Arts.

15 a 40 Consolidação das Leis do Trabalho

II – mediante convênio, por órgãos federais, b) a qualquer tempo, por solicitação do traba- Art. 37. No caso do artigo 36, lavrado o termo
estaduais e municipais da administração direta lhador; de reclamação, determinar‑se‑á a realização de
ou indireta; c) no caso de rescisão contratual; ou diligência para instrução do feito, observado,
III – mediante convênio com serviços notariais d) necessidade de comprovação perante a se for o caso, o disposto no § 2o do artigo 29,
e de registro, sem custos para a administra- Previdência Social. notificando‑se posteriormente o reclamado
ção, garantidas as condições de segurança das § 3o A falta de cumprimento pelo empregador por carta registrada, caso persista a recusa,
informações. do disposto neste artigo acarretará a lavratura para que, em dia e hora previamente designa-
c Parágrafo único com a redação dada pela Lei do auto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, dos, venha prestar esclarecimentos ou efetuar
n 13.874, de 20-9-2019.
o
que deverá, de ofício, comunicar a falta de as devidas anotações na Carteira de Trabalho e
Art. 15. Os procedimentos para emissão da anotação ao órgão competente, para o fim de Previdência Social ou sua entrega.
CTPS ao interessado serão estabelecidos pelo instaurar o processo de anotação. Parágrafo único. Não comparecendo o re-
Ministério da Economia em regulamento c §§ 2o e 3o com a redação dada pela Lei no 7.855, de clamado, lavrar‑se‑á termo de ausência, sendo
próprio, privilegiada a emissão em formato 24-10-1989. considerado revel e confesso sobre os termos
eletrônico. § 4o É vedado ao empregador efetuar anota- da reclamação feita, devendo as anotações ser
c Artigo com a redação dada pela Lei n 13.874, de ções desabonadoras à conduta do emprega-
o efetuadas por despacho da autoridade que te-
20-9-2019. do em sua Carteira de Trabalho e Previdência nha processado a reclamação.
Art. 16. A CTPS terá como identificação única Social. c Arts. 36 e 37 com a redação dada pelo Dec.‑lei
do empregado o número de inscrição no Ca- § 5 o O descumprimento do disposto no § 4 o no 229, de 28-2-1967.
dastro de Pessoas Físicas (CPF). deste artigo submeterá o empregador ao pa- Art. 38. Comparecendo o empregador e re-
c Caput com a redação dada pela Lei no 13.874, de gamento de multa prevista no art. 52 deste cusando‑se a fazer as anotações reclamadas,
20-9-2019. Capítulo. será lavrado um termo de comparecimento,
I a IV – Revogados. Lei n o 13.874, de c §§ 4 o e 5 o acrescidos pela Lei n o 10.270, de que deverá conter, entre outras indicações, o
20-9-2019. lugar, o dia e hora de sua lavratura, o nome e a
29-8-2001.
residência do empregador, assegurando‑se‑lhe
Parágrafo único. Revogado. Lei n o 13.874, c Súm. n 12 do TST.
o
o prazo de quarenta e oito horas, a contar do
de 20-9-2019. § 6 A comunicação pelo trabalhador do núme-
o
termo, para apresentar defesa.
Art. 17. Revogado. Lei n o 13.874, de ro de inscrição no CPF ao empregador equivale Parágrafo único. Findo o prazo para a defe-
20-9-2019. à apresentação da CTPS em meio digital, dis-
sa, subirá o processo à autoridade administra-
Arts. 18 e 19. Revogados. Lei n o 7.855, de pensado o empregador da emissão de recibo. tiva de primeira instância, para se ordenarem
24-10-1989. § 7o Os registros eletrônicos gerados pelo em- diligências, que completem a instrução do
Arts. 20 e 21. Revogados. Lei no 13.874, de pregador nos sistemas informatizados da CTPS feito, ou para julgamento, se o caso estiver
20-9-2019. em meio digital equivalem às anotações a que suficientemente esclarecido.
se refere esta Lei. Art. 39. Verificando‑se que as alegações feitas
Arts. 22 a 24. Revogados. Dec.‑lei n 926, de
o

10-10-1969. § 8o O trabalhador deverá ter acesso às infor- pelo reclamado versam sobre a não existência
mações da sua CTPS no prazo de até 48 (qua- de relação de emprego, ou sendo impossível
Seção III renta e oito) horas a partir de sua anotação. verificar essa condição pelos meios administra-
DA ENTREGA DAS CARTEIRAS DE c §§ 6 o a 8 o acrescidos pela Lei n o 13.874, de tivos, será o processo encaminhado à Justiça
TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL 20-9-2019. do Trabalho, ficando, nesse caso, sobrestado
Arts. 25 e 26. Revogados. Lei no 13.874, de Art. 29‑A. O empregador que infringir o o julgamento do auto de infração que houver
20-9-2019. disposto no caput e no § 1 o do art. 29 desta sido lavrado.
Arts. 27 e 28. Revogados. Lei n o 7.855, de Consolidação ficará sujeito a multa no valor § 1o Se não houver acordo, a Junta de Concilia-
24-10-1989. de R$ 3.000,00 (três mil reais) por empregado ção e Julgamento, em sua sentença ordenará
prejudicado, acrescido de igual valor em cada que a Secretaria efetue as devidas anotações
Seção IV reincidência. uma vez transitada em julgado, e faça a comu-
DAS ANOTAÇÕES nicação à autoridade competente para o fim
§ 1o No caso de microempresa ou de empre-
Art. 29. O empregador terá o prazo de 5 (cin- sa de pequeno porte, o valor final da multa de aplicar a multa cabível.
co) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aplicada será de R$ 800,00 (oitocentos reais) c EC no 24, de 9-12-1999, alterou a denominação das
aos trabalhadores que admitir, a data de ad- por empregado prejudicado. Juntas de Conciliação e Julgamento para Varas do
missão, a remuneração e as condições espe- Trabalho e extinguiu a representação classista na
§ 2 o A infração de que trata o caput deste Justiça do Trabalho.
ciais, se houver, facultada a adoção de sistema artigo constitui exceção ao critério da dupla
manual, mecânico ou eletrônico, conforme § 2o Igual procedimento observar‑se‑á no caso
visita. de processo trabalhista de qualquer natureza,
instruções a serem expedidas pelo Ministério
da Economia. Art. 29‑B. Na hipótese de não serem rea- quando for verificada a falta de anotações na
c Caput com a redação dada pela Lei no 13.874, de
lizadas as anotações a que se refere o § 2 o Carteira de Trabalho e Previdência Social, de-
20-9-2019. do art. 29 desta Consolidação, o empre- vendo o Juiz, nesta hipótese, mandar proceder,
c Art. 203, § 1o, II, do CP. gador ficará sujeito a multa no valor de desde logo, àquelas sobre as quais não houver
c R$ 600,00 (seiscentos reais) por empregado
Art. 14‑A da Lei no 5.889, de 8-6-1973 (Lei do Tra- controvérsia.
balho Rural). prejudicado. c Art. 39 com a redação dada pelo Dec.‑lei no 229, de
c Port. do MTPrev no 671, de 8-11-2021, regulamen- c Arts. 29‑A e 29‑B acrescidos pela Lei no 14.438, de 28-2-1967.
ta disposições relativas à legislação trabalhista, 24-8-2022.
à inspeção do trabalho, às políticas públicas e às Seção VI
relações de trabalho.
Arts. 30 a 34. Revogados. Lei no 13.874, de DO VALOR DAS ANOTAÇÕES
Súm. no 225 do STF. 20-9-2019.
c Art. 40. A CTPS regularmente emitida e ano-
c Súm. no 12 do TST. Art. 35. Revogado. Lei n 6.533, de 24-5-1978. tada servirá de prova:
o

§ 1o As anotações concernentes à remunera- Seção V
ção devem especificar o salário, qualquer que
seja sua forma de pagamento, seja ele em di-
nheiro ou em utilidades, bem como a estima-
tiva da gorjeta.
c § 1 o com a redação dada pelo Dec.‑lei n o 229, de
28-2-1967.
§ 2 o As anotações na Carteira de Trabalho e recer, pessoalmente ou por intermédio de seu
Previdência Social serão feitas:
a) na data‑base;
DAS RECLAMAÇÕES POR FALTA
OU RECUSA DE ANOTAÇÃO
Art. 36. Recusando‑se a empresa a fazer as
anotações a que se refere o artigo 29 ou a
devolver a Carteira de Trabalho e Previdência
Social recebida, poderá o empregado compa-
sindicato, perante a Delegacia Regional ou ór-
gão autorizado, para apresentar reclamação.
c Caput com a redação dada pela Lei no 13.874, de
20-9-2019.
c Súm. no 225 do STF.
I – nos casos de dissídio na Justiça do Trabalho
entre a empresa e o empregado por motivo de
salário, férias ou tempo de serviço;
c Inciso I com a redação dada pelo Dec.‑lei no 229, de
28-2-1967.
c Súm. no 12 do TST.
II – Revogado. Lei no 13.874, de 20-9-2019;

732
Lei no 6.385/1976
Seção II
NEGOCIAÇÃO NA BOLSA E NO nha acesso à informação relevante.
MERCADO DE BALCÃO c Artigo com a redação dada pelo Decreto no 3.995, Art. 24. A prestação de serviços de cus-
Art. 21. A Comissão de Valores Mobiliários
manterá, além do registro de que trata o ar‑
tigo 19:
I – o registro para negociação na Bolsa;
II – o registro para negociação no mercado de
balcão, organizado ou não.
c Inciso II com a redação dada pela Lei no 9.457, de
5-5-1997.
§ 1o Somente os valores mobiliários emitidos
por companhia registrada nos termos deste
artigo podem ser negociados na Bolsa e no
mercado de balcão.
§ 2 o O registro do artigo 19 importa regis‑
tro para o mercado de balcão, mas não para
a Bolsa ou entidade de mercado de balcão
organizado.
§ 3o São atividades do mercado de balcão não
organizado as realizadas com a participação
das empresas ou profissionais indicados no
artigo 15, incisos I, II e III, ou nos seus estabe‑
lecimentos, excluídas as operações efetuadas
em Bolsas ou em sistemas administrados por
entidades de balcão organizado.
§ 4o Cada Bolsa de Valores ou entidade de mer‑
cado de balcão organizado poderá estabelecer
requisitos próprios para que os valores sejam
admitidos à negociação no seu recinto ou sis‑
tema, mediante prévia aprovação da Comissão
de Valores Mobiliários.
§ 5o O mercado de balcão organizado será ad‑
ministrado por entidades cujo funcionamento
dependerá de autorização da Comissão de Va‑
lores Mobiliários, que expedirá normas gerais
sobre:
I – condições de constituição e extinção, for‑
ma jurídica, órgãos de administração e seu
preenchimento;
II – exercício do poder disciplinar pelas entida‑
des, sobre os seus participantes ou membros,
imposição de penas e casos de exclusão;
III – requisitos ou condições de admissão
quanto à idoneidade, capacidade financeira
e habilitação técnica dos administradores e
representantes das sociedades participantes
ou membros;
IV – administração das entidades, emolumen‑
tos, comissões e quaisquer outros custos co‑
brados pelas entidades ou seus participantes
ou membros, quando for o caso.
c §§ 2o a 5o com a redação dada pela Lei no 9.457, de
5-5-1997.
§ 6o Compete à Comissão expedir normas para
a execução do disposto neste artigo, especi‑
ficando:
I – casos em que os registros podem ser dispen‑
sados, recusados, suspensos ou cancelados;
II – informações e documentos que devam ser
apresentados pela companhia para a obtenção
do registro, e seu procedimento;
III – casos em que os valores mobiliários po‑
derão ser negociados simultaneamente nos
mercados de bolsa e de balcão, organizado
ou não.
c Inciso III acrescido pela Lei no 9.457, de 5-5-1997.
Art. 21‑A. A Comissão de Valores Mobiliários
poderá expedir normas aplicáveis à natureza
das informações mínimas e à periodicidade de
978
sua apresentação por qualquer pessoa que te‑ na gestão de carteiras e sua remuneração, ob‑
servado o disposto no artigo 8o, IV.
de 31-10-2001.
tódia de valores mobiliários está sujeita à
CAPÍTULO V autorização prévia da Comissão de Valores
DAS COMPANHIAS ABERTAS Mobiliários.
Art. 22. Considera‑se aberta a companhia c Caput com a redação dada pela Lei no 14.430, de
cujos valores mobiliários estejam admitidos à 3-8-2022.
negociação na Bolsa ou no mercado de balcão. Parágrafo único. Considera‑se custódia de
c Art. 1 o, § 2 o, da Lei n o 10.198, de 14-2-2001, que valores mobiliários o depósito para guarda, re‑
dispõe sobre a regulação, fiscalização e supervi-
cebimento de dividendos e bonificações, res‑
são dos mercados de títulos ou contratos de inves-
gate, amortização ou reembolso, e exercício de
timentos coletivo.
§ 1o Compete à Comissão de Valores Mobiliá‑ direitos de subscrição, sem que o depositário,
rios expedir normas aplicáveis às companhias tenha poderes, salvo autorização expressa do
abertas sobre: depositante em cada caso, para alienar os va‑
lores mobiliários depositados ou reaplicar as
I – a natureza das informações que devam di‑
vulgar e a periodicidade da divulgação; importâncias recebidas.
II – relatório da administração e demonstra‑ Art. 25. Salvo mandato expresso com prazo
ções financeiras; não superior a um ano, o administrador de car‑
III – a compra de ações emitidas pela pró‑ teira e o depositário de valores mobiliários não
pria companhia e a alienação das ações em podem exercer o direito de voto que couber
tesouraria; às ações sob sua administração ou custódia.
IV – padrões de contabilidade, relatórios e pa‑
receres de auditores independentes; CAPÍTULO VII
V – informações que devam ser prestadas por DOS AUDITORES INDEPENDENTES,
administradores, membros do conselho fiscal, CONSULTORES E ANALISTAS
acionistas controladores e minoritários, relati‑ DE VALORES MOBILIÁRIOS
vas à compra, permuta ou venda de valores
mobiliários emitidas pela companhia e por so‑ Art. 26. Somente as empresas de auditoria
ciedades controladas ou controladoras; contábil ou auditores contábeis independen‑
VI – a divulgação de deliberações da assem‑ tes, registrados na Comissão de Valores Mobi‑
bleia‑geral e dos órgãos de administração da liários, poderão auditar, para os efeitos desta
companhia, ou de fatos relevantes ocorridos Lei, as demonstrações financeiras de compa‑
nos seus negócios, que possam influir, de nhias abertas e das instituições, sociedades ou
modo ponderável, na decisão dos investidores empresas que integram o sistema de distribui‑
do mercado, de vender ou comprar valores ção e intermediação de valores mobiliários.
mobiliários emitidos pela companhia;
VII – a realização, pelas companhias abertas § 1 A Comissão estabelecerá as condições
o
com ações admitidas à negociação em bolsa para o registro e o seu procedimento, e de‑
ou no mercado de balcão organizado, de re‑ finirá os casos em que poderá ser recusado,
uniões anuais com seus acionistas e agentes suspenso ou cancelado.
do mercado de valores mobiliários, no local de § 2o As empresas de auditoria contábil ou au‑
maior negociação dos títulos da companhia no ditores contábeis independentes responderão,
ano anterior, para a divulgação de informações
civilmente, pelos prejuízos que causarem a ter‑
quanto à respectiva situação econômico‑finan‑
ceira, projeções de resultados e resposta aos ceiros em virtude de culpa ou dolo no exercício
esclarecimentos que lhes forem solicitados; das funções previstas neste artigo.
VIII – as demais matérias previstas em lei. § 3 o Sem prejuízo do disposto no parágrafo
§ 2o As normas editadas pela Comissão de Va‑ precedente, as empresas de auditoria contá‑
lores Mobiliários em relação ao disposto nos bil ou os auditores contábeis independentes
incisos II e IV do § 1o aplicam‑se às instituições responderão administrativamente, perante o
financeiras e demais entidades autorizadas a Banco Central do Brasil, pelos atos praticados
funcionar pelo Banco Central do Brasil, no que ou omissões em que houverem incorrido no
não forem conflitantes com as normas por ele desempenho das atividades de auditoria de
baixadas. instituições financeiras e demais instituições
c §§ 1o e 2o com a redação dada pelo Dec. n o 3.995, autorizadas a funcionar pelo Banco Central
de 31-10-2001.
do Brasil.
CAPÍTULO VI c § 3o acrescido pela Lei n o 9.447, de 14-3-1997.
DA ADMINISTRAÇÃO DE CARTEIRAS E
§ 4o Revogado. Lei no 13.506, de 13-11-2017.
CUSTÓDIA DE VALORES MOBILIÁRIOS
§ 5o VETADO. Lei no 10.303, de 31-10-2001.
Art. 23. O exercício profissional da adminis‑
tração de carteiras de valores mobiliários de Art. 27. A Comissão poderá fixar normas so‑
outras pessoas está sujeito à autorização pré‑ bre o exercício das atividades de consultor e
via da Comissão. analista de valores mobiliários.
§ 1o O disposto neste artigo se aplica à gestão CAPÍTULO VII‑A
profissional e recursos ou valores mobiliários
DO COMITÊ DE PADRÕES CONTÁBEIS
entregues ao administrador, com autorização
para que este compre ou venda valores mobi‑ c Capítulo VII‑A acrescido pela Lei n o 10.303, de
liários por conta do comitente. 31-10-2001.
§ 2o Compete à Comissão estabelecer as nor‑ Arts. 27‑A e 27‑B. VETADOS. Lei no 10.303,
mas a serem observadas pelos administradores de 31-10-2001.
 Lei no 6.404/1976
Art. 290. A indenização por perdas e danos § 4 o Na hipótese de omissão do estatuto a) elaboração das demonstrações financeiras,
em ações com fundamento nesta Lei será cor- quanto à distribuição de dividendos, estes que serão observadas pelas companhias
rigida monetariamente até o trimestre civil em serão estabelecidos livremente pela assem- existentes a partir do exercício social que
que for efetivamente liquidada. bleia‑geral, hipótese em que não se aplicará se iniciar após 1o de janeiro de 1978;
c Lei n o 6.899, de 8-4-1981, determina a aplicação o disposto no art. 202 desta Lei, desde que b) a apresentação, nas demonstrações finan-
da correção monetária nos débitos oriundos de não seja prejudicado o direito dos acionistas ceiras, de valores do exercício anterior (ar-
decisão judicial. preferenciais de receber os dividendos fixos tigo 176, § 1o), que será obrigatória a partir
Art. 291. A Comissão de Valores Mobiliários ou mínimos a que tenham prioridade. do balanço do exercício social subsequente
poderá reduzir, mediante fixação de escala em § 5o Ato do Ministro de Estado da Economia ao referido na alínea anterior;
função do valor do capital social, a porcenta- disciplinará o disposto neste artigo. c) elaboração e publicação de demonstrações
gem mínima aplicável às companhias abertas, c §§ 4o e 5o acrescidos pela LC no 182, de 1o-6-2021. financeiras consolidadas, que somente se-
estabelecida no artigo 105; na alínea c do rão obrigatórias para os exercícios iniciados
parágrafo único do artigo 123; no caput do Art. 294‑A. A Comissão de Valores Mobi- a partir de 1o de janeiro de 1978.
artigo 141; no § 1o do artigo 157; no § 4o do liários regulamentará as condições facilita- § 2 o A participação dos administradores nos
artigo 159; no § 2o do artigo 161; no § 6o do das para o acesso de companhias de menor lucros sociais continuará a regular‑se pelas dis-
artigo 163; na alínea a do § 1o do artigo 246; porte ao mercado de capitais, e será permi- posições legais e estatutárias, em vigor, apli-
e no artigo 277. tido dispensar ou modular a observância ao cando‑se o disposto nos §§ 1o e 2o do artigo
disposto: 152 a partir do exercício social que se iniciar no
c Caput com a redação dada pela Lei no 10.303, de
31-10-2001. I – no art. 161 desta Lei, quanto à obrigato- curso do ano de 1977.
c Art. 2 o da Lei n o 8.021, de 12-4-1990, que dispõe riedade de instalação do conselho fiscal a § 3 o A restrição ao direito de voto das ações
sobre a identificação dos contribuintes para fins pedido de acionistas; ao portador (artigo 112) só vigorará a partir
fiscais. II – no § 5 o do art. 170 desta Lei, quanto à de um ano a contar da data em que esta Lei
Parágrafo único. A Comissão de Valores Mo- obrigatoriedade de intermediação de insti- entrar em vigor.
biliários poderá reduzir a porcentagem de que tuição financeira em distribuições públicas de c Art. 2o da Lei no 8.021, de 12-4-1990, que dispõe
trata o artigo 249. valores mobiliários, sem prejuízo da compe- sobre a identificação dos contribuintes para fins
Art. 292. As sociedades de que trata o artigo tência prevista no inciso III do § 3o do art. 2o fiscais.
da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976; Art. 296. As companhias existentes deverão

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
62 da Lei n 4.728, de 14 de julho de 1965,
o

podem ter suas ações ao portador. III – no inciso I do caput do art. 109, nos §§ 1o proceder à adaptação do seu estatuto aos pre-
e 2o do art. 111 e no art. 202 desta Lei, quanto ceitos desta Lei no prazo de um ano a contar
Art. 293. A Comissão de Valores Mobiliários ao recebimento de dividendo obrigatório;
poderá autorizar as bolsas de valores e ou- IV – no art. 289 desta Lei, quanto à forma de da data em que ela entrar em vigor, devendo
para esse fim ser convocada assembleia‑geral
tras entidades, que sejam ou não instituições realização das publicações ordenadas por
dos acionistas.
financeiras, a prestar os serviços previstos esta Lei; e
nos seguintes dispositivos desta Lei: c Arts. 297 e 298 desta Lei.
V – VETADO.
c Caput com a redação dada pela Lei no 14.430, de § 1 o Os administradores e membros do Con-
3-8-2022.
Art. 294‑B. Para fins do disposto nesta Lei, selho Fiscal respondem pelos prejuízos que
considera‑se companhia de menor porte causarem pela inobservância do disposto nes-
I – art. 27; aquela que aufira receita bruta anual infe-
II – § 2o do art. 34; te artigo.
rior a R$ 500.000.000,00 (quinhentos milhões
III – § 1o do art. 39; de reais). § 2o O disposto neste artigo não prejudicará os
IV – arts. 40, 41, 42, 43 e 44; direitos pecuniários conferidos por partes be-
V – art. 72; e § 1o A regulamentação editada não prejudica neficiárias e debêntures em circulação na data
VI – arts. 102 e 103. o estabelecimento de procedimentos simpli- da publicação desta Lei, que somente poderão
ficados aplicáveis às companhias de menor ser modificados ou reduzidos com observância
c Incisos I a VI acrescidos pela Lei n o 14.430, de
porte, pela Comissão de Valores Mobiliários, do disposto no artigo 51 e no § 5o do artigo 71.
3-8-2022.
com base nas competências previstas na Lei
Parágrafo único. Revogado. Lei n o 12.810, no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, especial- § 3o As companhias existentes deverão elimi-
de 15-5-2013. nar, no prazo de cinco anos, a contar da data
mente quanto: da entrada em vigor desta Lei, as participações
Art. 294. A companhia fechada que tiver I – à obtenção de registro de emissor; recíprocas vedadas pelo artigo 244 e seus
receita bruta anual de até R$ 78.000.000,00 II – às distribuições públicas de valores mobi- parágrafos.
(setenta e oito milhões de reais) poderá: liários de sua emissão; e § 4o As companhias existentes, cujo estatuto
c Caput com a redação dada pela LC n o 182, de III – à elaboração e à prestação de informa-
1 -6-2021.
o for omisso quanto à fixação do dividendo, ou
ções periódicas e eventuais. que o estabelecer em condições que não satis-
I e II – Revogados. LC no 182, de 1o-6-2021; § 2 o A Comissão de Valores Mobiliários façam aos requisitos do § 1o do artigo 202 po-
III – realizar as publicações ordenadas por poderá: derão, dentro do prazo previsto neste artigo,
esta Lei de forma eletrônica, em exceção ao fixá‑lo em porcentagem inferior à prevista no
I – estabelecer a forma de atualização do va-
disposto no art. 289 desta Lei; e § 2o do artigo 202, mas os acionistas dissiden-
lor previsto no caput deste artigo e os crité-
IV – substituir os livros de que trata o art. 100 tes dessa deliberação terão direito de retirar‑se
rios adicionais para a manutenção da condi-
desta Lei por registros mecanizados ou da companhia, mediante reembolso do valor
ção de companhia de menor porte após seu
eletrônicos. de suas ações, com observância do disposto
acesso ao mercado de capitais; e
c Incisos III e IV acrescidos pela LC n o 182, de
II – disciplinar o tratamento a ser empregado nos artigos 45 e 137.
1o-6-2021.
às companhias abertas que se caracterizem § 5o O disposto no artigo 199 não se aplica às
§ 1 A companhia deverá guardar os recibos como de menor porte nos termos do caput
o
reservas constituídas e aos lucros acumulados
de entrega dos anúncios de convocação e ar- deste artigo. em balanços levantados antes de 1o de janeiro
quivar no Registro do Comércio, juntamente c Arts. 294‑A e 294‑B acrescidos pela LC no 182, de de 1977.
com a ata da assembleia, cópia autenticada 1o-6-2021. § 6o O disposto nos §§ 1 o e 2 o do artigo 237
dos mesmos. não se aplica às participações existentes na
CAPÍTULO XXVI
§ 2o Nas companhias de que trata este artigo, o data da publicação desta Lei.
pagamento da participação dos administrado- DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 297. As companhias existentes que ti-
res poderá ser feito sem observância do dispos- Art. 295. A presente Lei entrará em vigor ses- verem ações preferenciais com prioridade na
to no § 2o do artigo 152, desde que aprovada senta dias após a sua publicação, aplicando‑se, distribuição de dividendo fixo ou mínimo fi-
pela unanimidade dos acionistas. todavia, a partir da data da publicação, às carão dispensadas do disposto no artigo 167
§ 3 o O disposto neste artigo não se aplica à companhias que se constituírem. e seu § 1o, desde que no prazo de que trata o
companhia controladora de grupo de socieda- § 1o O disposto neste artigo não se aplica às artigo 296 regulem no estatuto a participação
des, ou a ela filiadas. disposições sobre: das ações preferenciais na correção anual do

1015
Lei no 8.036/1990
Art. 3o O FGTS será regido por normas e dire- Conselho Curador acumular a titularidade des- como as contas do FGTS e os respectivos pa-
trizes estabelecidas por um Conselho Curador, sa Secretaria Executiva. receres emitidos;
composto por representação de trabalhadores, c § 8o com a redação dada pela Lei no 13.932, de XII – fixar critérios e condições para compensa-
empregadores e órgãos e entidades governa- 11-12-2019. ção entre créditos do empregador, decorrentes
mentais, na forma estabelecida pelo Poder § 9o Aos membros do Conselho Curador, en- de depósitos relativos a trabalhadores não op-
Executivo. quanto representantes dos trabalhadores, efe- tantes, com contratos extintos, e débitos re-
c Caput com a redação dada pela MP n o 2.216-37, de tivos e suplentes, é assegurada a estabilidade sultantes de competências em atraso, inclusive
31-8-2001, que até o encerramento desta edição no emprego, da nomeação até um ano após aqueles que forem objeto de composição de
não havia sido convertida em Lei. o término do mandato de representação, so- dívida com o FGTS;
§ 1o A Presidência do Conselho Curador será mente podendo ser demitidos por motivo de c Inciso XII com a redação dada pela Lei no 9.711, de
exercida pelo Ministro de Estado do Traba‑ falta grave, regularmente comprovada através 20-11-1998.
lho e Previdência ou representante por ele de processo sindical. XIII – em relação ao Fundo de Investimento
indicado. § 10. Os membros do Conselho Curador do do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
c § 1 o com a redação dada pela Lei n o 14.261, de FGTS serão escolhidos dentre cidadãos de re- – FI‑FGTS:
16-12-2021. putação ilibada e de notório conhecimento, e a) aprovar a política de investimento do
§ 2o Revogado. MP no 2.216-37, de 31-8-2001. deverão ser atendidos os seguintes requisitos: FI‑FGTS por proposta do Comitê de Investi-
§ 3o Os representantes dos trabalhadores e dos I – ter formação acadêmica superior; e mento;
empregadores e seus suplentes serão indica- II – não se enquadrar nas hipóteses de inelegi- b) decidir sobre o reinvestimento ou distribui-
dos pelas respectivas centrais sindicais e confe- bilidade previstas nas alíneas a a q do inciso I ção dos resultados positivos aos cotistas do
derações nacionais, serão nomeados pelo Po- do caput do art. 1 da Lei Complementar n 64,
o o
FI‑FGTS, em cada exercício;
der Executivo, terão mandato de 2 (dois) anos de 18 de maio de 1990. c) definir a forma de deliberação, de funcio-
e poderão ser reconduzidos uma única vez, c § 10 acrescido pela Lei no 13.932, de 11-12-2019. namento e a composição do Comitê de
vedada a permanência de uma mesma pessoa Art. 4 o O gestor da aplicação dos recursos Investimento;
como membro titular, como suplente ou, de do FGTS será o órgão do Poder Executivo res- d) estabelecer o valor da remuneração da Cai-
forma alternada, como titular e suplente, por ponsável pela política de habitação, e caberá xa Econômica Federal pela administração e
período consecutivo superior a 4 (quatro) anos à Caixa Econômica Federal (CEF) o papel de gestão do FI‑FGTS, inclusive a taxa de risco;
no Conselho. agente operador. e) definir a exposição máxima de risco dos
c § 3 o com a redação dada pela Lei n o 13.932, de c Artigo com a redação dada pela Lei no 13.932, de investimentos do FI‑FGTS;
11-12-2019. 11-12-2019. f) estabelecer o limite máximo de participa-
§ 4 o O Conselho Curador reunir‑se‑á ordina- Art. 5o Ao Conselho Curador do FGTS com- ção dos recursos do FI‑FGTS por setor, por
riamente, a cada bimestre, por convocação de pete: empreendimento e por classe de ativo, ob-
seu Presidente. Esgotado esse período, não I – estabelecer as diretrizes e os programas servados os requisitos técnicos aplicáveis;
tendo ocorrido convocação, qualquer de seus de alocação dos recursos do FGTS, de acor‑ g) estabelecer o prazo mínimo de resgate das
membros poderá fazê‑la, no prazo de quinze do com os critérios definidos nesta Lei, em cotas e de retorno dos recursos à conta vin-
dias. Havendo necessidade, qualquer membro conformidade com a política nacional de de‑ culada, observado o disposto no § 19 do
poderá convocar reunião extraordinária, na senvolvimento urbano e as políticas setoriais art. 20 desta Lei;
forma que vier a ser regulamentada pelo Con- de habitação popular, saneamento básico, h) aprovar o regulamento do FI‑FGTS, elabo-
selho Curador. microcrédito e infraestrutura urbana estabe‑ rado pela Caixa Econômica Federal; e
§ 4o‑A. As reuniões do Conselho Curador serão lecidas pelo governo federal; i) autorizar a integralização de cotas do
públicas, bem como gravadas e transmitidas c Inciso I com a redação dada pela Lei no 14.438, de FI‑FGTS pelos trabalhadores, estabelecen-
ao vivo por meio do sítio do FGTS na internet, 24-8-2022. do previamente os limites globais e indivi-
o qual também possibilitará acesso a todas as II – acompanhar e avaliar a gestão econômica duais, parâmetros e condições de aplicação
gravações que tiverem sido efetuadas dessas e financeira dos recursos, bem como os ga- e resgate.
reuniões, resguardada a possibilidade de trata- nhos sociais e o desempenho dos programas c Inciso XIII acrescido pela Lei n o 11.491, de
mento sigiloso de matérias assim classificadas aprovados; 20-6-2007.
na forma da lei. III – apreciar e aprovar os programas anuais e XIV – Revogado. Lei no 13.932, de 11-12-2019;
c § 4o‑A acrescido pela Lei no 13.932, de 11-12-2019. plurianuais do FGTS; XV – autorizar a aplicação de recursos do FGTS
§ 5 o As decisões do Conselho serão toma- IV – aprovar as demonstrações financeiras do em outros fundos de investimento, no merca-
das com a presença da maioria simples de FGTS, com base em parecer de auditoria exter- do de capitais e em títulos públicos e privados,
seus membros, tendo o Presidente voto de na independente, antes de sua publicação e com base em proposta elaborada pelo agente
qualidade. encaminhamento aos órgãos de controle, bem operador, devendo o Conselho Curador regu-
como da distribuição de resultados; lamentar as formas e condições do investimen-
c § 5o com a redação dada pela MP no 2.216-37, de
31-8-2001, que até o encerramento desta edição V – adotar as providências cabíveis para a cor- to, vedado o aporte em fundos nos quais o
não havia sido convertida em Lei. reção de atos e fatos do gestor da aplicação e FGTS seja o único cotista;
da CEF que prejudiquem o desempenho e o XVI – estipular limites às tarifas cobradas pelo
§ 6 o As despesas porventura exigidas para o
cumprimento das finalidades no que concerne agente operador ou pelos agentes financeiros
comparecimento às reuniões do Conselho aos recursos do FGTS;
constituirão ônus das respectivas entidades na intermediação da movimentação dos recur-
c Incisos IV e V com redação dada pela Lei n o 13.932, sos da conta vinculada do FGTS, inclusive nas
representadas. de 11-12-2019. hipóteses de que tratam os incisos V, VI e VII do
§ 7o As ausências ao trabalho dos representan- VI – dirimir dúvidas quanto à aplicação das caput do art. 20 desta Lei;
tes dos trabalhadores no Conselho Curador, normas regulamentares, relativas ao FGTS, nas c Incisos XV e XVI acrescidos pela Lei no 13.932, de
decorrentes das atividades desse órgão, se- matérias de sua competência; 11-12-2019.
rão abonadas, computando‑se como jornada VII – aprovar seu regimento interno;
efetivamente trabalhada para todos os fins e XVII – estabelecer, em relação à autorização
VIII – fixar as normas e valores de remune-
efeitos legais. de aplicação de recursos do FGTS em fundos
ração do Agente Operador e dos Agentes
§ 8 o O Poder Executivo designará, entre os Financeiros; garantidores de crédito e sua regulamenta‑
órgãos governamentais com representação IX – fixar critérios para parcelamento de reco- ção quanto às formas e condições:
no Conselho Curador do FGTS, aquele que lhimentos em atraso; a) o valor da aplicação com fundamento em
lhe proporcionará estrutura administrativa de X – fixar critério e valor de remuneração para o proposta elaborada pelo gestor da aplica‑
suporte para o exercício de sua competência e exercício da fiscalização; ção; e
que atuará na função de Secretaria Executiva XI – divulgar, no Diário Oficial da União, to- b) a cada 3 (três) anos, percentual mínimo
do colegiado, não permitido ao Presidente do das as decisões proferidas pelo Conselho, bem do valor proposto para aplicação na po‑

1096
 Lei no 8.036/1990
lítica setorial do microcrédito, respeitado o valor dos ativos do FGTS ao final daquele Art. 7o À Caixa Econômica Federal, na qualida-
o piso de 30% (trinta por cento). exercício. de de Agente Operador, cabe:
c Inciso XVII acrescido pela Lei n o 14.438, de c § 7 com a redação dada pela Lei n 14.438, de I – centralizar os recursos do FGTS, manter e
o o

