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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA CATARINENSE
Campus Camboriú

ALEXANDRE LYSENKO

RELATÓRIO PARCIAL DAS ATIVIDADES DE OBSERVAÇÃO


(prática como componente curricular)

CAMBORIÚ
2023/II
ALEXANDRE LYSENKO

RELATÓRIO PARCIAL DAS ATIVIDADES DE OBSERVAÇÃO


(prática como componente curricular)

Relatório de observações apresentado como


requisito parcial para a obtenção de aprovação
na Disciplina Pesquisa e Processos Educativos
Curso de Licenciatura em Pedagogia do
Instituto Federal Catarinense – IFC - Camboriú.

Professores Orientadores:
Profa.: Idorlene da Silva Hoepers
Profa.: Rosalu Ribeiro Barra Feital
Nogueira

CAMBORIÚ
2023/II
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................04

2 CARACTERIZAÇÃO DOS CAMPOS DE OBSERVAÇÃO .....................05

2.1 EDUCAÇÃO INFANTIL..................................................................................05

2.2 ANOS INICIAIS................................................................................................10

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................15

REFERÊNCIAS ..............................................................................................17
1. INTRODUÇÃO

A observação da educação infantil e dos anos iniciais da educação é fundamental

para criar um elo entre a realidade diádica da sala de aula acadêmica com a realidade fática da

educação em sala de aula.

De maneira que é de suma importância trazer a vivencia prática da docência para o

cotidiano do discente em seu meio acadêmica, servindo de elemento norteador e por que não

fator determinante para a continuidade do curso ou não, haja vista que a realidade fática é

extremamente divergente da realidade acadêmica, que podemos definir claramente como o

“dever ser” – sala de aula acadêmica e o “pode ser “ – sala de aula da docência, fundamental

para a continuidade ou não do curso, poupando recursos importantes, tanto do aluno (tempo)

como da instituição (investimento e infra estrutura).

O objetivo das observações é claro, pois traz a prática cotidiana a teoria

apresentada em sala de aula, de maneira que o acadêmico pode experimentar, mesmo que

brevemente como será a realidade em sala de aula e com isso ditar os seus rumos, continuar

ou não continuar. Continuando, onde atuar? Na sala de aula ou no back-off?

O presente relatório é dividido em três fases, sendo elas: a caracterização dos

campos de observação, descrição da observação da educação infantil, a descrição da

observação dos anos iniciais e conclusão.


2. CARACTERIZAÇÃO DOS CAMPOS DE OBSERVAÇÃO

A presente observação ocorreu junto a rede municipal de ensino do município de


Itapema.
No município de Itapema, situado no belo estado de Santa Catarina, essa importância é
cuidadosamente reconhecida e abraçada, conduzidos a uma jornada pela educação em
Itapema, onde a excelência na qualidade de ensino e o foco na formação dos alunos são as
peças centrais desse processo educacional. Como cenário da educação pública, Itapema ilustra
o esforço contínuo para fornecer uma base sólida para o desenvolvimento das crianças e
jovens, preparando-os para um futuro promissor e sustentável.

2.1 EDUCAÇÃO INFANTIL

2.1.1. Entidade concededora do Estágio de Observação:

O presente estágio foi desenvolvido no Centro Municipal de Educação Infantil


(CMEI) Soldadinho de Chumbo, sito a Rua 119A esquina com Rua 115B, Centro,
Itapema/SC.

2.1.2 Estrutura e rotina

Escola de localização, urbana, cercada com muros de altura mediana, porém com
concertina em seus topos, sem acessibilidade a cadeirantes e piso táctil, conta com Vigilância
e Segurança Privada Armada (VSPA), o qual nos horários de entrada e saída fica a postos no
portão de acesso, não possui câmeras de vigilância.

Na chegado dos alunos a instituição o VSPA e um funcionário da instituição,


geralmente a diretora, acompanha a entrega dos alunos pelos pais, o quais podem levar as
crianças até a porta da sala onde é recebida por um professor ou auxiliar de sala, as crianças
mais velhas, já preferem se despedir dos pais no portão e se dirigirem sozinhas a sua sala,
como a instituição é pequena, a criança não fica fora do campo visual de um responsável.

