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Uma maneira de detectar a dominante sensorial de uma pessoa é ouvi-la falar, estando-
se particularmente atento às palavras de base sensorial. Quando nos descreve sua
experiência, nosso interlocutor seleciona, em geral num nível inconsciente, as palavras que a
representam melhor. A linguagem reflete o pensamento. As palavras escolhidas por aqueles
que nos falam são o reflexo dos processos internos que utilizam para construir sua experiência
presente.
"Preciso discutir esse negócio com você. Embora haja risco, o que ele promete me soa
bem. Gostaria que você me desse a sua opinião." "Se você examinar com atenção a nossa
proposta, verá que tentamos conciliar o seu ponto de vista e o nosso. Não consigo perceber o
que o preocupa nesta proposta."
Os predicados são palavras que repousam sobre uma base sensorial. Aquele que lhe diz
estar vendo claramente o cerne da questão indica que naquele momento está construindo sua
experiência interna de maneira visual. O que alega não ter contato com você indica que ele
está avaliando a experiência que possui do relacionamento com você de modo cinestésico.
Por mais surpreendente que pareça, nossos interlocutores nos dizem a cada instante
o que estão fazendo interiormente. Além disso, fazem-no também de forma não verbal,
através dos gestos e movimentos oculares. (próximo artigo).
Certos predicados não são precisos do ponto de vista sensorial, e é esta a razão por que
uma frase não lhe dará indicação nesse domínio. Caso de palavras como: compreender,
pensar, recordar-se, saber, crer etc. Nesse caso, perguntas simples, do tipo "Como você sabe
isso?" ou "Como você faz para aprender isso/recordar-se etc.?", permitem obter a informação.
Seu interlocutor o informará do processo interno que utiliza. É provável que você receba
respostas como: "Bem, vejo que... ou "Digo a mim mesmo que...", ou ainda "Sinto que..."
Ao escutar cada uma dessas frases, temos condições de saber como o indivíduo constrói
instante a instante sua experiência da realidade. Numa situação de tomada de decisão, por
exemplo, para o visual, ver é crer; já o auditivo precisa de algo que lhe fale; o cinestésico
terá necessidade de senti-lo.