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Aspectos geográficos

Devemos destacar que 92% do território Brasileiro fica entre a linha do Equador e o Trópico
de Capricórnio, o que facilita o cultivo de alimentos variados (de climas temperado e
tropical).

Nordeste
- Estados: Alagoas; Bahia; Ceará; Maranhão; Paraíba; Piauí; Pernambuco; Rio
Grande do Norte; Sergipe.

Dividida em 4 cozinhas:
- 1. Cozinha Nordestina Maranhense;
Influências principalmente dos africanos e indígenas, utiliza praticamente só
ingredientes locais. Utiliza uma vasta quantidade de tipos de carnes (inclusive as de
caça, que são cada dia mais raras). Também está presente na alimentação uma
grande variedade de peixes e frutos do mar (Camarão, caranguejo, sururu, ostra,
sarnambi).

Pratos típicos: O arroz de cuxá - feito com uma planta de origem africana, a
vinagreira.
Arroz de Caranguejo.
Arroz Maria Isabel.
Doce de Buriti
Cuxá da Roça.
Peixada Maranhense.
Sopa de Camarão.

Tiquira, que é uma aguardente feita de mandioca e que tem coloração roxa.

Entre os doces estão o Doce de Espécie, melindres, pé-de-moleque, bolo inglês,


manuês, bolo de tapioca e de milho e arroz.

- 2. Cozinha Nordestina Sertaneja;


É marcada por uma característica principal: a rusticidade/simplicidade, explicada
pelas condições climáticas hostis da região, uma cozinha de resistência.
Na região é consumida a buchadas de bode ou de carneiro, o baião-de-dois, a
carne-de-sol, beijus de tapioca, queijo de coalho, paçoca de carne seca e cuscuz de
milho.

O queijo de coalho, quando não talha naturalmente é preciso adicionar um


coagulante, que tempos atrás era produzido pelo estômago de animais roedores
como do preá, mocó ou até do gado. Consumo de manteiga de garrafa, galinha de
capoeira, d’angola, maxixe, inhame, quiabo, macaxeira e jerimum são comuns.

- 3. Cozinha Nordestina Litorânea;


A cozinha baiana, e também, popularmente conhecida como comida de azeite, é
uma referência ao grande uso do azeite de dendê. Sendo a mais destacada,
representando a culinária nordestina. Na Bahia , o uso de condimentos é tão
acentuado que eles são considerados a “alma da cozinha brasileira’’, com maior
influência africana. Há forte presença de três ingredientes: o leite de coco, o azeite
de dendê e a pimenta.

Pratos típicos:
Vatapá, que é feito de pão e leva amendoim e castanha de caju.
Caruru
Acarajé
Abará
Xinxim de galinha, guisado de galinha que entre outros ingredientes leva amendoim,
castanha de caju e gengibre
Bobó de camarão
Cocadas

- 4. Cozinha Nordestina Baiana.


Utilizam como alimentos básicos: farinha da mandioca, feijão, coco, carne de sol ,
rapadura , milho , peixes e frutos do mar.

Pratos típicos do Sergipe:


Feijoada sergipana;
Moqueca;
Surubim ao molho de coco;
Pirão de leite;
Pé de moleque sergipano;
Mariscada sergipana.

Pratos típicos do Rio Grande do Norte:


Ginga com tapioca (peixe empanado no fubá e frito no dendê);
Carne de sol de carneiro;
Arroz de leite;
Feijão verde.

Pratos típicos do Piauí:


A larga utilização dos "cheiros verdes“ e o uso muito intenso da farinha de mandioca
Frito é a mistura de farinha com carne frita de qualquer espécie;
Doce de Limão.

Pratos típicos de Pernambuco:


Muitas das receitas existentes nasceram em engenhos, a exemplo disso temos: bolo
Souza Leão; beijos de dondom; Bolo de Rolo.

Pratos típicos de Paraíba:


Buchada de Bode da Paraíba
Carne de Sol com Macaxeira
Carne-de-Sol
Chambaril
Galinha de Cabidela
Panelada
Peixada com Legumes e Pirão
Pernil de Cabrito Assado

Pratos típicos do Ceará:


Frutos do mar;
Baião de dois;
Feijão verde com natas;
Paçoca de carne;
Peixada Cearense.

Pratos típicos de Alagoas:


Baião-de-dois
Mariscos em geral
Bolo de Milho Verde
Camarão Refogado
Pudim de Tapioca

Principais ingredientes da mesa dos brasileiros


- Feijão carioca: É o feijão mais consumido no Brasil e nasceu do cruzamento
de duas variedades de feijão. Possui cor bege com rajas marrom.