O sistema de combate a incêndio, compreende na disposição de extintores de incêndio,


rota de saída e mapa de risco, não possui ou não está afixado em local visível o alvará do
Corpo de Bombeiros, e os extintores são do tipo de pó químico AB e estavam dentro da data
de validade.

Possui bebedouro com água filtrada, contudo é ofertado apenas água gelada, não há
indícios de realização da manutenção do equipamento, pois não havia nenhuma ficha de
registro que identificasse as manutenções periódica afixada no mesmo.

Possui uma área destinada a realização das refeições, com três mesas coletivas de oito
lugares cada, próprias para uso infantil, porém não pode ser considerada como refeitório, a
merenda é ofertada, porém uma parcela significativa das crianças preferem não fazer a
refeição com a merenda, e sim com lanches trazidos de casa, porém dependendo do que é
ofertado no dia, as crianças optam por comer, mesmo que parcialmente a refeição ofertada,
nota-se que uma pequena parcela das crianças observadas, aguardam ansiosamente o horário
da merenda, comem e repetem o prato, independente do que é ofertado no dia, as servidoras
da cozinha (merendeiras) já sabem que são e já preparam um prato mais generoso para essas
crianças, e não se furtam e repetir o prato delas.

Possui banheiro coletivos masculino e feminino, com sanitários e louças próprias para
uso infantil, sem exposição de produtos químicos e/ou materiais de limpeza e algumas salas
contam com banheiro internos com chuveiro. A secretaria e a sala da diretoria possuem um
banheiro privativo em comum e existe outro banheiro para uso das professoras e funcionários,
não tive acesso pois se tratava de sanitário de uso exclusivo feminino, no caso de homens,
deve ser usar o sanitário coletivo masculino das crianças ou o sanitário privativo na sala de
aula.

Conta com biblioteca, sala da diretoria, secretária, sala dos professores, pátio coberto
com brinquedos e pátio externo com brinquedos do tipo “playgrond” e plenamente decorada
com as atividades desenvolvidas pelos alunos, não possui laboratório de informática, horta,
plantas, jardins e animas

Possui biblioteca e cantinho de leitura, porém não possui brinquedoteca, porém no


pátio coberto há um bom volume de brinquedos didáticos e comuns e bom estado de
conservação, inclusive com várias unidades do mesmo tipo, para evitar conflitos entre as
crianças.
A escala da limpeza pesada é realizada nos períodos em que não há crianças na
instituição, para evitar o contado das mesmas com produtos de limpeza, durante os turnos
escolares a equipe responsável pela limpeza apenas auxilia em situações pontuais e após a
refeição das crianças. As crianças apenas participam da organização e limpeza da sala de aula
após realizarem alguma atividade que gere resíduos.

A instituição possui rampas de acesso a cadeirantes, porém não tem banheiro


adaptados e nem piso táctil, segundo a diretora, não há alunos regularmente matriculados que
possuem deficiências físicas.

Possui cinco salas de aula de tamanho incompatível com a quantidade de alunos


matriculados, de maneira, que, apesar de não haver previsão legal para determinar o espaço
minimo por aluno e nem a quantidade de alunos por sala, conforme entendimento consolidade
da comunidade docente, chega-se ao número de 1,5 m2 por aluno, dado esse que é objeto de
Projeto de Lei n.º 1.188, de 2019 da Câmara dos Deputados, o qual determina o espaço
minimo de 1,0m2 por aluno, bem como a quantidade máxima de alunos por sala.

As salas possuem Tv e ar-condicionado e é dividida na área de brincar e na parte para


os estudos, com carteiras escolares para uso infantil, em razoável estado de conservação como
um todo.

Possui a média de 20 crianças matriculadas por sala, em uma média de 100 crianças
por turno, contudo, a média ponderada de frequência diária é de apenas 65% dos alunos
matriculados, o que transmite a sensação de que não há uma superlotação da instituição.