24-8-2022. 24-8-2022. controlar as contas vinculadas, e emitir regu-

§ 1o O Conselho Curador será assistido por um § 8o A taxa de administração do FGTS devida larmente os extratos individuais corresponden-
Comitê de Auditoria e Riscos, constituído na ao agente operador não será superior a 0,5% tes às contas vinculadas e participar da rede
forma do Regimento Interno, cujas atribuições (cinco décimos por cento) ao ano do valor total arrecadadora dos recursos do FGTS;
e condições abrangerão, no mínimo, aquelas dos ativos do Fundo. II – expedir atos normativos referentes aos pro-
estipuladas nos arts. 24 e 25, §§ 1o a 3 o, da § 9 o A taxa de administração de que trata a cedimentos administrativo‑operacionais dos
Lei n o 13.303, de 30 de junho de 2016, ao alínea d do inciso XIII do caput deste artigo não bancos depositários, dos agentes financeiros,
dos empregadores e dos trabalhadores, inte-
Comitê de Auditoria Estatutário das empresas será superior a 0,5% (cinco décimos por cento)
grantes do sistema do FGTS;
públicas e sociedades de economia mista que ao ano do valor total dos ativos do FI‑FGTS.
III – definir procedimentos operacionais neces-
forem aplicáveis, ainda que por similaridade, c §§ 8 o e 9 o acrescidos pela Lei n o 13.932, de sários à execução dos programas estabelecidos
ao FGTS, e cujas despesas serão custeadas pelo 11-12-2019.
pelo Conselho Curador, com base nas normas
Fundo, por meio de sua Secretaria Executiva, § 10. O piso de que trata a alínea b do inciso e diretrizes de aplicação elaboradas pelo ges-
observado o disposto no § 3o deste artigo. XVII do caput deste artigo poderá ser revisto tor da aplicação;
§ 2o O Conselho Curador poderá ser assistido pelo Conselho Curador a cada 3 (três) anos. c Inciso III com a redação dada pela Lei no 13.932, de
regularmente por pessoas naturais ou jurídicas c § 10 acrescido pela Lei no 14.438, de 24-8-2022. 11-12-2019.
especializadas em planejamento, em gestão Art. 6o Ao gestor da aplicação compete: IV – elaborar as análises jurídica e econômi-
de investimentos, em avaliação de programas c Caput com a redação dada pela Lei no 13.932, de co‑financeira dos projetos de habitação popu-
e políticas, em tecnologia da informação ou 11-12-2019. lar, infraestrutura urbana e saneamento básico
em qualquer outra especialização julgada ne- a serem financiados com recursos do FGTS;
I – praticar todos os atos necessários à gestão
cessária para subsidiá‑lo no exercício de suas V – emitir Certificado de Regularidade do
da aplicação do Fundo, de acordo com as di-
atribuições, e as despesas decorrentes ficarão FGTS;
retrizes e programas estabelecidos pelo Con-
a cargo do FGTS, observado o disposto no § 3o selho Curador; VI – elaborar as demonstrações financeiras
do FGTS, incluídos o Balanço Patrimonial, a

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
deste artigo. II – expedir atos normativos relativos à alo-
§ 3o Os custos e despesas incorridos pelo FGTS cação dos recursos para implementação dos Demonstração do Resultado do Exercício e a
Demonstração de Fluxo de Caixa, em confor‑
não poderão superar limite a ser estabelecido programas aprovados pelo Conselho Curador;
midade com as Normas Contábeis Brasileiras,
pelo Conselho Curador, o qual observará, no III – elaborar orçamentos anuais e planos plu‑ e encaminhá‑las, até 30 de junho do exercício
mínimo, os custos por atividades, os ganhos de rianuais de aplicação dos recursos, discrimi‑ subsequente, ao gestor de aplicação;
escala e produtividade, os avanços tecnológi- nados por região geográfica, e submetê‑los
c Inciso VI com a redação dada pela Lei n o 14.438, de
cos e a remuneração praticada por outros fun- até 31 de julho ao Conselho Curador do FGTS; 24-8-2022.
dos no mercado de capitais, excluídos da base c Inciso III com a redação dada pela Lei no 14.118, de
VII – implementar atos emanados do gestor da
de cálculo aqueles cuja administradora receba 12-1-2021.
aplicação relativos à alocação e à aplicação dos
remuneração específica, e incluirão: IV – acompanhar a execução dos programas recursos do FGTS, de acordo com as diretrizes
I – os serviços de fiscalização, as atividades de de habitação popular, saneamento básico e estabelecidas pelo Conselho Curador;
arrecadação, de cobrança administrativa e de infraestrutura urbana previstos no orçamento c Inciso VII com a redação dada pela Lei no 13.932,
emissão de certidões; do FGTS e implementados pela CEF, no papel de 11-12-2019.
II – os serviços de cobrança judicial dos créditos de agente operador; VIII – VETADO. Lei no 9.491, de 9-9-1997;
inscritos em dívida ativa; c Inciso IV com a redação dada pela Lei n o 13.932, de IX – garantir aos recursos alocados ao FI‑FGTS,
III – os serviços contratados pela Secretaria 11-12-2019. em cotas de titularidade do FGTS, a remunera-
Executiva para suporte às ações e decisões do V – submeter à apreciação do Conselho Cura- ção aplicável às cotas vinculadas, na forma do
Conselho Curador e do Comitê de Auditoria e dor as contas do FGTS; caput do art. 13 desta Lei;
Riscos, bem como os valores despendidos com VI – subsidiar o Conselho Curador com estudos c Inciso IX acrescido pela Lei no 11.491, de 20-6-2007
terceiros; técnicos necessários ao aprimoramento ope- e com a redação retificada no DOU de 16-8-2007.
IV – a capacitação dos gestores. racional dos programas de habitação popular, X – realizar todas as aplicações com recursos
§ 4o O Conselho Curador especificará os servi- saneamento básico e infraestrutura urbana; do FGTS por meio de sistemas informatizados
ços de suporte à gestão e à operação que po- VII – definir as metas a serem alcançadas nos e auditáveis;
derão ser contratados pela Secretaria Executiva programas de habitação popular, saneamento XI – colocar à disposição do Conselho Curador,
com recursos do FGTS, cabendo‑lhe aprovar o básico e infraestrutura urbana. em formato digital, as informações gerenciais
montante destinado a tal finalidade no orça- Art. 6 ‑A. Caberá ao Ministério da Saúde que estejam sob gestão do agente operador
o

mento anual.
§ 5 o As auditorias externas contratadas pelo
Comitê a que se refere o § 1o deste artigo não
poderão prestar serviços ao agente operador
durante a execução dos contratos de auditoria
com o FGTS.
§ 6 O limite de custos e despesas a que se re- deficiência, sem fins lucrativos, que participem aprovados pelo Conselho Curador, e eventuais
o
regulamentar, acompanhar a execução, subsi- e que sejam necessárias ao desempenho das
diar o Conselho Curador com estudos técnicos atribuições daquele colegiado.
necessários ao seu aprimoramento operacio- c Incisos X e XI acrescidos pela Lei no 13.932, de
11-12-2019.
nal e definir as metas a serem alcançadas nas
operações de crédito destinadas às entidades Parágrafo único. O gestor da aplicação e o
hospitalares filantrópicas, bem como a institui- agente operador deverão dar pleno cumpri-
ções que atuem no campo para pessoas com mento aos programas anuais em andamento,

fere o § 3o deste artigo não inclui taxas de risco de forma complementar do Sistema Único de alterações somente poderão ser processadas
de crédito e demais custos e despesas devidos Saúde (SUS). mediante prévia anuência daquele colegiado.
ao agente operador e aos agentes financeiros. c Art. 6o‑A acrescido pela Lei no 13.832, de 4-6-2019. c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 13.932, de
c §§ 1 o a 6 o acrescidos pela Lei n o 13.932, de Art. 6o‑B. Caberá ao Ministério do Trabalho 11-12-2019.
11-12-2019. Art. 8o O gestor da aplicação, o agente opera-
e Previdência regulamentar, acompanhar
§ 7o O limite de que trata o § 3o deste artigo a execução e subsidiar o Conselho Curador dor e o Conselho Curador do FGTS serão res-
será, em cada exercício, de até 0,06% (seis com os estudos técnicos necessários ao seu ponsáveis pelo fiel cumprimento e observância
centésimos por cento) do valor dos ativos do aprimoramento operacional e estabelecer as dos critérios estabelecidos nesta Lei.
FGTS ao final do exercício anterior e, até a metas a serem alcançadas nas operações de c Artigo com a redação dada pela Lei no 13.932, de
publicação das demonstrações financeiras, microcrédito. 11-12-2019.
esse limite será calculado a partir de estima‑ Art. 6 o ‑B acrescido pela Lei n o 14.438, de Art. 9 As aplicações com recursos do FGTS
o
c
tivas divulgadas pelo Conselho Curador para 24-8-2022. serão realizadas exclusivamente segundo cri-

1097
Lei no 8.036/1990
térios fixados pelo Conselho Curador do FGTS ciência e às entidades sem fins lucrativos que
e em operações que preencham os seguintes participem do SUS de forma complementar,
requisitos:
c Caput com a redação dada pela Lei no 13.932, de sejam mantidas em volume que satisfaça
11-12-2019.
c Súm. no 422 do STJ.
I – garantias:
c Caput do inciso I com a redação dada pela Lei
no 9.467, de 10-7-1997.
a) hipotecária;
b) caução de créditos hipotecários próprios,
relativos a financiamentos concedidos com
recursos do agente financeiro;
c) caução de créditos hipotecários vinculados
aos imóveis objeto do financiamento;
d) hipoteca sobre outros imóveis de proprie-
dade do agente financeiro, desde que livres
e desembaraçados de quaisquer ônus;
e) cessão de créditos do agente financeiro,
derivados de financiamentos concedidos
com recursos próprios, garantidos por pe-
nhor ou hipoteca;
f) hipoteca sobre imóvel de propriedade de
terceiros;
g) seguro de crédito;
h) garantia real ou vinculação de receitas, in-
clusive tarifárias, nas aplicações contrata-
das com pessoa jurídica de direito público
ou de direito privado a ela vinculada;
concedido mediante redução no valor das
prestações a serem pagas pelo mutuário ou
desde que as disponibilidades financeiras pagamento de parte da aquisição ou cons-
trução de imóvel, dentre outras, a critério do
as condições de liquidez e de remuneração Conselho Curador do FGTS.
mínima necessárias à preservação do poder c § 6o acrescido pela MP no 2.197-43, de 24-8-2001,
aquisitivo da moeda. que até o encerramento desta edição não havia
§ 2 o com a redação dada pela Lei n o 14.438, de sido convertida em Lei.
c
24-8-2022. §§ 6 o‑A e 6 o‑B. VETADOS. Lei n o 13.932, de
§ 3o O programa de aplicações deverá destinar: 11-12-2019.
c Caput do § 3 o com a redação dada pela Lei § 7 o Os recursos necessários para a consecução
no 13.778, de 26-12-2018. da sistemática de desconto serão destacados,
I – no mínimo, 60% (sessenta por cento) para anualmente, do orçamento de aplicação de
investimentos em habitação popular; e recursos do FGTS, constituindo reserva espe-
II – 5% (cinco por cento) para operações de cífica, com contabilização própria.
crédito destinadas às entidades hospitalares c § 7o acrescido pela MP no 2.197-43, de 24-8-2001,
filantrópicas, bem como a instituições que que até o encerramento desta edição não havia
atuam no campo para pessoas com deficiência, sido convertida em Lei.
e sem fins lucrativos que participem de forma § 8o É da União o risco de crédito nas aplica-
complementar do SUS; ções efetuadas até 1o de junho de 2001 pelos
c Incisos I e II com a redação dada pela Lei n o 13.778, demais órgãos integrantes do Sistema Finan-
de 26-12-2018. ceiro da Habitação (SFH) e pelas entidades cre-
c Lei no 10.188, de 12-2-2001, que cria o Programa de denciadas pelo Banco Central do Brasil como
Arrendamento Residencial, institui o arrendamen- agentes financeiros, sub‑rogando‑se nas ga-
to residencial com opção de compra.
rantias prestadas à Caixa Econômica Federal.
III – no mínimo, 5% (cinco por cento) para ins‑ c § 8o acrescido pela MP no 2.196-3, de 24-8-2001,
tituições financeiras autorizadas pelo Banco que até o encerramento desta edição não havia
Central do Brasil a operar com microcrédito. sido convertida em Lei.
c Inciso III acrescido pela Lei n 14.438, de § 9 o A Caixa Econômica Federal, o Banco do
o

i) aval em nota promissória; 24-8-2022. Brasil S.A. e o Banco Nacional de Desenvol-

j) fiança pessoal;
l) alienação fiduciária de bens móveis em
garantia;
m) fiança bancária;
c Alíneas a a m com a redação dada pela Lei
no 9.467, de 10-7-1997.
n) consignação de recebíveis, exclusivamente
para operações de crédito destinadas às
entidades hospitalares filantrópicas, bem
como a instituições que atuam no campo
para pessoas com deficiência, e sem fins
lucrativos que participem de forma comple-
mentar do Sistema Único de Saúde (SUS),
em percentual máximo a ser definido pelo
Ministério da Saúde; e
o) outras, a critério do Conselho Curador do
FGTS;
c Alíneas n e o com a redação dada pela Lei
no 13.778, de 26-12-2018.
II – correção monetária igual à das contas
vinculadas;
c Súmulas nos 450 e 454 do STJ.
III – taxa de juros média mínima, por projeto,
de três por cento ao ano;
§ 3o‑A. Os recursos previstos no inciso II do vimento Econômico e Social (BNDES) poderão
§ 3 deste artigo não utilizados pelas entida- atuar como agentes financeiros autorizados
o
des hospitalares filantrópicas, bem como pelas para aplicação dos recursos do FGTS em ope-
instituições que atuam no campo para pessoas rações de crédito destinadas às entidades hos-
com deficiência, e sem fins lucrativos que parti- pitalares filantrópicas, bem como a instituições
cipem de forma complementar do SUS poderão que atuam no campo para pessoas com defi-
ser destinados a aplicações em habitação, em ciência, e sem fins lucrativos que participem de
saneamento básico e em infraestrutura urbana. forma complementar do SUS.
c § 3o‑A acrescido pela Lei no 13.778, de 26-12-2018. § 10. Nas operações de crédito destinadas
§ 3 o‑B. Os recursos de que trata o inciso III às entidades hospitalares filantrópicas, bem
do § 3 o deste artigo terão o seu limite mí‑ como a instituições que atuam no campo para
nimo revisto pelo Conselho Curador a cada pessoas com deficiência, e sem fins lucrativos
3 (três) anos. que participem de forma complementar do
§ 3o‑C. Na hipótese prevista no § 3 o‑B deste SUS, serão observadas as seguintes condições:
artigo, o montante não utilizado pelas ins‑ I – a taxa de juros efetiva não será superior
tituições autorizadas pelo Banco Central do àquela cobrada para o financiamento habita-
Brasil a operar com microcrédito poderá ser cional na modalidade pró‑cotista ou a outra
destinado a aplicações em habitação, sanea‑ que venha a substituí‑la;
mento básico e infraestrutura urbana. II – a tarifa operacional única não será superior
c §§ 3 o‑B e 3 o‑C acrescidos pela Lei n o 14.438, de a 0,5% (cinco décimos por cento) do valor da
24-8-2022. operação; e
§ 4o Os projetos de saneamento básico e in‑ III – o risco das operações de crédito ficará a
fraestrutura urbana financiados com recur‑ cargo dos agentes financeiros de que trata o
sos do FGTS serão, preferencialmente, com‑ § 9 deste artigo.
o

IV – prazo máximo de 35 (trinta e cinco) anos.
c Inciso IV com a redação dada pela Lei no 14.438, de
24-8-2022.
§ 1 A rentabilidade média das aplicações de-
o
verá ser suficiente à cobertura de todos os cus-
tos incorridos pelo Fundo e ainda à formação
de reserva técnica para o atendimento de gas-
tos eventuais não previstos, e caberá ao agente
operador o risco de crédito.
§ 1 o com a redação dada pela Lei n o 13.932, de
c Lei no 12.101, de 27 de novembro de 2009.
11-12-2019.
Art. 4o, II, da Lei no 10.188, de 12-2-2001, que cria te, considerada a suficiência de cobertura para
c
o Programa de Arrendamento Residencial, institui os empréstimos e financiamentos concedidos.
o arrendamento residencial com opção de compra.
§ 2 o Os recursos do FGTS deverão ser apli‑
cados em habitação, saneamento básico,
infraestrutura urbana, operações de micro‑
crédito e operações de crédito destinadas às
entidades hospitalares filantrópicas, às ins‑
tituições que atuem com pessoas com defi‑
plementares aos programas habitacionais.
c § 4 o com a redação dada pela Lei n o 14.438, de
24-8-2022.
§ 4 o Os projetos de saneamento básico e in-
fraestrutura urbana, financiados com recursos
do FGTS, deverão ser complementares aos pro-
gramas habitacionais.
§ 5 o As garantias, nas diversas modalidades
discriminadas no inciso I, do caput, deste arti-
go, serão admitidas singular ou supletivamen-
c § 5 o com a redação dada pela Lei n o 9.467, de
10-7-1997.
§ 6o Mantida a rentabilidade média de que tra-
ta o § 1o, as aplicações em habitação popular
poderão contemplar sistemática de desconto,
direcionada em função da renda familiar do
beneficiário, onde o valor do benefício seja
c §§ 9o e 10 com a redação dada pela Lei n o 13.778,
de 26-12-2018.
§ 11. As entidades hospitalares filantrópicas,
bem como a instituições que atuam no campo
para pessoas com deficiência, e sem fins lucra-
tivos que participem de forma complementar
do SUS deverão, para contratar operações de
crédito com recursos do FGTS, atender ao dis-
posto nos incisos II e III do caput do art. 4o da
§ 11 acrescido pela Lei no 13.778, de 26-12-2018.
c
§ 12. Nas operações de crédito destinadas à
aplicação de recursos em microcrédito, a taxa
de juros efetiva não será superior àquela co‑
brada para o financiamento habitacional na
área da habitação popular.
§ 13. Para garantir o risco em operações de
microcrédito e em operações de crédito de
habitação popular para famílias com renda

1098

mensal de até 2 (dois) salários mínimos, o
FGTS poderá destinar, na forma estabelecida
por seu Conselho Curador, observado o dis‑
posto no inciso XVII do caput do art. 5o desta
Lei, parte dos recursos de que trata o § 7o
deste artigo para a aquisição de cotas de fun‑
dos garantidores que observem o seguinte:
I – tenham natureza privada e patrimônio
segregado do patrimônio dos cotistas e da
própria administradora do fundo garantidor
e estejam sujeitos a direitos e obrigações
próprios;
II – respondam por suas obrigações até o li‑
mite dos bens e direitos que integram o seu
patrimônio, vedado qualquer tipo de garan‑
tia ou aval por parte do FGTS; e
III – não paguem rendimentos a seus cotis‑
tas, assegurado o direito de resgate total ou
parcial das cotas com base na situação patri‑
monial dos fundos em valor não superior ao
montante de recursos financeiros ainda não
vinculados às garantias contratadas.
§ 14. Aos recursos do FGTS destinados à aqui‑
sição de cota de fundos garantidores de que
trata o § 13 deste artigo não se aplicam os
requisitos de correção monetária, taxa de
juros mínima e prazo máximo previstos nos
incisos II, III e IV do caput deste artigo e de
rentabilidade prevista no § 1o deste artigo.
§ 15. Fica autorizada a destinação do mon‑
tante de R$ 3.000.000.000,00 (três bilhões de
reais) do patrimônio líquido do FGTS para
aquisição de cotas em fundo garantidor de
microfinanças, para mitigar os riscos das ope‑
rações de microcrédito concedidas a pessoas
naturais e a microempreendedores indivi‑
duais, na forma prevista no § 14 deste artigo,
permitida a ampliação posterior desse mon‑
tante por meio de ato do Conselho Curador.
§ 16. Na hipótese prevista no § 15 deste arti‑
go, o aporte será destinado ao Programa de
Simplificação do Microcrédito Digital para
Empreendedores (SIM Digital), na forma da
legislação própria, e a representação do FGTS
na assembleia de cotistas ocorrerá por indi‑
cação do Presidente do Conselho Curador.
§ 17. Os contratos ativos formalizados sob
a vigência do prazo máximo de amortização
fixado em 30 (trinta) anos que forem objeto
de renegociação pelas instituições financei‑
ras poderão ser beneficiados com o prazo
máximo de que trata o inciso IV do caput
deste artigo.
c §§ 12 a 17 acrescidos pela Lei n o 14.438, de
24-8-2022.
Art. 9o‑A. O risco das operações de crédito de
que trata o § 10 do art. 9o desta Lei ficará a car-
go dos agentes financeiros referidos no § 9o do
art. 9o desta Lei, hipótese em que o Conselho
Curador poderá definir o percentual da taxa
de risco, limitado a 3% (três por cento), a ser
acrescido à taxa de juros de que trata o inciso I
do § 10 do art. 9o desta Lei.
Art. 9o‑B. As garantias de que trata o inciso I
do caput do art. 9o desta Lei podem ser exigi-
das isolada ou cumulativamente.
Art. 9 o‑C. As aplicações do FGTS em opera-
ções de crédito destinadas às entidades hospi-
talares filantrópicas, bem como a instituições
que atuem no campo para pessoas com defi-
ciência, sem fins lucrativos e que participem de
forma complementar do SUS, ocorrerão até o existente no vigésimo primeiro dia do mês
final do exercício de 2022.
c Arts. 9 o‑A a 9 o‑C acrescidos pela Lei n o 13.832, de período.
4-6-2019.
Art. 10. O Conselho Curador fixará diretrizes
e estabelecerá critérios técnicos para as aplica-
ções dos recursos do FGTS, visando a:
I – exigir a participação dos contratantes de
financiamentos nos investimentos a serem
realizados;
II – assegurar o cumprimento, por parte dos
contratantes inadimplentes, das obrigações
decorrentes dos financiamentos obtidos;
III – evitar distorções na aplicação entre as
regiões do País, considerando para tanto a
demanda habitacional, a população e outros
indicadores sociais.
Art. 11. Os recolhimentos efetuados na rede
arrecadadora relativos ao FGTS serão trans‑
feridos à Caixa Econômica Federal até o pri‑
meiro dia útil subsequente à data do recolhi‑
mento, observada a regra do meio de paga‑
mento utilizado, data em que os respectivos
valores serão incorporados ao FGTS.
c Artigo com a redação dada pela Lei no 14.438, de da conta vinculada serão realizados:
24-8-2022.
Art. 12. No prazo de um ano, a contar da
promulgação desta Lei, a Caixa Econômica Fe-
deral assumirá o controle de todas as contas
vinculadas, nos termos do item I do artigo 7o,
passando os demais estabelecimentos bancá-
rios, findo esse prazo, à condição de agentes
recebedores e pagadores do FGTS, mediante
recebimento de tarifa, a ser fixada pelo Con-
selho Curador.
§ 1o Enquanto não ocorrer a centralização pre-
vista no caput deste artigo, o depósito efetua-
do no decorrer do mês será contabilizado no
saldo da conta vinculada do trabalhador, no
primeiro dia útil do mês subsequente.
§ 2o Até que a Caixa Econômica Federal imple-
mente as disposições do caput deste artigo, as
contas vinculadas continuarão sendo abertas
em estabelecimento bancário escolhido pelo
empregador, dentre os para tanto autorizados
pelo Banco Central do Brasil, em nome do
trabalhador.
§ 3o Verificando‑se mudança de emprego, até
que venha a ser implementada a centralização
prevista no caput deste artigo, a conta vincu-
lada será transferida para o estabelecimento
bancário da escolha do novo empregador.
§ 4o Os resultados financeiros auferidos pela
Caixa Econômica Federal no período entre o
repasse dos bancos e o depósito nas contas
vinculadas dos trabalhadores destinar‑se‑ão à
cobertura das despesas de Administração do
FGTS e ao pagamento da tarifa aos bancos
depositários, devendo os eventuais saldos ser
incorporados ao patrimônio do Fundo nos ter-
mos do artigo 2o, § 1o.
§ 5o Revogado. Lei no 14.438, de 24-8-2022.
Art. 13. Os depósitos efetuados nas contas
vinculadas serão corrigidos monetariamente
com base nos parâmetros fixados para atuali-
zação dos saldos dos depósitos de poupança,
e capitalizarão juros de três por cento ao ano.
§ 1o A atualização monetária e a capitaliza‑
ção de juros nas contas vinculadas correrão à
conta do FGTS, e a Caixa Econômica Federal
efetuará o crédito respectivo no vigésimo
primeiro dia de cada mês, com base no saldo
Lei no 8.036/1990
anterior, deduzidos os débitos ocorridos no
c § 1 o com a redação dada pela Lei n o 14.438, de
24-8-2022.
§ 1 o‑A. Para fins do disposto no § 1 o deste
artigo, o depósito realizado no prazo legal
será contabilizado no saldo da conta vincu‑
lada no vigésimo primeiro dia do mês de sua
ocorrência.
§ 1o‑B. Na hipótese de depósito realizado in‑
tempestivamente, a atualização monetária
e a parcela de juros devida ao empregado
comporão o saldo‑base no vigésimo primei‑
ro dia do mês imediatamente anterior, ou
comporão o saldo no vigésimo primeiro dia
do mês do depósito, se o depósito ocorrer
nesta data.
c §§ 1 o‑A e 1 o‑B acrescidos pela Lei n o 14.438, de
24-8-2022.
§ 2o No primeiro mês em que for exigível o
recolhimento do FGTS no vigésimo dia, na
forma prevista no art. 15 desta Lei, a atuali‑
zação monetária e os juros correspondentes
Caput do § 2 o com a redação dada pela Lei
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
c
no 14.438, de 24-8-2022.
I – no décimo dia, com base no saldo existen‑
te no décimo dia do mês anterior, deduzidos
os débitos ocorridos no período; e
II – no vigésimo primeiro dia, com base no
saldo existente no décimo dia do mesmo
mês, atualizado na forma prevista no inciso I
deste parágrafo, deduzidos os débitos ocor‑
ridos no período, com a atualização monetá‑
ria pro rata die e os juros correspondentes.
c Incisos I e II acrescidos pela Lei n o 14.438, de
24-8-2022.
§ 3 o Para as contas vinculadas dos trabalha-
dores optantes existentes à data de 22 de se-
tembro de 1971, a capitalização dos juros dos
depósitos continuará a ser feita na seguinte
progressão, salvo no caso de mudança de em-
presa, quando a capitalização do juros passará
a ser feita à taxa de três por cento ao ano:
I – três por cento, durante os dois primeiros
anos de permanência na mesma empresa;
II – quatro por cento, do terceiro ao quinto ano
de permanência na mesma empresa;
III – cinco por cento, do sexto ao décimo ano
de permanência na mesma empresa;
IV – seis por cento, a partir do décimo primeiro
ano de permanência na mesma empresa.
§ 4o O saldo das contas vinculadas é garantido
pelo Governo Federal, podendo ser instituído
seguro especial para esse fim.
§ 5 o O Conselho Curador autorizará a distri-
buição de parte do resultado positivo auferido
pelo FGTS, mediante crédito nas contas vin-
culadas de titularidade dos trabalhadores, ob-
servadas as seguintes condições, entre outras
a seu critério:
c Caput do § 5 o acrescido pela Lei n o 13.446, de
25-5-2017.
I – a distribuição alcançará todas as contas vin-
culadas que apresentarem saldo positivo em
31 de dezembro do exercício base do resultado
auferido, inclusive as contas vinculadas de que
trata o art. 21 desta Lei;
II – a distribuição será proporcional ao saldo
de cada conta vinculada em 31 de dezembro
do exercício‑base e deverá ocorrer até 31 de
1099
Lei no 8.036/1990
agosto do ano seguinte ao exercício de apura- § 2 o Considera‑se trabalhador toda pessoa § 1 o As informações prestadas na forma do
ção do resultado; e física que prestar serviços a empregador, a lo- caput deste artigo constituem declaração e re-
c Incisos I e II acrescidos pela Lei n o 13.446, de cador ou tomador de mão de obra, excluídos conhecimento dos créditos delas decorrentes,
25-5-2017. os eventuais, os autônomos e os servidores caracterizam confissão de débito e constituem
III – Revogado. Lei no 13.932, de 11-12-2019. públicos civis e militares sujeitos a regime ju- instrumento hábil e suficiente para a cobrança
rídico próprio. do crédito de FGTS.
§ 6 o O valor de distribuição do resultado au-
ferido será calculado posteriormente ao valor § 3 Os trabalhadores domésticos poderão ter
o § 2o O lançamento da obrigação principal e das
desembolsado com o desconto realizado no acesso ao regime do FGTS, na forma que vier a obrigações acessórias relativas ao FGTS será
âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida ser prevista em lei. efetuado de ofício pela autoridade competen-
(PMCMV), de que trata a Lei no 11.977, de 7 c Art. 7o, parágrafo único, da CF. te, no caso de o empregador não apresentar a
de julho de 2009. c LC no 150, de 1o-6-2015, dispõe sobre o contrato de declaração na forma do caput deste artigo, e
trabalho doméstico. será revisto de ofício, nas hipóteses de omis-
§ 7 O valor creditado nas contas vinculadas a
o
são, erro, fraude ou sonegação.
título de distribuição de resultado, acrescido § 4 Considera‑se remuneração as retiradas
o
Art. 17‑A acrescido pela Lei n o 13.932, de
de juros e atualização monetária, não integrará de diretores não empregados, quando haja
c
11-12-2019.
a base de cálculo do depósito da multa resci- deliberação da empresa, garantindo‑lhes os
sória de que tratam os §§ 1o e 2 o do art. 18 direitos decorrentes do contrato de trabalho
Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de
de que trata o artigo 16. trabalho, por parte do empregador, ficará este
desta Lei.
obrigado a depositar na conta vinculada do
c §§ 6 o e 7 o acrescidos pela Lei n o 13.446, de § 5 O depósito de que trata o caput deste ar-
o

25-5-2017.
Art. 14. Fica ressalvado o direito adquirido dos para prestação do serviço militar obrigatório e
trabalhadores que, à data da promulgação da licença por acidente do trabalho.
Constituição Federal de 1988, já tinham o di- § 6o Não se incluem na remuneração, para os
reito à estabilidade no emprego nos termos do fins desta Lei, as parcelas elencadas no § 9o do
Capítulo V do Título IV da CLT.
§ 1o O tempo do trabalhador não optante do
FGTS, anterior a 5 de outubro de 1988, em
caso de rescisão sem justa causa pelo empre-
gador, reger‑se‑á pelos dispositivos constantes
dos artigos 477, 478 e 497 da CLT.
§ 2o O tempo de serviço anterior à atual Cons-
tituição poderá ser transacionado entre em-
pregador e empregado, respeitado o limite
mínimo de sessenta por cento da indenização
prevista.
§ 3o É facultado ao empregador desobrigar‑se
da responsabilidade da indenização relativa ao
tempo de serviço anterior à opção, depositan-
do na conta vinculada do trabalhador, até o
último dia útil do mês previsto em lei para o
pagamento de salário, o valor correspondente
à indenização, aplicando‑se ao depósito, no
que couber, todas as disposições desta Lei.
§ 4o Os trabalhadores poderão, a qualquer mo-
mento, optar pelo FGTS com efeito retroativo a
1o de janeiro de 1967 ou à data de sua admis-
são, quando posterior àquela.
Art. 15. Para os fins previstos nesta Lei, todos
os empregadores ficam obrigados a deposi‑
tar, até o vigésimo dia de cada mês, em conta
vinculada, a importância correspondente a
8% (oito por cento) da remuneração paga ou
devida, no mês anterior, a cada trabalhador,
incluídas na remuneração as parcelas de que
tratam os arts. 457 e 458 da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo
Decreto‑Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943,
e a Gratificação de Natal de que trata a Lei
no 4.090, de 13 de julho de 1962.
c Caput com a redação dada pela Lei no 14.438, de
24-8-2022.
§ 1o Entende‑se por empregador a pessoa física
ou a pessoa jurídica de direito privado ou de di-
reito público, da administração pública direta,
indireta ou fundacional de qualquer dos Pode-
res, da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, que admitir trabalhadores a
seu serviço, bem assim aquele que, regido por
legislação especial, encontrar‑se nessa condi-
ção ou figurar como fornecedor ou tomador
de mão de obra, independente da responsa-
bilidade solidária e/ou subsidiária a que even-
tualmente venha obrigar‑se.
tigo é obrigatório nos casos de afastamento trabalhador no FGTS os valores relativos aos
depósitos referentes ao mês da rescisão e ao
imediatamente anterior, que ainda não houver
sido recolhido, sem prejuízo das cominações
legais.
c Caput com a redação dada pela Lei no 9.491, de
artigo 28 da Lei no 8.212, de 24-7-1991. 9-9-1997.
c §§ 4 o a 6 o acrescidos pela Lei n o 9.711, de § 1o Na hipótese de despedida pelo emprega-
20-11-1998.
dor sem justa causa, depositará este, na conta
§ 7 o Os contratos de aprendizagem terão a vinculada do trabalhador do FGTS, importância
alíquota a que se refere o caput deste artigo igual a quarenta por cento do montante de
reduzida para dois por cento. todos os depósitos realizados na conta vincula-
c § 7o acrescido pela Lei n o 10.097, de 19-12-2000. da durante a vigência do contrato de trabalho,
Art. 16. Para efeito desta Lei, as empresas su- atualizados monetariamente e acrescidos dos
jeitas ao regime da legislação trabalhista pode- respectivos juros.
rão equiparar seus diretores não empregados c § 1 o com a redação dada pela Lei n o 9.491, de
aos demais trabalhadores sujeitos ao regime 9-9-1997.
do FGTS. Considera‑se diretor aquele que § 2o Quando ocorrer despedida por culpa recí-
exerça cargo de administração previsto em lei, proca ou força maior, reconhecida pela Justiça
estatuto ou contrato social, independente da do Trabalho, o percentual de que trata o § 1 o
denominação do cargo. será de vinte por cento.
Art. 17. O Poder Executivo assegurará a pres- § 3o As importâncias de que trata este artigo
tação de serviços digitais: deverão constar da documentação compro-
I – aos trabalhadores, que incluam a prestação batória do recolhimento dos valores devidos
de informações sobre seus créditos perante a título de rescisão do contrato de trabalho,
o Fundo e o acionamento imediato da inspe- observado o disposto no artigo 477 da CLT, exi-
ção do trabalho em caso de inadimplemento mindo o empregador, exclusivamente, quanto
do empregador, de forma que seja possível aos valores discriminados.
acompanhar a evolução de eventuais cobran- c § 3 com a redação dada pela Lei n 9.491, de
o o
ças administrativas e judiciais dos valores não 9-9-1997.
recolhidos; Art. 19. No caso de extinção do contrato de
II – aos empregadores, que facilitem e desbu- trabalho prevista no artigo 14 desta Lei, serão
rocratizem o cumprimento de suas obrigações observados os seguintes critérios:
perante o Fundo, incluídos a geração de guias, I – havendo indenização a ser paga, o empre-
o parcelamento de débitos, a emissão sem gador, mediante comprovação do pagamento
ônus do Certificado de Regularidade do FGTS daquela, poderá sacar o saldo dos valores por
e a realização de procedimentos de restituição ele depositados na conta individualizada do
e compensação. trabalhador;
Parágrafo único. O desenvolvimento, a ma- II – não havendo indenização a ser paga, ou
nutenção e a evolução dos sistemas e ferra- decorrido o prazo prescricional para a reclama-
mentas necessários à prestação dos serviços a ção de direitos por parte do trabalhador, o em-
que se refere o caput deste artigo serão cus- pregador poderá levantar em seu favor o saldo
teados com recursos do FGTS. da respectiva conta individualizada, mediante
c Art. 17 com a redação dada pela Lei n o 13.932, de
comprovação perante o órgão competente do
Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
11-12-2019.
Art. 17‑A. O empregador ou o responsável Art. 19‑A. É devido o depósito do FGTS na
fica obrigado a elaborar folha de pagamento conta vinculada do trabalhador cujo contrato
e a declarar os dados relacionados aos valo‑ de trabalho seja declarado nulo nas hipóteses
res do FGTS e outras informações de interes‑ previstas no artigo 37, § 2 , da Constituição
o
se do poder público por meio de sistema de Federal, quando mantido o direito ao salário.
escrituração digital, na forma, no prazo e nas c Súm. n 466 do STJ.
o
condições estabelecidos em ato do Ministro Parágrafo único. O saldo existente em conta
de Estado do Trabalho e Previdência. vinculada, oriundo de contrato declarado nulo
c Caput do art. 17‑A com a redação dada pela Lei até 28 de julho de 2001, nas condições do
n 14.438, de 24-8-2022.
o
caput, que não tenha sido levantado até essa

