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Plexo braquial ou Paralisia braquial perinatal

(PBP)
&
Torcicolo Congênito
A fisiopatologia envolve uma série de
eventos que ocorrem durante o parto
A funcionalidade do membro será afetada de acordo com o grau da
lesão.

● Lesão Parcial ou leve


Quando apenas a bainha de mielina ao redor dos axônios é lesada,
há um bloqueio na condução nervosa e temporário.
● Lesão Total ou grave
Nas lesões em que ocorrem a ruptura completa do nervo (axônio,
bainha de mielina, perineuro e epineuro).

Manifesta-se nos primeiros momentos de vida, com a adoção de uma


postura típica, no qual leva a um crescimento alterado do membro
afetado, se a recuperação não for rápida. Nesse caso, com o tempo,
surgem contraturas dos tecidos moles, com grave interferência no
equilíbrio e no desenvolvimento de atividades bimanuais
Plexo braquial ou Paralisia braquial perinatal
(PBP)

⬤ Ocorre quando o plexo é lesionado no nascimento


e manifesta-se clinicamente por alterações motora
e sensitiva no MMSS

⬤ Em casos de neurapraxia, os nervos sofrem um


estiramento temporário sem lesões estruturais
permanentes, enquanto em casos mais graves, os
nervos podem ser rompidos ou lacrados.

⬤ É uma rede de nervos que se estende do pescoço


até o braço, controlando os movimentos e
sensações do membro superior.

⬤ É formado pela anastomose dos ramos ventrais


dos nervos C5 a T1, que dão origem a 7 nervos
terminais e 10 ramos colaterais. Essas raízes nervosas se combinam para formar os nervos principais
do plexo braquial que são o nervo Mediano, ulnar e radial!
⬤ É caracterizada por uma lesão parcial (neuropraxia ou axonotmese) ou total
do plexo braquial (neurotmese ou avulsão), causada por uma tração na
cabeça ou no membro superior durante o nascimento.
Epidemiologia
Em torno de 0,4 a 3 para 1.000
nascidos vivos.

Apesar de sua grande


incidência, evidências apontam
uma recuperação completa que
varia entre 70% e 92% das
crianças, a depender do grau
de lesão.

As demais crianças
permanecem com déficit
funcional apresentando
restrições ou dificuldades em
um ou mais domínios da
Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade
e Saúde (CIF).
Manifestações clínicas

● Fraqueza muscular
● Desalinhamento postural
(compensações)
● Assimetria nos movimentos ativos dos
membros superiores
● Dor na mobilização passiva
● Dificuldade de coordenação
● Atrofia/hipotrofia
● Dificuldade nas transferências posturais
com dificuldade em transferir peso
● Dificuldade nas funções do membro
superior (lançamentos, empurrar e
alcançar)

Figura 3. Sinal de Putti. Casos clinicos da Dr Margarida Henriques.


Classicações
Narakas
Ela é dividida em quatro grupos, de acordo com a
gravidade da lesão nervosa.

Paralisia Klumpke C8-T1


● Paralisia baixa- tronco inferior do PB
● Rara (2-5%)
● Déficit de flexão de punho e dos
movimentos de dedos, ausência do reflexo
de preensão, conservação dos músculos do
ombro e cotovelo
● Pior prognóstico
Erb-Duchene C5-C6-C7
● Paralisia alta porção superior e média do PB
● Mais comum (80 a 90% dos casos);
● Membro superior se encontra em adução, rotação
interna, extensão do cotovelo e pronação
● Movimentos de punho e mão estarão conservados
● Sinal clássico- mão em gorjeta
● Os musculos deltóide, rombóides, elevador da
escapula, serratil anterior, supinador do antebraço,
braquial, braquiorradial, supra-espinhoso, bíceps
braquial são inervados por essas raízes e tornam-se
flácidos (RIVERÒN< et al., 1998).

Paralisia total ou Erb


Klumpke- C5-T1
● Paralisia de todo o membro superior
podendo ocorrer dedos em garra e
perda da sensibilidade
● Pode acometer raiz de C4 levando
quadro de desconforto
● Braço encontra-se totalmente flácido
POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS
O Plexo Braquial possui possíveis diagnósticos, em que se observa.