2.1.3 Sala de aula e dinâmica professores e alunos

A sala de aula é organizada de maneira que as crianças tenham total acesso aos
materiais didáticos e escolares e brinquedos, elas têm total acesso a tudo dentro da sala de
aula, com exceção de um armário chaveado, onde é guardado materiais restritos as
professoras.
A turma observada possui 18 alunos regularmente matriculados, porém a média diária
é de 12 alunos, sendo 60% meninas e 40% meninos.

A turma observada possui uma professora regente, uma professora complementar e


uma auxiliar de sala, durante o período de observação a turma ficou assistida a maior parte do
tempo pela auxiliar de sala, seguida da professora regente e pela professora complementar, o
planejamento das aulas fica a critério da professora regente, no qual as demais apenas seguem
o designado.

Nota-se pelo fato da professora regente e a auxiliar de sala serem servidoras


temporárias, em regime de contratação ACT, com contrato máximo de dois anos, que não há
um profundo interesse nos alunos, haja vista, que o contrato de trabalho de ambas, estão
próximos do fim, e demostram maior preocupação em se preparam para o novo processo
seletivo e/ou concursos públicos na área de atuação. A professora complementar é servidora
efetiva, que apesar de estar na casa dos trinta anos, já apresentas sinais de esgotamento
inerentes da profissão, que, mesmo que indiretamente isso reflete diretamente nas crianças,
seja pela pouca paciência ou pelos rompantes exagerados com situações corriqueiras.

Em conversas privadas com todas, a professora regente apresentou o maior interesse


pelas crianças, porém na semana da observação veio apenas um dia para a sala de aula, pois
os demais dias estava de atestado, alegou que a incerteza do trabalho temporário acaba
gerando muita insegurança, porém tem gosto pela profissão.

A professora complementar, efetiva no município a cerca de 10 anos, apesar da idade,


já apresenta sinais de extremo cansaço mental, que alega que as férias não são suficientes para
se recuperar e que a política da secretaria de educação do município de Itapema, que remaneja
os professores sem prévio aviso, em muitos casos com critério políticos apenas, acaba
gerando uma carga de estresse desnecessária e isso acaba prejudicando o desempenho em sala
de aula.

Com a auxiliar de classe, ela deixou claro que está ali provisoriamente e apenas pelos
vencimentos, uma vez que não tem interesse em seguir carreira na área, e que apenas se
rematrícula na faculdade de pedagogia para obter o atestado de matrícula no curso, exigência
do município para o desempenho da função de auxiliar de sala e que após ingressar no ofício,
tranca a faculdade.

Causa estranheza a apatia da auxiliar de sala, haja vista que a própria filha frequenta a
sala em que labora, nem esse fato a motiva a interagir com as crianças, a forma que atua é
deixar os alunos complemente à vontade, simplesmente liberando os brinquedos e/ou as
atividades e observar de canto de olho enquanto fica em seu aparelho de celular se tudo está
ok.
Quando a qualificação, a professora regente tem planos de se especializar, mas está
aguardando se aprovada em concurso público, a professora complementar está buscando-se
especializar, porém deixou claro que é para fins meramente de acervo, com o intuito de
majorar a sua remuneração conforme plano de carreira de Prefeitura de Itapema, que
conforme o docente se especializa, há a inclusão de vantagens em seus proventos.

No geral, os alunos são extremamente participativos e com plena interação nas


atividades, inclusive com a exposição dos trabalhos por eles realizados, sendo o ápice do
período escolar o recreio, onde brincam no playground e com os brinquedos das áreas
externas, porém sem interagir com outras turmas.

A turma observada possui um aluno especial, porem nenhuma das três responsáveis
souberam identificar corretamente qual a deficiência do aluno, pois a mãe do mesmo não
trouxe nenhum documento ou laudo, porém é nítido no aulo, pois o mesmo não fala, se
comunica através de grunhidos e que apesar de ter sido direciona a aulas de reforço no contra
turno e acompanhamento com a fonoaudióloga, a mãe não colabora, pois deixa de levar o
menino nas atividades extras, levando o menino somente no período ordinário.