1100
 Lei no 8.036/1990
data, será liberado ao trabalhador a partir do VIII – quando o trabalhador permanecer três zembro de 2015, e o art. 16‑A da Lei no 9.636,
mês de agosto de 2002. anos ininterruptos fora do regime do FGTS; de 15 de maio de 1998, respectivamente, ob-
c Art. 19‑A acrescido pela MP n o 2.164-41, de 24- c Inciso VIII com a redação dada pela Lei n o 13.932, servadas as seguintes condições:
8-2001, que até o encerramento desta edição não de 11-12-2019. a) o mutuário deverá contar com o mínimo
havia sido convertida em Lei.
IX – extinção normal do contrato a termo, in- de três anos de trabalho sob o regime do
Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no clusive o dos trabalhadores temporários regi- FGTS, na mesma empresa ou em empresas
FGTS poderá ser movimentada nas seguintes dos pela Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974; diferentes;
situações: X – suspensão total do trabalho avulso por b) seja a operação financiável nas condições
I – despedida sem justa causa, inclusive a indi- período igual ou superior a noventa dias, com- vigentes para o Sistema Financeiro da Ha-
reta, de culpa recíproca e de força maior; provada por declaração do sindicato represen- bitação (SFH) ou ainda por intermédio de
c Inciso I com a redação dada pela MP no 2.197-43, tativo da categoria profissional; parcelamento efetuado pela Secretaria do
de 24-8-2001, que até o encerramento desta edi- XI – quando o trabalhador ou qualquer de Patrimônio da União (SPU), mediante a
ção não havia sido convertida em Lei. seus dependentes for acometido de neoplasia contratação da Caixa Econômica Federal
I‑A – extinção do contrato de trabalho pre- maligna; como agente financeiro dos contratos de
vista no art. 484‑A da Consolidação das Leis c Inciso XI acrescido pela Lei n 8.922, de 25-7-1994.
o
parcelamento;
do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto‑Lei XII – aplicação em quotas de Fundos Mútuos c) sejam observadas as demais regras e condi-
no 5.452, de 1o de maio de 1943; de Privatização, regidos pela Lei no 6.385, de 7 ções estabelecidas para uso do FGTS.
c Inciso I‑A acrescido pela Lei n o 13.467, de de dezembro de 1976, permitida a utilização c Inciso XIX acrescido pela Lei n o 13.465, de
13-7-2017. máxima de cinquenta por cento do saldo exis- 11-7-2017.
II – extinção total da empresa, fechamento de tente e disponível em sua conta vinculada do XX – anualmente, no mês de aniversário do
quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na trabalhador, por meio da aplicação dos valores
agências, supressão de parte de suas ativida- data em que exercer a opção; constantes do Anexo desta Lei, observado o
des, declaração de nulidade do contrato de c Inciso XII acrescido pela Lei no 9.491, de 9-9-1997. disposto no art. 20‑D desta Lei;
trabalho nas condições do artigo 19‑A, ou ain- XIII – quando o trabalhador ou qualquer de c Inciso XX acrescido pela Lei n o 13.932, de
da falecimento do empregador individual sem- seus dependentes for portador do vírus HIV; 11-12-2019.
pre que qualquer dessas ocorrências implique XIV – quando o trabalhador ou qualquer de XXI – a qualquer tempo, quando seu saldo for

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
rescisão de contrato de trabalho, comprovada seus dependentes estiver em estágio terminal,
inferior a R$ 80,00 (oitenta reais) e não houver
por declaração escrita da empresa, suprida, em razão de doença grave, nos termos do
ocorrido depósitos ou saques por, no mínimo,
quando for o caso, por decisão judicial tran- regulamento;
1 (um) ano, exceto na hipótese prevista no in-
sitada em julgado; XV – quando o trabalhador tiver idade igual ou ciso I do § 5o do art. 13 desta Lei;
c Inciso II com a redação dada pela MP n o 2.164-41, superior a setenta anos.
de 24-8-2001, que até o encerramento desta edi-
XXII – quando o trabalhador ou qualquer de
ção não havia sido convertida em Lei. c Incisos XIII a XV acrescidos pela MP n o 2.164-41, seus dependentes for, nos termos do regula-
de 24-8-2001, que até o encerramento desta edi- mento, pessoa com doença rara, consideradas
III – aposentadoria concedida pela Previdência ção não havia sido convertida em Lei. doenças raras aquelas assim reconhecidas pelo
Social;
XVI – necessidade pessoal, cuja urgência e gra- Ministério da Saúde, que apresentará, em seu
IV – falecimento do trabalhador, sendo o saldo
vidade decorra de desastre natural, conforme sítio na internet, a relação atualizada dessas
pago a seus dependentes, para esse fim habili-
disposto em regulamento, observadas as se- doenças.
tados perante a Previdência Social, segundo o
guintes condições: c Incisos XXI e XXII acrescidos pela Lei n o 13.932, de
critério adotado para a concessão de pensões
11-12-2019, em vigor após decorridos 180 (cento e
por morte. Na falta de dependentes, farão jus a) o trabalhador deverá ser residente em áreas
comprovadamente atingidas de Municí- oitenta) dias de sua publicação (DOU 12-11-2019).
ao recebimento do saldo da conta vinculada os
seus sucessores previstos na lei civil, indicados pio ou do Distrito Federal em situação de § 1o A regulamentação das situações previstas
em alvará judicial, expedido a requerimento emergência ou em estado de calamidade nos incisos I e II assegurará que a retirada a
do interessado, independente de inventário pública, formalmente reconhecidos pelo que faz jus o trabalhador corresponda aos de-
ou arrolamento; Governo Federal; pósitos efetuados na conta vinculada durante
V – pagamento de parte das prestações de- b) a solicitação de movimentação da conta o período de vigência do último contrato de
correntes de financiamento habitacional con- vinculada será admitida até 90 (noventa) trabalho, acrescida de juros e atualização mo-
cedido no âmbito do Sistema Financeiro da dias após a publicação do ato de reconhe- netária, deduzidos os saques.
Habitação – SFH, desde que: cimento, pelo Governo Federal, da situação § 2o O Conselho Curador disciplinará o dispos-
a) o mutuário conte com o mínimo de três de emergência ou de estado de calamidade to no inciso V, visando a beneficiar os trabalha-
anos de trabalho sob o regime do FGTS, na pública; e dores de baixa renda e a preservar o equilíbrio
mesma empresa ou em empresas diferentes; c) o valor máximo do saque da conta vincula- financeiro do FGTS.
b) o valor bloqueado seja utilizado, no míni- da será definido na forma do regulamento;
§ 3o O direito de adquirir moradia com recursos
mo, durante o prazo de doze meses; c Inciso XVI acrescido pela Lei n o 10.878, de
8-6-2004. do FGTS, pelo trabalhador, só poderá ser exer-
c) o valor do abatimento atinja, no máximo, oi- cido para um único imóvel.
tenta por cento do montante da prestação; c Dec. n 5.113, de 22-6-2004, regulamenta este
o

inciso. § 4o O imóvel objeto de utilização do FGTS so-

VI – liquidação ou amortização extraordinária mente poderá ser objeto de outra transação
do saldo devedor de financiamento imobiliá- XVII – integralização de cotas do FI‑FGTS, res-
rio, observadas as condições estabelecidas peitado o disposto na alínea i do inciso XIII do com recursos do Fundo, na forma que vier a ser
regulamentada pelo Conselho Curador.
pelo Conselho Curador, dentre elas a de que art. 5 desta Lei, permitida a utilização máxima
o

o financiamento seja concedido no âmbito do de 30% (trinta por cento) do saldo existente § 5 O pagamento da retirada após o período
o

SFH e haja interstício mínimo de dois anos para e disponível na data em que exercer a opção; previsto em regulamento, implicará atualiza-
cada movimentação; c Inciso XVII com a redação dada pela Lei n o 12.087, ção monetária dos valores devidos.
VII – pagamento total ou parcial do preço de de 11-11-2009.
§ 6o Os recursos aplicados em quotas de fun-
aquisição de moradia própria, ou lote urbani- XVIII – quando o trabalhador com deficiência, dos Mútuos de Privatização, referidos no inciso
zado de interesse social não construído, obser- por prescrição, necessite adquirir órtese ou XII, serão destinados, nas condições aprovadas
vadas as seguintes condições: prótese para promoção de acessibilidade e de pelo CND, a aquisições de valores mobiliários,
c Caput do inciso VII com a redação dada pela Lei inclusão social; no âmbito do Programa Nacional de Desesta-
no 11.977, de 7-7-2009. c Inciso XVIII acrescido pela Lei n o 13.146, de tização, de que trata a Lei n o 9.491, de 1997,
a) o mutuário deverá contar com o mínimo de 6-7-2015. e de programas estaduais de desestatização,
três anos de trabalho sob o regime do FGTS, XIX – pagamento total ou parcial do preço de desde que, em ambos os casos, tais destina-
na mesma empresa ou empresas diferentes; aquisição de imóveis da União inscritos em re- ções sejam aprovadas pelo CND.
b) seja a operação financiável nas condições gime de ocupação ou aforamento, a que se c § 6 o com a redação dada pela Lei n o 9.635, de
vigentes para o SFH; referem o art. 4o da Lei no 13.240, de 30 de de- 15-5-1998.

1101
Lei no 8.036/1990
§ 7 o Ressalvadas as alienações decorrentes ções firmadas, a partir de 25 de junho de 1998, das situações previstas neste artigo, cabendo ao
das hipóteses de que trata o § 8 o, os valores no caso em que o adquirente já seja proprie- agente operador estabelecer os procedimentos
mobiliários a que se refere o parágrafo ante- tário ou promitente comprador de imóvel lo- operacionais a serem observados.
rior só poderão ser integralmente vendidos, calizado no Município onde resida, bem como § 26. As transferências de que trata o § 25 des-
pelos respectivos Fundos, seis meses após a no caso em que o adquirente já detenha, em te artigo não acarretarão a cobrança de tarifas
sua aquisição, podendo ser alienada em prazo qualquer parte do País, pelo menos um finan- pelo agente operador ou pelas demais institui-
inferior parcela equivalente a dez por cento do ciamento nas condições do SFH. ções financeiras.
valor adquirido, autorizada a livre aplicação § 18. É indispensável o comparecimento pes- c §§ 23 a 26 acrescidos pela Lei n o 13.932, de
do produto dessa alienação, nos termos da Lei soal do titular da conta vinculada para o paga- 11-12-2019.
no 6.385, de 7 de dezembro de 1976. mento da retirada nas hipóteses previstas nos § 27. A critério do titular da conta vinculada
c § 7 o com a redação dada pela Lei n o 9.635, de incisos I, II, III, VIII, IX e X deste artigo, salvo em
do FGTS, em ato formalizado no momento da
15-5-1998. caso de grave moléstia comprovada por perícia contratação do financiamento habitacional,
§ 8o As aplicações em Fundos Mútuos de Pri- médica, quando será paga a procurador espe- os direitos aos saques de que trata o caput
vatização e no FI‑FGTS são nominativas, impe- cialmente constituído para esse fim. deste artigo poderão ser objeto de aliena‑
nhoráveis e, salvo as hipóteses previstas nos c §§ 17 e 18 acrescidos pela MP no 2.197-43, de 24- ção ou cessão fiduciária para pagamento de
incisos I a XI e XIII a XVI do caput deste artigo, 8-2001, que até o encerramento desta edição não parte das prestações decorrentes de financia‑
indisponíveis por seus titulares. havia sido convertida em Lei. mento habitacional concedido no âmbito do
c § 8 o com a redação dada pela Lei n o 11.491, de § 19. A integralização das cotas previstas no SFH, observadas as condições estabelecidas
20-6-2007. inciso XVII do caput deste artigo será realizada pelo Conselho Curador, mediante cauciona‑
§ 9o Decorrido o prazo mínimo de doze meses, por meio de Fundo de Investimento em Cotas – mento dos depósitos a serem realizados na
contados da efetiva transferência das quotas FIC, constituído pela Caixa Econômica Federal conta vinculada do trabalhador, exceto o pre‑
para os Fundos de Privatização, os titulares po- especificamente para essa finalidade. visto no art. 18 desta Lei.
derão optar pelo retorno para sua conta vincu- § 20. A Comissão de Valores Mobiliários esta- c § 27 acrescido pela Lei no 14.438, de 24-8-2022.
lada no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. belecerá os requisitos para a integralização das Art. 20‑A. O titular de contas vinculadas do
§ 10. A cada período de seis meses, os titulares cotas referidas no § 19 deste artigo, devendo FGTS estará sujeito a somente uma das seguin-
das aplicações em Fundos Mútuos de Privatiza- condicioná‑la pelo menos ao atendimento das tes sistemáticas de saque:
ção poderão transferi‑las para outro fundo da seguintes exigências: I – saque‑rescisão; ou
mesma natureza. I – elaboração e entrega de prospecto ao tra- II – saque‑aniversário.
§ 11. O montante das aplicações de que trata o balhador; e § 1o Todas as contas do mesmo titular estarão
§ 6o deste artigo ficará limitado ao valor dos cri- II – declaração por escrito, individual e espe- sujeitas à mesma sistemática de saque.
térios contra o Tesouro Nacional de que seja ti- cífica, pelo trabalhador de sua ciência quanto § 2o São aplicáveis às sistemáticas de saque de
tular o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. aos riscos do investimento que está realizando. que trata o caput deste artigo as seguintes si-
§§ 19 e 20 acrescidos pela Lei n o 11.491, de
§ 12. Desde que preservada a participação in- c 20-6-2007. tuações de movimentação de conta:
dividual dos quotistas, será permitida a cons- I – para a sistemática de saque‑rescisão, as
tituição de clubes de investimento, visando § 21. As movimentações autorizadas nos inci- previstas no art. 20 desta Lei, à exceção da es-
a aplicação em quotas de Fundos Mútuos de sos V e VI do caput serão estendidas aos con- tabelecida no inciso XX do caput do referido
Privatização. tratos de participação de grupo de consórcio
para aquisição de imóvel residencial, cujo bem artigo; e
c §§ 9 o a 12 acrescidos pela Lei n o 9.491, de II – para a sistemática de saque‑aniversário, as
9-9-1997. já tenha sido adquirido pelo consorciado, na
forma a ser regulamentada pelo Conselho previstas no art. 20 desta Lei, à exceção das
§ 13. A garantia a que alude o § 4o do art. 13 Curador do FGTS. estabelecidas nos incisos I, I‑A, II, IX e X do
desta Lei não compreende as aplicações a que caput do referido artigo.
c § 21 acrescido pela Lei n o 12.058, de 13-10-2009.
se referem os incisos XII e XVII do caput deste Art. 20‑B. O titular de contas vinculadas do
artigo. § 22. Na movimentação das contas vinculadas
a contrato de trabalho extinto até 31 de de- FGTS estará sujeito originalmente à sistemática
§ 14. Ficam isentos do imposto de renda: de saque‑rescisão e poderá optar por alterá‑la,
zembro de 2015, ficam isentas as exigências
I – a parcela dos ganhos nos Fundos Mútuos de de que trata o inciso VIII do caput deste artigo, observado o disposto no art. 20‑C desta Lei.
Privatização até o limite da remuneração das podendo o saque, nesta hipótese, ser efetuado Art. 20‑C. A primeira opção pela sistemática
contas vinculadas de que trata o art. 13 desta segundo cronograma de atendimento estabe- de saque‑aniversário poderá ser feita a qual-
Lei, no mesmo período; e lecido pelo agente operador do FGTS. quer tempo e terá efeitos imediatos.
II – os ganhos do FI‑FGTS e do Fundo de Inves- c § 22 acrescido pela Lei no 13.446, de 25-5-2017. § 1o Caso o titular solicite novas alterações de
timento em Cotas – FIC, de que trata o § 19 sistemática será observado o seguinte:
deste artigo. § 23. As movimentações das contas vinculadas
nas situações previstas nos incisos V, VI e VII I – a alteração será efetivada no primeiro dia do
§ 15. A transferência de recursos da conta do do caput deste artigo poderão ser realizadas vigésimo quinto mês subsequente ao da solici-
titular no Fundo de Garantia do Tempo de Ser- fora do âmbito do SFH, observados os mesmos tação, desde que não haja cessão ou alienação
viço em razão da aquisição de ações, nos ter- limites financeiros das operações realizadas no de direitos futuros aos saques anuais de que
mos do inciso XII do caput deste artigo, ou de âmbito desse sistema, no que se refere ao valor trata o § 3o do art. 20‑D desta Lei;
cotas do FI‑FGTS não afetará a base de cálculo máximo de movimentação da conta vinculada, II – a solicitação poderá ser cancelada pelo ti-
da multa rescisória de que tratam os §§ 1o e 2o e os limites, critérios e condições estabelecidos tular antes da sua efetivação; e
do art. 18 desta Lei. pelo Conselho Curador. III – na hipótese de cancelamento, a nova soli-
c §§ 13 a 15 com a redação dada pela Lei n o 11.491,
§ 24. O trabalhador poderá sacar os valores citação estará sujeita ao disposto no inciso I do
de 20-6-2007. caput deste artigo.
decorrentes da situação de movimentação de
§ 16. Os clubes de investimentos a que se re- que trata o inciso XX do caput deste artigo até § 2o Para fins do disposto no § 2o do art. 20‑A
fere o § 12 poderão resgatar, durante os seis o último dia útil do segundo mês subsequente desta Lei, as situações de movimentação
primeiros meses de sua constituição, parcela ao da aquisição do direito de saque. obedecerão à sistemática a que o titular es-
equivalente a cinco por cento das cotas adqui- tiver sujeito no momento dos eventos que as
§ 25. O agente operador deverá oferecer, nos
ridas, para atendimento de seus desembolsos, ensejarem.
termos do regulamento do Conselho Curador,
autorizada a livre aplicação do produto dessa Arts. 20‑A a 20‑C acrescidos pela Lei no 13.932, de
em plataformas de interação com o titular da c
venda, nos termos da Lei n o 6.385, de 7 de 11-12-2019.
conta, inclusive por meio de dispositivos móveis,
dezembro de 1976. opções para consulta e transferência, a critério Art. 20‑D. Na situação de movimentação de
c § 16 acrescido pela Lei n o 9.635, de 15-5-1998. do trabalhador, para conta de depósitos de sua que trata o inciso XX do caput do art. 20 desta
§ 17. Fica vedada a movimentação da conta titularidade em qualquer instituição financeira Lei, o valor do saque será determinado:
vinculada do FGTS nas modalidades previstas do Sistema Financeiro Nacional, dos recursos c Caput do art. 20‑D acrescido pela Lei no 13.932, de
nos incisos V, VI e VII deste artigo, nas opera- disponíveis para movimentação em decorrência 11-12-2019.

1102
 Lei no 8.036/1990
I – pela aplicação da alíquota correspondente, Art. 21. Os saldos das contas não individuali- de notificação da decisão definitiva exarada
estabelecida no Anexo desta Lei, à soma de to- zadas e das contas vinculadas que se conser- no processo administrativo;
dos os saldos das contas vinculadas do titular, vem ininterruptamente sem créditos de depó- VI – deixar de apresentar, ou apresentar com
apurados na data do débito; e sitos por mais de cinco anos, a partir de 1o de erros ou omissões, as informações de que
II – pelo acréscimo da parcela adicional cor- junho de 1990, em razão de o seu titular ter trata o art. 17‑A desta Lei e as demais infor‑
respondente, estabelecida no Anexo desta Lei, estado fora do regime do FGTS, serão incorpo- mações legalmente exigíveis; e
ao valor apurado de acordo com o disposto no rados ao patrimônio do Fundo, resguardado c Incisos V e VI com a redação dada pela Lei
inciso I do caput deste artigo. o direito do beneficiário reclamar, a qualquer no 14.438, de 24-8-2022.
c Incisos I e II acrescidos pela Lei n o 13.932, de
tempo, a reposição do valor transferido. VII – deixar de apresentar ou de promover
11-12-2019. Parágrafo único. O valor, quando reclamado, a retificação das informações de que trata
§ 1o Na hipótese de o titular possuir mais de será pago ao trabalhador acrescido da remune- o art. 17‑A desta Lei no prazo concedido na
uma conta vinculada, o saque de que trata este ração prevista no § 2 do artigo 13 desta Lei.
o
notificação da decisão definitiva exarada no
artigo será feito na seguinte ordem: c Art. 21 com a redação dada pela Lei n o 8.678, de processo administrativo que reconheceu a
13-7-1993. procedência da notificação de débito decor‑
I – contas vinculadas relativas a contratos de rente de omissão, de erro, de fraude ou de
trabalho extintos, com início pela conta que Art. 22. O empregador que não realizar sonegação constatados.
tiver o menor saldo; e os depósitos nos termos dos arts. 15 e 18
II – demais contas vinculadas, com início pela desta Lei responderá pela incidência da
c Inciso VII acrescido pela Lei n o 14.438, de
Taxa Referencial (TR) sobre a importância 24-8-2022.
conta que tiver o menor saldo.
correspondente. § 1 o‑A. A formalização de parcelamento da
§ 2 O Poder Executivo federal, respeitada a alí- c Caput com a redação dada pela Lei no 14.438, de
o
integralidade do débito suspende a ação pu‑
quota mínima de 5% (cinco por cento), poderá 24-8-2022. nitiva da infração prevista:
alterar, até o dia 30 de junho de cada ano, os c Súm. no 459 do STJ.
valores das faixas, das alíquotas e das parcelas § 1o Sobre o valor dos depósitos, acrescido da I – no inciso I do § 1 o deste artigo, quando
adicionais constantes do Anexo desta Lei para TR, incidirão, ainda, juros de mora de 0,5% realizada anteriormente ao início de qual‑
quer processo administrativo ou medida de
vigência no primeiro dia do ano subsequente. a.m. (cinco décimos por cento ao mês) ou fra-
fiscalização; e
§ 3 o A critério do titular da conta vinculada ção e multa, sujeitando‑se, também, às obriga- II – no inciso V do § 1o deste artigo, quando

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
do FGTS, os direitos aos saques anuais de que ções e sanções previstas no Decreto‑Lei no 368, realizada no prazo nele referido.
trata o caput deste artigo poderão ser objeto de 19 de dezembro de 1968. § 1o‑B. A suspensão da ação punitiva prevista
de alienação ou cessão fiduciária, nos termos § 2o A incidência da TR de que trata o caput no § 1o‑A deste artigo será mantida duran‑
do art. 66‑B da Lei no 4.728, de 14 de julho de deste artigo será cobrada por dia de atraso, te a vigência do parcelamento, e a quitação
1965, em favor de qualquer instituição finan- tomando‑se por base o índice de atualização integral dos valores parcelados extinguirá a
ceira do Sistema Financeiro Nacional, sujeitas das contas vinculadas ao FGTS. infração.
as taxas de juros praticadas nessas operações § 2o‑A. A multa referida no § 1o deste artigo
c §§ 1 o‑A e 1 o‑B acrescidos pela Lei n o 14.438, de
aos limites estipulados pelo Conselho Curador, será cobrada nas condições que se seguem: 24-8-2022.
os quais serão inferiores aos limites de taxas
de juros estipulados para os empréstimos con- I – cinco por cento, no mês de vencimento da § 2o Pela infração ao disposto no § 1 o deste
signados dos servidores públicos federais do obrigação; artigo, o infrator estará sujeito às seguintes
Poder Executivo. II – dez por cento, a partir do mês seguinte ao multas:
do vencimento da obrigação. c Caput do § 2 o com a redação dada pela Lei
c §§ 1 a 3 acrescidos pela Lei n 13.932, de
o o o

11-12-2019. § 3 o Para efeito de levantamento de débito no 14.438, de 24-8-2022.

para com o FGTS, o percentual de oito por a) Revogada. Lei no 14.438, de 24-8-2022;
§ 3o‑A. A critério do titular da conta vinculada
cento incidirá sobre o valor acrescido da TR até b) 30% (trinta por cento) sobre o débito
do FGTS, os direitos aos saques anuais de que a data da respectiva operação.
trata o caput deste artigo poderão ser objeto atualizado apurado pela inspeção do tra‑
de caução para operações de microcrédito, c §§ 1o a 3o com a redação dada pela Lei no 9.964, de
10-4-2000.
balho, confessado pelo empregador ou
nos termos da legislação do SIM Digital, em c Dec. no 3.431, de 24-4-2000, regulamenta a Lei lançado de ofício, nas hipóteses previstas
favor de qualquer instituição financeira do nos incisos I, IV e V do § 1o deste artigo; e
no 9.964, de 10-4-2000.
Sistema Financeiro Nacional. c) de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 300,00 (tre‑
Art. 23. Compete ao Ministério do Trabalho zentos reais) por trabalhador prejudica‑
c § 3o‑A acrescido pela Lei n o 14.438, de 24-8-2022.
e Previdência a verificação do cumprimento do, nas hipóteses previstas nos incisos VI
§ 4o O Conselho Curador poderá regulamentar do disposto nesta Lei, especialmente quanto e VII do § 1o deste artigo.
o disposto no § 3o deste artigo, com vistas ao à apuração dos débitos e das infrações prati‑
c Alíneas b e c com a redação dada pela Lei
cumprimento das obrigações financeiras de cadas pelos empregadores ou tomadores de no 14.438, de 24-8-2022.
seu titular, inclusive quanto ao: serviço, que serão notificados para efetuar
§ 3 o Nos casos de fraude, simulação, artifí-
I – bloqueio de percentual do saldo total exis- e comprovar os depósitos correspondentes e cio, ardil, resistência, embaraço ou desacato
tente nas contas vinculadas; cumprir as demais determinações legais.
à fiscalização, assim como na reincidência, a
II – impedimento da efetivação da opção pela c Caput com a redação dada pela Lei n 14.438, de
o

24-8-2022. multa especificada no parágrafo anterior será

sistemática de saque‑rescisão prevista no inci- duplicada, sem prejuízo das demais comina-
so I do § 1o do art. 20‑C desta Lei; e § 1o Constituem infrações para efeito desta Lei:
ções legais.
III – saque em favor do credor. I – não depositar mesalmente o percentual re-
§ 3o‑A. Estabelecidas a multa‑base e a majo‑
§ 5o As situações de movimentação de que tra- ferente ao FGTS, bem como os valores previs- ração na forma prevista nos §§ 2o e 3o deste
ta o § 2o do art. 20‑A desta Lei serão efetuadas tos no artigo 18 desta Lei, nos prazos de que
artigo, o valor final será reduzido pela meta‑
com observância ao limite decorrente do blo- trata o § 6 do artigo 477 da Consolidação das
o

Leis do Trabalho – CLT; de quando o infrator for empregador domés‑

queio referido no § 4o deste artigo.
§ 6o A vedação prevista no § 2o do art. 2o desta
Lei não se aplica às disposições dos §§ 3o, 4o e
5o deste artigo.
§ 7o Na hipótese de despedida sem justa cau-
sa, o trabalhador que optar pela sistemática
saque‑aniversário também fará jus à movi-
mentação da multa rescisória de que tratam os
§§ 1o e 2o do art. 18 desta Lei.
c §§ 4 o a 7 o acrescidos pela Lei n o 13.932, de cimos legais do FGTS constituído em notifica‑
11-12-2019.
tico, microempresa ou empresa de pequeno
c Inciso I com a redação dada pela MP no 2.197-43,
de 24-8-2001, que até o encerramento desta edi- porte.
ção não havia sido convertida em Lei. c § 3o‑A acrescido pela Lei no 14.438, de 24-8-2022.
II e III – Revogados. Lei n o 14.438, de § 4o Os valores das multas, quando não recolhi-
24-8-2022; das no prazo legal, serão atualizados moneta-
IV – deixar de computar, para efeito de cálculo riamente até a data de seu efetivo pagamento,
dos depósitos do FGTS, parcela componente através de sua conversão pelo BTN Fiscal.
da remuneração; c A partir de 1o-2-1991, foi extinto o BTN pelo art. 3o
V – deixar de efetuar os depósitos e os acrés‑ da Lei no 8.177, de 1o-3-1991, que fixa, no seu pa-
rágrafo único, a conversão do BTN em cruzeiros no
ção de débito, no prazo concedido pelo ato valor de CR$ 126,8621. Tal valor foi mantido pelo

1103
 Lei no 8.984/1995 – Lei no 9.029/1995 – Lei no 9.096/1995
de cinco anos, ou dele tenha prole, poderá
valer‑se do disposto na Lei no 5.478, de 25 de
julho de 1968, enquanto não constituir nova
união e desde que prove a necessidade.
Parágrafo único. Igual direito e nas mesmas
condições é reconhecido ao companheiro de
mulher solteira, separada judicialmente, divor‑
ciada ou viúva.
Art. 2o As pessoas referidas no artigo anterior
participarão da sucessão do (a) companheiro(a)
nas seguintes condições:
I – o(a) companheiro(a) sobrevivente terá di‑
reito enquanto não constituir nova união, ao
usufruto de quarta parte dos bens do de cujus,
se houver filhos deste ou comuns;
II – o(a) companheiro(a) sobrevivente terá
direito, enquanto não constituir nova união,
ao usufruto da metade dos bens do de cujus,
se não houver filhos, embora sobrevivam
ascendentes;
III – na falta de descendentes e de ascenden‑
tes, o(a) companheiro(a) sobrevivente terá di‑
reito à totalidade da herança.
Art. 3 o Quando os bens deixados pelo(a)
autor(a) da herança resultarem de ati‑
vidades em que haja colaboração do(a)
tagem relacionada ao vírus da imunodeficiência Art. 6 o Revogam‑se as disposições em con‑
adquirida – HIV.
Art. 1o É proibida a adoção de qualquer prá‑
tica discriminatória e limitativa para efeito de
acesso à relação de trabalho, ou de sua ma‑
nutenção, por motivo de sexo, origem, raça,
cor, estado civil, situação familiar, deficiência,
reabilitação profissional, idade, entre outros,
ressalvadas, nesse caso, as hipóteses de pro‑
teção à criança e ao adolescente previstas no
inciso XXXIII do art. 7o da Constituição Federal.
c Artigo com a redação dada pela Lei no 13.146, de
6-7-2015.
Art. 2 Constituem crime as seguintes práticas
o
discriminatórias:
I – a exigência de teste, exame, perícia, laudo,
atestado, declaração ou qualquer outro pro‑
cedimento relativo à esterilização ou a estado
de gravidez;
II – a adoção de quaisquer medidas, de iniciati‑
va do empregador, que configurem:
a) indução ou instigamento à esterilização
genética;
b) promoção do controle de natalidade, assim
não considerado o oferecimento de servi‑
ços e de aconselhamento ou planejamento
trário.
Brasília, 13 de abril de 1995;
174o da Independência e
107o da República.
Fernando Henrique Cardoso
LEI No 9.096,
DE 19 DE SETEMBRO DE 1995
Dispõe sobre partidos políticos,
regulamenta os artigos 17 e 14, § 3o,
inciso V, da Constituição Federal.
c Publicada no DOU de 20-9-1995.
c Res. do TSE no 23.282, de 22-6-2010, disciplina a
criação, organização, fusão, incorporação e extin-
ção de partidos políticos.
TÍTULO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1o O partido político, pessoa jurídica de
direito privado, destina‑se a assegurar, no inte‑
resse do regime democrático, a autenticidade do
sistema representativo e a defender os direitos
fundamentais definidos na Constituição Federal.
Parágrafo único. O partido político não se

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
companheiro(a), terá o sobrevivente direito à familiar, realizados através de instituições equipara às entidades paraestatais.
metade dos bens. públicas ou privadas, submetidas às nor‑ c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 13.488, de
mas do Sistema Único de Saúde – SUS. 6-10-2017.
Art. 4o Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação. Pena – detenção de um a dois anos e multa. Art. 2o É livre a criação, fusão, incorporação
Parágrafo único. São sujeitos ativos dos cri‑ e extinção de partidos políticos cujos progra‑
Art. 5 o Revogam‑se as disposições em con‑ mas respeitem a soberania nacional, o regime
trário. mes a que se refere este artigo:
democrático, o pluripartidarismo e os direitos
I – a pessoa física empregadora;
Brasília, 29 de dezembro de 1994; fundamentais da pessoa humana.
II – o representante legal do empregador,
173o da Independência e c Arts. 1o, V, e 17, caput, da CF.
como definido na legislação trabalhista;
106o da República. c Art. 96 do CE.
III – o dirigente, direto ou por delegação, de
Itamar Franco órgãos públicos e entidades das administra‑ Art. 3o É assegurada, ao partido político, au‑
ções públicas direta, indireta e fundacional de tonomia para definir sua estrutura interna,
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, organização e funcionamento.
do Distrito Federal e dos Municípios. § 1o É assegurada aos candidatos, partidos po‑
LEI No 8.984, líticos e coligações autonomia para definir o
DE 7 DE FEVEREIRO DE 1995 Art. 3 o Sem prejuízo do prescrito no art. 2 o
desta Lei e nos dispositivos legais que tipifi‑ cronograma das atividades eleitorais de cam‑
Estende a competência da Justiça do Trabalho cam os crimes resultantes de preconceito de panha e executá‑lo em qualquer dia e horário,
(artigo 114 da Constituição Federal). etnia, raça, cor ou deficiência, as infrações ao observados os limites estabelecidos em lei.
c Publicada no DOU de 8-2-1995. disposto nesta Lei são passíveis das seguintes c Parágrafo único transformado para § 1o pela Lei
no 13.831, de 17-5-2019.
Art. 1o Compete à Justiça do Trabalho conci‑ cominações:
liar e julgar os dissídios que tenham origem no c Caput com a redação dada pela Lei no 13.146, de § 2 o É assegurada aos partidos políticos au‑
cumprimento de convenções coletivas de tra‑ 6-7-2015. tonomia para definir o prazo de duração dos
balho ou acordos coletivos de trabalho, mesmo I – multa administrativa de dez vezes o va‑ mandatos dos membros dos seus órgãos parti‑
quando ocorram entre sindicatos ou entre sin‑ lor do maior salário pago pelo empregador, dários permanentes ou provisórios.
dicato de trabalhadores e empregador. elevado em cinquenta por cento em caso de § 3o O prazo de vigência dos órgãos provisó‑
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua reincidência; rios dos partidos políticos poderá ser de até 8
publicação. II – proibição de obter empréstimo ou financia‑ (oito) anos.
O STF, por unanimidade, julgou procedente o pe-
Art. 3 o Revogam‑se as disposições em con‑ mento junto a instituições financeiras oficiais.
c
dido formulado na ADIN n o 6.230, para declarar
trário. Art. 4o O rompimento da relação de trabalho a inconstitucionalidade deste parágrafo (DOU de
Brasília, 7 de fevereiro de 1995; por ato discriminatório, nos moldes desta Lei, 15-8-2022).
174o da Independência e além do direito à reparação pelo dano moral, § 4o Exaurido o prazo de vigência de um órgão
107o da República. faculta ao empregado optar entre: partidário, ficam vedados a extinção automática
c Caput com a redação dada pela Lei no 12.288, de do órgão e o cancelamento de sua inscrição no
Fernando Henrique Cardoso 20-7-2010. Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).
I – a reintegração com ressarcimento integral c §§ 2 o a 4 o acrescidos pela Lei n o 13.831, de
de todo o período de afastamento, mediante 17-5-2019.
LEI No 9.029, pagamento das remunerações devidas, corri‑ Art. 4o Os filiados de um partido político têm
DE 13 DE ABRIL DE 1995 gidas monetariamente e acrescidas de juros iguais direitos e deveres.
legais; Art. 5o A ação do partido tem caráter nacio‑
Proíbe a exigência de atestados de
c Inciso I com a redação dada pela Lei n o 13.146, de nal e é exercida de acordo com seu estatuto e
gravidez e esterilização, e outras práticas
6-7-2015. programa, sem subordinação a entidades ou
discriminatórias, para efeitos admissionais
ou de permanência da relação jurídica II – a percepção, em dobro, da remuneração do governos estrangeiros.
de trabalho, e dá outras providências. período de afastamento, corrigida monetaria‑ Art. 6o É vedado ao partido político ministrar
c Publicada no DOU de 17-4-1995.
mente e acrescida dos juros legais. instrução militar ou paramilitar, utilizar‑se de
c Port. do MTE no 1.246, de 28-5- 2010, orienta as Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua organização da mesma natureza e adotar uni‑
empresas e os trabalhadores em relação à tes- publicação. forme para seus membros.