- Feijão rajado: Possui grãos graúdos e cor rosada com listras avermelhadas.
Tem sabor adocicado. Ótimo para ensopados. Muito consumido em São
Paulo, Minas Gerais e região Sul.

- Feijão Jalo: Possui grãos grandes e amarelados; quando cozido, forma um


caldo encorpado marrom avermelhado; muito utilizado em Minas Gerais e na
Região Centro-Oeste.

- Feijão jalo-roxo: Com coloração avermelhada, o jalo-roxo é uma variação


do jalo comum. Com grãos grandes, é utilizado em sopas e saladas nas
cozinhas paulista, mineira e goiana.

- Feijão Mulatinho: De coloração amarronzada, o feijão-mulatinho se parece


com o grão do tipo carioca, mas sem as listras.

- Feijão Caupi: Feijão macassar, feijão-de-corda ou feijão caupi é uma das


culturas mais importantes do Nordeste do Brasil.

- Feijão-Caupi/Fradinho: O Feijão Fradinho é uma subclasse do feijão-caupi


classe branco. Tem como principais características o “pele” levemente
rugoso, grão côncavo e o halo bem delineado na cor preta.

- Feijão Manteiguinha de Santarém: É uma variedade do feijão Caupi,


produzido tradicionalmente na região do baixo Amazonas.

- Feijão Preto: Feijão Preto possui coloração preta e grãos reniformes


(formato de rim). Muito consumido em todo o Brasil.
Pratos típicos que usam feijão
- Baião de dois
- Feijoada
- Salada de feijão manteiguinha/Santarém
- Feijão tropeiro
- Tutu de feijão
- Virado Paulista

Pratos típicos com arroz


- Arroz com pequi: O pequi é uma fruta nativa do cerrado brasileiro.

- Arroz de Carreteiro: O arroz de carreteiro, ou simplesmente carreteiro, é um


prato típico da Região sul do Brasil.

- Baião de Dois: Baião de dois é um prato típico da região Nordeste do Brasil.

- Arroz de cuxá: Prato típico da culinária maranhense, o arroz de cuxá é um


prato à base de folha de vinagreira e camarão seco.

- Arroz Paraense: Prato típico da culinária paraense, com tucupi, jambu e


camarão seco.

Milho
No Brasil o milho já era cultivado pelos índios antes mesmo da chegada dos portugueses,
porém o seu consumo aumentou a partir do descobrimento e passou a integrar o hábito
alimentar da população. Os índios Kaingang, habitantes de São Paulo ao Rio Grande do
Sul, alegavam que seus antepassados conheceram o milho quando o encontraram nas
moelas das aves.

Preparações com o milho


- Pamonha
- Curau
- Mungunzá
- Mungunzá amarelo
- Polenta
- Xerém
- Bolo de milho
- Cuscuz
- Cuscuz Paulista

Carne Seca, Carne de Sol e Charque


Carne de sol, carne do Ceará, carne do sertão, carne seca, charque, carne de vento, jabá –
segundo o Sebrae, são nomes diferentes para designar praticamente um único produto:
mantas de carne desidratadas e dessecadas. A diferença está basicamente na técnica de
preparo, sendo todas de carne bovina.

- Carne de sol: Depois de cortada, é ligeiramente salgada e deixada em locais


cobertos e bem ventilados. Exige um clima muito seco, com isso o preparo da carne
de sol é mais comum nas regiões semi-áridas do Nordeste. Dura de 72-96 horas em
temperatura ambiente. O resultado é uma carne marrom-acinzentada, avermelhada
por dentro, com sabor e aroma característicos do processo de cura.

- Carne seca: É esfregada com mais sal e empilhada em lugares secos. As "mantas"
de carne são constantemente mudadas de posição, para facilitar a evaporação. Em
seguida elas são estendidas em varais, ao sol, até completar a desidratação. Mais
seca, mais salgada e por ter um tempo maior de cura.

- Charque: O diferencial está na maior quantidade de sal e de exposição ao sol ao


qual o charque é submetido. Com isso há uma maior durabilidade, de 3 a 4 meses
em temperatura ambiente. Os cortes têm tamanho uniforme e a carne segue os
processos de salga úmida, salga seca, lavagem, secagem (que pode ser com
exposição ao sol ou em estufa) e empacotamento.

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