As responsáveis pela sala de aula, conseguem identificar alguns aspectos das


condições socioeconômicas dos alunos, e tenta amenizar a situação, principalmente em
atividades que envolve a compra de materiais ou arrecadação de numerário, em especial no
dia do brinquedo, as quais nunca levam um brinquedo de casa, por simplesmente não terem,
deixam reservados alguns brinquedos novos oriundo de doações e direcionam a ela e depois
deixam levar para a casa.
Nessas crianças, nota-se a inquietação pela hora da merenda, pois vai ser a segunda e
última refeição do dia, por ser tratar do turno vespertino.

Em razão da ausência das professoras e a maior parte do período de observação ser


assistido apenas pela auxiliar de sala e pelo parco tempo de observação, não foi possível
apurar maiores detalhes referente a didática utilizada e com a interação com os pais das
crianças.

2.2 ANOS INICIAIS

2.2.1. Entidade concededora do Estágio de Observação:

O presente estágio foi desenvolvido no Escola Municipal de ensino Básico (EMEB)


Osvaldo dos Reis, sito a Rua 700, nº 790, Várzea, Itapema/SC.

2.2.2 Estrutura e rotina

Escola de localização, urbana, cercada com muros de altura mediana, porém com
concertina em seus topos, com acessibilidade a cadeirantes e piso táctil, conta com Vigilância
e Segurança Privada Armada (VSPA), o qual nos horários de entrada e saída fica a postos no
portão de acesso, não possui câmeras de vigilância.

Na chegado dos alunos a instituição o VSPA e um funcionário da instituição, o zelador


ou algum funcionário da secretários, quando por vezes a vice-diretora, acompanha a entrega
dos alunos pelos pais, o quais somente podem levar até o protão de acesso à instituição, as
crianças mais velhas, já preferem se despedir dos pais no portão e se dirigirem sozinhas a sua
sala, as crianças menores se reúnem no pátio e aguarda a professora para levá-las a sala de
aula.

O sistema de combate a incêndio, compreende na disposição de extintores de incêndio,


rota de saída e mapa de risco, não possui ou não está afixado em local visível o alvará do
Corpo de Bombeiros, e os extintores são do tipo de pó químico AB e estavam dentro da data
de validade, já botão de alarme nos dois andares da escola, além de hidrantes, haja vista que o
prédio é de dois pavimentos.
Possui dois bebedouros de grande volume e quatro menores com água filtrada,
contudo é ofertado apenas água gelada, não há indícios de realização da manutenção do
equipamento, pois não havia nenhuma ficha de registro que identificasse as manutenções
periódica afixada no mesmo.

Possui uma área destinada a realização das refeições, com oito mesas coletivas de oito
lugares cada, próprias para uso infantil, porém não pode ser considerada como refeitório, a
merenda é ofertada, porém uma parcela significativa das crianças preferem não fazer a
refeição com a merenda, e sim com lanches trazidos de casa, porém dependendo do que é
ofertado no dia, as crianças optam por comer, mesmo que parcialmente a refeição ofertada,
nota-se que uma pequena parcela das crianças observadas, aguardam ansiosamente o horário
da merenda, comem e repetem o prato, independente do que é ofertado no dia, as servidoras
da cozinha (merendeiras) já sabem que são e já preparam um prato mais generoso para essas
crianças, e não se furtam e repetir o prato delas.

Possui banheiro coletivos masculino e feminino, com sanitários e louças próprias para
uso infantil, em cada andar, sem exposição de produtos químicos e/ou materiais de limpeza A
secretaria e a sala da diretoria possuem um banheiro privativo em comum e existe outro
banheiro para uso das professoras e funcionárias, existe um banheiro privativo para uso de
professores e funcionários no piso térreo.

Conta com biblioteca, sala da diretoria, secretária, sala dos professores, pátio coberto
com quadra do tipo poliesportiva e pátio externo, possui laboratório de ciências, mas não
possui laboratório de informática, horta, plantas, jardins e animas

A escala da limpeza pesada é realizada nos períodos em que não há crianças na


instituição, para evitar o contado das mesmas com produtos de limpeza, durante os turnos
escolares a equipe responsável pela limpeza apenas auxilia em situações pontuais e após a
refeição das crianças. As crianças apenas participam da organização e limpeza da sala de aula
após realizarem alguma atividade que gere resíduos.
A instituição possui rampas de acesso a cadeirantes, porém não tem banheiro
adaptados e nem piso táctil, segundo a diretora, não há alunos regularmente matriculados que
possuem deficiências físicas.