1247

Art. 180. A suspensão temporária será impos‑ VIII – Telecomunicações de Pernambuco S.A. pesquisa e desenvolvimento tecnológico exis‑
ta, em relação à autorização de serviço ou de
uso de radiofrequência, em caso de infração
grave cujas circunstâncias não justifiquem a
decretação de caducidade.
Parágrafo único. O prazo da suspensão não
será superior a trinta dias.
Art. 181. A caducidade importará na extinção
de concessão, permissão, autorização de ser‑
viço ou autorização de uso de radiofrequência,
nos casos previstos nesta Lei.
Art. 182. A declaração de inidoneidade será
aplicada a quem tenha praticado atos ilícitos
visando frustrar os objetivos de licitação.
Parágrafo único. O prazo de vigência da de‑
claração de inidoneidade não será superior a
cinco anos.
CAPÍTULO II
DAS SANÇÕES PENAIS
Art. 183. Desenvolver clandestinamente ativi‑
dades de telecomunicação:
Pena – detenção de dois a quatro anos, au‑
mentada da metade se houver dano a terceiro,
e multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
Parágrafo único. Incorre na mesma pena
quem, direta ou indiretamente, concorrer para
o crime.
Art. 184. São efeitos da condenação penal
transitada em julgado:
I – tornar certa a obrigação de indenizar o
dano causado pelo crime;
II – a perda, em favor da Agência, ressalvado
o direito do lesado ou de terceiros de boa‑fé,
dos bens empregados na atividade clandesti‑
na, sem prejuízo de sua apreensão cautelar.
Parágrafo único. Considera‑se clandestina a
atividade desenvolvida sem a competente con‑
cessão, permissão ou autorização de serviço,
de uso de radiofrequência e de exploração de
satélite.
Art. 185. O crime definido nesta Lei é de ação
penal pública, incondicionada, cabendo ao Mi‑
nistério Público promovê‑la.
c Art. 129, II, da CF.
c Arts. 100 a 106 do CP.
Livro IV – Da Reestruturação e
da Desestatização Das Empresas
Federais de Telecomunicações
Art. 186. A reestruturação e a desestatização
das empresas federais de telecomunicações
têm como objetivo conduzir ao cumprimento
dos deveres constantes do art. 2o desta Lei.
Art. 187. Fica o Poder Executivo autorizado a
promover a reestruturação e a desestatização
das seguintes empresas controladas, direta ou
indiretamente, pela União, e supervisionadas
pelo Ministério das Comunicações:
I – Telecomunicações Brasileiras S.A.
– TELEBRÁS;
II – Empresa Brasileira de Telecomunicações
– EMBRATEL;
III – Telecomunicações do Maranhão S.A.
– TELMA;
IV – Telecomunicações do Piauí S.A. – TELEPISA;
V – Telecomunicações do Ceará – TELECEARÁ;
VI – Telecomunicações do Rio Grande do Norte
S.A. – TELERN;
VII – Telecomunicações da Paraíba S.A.
– TELPA;
– TELPE;
IX – Telecomunicações de Alagoas S.A.
– TELASA;
X – Telecomunicações de Sergipe S.A.
– TELERGIPE;
XI – Telecomunicações da Bahia S.A.
– TELEBAHIA;
XII – Telecomunicações de Mato Grosso do Sul
S.A. – TELEMS;
XIII – Telecomunicações de Mato Grosso S.A.
– TELEMAT;
XIV – Telecomunicações de Goiás S.A.
– TELEGOIÁS;
XV – Telecomunicações de Brasília S.A.
– TELEBRASÍLIA;
XVI – Telecomunicações de Rondônia S.A.
– TELERON;
XVII – Telecomunicações do Acre S.A.
– TELEACRE;
XVIII – Telecomunicações de Roraima S.A.
– TELAIMA;
XIX – Telecomunicações do Amapá S.A.
– TELEAMAPÁ;
XX – Telecomunicações do Amazonas S.A.
– TELAMAZON;
XXI – Telecomunicações do Pará S.A.
– TELEPARÁ;
XXII – Telecomunicações do Rio de Janeiro S.A.
– TELERJ;
XXIII – Telecomunicações de Minas Gerais S.A.
– TELEMIG;
XXIV – Telecomunicações do Espírito Santo
S.A. – TELEST;
XXV – Telecomunicações de São Paulo S.A.
– TELESP;
XXVI – Companhia Telefônica da Borda do
Campo – CTBC;
XXVII – Telecomunicações do Paraná S.A.
– TELEPAR;
XXVIII – Telecomunicações de Santa Catarina
S.A. – TELESC;
XXIX – Companhia Telefônica Melhoramento e
Resistência – CTMR.
Parágrafo único. Incluem‑se na autorização a
que se refere o caput as empresas subsidiárias
exploradoras do serviço móvel celular, consti‑
tuídas nos termos do art. 5o da Lei no 9.295, de
19 de julho de 1996.
c Lei n o 9.295, de 19-7-1996, dispõe sobre os Ser-
viços de Telecomunicações e sua Organização, e
sobre o Órgão Regulador.
Art. 188. A reestruturação e a desestatização
deverão compatibilizar as áreas de atuação das
empresas com o plano geral de outorgas, o
qual deverá ser previamente editado, na forma
do art. 84 desta Lei, bem como observar as
restrições, limites ou condições estabelecidas
com base no art. 71.
Art. 189. Para a reestruturação das empresas
enumeradas no art. 187, fica o Poder Executivo
autorizado a adotar as seguintes medidas:
c O STF, por unanimidade, julgou improcedente a
ADIN no 1.840 para assentar a constitucionalidade
deste artigo (DOU de 19-8-2022).
I – cisão, fusão e incorporação;
II – dissolução de sociedade ou desativação
parcial de seus empreendimentos;
III – redução de capital social.
Art. 190. Na reestruturação e desestatização
da Telecomunicações Brasileiras S.A. – TELE‑
BRÁS deverão ser previstos mecanismos que
assegurem a preservação da capacidade em
Lei no 9.472/1997
tente na empresa.
Parágrafo único. Para o cumprimento do
disposto no caput, fica o Poder Executivo au‑
torizado a criar entidade, que incorporará o
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da TE‑
LEBRÁS, sob uma das seguintes formas:
I – empresa estatal de economia mista ou não,
inclusive por meio da cisão a que se refere o
inciso I do artigo anterior;
II – fundação governamental, pública ou
privada.
Art. 191. A desestatização caracteriza‑se pela
alienação onerosa de direitos que asseguram à
União, direta ou indiretamente, preponderân‑
cia nas deliberações sociais e o poder de eleger
a maioria dos administradores da sociedade,
podendo ser realizada mediante o emprego
das seguintes modalidades operacionais:
I – alienação de ações;
II – cessão do direito de preferência à subscri‑
ção de ações em aumento de capital.
Parágrafo único. A desestatização não afe‑
tará as concessões, permissões e autorizações
detidas pela empresa.
Art. 192. Na desestatização das empresas a
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
que se refere o art. 187, parte das ações poderá
ser reservada a seus empregados e ex‑empre‑
gados aposentados, a preços e condições pri‑
vilegiados, inclusive com a utilização do Fundo
de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS.
Art. 193. A desestatização de empresas ou gru‑
po de empresas citadas no art. 187 implicará a
imediata abertura à competição, na respectiva
área, dos serviços prestados no regime público.
Art. 194. Poderão ser objeto de alienação
conjunta o controle acionário de empresas
prestadoras de serviço telefônico fixo comu‑
tado e o de empresas prestadoras do serviço
móvel celular.
Parágrafo único. Fica vedado ao novo con‑
trolador promover a incorporação ou fusão de
empresa prestadora do serviço telefônico fixo
comutado com empresa prestadora do serviço
móvel celular.
Art. 195. O modelo de reestruturação e de‑
sestatização das empresas enumeradas no
art. 187, após submetido a consulta pública,
será aprovado pelo Presidente da República, fi‑
cando a coordenação e o acompanhamento dos
atos e procedimentos decorrentes a cargo de
Comissão Especial de Supervisão, a ser instituí‑
da pelo Ministro de Estado das Comunicações.
§ 1o A execução de procedimentos operacio‑
nais necessários à desestatização poderá ser
cometida, mediante contrato, a instituição fi‑
nanceira integrante da Administração Federal,
de notória experiência no assunto.
§ 2o A remuneração da contratada será paga
com parte do valor líquido apurado nas
alienações.
Art. 196. Na reestruturação e na desestati‑
zação poderão ser utilizados serviços espe‑
cializados de terceiros, contratados mediante
procedimento licitatório de rito próprio, nos
termos seguintes:
I – o Ministério das Comunicações manterá
cadastro organizado por especialidade, aberto
a empresas e instituições nacionais ou interna‑
cionais, de notória especialização na área de
telecomunicações e na avaliação e auditoria
de empresas, no planejamento e execução de
1337
Lei no 9.514/1997
CAPÍTULO I porador, poderá ser contratado seguro que II – promover a intimação dos devedores que
DO SISTEMA DE FINANCIAMENTO garanta o ressarcimento ao adquirente das não paguem ao cedente, enquanto durar a
IMOBILIÁRIO quantias por este pagas, na hipótese de ina- cessão fiduciária;
Seção I dimplemento do incorporador ou construtor III – usar das ações, recursos e execuções, judi-
quanto à entrega da obra. ciais e extrajudiciais, para receber os créditos
DA FINALIDADE
Seção IV cedidos e exercer os demais direitos conferi-
Art. 1o O Sistema de Financiamento Imobiliá- dos ao cedente no contrato de alienação do
rio – SFI tem por finalidade promover o finan- DO CERTIFICADO DE RECEBÍVEIS
IMOBILIÁRIOS
imóvel;
ciamento imobiliário em geral, segundo con- IV – receber diretamente dos devedores os cré-
dições compatíveis com as da formação dos Art. 6 O Certificado de Recebíveis Imobiliá- ditos cedidos fiduciariamente.
o
fundos respectivos. rios – CRI é título de crédito nominativo, de
§ 1 o As importâncias recebidas na forma do
Seção II livre negociação, lastreado em créditos imobi-
inciso IV deste artigo, depois de deduzidas as
DAS ENTIDADES liários e constitui promessa de pagamento em
despesas de cobrança e de administração, se-
Art. 2o Poderão operar no SFI as caixas econô- dinheiro.
rão creditadas ao devedor cedente, na opera-
micas, os bancos comerciais, os bancos de in- Parágrafo único. Revogado. Lei n 14.430, ção objeto da cessão fiduciária, até final liqui-
o

vestimento, os bancos com carteira de crédito de 3-8-2022. dação da dívida e encargos, responsabilizan-
imobiliário, as sociedades de crédito imobiliá- Art. 7o Revogado. Lei no 14.430, de 3-8-2022. do‑se o credor fiduciário perante o cedente,
rio, as associações de poupança e emprésti- como depositário, pelo que receber além do
mo, as companhias hipotecárias e, a critério do Seção V
que este lhe devia.
Conselho Monetário Nacional – CMN, outras DA SECURITIZAÇÃO DE
CRÉDITOS IMOBILIÁRIOS § 2 Se as importâncias recebidas, a que se re-
o
entidades.
Art. 3o As companhias securitizadoras de cré- fere o parágrafo anterior, não bastarem para
Art. 8o Revogado. Lei no 14.430, de 3-8-2022. o pagamento integral da dívida e seus encar-
ditos imobiliários, instituições não financeiras
constituídas sob a forma de sociedade por Seção VI gos, bem como das despesas de cobrança e
ações, terão por finalidade a aquisição e secu- DO REGIME FIDUCIÁRIO de administração daqueles créditos, o devedor
ritização desses créditos e a emissão e coloca- Arts. 9o a 16. Revogados. Lei n o 14.430, de continuará obrigado a resgatar o saldo rema-
ção, no mercado financeiro, de Certificados de nescente nas condições convencionadas no
3-8-2022.
Recebíveis Imobiliários, podendo emitir outros contrato.
títulos de crédito, realizar negócios e prestar Seção VII Art. 20. Na hipótese de falência do devedor
serviços compatíveis com as suas atividades. DAS GARANTIAS cedente e se não tiver havido a tradição dos tí-
Parágrafo único. Revogado. Lei n o 13.097, Art. 17. As operações de financiamento imo- tulos representativos dos créditos cedidos fidu-
de 19-1-2015. biliário em geral poderão ser garantidas por: ciariamente, ficará assegurada ao cessionário
Seção III I – hipoteca; fiduciário a restituição na forma da legislação
DO FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO II – cessão fiduciária de direitos creditórios pertinente.
Art. 4o As operações de financiamento imo- decorrentes de contratos de alienação de c Art. 66‑B, § 4o, da Lei no 4.728, de 14-7-1965 (Lei do
biliário em geral serão livremente efetuadas imóveis; Mercado de Capitais).
pelas entidades autorizadas a operar no SFI, III – caução de direitos creditórios ou aquisi- Parágrafo único. Efetivada a restituição,
segundo condições de mercado e observadas tivos decorrentes de contratos de venda ou prosseguirá o cessionário fiduciário no exercí-
as prescrições legais. promessa de venda de imóveis; cio de seus direitos na forma do disposto nesta
Parágrafo único. Nas operações de que trata IV – alienação fiduciária de coisa imóvel. seção.
este artigo, poderão ser empregados recursos § 1o As garantias a que se referem os incisos
provenientes da captação nos mercados finan- II, III e IV deste artigo constituem direito real Art. 21. São suscetíveis de caução, desde que
ceiros e de valores mobiliários, de acordo com sobre os respectivos objetos. transmissíveis, os direitos aquisitivos sobre
a legislação pertinente. imóvel, ainda que em construção.
§ 2o Aplicam‑se à caução dos direitos creditó-
Art. 5o As operações de financiamento imobi- rios a que se refere o inciso III deste artigo as § 1o O instrumento da caução, a que se refere
liário em geral, no âmbito do SFI, serão livre- disposições dos artigos 789 a 795 do Código este artigo, indicará o valor do débito e dos
mente pactuadas pelas partes, observadas as Civil. encargos e identificará o imóvel cujos direitos
seguintes condições essenciais: aquisitivos são caucionados.
§ 3o As operações do SFI que envolvam locação
I – reposição integral do valor emprestado e § 2o Referindo‑se a caução a direitos aquisitivos
poderão ser garantidas suplementarmente por
respectivo reajuste; de promessa de compra e venda cujo preço
anticrese.
II – remuneração do capital emprestado às ta- ainda não tenha sido integralizado, poderá o
xas convencionadas no contrato; Art. 18. O contrato de cessão fiduciária em credor caucionário, sobrevindo a mora do pro-
III – capitalização dos juros; garantia opera a transferência ao credor da
missário comprador, promover a execução do
IV – contratação, pelos tomadores de financia- titularidade dos créditos cedidos, até a liqui-
seu crédito ou efetivar, sob protesto, o paga-
mento, de seguros contra os riscos de morte e dação da dívida garantida, e conterá, além de
invalidez permanente. mento do saldo da promessa.
outros elementos, os seguintes:
§ 1o As partes poderão estabelecer os critérios c Art. 66‑B, § 4o, da Lei no 4.728, de 14-7-1965 (Lei do § 3o Se, nos termos do disposto no parágrafo
do reajuste de que trata o inciso I, observada a Mercado de Capitais). anterior, o credor efetuar o pagamento, o valor
legislação vigente. pago, com todos os seus acessórios e eventuais
I – o total da dívida ou sua estimativa; penalidades, será adicionado à dívida garanti-
§ 2o As operações de comercialização de imó- II – o local, a data e a forma de pagamento;
veis, com pagamento parcelado, de arrenda- III – a taxa de juros; da pela caução, ressalvado ao credor o direito
mento mercantil de imóveis e de financiamen- IV – a identificação dos direitos creditórios ob- de executar desde logo o devedor, inclusive
to imobiliário em geral poderão ser pactuadas jeto da cessão fiduciária. pela parcela da dívida assim acrescida.
nas mesmas condições permitidas para as en- CAPÍTULO II
tidades autorizadas a operar no SFI. Art. 19. Ao credor fiduciário compete o direi-
to de: DA ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA
c § 2 o com a redação dada pela Lei n o 10.931, de DE COISA IMÓVEL
2-8-2004. c Art. 66‑B, § 4o, da Lei no 4.728, de 14-7-1965 (Lei do
Mercado de Capitais). c Arts. 1.361 a 1.368‑A do CC.
§ 3 o Na alienação de unidades em edifica- c Art. 66‑B da Lei no 4.728, de 14-7-1965 (Lei do Mer-
ção sob o regime da Lei n o 4.591, de 16 de I – conservar e recuperar a posse dos títulos cado de Capitais).
dezembro de 1964, a critério do adquirente representativos dos créditos cedidos, contra c Dec.‑lei no 911, de 1o-10-1969 (Lei das Alienações
e mediante informação obrigatória do incor- qualquer detentor, inclusive o próprio cedente; Fiduciárias).

1364
Lei no 10.792/2003 – Lei no 10.820/2003
Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pes‑ LEI No 10.792, Art. 9o Esta Lei entra em vigor na data de sua
soa idosa sem discernimento de seus atos, sem DE 1o DE DEZEMBRO DE 2003 publicação.
a devida representação legal: Altera a Lei no 7.210, de 11 de junho de Art. 10. Revoga‑se o art. 194 do Decreto‑Lei
Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. 1984 – Lei de Execução Penal e o Decreto‑Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941.
no 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código Brasília, 1o de dezembro de 2003;
TÍTULO VII – DISPOSIÇÕES de Processo Penal, e dá outras providências. 182o da Independência e
FINAIS E TRANSITÓRIAS c Publicada no DOU de 2-12-2003. 115o da República.
Art. 109. Impedir ou embaraçar ato do repre‑ Art. 1o A Lei no 7.210, de 11 de junho de 1984 Luiz Inácio Lula da Silva
sentante do Ministério Público ou de qualquer – Lei de Execução Penal, passa a vigorar com
outro agente fiscalizador: as seguintes alterações:
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano Alterações inseridas no texto da referida Lei.
c
LEI No 10.820,
e multa. Art. 4o do Dec. no 6.049, de 27-2-2007 (Regulamen-
c
to Penitenciário Federal).
DE 17 DE DEZEMBRO DE 2003
Art. 110. O Decreto‑Lei no 2.848, de 7 de de‑ Dispõe sobre a autorização para
zembro de 1940, Código Penal, passa a vigorar Art. 2o O Decreto‑Lei no 3.689, de 3 de outu‑
bro de 1941 – Código de Processo Penal, passa desconto de prestações em folha de
com as seguintes alterações: pagamento, e dá outras providências.
a vigorar com as seguintes alterações:
c Alterações inseridas no texto do referido Código. c Publicada no DOU de 18-12-2003.
c Alterações inseridas no texto da referida Lei.
Art. 111. O art. 21 do Decreto‑Lei no 3.688, de Art. 3 o Os estabelecimentos penitenciários c Dec. no 4.840, de 17-9-2003, regulamenta esta Lei.
3 de outubro de 1941, Lei das Contravenções disporão de aparelho detector de metais, aos Art. 1 o Os empregados regidos pela Conso‑
Penais, passa a vigorar acrescido do seguinte quais devem se submeter todos que queiram lidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada
parágrafo único: pelo Decreto‑Lei no 5.452, de 1 o de maio de
ter acesso ao referido estabelecimento, ain‑
c Alteração inserida no texto da referida Lei. 1943, poderão autorizar, de forma irrevogável
da que exerçam qualquer cargo ou função
e irretratável, o desconto em folha de paga‑
Art. 112. O inciso II do § 4o do art. 1o da Lei pública. mento ou na sua remuneração disponível dos
no 9.455, de 7 de abril de 1997, passa a vigorar Art. 4 o Os estabelecimentos penitenciários, valores referentes ao pagamento de emprésti‑
com a seguinte redação: especialmente os destinados ao regime disci‑ mos, financiamentos, cartões de crédito e ope‑
c Alteração inserida no texto da referida Lei. plinar diferenciado, disporão, dentre outros rações de arrendamento mercantil concedidos
Art. 113. O inciso III do art. 18 da Lei no 6.368, equipamentos de segurança, de bloqueadores por instituições financeiras e sociedades de
de 21 de outubro de 1976, passa a vigorar com de telecomunicação para telefones celulares, arrendamento mercantil, quando previsto nos
a seguinte redação: radiotransmissores e outros meios, definidos respectivos contratos.
no art. 60, § 1o, da Lei no 9.472, de 16 de julho Caput com a redação dada pela Lei no 13.172, de
c A Lei no 6.368, de 21-10-1976, foi revogada pela Lei c
n 11.343, de 23-8-2006 (Lei Antidrogas).
o de 1997. 21-10-2015.

Art. 114. O art. 1 da Lei n 10.048, de 8 de

o o
novembro de 2000, passa a vigorar com a se‑
guinte redação:
“Art. 1 o As pessoas portadoras de deficiência, poderão regulamentar o regime disciplinar di‑
os idosos com idade igual ou superior a sessen- ferenciado, em especial para:
ta anos, as gestantes, as lactantes e as pessoas
acompanhadas por crianças de colo terão atendi- c Lei n 7.210, de 11-7-1984 (Lei de Execução Penal).
mento prioritário, nos termos desta Lei.”
Art. 115. O Orçamento da Seguridade Social
destinará ao Fundo Nacional de Assistência
Social, até que o Fundo Nacional da Pessoa
Idosa seja criado, os recursos necessários, em
cada exercício financeiro, para aplicação em
programas e ações relativos à pessoa idosa.
c Artigo com a redação dada pela Lei no 14.423, de
22-7-2022.
Lei no 12.213, de 20-1-2010, institui o Fundo Na-
c
cional do Idoso e autoriza a deduzir do imposto de
renda devido pelas pessoas físicas e jurídicas as
doações efetuadas aos Fundos Municipais, Esta-
duais e Nacional do Idoso.
Art. 116. Serão incluídos nos censos demográ‑
ficos dados relativos à população idosa do País.
Art. 117. O Poder Executivo encaminhará ao
Congresso Nacional projeto de lei revendo os
critérios de concessão do Benefício de Presta‑
ção Continuada previsto na Lei Orgânica da
Assistência Social, de forma a garantir que o
acesso ao direito seja condizente com o es‑
tágio de desenvolvimento socioeconômico
alcançado pelo País.
Art. 118. Esta Lei entra em vigor decorridos 90
(noventa) dias da sua publicação, ressalvado o
disposto no caput do art. 36, que vigorará a
partir de 1o de janeiro de 2004.
Brasília, 1o de outubro de 2003;
182o da Independência e
115o da República.
Luiz Inácio Lula da Silva
Art. 5o Nos termos do disposto no inciso I do
art. 24 da Constituição da República, observa‑
dos os arts. 44 a 60 da Lei no 7.210, de 11 de
junho de 1984, os Estados e o Distrito Federal
o (quarenta por cento), sendo 35% (trinta e
I – estabelecer o sistema de rodízio entre os
agentes penitenciários que entrem em contato
direto com os presos provisórios e condenados;
II – assegurar o sigilo sobre a identidade e
demais dados pessoais dos agentes peniten‑
ciários lotados nos estabelecimentos penais de
segurança máxima;
III – restringir o acesso dos presos provisórios
e condenados aos meios de comunicação de
informação;
IV – disciplinar o cadastramento e agendamen‑
to prévio das entrevistas dos presos provisórios
ou condenados com seus advogados, regular‑
mente constituídos nos autos da ação penal
ou processo de execução criminal, conforme
o caso;
V – elaborar programa de atendimento dife‑
renciado aos presos provisórios e condenados,
visando a sua reintegração ao regime comum
e recompensando‑lhes o bom comportamento
durante o período de sanção disciplinar.
Art. 6o No caso de motim, o Diretor do Estabe‑
lecimento Prisional poderá determinar a trans‑
ferência do preso, comunicando‑a ao juiz com‑
petente no prazo de até vinte e quatro horas.
Art. 7o A União definirá os padrões mínimos
do presídio destinado ao cumprimento de re‑
gime disciplinar.
Art. 8o A União priorizará, quando da constru‑
ção de presídios federais, os estabelecimentos
que se destinem a abrigar presos provisórios
ou condenados sujeitos a regime disciplinar
diferenciado.
§ 1 o O desconto mencionado neste artigo
também poderá incidir sobre verbas resci-
sórias devidas pelo empregador, se assim
previsto no respectivo contrato de emprés-
timo, financiamento, cartão de crédito ou
arrendamento mercantil, até o limite de 40%
cinco por cento) destinados exclusivamente
a empréstimos, financiamentos e arrenda-
mentos mercantis e 5% (cinco por cento)
destinados exclusivamente à amortização
de despesas contraídas por meio de cartão
de crédito consignado ou à utilização com a
finalidade de saque por meio de cartão de
crédito consignado.
c Caput do § 1 o com a redação dada pela Lei
no 14.431, de 3-8-2022.
I e II – Revogados. Lei no 14.431, de 3-8-2022.
§ 2o O regulamento disporá sobre os limites de
valor do empréstimo, da prestação consignável
para os fins do caput e do comprometimento
das verbas rescisórias para os fins do § 1o deste
artigo.
§ 3o Os empregados de que trata o caput po‑
derão solicitar o bloqueio, a qualquer tempo,
de novos descontos.
§ 4o O disposto no § 3o não se aplica aos des‑
contos autorizados em data anterior à da soli‑
citação do bloqueio.
§§ 3o e 4o com a redação dada pela Lei n o 13.097,
c
de 19-1-2015.
§ 5o Nas operações de crédito consignado de
que trata este artigo, o empregado poderá
oferecer em garantia, de forma irrevogável e
irretratável:
I – até 10% (dez por cento) do saldo de sua
conta vinculada no Fundo de Garantia do Tem‑
po de Serviço – FGTS;
II – até 100% (cem por cento) do valor da mul‑
ta paga pelo empregador, em caso de despedi‑

