveriam se autossustentar através de receitas próprias, a
descentralização fiscal e as transferências intergovernamentais desempenham um papel
importante nos esforços de redução da pobreza a nível das autarquias locais. Por isso,
esforços devem ser envidados dos para aumentar o volume das transferências orçamentais e
intergovernamentais para as autarquias locais. Para além destes elementos, as autarquias locais
como entidades autónomas, precisam de conjugar sinergias para assegurarem o sistemático
incremento na arrecadação de receitas próprias e garantirem uma gestão efectiva dos recursos
públicos.

Para tal, em termos metodológicos, o estudo analisa os avanços que estão sendo registados no
quadro normativo que orienta o processo de descentralização democrática e fiscal e suas
implicações no processo de desenvolvimento local. Em seguida, o estudo estabelece a
articulação entre o aumento das competências, funções e atribuições com o volume das
transferências intergovernamentais e a racionalidade na utilização de recursos financeiros.

Para tal, em termos metodológicos, o estudo analisa os avanços que estão sendo registados no
quadro normativo que orienta o processo de descentralização democrática e fiscal e suas
implicações no processo de desenvolvimento local. Em seguida, o estudo estabelece a
articulação entre o aumento das competências, funções e atribuições com o volume das
transferências intergovernamentais e a racionalidade na utilização de recursos financeiros.
Com base nesta articulação de variáveis analíticas, o estudo pretende verificar se existe uma
articulação entre os pressupostos teóricos enunciados na literatura e no quadro normativo que
rege a descentralização fiscal e transferências intergovernamentais com os desafios da redução
da pobreza em Moçambique.

Conclusão
Porém, concluímos que as transferências orçamentais intergovernamentais para as autarquias
não estão a cumprir efectivamente o seu papel como deveriam nos esforços de redução da
pobreza. Entretanto, com base nestes argumentos de natureza institucionalista e nos dados
empíricos, que orientaram esta análise, nossa conclusão mais geral é de que a descentralização
fiscal por si só não é um instrumento catalisador do desenvolvimento económico local e da
redução da pobreza urbana. Um maior comprometimento do Estado evidenciado através do
aumento das transferências orçamentais do governo central para os municípios, a eficiência e
eficácia na aplicação de recursos disponíveis, níveis elevados de execução financeira devem
ser tomados em consideração para garantir que a descentralização fiscal viabilize a melhoria
das condições de vida e o bem-estar das comunidades locais.
CAPITULO III: METODOLOGIAS DA PESQUISA

3.1. Introdução

Na perspectiva de Gil (1999) afirma que :

O método científico é um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos utilizados


para atingir o conhecimento. Para que seja considerado conhecimento científico e
necessária a identificação de passos para sua verificação, ou seja determinar o método
que possibilitou chegar ao conhecimento. A pesquisa qualitativa não procura enumerar e
para ou medir os eventos estudados, nem emprega instrumental estatístico na análise
dos dados, envolve a obtenção de dados descritivos sobre pessoas lugares e processos
interativos pelo contacto Directo do pesquisador com a situação estuda, procurando
compreender os fenómenos.

A pesquisa qualitativa permite ter uma visão mais ampla de um cenário, ou seja, só com
perguntas feitas com profundidade e possível chegar mais próximo do que o cliente (no caso
publico pesquisado) pensa.

Neste capítulo apresenta-se o tipo de pesquisa que e qualitativo, o método usado, o universo, a
amostra, a amostragem e os instrumentos usados na colecta de dados.

3.2. Desenho da pesquisa

Qualquer trabalho científico segue um conjunto de procedimentos normalmente


organizacionais, metodológicos e operacionais. Tomás (2016) que a aplicação do método
científico não é igual em todas as ciências. Pois neste trabalho, ira obedecer se os seguintes
passos a saber; foi elaborado um projecto de pesquisa, que será discutido e aprovado pelo
orientador segundo as normas vigentes na Universidade Católica de Moçambique; no
processo de revisão da literatura foi efectuada com base na consulta de várias fontes
bibliográficas nomeadamente livros,sites,artigos científicos e outros trabalhos (dissertações)
que retratam os assuntos desta memória; Serão aplicados questionários e entrevistas com
vista a obter informações. Depois de obter as informações ou os dados teóricos com os
dados do questionário, farei a sua análise para posteriormente redacção deste trabalho.