Possui dez salas de aula de tamanho compatível com a quantidade de alunos


matriculados, no piso superior que é dedicada exclusivamente aos alunos dos anos iniciais e
no piso térreo, mas dez salas de aulas dedicas aos alunos do quinto ao nono ano.

As salas possuem Tv e ar-condicionado, minibiblioteca, armários para a disposição


dos materiais didáticos, com carteiras escolares para uso infantil, em razoável estado de
conservação como um todo.

Possui a média de 26 crianças matriculadas por sala, em uma média de 260 crianças
por turno nos anos iniciais, contudo, a média ponderada de frequência diária é de apenas 84%
dos alunos matriculados, o que transmite a sensação de que não há uma superlotação da
instituição.

2.2.3 Sala de aula e dinâmica professores e alunos

A sala de aula é organizada de maneira que as crianças tenham total acesso aos
materiais didáticos e escolares, elas têm total acesso a tudo dentro da sala de aula, com
exceção de um armário chaveado, onde é guardado materiais restritos as professoras.

A turma observada possui uma professora regente, uma professora complementar e


uma auxiliar de sala, durante o período de observação a turma ficou assistida a maior parte do
tempo pela professora regente, seguida pela professora de educação física, professora de
ciências naturais e pela professora de espanhol, pelo curto tempo do estágio de observação,
não foi possível acompanhar a turma com as demais professoras. O planejamento das aulas
fica a critério da professora regente, no qual as demais apenas seguem o designado.

Nota-se pelo fato da professora regente em regime de contratação ACT, com contrato
máximo de dois anos, que não há um profundo interesse nos alunos, haja vista, que o contrato
de trabalho está próximo do fim, e demostra maior preocupação em se preparam para o novo
processo seletivo e/ou concursos públicos na área de atuação. As demais professoras são
servidoras efetivas, que apesar de estar na casa dos trinta anos, já apresentas sinais de
esgotamento inerentes da profissão, que, mesmo que indiretamente isso reflete diretamente
nas crianças, seja pela pouca paciência ou pelos rompantes exagerados com situações
corriqueiras.

Em conversas privadas com todas, a professora regente apresentou o maior interesse


pelas crianças, porém na semana da observação veio apenas um dia para a sala de aula, pois
os demais dias estava de atestado, alegou que a incerteza do trabalho temporário acaba
gerando muita insegurança, porém tem gosto pela profissão.

As demais professoras, pelo pouco contado, nota-se que estão apenas “surfando a
onda”, onde o objetivo é trabalhar apenas o necessário para se aposentar ou conseguir algo
melhor.

Quando a qualificação, a professora regente tem planos de se especializar, mas está


aguardando se aprovada em concurso público, a professora complementar está buscando-se
especializar, porém deixou claro que é para fins meramente de acervo, com o intuito de
majorar a sua remuneração conforme plano de carreira de Prefeitura de Itapema, que
conforme o docente se especializa, há a inclusão de vantagens em seus proventos.

No geral, os alunos são extremamente participativos e com plena interação nas


atividades, inclusive com a exposição dos trabalhos por eles realizados, sendo o ápice do
período escolar a aula de educação física, que geralmente se acumula com o recreio, onde
brincam umas com as outras, e interagem com as outras turmas.

A turma observada possui um aluno especial, portador do espectro autista, porém foi
aconselhado ele realizar as atividades de forma remota, porém os pais deixam de ir retirar as
atividades para o aluno e não dão a devida importância, o conselho tutelar foi acionado,
porém optou por deixar do jeito que está.

É notório a evolução da turma depois que o aluno autista deixou de frequentá-la, as


avaliações de desempenho das outras crianças melhoraram muito após a saída do aluno,
reflexo da tamanha dedicação que ele exigia das professoras em detrimento dos demais
alunos.
A responsável pela sala de aula, conseguem identificar alguns aspectos das condições
socioeconômicas dos alunos, e tenta amenizar a situação, principalmente em atividades que
envolve a compra de materiais ou arrecadação de numerário.