1442-A

da sem justa causa ou de despedida por culpa
recíproca ou força maior, nos termos dos §§ 1o
e 2o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio
de 1990.
§ 6o A garantia de que trata o § 5o só poderá
ser acionada na ocorrência de despedida sem
justa causa, inclusive a indireta, ou de despe‑
dida por culpa recíproca ou força maior, não
se aplicando, em relação à referida garantia, o
disposto no § 2o do art. 2o da Lei no 8.036, de
11 de maio de 1990.
§ 7o O Conselho Curador do FGTS poderá de‑
finir o número máximo de parcelas e a taxa
máxima mensal de juros a ser cobrada pelas
instituições consignatárias nas operações de
crédito consignado de que trata este artigo.
§ 8o Cabe ao agente operador do FGTS definir
os procedimentos operacionais necessários à
execução do disposto nos §§ 5o e 6o deste arti‑
go, nos termos do inciso II do caput do art. 7o
da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990.
c §§ 5 o a 8 o acrescidos pela Lei n o 13.313, de
14-7-2016.
Art. 2o Para os fins desta Lei, considera‑se:
I – empregador, a pessoa jurídica assim defini‑
da pela legislação trabalhista e o empresário
a que se refere o Título I do Livro II da Parte
Especial da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de
2002 – Código Civil;
c Inciso I com a redação dada pela Lei no 13.097, de
19-1-2015.
II – empregado, aquele assim definido pela
legislação trabalhista;
III – instituição consignatária, a instituição
autorizada a conceder empréstimo ou finan‑
ciamento ou realizar operação com cartão de
crédito ou de arrendamento mercantil mencio‑
nada no caput do art. 1o;
IV – mutuário, empregado que firma com insti‑
tuição consignatária contrato de empréstimo,
financiamento, cartão de crédito ou arrenda‑
mento mercantil regulado por esta Lei;
c Incisos III e IV com a redação dada pela Lei
no 13.172, de 21-10-2015.
V – verbas rescisórias, as importâncias devidas
em dinheiro pelo empregador ao emprega‑
do em razão de rescisão do seu contrato de
trabalho;
VI – instituição financeira mantenedora, a ins‑
tituição a que se refere o inciso III do caput e
que mantém as contas para crédito da remu‑
neração disponível dos empregados;
c Inciso VI com a redação dada pela Lei no 13.097, de
19-1-2015.
VII – desconto, ato de descontar na folha de
pagamento ou em momento anterior ao do
crédito devido pelo empregador ao empre‑
gado como remuneração disponível ou verba
rescisória o valor das prestações assumidas em
operação de empréstimo, financiamento, car‑
tão de crédito ou arrendamento mercantil; e
c Inciso VII com a redação dada pela Lei n 13.172,
o
de 21-10-2015.
VIII – remuneração disponível, os vencimentos, c Caput com a redação dada pela Lei no 13.172, de
subsídios, soldos, salários ou remunerações,
descontadas as consignações compulsórias.
c Inciso VIII com a redação dada pela Lei no 13.097, entidade sindical representativa da maioria dos
de 19-1-2015.
§ 1 o Para os fins desta Lei, são consideradas instituições consignatárias, acordo que defina
consignações voluntárias as autorizadas pelo condições gerais e demais critérios a serem ob‑
empregado. servados nas operações de empréstimo, finan‑
§ 2o No momento da contratação da operação,
a autorização para a efetivação dos descontos
permitidos nesta Lei observará, para cada mu‑
tuário, os seguintes limites:
I – a soma dos descontos referidos no art. 1o
desta Lei não poderá exceder a 40% (qua-
renta por cento) da remuneração disponível,
conforme definido em regulamento;
c Caput com a redação dada pela Lei no 14.431, de
3-8-2022.
a e b) Revogadas. Lei no 14.431, de 3-8-2022.
II – o total das consignações voluntárias,
incluindo as referidas no art. 1 o, não pode‑
rá exceder a quarenta por cento da remu‑
neração disponível, conforme definida em
regulamento.
Art. 3o Para os fins desta Lei, são obrigações
do empregador:
I – prestar ao empregado e à instituição con‑
signatária, mediante solicitação formal do
primeiro, as informações necessárias para a
contratação da operação de crédito ou arren‑
damento mercantil;
II – tornar disponíveis aos empregados, bem
como às respectivas entidades sindicais que as
solicitem, as informações referentes aos custos
referidos no § 2o; e
III – efetuar os descontos autorizados pelo em‑
pregado, inclusive sobre as verbas rescisórias,
e repassar o valor à instituição consignatária na
forma e no prazo previstos em regulamento.
c Incisos II e III com a redação dada pela Lei
no 13.097, de 19-1-2015.
§ 1o É vedado ao empregador impor ao mutuá‑
rio e à instituição consignatária escolhida pelo
empregado qualquer condição que não esteja
prevista nesta Lei ou em seu regulamento para
a efetivação do contrato e a implementação
dos descontos autorizados.
§ 2o Observado o disposto em regulamento e
nos casos nele admitidos, é facultado ao em‑
pregador descontar na folha de pagamento do
mutuário os custos operacionais decorrentes
da realização da operação objeto desta Lei.
§ 3 o Cabe ao empregador informar, no de‑
monstrativo de rendimentos do empregado,
de forma discriminada, o valor do desconto
mensal decorrente de cada operação de em‑
préstimo, financiamento, cartão de crédito ou
arrendamento mercantil e os custos operacio‑
nais referidos no § 2o.
c § 3 o com a redação dada pela Lei n o 13.172, de
21-10-2015.
§ 4o Os descontos autorizados na forma desta
Lei e seu regulamento terão preferência sobre
outros descontos da mesma natureza que ve‑
nham a ser autorizados posteriormente.
Art. 4 o A concessão de empréstimo, finan‑
ciamento, cartão de crédito ou arrendamento
mercantil será feita a critério da instituição
consignatária, sendo os valores e as demais
condições objeto de livre negociação entre ela
e o mutuário, observadas as demais disposi‑
ções desta Lei e seu regulamento.
21-10-2015.
§ 1o Poderá o empregador, com a anuência da
empregados, sem ônus para estes, firmar, com
Lei no 10.820/2003
ciamento, cartão de crédito ou arrendamento
mercantil que venham a ser realizadas com
seus empregados.
§ 2o Poderão as entidades e centrais sindicais,
sem ônus para os empregados, firmar, com
instituições consignatárias, acordo que defina
condições gerais e demais critérios a serem ob‑
servados nas operações de empréstimo, finan‑
ciamento, cartão de crédito ou arrendamento
mercantil que venham a ser realizadas com
seus representados.
§ 3o Na hipótese de ser firmado um dos acor‑
dos a que se referem os §§ 1o ou 2o e sendo ob‑
servados e atendidos pelo empregado todos os
requisitos e condições nele previstos, inclusive
as regras de concessão de crédito, não poderá
a instituição consignatária negar‑se a celebrar
a operação de empréstimo, financiamento,
cartão de crédito ou arrendamento mercantil.
c §§ 1o a 3o com a redação dada pela Lei n o 13.172,
de 21-10-2015.
§ 4 o Para a realização das operações referi‑
das nesta Lei, é assegurado ao empregado o
direito de optar por instituição consignatária
que tenha firmado acordo com o empregador,
com sua entidade sindical, ou qualquer outra
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
instituição consignatária de sua livre escolha,
ficando o empregador obrigado a proceder
aos descontos e repasses por ele contratados
e autorizados.
§ 5o No caso dos acordos celebrados nos ter‑
mos do § 2o deste artigo, os custos de que trata
o § 2o do art. 3o deverão ser negociados entre o
empregador e a entidade sindical, sendo veda‑
da a fixação de custos superiores aos previstos
pelo mesmo empregador nos acordos referidos
no § 1o deste artigo.
§ 6o Poderá ser prevista nos acordos referidos
nos §§ 1o e 2o deste artigo, ou em acordo espe‑
cífico entre a instituição consignatária e o em‑
pregador, a absorção dos custos referidos no
§ 2o do art. 3o pela instituição consignatária.
§ 7o É vedada aos empregadores, entidades e
centrais sindicais a cobrança de qualquer taxa
ou exigência de contrapartida pela celebra‑
ção ou pela anuência nos acordos referidos
nos §§ 1o e 2o, bem como a inclusão neles de
cláusulas que impliquem pagamento em seu
favor, a qualquer título, pela realização das
operações de que trata esta Lei, ressalvado o
disposto no § 2o do art. 3o.
§ 8o Fica o empregador ou a instituição con‑
signatária obrigada a disponibilizar, inclusive
em meio eletrônico, a opção de bloqueio de
novos descontos.
c § 8 o com a redação dada pela Lei n o 13.097, de
19-1-2015.
Art. 5o O empregador será o responsável pelas
informações prestadas, pelo desconto dos va‑
lores devidos e pelo seu repasse às instituições
consignatárias, que deverá ser realizado até o
quinto dia útil após a data de pagamento ao
mutuário de sua remuneração disponível.
c Caput com a redação dada pela Lei no 13.097, de
19-1-2015.
§ 1o O empregador, salvo disposição contratual
em contrário, não será corresponsável pelo
pagamento dos empréstimos, financiamentos,
cartões de crédito e arrendamentos mercantis
concedidos aos seus empregados, mas res‑
ponderá como devedor principal e solidário
perante a instituição consignatária por valores
a ela devidos em razão de contratações por
1443
Lei no 10.826/2003
ele confirmadas na forma desta Lei e de seu
regulamento que deixarem, por sua falha ou
culpa, de ser retidos ou repassados.
§ 2 o Na hipótese de comprovação de que o
pagamento mensal do empréstimo, financia‑
mento, cartão de crédito ou arrendamento
mercantil tenha sido descontado do mutuário
e não tenha sido repassado pelo empregador,
ou pela instituição financeira mantenedora, na
forma do § 5o, à instituição consignatária, fica
esta proibida de incluir o nome do mutuário
em cadastro de inadimplentes.
c §§ 1o e 2o com a redação dada pela Lei n o 13.172,
de 21-10-2015.
§ 3o Na hipótese de ocorrência da situação des‑
crita no § 2o, é cabível o ajuizamento de ação
de depósito, nos termos do Capítulo II do Títu‑
lo I do Livro IV da Lei no 5.869, de 11 de janeiro
de 1973 – Código de Processo Civil, em face do
empregador, ou da instituição financeira man‑
tenedora, se responsável pelo desconto, na
forma do § 5o, e de seus representantes legais.
c § 3 o com a redação dada pela Lei n o 13.097, de
19-1-2015.
c Arts. 539 a 549 do CPC/2015.
§ 4o No caso de falência do empregador, antes
do repasse das importâncias descontadas dos
mutuários, fica assegurado à instituição con‑
signatária o direito de pedir, na forma prevista
em lei, a restituição das importâncias retidas.
§ 5o O acordo firmado entre o empregador e
a instituição financeira mantenedora poderá
prever que a responsabilidade pelo desconto
de que trata o caput será da instituição finan‑
ceira mantenedora.
c § 5 o com a redação dada pela Lei n o 13.097, de
19-1-2015.
Art. 6 o Os titulares de benefícios de apo-
sentadoria e pensão do Regime Geral de
Previdência Social e do benefício de presta-
ção continuada de que trata o art. 20 da Lei
no 8.742, de 7 de dezembro de 1993, poderão
autorizar que o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) proceda aos descontos referidos
no art. 1o desta Lei e, de forma irrevogável e
irretratável, que a instituição financeira na
qual recebam os seus benefícios retenha,
para fins de amortização, valores referentes
ao pagamento mensal de empréstimos, fi-
nanciamentos, cartões de crédito e operações
de arrendamento mercantil por ela concedi-
dos, quando previstos em contrato, na forma
estabelecida em regulamento, observadas as
normas editadas pelo INSS e ouvido o Conse-
lho Nacional de Previdência Social.
c Caput com a redação dada pela Lei no 14.431, de
3-8-2022.
§ 1o Para os fins do caput, fica o INSS autoriza‑
do a dispor, em ato próprio, sobre:
I – as formalidades para habilitação das insti‑
tuições e sociedades referidas no art. 1o;
II – os benefícios elegíveis, em função de sua
natureza e forma de pagamento;
III – as rotinas a serem observadas para a pres‑
tação aos titulares de benefícios em manuten‑
ção e às instituições consignatárias das infor‑
mações necessárias à consecução do disposto
nesta Lei;
1444
IV – os prazos para o início dos descontos au‑ no 6.179, de 11 de dezembro de 1974, e de be-
torizados e para o repasse das prestações às nefícios que tenham como requisito para sua
instituições consignatárias; concessão a preexistência do benefício de
V – o valor dos encargos a serem cobrados prestação continuada de que trata o art. 20
para ressarcimento dos custos operacionais a da Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993.
ele acarretados pelas operações; e c § 7o acrescido pela Lei no 14.431, de 3-8-2022.
VI – as demais normas que se fizerem neces‑ Art. 6o‑A. Equiparam‑se, para os fins do dis‑
sárias. posto nos arts. 1 o e 6 o, às operações neles
§ 2o Em qualquer circunstância, a responsabi‑ referidas as que são realizadas com entidades
lidade do INSS em relação às operações referi‑ abertas ou fechadas de previdência comple‑
das no caput deste artigo restringe‑se à: mentar pelos respectivos participantes ou
I – retenção dos valores autorizados pelo be‑ assistidos.
neficiário e repasse à instituição consignatária c Art. 6 o ‑A acrescido pela Lei n o 13.183, de
nas operações de desconto, não cabendo à 4-11-2015.
autarquia responsabilidade solidária pelos dé‑ Art. 6 o‑B. Os beneficiários de programas
bitos contratados pelo segurado; e federais de transferência de renda poderão
II – manutenção dos pagamentos do titular do autorizar a União a proceder aos descontos
benefício na mesma instituição financeira en‑ em seu benefício, de forma irrevogável e irre-
quanto houver saldo devedor nas operações tratável, em favor de instituições financeiras
em que for autorizada a retenção, não caben‑ autorizadas a funcionar pelo Banco Central
do à autarquia responsabilidade solidária pelos do Brasil, para fins de amortização de valores
débitos contratados pelo segurado. referentes ao pagamento mensal de emprés-
§ 3o É vedado ao titular de benefício que reali‑ timos e financiamentos, até o limite de 40%
zar qualquer das operações referidas nesta Lei (quarenta por cento) do valor do benefício,
solicitar a alteração da instituição financeira na forma estabelecida em regulamento.
pagadora, enquanto houver saldo devedor em Parágrafo único. A responsabilidade pelo
amortização. pagamento dos créditos de que trata o ca-
c §§ 2 e 3 com a redação dada pela Lei n 10.953, put deste artigo será direta e exclusiva do
o o o
de 27-9-2004. beneficiário, e a União não poderá ser res-
§ 4o É facultada a transferência da consigna‑ ponsabilizada, ainda que subsidiariamente,
ção do empréstimo, financiamento ou arren‑ em qualquer hipótese.
damento firmado pelo empregado na vigência c Art. 6o‑B acrescido pela Lei no 14.431, de 3-8-2022.
do seu contrato de trabalho quando de sua c Dec. no 11.170, de 11-8-2022, regulamenta este
aposentadoria, observadas as condições esta‑ artigo.
belecidas nesta Lei. Art. 7o O art. 115 da Lei no 8.213, de 24 de
§ 5o Os descontos e as retenções menciona- julho de 1991, passa a vigorar com as seguin‑
dos no caput deste artigo não poderão ultra- tes alterações:
passar o limite de 45% (quarenta e cinco por c Alteração inserida no texto da referida Lei.
cento) do valor dos benefícios, sendo 35% Art. 8 o O Poder Executivo regulamentará o
(trinta e cinco por cento) destinados exclu- disposto nesta Lei.
sivamente a empréstimos, financiamentos e
arrendamentos mercantis, 5% (cinco por cen- Art. 9 Esta Lei entra em vigor na data de sua
o
publicação.
to) destinados exclusivamente à amortização
de despesas contraídas por meio de cartão Brasília, 17 de dezembro de 2003;
de crédito consignado ou à utilização com a 182o da Independência e
finalidade de saque por meio de cartão de 115o da República.
crédito consignado e 5% (cinco por cento) Luiz Inácio Lula da Silva
destinados exclusivamente à amortização
de despesas contraídas por meio de cartão
consignado de benefício ou à utilização com
a finalidade de saque por meio de cartão con- LEI No 10.826,
signado de benefício. DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003
c Caput do § 5 o com a redação dada pela Lei Dispõe sobre registro, posse e
no 14.431, de 3-8-2022. comercialização de armas de fogo e munição,
I – a amortização de despesas contraídas por sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM,
meio de cartão de crédito; ou define crimes e dá outras providências.
II – a utilização com a finalidade de saque por c Publicada no DOU de 23-12-2003.
meio do cartão de crédito. c Dec. no 9.847, de 25-6-2019, regulamenta esta lei.
c Incisos I e II acrescidos pela Lei n o 13.172, de
21-10-2015. CAPÍTULO I
DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS
§ 6o A instituição financeira que proceder à re‑
tenção de valor superior ao limite estabelecido Art. 1 o O Sistema Nacional de Armas – SI‑
no § 5o deste artigo perderá todas as garantias NARM, instituído no Ministério da Justiça, no
que lhe são conferidas por esta Lei. âmbito da Polícia Federal, tem circunscrição
em todo o território nacional.
c § 6o acrescido pela Lei n o 10.953, de 27-9-2004.
§ 7o Aplica‑se o previsto no caput e no § 5o Art. 2 Ao SINARM compete:
o
deste artigo também aos titulares da ren- I – identificar as características e a propriedade
da mensal vitalícia (RMV) prevista na Lei de armas de fogo, mediante cadastro;

I – a denominação “Cédula de Crédito Imobi‑
liário”, quando emitida cartularmente;
II – o nome, a qualificação e o endereço do
credor e do devedor e, no caso de emissão es‑
critural, também o do custodiante;
III – a identificação do imóvel objeto do crédi‑
to imobiliário, com a indicação da respectiva
matrícula no Registro de Imóveis competente
e do registro da constituição da garantia, se
for o caso;
IV – a modalidade da garantia, se for o caso;
V – o número e a série da cédula;
VI – o valor do crédito que representa;
VII – a condição de integral ou fracionária e,
nessa última hipótese, também a indicação da
fração que representa;
VIII – o prazo, a data de vencimento, o valor
da prestação total, nela incluídas as parcelas de
amortização e juros, as taxas, seguros e demais
encargos contratuais de responsabilidade do
devedor, a forma de reajuste e o valor das mul‑
tas previstas contratualmente, com a indicação
do local de pagamento;
IX – o local e a data da emissão;
X – a assinatura do credor, quando emitida
cartularmente;
XI – a autenticação pelo Oficial do Registro de
Imóveis competente, no caso de contar com
garantia real; e
XII – cláusula à ordem, se endossável.
Art. 20. A CCI é título executivo extrajudicial,
exigível pelo valor apurado de acordo com as
cláusulas e condições pactuadas no contrato
que lhe deu origem.
Parágrafo único. O crédito representado pela
CCI será exigível mediante ação de execução,
ressalvadas as hipóteses em que a lei determi‑
ne procedimento especial, judicial ou extraju‑
dicial para satisfação do crédito e realização
da garantia.
Art. 21. A emissão e a negociação de CCI in‑
depende de autorização do devedor do crédito
imobiliário que ela representa.
Art. 22. A cessão do crédito representado por
CCI poderá ocorrer por meio de sistema de en‑
tidade autorizada pelo Banco Central do Brasil
a exercer a atividade de depósito centralizado
de ativos financeiros na qual a CCI tenha sido
depositada.
c Caput com a redação dada pela Lei no 13.986, de
7-4-2020.
§ 1o A cessão do crédito representado por CCI
implica automática transmissão das respectivas
garantias ao cessionário, sub‑rogando‑o em
todos os direitos representados pela cédula,
ficando o cessionário, no caso de contrato de
alienação fiduciária, investido na propriedade
fiduciária.
§ 2o A cessão de crédito garantido por direito
real, quando representado por CCI emitida sob
a forma escritural, está dispensada de averba‑
ção no Registro de Imóveis, aplicando‑se, no
que esta Lei não contrarie, o disposto nos
arts. 286 e seguintes da Lei no 10.406, de 10
de janeiro de 2002 – Código Civil Brasileiro.
Art. 23. Revogado. Lei no 14.430, de 3-8-2022.
Art. 24. O resgate da dívida representada pela ração eletrônica sujeitam a entidade respon‑
CCI prova‑se com a declaração de quitação,
emitida pelo credor, ou, na falta desta, por
outros meios admitidos em direito.
Art. 25. É vedada a averbação da emissão de
CCI com garantia real quando houver pre‑
notação ou registro de qualquer outro ônus
real sobre os direitos imobiliários respectivos,
inclusive penhora ou averbação de qualquer
mandado ou ação judicial.
CAPÍTULO IV
DA CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO
Art. 26. A Cédula de Crédito Bancário é tí‑
tulo de crédito emitido, por pessoa física ou
jurídica, em favor de instituição financeira ou
de entidade a esta equiparada, representando
promessa de pagamento em dinheiro, decor‑
rente de operação de crédito, de qualquer
modalidade.
§ 1o A instituição credora deve integrar o Sis‑
tema Financeiro Nacional, sendo admitida a
emissão da Cédula de Crédito Bancário em
favor de instituição domiciliada no exterior,
desde que a obrigação esteja sujeita exclusi‑
vamente à lei e ao foro brasileiros.
§ 2o A Cédula de Crédito Bancário em favor de
instituição domiciliada no exterior poderá ser
emitida em moeda estrangeira.
Art. 27. A Cédula de Crédito Bancário poderá
ser emitida, com ou sem garantia, real ou fide‑
jussória, cedularmente constituída.
Parágrafo único. A garantia constituída será
especificada na Cédula de Crédito Bancário,
observadas as disposições deste Capítulo e,
no que não forem com elas conflitantes, as da
legislação comum ou especial aplicável.
Art. 27‑A. A Cédula de Crédito Bancário po‑
derá ser emitida sob a forma escritural, por
meio do lançamento em sistema eletrônico de
escrituração.
Parágrafo único. O sistema eletrônico de
escrituração de que trata o caput deste artigo
será mantido em instituição financeira ou em
outra entidade autorizada pelo Banco Central
do Brasil a exercer a atividade de escrituração
eletrônica.
Art. 27‑B. Compete ao Banco Central do
Brasil:
I – estabelecer as condições para o exercício da
atividade de escrituração eletrônica de que tra‑
ta o parágrafo único do art. 27‑A desta Lei; e
II – autorizar e supervisionar o exercício da
atividade prevista no inciso I do caput deste
artigo.
§ 1 o A autorização de que trata o parágrafo
único do art. 27‑A desta Lei poderá, a crité‑
rio do Banco Central do Brasil, ser concedida
por segmento, por espécie ou por grupos de
entidades que atendam a critérios específi‑
cos, dispensada a concessão de autorização
individualizada.
§ 2 o As infrações às normas legais e regula‑
mentares que regem a atividade de escritu‑
Lei no 10.931/2004
sável pelo sistema eletrônico de escrituração,
os seus administradores e os membros de seus
órgãos estatutários ou contratuais ao dispos‑
to na Lei n o 13.506, de 13 de novembro de
2017.
Art. 27‑C. A entidade responsável pelo siste‑
ma eletrônico de escrituração de que trata o
art. 27‑A desta Lei expedirá, mediante solici‑
tação de seu titular, certidão de inteiro teor do
título, a qual corresponderá a título executivo
extrajudicial.
Parágrafo único. A certidão de que trata
o caput deste artigo poderá ser emitida na
forma eletrônica, observados os requisitos de
segurança que garantam a autenticidade e a
integridade do documento.
Art. 27‑D. O Banco Central do Brasil poderá
regulamentar a emissão, a assinatura, a ne‑
gociação e a liquidação da Cédula de Crédito
Bancário emitida sob a forma escritural.
c Arts. 27‑A a 27‑D acrescidos pela Lei no 13.986, de
7-4-2020.
Art. 28. A Cédula de Crédito Bancário é títu‑
lo executivo extrajudicial e representa dívida
em dinheiro, certa, líquida e exigível, seja pela
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
soma nela indicada, seja pelo saldo devedor
demonstrado em planilha de cálculo, ou nos
extratos da conta‑corrente, elaborados confor‑
me previsto no § 2o.
§ 1o Na Cédula de Crédito Bancário poderão
ser pactuados:
I – os juros sobre a dívida, capitalizados ou não,
os critérios de sua incidência e, se for o caso, a
periodicidade de sua capitalização, bem como
as despesas e os demais encargos decorrentes
da obrigação;
II – os critérios de atualização monetária ou de
variação cambial como permitido em lei;
III – os casos de ocorrência de mora e de inci‑
dência das multas e penalidades contratuais,
bem como as hipóteses de vencimento ante‑
cipado da dívida;
IV – os critérios de apuração e de ressarcimen‑
to, pelo emitente ou por terceiro garantidor,
das despesas de cobrança da dívida e dos
honorários advocatícios, judiciais ou extraju‑
diciais, sendo que os honorários advocatícios
extrajudiciais não poderão superar o limite de
dez por cento do valor total devido;
V – quando for o caso, a modalidade de garan‑
tia da dívida, sua extensão e as hipóteses de
substituição de tal garantia;
VI – as obrigações a serem cumpridas pelo
credor;
VII – a obrigação do credor de emitir extratos
da conta‑corrente ou planilhas de cálculo da
dívida, ou de seu saldo devedor, de acordo com
os critérios estabelecidos na própria Cédula de
Crédito Bancário, observado o disposto no
§ 2 o; e
VIII – outras condições de concessão do cré‑
dito, suas garantias ou liquidação, obrigações
adicionais do emitente ou do terceiro garanti‑
dor da obrigação, desde que não contrariem as
disposições desta Lei.
1475
Lei no 10.962/2004
Provisória no 2.223, de 4 de setembro de 2001,
as disposições anteriormente vigentes.
Art. 49. No caso do não pagamento tempes‑
tivo, pelo devedor, dos tributos e das taxas
condominiais incidentes sobre o imóvel objeto
do crédito imobiliário respectivo, bem como
das parcelas mensais incontroversas de en‑
cargos estabelecidos no respectivo contrato e
de quaisquer outros encargos que a lei impo‑
nha ao proprietário ou ao ocupante de imó‑
vel, poderá o juiz, a requerimento do credor,
determinar a cassação de medida liminar, de
medida cautelar ou de antecipação dos efeitos
da tutela que tenha interferido na eficácia de
cláusulas do contrato de crédito imobiliário
correspondente ou suspendido encargos dele
decorrentes.
Art. 50. Nas ações judiciais que tenham por
objeto obrigação decorrente de empréstimo,
financiamento ou alienação imobiliários, o
autor deverá discriminar na petição inicial,
dentre as obrigações contratuais, aquelas que
pretende controverter, quantificando o valor
incontroverso, sob pena de inépcia.
§ 1 o O valor incontroverso deverá continuar
sendo pago no tempo e modo contratados.
§ 2 o A exigibilidade do valor controvertido
poderá ser suspensa mediante depósito do
montante correspondente, no tempo e modo
contratados.
Art. 54. A Lei no 4.591, de 1964, passa a vigo‑ LEI No 10.962,
rar com as seguintes alterações: DE 11 DE OUTUBRO DE 2004
c Alterações inseridas no texto da referida Lei. Dispõe sobre a oferta e as formas
Alterações de Leis sobre de afixação de preços de produtos
Alienação Fiduciária e serviços para o consumidor.
Publicada no DOU de 13-10-2004.
Art. 55. A Seção XIV da Lei no 4.728, de 14 de c
julho de 1965, passa a vigorar com a seguinte c Dec. n o 5.903, de 20-9-2006, regulamenta esta
Lei e dispõe sobre as práticas infracionais que
redação:
atentam contra o direito básico do consumidor de
c Alterações inseridas no texto da referida Lei. obter informação clara e adequada sobre produtos
Art. 56. O Decreto‑Lei no 911, de 1o de outu‑ e serviços.
bro de 1969, passa a vigorar com as seguintes Art. 1o Esta Lei regula as condições de oferta
alterações: e afixação de preços de bens e serviços para o
c Alterações inseridas no texto da referida Lei. consumidor.
Art. 57. A Lei no 9.514, de 1997, passa a vigo‑ Art. 2o São admitidas as seguintes formas de
rar com as seguintes alterações: afixação de preços em vendas a varejo para o
consumidor:
c Alterações inseridas no texto da referida Lei.
I – no comércio em geral, por meio de eti‑
Alterações no Código Civil
quetas ou similares afixados diretamente nos
Art. 58. A Lei no 10.406, de 2002 – Código Ci‑ bens expostos à venda, e em vitrines, median‑
vil passa a vigorar com as seguintes alterações:
te divulgação do preço à vista em caracteres
c Alterações inseridas no texto da referida Lei. legíveis;
Alterações na Lei de Registros Públicos c Art. 5o do Dec. no 5.903, de 20-9-2006, que dispõe
Art. 59. A Lei no 6.015, de 31 de dezembro sobre a afixação de bens e serviços para o consu-
midor em vitrines.
de 1973, passa a vigorar com as seguintes
II – em autosserviços, supermercados, hiper‑
alterações:
c Alterações inseridas no texto da referida Lei. mercados, mercearias ou estabelecimentos
comerciais onde o consumidor tenha acesso
Alteração na Lei do FGTS
direto ao produto, sem intervenção do co‑
Art. 60. O caput do art. 9 da Lei n 8.036, de merciante, mediante a impressão ou afixação
o o

§ 3o Em havendo concordância do réu, o autor
poderá efetuar o depósito de que trata o § 2o
deste artigo, com remuneração e atualização
nas mesmas condições aplicadas ao contrato:
I – na própria instituição financeira credora,
oficial ou não; ou
II – em instituição financeira indicada pelo cre‑
dor, oficial ou não, desde que estes tenham
pactuado nesse sentido.
§ 4o O juiz poderá dispensar o depósito de que
trata o § 2o em caso de relevante razão de di‑
reito e risco de dano irreparável ao autor, por
decisão fundamentada na qual serão detalha‑
das as razões jurídicas e fáticas da ilegitimida‑Art. 63. Nas operações envolvendo recursos
de da cobrança no caso concreto.
§ 5o É vedada a suspensão liminar da exigibili‑
dade da obrigação principal sob a alegação de
compensação com valores pagos a maior, sem
o depósito do valor integral desta.
Art. 51. Sem prejuízo das disposições do Có‑
digo Civil, as obrigações em geral também po‑
derão ser garantidas, inclusive por terceiros,
por cessão fiduciária de direitos creditórios
decorrentes de contratos de alienação de imó‑
veis, por caução de direitos creditórios ou aqui‑Secretaria da Receita Federal, no âmbito das
sitivos decorrentes de contratos de venda ou
promessa de venda de imóveis e por alienação
fiduciária de coisa imóvel.
Art. 52. Uma vez protocolizados todos os do‑
cumentos necessários à averbação ou ao re‑
gistro dos atos e dos títulos a que se referem
esta Lei e a Lei no 9.514, de 1997, o oficial de
Registro de Imóveis procederá ao registro ou
à averbação, dentro do prazo de quinze dias.
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS 4 de setembro de 2001, e os arts. 66 e 66‑A da
Alterações da Lei de Incorporações
Art. 53. O Título II da Lei n 4.591, de 16 de
o Brasília, 2 de agosto de 2004;
dezembro de 1964, passa a vigorar acrescido
dos seguintes Capítulo e artigos:
c Alterações inseridas no texto da referida Lei.
11 de maio de 1990, passa a vigorar com a do preço do produto na embalagem, ou a afi‑
seguinte redação:
c Alterações inseridas no texto da referida Lei. afixação de código de barras;
Alterações na Lei de Locações
Art. 61. A Lei n o 8.245, de 18 de outubro
de 1991, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
c Alterações inseridas no texto da referida Lei.
Alterações na Lei de Protesto de
Títulos e Documentos de Dívida
Art. 62. VETADO.
Normas Complementares a esta Lei
do Sistema Financeiro da Habitação e do Siste‑
ma Financeiro Imobiliário, relacionadas com a
moradia, é vedado cobrar do mutuário a ela‑
boração de instrumento contratual particular,
ainda que com força de escritura pública.
Art. 63‑A. Revogado. Lei n o 13.476, de
28-8-2017.
Art. 64. VETADO.
Art. 65. O Conselho Monetário Nacional e a
suas respectivas atribuições, expedirão as ins‑
truções que se fizerem necessárias à execução
das disposições desta Lei.
Vigência
Art. 66. Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Revogações
Art. 67. Ficam revogadas as Medidas Provisó‑
rias n os 2.160-25, de 23 de agosto de 2001,
2.221, de 4 de setembro de 2001, e 2.223, de
Lei no 4.728, de 14 de julho de 1965.
183o da Independência e
116o da República.
Luiz Inácio Lula da Silva
xação de código referencial, ou ainda, com a
c Art. 6 o do Dec. n o 5.903, de 20-9-2006, que dis-
põe sobre as modalidades de afixação para os
preços de bens e serviços nos estabelecimentos
comerciais.
III – no comércio eletrônico, mediante divul‑
gação ostensiva do preço à vista, junto à ima‑
gem do produto ou descrição do serviço, em
caracteres facilmente legíveis com tamanho de
fonte não inferior a doze.
c Inciso III acrescido pela Lei n o 13.543, de
19-12-2017.
Parágrafo único. Nos casos de utilização de
código referencial ou de barras, o comerciante
deverá expor, de forma clara e legível, junto
aos itens expostos, informação relativa ao pre‑
ço à vista do produto, suas características e
código.
Art. 2o‑A Na venda a varejo de produtos fra‑
cionados em pequenas quantidades, o comer‑
ciante deverá informar, na etiqueta contendo
o preço ou junto aos itens expostos, além do
preço do produto à vista, o preço correspon‑
dente a uma das seguintes unidades funda‑
mentais de medida: capacidade, massa, vo‑
lume, comprimento ou área, de acordo com
a forma habitual de comercialização de cada
tipo de produto.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não
se aplica à comercialização de medicamentos.
Art. 2 o ‑A acrescido pela Lei n o 13.175, de
c
21-10-2015.
Art. 3o Na impossibilidade de afixação de pre‑
ços conforme disposto no art. 2 o, é permitido
o uso de relações de preços dos produtos ex‑
postos, bem como dos serviços oferecidos, de
forma escrita, clara e acessível ao consumidor.
Art. 4o Nos estabelecimentos que utilizem có‑
digo de barras para apreçamento, deverão ser
oferecidos equipamentos de leitura ótica para

1478

penhor sobre os direitos creditórios dados em
substituição.
§ 2 o Na hipótese de emissão de CDCA em
série, o direito de penhor a que se refere o
caput deste artigo incidirá sobre fração ideal
do conjunto de direitos creditórios vinculados,
proporcionalmente ao crédito do titular dos
CDCA da mesma série.
Art. 33. Além do penhor constituído na forma
do art. 32 desta Lei, o CDCA e a LCA pode-
rão contar com quaisquer garantias adicionais
previstas na legislação e livremente pactuadas
entre as partes, podendo ser constituídas no
próprio título ou em documento à parte.
Parágrafo único. Se a garantia for constituí-
da no próprio título, a descrição dos bens po-
derá ser feita em documento à parte, assinado
pelos representantes legais do emitente, com
menção a essa circunstância no contexto dos
títulos.
c Art. 33 com a redação dada pela Lei n 13.986, de
o
7-4-2020.
Art. 34. Os direitos creditórios vinculados ao
CDCA e à LCA não serão penhorados, seques-
trados ou arrestados em decorrência de outras
dívidas do emitente desses títulos, a quem
Art. 35‑C. A liquidação do pagamento em zados a funcionar pela Comissão de Valores
favor do legítimo credor, por qualquer meio
de pagamento existente no âmbito do Sistema
de Pagamentos Brasileiro, constituirá prova de
pagamento, total ou parcial, do CDCA emitido
sob a forma escritural.
Parágrafo único. A prova de pagamento de
que trata o caput deste artigo será informada
no sistema eletrônico de escrituração de que
trata o art. 35‑A desta Lei, com referência ex-
pressa ao CDCA amortizado ou liquidado.
Art. 35‑D. O sistema eletrônico de escritu-
ração de que trata o art. 35‑A desta Lei fará
constar:
I – os requisitos essenciais do título;
II – o endosso e a cadeia de endossos, se
houver;
III – os aditamentos, as ratificações e as reti-
ficações; e
IV – a inclusão de notificações, de cláusulas
contratuais e de outras informações.
Parágrafo único. Na hipótese de serem cons-
tituídos gravames e ônus, tal ocorrência será
informada no sistema de que trata o art. 35‑A
desta Lei.
Lei no 11.076/2004
Mobiliários.
Parágrafo único. Na hipótese do caput des-
te artigo, será observado o disposto na Lei
no 6.385, de 7 de dezembro de 1976.
Art. 44. Aplicam‑se ao CDCA, à LCA e ao CRA,
no que forem cabíveis, as normas de direito
cambial, com as seguintes modificações:
I – os endossos devem ser completos;
II – é dispensado o protesto cambial para asse-
gurar o direito de regresso contra endossantes
e avalistas.
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
Art. 45. Fica autorizada a emissão do CDA e
do WA até 31 de dezembro de 2009 por arma-
zéns que não detenham a certificação prevista
no art. 2 o da Lei no 9.973, de 29 de maio de
2000, mas que atendam a requisitos mínimos a
serem definidos pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.
c Artigo com a redação dada pela Lei no 11.524, de

caberá informar ao juízo, que tenha determi-
nado tal medida, a respeito da vinculação de
tais direitos aos respectivos títulos, sob pena
de responder pelos prejuízos resultantes de
sua omissão.
Art. 35. O CDCA e a LCA poderão ser emitidos
sob a forma escritural, hipótese em que tais
títulos deverão ser registrados ou depositados
em entidade autorizada a exercer a atividade
de registro ou de depósito centralizado de ati-
vos financeiros e de valores mobiliários.
c Caput com a redação dada pela Lei no 13.986, de de livre negociação, representativo de promes-
7-4-2020.
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
c Arts. 35‑A a 35‑D acrescidos pela Lei no 13.986, de 24-9-2007.
7-4-2020.
Art. 46. Para os produtos especificados no § 1o
Seção V
do art. 1o desta Lei, fica vedada a emissão do
SECURITIZAÇÃO DE DIREITOS
Conhecimento de Depósito e do Warrant pre-
CREDITÓRIOS DO AGRONEGÓCIO
vistos no Decreto n 1.102, de 21 de novembro
o
Subseção I
de 1903, observado o disposto no art. 55, II,
DO CERTIFICADO DE RECEBÍVEIS desta Lei.
DO AGRONEGÓCIO
Art. 47. O caput do art. 82 da Lei no 5.764, de
Art. 36. O Certificado de Recebíveis do Agro- 16 de dezembro de 1971, passa a vigorar com
negócio – CRA é título de crédito nominativo,
a seguinte redação:
sa de pagamento em dinheiro e constitui título c Alteração inserida no texto da referida Lei.

I e II – Revogados. Lei n 13.986, de 7-4-2020. executivo extrajudicial.

o Art. 48. O art. 6o da Lei no 9.973, de 29 de
Parágrafo único. Revogado. Lei n o 13.986, Parágrafo único. Revogado. Lei n 14.430, maio de 2000, passa a vigorar com a seguinte
o

de 7-4-2020. de 3-8-2022. redação:

Art. 35‑A. A emissão escritural do CDCA po- Art. 37. Revogado. Lei n 14.430, de 3-8-2022.
o
“Art. 6o..................................................................
derá, alternativamente, ocorrer por meio do Subseção II ............................................................................
lançamento em sistema eletrônico de escri- DAS COMPANHIAS SECURITIZADORAS § 3o O depositário e o depositante poderão definir,
turação gerido por entidade autorizada pelo DE DIREITOS CREDITÓRIOS DO de comum acordo, a constituição de garantias, as
Banco Central do Brasil a exercer a atividade AGRONEGÓCIO E DO REGIME FIDUCIÁRIO quais deverão estar registradas no contrato de de-
de escrituração. pósito ou no Certificado de Depósito Agropecuário
Arts. 38 e 39. Revogados. Lei no 14.430, de
Art. 35‑B. Compete ao Banco Central do 3-8-2022. – CDA.
Brasil: ............................................................................
Subseção III § 7o O disposto no § 3 o deste artigo não se aplica
I – estabelecer as condições para o exercício
da atividade de escrituração de que trata o DA SECURITIZAÇÃO DE DIREITOS à relação entre cooperativa e seus associados de
art. 35‑A desta Lei; e CREDITÓRIOS DO AGRONEGÓCIO que trata o art. 83 da Lei no 5.764, de 16 de dezem-
II – autorizar e supervisionar o exercício da Art. 40. Revogado. Lei no 14.430, de 3-8-2022. bro de 1971”.
atividade prevista no inciso I do caput deste Art. 49. Cabe ao Conselho Monetário Na-
Seção VI
artigo.
DISPOSIÇÕES COMUNS AO cional regulamentar as disposições desta
§ 1 A autorização de que trata o inciso II do
o
CDCA, À LCA E AO CRA Lei referentes ao CDA, ao WA, ao CDCA, à
caput deste artigo poderá, a critério do Banco
Central do Brasil, ser concedida por segmento, Art. 41. É facultada a cessão fiduciária em ga- LCA e ao CRA, podendo inclusive estabele-
por espécie ou por grupos de entidades que rantia de direitos creditórios do agronegócio, cer prazos mínimos e outras condições para
atendam a critérios específicos, sendo dispen- em favor dos adquirentes do CDCA, da LCA e emissão e resgate e diferenciar tais condições
sável a autorização individualizada. do CRA, nos termos do disposto nos arts. 18 de acordo com o tipo de indexador adotado
§ 2o A entidade responsável pela escrituração a 20 da Lei n 9.514, de 20 de novembro de contratualmente.
o

de que trata o art. 35‑A desta Lei expedirá, 1997.
mediante solicitação, certidão de inteiro teor Art. 42. O CDCA, a LCA e o CRA poderão con-
do título, inclusive para fins de protesto e de ter cláusula expressa de variação do seu valor Art. 50. O art. 2 o da Lei n o 8.427, de 27 de
execução. nominal, desde que seja a mesma dos direitos
§ 3 o A certidão de que trata o § 2 o deste ar- creditórios a eles vinculados.
tigo poderá ser emitida na forma eletrônica, Art. 43. O CDCA, a LCA e o CRA poderão ser
observados os requisitos de segurança que distribuídos publicamente e negociados em
garantam a autenticidade e a integridade do Bolsas de Valores e de Mercadorias e Futuros
documento. e em mercados de balcão organizados autori-
c Artigo com a redação dada pela Lei no 13.097, de
19-1-2015.
maio de 1992, passa a vigorar com as seguin-
tes alterações:
“Art. 2o..................................................................
§ 1o.......................................................................
............................................................................