Tipo de Pesquisa
Segundo Trivinos (1987) afirma que:

A pesquisa qualitativa e conhecida também como estudo de campo, estudo


qualitativo, interacionismo simbólico, perspectiva interna, interpretativa,
etnometodologica, ecológica, descritiva, observação participante, entrevista
qualitativa, abordagem de estudo de caso, pesquisa participante, pesquisa
fenomenológica, pesquisa-acção, pesquisa naturalista, entrevista em
profundidade, pesquisa qualitativa e fenomenológica, outras…

Quanto aos objectivos (descritiva)


Segundo Silva e Menezes (2000) afirmam que:
A pesquisa quanto aos objectivos pode ser: exploratória, descritiva ou explicativa.
A pesquisa descritiva visa descrever as características de determinada população
ou fenómeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de
técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática.
Assume, em geral, a forma de levantamento.

Quanto aos procedimentos


Segundo Gil (2008), “ Pesquisa bibliográfica e desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos. Não recomenda-se trabalhos oriundos
da internet”.

Segundo Gil (2008) afirma que:


Pesquisa documental e muito parecida com a pesquisa bibliográfica. A diferença
está na natureza das fontes, pois esta forma vale-se de materiais que não
receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem, ser reelaborados
de acordo com os objetos da pesquisa. Além de analisar os documentos de
“primeira mão” (documentos de arquivos, igrejas, sindicatos, instituições etc.),
existem também aqueles que já foram processados, mas podem receber outras
interpretações, como relatórios de empresas, tabelas etc.

3.3. Universo da pesquisa


Segundo Marconi (1991), “ o universo é uma totalidade de indivíduos que têm as mesmas
características conduzidas para um determinado tipo de estudo, isto é, o universo faz menção
do grupo maior, que no entanto, comunica as mesmas ideias e vive num espaço determinado
com o mesmo tipo de cultura”(p. 32).

Para a presente trabalho, o universo será de 360 funcionários sendo 220 homens e 140 mulheres
alocados em diferentes departamentos do Conselho Autárquico de Gurué de acordo com os
dados fornecidos no local em estudo.
3.4. População em Estudo
A palavra “população”, na sua acepção mais comum, representa o conjunto de habitantes de uma
dada região em determinado período. Em estatística, população (ou universo) é o conjunto de
todos os elementos (pessoas ou objetos) cujas propriedades o pesquisador está interessado em
estudar.

A população em estudo serão os funcionários do conselho Municipal da cidade de Gurué.


No presente trabalho usou se uma amostra populacional de um universo de 360 funcionários,
em que 220 são homens e 140 mulheres.

3.5. Processo de Amostragem

A amostra é um subconjunto representativo ou não da população em estudo. Essa


representatividade da amostra, que é uma propriedade altamente desejada em
estatística, ocorre quando ela apresenta as mesmas características gerais da população
da qual foi extraída. A amostragem é a técnica para obter uma amostra de uma
população. A coleta de uma amostra faz-se necessária quando se pretende saber
informações sobre a população em estudo. O levantamento por amostragem apresenta
algumas vantagens em relação ao levantamento de toda a população. A amostragem
implica em custo menor e resultado em menor tempo. Há casos em que só a
amostragem é conveniente, como testes de resistência de materiais. Marconi (2009) -

Tendo em atenção que o que se pretende numa pesquisa qualitativa é a selecção dos
participantes que melhor ajudam ao pesquisador a dar resposta ao problema ou questão da
pesquisa, e não a representatividade da amostra (Creswell, 2003).

E a pesquisa terá como amostra de 10 funcionários do sector de Planificação e Finanças, onde


foram colhidos os dados em relação aos desafios da morosidade do desembolso do fundo de
compensação Autárquica.

A escolha desta amostra justifica-se em função de precisão que se quer atingir dentro das
condições mais favoráveis do universo. Para a presente pesquisa será usada a amostra não
probabilística por acessibilidade ou por conveniência.

Segundo Gil, (2009), é aquele em que o pesquisador escolhe os elementos a que tem acesso,
admitindo que estes, de alguma forma representam o universo.

3.5.1.Tamanho da amostra
Pretende se usar uma amostra de 10 pessoas funcionários do conselho municipal, dentro destes
5 Mulheres e 5 homens.

3.6. Método de colheita de dados

A disponibilidade de informação para o trabalho de pesquisa e obtido de dados primários e de


dados secundários. Os dados primários são aqueles que são obtidos directamente da amostra da
população. Os Dados secundários são aqueles que são obtidos a partir de várias fontes como a
Internet e outras referencias bibliografias. Tomás (2016)

Pois bem para este trabalho também serão obtidos dados primários e secundários.

