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Clínicos em Cirurgia do
Aparelho Digestivo
Ananda Rafaela
01
Relato
de Caso
27/11/23 Ananda Magalhães 03
CASO CLÍNICO
SCTDP
Mulher;
78 anos.
HDA
Paciente com dispneia, fadiga, dor retroesternal, vômitos e pirose há dois anos, apresentou piora
clínica com disfagia a líquidos, não tolerando decúbito para dormir nos últimos meses. Paciente
relata surgimento dos sintomas descritos após a cirurgia oncológica.
HPP
Portadora de hipotireoidismo e hipertensão arterial controlados possui antecedente pessoal de
neoplasia de cabeça de pâncreas tratada cirurgicamente por pancreatoduodenectomia (Cirurgia
de Whipple) e encontra-se em acompanhamento oncológico sem evidências de metástases ou
recidivas.
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CASO CLÍNICO
EXAMES COMPLEMENTARES - RX
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CASO CLÍNICO
RX
Foi realizada radiografia do
tórax, que apresentou
imagem retrocardíaca
irregular com ar sugestiva
de hérnia hiatal do
estômago
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CASO CLÍNICO
SERIOGRAFIA CONTRASTADA
27/11/23 Ananda Magalhães 06
CASO CLÍNICO
SERIOGRAFIA CONTRASTADA
Posteriormente, prosseguiu-
se a investigação com
seriografia contrastada do
esôfago-estômago-duodeno
que confirmou a presença de
grande hérnia gástrica
transhiatal com
escorregamento intratorácico
total do estômago
02
DRGE
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— Bogliolo, 9ª ed.
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Pirose
Fluxo retrógrado e contínuo para o
esôfago / alteração endoscópica. Regurgitação
Típicos / esofágicos
Obrigatórias pra dx
Alterações clínicas ou endoscópicas
decorrentes do refluxo. Esofagite de refluxo, úlceras,
estenose péptica, esôfago de
Barret.
Relaxamentos transitórios frequentes
do EEI, não associados à deglutição, e
prolongados (5-35 s) Complicações na endoscopia
50% complicações
EEI hipotônico Nçao obrigatórias pra dx
Alterações na JEG - Hérnia de Hiato
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Fisiopatologia
Patogênese
Ligamento
Principal frenoesofágico;
barreira Artéria gástrica
esquerda;
* ~1 a 40 mmHg
Estresse mecânico
Ação hormonal
Outras Imagem extraída da internet e adaptada.
barreiras
Fármacos
Fatores emocionais
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Fisiopatologia
Patogênese
Ligamento
Principal frenoesofágico;
barreira Artéria gástrica
esquerda;
* ~1 a 40 mmHg
Estresse mecânico
Ação hormonal
Outras
barreiras
Fármacos
Igastroped, 2019.
Fatores emocionais
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Fisiopatologia
Patogênese Principais alterações Fatores que reduzem os
danos do DRGE
Esfíncter Inferior do Esôfago para baixo
Esôfago e para a direita pela
contação do
Musculatura diafragma Hérnia de Hiato Gravidade e peristaltismo
estriada da crura
diafragmática Ângulo de His
Obesidade
Ligamento Neutralização do ácido
Principal frenoesofágico; pelos íons
barreira Gravidez bicarbonato da saliva e da
Artéria gástrica
esquerda;
secreção das glândulas da
* ~1 a 40 mmHg Alcoolismo submucosa
Estresse mecânico
Ação hormonal
Outras Tabagismo Mucosa esofágica é
barreiras relativamente resistente à
Fármacos
acidez
Fatores emocionais
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Fisiopatologia
Esofagite ESTADO DA MUCOSA Base Morfológica para Classificação
ESOFÁGICA Endoscópica:
↑descamação e consequente + Normal
↑regeneração epitelial Hiperemia Grau A: Uma ou mais pequenas
(hiperplasia basal) Edema erosões (< 5 mm)
Erosões Grau B: Uma ou mais erosões (> 5
Atrofia progressiva do epitélio
mm), não convergentes
escamoso ÚLCERA PÉPTICA
Grau C: Erosões convergentes
↑Contato do suco gástrico com > 1 cm
Ovalada
(contínuas), envolvendo menos de 75%
a lâmina própria e estimula da circunferência do órgão
Bordas discretamente
quimiorreceptores e fibras Grau D: Erosões ocupando pelo menos
elevadas e bem
nervosas 75% da circunferência do órgão
definidas
Erosões e úlceras
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Fisiopatologia
Esofagite
↑descamação e consequente +
↑regeneração epitelial
(hiperplasia basal)
Fisiopatologia
EB + ADENOCARCINOMA
Fisiopatologia
EB + ADENOCARCINOMA
DIAGNÓSTICO EDA
Associa-se a esofagite de
refluxo de longa duração (~20%) Mucosa com aspecto
aveludado e de cor
Alterações na diferenciação de salmão ou
células-tronco da camada basal rosa-claro que forma
do epitélio escamoso do pequenas projeções
esôfago distal. digitiformes
CLASSIFICAÇÃO
Metaplasia
1) segmento longo,
Displasia quando excede 3 cm
acima da JEG;
(2) segmento curto, Esôfago de Barrett longo. Aspecto endoscópico da região distal do esôfago mostrando
extensa área de cor almão, típica de epitélio colunar que se projeta por mais de 3 cm
quando é menor proximalmente à junção esofagogástrica, emsubstituição ao epitélio escamoso normal.
que 3 cm. (Profa. Luciana D. Moretzsohn, Belo Horizonte-MG.)