1483
 Lei no 12.815/2013
fungíveis e infungíveis, o controle de sua titula‑
ridade efetiva e o tratamento de seus eventos.
Parágrafo único. As entidades referidas no
caput são responsáveis pela integridade dos
sistemas por elas mantidos e dos registros cor‑
respondentes aos ativos financeiros e valores
mobiliários sob sua guarda centralizada.
Art. 24. Para fins do depósito centralizado,
os ativos financeiros e valores mobiliários, em
forma física ou eletrônica, serão transferidos
no regime de titularidade fiduciária para o de‑
positário central.
§ 1o A constituição e a extinção da titularidade
fiduciária em favor do depositário central serão
realizadas, inclusive para fins de publicidade e
eficácia perante terceiros, exclusivamente com
a inclusão e a baixa dos ativos financeiros e va‑
lores mobiliários nos controles de titularidade
da entidade.
§ 2o Os registros do emissor ou do escriturador
dos ativos financeiros e dos valores mobiliários
devem refletir fielmente os controles de titula‑
ridade do depositário central.
§ 3o Os ativos financeiros e valores mobiliários
transferidos na forma do caput:
I – não se comunicarão com o patrimônio geral
ou com outros patrimônios especiais das enti‑
dades qualificadas como depositário central;
II – devem permanecer nas contas de depósi‑
to centralizado em nome do respectivo titular
efetivo ou, quando admitido pela regulamen‑
tação pertinente, de seu representante, até
que sejam resgatados, retirados de circulação
ou restituídos aos seus titulares efetivos; e
III – não são passíveis de constituição de ga‑
rantia pelas entidades qualificadas como de‑
positários centrais e não respondem pelas suas
obrigações.
§ 4 o O depositário central não pode dispor
dos ativos financeiros e dos valores mobiliá‑
rios recebidos em titularidade fiduciária e fica
obrigado a restituí‑los ao seu titular efetivo ou,
quando admitido pela regulamentação perti‑
nente, ao seu representante, com todos os di‑
reitos e ônus que lhes tiverem sido atribuídos
enquanto mantidos em depósito centralizado.
Art. 25. A titularidade efetiva dos ativos fi‑
nanceiros e dos valores mobiliários objeto de
depósito centralizado se presume pelos con‑
troles de titularidade mantidos pelo depositá‑
rio central.
Parágrafo único. A transferência dos ativos
financeiros e dos valores mobiliários de que
trata o caput dá‑se exclusivamente em confor‑
midade com instruções recebidas.
Art. 26. A constituição de gravames e ônus,
inclusive para fins de publicidade e eficácia
perante terceiros, sobre ativos financeiros e
valores mobiliários objeto de registro ou de
depósito centralizado será realizada, exclusi‑
vamente, nas entidades registradoras ou nos
depositários centrais em que os ativos financei‑ da atividade prevista no inciso I.
ros e valores mobiliários estejam registrados ou Parágrafo único. O registro de ativos finan‑ c Publicada no DOU de 5-6-2013, edição extra.
depositados, independentemente da natureza
do negócio jurídico a que digam respeito.
c Caput com a redação dada pela Lei no 13.476, de ções referentes a transações financeiras, res‑
28-8-2017.
§ 1 o Para fins de constituição de gravames e c Parágrafo
ônus sobre ativos financeiros e valores mo‑
biliários que não estejam registrados ou de‑ Art. 29. A infração às normas legais e regula‑ ções portuárias e as atividades desempenhadas
positados nas entidades registradoras ou nos mentares que regem as atividades de depósito pelos operadores portuários.
1620
56-LC.indd 1620
depositários centrais, aplica‑se o disposto nas
respectivas legislações específicas.
§ 2o A constituição de gravames e ônus de que
trata o caput deste artigo poderá ser realiza‑
da de forma individualizada ou universal, por
meio de mecanismos de identificação e agru‑
pamento definidos pelas entidades registra‑
doras ou pelos depositários centrais de ativos
financeiros e valores mobiliários.
§ 3o Nas hipóteses em que a lei exigir instru‑
mento ou disposição contratual específica para
a constituição de gravames e ônus, deverá o
instrumento ser registrado na entidade regis‑
tradora ou no depositário central, para os fins
previstos no caput deste artigo.
§ 4o Compete ao Banco Central do Brasil e à
Comissão de Valores Mobiliários, no âmbito de
suas competências, estabelecer as condições
para a constituição de gravames e ônus previs‑
ta neste artigo pelas entidades registradoras
ou pelos depositários centrais, inclusive no que
concerne ao acesso à informação.
§ 5o Compete ao Banco Central do Brasil, no
âmbito de suas atribuições legais, monitorar
as operações de crédito afetadas pelo dispos‑
to neste artigo, com a verificação do nível de
redução do custo médio dessas operações,
a ser divulgado mensalmente, na forma do
regulamento.
c §§ 1 o a 5 o acrescidos pela Lei n o 13.476, de publicação.
28-8-2017.
Art. 26‑A. Compete ao Conselho Monetário
Nacional:
I – disciplinar a exigência de registro ou de
depósito centralizado de ativos financeiros e
valores mobiliários por instituições financeiras
e demais instituições autorizadas a funcionar
pelo Banco Central do Brasil, inclusive no que
se refere à constituição dos gravames e ônus
prevista no art. 26 desta Lei; e
II – dispor sobre os ativos financeiros que serão
considerados para fins do registro e do depósi‑
to centralizado de que trata esta Lei, inclusive
no que se refere à constituição de gravames e
ônus referida no art. 26 desta Lei, em função
de sua inserção em operações no âmbito do
sistema financeiro nacional.
c Art. 26‑A acrescido pela Lei n o 13.476, de
28-8-2017.
Art. 27. Permanece aplicável às ações e aos
valores mobiliários emitidos com amparo no
regime da Lei n o 6.404, de 15 de dezembro
de 1976, o disposto no seu art. 41, observan‑ pela União de portos e instalações portuárias
do‑se, no que couber, os procedimentos fixa‑
dos nesta Lei.
Art. 28. Compete ainda ao Banco Central do
Brasil e à Comissão de Valores Mobiliários, no
âmbito das respectivas competências:
I – autorizar e supervisionar o exercício da ati‑
vidade de registro de ativos financeiros e de
valores mobiliários; e
II – estabelecer as condições para o exercício
setembro de 2007; e dá outras providências.
ceiros e de valores mobiliários compreende o c Dec. no 8.033, de 27-6-2013, regulamenta esta Lei.
armazenamento e a publicidade de informa‑
CAPÍTULO I
salvados os sigilos legais.
único com a redação dada pela Lei Art. 1o Esta Lei regula a exploração pela União,
no 13.986, de 7-4-2020. direta ou indiretamente, dos portos e instala‑
centralizado e de registro de ativos financeiros
e de valores mobiliários sujeita as entidades
autorizadas a exercer essas atividades, seus
administradores e membros de conselhos fis‑
cais, consultivos e assemelhados ao disposto
na Lei n o 6.385, de 7 de dezembro de 1976,
aplicável pela Comissão de Valores Mobiliários,
e às demais disposições legais.
c Artigo com a redação dada pela Lei no 13.506, de
13-11-2017.
Art. 30. O § 2o do art. 34 da Lei no 6.404, de
15 de dezembro de 1976, passa a vigorar com
a seguinte redação:
Alteração inserida no texto da referida lei.
c
Art. 31. Revogado. Lei no 14.430, de 3-8-2022.
Art. 32. Revogado. Lei n o 14.382, de
27-6-2022.
Art. 33. O art. 31 da Lei no 9.514, de 20 de
novembro de 1997, passa a vigorar acrescido
do seguinte parágrafo único:
c Alteração inserida no texto da referida lei.
Art. 34. A Lei no 9.514, de 20 de dezembro
de 1997, passa a vigorar acrescida do seguinte
Capítulo II‑A:
c Alterações inseridas no texto da referida lei.
Art. 35. Esta Lei entra em vigor na data de sua
Art. 36. Revogam‑se os §§ 1o e 3o do art. 1o e
o art. 3o da Lei no 11.828, de 20 de novembro
de 2008.
Art. 37. Revoga‑se o parágrafo único do
art. 293 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro
de 1976.
Art. 38. Revogam‑se o § 3o do art. 25 da Lei
n o 9.514, de 20 de novembro de 1997, e o
art. 6 o da Lei n o 12.703, de 7 de agosto de
2012.
Brasília, 15 de maio de 2013;
192o da Independência e
125o da República.
Dilma Rousseff
LEI No 12.815,
DE 5 DE JUNHO DE 2013
Dispõe sobre a exploração direta e indireta
e sobre as atividades desempenhadas
pelos operadores portuários; altera as Leis
nos 5.025, de 10 de junho de 1966, 10.233,
de 5 de junho de 2001, 10.683, de 28 de
maio de 2003, 9.719, de 27 de novembro
de 1998, e 8.213, de 24 de julho de 1991;
revoga as Leis nos 8.630, de 25 de fevereiro
de 1993, e 11.610, de 12 de dezembro de
2007, e dispositivos das Leis nos 11.314,
de 3 de julho de 2006, e 11.518, de 5 de
DEFINIÇÕES E OBJETIVOS
15/09/2022 08:31
Lei no 14.148/2021
direitos sobre coisas móveis, títulos de crédito,
direitos creditórios ou recebíveis futuros.
§ 8o Na elaboração de parâmetros para aceitação
da transação ou para mensuração do grau de
recuperabilidade, no âmbito das transações dis-
postas neste artigo, deverá ser levado em consi-
deração prioritariamente o impacto da pandemia
da COVID-19 na capacidade de geração de resul-
tados da pessoa jurídica durante todo o período
da pandemia e da Emergência em Saúde Pública
de Importância Nacional (ESPIN).
§ 9o As associações representativas dos setores
beneficiários do PERSE poderão solicitar aten-
dimento preferencial, com o objetivo de tratar
da adesão e difundir os benefícios previstos
nesta Lei.
Art. 4o Ficam reduzidas a 0% (zero por cento)
pelo prazo de 60 (sessenta) meses, contado
do início da produção de efeitos desta Lei,
as alíquotas dos seguintes tributos inciden-
tes sobre o resultado auferido pelas pessoas
jurídicas de que trata o art. 2o desta Lei:
I – Contribuição para os Programas de Inte-
gração Social e de Formação do Patrimônio
do Servidor Público (Contribuição PIS/PASEP);
II – Contribuição para o Financiamento da Se-
guridade Social (COFINS);
III – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL); e
IV – Imposto sobre a Renda das Pessoas Ju-
rídicas (IRPJ).
Art. 5o Para as medidas de que trata esta Lei,
além dos recursos do Tesouro Nacional, po-
derão ser utilizados como fonte de recursos:
I – o produto da arrecadação das loterias de
que tratam os arts. 15, 16, 17, 18 e 20 da Lei
no 13.756, de 12 de dezembro de 2018;
II – recursos de operação de crédito interna
decorrente da emissão de títulos de respon-
sabilidade do Tesouro Nacional para ações
emergenciais e temporárias destinadas ao
setor de eventos para compensar os efeitos
decorrentes das medidas de combate à pan-
demia da COVID-19;
III – dotação orçamentária específica; e
IV – outras fontes de recursos.
c Arts. 4 o e 5 o promulgados nos termos do art. 66,
§ 5o, da CF (DOU de 18-3-2022).
Art. 6o Fica a União autorizada a destinar, no
exercício de 2023, o valor global máximo de
R$ 2.500.000.000,00 (dois bilhões e quinhen-
tos milhões de reais) aos beneficiários do
PERSE que tiveram redução superior a 50%
(cinquenta por cento) no faturamento entre
2019 e 2020 com base nas despesas com pa-
gamento de empregados durante o período
da pandemia da COVID-19 e da ESPIN.
c Caput com a redação dada pela MP no 1.135, de
26-8-2022, que até o encerramento desta edição
não havia sido convertida em lei.
§ 1 o Revogado. MP n o 1.135, de 26-8-2022,
que até o encerramento desta edição não
havia sido convertida em lei.
§ 2o O valor da indenização será estabelecido
em regulamento, em montante proporcional
aos recursos efetivamente desembolsados na
folha de pagamento no período compreendido
entre 20 de março de 2020 e o final da ESPIN.
§ 2o promulgado nos termos do art. 66, § 5o, da CF
c
(DOU de 18-3-2022).
§ 3 o Revogado. MP n o 1.135, de 26-8-2022,
que até o encerramento desta edição não
havia sido convertida em lei.
§ 4o Caso o montante global referido no ca-
put não seja integralmente executado no
1740
exercício de 2023, sua execução poderá ser
prorrogada para o exercício de 2024, exclusi-
vamente, respeitadas as disponibilidades or-
çamentárias e financeiras de cada exercício,
vedado o estabelecimento de limite mínimo
de execução em ambos os exercícios.
c § 4o acrescido pela MP no 1.135, de 26-8-2022, que
até o encerramento desta edição não havia sido
convertida em lei.
Art. 7o As pessoas jurídicas beneficiárias do
PERSE que se enquadrem nos critérios do Pro-
grama Nacional de Apoio às Microempresas
e Empresas de Pequeno Porte (PRONAMPE)
serão contempladas em subprograma espe-
cífico, no âmbito das operações regidas pela
Lei no 13.999, de 18 de maio de 2020.
§ 1o O Poder Executivo regulamentará:
I – o percentual do Fundo Garantidor de Ope-
rações (FGO) destinado exclusivamente às
ações previstas neste artigo, em montante to-
tal não inferior a 20% (vinte por cento) de suas
disponibilidades para atendimento ao dispos-
to na Lei no 13.999, de 18 de maio de 2020;
II – o prazo de vigência da destinação espe-
cífica e eventuais taxas de juros mais atra-
tivas ao concedente de crédito, limitadas a
6% a.a. (seis por cento ao ano) mais a taxa
SELIC, para as operações que utilizem a ga-
rantia concedida em observância ao inciso I
deste parágrafo.
§ 2o Ressalvadas as disposições desta Lei, as
operações previstas no caput deste artigo fi-
cam regidas pela Lei no 13.999, de 18 de maio
de 2020.
Art. 7o promulgado nos termos do art. 66, § 5o, da
c
CF (DOU de 18-3-2022).
Art. 8o Fica instituído o Programa de Garan-
tia aos Setores Críticos (PGSC), destinado a
empresas de direito privado, a associações, a
fundações de direito privado e a sociedades
cooperativas, excetuadas as sociedades de
crédito, sem distinção em relação ao porte do
beneficiário, que tenham sede ou estabeleci-
mento no País.
§ 1o O Programa de Garantia aos Setores Críticos
operacionalizado por meio do Fundo Garantidor
para Investimentos (PGSC‑FGI) será administra-
do pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) e terá como objeti-
vo a garantia do risco em operações de crédito
contratadas com base na finalidade disposta na
alínea d do inciso I do caput do art. 7 o da Lei
no 12.087, de 11 de novembro de 2009.
§ 2 o Somente serão elegíveis à garantia do
PGSC‑FGI as operações de crédito contratadas
até 180 (cento e oitenta) dias após a entrada
em vigor desta Lei e que observarem as seguin-
tes condições:
I – prazo de carência de, no mínimo, 6 (seis)
meses e, no máximo, 12 (doze) meses;
II – prazo total da operação de, no mínimo,
12 (doze) meses e, no máximo, 60 (sessenta)
meses; e
III – taxa de juros nos termos do regulamento.
§ 3o O PGSC‑FGI, observado o disposto nesta
Lei, está vinculado à área do Ministério da Eco-
nomia responsável por supervisionar a política
de desenvolvimento da indústria, do comércio
e dos serviços, que representará o Ministério
perante o FGI.
Art. 9o Sem prejuízo do disposto no § 1o do art. 7o
da Lei no 12.087, de 11 de novembro de 2009, a
integralização das cotas destinadas ao PGSC‑FGI
dar‑se‑á pela conversão de cotas do FGI, adminis-
trado pelo BNDES, pertencentes à União.
§ 1o A conversão de cotas de que trata o caput
deste artigo ocorrerá nos termos do estatuto
do FGI e dispensará o resgate total ou parcial
das cotas a serem convertidas.
§ 2 o A conversão de cotas será configurada
pela mudança das classes em que se encon-
trarem por ocasião da publicação desta Lei
para nova classe exclusivamente destinada ao
PGSC‑FGI, de maneira a constituir patrimônio
segregado, e está limitada ao montante de
recursos financeiros disponíveis ainda não vin-
culados às garantias já contratadas pelo FGI na
data da conversão.
§ 3o A conversão de cotas não incidirá sobre
cotas do FGI vinculadas ao Programa Emer-
gencial de Acesso a Crédito na modalidade
de garantia (PEAC‑FGI), instituído pela Lei
no 14.042, de 19 de agosto de 2020, nem so-
bre cotas pertencentes a outros cotistas que
não a União.
§ 4o As cotas convertidas não vinculadas a ga-
rantias do PGSC‑FGI, após o prazo previsto no
§ 2o do art. 8o desta Lei, poderão ser revertidas
às classes originárias nos termos definidos no es-
tatuto do FGI, aplicando‑se subsidiariamente à
reversão, no que couber, as regras da conversão.
Art. 10. O FGI vinculado ao PGSC‑FGI observa-
rá as seguintes disposições:
I – não contará com qualquer tipo de garantia
ou aval por parte da União; e
II – responderá por suas obrigações contraí-
das no âmbito do PGSC‑FGI até o limite do
valor dos bens e dos direitos integrantes do
patrimônio segregado nos termos do § 2o do
art. 9o desta Lei.
§ 1o Para fins de constituição e operaciona-
lização do PGSC‑FGI, ficam dispensadas as
formalidades constantes do estatuto do FGI,
considerados válidos os documentos e as
comunicações produzidos, transmitidos ou
armazenados em forma eletrônica.
c § 1o promulgado nos termos do art. 66, § 5o, da CF
(DOU de 18-3-2022).
§ 2o Os agentes financeiros poderão aderir à
cobertura do FGI no âmbito do PGSC‑FGI sem
a obrigatoriedade de integralização de cotas
de que trata o § 6o do art. 9o da Lei no 12.087,
de 11 de novembro de 2009.
§ 3o Além dos setores beneficiados pelo PERSE,
o Poder Executivo poderá definir outros setores
produtivos beneficiários do PGSC‑FGI.
§ 4o O estatuto do FGI definirá:
I – os limites e os critérios de alavancagem apli-
cáveis ao PGSC‑FGI; e
II – a remuneração do administrador e dos
agentes financeiros.
§ 5o O Poder Executivo definirá o percentual do
FGI destinado exclusivamente aos setores de que
trata o art. 2o desta Lei, em montante total não
inferior a 50% (cinquenta por cento) de suas dis-
ponibilidades para atendimento do PGSC‑FGI.
Art. 11. Os riscos de crédito assumidos no âm-
bito do PGSC‑FGI por instituições financeiras
autorizadas a operar pelo Banco Central do
Brasil, incluídas as cooperativas de crédito, se-
rão garantidos direta ou indiretamente.
§ 1o Não será concedida a garantia de que tra-
ta esta Lei para as operações protocoladas no
administrador do FGI após o prazo previsto no
§ 2o do art. 8o desta Lei.
§ 2o Os agentes financeiros assegurarão que,
no âmbito do PGSC‑FGI, a garantia do FGI seja
concedida exclusivamente para novas opera-
ções de crédito contratadas durante o período
de vigência do PGSC‑FGI, vedado ao agente fi-
nanceiro prever contratualmente obrigação de
liquidar débitos preexistentes ou reter recursos
para essa finalidade.
 Lei no 8.212/1991
a seu serviço até o dia 20 (vinte) do mês econômico, for executada sem mão de obra § 4o Na hipótese de o contribuinte individual
subsequente ao da competência; assalariada, observadas as exigências do prestar serviço a uma ou mais empresas, po‑
c Alínea b com a redação dada pela Lei n o 11.933, de regulamento; derá deduzir, da sua contribuição mensal,
28-4-2009. IX – as empresas que integram grupo econô‑ quarenta e cinco por cento da contribuição da
c) recolher as contribuições de que tratam os mico de qualquer natureza respondem entre si, empresa, efetivamente recolhida ou declara‑
incisos I e II do artigo 23, na forma e prazos solidariamente, pelas obrigações decorrentes da, incidente sobre a remuneração que esta
definidos pela legislação tributária federal desta Lei; lhe tenha pago ou creditado, limitada a dedu‑
vigente; X – a pessoa física de que trata a alínea a do ção a nove por cento do respectivo salário de
contribuição.
II – os segurados contribuinte individual e fa‑ inciso V do artigo 12 e o segurado especial são
cultativo estão obrigados a recolher sua contri‑ obrigados a recolher a contribuição de que tra‑ § 5oAplica‑se o disposto no § 4o ao cooperado
buição por iniciativa própria, até o dia quinze ta o artigo 25 desta Lei no prazo estabelecido que prestar serviço a empresa por intermédio
do mês seguinte ao da competência; no inciso III deste artigo, caso comercializem a de cooperativa de trabalho.
c Inciso II com a redação dada pela Lei no 9.876, de
sua produção: c §§ 4 o e 5 o acrescidos pela Lei n o 9.876, de
26-11-1999. a) no exterior; 26-11-1999.
III – a empresa adquirente, consumidora ou b) diretamente, no varejo, ao consumidor pes‑ § 6o Revogado. Lei no 13.202, de 8-12-2015.
consignatária ou a cooperativa são obrigadas soa física; § 7 o A empresa ou cooperativa adquirente,
a recolher a contribuição de que trata o art. 25 c) à pessoa física de que trata a alínea a do consumidora ou consignatária da produção
até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da inciso V do artigo 12; fica obrigada a fornecer ao segurado especial
operação de venda ou consignação da produ‑ d) ao segurado especial; cópia do documento fiscal de entrada da mer‑
ção, independentemente de essas operações c Inciso X com a redação dada pela Lei no 9.528, de cadoria, para fins de comprovação da operação
terem sido realizadas diretamente com o pro‑ 10-12-1997. e da respectiva contribuição previdenciária.
dutor ou com intermediário pessoa física, na XI – aplica‑se o disposto nos incisos III e IV
forma estabelecida em regulamento; § 8o Quando o grupo familiar a que o segurado
deste artigo à pessoa física não produtor rural especial estiver vinculado não tiver obtido, no
c Inciso III com a redação dada pela Lei no 11.933, de que adquire produção para venda no varejo a
28-4-2009.
ano, por qualquer motivo, receita proveniente
consumidor pessoa física; de comercialização de produção deverá co‑
IV – a empresa adquirente, consumidora ou c Inciso XI acrescido pela Lei n o 9.528, de municar a ocorrência à Previdência Social, na
consignatária ou a cooperativa ficam sub‑ro‑ 10-12-1997. forma do regulamento.
gadas nas obrigações da pessoa física de que XII – sem prejuízo do disposto no inciso X do
trata a alínea a do inciso V do artigo 12 e do caput deste artigo, o produtor rural pessoa § 9 o Quando o segurado especial tiver co‑
segurado especial pelo cumprimento das obri‑ mercializado sua produção do ano anterior
física e o segurado especial são obrigados a exclusivamente com empresa adquirente, con‑
gações do artigo 25 desta Lei, independente‑
recolher, diretamente, a contribuição incidente signatária ou cooperativa, tal fato deverá ser
mente de as operações de venda ou consigna‑
sobre a receita bruta proveniente: comunicado à Previdência Social pelo respecti‑
ção terem sido realizadas diretamente com o
produtor ou com intermediário pessoa física, a) da comercialização de artigos de artesana‑ vo grupo familiar.
exceto no caso do inciso X deste artigo, na for‑ to elaborados com matéria‑prima produzi‑ c §§ 7 o a 9 o acrescidos pela Lei n o 11.718, de
ma estabelecida em regulamento; da pelo respectivo grupo familiar; 20-6-2008.
c Inciso IV com a redação dada pela Lei n o 9.528, de b) de comercialização de artesanato ou do
c Art. 216 do Dec. no 3.048, de 6-5-1999 (Regulamen-
10-12-1997. exercício de atividade artística, observado to da Previdência Social).
o disposto nos incisos VII e VIII do § 10 do Art. 31. A empresa contratante de serviços

LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
c Res. do Senado Federal n o 15, de 12-9-2017,
suspendeu a execução deste inciso, conforme art. 12 desta Lei; e executados mediante cessão de mão de obra,
declaração de inconstitucionalidade em decisão c) de serviços prestados, de equipamentos inclusive em regime de trabalho temporário,
definitiva do STF nos autos do RE no 363.852. deverá reter 11% (onze por cento) do valor
utilizados e de produtos comercializados
V – o empregador doméstico fica obrigado a no imóvel rural, desde que em atividades bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de
arrecadar e a recolher a contribuição do se- turística e de entretenimento desenvolvidas serviços e recolher, em nome da empresa ce‑
gurado empregado a seu serviço e a parcela a no próprio imóvel, inclusive hospedagem, dente da mão de obra, a importância retida
seu cargo, até o vigésimo dia do mês seguin- alimentação, recepção, recreação e ativida‑ até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da
te ao da competência; des pedagógicas, bem como taxa de visita‑ emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou
c Inciso V com a redação dada pela Lei n 14.438, de
o
ção e serviços especiais; até o dia útil imediatamente anterior se não
24-8-2022. houver expediente bancário naquele dia, ob‑
XIII – o segurado especial é obrigado a arreca‑
VI – o proprietário, o incorporador definido na dar a contribuição de trabalhadores a seu ser‑ servado o disposto no § 5o do art. 33 desta Lei.
Lei n o 4.591, de 16 de dezembro de 1964, o viço e a recolhê‑la no prazo referido na alínea c Caput com a redação dada pela Lei no 11.933, de
dono da obra ou condômino da unidade imo‑ b do inciso I do caput deste artigo. 28-4-2009.
biliária, qualquer que seja a forma de contra‑ c Dec. n o 6.166, de 24-7-2007, regulamenta o par-
tação da construção, reforma ou acréscimo, c Incisos XII e XIII acrescidos pela Lei n 11.718, de
o
celamento dos débitos dos Estados e do Distrito
20-6-2008. Federal relativos às contribuições sociais de que
são solidários com o construtor, e estes com a
subempreiteira, pelo cumprimento das obriga‑ § 1 Revogado. Lei n 9.032, de 28-4-1995.
o o tratam as alíneas a e c do parágrafo único do
art. 11 desta Lei e instituído pelos arts. 32 a 39 da
ções para com a Seguridade Social, ressalvado § 2 o Se não houver expediente bancário nas Lei no 11.457, de 16-3-2007.
o seu direito regressivo contra o executor ou datas indicadas: c Súm. no 425 do STJ.
contratante da obra e admitida a retenção de c Caput do § 2 o com a redação dada pela Lei
importância a este devida para garantia do § 1o O valor retido de que trata o caput deste
no 11.933, de 28-4-2009.
cumprimento dessas obrigações, não se apli‑ artigo, que deverá ser destacado na nota fiscal
I – no inciso II do caput, o recolhimento deve‑ ou fatura de prestação de serviços, poderá ser
cando, em qualquer hipótese, o benefício de
ordem; rá ser efetuado até o dia útil imediatamente compensado por qualquer estabelecimento da
posterior; e empresa cedente da mão de obra, por ocasião
c Inciso VI com a redação dada pela Lei n 9.528, de
o

10-12-1997.
II – na alínea b do inciso I e nos incisos III, V, do recolhimento das contribuições destinadas
X e XIII do caput, até o dia útil imediatamente à Seguridade Social devidas sobre a folha de
VII – exclui‑se da responsabilidade solidária anterior.
pagamento dos seus segurados.
perante a Seguridade Social o adquirente de
c Incisos I e II com a redação dada pela Lei n o 13.202, § 1 o com a redação dada pela Lei n o 11.941, de
prédio ou unidade imobiliária que realizar a de 8-12-2015.
c
27-5-2009.
operação com empresa de comercialização ou
Dec. n o 6.166, de 24-7-2007, regulamenta o par-
incorporador de imóveis, ficando estes solida‑ § 3 Aplica‑se à entidade sindical e à empresa
o c
de origem o disposto nas alíneas a e b do inciso celamento dos débitos dos Estados e do Distrito
riamente responsáveis com o construtor; Federal relativos às contribuições sociais de que
VIII – nenhuma contribuição à Seguridade I, relativamente à remuneração do segurado tratam as alíneas a e c do parágrafo único do
Social é devida se a construção residencial referido no § 5 do artigo 12.
o
art. 11 desta Lei e instituído pelos arts. 32 a 39 da
unifamiliar, destinada ao uso próprio, de tipo c § 3o acrescido pela Lei no 9.528, de 10-12-1997. Lei no 11.457, de 16-3-2007.

1777
Lei no 8.212/1991
§ 2 o Na impossibilidade de haver compensa‑ finido em regulamento, os valores recolhidos I – R$ 200,00 (duzentos reais), tratando‑se de
ção integral na forma do parágrafo anterior, o sobre o total de sua remuneração ao INSS. omissão de declaração sem ocorrência de fatos
saldo remanescente será objeto de restituição. c Inciso VI acrescido pela Lei n o 12.692, de geradores de contribuição previdenciária; e
§ 3 o Para os fins desta Lei, entende‑se como 24-7-2012. II – R$ 500,00 (quinhentos reais), nos demais
cessão de mão de obra a colocação à dispo‑ § 1o Revogado. Lei no 11.941, de 27-5-2009. casos.
sição do contratante, em suas dependências c Art. 32‑A com a redação dada pela Lei no 11.941,
§ 2o A declaração de que trata o inciso IV do de 27-5-2009.
ou nas de terceiros, de segurados que realizem caput deste artigo constitui instrumento hábil
serviços contínuos, relacionados ou não com e suficiente para a exigência do crédito tribu‑
Art. 32‑B. Os órgãos da administração dire‑
a atividade‑fim da empresa, quaisquer que ta, as autarquias, as fundações e as empresas
tário, e suas informações comporão a base de
sejam a natureza e a forma de contratação. públicas da União, dos Estados, do Distrito Fe‑
dados para fins de cálculo e concessão dos be‑ deral e dos Municípios, cujas Normas Gerais
c §§ 2 e 3 com a redação dada pela Lei n 9.711, de nefícios previdenciários.
o o o
de Direito Financeiro para elaboração e con‑
20-11-1998. § 2 o com a redação dada pela Lei n o 11.941, de
c trole dos orçamentos estão definidas pela Lei
§ 4o Enquadram‑se na situação prevista no pa‑ 27-5-2009. no 4.320, de 17 de março de 1964, e pela Lei
rágrafo anterior, além de outros estabelecidos §§ 3 o a 8 o Revogados. Lei n o 11.941, de Complementar no 101, de 4 de maio de 2000,
em regulamento, os seguintes serviços: 27-5-2009. ficam obrigados, na forma estabelecida pela
c Caput do § 4o com a redação dada pela Lei n o 9.711, § 9 o A empresa deverá apresentar o documen‑ Secretaria da Receita Federal do Brasil do Mi‑
de 20-11-1998. to a que se refere o inciso IV do caput deste nistério da Fazenda, a apresentar:
I – limpeza, conservação e zeladoria; artigo ainda que não ocorram fatos geradores I – a contabilidade entregue ao Tribunal de
II – vigilância e segurança; de contribuição previdenciária, aplicando‑se, Controle Externo; e
III – empreitada de mão de obra; quando couber, a penalidade prevista no II – a folha de pagamento.
IV – contratação de trabalho temporário na art. 32‑A desta Lei. Parágrafo único. As informações de que tra‑
forma da Lei n 6.019, de 3 de janeiro de 1974. § 10. O descumprimento do disposto no inciso
o
ta o caput deverão ser apresentadas até o dia
c Incisos I a IV com a redação dada pela Lei n o 9.711, IV do caput deste artigo impede a expedição 30 de abril do ano seguinte ao encerramento
de 20-11-1998. da certidão de prova de regularidade fiscal pe‑ do exercício.
§ 5o O cedente da mão de obra deverá elabo‑ rante a Fazenda Nacional. c Art. 32‑B com a redação dada pela Lei no 12.810, de
15-5-2013.
rar folhas de pagamento distintas para cada § 11. Em relação aos créditos tributários, os
contratante. documentos comprobatórios do cumprimento Art. 32‑C. O segurado especial responsável
c § 5o acrescido pela Lei n o 9.711, de 20-11-1998. das obrigações de que trata este artigo devem pelo grupo familiar que contratar na forma
c Art. 219 do Dec. no 3.048, de 6-5-1999 (Regulamen- ficar arquivados na empresa até que ocorra a
do § 8o do art. 12 apresentará as informações
to da Previdência Social). prescrição relativa aos créditos decorrentes das relacionadas ao registro de trabalhadores, aos
fatos geradores, à base de cálculo e aos valores
§ 6o Em se tratando de retenção e recolhimen‑ operações a que se refiram. das contribuições devidas à Previdência Social
to realizados na forma do caput deste artigo, c §§ 9o a 11 com a redação dada pela Lei no 11.941, e ao Fundo de Garantia do Tempo de Servi‑
em nome de consórcio, de que tratam os de 27-5-2009.
ço – FGTS e outras informações de interesse
arts. 278 e 279 da Lei no 6.404, de 15 de de‑ c Art. 225 do Dec. n 3.048, de 6-5-1999 (Regulamen-
o

to da Previdência Social).
da Secretaria da Receita Federal do Brasil, do
zembro de 1976, aplica‑se o disposto em todo Ministério da Previdência Social, do Ministério
este artigo, observada a participação de cada § 12. VETADO. Lei n 12.692, de 24-7-2012.
o
do Trabalho e Emprego e do Conselho Curador
uma das empresas consorciadas, na forma do Art. 32‑A. O contribuinte que deixar de apre‑ do FGTS, por meio de sistema eletrônico com
respectivo ato constitutivo. sentar a declaração de que trata o inciso IV do entrada única de dados, e efetuará os reco‑
c § 6o acrescido pela Lei n o 11.941, de 27-5-2009. caput do art. 32 desta Lei no prazo fixado ou lhimentos por meio de documento único de
que a apresentar com incorreções ou omissões arrecadação.
Art. 32. A empresa é também obrigada a:
será intimado a apresentá‑la ou a prestar escla‑ c Caput acrescido pela Lei no 12.873, de 24-10-2013
I – preparar folhas de pagamento das remune‑ recimentos e sujeitar‑se‑á às seguintes multas: (DOU de 25-10-2013), em vigor a partir do 1o (pri-
rações pagas ou creditadas a todos os segura‑ meiro) dia do sétimo mês subsequente à data de
c Arts. 48 a 50 da Lei no 13.097, de 19-1-2015 (Altera
dos a seu serviço, de acordo com os padrões e sua publicação.
a Legislação Federal).
normas estabelecidos pelo órgão competente § 1 o Os Ministros de Estado da Fazenda, da
da Seguridade Social; I – de R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de
Previdência Social e do Trabalho e Emprego
II – lançar mensalmente em títulos próprios de 10 (dez) informações incorretas ou omitidas; e disporão, em ato conjunto, sobre a prestação
sua contabilidade, de forma discriminada, os II – de 2% (dois por cento) ao mês‑calendário das informações, a apuração, o recolhimento
ou fração, incidentes sobre o montante das e a distribuição dos recursos recolhidos e sobre
fatos geradores de todas as contribuições, o
contribuições informadas, ainda que integral‑ as informações geradas por meio do sistema
montante das quantias descontadas, as con‑
mente pagas, no caso de falta de entrega da eletrônico e da guia de recolhimento de que
tribuições da empresa e os totais recolhidos;
declaração ou entrega após o prazo, limitada trata o caput.
III – prestar à Secretaria da Receita Federal do
a 20% (vinte por cento), observado o disposto
Brasil todas as informações cadastrais, finan‑ § 2 o As informações prestadas no sistema
no § 3o deste artigo.
ceiras e contábeis de seu interesse, na forma eletrônico de que trata o caput têm caráter
por ela estabelecida, bem como os esclareci‑ 1 Para efeito de aplicação da multa prevista
§ o
declaratório, constituem instrumento hábil e
mentos necessários à fiscalização; no inciso II do caput deste artigo, será consi‑ suficiente para a exigência dos tributos e en‑
IV – declarar à Secretaria da Receita Federal derado como termo inicial o dia seguinte ao cargos apurados e substituirão, na forma re‑
do Brasil e ao Conselho Curador do Fundo de término do prazo fixado para entrega da de‑ gulamentada pelo ato conjunto que prevê o
Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, na for‑ claração e como termo final a data da efetiva § 1o, a obrigatoriedade de entrega de todas as
ma, prazo e condições estabelecidos por esses entrega ou, no caso de não apresentação, a informações, formulários e declarações a que
órgãos, dados relacionados a fatos geradores, data da lavratura do auto de infração ou da está sujeito o grupo familiar, inclusive as relati‑
base de cálculo e valores devidos da contri‑ notificação de lançamento. vas ao recolhimento do FGTS.
buição previdenciária e outras informações § 2o Observado o disposto no § 3o deste artigo, c §§ 1o e 2o acrescidos pela Lei no 12.873, de 24-10-
2013 (DOU de 25-10-2013), em vigor a partir do 1o
de interesse do INSS ou do Conselho Curador as multas serão reduzidas: (primeiro) dia do sétimo mês subsequente à data
do FGTS; I – à metade, quando a declaração for apre‑ de sua publicação.
c Incisos III e IV com a redação dada pela Lei sentada após o prazo, mas antes de qualquer
§ 3o O segurado especial de que trata o ca-
no 11.941, de 27-5-2009. procedimento de ofício; ou put deste artigo fica obrigado a arrecadar,
c Art. 39, § 3 o, desta Lei. II – a 75% (setenta e cinco por cento), se hou‑ até o vigésimo dia do mês seguinte ao da
V – VETADO. Lei no 10.403, de 8-1-2002; ver apresentação da declaração no prazo fixa‑ competência:
VI – comunicar, mensalmente, aos emprega‑ do em intimação. c Caput do § 3 o com a redação dada pela Lei
dos, por intermédio de documento a ser de‑ § 3o A multa mínima a ser aplicada será de: no 14.438, de 24-8-2022.