3.6.1. Colecta de dados primários

Segundo Churchill Jr.e Peter (2000), os dados primários são aqueles colectados especificamente
para o propósito da investigação.

Para esta pesquisa, não iremos deixar fora o contexto de recolha de dados primários, os dados
serão colectados através de entrevistas.

Segundo Lakatos e Marconi (2007) diz:

A entrevista e um encontro entre duas pessoas, afim de que uma delas obtenha informações sobre
determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. Trata-se de um procedimento
utilizado na investigação social, coleta de dados, para ajudar no diagnostico ou no tratamento de um
problema social. Sendo que e um importante instrumento de trabalho em vários campos das ciências
sociais ou de outros sectores de actividades, como o da sociologia, antropologia, psicologia social,
política, serviço social, jornalismo, relações publicas, pesquisa de mercado e outras.

3.6.2. Colecta de dados secundários


A colecta de dados secundários será obtida a partir de várias fontes como a Internet e outras
referências bibliografias.

Segundo Severino (2007) afirma:

A pesquisa bibliográfica e aquela que se realiza, a partir do Registro disponível, decorrentes de pesquisas
anteriores, em que documentos impressos, como livros, artigos, teses, etc. Utilizam-se dados de categorias
teóricas já trabalhadas por outros pesquisadores e devidamente registados. Os textos tornam-se fontes
dos temas a serem pesquisados. O pesquisador trabalha a partir de contribuições dos autores analíticos
constantes dos textos, p.122.
3.7. Cronograma de actividades

O presente projecto está previsto com o tempo de 3 meses, Fevereiro, Março, e Abril
subdivididos em 3 estacões:

Fevereiro Março Abril


Início de organização de Inicio das actividades por E por fim após a recolha de
Material para o trabalho em Questionário entrevisto e Todos dados necessários,
campo, preparação do observação, no âmbito da fazer análise minuciosa de
questionário, entrevista e recolha de dados e análise de dados e seleção dos mesmos,
pedido para entrar na dados primários. avaliação, finalização e
instituição do conselho apresentação de resultados
municipal para o trabalho.

3.8. Orçamento
O presente trabalho esta orçado em:

Material Quantidade Valor


monetário

Canetas 2 20,00 mtn

Resma 1 250,00 mtn

Computador 1 14000,00
mtn

Internet ou recarga 1 1000,00 mtn

Impressão 200 1000,00mtn

Total 16,270,00mtn
Referencias Bibliográficas
Campino. (2001), Transferências do governo central para os municípios, Portugal

Canhanga (2009), Descentralização fiscal, transferências intergovernamentais e dinâmicas da


pobreza nas autarquias locais. Maputo Moçambique: Universidade Eduardo Mondlane.

Faria, (1999), Descentralização e cooperação descentralizada em Moçambique

Filipe, (2019), Descentralização fiscal sem enquadramento no contexto actual das finanças
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Silva, (2017), O poder local e a organização política e administrativa do Estado português;


evolução no regime político democrático vigente, Portugal

Mendes, Miranda., Cosio., (2008), Transferências intergovernamentais no


Brasil: diagnostico e proposta de reforma, Brasília, Brasil,

Gil, (1999), Métodos qualitativo e quantitativo. (3ed), São Paulo, Brasil: atlas Marconi,

M. (1991), fundamentos de metodologia científica, (5ed) São Paulo: Brasil Pereira,

A.S. (2018), Metodologia da pesquisa científica, (1ed), Santa Maria

Mazula, (1998), Descentralização e cooperação descentralizada em Moçambique, (1ed)


Moçambique

Cistac, (2001), Institucionalismo, organização, e problemas do poder local, Maputo:


Moçambique

MAE, (1998), Descentralização e participação local em Moçambique: Uma analise das


experiencias dos conselhos locais no distrito de Magude, 2006-2011, Universidade Eduardo
Mondlane, Maputo, Moçambique.

Masalila, (1996), Analise da planificação descentralizada, sua contribuição no desenvolvimento


dos distritos, Maputo: Moçambique

Manor, (1999), Economia política no debate sobre a reforma da descentralização, Maputo:


Moçambique.
Totemeyer, (2000), Descentralização democrática para o desenvolvimento local.

Moreira, (2019), Proposta de reavaliação do processo de descentralização, Lisboa: Portugal.

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