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1 Os sujeitos, noção e elementos do contrato de trabalho

1.1 - Refira quias são os sujeitos contraentes no contrato de trabalho? Justifique.

Os sujeitos contraentes são a Entidade Patronal e o Trabalhador.

No contrato de trabalho o trabalhador é a pessoa que, através de um ato de vontade, se vincula a realizar uma atividade
remunerada para outrem de forma subordinada (José Andrade Mesquita 1). Esta noção decorre do art.11º, do Código do Trabalho
(CT).

A entidade patronal é o dador de trabalho, o empregador é o sujeito laboral que através do contrato adquire a disponibilidade da
força de trabalho alheia, devendo pagar-lhe uma retribuição.

1.2 - Dê uma noção de contrato de trabalho. Justifique.

A Lei, nº 7/2009 de 12 de fevereiro, corresponde ao atual Código do Trabalho (entretanto várias vezes alterado)
O contrato de trabalho vem previsto art11º, do CT.
O art.11º, do CT (noção de contrato de trabalho), dispõe: «Contrato de trabalho é aquele pelo qual uma pessoa singular se obriga,
mediante retribuição, a prestar a sua atividade a outra ou outras pessoas, no âmbito de organização e sob autoridade destas».

-1.3 - Indique quais são os elementos do contrato de trabalho e em que consistem

Elementos do contrato de trabalho:

-a) - Prestação de uma atividade. - O trabalhador está obrigado a prestar uma atividade ao empregador, é uma prestação de facto
positivo (fazer algo) em que, o trabalhador se deve colocar à disposição do empregador, trata-se de uma obrigação de meios e não
de resultado.

-b) - Oneroso. – O contrato de trabalho é sempre oneroso, pois pressupõe atribuições recíprocas patrimoniais e simultâneas para
cada uma das partes (empregador e trabalhador). Assim, cada uma das partes vai obter um certo benefício com a prestação da
outra. O trabalhador dá a sua prestação de trabalho em troca da retribuição efetuada pelo empregador (o negócio quando é
gratuito gera vantagens e sacrifícios só para uma das partes).
A retribuição representa para o trabalhador um elemento fundamental no contrato de trabalho, pois permite assegurar a sua
subsistência bem como a da sua família. Para o empregador representa um fator com elevados custos para a empresa.

-c) -Sinalagmático. – Pois apresenta um sinalagma, isto é, um nexo causal (uma ligação) entre as obrigações inerentes a cada um
dos contraentes, cada parte é simultaneamente credora e devedora uma da outra. O trabalhador tem por obrigação prestar o
trabalho, o empregador deve retribuir esse trabalho prestado, havendo uma correlação de prestações.

- d) – Intuito personae - A prestação da atividade é essencialmente pessoal pois é praticada por “uma pessoa singular”, vulgo “de
carne e osso” e não pode ser efetuada, na modalidade de contrato de trabalho, por uma pessoa coletiva 2. Por esta razão, se não
houver consentimento do empregador, o trabalhador não se pode fazer substituir no cumprimento do contrato por outro, ou seja,
a sua prestação é infungível3. Porém, a doutrina não é consensual nesta matéria.

- e) - Com subordinação jurídica. – É um elemento fundamental na relação jurídica laboral, tem correspondência legal (arts.11º CT
e 1152º CC)., na expressão “sob autoridade”. É a “relação de dependência necessária da conduta (Acão) pessoal do trabalhador na
execução do contrato face às ordens, regras e orientações ditadas pelo empregador dentro dos limites do mesmo contrato e das
normas que o regem” (Monteiro Fernandes).

- 1.4 - Aponte as sanções aplicáveis pelo empregador ao trabalhador no exercício do poder disciplinar.

Este poder de direção pode ser exercido pelo empregador ou por superior hierárquico do trabalhador (art.128º/2, do CT).

3
Estão aqui implícitas as ordens e as normas dos regulamentos de empresa, com as devidas limitações (arts.128º/1 al. e), do CT.,
segunda parte. O poder disciplinar, trata do segundo aspeto relevante da subordinação jurídica (enquanto ligado ao poder
direção), permite ao empregador aplicar sanções ao trabalhador quando este desrespeite as suas ordens ou regras (contratuais ou
normativas) às quais deva obediência.
Veja-se o art.328º e segs., do CT:
O poder disciplinar, trata do segundo aspeto relevante da subordinação jurídica (enquanto ligado ao poder direção), permite ao
empregador aplicar sanções ao trabalhador quando este desrespeite as suas ordens ou regras (contratuais ou normativas) às
quais deva obediência.

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