1778
 Lei no 8.212/1991
I – as contribuições previstas nos incisos X, XII contribuições incidentes a título de substitui‑ das contribuições instituídas a título de substi‑
e XIII do caput do art. 30 desta Lei; ção e das devidas a outras entidades e fundos. tuição e das contribuições devidas a terceiros,
II – os valores referentes ao FGTS; e c Caput com a redação dada pela Lei no 11.941, de assim entendidas outras entidades e fundos,
III – os encargos trabalhistas sob a sua 27-5-2009. não pagos nos prazos previstos em legislação,
responsabilidade. § 1o É prerrogativa da Secretaria da Receita Fe‑ serão acrescidos de multa de mora e juros de
c Incisos I a III acrescidos pela Lei n o 14.438, de deral do Brasil, por intermédio dos Auditores mora, nos termos do art. 61 da Lei no 9.430, de
24-8-2022. Fiscais da Receita Federal do Brasil, o exame da 27 de dezembro de 1996.
§ 4o Os recolhimentos devidos, nos termos do contabilidade das empresas, ficando obrigados c Caput com a redação dada pela Lei no 11.941, de
27-5-2009.
§ 3o, deverão ser pagos por meio de documen‑ a prestar todos os esclarecimentos e informa‑
to único de arrecadação. ções solicitados o segurado e os terceiros res‑ I a III – Revogados. Lei n o 11.941, de
ponsáveis pelo recolhimento das contribuições 27-5-2009.
§ 5 o Se não houver expediente bancário na previdenciárias e das contribuições devidas a
data indicada no § 3o, o recolhimento deverá outras entidades e fundos. §§ 1 o a 4 o Revogados. Lei n o 11.941, de
ser antecipado para o dia útil imediatamente 27-5-2009.
§ 2o A empresa, o segurado da Previdência So‑ Art. 35‑A. Nos casos de lançamento de ofício
anterior.
cial, o serventuário da Justiça, o síndico ou seu relativos às contribuições referidas no art. 35
§ 6o Os valores não pagos até a data do ven‑ representante, o comissário e o liquidante de
cimento sujeitar‑se‑ão à incidência de acrésci‑ empresa em liquidação judicial ou extrajudicial desta Lei, aplica‑se o disposto no art. 44 da Lei
mos e encargos legais na forma prevista na le‑ são obrigados a exibir todos os documentos e no 9.430, de 27 de dezembro de 1996.
gislação do Imposto sobre a Renda e Proventos livros relacionados com as contribuições pre‑ c Art. 35‑A com a redação dada pela Lei no 11.941,
de 27-5-2009.
de Qualquer Natureza para as contribuições de vistas nesta Lei.
caráter tributário, e conforme o art. 22 da Lei § 3o Ocorrendo recusa ou sonegação de qual‑ Art. 36. Revogado. Lei no 8.218, de 29-8-1991.
no 8.036, de 11 de maio de 1990, para os de‑ quer documento ou informação, ou sua apre‑ Art. 37. Constatado o não recolhimento total
pósitos do FGTS, inclusive no que se refere às sentação deficiente, a Secretaria da Receita ou parcial das contribuições tratadas nesta Lei,
multas por atraso. Federal do Brasil pode, sem prejuízo da pena‑ não declaradas na forma do art. 32 desta Lei, a
§ 7o O recolhimento do valor do FGTS na for‑ lidade cabível, lançar de ofício a importância falta de pagamento de benefício reembolsado
ma deste artigo será creditado diretamente em devida. ou o descumprimento de obrigação acessória,
conta vinculada do trabalhador, assegurada a § 4 o Na falta de prova regular e formalizada será lavrado auto de infração ou notificação
transferência dos elementos identificadores do pelo sujeito passivo, o montante dos salários de lançamento.
recolhimento ao agente operador do fundo. pagos pela execução de obra de construção c Caput com a redação dada pela Lei no 11.941, de
27-5-2009.
§ 8o O ato de que trata o § 1o regulará a com‑ civil pode ser obtido mediante cálculo da mão
pensação e a restituição dos valores dos tri‑ de obra empregada, proporcional à área cons‑ §§ 1 o e 2 o Revogados. Lei n o 11.941, de
27-5-2009.
butos e dos encargos trabalhistas recolhidos, truída, de acordo com critérios estabelecidos
no documento único de arrecadação, indevi‑ pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, Art. 38. Revogado. Lei n o 11.941, de
cabendo ao proprietário, dono da obra, con‑ 27-5-2009.
damente ou em montante superior ao devido.
dômino da unidade imobiliária ou empresa
§ 9 A devolução de valores do FGTS, deposi‑ corresponsável o ônus da prova em contrário.
o Art. 39. O débito original e seus acréscimos
tados na conta vinculada do trabalhador, será c §§ 1o a 4o com a redação dada pela Lei no 11.941, legais, bem como outras multas previstas em
objeto de norma regulamentar do Conselho lei, constituem dívida ativa da União, promo‑
de 27-5-2009.
Curador e do Agente Operador do Fundo de § 5 o O desconto de contribuição e de con‑ vendo‑se a inscrição em livro próprio daquela

LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
Garantia do Tempo de Serviço. resultante das contribuições de que tratam as
signação legalmente autorizadas sempre se alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11
§ 10. O produto da arrecadação de que trata presume feito oportuna e regularmente pela desta Lei.
o § 3 será centralizado na Caixa Econômica empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito
o
c Caput com a redação dada pela Lei no 11.457, de
Federal. alegar omissão para se eximir do recolhimento, 16-3-2007.
§ 11. A Caixa Econômica Federal, com base ficando diretamente responsável pela impor‑ § 1o Revogado. Lei no 11.501, de 11-7-2007.
nos elementos identificadores do recolhimen‑ tância que deixou de receber ou arrecadou em
§ 2o É facultado aos órgãos competentes, antes
to, disponíveis no sistema de que trata o caput desacordo com o disposto nesta Lei.
de ajuizar a cobrança da dívida ativa de que
deste artigo, transferirá para a Conta Única do § 6 Se, no exame da escrituração contábil e
o
trata o caput deste artigo, promover o protesto
Tesouro Nacional os valores arrecadados dos de qualquer outro documento da empresa, a de título dado em garantia, que será recebido
tributos e das contribuições previstas nos inci‑ fiscalização constatar que a contabilidade não pro solvendo.
sos X, XII e XIII do caput do art. 30. registra o movimento real de remuneração dos
segurados a seu serviço, do faturamento e do § 3o Serão inscritas como dívida ativa da União
§ 12. A impossibilidade de utilização do sis‑ lucro, serão apuradas, por aferição indireta, as as contribuições que não tenham sido recolhi‑
tema eletrônico referido no caput será objeto contribuições efetivamente devidas, cabendo à das ou parceladas resultantes das informações
de regulamento, a ser editado pelo Ministério empresa o ônus da prova em contrário. prestadas no documento a que se refere o in‑
da Fazenda e pelo Agente Operador do FGTS. ciso IV do art. 32 desta Lei.
§ 7 o O crédito da seguridade social é consti‑
§ 13. A sistemática de entrega das informações tuído por meio de notificação de lançamento, c §§ 2o e 3o com a redação dada pela Lei n o 11.457,
e recolhimentos de que trata o caput poderá de auto de infração e de confissão de valores de 16-3-2007.
ser estendida pelas autoridades previstas no devidos e não recolhidos pelo contribuinte. Art. 40. VETADO.
§ 1o para o produtor rural pessoa física de que § 8o Aplicam‑se às contribuições sociais men‑ Art. 41. Revogado. Lei n o 11.941, de
trata a alínea a do inciso V do caput do art. 12. cionadas neste artigo as presunções legais de 27-5-2009.
§ 14. Aplica‑se às informações entregues omissão de receita previstas nos §§ 2o e 3o do Art. 42. Os administradores de autarquias e
na forma deste artigo o disposto no § 2 o do art. 12 do Decreto‑Lei no 1.598, de 26 de de‑ fundações públicas, criadas e mantidas pelo
art. 32 e no art. 32‑A. zembro de 1977, e nos arts. 40, 41 e 42 da Lei Poder Público, de empresas públicas e de
c §§ 4o a 14 acrescidos pela Lei n o 12.873, de 24-10- n 9.430, de 27 de dezembro de 1996.
o
sociedades de economia mista sujeitas ao
2013 (DOU de 25-10-2013), em vigor a partir do 1o c §§ 7o e 8o com a redação dada pela Lei n o 11.941, controle da União, dos Estados, do Distrito Fe‑
(primeiro) dia do sétimo mês subsequente à data de 27-5-2009. deral ou dos Municípios, que se encontrarem
de sua publicação. Art. 229 do Dec. no 3.048, de 6-5-1999 (Regulamen-
c
em mora, por mais de 30 (trinta) dias, no reco‑
Art. 33. À Secretaria da Receita Federal do Bra‑ to da Previdência Social).
lhimento das contribuições previstas nesta Lei,
sil compete planejar, executar, acompanhar e Art. 34. Revogado. Lei n o 11.941, de tornam‑se solidariamente responsáveis pelo
avaliar as atividades relativas à tributação, à 27-5-2009. respectivo pagamento, ficando ainda sujeitos
fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao Art. 35. Os débitos com a União decorrentes às proibições do artigo 1o e às sanções dos ar‑
recolhimento das contribuições sociais previs‑ das contribuições sociais previstas nas alíneas tigos 4 o e 7o do Decreto‑Lei n o 368, de 19 de
tas no parágrafo único do art. 11 desta Lei, das a, b e c do parágrafo único do art. 11 desta Lei, dezembro de 1968.

1779
 Lei no 8.213/1991
servados os procedimentos a serem estabele‑ § 1o Na hipótese do inciso II, o desconto será doze meses, a manutenção do seu contrato de
cidos em regulamento. feito em parcelas, conforme dispuser o regula‑ trabalho na empresa, após a cessação do au‑
c Artigo acrescido pela Lei n o 13.146, de 6-7-2015. mento, salvo má‑fé. xílio‑doença acidentário, independentemente
Art. 111. O segurado menor poderá, confor‑ c Parágrafo único transformado em § 1 o pela Lei de percepção de auxílio‑acidente.
me dispuser o Regulamento, firmar recibo de n 10.820, de 17-12-2003.
o
c Súm. no 378 do TST.
benefício, independentemente da presença § 2o Na hipótese dos incisos II e VI, haverá pre‑ Parágrafo único. Revogado. Lei no 9.032, de
dos pais ou do tutor. valência do desconto do inciso II. 28-4-1995.
Art. 112. O valor não recebido em vida pelo c § 2o acrescido pela Lei no 10.820, de 17-12-2003. Art. 119. Por intermédio dos estabelecimentos
segurado só será pago aos seus dependentes § 3o Serão inscritos em dívida ativa pela Procu‑ de ensino, sindicatos, associações de classe,
habilitados à pensão por morte ou, na falta radoria‑Geral Federal os créditos constituídos Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Seguran‑
deles, aos seus sucessores na forma da lei pelo INSS em decorrência de benefício previ‑
ça e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO,
civil, independentemente de inventário ou denciário ou assistencial pago indevidamente
arrolamento. órgãos públicos e outros meios, serão promo‑
ou além do devido, inclusive na hipótese de vidas regularmente instrução e formação com
Art. 113. O benefício poderá ser pago median‑ cessação do benefício pela revogação de deci‑ vistas a incrementar costumes e atitudes pre‑
te depósito em conta‑corrente ou por autoriza‑ são judicial, nos termos da Lei no 6.830, de 22 vencionistas em matéria de acidente, especial‑
ção de pagamento, conforme se dispuser em de setembro de 1980, para a execução judicial.
mente do trabalho.
regulamento. c § 3 o com a redação dada pela Lei n o 13.846, de
Parágrafo único. Revogado. Lei n 9.876, de
o 18-6-2019. Art. 120. A Previdência Social ajuizará ação
26-11-1999. § 4o Será objeto de inscrição em dívida ativa, regressiva contra os responsáveis nos casos de:
Art. 114. Salvo quanto a valor devido à Pre‑ para os fins do disposto no § 3 deste artigo, I – negligência quanto às normas padrão de
o

vidência Social e a desconto autorizado por em conjunto ou separadamente, o terceiro be‑ segurança e higiene do trabalho indicadas para
esta Lei, ou derivado da obrigação de prestar neficiado que sabia ou deveria saber da origem a proteção individual e coletiva;
alimentos reconhecida em sentença judicial, o do benefício pago indevidamente em razão de II – violência doméstica e ofamiliar contra a
benefício não pode ser objeto de penhora, ar‑ fraude, de dolo ou de coação, desde que devi‑ mulher, nos termos da Lei n 11.340, de 7 de
resto ou sequestro, sendo nula de pleno direito damente identificado em procedimento admi‑ agosto de 2006.
a sua venda ou cessão, ou a constituição de nistrativo de responsabilização. Art. 121. O pagamento de prestações pela
qualquer ônus sobre ele, bem como a outorga § 5o O procedimento de que trata o § 4o deste Previdência Social em decorrência dos casos
de poderes irrevogáveis ou em causa própria artigo será disciplinado em regulamento, nos previstos nos incisos I e II do caput do art. 120
para o seu recebimento. termos da Lei n o 9.784, de 29 de janeiro de desta Lei não exclui a responsabilidade civil da
Art. 115. Podem ser descontados dos 1999, e no art. 27 do Decreto‑Lei n 4.657, de empresa, no caso do inciso I, ou do responsável
o

benefícios: 4 de setembro de 1942. pela violência doméstica e familiar, no caso do

I – contribuições devidas pelo segurado à Pre‑ c §§ 4 e 5 acrescidos pela Lei n 13.846, de inciso II.
o o o

18-6-2019.
vidência Social; c Arts. 120 e 121 com a redação dada pela Lei
II – pagamento administrativo ou judicial de § 6o Revogado. Lei no 14.438, de 24-8-2022. no 13.846, de 18-6-2019.
benefício previdenciário ou assistencial inde‑ Art. 116. Será fornecido ao beneficiário de‑ Art. 122. Se mais vantajoso, fica assegurado
vido, ou além do devido, inclusive na hipótese monstrativo minucioso das importâncias pa‑ o direito à aposentadoria, nas condições legal‑
de cessação do benefício pela revogação de gas, discriminando‑se o valor da mensalida‑
mente previstas na data do cumprimento de
decisão judicial, em valor que não exceda 30% de, as diferenças eventualmente pagas com

LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
todos os requisitos necessários à obtenção do
(trinta por cento) da sua importância, nos ter‑ o período a que se referem e os descontos
mos do regulamento; benefício, ao segurado que, tendo completa‑
efetuados. do 35 anos de serviço, se homem, ou trinta
c Inciso II com a redação dada pela Lei n o 13.846, de
Art. 117. Empresas, sindicatos e entidades anos, se mulher, optou por permanecer em
18-6-2019.
fechadas de previdência complementar pode‑ atividade.
III – Imposto de Renda retido na fonte; rão, mediante celebração de acordo de coo‑
IV – pensão de alimentos decretada em sen‑ peração técnica com o INSS, encarregar‑se, c Artigo restabelecido, com a redação dada pela Lei
no 9.528, de 10-12-1997.
tença judicial; relativamente a seus empregados, associados
V – mensalidades de associações e demais en‑ ou beneficiários, de requerer benefícios previ‑ Art. 123. Revogado. Lei n o 9.032, de
tidades de aposentados legalmente reconhe‑ denciários por meio eletrônico, preparando‑os 28-4-1995.
cidas, desde que autorizadas por seus filiados; e instruindo‑os nos termos do acordo. Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido,
VI – pagamento de empréstimos, financia- c Caput com a redação dada pela Lei no 14.020, de não é permitido o recebimento conjunto dos
mentos e operações de arrendamento mer- 6-7-2020. seguintes benefícios da Previdência Social:
cantil concedidos por instituições financeiras
e sociedades de arrendamento mercantil, ou I a III – Revogados. Lei n 14.020, de 6-7-2020. c Súm. n 36 da TNU‑JEF.
o o

por entidades fechadas ou abertas de previ- Parágrafo único. Revogado. Lei n o 14.020, I – aposentadoria e auxílio‑doença;
dência complementar, públicas e privadas, de 6-7-2020. II – mais de uma aposentadoria;
quando expressamente autorizado pelo be- Art. 117‑A. Empresas, sindicatos e entidades c Inciso II com a redação dada pela Lei no 9.032, de
neficiário, até o limite de 45% (quarenta e fechadas de previdência complementar pode‑ 28-4-1995.
cinco por cento) do valor do benefício, sendo rão realizar o pagamento integral dos benefí‑ III – aposentadoria e abono de permanência
35% (trinta e cinco por cento) destinados ex- cios previdenciários devidos a seus beneficiá‑ em serviço;
clusivamente a empréstimos, financiamentos rios, mediante celebração de contrato com o
IV – salário‑maternidade e auxílio‑doença;
e arrendamentos mercantis, 5% (cinco por INSS, dispensada a licitação.
V – mais de um auxílio‑acidente;
cento) destinados exclusivamente à amor-
§ 1 o Os contratos referidos no caput deste VI – mais de uma pensão deixada por cônjuge
tização de despesas contraídas por meio de
artigo deverão prever as mesmas obrigações, ou companheiro, ressalvado o direito de opção
cartão de crédito consignado ou à utilização
condições e valores devidos pelas instituições pela mais vantajosa.
com a finalidade de saque por meio de cartão
de crédito consignado e 5% (cinco por cento) financeiras responsáveis pelo pagamento dos c Incisos IV a VI acrescidos pela Lei no 9.032, de
destinados exclusivamente à amortização benefícios pelo INSS. 28-4-1995.
de despesas contraídas por meio de cartão § 2 As obrigações, condições e valores referi‑ Parágrafo único. É vedado o recebimento
o

consignado de benefício ou à utilização com dos no § 1 deste artigo serão definidos em ato conjunto do seguro‑desemprego com qual‑
o

a finalidade de saque por meio de cartão con- próprio do INSS. quer benefício de prestação continuada da
signado de benefício. c Art. 117‑A acrescido pela Lei n o 14.020, de Previdência Social, exceto pensão por morte
c Caput com a redação dada pela Lei n 14.431, de
o 6-7-2020. ou auxílio‑acidente.
3-8-2022. Art. 118. O segurado que sofreu acidente do c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 9.032, de
a e b) Revogadas. Lei n 14.431, de 3-8-2022. trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de
o
28-4-1995.

1801

saúde do servidor da administração federal direta, CAPÍTULO II
autárquica e fundacional e os casos em que poderá
ser dispensada a perícia oficial.
II – a parcela de remuneração diária, proporcio‑
nal aos atrasos, ausências justificadas, ressal‑
vadas as concessões de que trata o art. 97, e
saídas antecipadas, salvo na hipótese de com‑
pensação de horário, até o mês subsequente
ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia
imediata.
c Incisos I e II com a redação dada pela Lei no 9.527,
de 10-12-1997.
Parágrafo único. As faltas justificadas de‑
correntes de caso fortuito ou de força maior
poderão ser compensadas a critério da chefia
imediata, sendo assim consideradas como efe‑
tivo exercício.
c Parágrafo único acrescido pela Lei n o 9.527, de
10-12-1997.
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou manda‑
do judicial, nenhum desconto incidirá sobre a
remuneração ou provento.
c Dec. n o 6.386, de 29-2-2008, regulamenta este
artigo.
§§ 1 o e 2 o Revogados. MP n o 1.132, de 3-8-
2022, que até o encerramento desta edição
não havia sido convertida em lei.
Art. 46. As reposições e indenizações ao erá‑ c Inciso III com a redação dada pela Lei no 11.355, de
rio, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão
previamente comunicadas ao servidor ativo, IV – auxílio‑moradia.
aposentado ou ao pensionista, para pagamen‑
c Inciso IV acrescido pela Lei n o 11.355, de
to, no prazo máximo de trinta dias, podendo
ser parceladas, a pedido do interessado.
c Res. do CJF n o 68, de 27-7-2009, dispõe sobre o
Art. 52. Os valores das indenizações estabe‑
processo administrativo relativo à devolução de lecidas nos incisos I a III do art. 51 desta Lei,
valores indevidamente recebidos, bem como ao assim como as condições para a sua concessão,
ressarcimento de danos causados ao erário por serão estabelecidos em regulamento.
juiz ou servidor da Justiça Federal de primeiro e
segundo graus e por servidor do Conselho da Jus-
tiça Federal.
§ 1 o O valor de cada parcela não poderá ser
inferior ao correspondente a dez por cento da
remuneração, provento ou pensão.
§ 2 o Quando o pagamento indevido houver
ocorrido no mês anterior ao do processamento
da folha, a reposição será feita imediatamente,
em uma única parcela.
§ 3o Na hipótese de valores recebidos em de‑
corrência de cumprimento a decisão liminar, a
tutela antecipada ou a sentença que venha a
ser revogada ou rescindida, serão eles atuali‑
zados até a data da reposição.
Art. 47. O servidor em débito com o erário,
que for demitido, exonerado ou que tiver sua
aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá
o prazo de sessenta dias para quitar o débito.
Parágrafo único. A não quitação do débito
no prazo previsto implicará sua inscrição em
dívida ativa.
c Arts. 46 e 47 com a redação dada pela MP no 2.225-
45, de 4-9-2001, que até o encerramento desta edi-
ção não havia sido convertida em Lei.
Art. 48. O vencimento, a remuneração e o pro‑
vento não serão objeto de arresto, sequestro
ou penhora, exceto nos casos de prestação de
alimentos resultantes de decisão judicial.
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Lei no 8.112/1990
§ 3 o Não será concedida ajuda de custo nas
DAS VANTAGENS hipóteses de remoção previstas nos incisos II e
III do parágrafo único do art. 36.
c Súm. no 97 do STJ.
c § 3 o com a redação dada pela Lei n o 12.998, de
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pa‑ 18-6-2014.
gas ao servidor as seguintes vantagens:
Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre a
I – indenizações; remuneração do servidor, conforme se dispu‑
II – gratificações; ser em regulamento, não podendo exceder a
III – adicionais. importância correspondente a 3 (três) meses.
§ 1 o As indenizações não se incorporam ao Art. 55. Não será concedida ajuda de custo
vencimento ou provento para qualquer efeito. ao servidor que se afastar do cargo, ou reassu‑
mi‑lo, em virtude de mandato eletivo.
§ 2o As gratificações e os adicionais incorpo‑
ram‑se ao vencimento ou provento, nos casos Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele
e condições indicados em lei. que, não sendo servidor da União, for nomea‑
do para cargo em comissão, com mudança de
Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão
computadas, nem acumuladas, para efeito domicílio.
de concessão de quaisquer outros acréscimos Parágrafo único. No afastamento previsto no
inciso I do art. 93, a ajuda de custo será paga
pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou
pelo órgão cessionário, quando cabível.
idêntico fundamento.
c Art. 37, XIV, da CF. Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir
a ajuda de custo quando, injustificadamente,
Seção I
não se apresentar na nova sede no prazo de
DAS INDENIZAÇÕES 30 (trinta) dias.
Art. 51. Constituem indenizações ao servidor: Subseção II
I – ajuda de custo; DAS DIÁRIAS
II – diárias;
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar‑se
III – transporte; da sede em caráter eventual ou transitório
para outro ponto do território nacional ou
19-10-2006. para o exterior, fará jus a passagens e diárias
destinadas a indenizar as parcelas de despesas
extraordinárias com pousada, alimentação e
19-10-2006. locomoção urbana, conforme dispuser em
regulamento.
Caput com a redação dada pela Lei no 9.527, de
c
10-12-1997.
§ 1o A diária será concedida por dia de afas‑
c Artigo com a redação dada pela Lei no 11.355, de tamento, sendo devida pela metade quando
19-10-2006. o deslocamento não exigir pernoite fora da
c Dec. n o 3.184, de 27-9-1999, regulamenta este sede, ou quando a União custear, por meio
artigo. diverso, as despesas extraordinárias cobertas
por diárias.
Subseção I
c § 1 o com a redação dada pela Lei n o 9.527, de
DA AJUDA DE CUSTO 10-12-1997.
c Dec. no 4.004, de 8-11-2001, dispõe sobre a con- § 2o Nos casos em que o deslocamento da sede
cessão de ajuda de custo e de transporte aos ser- constituir exigência permanente do cargo, o
vidores públicos civis da União, das autarquias e
servidor não fará jus a diárias.
das fundações públicas federais.
§ 3o Também não fará jus a diárias o servidor
Art. 53. A ajuda de custo destina‑se a com‑ que se deslocar dentro da mesma região me‑
pensar as despesas de instalação do servidor tropolitana, aglomeração urbana ou microrre‑
LEGISLAÇÃO ADMINISTRATIVA
que, no interesse do serviço, passar a ter exer‑gião, constituídas por municípios limítrofes e
cício em nova sede, com mudança de domi‑ regularmente instituídas, ou em áreas de con‑
cílio em caráter permanente, vedado o duplo trole integrado mantidas com países limítro‑
pagamento de indenização, a qualquer tempo, fes, cuja jurisdição e competência dos órgãos,
no caso de o cônjuge ou companheiro que de‑ entidades e servidores brasileiros considera‑se
tenha também a condição de servidor, vier a estendida, salvo se houver pernoite fora da
ter exercício na mesma sede. sede, hipóteses em que as diárias pagas serão
c Caput com a redação dada pela Lei n 9.527, de sempre as fixadas para os afastamentos dentro
o
10-12-1997. do território nacional.
§ 1 o Correm por conta de administração as c § 3o acrescido pela Lei no 9.527, de 10-12-1997.
despesas de transporte do servidor e de sua Art. 59. O servidor que receber diárias e não
família, compreendendo passagem, bagagem se afastar da sede, por qualquer motivo, fica
e bens pessoais. obrigado a restituí‑las integralmente, no prazo
§ 2o À família do servidor que falecer na nova de 5 (cinco) dias.
sede são assegurados ajuda de custo e trans‑ Parágrafo único. Na hipótese de o servidor
porte para a localidade de origem, dentro do retornar à sede em prazo menor do que o
prazo de 1 (um) ano, contado do óbito. previsto para o seu afastamento, restituirá as
1935
15/09/2022 08:30
 Súmulas do STF
505. Salvo quando contrariarem a Constitui- mais de metade do prazo da medida de segu- de selo nos contratos particulares com a Caixa
ção, não cabe recurso para o Supremo Tribu- rança imposta. Econômica e outras entidades autárquicas.
nal Federal, de quaisquer decisões da Justiça c Art. 176 da LEP. c A Lei no 5.043, de 21-6-1966, foi revogada pela Lei
do Trabalho, inclusive dos presidentes de seus n 5.143, de 20-10-1966.
o

tribunais. 521. Superada. Art. 70, § 4o, do CPP.

522. Salvo ocorrência de tráfico para o exte- 533. Nas operações denominadas “crediá-
506. Revogada. SS (AgRg no AgRg no AgRg) rios”, com emissão de vales ou certificados
no 1.945-7/AL. rior, quando, então, a competência será da
para compras e nas quais, pelo financiamento,
Justiça Federal, compete à Justiça dos Estados
507. A ampliação dos prazos a que se refere o o processo e julgamento dos crimes relativos a
se cobram, em separado, juros, selos e outras
artigo 32 do Código de Processo Civil aplica‑se despesas, incluir‑se‑á tudo no custo da merca-
entorpecentes. doria e sobre esse preço global calcular‑se‑á o
aos executivos fiscais.
c Refere‑se ao CPC/1939.
523. No processo penal, a falta da defesa cons- Imposto de Vendas e Consignações.
titui nulidade absoluta, mas a sua deficiência 534. O Imposto de Importação sobre o extrato
508. Compete à Justiça Estadual, em ambas as só o anulará se houver prova de prejuízo para
instâncias, processar e julgar as causas que for alcoólico de malte, como matéria‑prima para
o réu. fabricação de whisky, incide à base de 60%,
parte o Banco do Brasil S.A.
c o
Arts. 5 , LV, e 133 da CF. desde que desembarcado antes do Decreto‑Lei
c Súmulas nos 251 e 517 do STF.
c Arts. 532 e 564, III, c, do CPP. no 398, de 30-12-1968.
509. A Lei n 4.632, de 18-5-1965, que alte- c
o
Art. 71 do CPPM.
rou o artigo 64 do Código de Processo Civil, 535. Na importação, a granel, de combustíveis
aplica‑se aos processos em andamento, nas 524. Arquivado o inquérito policial, por des- líquidos é admissível a diferença de peso, para
instâncias ordinárias. pacho do juiz, a requerimento do Promotor mais, até 4%, motivada pelas variações pre-
de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, vistas no Decreto‑Lei no 1.028, de 4-1-1939,
c Refere‑se ao CPC/1939.
sem novas provas. art. 1o.
510. Praticado o ato por autoridade, no exercí- c Arts. 67, I, e 414, parágrafo único, do CPP. 536. São objetivamente imunes ao Imposto
cio de competência delegada, contra ela cabe sobre Circulação de Mercadoria os produtos
c Art. 25 do CPPM.
o mandado de segurança ou a medida judicial.
c Art. 7o da Lei no 1.521, de 26-12-1951 (Lei dos Cri‑ industrializados, em geral, destinados à expor-
511. Compete à Justiça Federal, em ambas as mes contra a Economia Popular). tação, além de outros, com a mesma destina-
instâncias, processar e julgar as causas entre ção, cuja isenção a lei determinar.
525. A medida de segurança não será aplicada
autarquias federais e entidades públicas locais,
em segunda instância, quando só o réu tenha 537. É inconstitucional a exigência de Impos-
inclusive mandados de segurança, ressalvada a
to Estadual do Selo, quando feita nos atos e
ação fiscal, nos termos da Constituição Federal recorrido.
526. Subsiste a competência do Supremo Tri- instrumentos tributados ou regulados por lei
de 1967, artigo 119, § 3o.
bunal Federal para conhecer e julgar a apela- federal, ressalvado o disposto no art. 15, § 5o
c Art. 109 da CF.
da Constituição Federal de 1946.
512. Não cabe condenação em honorários de ção, nos crimes de Lei de Segurança Nacional, 538. A avaliação judicial para o efeito de cálcu-
advogados na ação de mandado de segurança. se houve sentença antes da vigência do Ato
lo das benfeitorias dedutíveis do Imposto sobre
Institucional no 2.
c Art. 25 da Lei n 12.016, de 7-8-2009 (Lei do Man‑
o
Lucro Imobiliário, independe do limite a que se
dado de Segurança Individual e Coletivo). c Súmula editada antes da CF/1988.
refere a Lei no 3.470, de 28-11-1958, art. 8o,
c Súm. no 105 do STJ. 527. Após a vigência do Ato Institucional no 6, parágrafo único.
513. A decisão que enseja a interposição de que deu nova redação ao art. 114, III, da Cons- 539. É constitucional a lei do município que
recurso ordinário ou extraordinário, não é a do tituição Federal de 1967, não cabe recurso ex- reduz o Imposto Predial Urbano sobre imóvel
plenário que resolve o incidente de inconstitu- traordinário das decisões do juiz singular.
cionalidade, mas a do órgão (Câmaras, Gru- ocupado pela residência do proprietário, que
pos ou Turmas) que completa o julgamento 528. Se a decisão contiver partes autônomas, não possua outro.
do feito. a admissão parcial, pelo Presidente do Tribunal 540. No preço da mercadoria sujeita ao Impos-
514. Admite‑se ação rescisória contra senten- a quo, de recurso extraordinário que, sobre to de Vendas e Consignações, não se incluem
ça transitada em julgado, ainda que contra ela qualquer delas se manifestar, não limitará a as despesas de frete e carreto.
não se tenham esgotado todos os recursos. apreciação de todas pelo Supremo Tribunal c Art. 155, II, da CF.
515. A competência para a ação rescisória não Federal, independentemente de interposição c LC no 87, de 13-9-1996 (Lei Kandir – ICMS).
é do Supremo Tribunal Federal, quando a ques- de agravo de instrumento. 541. O Imposto sobre Vendas e Consignações
tão federal, apreciada no recurso extraordiná- 529. Subsiste a responsabilidade do emprega- não incide sobre a venda ocasional de veículos
rio ou no agravo de instrumento, seja diversa dor pela indenização decorrente de acidente e equipamentos usados, que não se insere na
da que foi suscitada no pedido rescisório. do trabalho, quando o segurador, por haver atividade profissional do vendedor, e não é rea-
c Súm. n 249 do STF.
o
entrado em liquidação, ou por outro motivo, lizada com o fim de lucro, sem caráter, pois, de
516. O Serviço Social da Indústria – SESI – está não se encontrar em condições financeiras, de comercialidade.
SÚMULAS

sujeito à jurisdição da Justiça Estadual. efetuar, na forma da lei, o pagamento que o c Art. 155, II, da CF.
c Súm. no 251 do STF. seguro obrigatório visava garantir. c LC no 87, de 13-9-1996 (Lei Kandir – ICMS).
517. As sociedades de economia mista só têm c Art. 114, I, da CF. 542. Não é inconstitucional a multa instituí-
foro na Justiça Federal, quando a União inter- 530. Na legislação anterior ao art. 4o da Lei da pelo Estado‑Membro, como sanção pelo
vém como assistente ou opoente. retardamento do início ou da ultimação do
no 4.749, de 12-8-1965, a contribuição para a
c Súmulas n os 251 e 508 do STF.
previdência social não estava sujeita ao limite inventário.
518. A intervenção da União, em feito já julga- estabelecido no art. 69 da Lei no 3.807, de 26- 543. A Lei no 2.975, de 27-11-1965, revogou,
do pela segunda instância e pendente de em- 8-1960, sobre o 13 o salário a que se refere o
apenas, as isenções de caráter geral, relativa
bargos, não desloca o processo para o Tribunal art. 3o da Lei no 4.281, de 8-11-1963.
Federal de Recursos. ao imposto único sobre combustíveis, não as
co
Lei n 8.212, de 24-7-1991 (Lei Orgânica da Seguri‑ especiais, por outras leis concedidas.
c O TFR foi extinto pela CF/1988.
dade Social). 544. Isenções tributárias concedidas, sob
519. Aplica‑se aos executivos fiscais o princípio
da sucumbência a que se refere o art. 64 do 531. É inconstitucional o Decreto n 51.668,
o
condição onerosa, não podem ser livremente
Código de Processo Civil. de 17-1-1963, que estabeleceu salário profis- suprimidas.
c Refere‑se ao CPC/1939. Art. 20 do CPC/1973.
sional para trabalhadores de transportes marí- 545. Preços de serviços públicos e taxas não se
c Art. 82, § 2 o, do CPC/2015. timos, fluviais e lacustres. confundem, porque estas, diferentemente da-
520. Não exige a lei que, para requerer o exa- 532. É constitucional a Lei no 5.043, de 21-6- queles, são compulsórias e têm sua cobrança
me a que se refere o artigo 777 do Código de 1966, que concedeu remissão das dívidas fis- condicionada à prévia autorização orçamentá-
Processo Penal, tenha o sentenciado cumprido cais oriundas da falta de oportuno pagamento ria, em relação à lei que as instituiu.

