Você está na página 1de 4

OSTENSIVO DGPM-501

ANEXO AF

PROTOCOLO DE ATUAÇÃO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL EM SITUAÇÕES DE


EMERGÊNCIA E DESASTRE

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

O Protocolo abaixo apresenta uma lista de verificação para orientar a atuação da


Assistência Social frente a uma situação de emergência ou desastre envolvendo uma OM,
especialmente as do setor operativo, considerando ações específicas que devem ser realizadas
antes e depois de um evento adverso.
Vale destacar que as referidas ações não esgotam as possibilidades de intervenção da
Assistência Social, mas sinalizam a importância de algumas atividades que devem ser
desenvolvidas nestas situações.
Fase Ações Relacionadas

Propor atividades de aperfeiçoamento profissional da equipe, como cursos, a


Prevenção e participação em congressos e aquisição de bibliografia específica sobre o
Mitigação tema.
Desenvolver ações socioeducativas para o público das OM assistidas com
vistas a conscientização sobre a gestão integral de riscos.
Realizar o levantamento da rede socioassistencial disponível na MB e extra
MB, próxima à área de atuação do OES, para apoiar no atendimento a
possíveis vítimas.
Solicitar, anualmente, aos ELig das OM assistidas a relação atualizada de sua
respectiva tripulação, com posto/graduação, nome do militar/servidor civil,
Preparação nome e telefones de contato de uma pessoa para ser acionada em caso de
emergência, bem como o grau de parentesco da referida pessoa com o
militar/servidor civil.
Participar de exercícios da MB, ou extra MB, que envolvam a atuação
profissional em situações de ajuda humanitária, apoio às calamidades públicas
ou acidentes em OM.
Resposta Estabelecer contato com os responsáveis pelo apoio à OM atingida de modo a
obter informações claras e objetivas sobre o ocorrido, a situação das vítimas e
a estrutura assistencial disponibilizada e/ou necessária.

OSTENSIVO - AF-1 - REV.7


OSTENSIVO DGPM-501

Integrar a equipe organizada para apoio às vítimas, de acordo com os


procedimentos e níveis de atuação previstos nessa Norma.
Realizar consulta técnica à DASM, sobre a indicação de técnicos de outros OES
disponíveis para compor a equipe de atendimento às vítimas, em caráter de
destaque, caso seja necessário reforço da equipe do OES que iniciará o trabalho.

Realizar um levantamento inicial do número de vítimas e organizar uma estrutura


de atendimento psicossocial imediato para os militares/servidores civis afetados,
bem como para suas famílias, elaborando um Plano de Atendimento adequado à
situação apresentada.

Estabelecer um canal de comunicação com as famílias de modo que a equipe do


OES funcione como interlocutora de informações claras e objetivas sobre o
ocorrido, bem como das ações decorrentes para apoio às vítimas.

Realizar contato com as pessoas indicadas na relação disponibilizada pelo ELig,


para informar sobre o evento adverso ocorrido. No caso de falecimentos, a
comunicação do óbito não cabe aos técnicos da Assistência Social, devendo ser
realizada pela equipe de saúde com apoio do capelão. Ressalta-se que de acordo
com o Termo de Orientação do CRESS /7ª Região – Conselho Regional de
Serviço Social – RJ, “o Assistente Social não possui qualificação técnico-
científica para esclarecer aos familiares e demais usuários sobre a causa mortis
de qualquer paciente – portanto, seria uma ilegalidade atribuir essa tarefa ao
profissional de Serviço Social”. Por analogia, estende-se a referida orientação
para todos os profissionais que compõem a equipe de Assistência Social da MB.
Realizar o acolhimento e apoio imediato às vítimas com vistas a recebê-las e
estabilizá-las.

Realizar a triagem das vítimas, conforme abaixo:


- identificação e recolhimento de informações sobre as vítimas, bem como o
levantamento das respectivas necessidades psicossociais e jurídicas;
- elaboração de um banco de dados com as informações relevantes de cada uma
das vítimas de modo a possibilitar o acompanhamento adequado; e
- priorização do atendimento de grupos de alta vulnerabilidade, como crianças,
gestantes, idosos e pessoas com deficiências.

OSTENSIVO - AF-2 - REV.7


OSTENSIVO DGPM-501

Realizar o atendimento psicossocial às vítimas, viabilizando as seguintes


atividades:
- orientação social e apoio material à recuperação da saúde, moradia, alimentação
e demais necessidades básicas (organização de centros de acolhimento e da
distribuição de medicamentos, roupas, água potável e alimentos);
- suporte psicoemocional a pequenos grupos, favorecendo a escuta cuidadosa de
fatos e sentimentos, o estabelecimento de prioridades e a proposição de
alternativas para enfrentamento das dificuldades vivenciadas;
- apoio psicossocial individual para reconhecimento de vítimas fatais;
- avaliação cuidadosa das reações das pessoas afetadas e atendimento psicológico
individual para casos mais graves que possam implicar na integridade física do
paciente e/ou dos demais assistidos;
- reuniões em grupos para passar orientações e informações relevantes para as
vítimas;
- grupos de conversa para favorecer a organização de tarefas nos abrigos e o
manejo do estresse;
- grupos de apoio a crianças e adolescentes, com aporte de materiais lúdicos
disponíveis;
- orientação jurídica às vítimas;
- coordenação e gerenciamento de contatos junto aos representantes do Poder
Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública e dos Conselhos
Tutelares, visando assegurar a realização do conjunto de ações de proteção
previstas nos Protocolos específicos, no planejamento local e organismos
internacionais; e
- grupos de conversa para suporte psicoemocional à equipe envolvida no
atendimento às vítimas, com vistas ao desenvolvimento do autocuidado e ao
reforço à resiliência grupal.
Solicitar apoio das OM de saúde para viabilizar o encaminhamento tempestivo
dos casos que demandem um atendimento psicológico continuado.
Encaminhar as vítimas que demandem um acompanhamento continuado, para
Recuperação diversas entidades públicas e/ou privadas que poderão auxiliá-los na resolução de
seus problemas.

OSTENSIVO - AF-3 - REV.7


OSTENSIVO DGPM-501

Acompanhar os casos encaminhados e buscar alternativas para resolução das


demandas persistentes.
Realizar grupos de conversa com as pessoas afetadas para favorecer a
continuidade ao apoio no processo de reestruturação do cotidiano dessas pessoas.

OSTENSIVO - AF-4 - REV.7

Você também pode gostar