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Esôfago de Barret
METAPLASIA INTESTINAL IBP + vigilância EDA
Prevenção
Evolução
→
Recorrência IBP ‘’sob
demanda’’ ou crônico
→
Sem melhora IBP em 2nd
dose dobrada (2x/dia)
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Tratamento
Farmacológico Cirurgia antirrefluxo
Inibidor da Bomba de FUNDOPLICATURA VLP
1st
Prótons (IBP)
Bloqueadores H2
Menos eficazes
Procinéticos
Não tratam
Antiácidos
Não tratam
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Tratamento
Cirurgia antirrefluxo
FUNDOPLICATURA VLP
FATORES SECUNDÁRIOS: →
Kohn e colaboradores volume
herniário superior a 30% do estômago
Aumentam a pressão intra-abdominal → em localização intratorácica.
Obesidade, tosse, vômitos, gravidez, →
Collet e colaboradores adotam
ascite, cifoescoliose, entre outros. como ponto de corte 5,8 cm.
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Respiratórios
SIBILÂNCIA, TOSSE, DISPNEIA E PNEUMONIAS
DE REPETIÇÃO
Dor epigástrica Vômitos
DRGE
INCOMPETÊNCIA DA JUNÇÃO
ESOFAGOGÁSTRICA
Classificação + Tto
Tratamento cirúrgico
Procedimento Cirúrgico Padrão: Hiatoplastia e Fundoplicatura:
Dissecção completa do saco herniário e redução de seu conteúdo.
+
Mobilização do esôfago distal para reposicionamento da junção gastroesofágica intra-abdominal.
Acessos Cirúrgicos:
Transabdominal ou transtorácica.
Não há evidência de superioridade entre os acessos.
Vantagem da via torácica: melhor mobilização do esôfago
distal;
e
Desvantagem: necessidade de violação do espaço pleural.
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Classificação
CASO CLÍNICO
DESFECHO
Devido à exuberância dos
sintomas apresentados
pela paciente, em conjunto
com os achados de
imagem, foi recomendada
correção cirúrgica da
hérnia de hiato.
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CASO CLÍNICO
DESFECHO
CASO CLÍNICO
DESFECHO
No procedimento, o
estômago localizado
intratorácico foi reduzido
para a cavidade
abdominal, fez-se a
reconstrução do
diafragma, seguido de
confecção de uma
válvula antirrefluxo,
fundoplicatura a Nissen
CASO CLÍNICO
DESFECHO
No procedimento, o
estômago localizado
intratorácico foi reduzido
para a cavidade
abdominal, fez-se a
reconstrução do
diafragma, seguido de
confecção de uma
válvula antirrefluxo,
fundoplicatura a Nissen
Disussão
1. Herniação Gástrica Intratorácica = incomum
2. Fatores Associados à Herniação Gástrica Intratorácica:
Histórico de hérnia hiatal;
Aumento do orifício diafragmático ao longo do tempo;
Mudanças nas pressões intra-abdominais e da cavidade torácica.
3. Herniação progressiva de um ou mais órgãos abdominais para o tórax
Estômago é o mais comum.
4. Possíveis Associações com a Evolução do Quadro:
Idade da paciente;
Mudanças ao longo do tempo;
Efeitos da abordagem cirúrgica prévia.
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Disussão
HÉRNIAS HIATAIS HÉRNIAS GIGANTES ESCOLHA DA ABORDAGEM
NO CASO APRESENTADO
Achados radiográficos Disfagia;
ocasionais; Manifestações compressivas no Abordagem através de
Em sua maioria assintomáticas; tórax; laparotomia exploradora;
Sintomáticas necessitando de Diminuição da reserva Justificada pela
correção com taxa de 1% ao ano. respiratória, resultando em abordagem cirúrgica prévia
dispneia. na cavidade abdominal por
Hérnia hiatal por deslizamento é neoplasia pancreática;
sete vezes mais comum do que a TRATAMENTO DE ESCOLHA PARA Possíveis aderências
hérnia paraesofágica; HÉRNIAS HIATAIS COM SINTOMAS levando a maiores riscos à
Idade média de apresentação DE REFLUXO paciente.
clínica é de 48 anos. Redução do saco herniário com
SINTOMAS COMUNS reconstrução do hiato
diafragmático;
Dor torácica retroesternal; Realização da válvula
Associação com refluxo antirrefluxo.
gastroesofágico.
References
BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo patologia. 10. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2022, ix, 1573 . p.
FELDMAN M, Friedman LS, Brandt LJ, Chung RT, Rubin DT, Wilcox CM.
Sleisenger and Fordtran's: gastrointestinal and liver disease. 11th ed.
Philadelphia: Elsevier; 2020.
SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica
da prática cirúrgica moderna. 20ed RIO DE JANEIRO: GEN Guanabara
Koogan, 2019, 2v p.
LISBOA EM, Tustumi F. Hérnia hiatal gigante. In: Colégio Brasileiro de
Cirurgiões; Colleoni Neto R, Pereira Júnior GA, organizadores. PROACI
Programa de Atualização em Cirurgia: Ciclo 18. Porto Alegre: Artmed
Panamericana; 2022. p. 105–27. (Sistema de Educação Continuada a
Distância, v. 4). https://doi.org/10.5935/978-65-5848-724-1.C0004
MORAES FILHO, Joaquim Prado P.; DOMINGUES, Gerson. Doença do
Refluxo Gastroesofágico. In: ZARTEKA, Schlioma; EISIG, Jaime Natan.
Tratado de Gastroenterologia: Da Graduação à Pós-Graduação. 2. ed.
São Paulo: Atheneu, 2016. Cap. 39. p. 445-457.
https://cbcd.org.br/biblioteca-para-o-publico/hernia-de-hiato-definicao-
causa-sintomas-e-tratamento/
Obrigada
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Ananda Rafaela