2497
 Súmulas do STF
592. Nos crimes falimentares, aplicam‑se as Plenário, proferida em habeas corpus ou no 622. Não cabe agravo regimental contra deci‑
causas interruptivas da prescrição, previstas respectivo recurso. são do relator que concede ou indefere liminar
no Código Penal. c Art. 647 do CPP. em mandado de segurança.
c Súm. no 147 do STF. c Art. 466 do CPPM. c Art. 16 da Lei no 12.016, de 7-8-2009 (Lei do Man-
dado de Segurança Individual e Coletivo).
593. Incide o percentual do Fundo de Garantia 607. Na ação penal regida pela Lei
do Tempo de Serviço (FGTS) sobre a parcela da no 4.611/1965, a denúncia, como substitutivo 623. Não gera por si só a competência origi‑
remuneração correspondente a horas extraor‑ da Portaria, não interrompe a prescrição. nária do Supremo Tribunal Federal para co‑
dinárias de trabalho. nhecer do mandado de segurança com base
c A Lei n o 4.611, de 2-4-1965, foi revogada pela
no art. 102, I, n, da Constituição, dirigir‑se o
594. Os direitos de queixa e de representação Lei n o 9.099, de 26-9-1995 (Lei dos Juizados
pedido contra deliberação administrativa do
podem ser exercidos, independentemente, Especiais).
tribunal de origem, da qual haja participado
pelo ofendido ou por seu representante legal. 608. No crime de estupro, praticado me‑ a maioria ou a totalidade de seus membros.
c Arts. 34 e 39 do CPP. diante violência real, a ação penal é pública
624. Não compete ao Supremo Tribunal Fede‑
595. É inconstitucional a taxa municipal de incondicionada. ral conhecer originariamente de mandado de
conservação de estradas de rodagem cuja base c Art. 225 do CP. segurança contra atos de outros tribunais.
de cálculo seja idêntica à do Imposto Territorial 609. É pública incondicionada a ação penal por c Súm. no 330 do STF.
Rural. crime de sonegação fiscal. 625. Controvérsia sobre matéria de direito não
c Súm. no 348 do STF. c Lei n o 4.729, de 14-7-1965 (Lei do Crime de Sone- impede concessão de mandado de segurança.

596. As disposições do Decreto n 22.626 de

o gação Fiscal).
626. A suspensão da liminar em mandado
1933 não se aplicam às taxas de juros e aos 610. Há crime de latrocínio, quando o homicí‑ de segurança, salvo determinação em con‑
outros encargos cobrados nas operações rea‑ dio se consuma, ainda que não realize o agen‑ trário da decisão que a deferir, vigorará até o
lizadas por instituições públicas ou privadas, te a subtração de bens da vítima. trânsito em julgado da decisão definitiva de
que integram o Sistema Financeiro Nacional. c Art. 157, § 3o, in fine, do CP. concessão da segurança ou, havendo recurso,
c Dec. no 22.626, de 7-4-1933 (Lei da Usura). 611. Transitada em julgado a sentença con‑ até a sua manutenção pelo Supremo Tribunal
c Súmulas n os 283, 539 e 541 do STJ. denatória, compete ao Juízo das Execuções a Federal, desde que o objeto da liminar deferi‑
da coincida, total ou parcialmente, com o da
597. Não cabem embargos infringentes de aplicação da lei mais benigna. impetração.
acórdão que, em mandado de segurança, de‑ c Art. 66, I, da LEP. c Art. 15 da Lei n o 12.016, de 7-8-2009 (Lei do Man-
cidiu, por maioria de votos, a apelação. 612. Ao trabalhador rural não se aplicam, dado de Segurança Individual e Coletivo).
c Art. 25 da Lei n o 12.016, de 7-8-2009 (Lei do Man- por analogia, os benefícios previstos na Lei 627. No mandado de segurança contra a no‑
dado de Segurança Individual e Coletivo). n o
6.367, de 19-10-1976. meação de magistrado da competência do
c Súm. no 281 do STF. 613. Os dependentes de trabalhador rural não Presidente da República, este é considerado
c Súm. n 169 do STJ.
o
têm direito a pensão previdenciária, se o óbito autoridade coatora, ainda que o fundamento
598. Nos embargos de divergência não servem ocorreu anteriormente à vigência da Lei Com‑ da impetração seja nulidade ocorrida em fase
como padrão de discordância os mesmos pa‑ plementar no 11/1971. anterior do procedimento.
radigmas invocados para demonstrá‑la, mas 614. Somente o Procurador‑Geral da Justi‑ 628. Integrante de lista de candidatos a de‑
repelidos como não dissidentes no julgamento ça tem legitimidade para propor ação direta terminada vaga da composição de tribunal é
do recurso extraordinário. interventiva por inconstitucionalidade de lei parte legítima para impugnar a validade da
nomeação de concorrente.
599. Cancelada. RE (AgRg nos EDiv nos EDcl no municipal.
AgRg) no 283.240-5/RS (DJE de 14-3-2008), RE 615. O princípio constitucional da anualidade 629. A impetração de mandado de segurança
(AgRg nos EDiv nos EDcl no AgRg) no 285.093- (§ 29 do artigo 153 da Constituição Federal) coletivo por entidade de classe em favor dos
associados independe da autorização destes.
4/MG (DJE de 28-3-2008) e RE (AgRg nos EDiv não se aplica à revogação de isenção do Im‑
c Art. 21 da Lei n o 12.016, de 7-8-2009 (Lei do Man-
no AgRg) no 356.069-7/RS (DJE de 28-3-2008). posto de Circulação de Mercadorias.
dado de Segurança Individual e Coletivo).
600. Cabe ação executiva contra o emitente c Refere‑se à CF/1967. Art. 150, I e III, da CF.
630. A entidade de classe tem legitimação
e seus avalistas, ainda que não apresentado o 616. É permitida a cumulação da multa con‑ para o mandado de segurança ainda quando
cheque ao sacado no prazo legal, desde que tratual com os honorários de advogado, após a pretensão veiculada interesse apenas a uma
não prescrita ação cambiária. o advento do Código de Processo Civil vigente. parte da respectiva categoria.
601. Os artigos 3o, II, e 55 da Lei Complemen‑ c Refere‑se ao CPC/1973. c Art. 21 da Lei no 12.016, de 7-8-2009 (Lei do Man-
tar no 40/1981 (Lei Orgânica do Ministério Pú‑ 617. A base de cálculo dos honorários de ad‑ dado de Segurança Individual e Coletivo).
blico) não revogaram a legislação anterior que vogado em desapropriação é a diferença en‑ 631. Extingue‑se o processo de mandado de
atribui a iniciativa para a ação penal pública, tre a oferta e a indenização, corrigidas ambas segurança se o impetrante não promove, no
SÚMULAS

no processo sumário, ao juiz ou à autoridade monetariamente. prazo assinado, a citação do litisconsorte pas‑
policial, mediante Portaria ou Auto de Prisão c Súmulas n os 131 e 141 do STJ. sivo necessário.
em Flagrante. 618. Na desapropriação, direta ou indireta, a c Arts. 114, 115, parágrafo único, e 116 do
CPC/2015.
602. Nas causas criminais, o prazo de interpo‑ taxa dos juros compensatórios é de 12% (doze
sição de recurso extraordinário é de dez dias. por cento) ao ano. 632. É constitucional lei que fixa o prazo de
decadência para a impetração de mandado de
Art. 102, III, a a d, da CF. c Súm. no 408 do STJ.
c
segurança.
603. A competência para o processo e julga‑ 619. Revogada. HC n 92.566/SP (DJE de c Art. 23 da Lei no 12.016, de 7-8-2009 (Lei do Man-
o

mento de latrocínio é do juiz singular e não do
Tribunal do Júri.
c Art. 157, § 3o, in fine, do CP.
604. A prescrição pela pena em concreto é
somente da pretensão executória da pena pri‑
vativa de liberdade.
c Art. 110 do CP.
605. Superada. Art. 71, parágrafo único, do
CP.
606. Não cabe habeas corpus originário para
o Tribunal Pleno de decisão de Turma, ou do
5-6-2009). dado de Segurança Individual e Coletivo).
620. A sentença proferida contra Autarquias 633. É incabível a condenação em verba hono‑
não está sujeita a reexame necessário, salvo rária nos recursos extraordinários interpostos
quando sucumbente em execução de dívida em processo trabalhista, exceto nas hipóteses
ativa. previstas na Lei no 5.584/1970.
c Lei no 9.469, de 10-7-1997, dispõe sobre a interven- 634. Não compete ao Supremo Tribunal Fede‑
ção da União nas causas em que figurarem como ral conceder medida cautelar para dar efeito
autores ou réus. suspensivo a recurso extraordinário que ainda
621. Não enseja embargos de terceiro à pe‑ não foi objeto de juízo de admissibilidade na
nhora a promessa de compra e venda não ins‑ origem.
crita no Registro de Imóveis. 635. Cabe ao Presidente do Tribunal de origem
c Súm. no 84 do STJ. decidir o pedido de medida cautelar em recur‑

2499
 Súmulas do STJ
202. A impetração de segurança por terceiro, 219. Os créditos decorrentes de serviços pres‑ juízes trabalhistas vinculados a Tribunais Re‑
contra ato judicial, não se condiciona à inter‑ tados à massa falida, inclusive a remuneração gionais do Trabalho diversos.
posição de recurso. do síndico, gozam dos privilégios próprios dos 237. Nas operações com cartão de crédito, os
c Art. 996 do CPC/2015. trabalhistas. encargos relativos ao financiamento não são
203. Não cabe recurso especial contra decisão 220. A reincidência não influi no prazo da pres‑ considerados no cálculo do ICMS.
proferida por órgão de segundo grau dos Jui‑ crição da pretensão punitiva. 238. A avaliação da indenização devida ao pro‑
zados Especiais. c Arts. 63 e 110 do CP.
prietário do solo, em razão de alvará de pes‑
c Súmula com redação alterada. DJU de 3-6-2002. c Art. 71 do CPM.
quisa mineral, é processada no Juízo Estadual
204. Os juros de mora nas ações relativas a 221. São civilmente responsáveis pelo ressarci‑ da situação do imóvel.
benefícios previdenciários incidem a partir damento de dano, decorrente de publicação pela
citação válida. imprensa, tanto o autor do escrito quanto o 239. O direito à adjudicação compulsória não
proprietário do veículo de divulgação. se condiciona ao registro do compromisso de
205. A Lei no 8.009/1990 aplica‑se à penhora compra e venda no cartório de imóveis.
realizada antes de sua vigência. 222. Compete à Justiça Comum processar e
julgar as ações relativas à contribuição sindical
206. A existência de vara privativa, instituída 240. A extinção do processo, por abandono
prevista no artigo 578 da CLT.
por lei estadual, não altera a competência ter‑ da causa pelo autor, depende de requerimento
ritorial resultante das leis de processo. 223. A certidão de intimação do acórdão re‑ do réu.
c Art. 51 do CPC/2015. corrido constitui peça obrigatória no instru‑ c Art. 485, III, do CPC/2015.
207. É inadmissível recurso especial quando mento de agravo. 241. A reincidência penal não pode ser consi‑
cabíveis embargos infringentes contra o acór‑ 224. Excluído do feito o ente federal, cuja derada como circunstância agravante e, simul‑
dão proferido no tribunal de origem. presença levara o Juiz Estadual a declinar da taneamente, como circunstância judicial.
c Art. 105, III, da CF. competência, deve o Juiz Federal restituir os c Arts. 59, 61, I, e 63 do CP.
c Art. 942 do CPC/2015. autos e não suscitar conflito. c Arts. 69, 70, I, e 71 do CPM.
208. Compete à Justiça Federal processar e c Súmulas n 150 e 254 do STJ.
os
c Súm. no 444 do STJ.
julgar prefeito municipal por desvio de verba 225. Compete ao Tribunal Regional do Traba‑ 242. Cabe ação declaratória para reco‑
sujeita a prestação de contas perante órgão lho apreciar recursos contra sentença proferida nhecimento de tempo de serviço para fins
federal. por órgão de primeiro grau da Justiça Traba‑ previdenciários.
c Art. 109 da CF. lhista, ainda que para declarar‑lhe a nulidade
c Arts. 19, I, do CPC/2015.
209. Compete à Justiça Estadual processar e em virtude de incompetência.
julgar prefeito por desvio de verba transferida 226. O Ministério Público tem legitimidade
243. O benefício da suspensão do processo
e incorporada ao patrimônio municipal. para recorrer na ação de acidente do traba‑ não é aplicável em relação às infrações penais
lho, ainda que o segurado esteja assistido por cometidas em concurso material, concurso
c Art. 29, X, da CF.
formal ou continuidade delitiva, quando a
210. A ação de cobrança das contribuições advogado. pena mínima cominada, seja pelo somatório
para o FGTS prescreve em trinta anos. c Art. 178, I e III, do CPC/2015.
seja pela incidência da majorante, ultrapassar
Art. 7o, XXIX, da CF. 227. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
c
o limite de 1 (um) ano.
c Súmulas nos 154 e 398 do STJ. 228. É inadmissível o interdito proibitório para c Arts. 69 a 71 do CP.
c Súm. no 362 do TST. a proteção do direito autoral.
c Art. 89 da Lei n o 9.099, de 26-9-1995 (Lei dos Jui-
211. Inadmissível recurso especial quanto à 229. O pedido de pagamento de indenização zados Especiais).
questão que, a despeito da oposição de em‑ à seguradora suspende o prazo de prescrição
bargos declaratórios, não foi apreciada pelo 244. Superada. Art. 70, § 4o, do CPP.
até que o segurado tenha ciência da decisão.
tribunal a quo. c Súmulas n os 101 e 278 do STJ.
245. A notificação destinada a comprovar
c Art. 1.022, II, do CPC/2015. a mora nas dívidas garantidas por alienação
230. Cancelada. CComp. n 30.513/SP,
os
212. A compensação de créditos tributários 30.500/SP e 30.504/SP, de 11-10-2000 (DJU fiduciária dispensa a indicação do valor do
não pode ser deferida em ação cautelar ou por de 9-11-2000). débito.
medida liminar cautelar ou antecipatória. Art. 2o, § 2o, do Dec.‑lei no 911, de 1-10-1969 (Lei
231. A incidência da circunstância atenuante c
c Súmula com redação alterada. DJU de 23-5-2005. das Alienações Fiduciárias).
não pode conduzir à redução da pena abaixo
c Art. 297, caput, do CPC/2015. 246. O valor do seguro obrigatório deve ser
do mínimo legal.
213. O mandado de segurança constitui ação c Art. 65 do CP. deduzido da indenização judicialmente fixada.
adequada para a declaração do direito à com‑ c Art. 72 do CPM. c Súmulas nos 257 e 426 do STJ.
pensação tributária.
c Art. 7o, § 2o, da Lei no 12.016, de 7-8-2009 (Lei do
232. A Fazenda Pública, quando parte no pro‑ 247. O contrato de abertura de crédito em
cesso, fica sujeita à exigência do depósito pré‑ conta‑corrente, acompanhado do demonstra‑
Mandado de Segurança Individual e Coletivo).
SÚMULAS

vio dos honorários do perito. tivo de débito, constitui documento hábil para
214. O fiador na locação não responde por
obrigações resultantes de aditamento ao qual c Art. 39 da Lei no 6.830, de 22-9-1980 (Lei das Exe- o ajuizamento de ação monitória.
cuções Fiscais).
não anuiu. c Art. 700, caput, I e II, do CPC/2015.
233. O contrato de abertura de crédito, ainda
215. A indenização recebida pela adesão a que acompanhado de extrato da conta‑corren‑ c Súmulas n 233 e 258 do STJ.
os

programa de incentivo à demissão voluntária

te, não é título executivo. 248. Comprovada a prestação dos serviços, a
não está sujeita à incidência do Imposto de duplicata não aceita, mas protestada, é título
c Súmulas n os 247 e 258 do STJ.
Renda. hábil para instruir pedido de falência.
216. A tempestividade de recurso interposto 234. A participação de membro do Ministé‑ c Lei no 11.101, de 9-2-2005 (Lei de Recuperação de
no Superior Tribunal de Justiça é aferida pelo rio Público na fase investigatória criminal não Empresas e Falências).
registro no protocolo da Secretaria e não pela acarreta o seu impedimento ou suspeição para
data da entrega na agência do correio. o oferecimento da denúncia. 249. A Caixa Econômica Federal tem legitimi‑
c Arts. 251 a 258 do CPP. dade passiva para integrar processo em que se
c Arts. 413 e 1.003, § 5 o, do CPC/2015.
c Art. 66 do RISTJ. c Arts. 57 a 59 do CPPM. discute correção monetária do FGTS.
Art. 7o da Lei no 8.036, de 11-5-1990 (Lei do FGTS).
217. Cancelada. AgRg na SS no 1.204/AM, de 235. A conexão não determina a reunião dos c
processos, se um deles já foi julgado. c Súm. no 445 do STJ.
23-10-2003 (DJU de 10-11-2003).
218. Compete à Justiça dos Estados processar c Arts. 76 a 82 do CPP. 250. É legítima a cobrança de multa fiscal de
e julgar ação de servidor estadual decorrente c Arts. 99 a 107 do CPPM. empresa em regime de concordata.
de direitos e vantagens estatuários no exercício 236. Não compete ao Superior Tribunal de c Lei no 11.101, de 9-2-2005 (Lei de Recuperação de
de cargo em comissão. Justiça dirimir conflitos de competência entre Empresas e Falências).

2513
Súmulas do STJ
b) manifestação a respeito do mérito nas in‑
formações prestadas; e
c) ausência de modificação de competência
estabelecida na Constituição Federal.
629. Quanto ao dano ambiental, é admitida
a condenação do réu à obrigação de fazer ou
à de não fazer cumulada com a de indenizar.
630. A incidência da atenuante da confissão
espontânea no crime de tráfico ilícito de entor‑
pecentes exige o reconhecimento da traficân‑
cia pelo acusado, não bastando a mera admis‑
são da posse ou propriedade para uso próprio.
631. O indulto extingue os efeitos primários
da condenação (pretensão executória), mas
não atinge os efeitos secundários, penais ou
extrapenais.
632. Nos contratos de seguro regidos pelo Có‑
digo Civil, a correção monetária sobre a indeni‑
zação securitária incide a partir da contratação
até o efetivo pagamento.
633. A Lei no 9.784/1999, especialmente no
que diz respeito ao prazo decadencial para a
revisão de atos administrativos no âmbito da
Administração Pública federal, pode ser apli‑
cada, de forma subsidiária, aos estados e mu‑
nicípios, se inexistente norma local e específica
que regule a matéria.
634. Ao particular aplica‑se o mesmo regime
prescricional previsto na Lei de Improbidade
Administrativa para o agente público.
635. Os prazos prescricionais previstos no
art. 142 da Lei n o 8.112/1990 iniciam‑se na
data em que a autoridade competente para a
abertura do procedimento administrativo toma
conhecimento do fato, interrompem‑se com o
primeiro ato de instauração válido – sindicân‑
cia de caráter punitivo ou processo disciplinar
– e voltam a fluir por inteiro, após decorridos
140 dias desde a interrupção.
636. A folha de antecedentes criminais é docu‑
mento suficiente a comprovar os maus antece‑
dentes e a reincidência.
2524
637. O ente público detém legitimidade e in‑ das em lei (art. 28, § 9o, da Lei no 8.212/1991),
teresse para intervir, incidentalmente, na ação
possessória entre particulares, podendo dedu‑
zir qualquer matéria defensiva, inclusive, se for
o caso, o domínio.
638. É abusiva a cláusula contratual que res‑
tringe a responsabilidade de instituição finan‑
ceira pelos danos decorrentes de roubo, furto
ou extravio de bem entregue em garantia no
âmbito de contrato de penhor civil.
639. Não fere o contraditório e o devido pro‑
cesso decisão que, sem ouvida prévia da defe‑
sa, determine transferência ou permanência de
custodiado em estabelecimento penitenciário
federal.
640. O benefício fiscal que trata do Regime
Especial de Reintegração de Valores Tributários
para as Empresas Exportadoras (REINTEGRA)
alcança as operações de venda de mercado‑
rias de origem nacional para a Zona Franca de
Manaus, para consumo, industrialização ou
reexportação para o estrangeiro.
641. A portaria de instauração do processo ad‑
ministrativo disciplinar prescinde da exposição
detalhada dos fatos a serem apurados.
642. O direito à indenização por danos mo‑
rais transmite‑se com o falecimento do titular,
possuindo os herdeiros da vítima legitimida‑
de ativa para ajuizar ou prosseguir a ação
indenizatória.
643. A execução da pena restritiva de di‑
reitos depende do trânsito em julgado da
condenação.
644. O núcleo de prática jurídica deve apre‑
sentar o instrumento de mandato quando
constituído pelo réu hipossuficiente, salvo
nas hipóteses em que é nomeado pelo juízo.
645. O crime de fraude à licitação é formal, e
sua consumação prescinde da comprovação
do prejuízo ou da obtenção de vantagem.
646. É irrelevante a natureza da verba traba‑
lhista para fins de incidência da contribuição
ao FGTS, visto que apenas as verbas elenca‑
em rol taxativo, estão excluídas da sua base
de cálculo, por força do disposto no art. 15,
§ 6o, da Lei no 8.036/1990.
647. São imprescritíveis as ações indenizató‑
rias por danos morais e materiais decorrentes
de atos de perseguição política com violação
de direitos fundamentais ocorridos durante
o regime militar.
648. A superveniência da sentença condena‑
tória prejudica o pedido de trancamento da
ação penal por falta de justa causa feito em
habeas corpus.
649. Não incide ICMS sobre o serviço de
transporte interestadual de mercadorias
destinadas ao exterior.
650. A autoridade administrativa não dispõe
de discricionariedade para aplicar ao servidor
pena diversa de demissão quando carateriza‑
das as hipóteses previstas no art. 132 da Lei
no 8.112/1990.
651. Compete à autoridade administrativa
aplicar a servidor público a pena de demissão
em razão da prática de improbidade adminis‑
trativa, independentemente de prévia con‑
denação, por autoridade judiciária, à perda
da função pública.
652. A responsabilidade civil da Adminis‑
tração Pública por danos ao meio ambien‑
te, decorrente de sua omissão no dever de
fiscalização, é de caráter solidário, mas de
execução subsidiária.
653. O pedido de parcelamento fiscal, ainda
que indeferido, interrompe o prazo prescri‑
cional, pois caracteriza confissão extrajudi‑
cial do débito.
654. A tabela de preços máximos ao consumi‑
dor (PMC) publicada pela ABCFarma, adotada
pelo FISCO para a fixação da base de cálculo
do ICMS na sistemática da substituição tribu‑
tária, não se aplica aos medicamentos desti‑
nados exclusivamente para uso de hospitais
e clínicas.
 Súmulas do STM
SÚMULAS DO SUPERIOR 8. O desertor sem estabilidade e o insubmisso 13. A declaração de extinção de punibilidade
TRIBUNAL MILITAR que, por apresentação voluntária ou em razão em IPI, IPD e IPM deve ser objeto de decisão,
1. Cancelada. (DJU de 24-4-1995). de captura, forem julgado em inspeção de saú‑ que, também, determinará o arquivamento
de, para fins de reinclusão ou incorporação, dos autos.
2. Cancelada. (DJU de 24-4-1995). incapazes para o Serviço Militar, podem ser
3. Não constituem excludentes de culpabili‑ isentos do processo, após o pronunciamento 14. Tendo em vista a especialidade da legisla‑
dade, nos crimes de deserção e insubmissão, do representante do Ministério Público. ção militar, a Lei n o 11.343, de 23 de agosto
alegações de ordem particular ou familiar de‑ c Arts. 457, § 2o, e 464 do CPPM. de 2006, que instituiu o Sistema Nacional de
sacompanhadas de provas. 9. A Lei no 9.099, de 26-9-1995, que dispõe Políticas Públicas sobre Drogas, não se aplica à
4. Cancelada. (DJU de 24-4-1995). sobre os Juízos Especiais Cíveis e Criminais e Justiça Militar da União.
5. A desclassificação de crime capitulado na dá outras providências, não se aplica à Justiça 15. Cancelada. (DOU de 17-5-2016).
denúncia pode ser operada pelo Tribunal ou Militar da União.
pelos Conselhos de Justiça, mesmo sem ma‑ c Art. 142 da CF. 16. A suspensão condicional da pena (sursis)
nifestação neste sentido do Ministério Públi‑ 10. Cancelada. DJe 13-6-2018. não é espécie de pena; portanto, o transcurso
co Militar nas alegações finais, desde quando 11. O recolhimento à prisão, como condição do período de prova, estabelecido em audiên‑
importe em benefício para o réu e conste da para apelar (art. 527 do CPPM), aplica‑se ao cia admonitória, não atende ao requisito obje‑
matéria fática. réu foragido e, tratando‑se de revel, só é apli‑ tivo exigível para a declaração de extinção da
c Art. 437, a, do CPPM. cável se a sentença houver negado o direito de punibilidade pelo indulto.
6. Cancelada. (DJU de 24-4-1995). apelar em liberdade. 17. Compete aos Conselhos Especial e Perma‑
7. O crime de insubmissão, capitulado no c Súm. n 347 do STJ.
o
nente de Justiça processar e julgar acusados
art. 183 do CPM, caracteriza‑se quando pro‑ 12. A praça sem estabilidade não pode ser de‑ que, em tese, praticaram crimes militares na
vado de maneira inconteste o conhecimento nunciada por deserção sem ter readquirido o condição de militares das Forças Armadas.
pelo conscrito da data e local de sua apresen‑ status de militar, condição de procedibilidade
tação para incorporação, através de documen‑ para a persecutio criminis, através da reinclu‑ 18. O art. 28‑A do Código de Processo Penal
to hábil constante dos autos. A confissão do são. Para a praça estável, a condição de proce‑ comum, que dispõe sobre o Acordo de não
indigitado insubmisso deverá ser considerada dibilidade é a reversão ao serviço ativo. Persecução Penal, não se aplica à Justiça Mi‑
no quadro do conjunto probatório. c Art. 457, §§ 1 o e 3o, do CPPM. litar da União.

SÚMULAS

2525
Súmulas do TST
sendo necessária a classificação da atividade Desnecessária a perícia de que trata o art. 195 da bente no objeto da perícia for beneficiária da
insalubre na relação oficial elaborada pelo Mi- CLT. O pagamento de adicional de periculosida- assistência judiciária gratuita, observado o
nistério do Trabalho. de efetuado por mera liberalidade da empresa, procedimento disposto nos arts. 1o, 2o e 5o da
II – A higienização de instalações sanitárias de ainda que de forma proporcional ao tempo de Resolução no 66/2010 do Conselho Superior da
uso público ou coletivo de grande circulação, exposição ao risco ou em percentual inferior ao Justiça do Trabalho – CSJT.
e a respectiva coleta de lixo, por não se equi- máximo legalmente previsto, dispensa a reali- c Redação dada pela Res. do TST n o 194, de
parar à limpeza em residências e escritórios, zação da prova técnica exigida pelo art. 195 19-5-2014.
enseja o pagamento de adicional de insalubri- da CLT, pois torna incontroversa a existência 458. Embargos. Procedimento sumaríssimo. Co-
dade em grau máximo, incidindo o disposto do trabalho em condições perigosas. nhecimento. Recurso interposto após vigência
no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE c Conversão da OJ da SBDI‑I no 406 do TST. da Lei no 11.496, de 22-6-2007, que conferiu nova
no 3.214/78 quanto à coleta e industrialização c Art. 7o, XXIII, da CF. redação ao art. 894, da CLT.
de lixo urbano.
454. Competência da justiça do trabalho. Execu- c Conversão da OJ da SBDI‑I no 405 do TST.
c Redação dada pela Res. do TST n o 194, de ção de ofício. Contribuição social referente ao se- c Art. 896, § 9o, da CLT.
19-5-2014.
guro de acidente de trabalho (SAT). Arts. 114, VIII, Em causas sujeitas ao procedimento suma-
449. Minutos que antecedem e sucedem a jornada e 195, I, a, da Constituição da República. Compete ríssimo, em que pese a limitação imposta no
de trabalho. Lei no 10.243, DE 19-6-2001. Norma à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da art. 896, § 6o, da CLT à interposição de recurso
coletiva. Flexibilização. Impossibilidade. A partir contribuição referente ao Seguro de Acidente de revista, admitem‑se os embargos interpos-
da vigência da Lei n o 10.243, de 19-6-2001, de Trabalho (SAT), que tem natureza de contri-
que acrescentou o § 1o ao art. 58 da CLT, não tos na vigência da Lei n o 11.496, de 22-6-
buição para a seguridade social (arts. 114, VIII, 2007, que conferiu nova redação ao art. 894
mais prevalece cláusula prevista em convenção e 195, I, a, da CF), pois se destina ao financia-
ou acordo coletivo que elastece o limite de 5 da CLT, quando demonstrada a divergência
mento de benefícios relativos à incapacidade jurisprudencial entre Turmas do TST, fundada
minutos que antecedem e sucedem a jornada do empregado decorrente de infortúnio no
de trabalho para fins de apuração das horas em interpretações diversas acerca da aplicação
trabalho (arts. 11 e 22 da Lei no 8.212/1991). de mesmo dispositivo constitucional ou de ma-
extras. Conversão da OJ da SBDI‑I no 414 do TST.
c téria sumulada.
c Conversão da OJ da SBDI‑I no 372 do TST.
455. Equiparação salarial. Sociedade de economia c Redação dada pela Res. do TST n o 194, de
450. Férias. Gozo na época própria. Pagamento mista. Art. 37, XIII, da CF/1988. Possibilidade. 19-5-2014.
fora do prazo. Dobra devida. Arts. 137 e 145 da CLT. c Conversão da OJ da SBDI‑I no 353 do TST. 459. Recurso de revista. Nulidade por negativa
É devido o pagamento em dobro da remunera-
À sociedade de economia mista não se aplica a de prestação jurisdicional. O conhecimento do
ção de férias, incluído o terço constitucional,
vedação à equiparação prevista no art. 37, XIII, recurso de revista, quanto à preliminar de nu-
com base no art. 137 da CLT, quando, ainda
da CF/1988, pois, ao admitir empregados sob lidade, por negativa de prestação jurisdicional,
que gozadas na época própria, o emprega-
o regime da CLT, equipara‑se a empregador supõe indicação de violação do art. 832 da CLT,
dor tenha descumprido o prazo previsto no
privado, conforme disposto no art. 173, § 1 o, do art. 489 do CPC de 2015 (art. 458 do CPC
art. 145 do mesmo diploma legal.
II, da CF/1988. de 1973) ou do art. 93, IX, da CF/1988.
c Conversão da OJ da SBDI‑I no 386 do TST.
c Redação dada pela Res. do TST n o 219, de 26-6-
O STF, por maioria dos votos, julgou procedente a c Redação dada pela Res. do TST n 194, de
o
c
19-5-2014. 2017 (DJe de 28-6-2017).
ADPF no 501, para declarar a inconstitucionalida-
de desta Súmula, bem como, invalidar as decisões 456. Representação. Pessoa jurídica. Procuração. 460. Vale‑transporte. Ônus da prova. É do empre-
judiciais não transitadas em julgado que, ampara- Invalidade. Identificação do outorgante e de seu gador o ônus de comprovar que o empregado
das no referido texto, tenham aplicado a sanção de não satisfaz os requisitos indispensáveis para a
pagamento em dobro prevista no art. 137 da CLT representante. concessão do vale‑transporte ou não pretenda
(DOU de 15-8-2022). I – É inválido o instrumento de mandato firma- fazer uso do benefício.
451. Participação nos lucros e resultados. Resci- do em nome de pessoa jurídica que não con- 461. FGTS. Diferenças. Recolhimento. Ônus da
são contratual anterior à data da distribuição dostenha, pelo menos, o nome do outorgante e
do signatário da procuração, pois estes dados prova. É do empregador o ônus da prova em
lucros. Pagamento proporcional aos meses traba-
constituem elementos que os individualizam. relação à regularidade dos depósitos do FGTS,
lhados. Princípio da isonomia. Fere o princípio da
II – Verificada a irregularidade de represen- pois o pagamento é fato extintivo do direito do
isonomia instituir vantagem mediante acordo
tação da parte na instância originária, o juiz autor (art. 373, II, do CPC de 2015).
coletivo ou norma regulamentar que condicio-
na a percepção da parcela participação nos lu- designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja 462. Multa do art. 477, § 8o, da CLT. Incidência.
cros e resultados ao fato de estar o contrato de sanado o vício. Descumprida a determinação, Reconhecimento judicial da relação de emprego.
trabalho em vigor na data prevista para a distri- extinguirá o processo, sem resolução de méri- A circunstância de a relação de emprego ter
buição dos lucros. Assim, inclusive na rescisão to, se a providência couber ao reclamante, ou sido reconhecida apenas em juízo não tem o
contratual antecipada, é devido o pagamento considerará revel o reclamado, se a providência condão de afastar a incidência da multa pre-
da parcela de forma proporcional aos meses lhe couber (art. 76, § 1o, do CPC de 2015). vista no art. 477, §8o, da CLT. A referida multa
trabalhados, pois o ex‑empregado concorreu III – Caso a irregularidade de representação da não será devida apenas quando, comprova-
para os resultados positivos da empresa. parte seja constatada em fase recursal, o rela- damente, o empregado der causa à mora no
c Conversão da OJ da SBDI‑I no 390 do TST. tor designará prazo de 5 (cinco) dias para que pagamento das verbas rescisórias.
c Art. 7o, XI, da CF. seja sanado o vício. Descumprida a determina- c Súmula corrigida pela Presidência do TST no DJe
c Art. 1o da Lei 10.101, de19-12-2000 (Lei da Partici- ção, o relator não conhecerá do recurso, se a 30-6-2016.
pação nos Lucros e Resultados). providência couber ao recorrente, ou determi- 463. Assistência judiciária gratuita. Comprovação.
452. Diferenças salariais. Plano de cargos e salá- nará o desentranhamento das contrarrazões,
se a providência couber ao recorrido (art. 76, I – A partir de 26-6-2017, para a concessão da
rios. Descumprimento. Critérios de promoção não assistência judiciária gratuita à pessoa natural,
observados. Prescrição parcial. Tratando‑se de § 2o, do CPC de 2015).
basta a declaração de hipossuficiência econô-
pedido de pagamento de diferenças salariais c Redação dada pela Res. do TST n 211, de 22-8-
o

2016 (DJe de 24-8-2016).

mica firmada pela parte ou por seu advogado,
decorrentes da inobservância dos critérios de desde que munido de procuração com poderes
promoção estabelecidos em Plano de Cargos 457. Honorários periciais. Beneficiário da justiça específicos para esse fim (art. 105 do CPC de
e Salários criado pela empresa, a prescrição gratuita. Responsabilidade da união pelo paga- 2015);
aplicável é a parcial, pois a lesão é sucessiva e mento. Resolução no 66/2010 do CSJT. Observância. II – No caso de pessoa jurídica, não basta a
se renova mês a mês. c Conversão da OJ da SBDI‑I n o 387 do TST. mera declaração: é necessária a demonstração
c Conversão da OJ da SBDI‑I no 404 do TST. c Art. 790‑B da CLT. cabal de impossibilidade de a parte arcar com
453. Adicional de periculosidade. Pagamento es- A União é responsável pelo pagamento dos as despesas do processo.
pontâneo. Caracterização de fato incontroverso. honorários de perito quando a parte sucum- c Conversão da OJ da SBDI‑I no 304 do TST.

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