Nessas crianças, nota-se a inquietação pela hora da merenda, pois vai ser a segunda e
última refeição do dia, por ser tratar do turno vespertino.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O período de estágio de observação, componente obrigatório para a licenciatura


em Pedagogia, proporcionou uma imersão profunda no ambiente escolar, apesar do curto
espaço de tempo para desenvolvê-lo, revelando desafios significativos que afetam a qualidade
do processo educativo. O relato de observações abordou múltiplos aspectos, destacando
pontos cruciais que demandam atenção urgente para o aprimoramento do sistema educacional.

A falta de motivação evidente entre alguns professores emerge como uma barreira
significativa para a criação de um ambiente educacional estimulante. A motivação do corpo
docente é fundamental para o engajamento e aprendizado dos alunos, sendo imperativo buscar
estratégias para revitalizar o entusiasmo pela profissão.

A ineficiência do Conselho Tutelar é um obstáculo adicional, prejudicando a


efetivação de medidas protetivas e de apoio para crianças em situações vulneráveis.
Recomenda-se uma revisão nos processos e na capacitação dos membros do Conselho para
garantir uma atuação mais eficaz na proteção dos direitos das crianças, fato esse observado
também fora do ambiente escolar, haja vista que em razão de minha outra ocupação, também
dependo do Conselho Tutelar para efetivar medidas envolvendo crianças e demonstra
ineficiência, não sendo um caso isolado e sim basicamente o modus operandi dos
conselheiros.

A disparidade entre a demanda de professores e a carência de efetivos, aliada ao


excesso de profissionais temporários, é um fator preocupante que impacta diretamente a
continuidade e estabilidade do ensino. É mister a necessidade de políticas públicas que
incentivem a formação e a contratação de professores efetivos, promovendo a construção de
uma equipe pedagógica mais sólida e comprometida.

A ausência de estrutura física e humana para atender às necessidades específicas


de crianças com deficiências físicas e intelectuais aponta para uma lacuna crítica na inclusão
educacional. Ações imediatas devem ser implementadas para garantir ambientes acessíveis e
profissionais capacitados, assegurando que todas as crianças recebam o suporte necessário
para desenvolver seu potencial.
A situação de crianças sem assistência parental e o desinteresse manifestado por
alguns pais quanto ao processo educacional de seus filhos são desafios que demandam
abordagens multifacetadas. A promoção de estratégias de envolvimento parental, aliada a
iniciativas para sensibilizar a comunidade sobre a importância da participação ativa na
educação, pode ser fundamental para reverter esse cenário.

Concluindo, este estágio de observação proporcionou uma visão crítica e reflexiva


sobre as condições do ambiente escolar. A transformação efetiva exigirá um esforço coletivo,
envolvendo educadores, gestores, comunidade e órgãos governamentais. A busca contínua por
soluções inovadoras e a implementação de políticas educacionais mais eficazes são
imperativas para construir um ambiente escolar que proporcione educação de qualidade e
igualdade de oportunidades a todas as crianças.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil, disponível


em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm, acesso em 15 nov.
2023.
BRASIL. LEI Nº 13.352, de 27 de outubro de 2016. Código Civil, disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13352.htm, acesso em 15
nov. 2023.
BRASIL. LEI Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei das Diretrizes e Bases da Educação,
disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm, acesso em 15 nov. 2023.
SANTA CATARINA. CONSTITUIÇÃO (1989). Constituição do Estado de Santa Catarina,
disponível em: http://leis.alesc.sc.gov.br/html/constituicao_estadual_1989.html, acesso em 15
nov. 2023.
ITAPEMA, Lei Orgânica do Município de Itapema/SC (1990), disponível em:
https://leismunicipais.com.br/lei-organica-itapema-sc, acessado em 15 nov. 2023.
Base de dados do QEdu, atual. 2022, disponível em: https://qedu.org.br/municipio/4208302-
itapema, acesso em 15 nov. 2023.
Base de dado do IBGE, atual. 2023, disponível em.
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/educacao.html, acesso em 15 nov. 2023.

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