● Assimetria no exame físico, quantidade e qualidade do movimento.


● Limitações: são observadas a fraqueza dos músculos bíceps, deltóide e
rotadores externos do ombro, bem como a um eventual desenvolvimento
de contraturas.
● Rotação externa
● ADM limitada
● Abdução do ombro/ flexão do cotovelo e supinação do antebraço

● Disfunções
● Função motora dos membros superiores
● Postura anormal do membro superior
● Abolição de reflexos profundos naquela região
● Paralisia de músculos
Tratamento
Mobilização
Especialmente para crianças
menores de 6 meses, o uso
Órtese termoplásticas e Terapia de movimento de órteses pode ser iniciado
temporárias induzido por restrição por 22 horas diárias, com
(CIMT) redução gradativa do tempo
de uso segundo a
Órtese sup-ER necessidade individual da
criança, a partir de
& parâmetros como força,
amplitude de movimento e
Gesso Seriado função do membro superior.
Durante todo o processo, é
enfatizada a importância de
exercícios contínuos de
amplitude de movimento pelo
Objetiva o posicionamento menos duas vezes ao dia e
fisiológico, a prevenção de A CIMT utiliza menor tempo diário estimulação sensitivo motora
de terapia. Seus resultados são a
deformidades articulares e melhora do desempenho nas
adequada à idade
a melhora da capacidade atividades bimanuais e do membro
acometido, melhora do movimento
funcional. ativo dos membros superiores e da
funcionalidade.
Torcicolo Congênito (TC)

● Paciente apresenta uma inclinação da


cabeça ipsilateral ao
esternocleidomastoideo contraído e
rotação cervical para o lado
contralateral, podendo ou não estar
presente um nódulo na porção média do
músculo.

● Em consequência a doença, ocorrem


alterações no desenvolvimento da
criança como controle de cabeça,
alcançar algum objeto, engatinhar,
rolar e habilidades de coordenação
bilateral são interrompidas.

Inclinação do tronco
+
Compromisso postural
visual
Etiologia

● Ainda não há um consenso sobre sua etiologia.

● Estudos tentam associar estatisticamente a causa do TC com

1. Trauma no parto;
2. Também há hipóteses relacionadas a redução do aporte
sanguíneo do músculo ECM causadas por obstruções venosas,
isquemias arteriais, bem como o mal posicionamento
intrauterino e hereditariedade;
3. Histórico obstétrico.
Clasificação (nível de severidade)

● Nível 1 - Moderada e detecção precoce


0 a 6m com encurtamento < 15 graus de rotação cervical
● Nível 2 - Moderada e detecção precoce
0 a 6m com encurtamento entre 15 e 30 graus de rotação cervical
● Nível 3 - Grave e detecção precoce
0 a 6m com encurtamento > 30 graus de rotação cervical ou massa no ECM
● Nível 4 - Moderada e detecção tardia
7 a 9m com preferências posturais ou encurtamento < 15 graus de rotação cervical
● Nível 5 - Moderada e detecção tardia
10 a 12m com preferências posturais ou encurtamento < 15 graus de rotação cervical
● Nível 6 - Grave e detecção tardia
7 a 12m com encurtamento > 15 graus de rotação cervical
● Nível 7 - Extrema e detecção tardia
7 a 12m com massa no ECM ou após 12m com encurtamento > 30 graus de rotação cervical
Epidemiologia

● Alteração musculoesquelética
que acomete principalmente
neonatos e lactentes.

● Acometendo 1 a cada 250


nascidos vivos, sendo o
esternocleidomastoideo o
principal músculo envolvido.

● A torcicolo congênita
geralmente se torna evidente
nas primeiras semanas de vida
de um bebê, embora em alguns
casos possa ser notada logo
após o nascimento.
Manifestações clínicas
torcicolo

● Limitações da cervical
● Cabeça inclinada para o lado
do encurtamento do ECOM
● Inclinação ipsilateral da
cabeça
● Assimetria facial
● Rotação do queixo para o lado
oposto

Manifesta-se no período neonatal ou em lactentes.


Em crianças com TC, a cabeça fica inclinada para o lado do músculo
afetado e rodada para o lado oposto.
A sua incidência é de 1:250 recém-nascidos.
POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS
● Avaliação dos movimentos

● Exame fisico

● Disfunções
1. Inclinação da cabeça
2. Rotação da cabeça
3. Dificuldade de movimento
4. Assimetria facial
5. Desenvolvimento motor

● Limitações
1.Restrição de movimento
2. Plagiocefalia posicional
4 Postura inadequada

● Incapacidade
O tecido muscular poder-se-á tornar fibrótico e
hipertrofiado se não for tratado antecipadamente
Tratamento
A abordagem fisioterapêutica consiste em melhorar a flexibilidade do músculo afetado,
orientar aos cuidadores quanto ao posicionamento da cabeça, e estimulação para os movimentos
ativos da cervical e do desenvolvimento neuropsicomotor.
Exercícios de
Estimulação
Shantala alongamento
visual ● Alongando o músculo
● Shantala tecnica que combina toque, a ● Onde a criança terá que esternocleidomastóideo encurtado onde
aplicação de óleo, a massagem e o virar a cabeça para aumenta gradualmente o comprimento do
alongamento suave do corpo do bebê
vê-los. músculo e melhorar a amplitude de
movimento do pescoço.
Educação dos pais
Os pais desempenham um papel importante no acompanhamento do tratamento
e na implementação das recomendações.
O fisioterapeuta fará orientações sobre posições adequadas para dormir,
alimentar-se, brincar e de alongamentos em casa a fim de minimizar a pressão
sobre o músculo encurtado.
Tratamento inovador

RODRIGUES, Bianca; Pagussat, Aline; Chiquetti, Eloá. Efeitos da


Realidade Virtual em Paciente Adulto com Paralisia Braquial
Obstétrica, Uruguaiana, p.567-575, Julho, 2012.

Objetivo
Nessa modalidade, os indivíduos podem
executar tarefas que não são capazes de
realizar com segurança ou de forma
completa em situações reais.
Tratamento inovador

Fonte: Orto&Trauma:Discussões e Complicações. 5 vol. Rio de


Janeiro. Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, 2008.

Os tratamentos propostos para essa


condição incluem observação
cuidadosa, uso de órteses, fisioterapia
domiciliar, alongamento manual e
várias opções cirúrgicas
Fonte: Orto&Trauma:Discussões e Complicações. 5
vol. Rio de Janeiro. Instituto Nacional de
Traumatologia e Ortopedia, 2008.
OBRIGADA!

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888-777-222
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Referências
TUDELLA, Eloísa; FORMIGA, Cibelle Kayenne Martins R. Fisioterapia neuropediátrica:
abordagem biopsicossocial . [Digite o Local da Editora]: Editora Manole, 2021. E-book. ISBN
9786555766059. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555766059/. Acesso em: 07
conjuntos. 2023.

RODRIGUES, Michelle Lopes. A eficácia do tratamento fisioterapêutico no torcicolo


congênito: uma revisão de literatura. 2022.
https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/23975

PAGNOSSIM, Luciane Zanusso et al. Torcicolo congênito: avaliação de dois tratamentos


fisioterapêuticos. Revista Paulista de Pediatria, v. 26, p. 245-250, 2008.
https://www.scielo.br/j/rpp/a/y97HdhF6HJHZD8sX7VCmWZy/

ALMEIDA, C.S; GERZSON, L.R; SILVA, P.R. Cinco tarefas direcionadas nas habilidades
manuais de uma criança com paralisia braquial obstétrica. 2021, 9p. Artigo, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, 2021.

DORNELLES, L.A.C. Tratamento fisioterapêutico de um paciente com lesão obstétrica de


plexo braquial. 2017, 5p. Artigo, Universidade do Vale do Itajaí, 2017.
Componentes
● Driele Souza da Silva Saúde da criança e
● Eduardo Putumujú adolescente
Magalhães
● Raianne Meira Silva
Santos Discente:
● Lara Souza Almeida Ana Maria Argolo
● Vanessa Geyelli Reis
de Novaes
● Vinicius Silva Caires
Araújo

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