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Licenciado para - Mariana Oliveira Figueirôa - 10735756406 - Protegido por Eduzz.

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Jornada da(o)
Psicóloga(o) Infantil

Estrutura do Processo Psicoterapêutico da Criança


Para nós a psicoterapia é entendida como um processo de desenvolvimento
pessoal. Assim, seu principal objetivo é desenvolver repertórios (comportamentais, afetivos,
sociais), tanto da criança quanto dos pais, para que eles enfrentem os desafios da vida de
forma mais efetiva e com menos sofrimento, permitindo que aquela família que nos
procura viva uma vida com mais propósito e sentido.

Propor uma estrutura ao processo psicoterapêutico da criança não é engessar o


processo e nem perder de vista as particularidades, individualidades e especificidades que
cada caso apresenta. Mas sim permitir ao terapeuta observar a psicoterapia da criança
como um processo em que há começo, meio e fim; direcionar suas ações de acordo com
os objetivos definidos em conjunto com criança e a família e avaliar os resultados de forma
mais sistemática. Tudo isso vai produzir sentimentos de segurança ao psicólogo infantil,
além de possibilitar que cada profissional possa avaliar suas habilidades na condução dos
casos e identificar pontos de melhoria em todo o processo.

A estrutura apresentada é baseada na literatura científica da psicoterapia da


criança e da Análise do Comportamento, mas principalmente baseada na nossa
experiência como psicólogas clínicas. Queremos te fazer um convite a conhecer essa forma
de pensar a psicoterapia da criança e a orientação de pais.

Com carinho
Ana e Pri
@escoladepsis

Material produzido pelas psicólogas Ana Paranzini (CRP 08/09142) e Priscila Ribeiro Manzoli (CRP06/83052) e de uso
exclusivo dos alunos da Jornada da(o) Psicóloga(o) Infantil. Não pode ser reproduzido sem autorização das autoras.
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Jornada da(o)
Psicóloga(o) Infantil

Estrutura do Processo Psicoterapêutico da Criança


FORTALECIMENTO
PREPARAÇÃO
CONTATO INICIAL INTERVENÇÃO E GENERALIZAÇÃO
PARA ALTA
DAS MUDANÇAS

RELAÇÃO TERAPÊUTICA ** ORIENTAÇÃO DE PAIS ** ACOMPANHAMENTO DAS MUDANÇAS

CONTATO INICIAL: envolve a primeira entrevista com os pais, a avaliação da criança e a


sessão de devolutiva, tanto com a criança quanto com os pais. Nesse momento do processo, a
investigação direcionada pelo raciocínio clínico permite que o psicólogo comece a levantar as
primeiras hipóteses e a esboçar a análise funcional. A avaliação da criança compreende a
observação e a identificação dos comportamentos-problema além das intervenções iniciais
(primeiros combinados, explicação sobre o funcionamento da psicoterapia, discriminação do
problema clínico pela criança). A partir dessas intervenções iniciais, o psicólogo observa como a
criança lida com os comportamentos-problema e como ela responde às interações do
terapeuta. Além disso, o psicólogo coleta dados que vão permitir a realização das sessões de
devolutiva. Nas sessões de devolutiva, da criança e dos pais, o objetivo final é que fique claro
para todos quais são os objetivos do processo psicoterapêutico e a maneira como a
intervenção será feita.

INTERVENÇÃO: compreende a atuação propriamente dita do psicoterapeuta para produzir


as mudanças necessárias e esperadas pela criança e família. As hipóteses inicialmente
levantadas são fortalecidas ou refutadas. Como o psicoterapeuta tem acesso a mais dados e
conhece melhor a criança e a família, consegue identificar os processos comportamentais
envolvidos e suas análises vão ficando mais elaboradas. A partir da definição dos objetivos, são
escolhidos os procedimentos e recursos lúdicos para desenvolvimento dos repertórios que são
importantes para o enfrentamento do comportamento-problema e aqueles essenciais para
estabelecer relações mais significativas (habilidades socioemocionais, autoconhecimento,
resolução de problemas e tomada de decisão). Ao longo de todo o processo o terapeuta vai
avaliar, formular hipóteses e intervir buscando alcançar os objetivos.

FORTALECIMENTO E GENERALIZAÇÃO DAS MUDANÇAS: não adianta se as mudanças


observadas no repertório do cliente aparecerem apenas na presença do terapeuta, durante a
sessão. É preciso programar a generalização e fortalecer as mudanças em todos os ambientes
da criança. Somente assim podemos dizer que o processo de psicoterapia foi efetivo.

Material produzido pelas psicólogas Ana Paranzini (CRP 08/09142) e Priscila Ribeiro Manzoli (CRP06/83052) e de uso
exclusivo dos alunos da Jornada da(o) Psicóloga(o) Infantil. Não pode ser reproduzido sem autorização das autoras.
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Psicóloga(o) Infantil

Estrutura do Processo Psicoterapêutico da Criança


PREPARAÇÃO PARA A ALTA: quando os novos repertórios são generalizados para o
ambiente natural e as mudanças estão fortalecidas, é preciso preparar o processo de alta, ou
seja, para o rompimento da relação. A criança precisa estar segura de que, sem o apoio do
psicoterapeuta, ela é capaz de agir no mundo de forma bem-sucedida.

E o que precisa acontecer durante todo o processo


psicoterapêutico?

Desde o primeiro contato com os pais, o terapeuta precisa se atentar a relação que vai
estabelecer com essa família e com a criança. A relação terapêutica é ponto importantíssimo
para o sucesso do processo. Estabelecer um bom vínculo com os pais e com a criança é
preditor de melhores resultados.

Não conseguimos conceber a terapia da criança sem a orientação dos pais. Por isso,
durante todo o atendimento os pais precisam ser orientados. A parceria entre terapeuta e pais
potencializa os resultados da intervenção. Quanto mais os pais estão empenhados no
processo, maior a chance de mudanças efetivas e duradoras. Pais também precisam
desenvolver novos repertórios na educação de seus filhos.

O acompanhamento das mudanças deve ser realizado para que o profissional tenha
condições de avaliar se suas intervenções estão produzindo resultados. Precisamos desses
dados para avaliar quais mudanças de rotas são necessárias ou o que precisa ser mantido para
que mais resultados aconteçam.

Material produzido pelas psicólogas Ana Paranzini (CRP 08/09142) e Priscila Ribeiro Manzoli (CRP06/83052) e de uso
exclusivo dos alunos da Jornada da(o) Psicóloga(o) Infantil. Não pode ser reproduzido sem autorização das autoras.

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