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SALVADOR-BA
II – DO MÉRITO
A) DA MOLÉSTIA PROFISSIONAL
A função exercida pelo autor na empresa ré, qual seja, auxiliar de
escritório, não possui qualquer relação com sua surdez. Isso é fácil de notar
pelo fato de o autor ter trabalhado no aeroporto de Congonhas por dez anos,
junto à pista de pouso.
A possibilidade de ter adquirido tal moléstia em decorrência dessa
atividade é evidente, tendo em vista os elevados índices de ruído produzidos
na pista de pouso dos aviões, bem como o fato de que, quando a sua
admissão na empresa ré, seu exame médico admissional constatou redução na
sua capacidade auditiva.
Ademais, insta consignar que a empresa ré é totalmente salubre, o que
inviabiliza a aquisição da moléstia profissional alegada. E, nos termos do artigo
927 do Código Civil, somente aquele que causar dano a outrem é obrigado a
repará-lo, o que não ocorre no caso em questão.
Vale ressaltar que cumpre ao autor demonstrar o dano e o nexo causal
entre a atividade profissional exercida e a alegada surdez, o que não foi
comprovado nos autos.
Em sua atividade na empresa ré, o autor não estava à exposição de
ruído contínuo ou excessivo que pudesse gerar o dano arguido, diferentemente
do que ocorria quando trabalhava na pista de pouso de aviões do aeroporto de
Congonhas.
Desta forma, verificada a inexistência de nexo causal entre qualquer
atitude da ré e o dano alegado, a presente demanda deve ser julgada
improcedente nos termos do artigo 269, I, do Código de Processo Civil.
IV – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, é a presente para requerer: