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2º Ano - EAD
Maputo
2023
Ilda Nélia Caré
Maputo
2023
Índice
0. Introdução.................................................................................................................................5
0.1. Objectivos.............................................................................................................................5
0.1.1. Geral..................................................................................................................................5
0.1.2. Específicos........................................................................................................................6
CAPÍTULO I...................................................................................................................................7
1. Didáctica de Matemática..........................................................................................................7
Nota reflexiva................................................................................................................................11
Referências bibliográficas.............................................................................................................12
CAPÍTULO II................................................................................................................................13
2. Aprendizagem Construtivista.................................................................................................13
Nota reflexiva................................................................................................................................16
Referências bibliográficas.............................................................................................................17
CAPÍTULO III...............................................................................................................................18
3. Aprendizagem Significativa...................................................................................................18
Nota reflexiva................................................................................................................................20
Referências bibliográficas.............................................................................................................21
CAPÍTULO IV..............................................................................................................................22
4. Aprendizagem Sócio-histórica...............................................................................................22
Nota reflexiva................................................................................................................................25
Referências bibliográficas.............................................................................................................26
CAPÍTULO V................................................................................................................................27
5. Pedagogia Freinetiana............................................................................................................27
Nota reflexiva................................................................................................................................30
Referências bibliográficas.............................................................................................................31
Capítulo VI....................................................................................................................................32
6. Pedagogia Montessoriana.......................................................................................................32
Nota reflexiva................................................................................................................................34
Referências bibliográficas.............................................................................................................35
CAPÍTULO VII.............................................................................................................................36
Nota reflexiva................................................................................................................................38
Referências bibliográficas.............................................................................................................39
CAPÍTULO VIII............................................................................................................................40
Nota reflexiva................................................................................................................................41
Referências bibliográficas.............................................................................................................42
CAPÍTULO IX..............................................................................................................................43
Nota reflexiva................................................................................................................................49
Referências bibliográficas.............................................................................................................50
0. Introdução
Esta sebenta foi delineada no âmbito da cadeira de Matemática Básica I, ensejando agregar os
conteúdos das demais matérias contempladas na grelha curricular do curso de Licenciatura em
Ensino Básico II, e agregar valor didáctico-pedagógico para todos os actores envolvidos no PEA.
Para a materialização Desta sebenta apresentamos a seguir, a estrutura que compreende, como se
pode observar:
0.1. Objectivos
0.1.1. Geral
6
0.1.2. Específicos
CAPÍTULO I
1. Didáctica de Matemática
O presente capítulo com estatuto de primeiro, apresenta um conjunto de ideias básicas sobre o
conceito de Didáctica de Matemática, abordando antes o conceito de didáctica, descortinando o
percurso histórico desta área de conhecimento, até a importância de que se reveste para a
formação de professores.
Para o desenvolvimento deste capítulo, buscamos desenvolver leituras de obras que versam sobre
o assunto em alusão, com maior destaca para autores como Ponte (2020), que deu seu contributo
teórico para a fundamentação desta sebenta.
De acordo com Libânio (1994, p. 24), a palavra Didáctica deriva-se da palavra grega didactos,
que significa “instrução”. Quer dizer, visto deste modo, a Didáctica desenvolveu-se como a
teoria de instrução. Em sua Didáctica Magna, Coménio (veja no fim da unidade texto
complementar sobre vida e obra de Coménio) qualifica Didáctica como a “arte de instruir”.
Quando falamos da Didáctica, um aspecto que merece o nosso maior apreço é o de que o
processo didáctico se refere a actividade do professor e, neste sentido, o ensino (e aprendizagem)
tem lugar, na sua máxima intensidade e expressão, na sala de aulas, razão pela qual a Didáctica
também se designa de “teoria de ensino”; assim, através dos seus objectivos de formação, o
ensino deve incorporar a instrução (saber, saber fazer), tal como a educação (saber ser e estar).
(LIBÂNIO, 1994, p. 25/26).
Para estes diferentes casos, podemos compreender que a didáctica é uma ciência dimensionada
para o humano, que se propõe a ajudar e educar o homem, necessitando por isso se fundamentar
nos princípios da educação. Por isso, onde quer que se procure falar e/ou definir a didáctica a sua
8
essência reside na questão de ensino e formação, no mesmo sentido como deve estar a
conceptualização que acabou de apresentar em relação a didáctica.
O mesmo autor refere ainda que o pesquisador italiano D´Amore (2007) descreve a Didáctica da
Matemática como uma disciplina científica cujo objectivo do campo de pesquisa é saber
identificar, compreender e caracterizar fenómenos que condicionam a aprendizagem e o ensino
da matemática. (ALVES, 2011, p. 9).
Tal como alude o autor sobre o objecto de estudo da Didáctica de Matemática, esta área de
conhecimento, a semelhança de tantas outras áreas, a Didáctica de Matemática busca estudar o
processo de ensino-aprendizagem da Matemática.
9
Definindo-se como mediação escolar dos objectivos e conteúdos do ensino, a Didáctica investiga
as condições e formas que vigoram no ensino e, ao mesmo tempo, os factores reais (sociais,
políticos, culturais, psicossociais) condicionantes das relações entre a docência e a
aprendizagem. Ou seja, destacando a instrução e o ensino como elementos primordiais do
processo pedagógico escolar, traduz objectivos sociais e políticos em objectivos de ensino,
selecciona e organiza os conteúdos e métodos e, ao estabelecer as conexões entre ensino e
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aprendizagem, indica princípios e directrizes que irão regular a acção didáctica. (LIBÂNIO,
1994, p. 25/26).
Conforme se vê, o pensamento do autor pode ser explicado com a ideia de que a Didáctica de
Matemática estabelece relação com a Didáctica geral, com as Didácticas especiais, ou seja,
Metodologias de Ensino de Disciplinas específicas. Mas também, podemos citar as outras
disciplinas curriculares que com a Didáctica de Matemática se relacionam, como é o caso da
Filosofia, História, Antropologia, entre outras.
A importância da Prática Pedagógica na formação de professores, seja ela inicial ou contínua, foi
massivamente documentada pela investigação produzida no âmbito da Educação Matemática,
tanto a nível internacional como a nível nacional (MENEZES, 1999 citando GIMENO,1991;
MENEZES, 1995; PERRENOUD, 1993; PONTE, 1994; PORLÁN, 1992; SCHÖN, 1983). O
reconhecimento da importância da prática nos processos de formação de professores passou,
assim, pela revalorização do estatuto dessa mesma prática.
Sintetizando o pensamento patente nas elaborações do autor sobre a importância que se pode
atribuir à Didáctica de Matemática, podemos reafirmar que o programa de formação contribuiu
para a melhoria do conhecimento matemático e didáctico dos formandos ao nível do significado
dos objectos matemáticos, das dificuldades, erros e obstáculos dos alunos, da importância das
capacidades transversais, e da análise de situações de ensino, metodologias específicas e recursos
didácticos.
11
Nota reflexiva
Em jeito de conclusão sobre o assunto apresentado para reflexão neste capítulo, abre-se espaço
para reiterar que a para conceituar o termo Didáctica de Matemática demandou, antes visitar
pensamento de autores que discutiram o conceito de Didáctica de forma isolada, e aqueles que
debruçaram em torno da temática em análise, e dai fazer o entrosamento.
Referências bibliográficas
PONTE, João Pedro da. A didáctica da matemática e o trabalho do professor. RBECM, Passo
Fundo, v. 3, n. 3, p. 809-826, ed. espec. 2020.
13
CAPÍTULO II
2. Aprendizagem Construtivista
Conforme refere Serrano (2001), o construtivismo nos parece ser uma corrente de pensamento
que se baseia na obra de Jean Piaget, biólogo suíço, e que afirma que a educação deve promover
o desenvolvimento do conhecimento humano a partir da interacção entre o sujeito e o meio.
Partindo deste pressuposto, enquadra-se o presente capítulo que visa abordar a questão da
aprendizagem construtivista na sua plenitude, elencando aspectos como o conceito, razões de
surgimento, pensadores associados a esta corrente, entre outros assuntos de relevo nesta
discussão.
De acordo com Becker (2009, p. 2), Construtivismo significa a ideia de que nada, a rigor, está
pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância,
como algo terminado. Ele se constitui pela interacção do Indivíduo com o meio físico e social,
com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua
acção e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que
podemos afirmar que antes da acção não há psiquismo nem consciência e, muito menos,
pensamento.
Construtivismo é, portanto, uma ideia; melhor, uma teoria, um modo de ser do conhecimento ou
um movimento do pensamento que emerge do avanço das ciências e da Filosofia dos últimos
séculos. Uma teoria que nos permite interpretar o mundo em que vivemos. No caso de PIAGET,
o mundo do conhecimento: sua génese e seu desenvolvimento. Construtivismo não é uma prática
ou um método; não é uma técnica de ensino nem uma forma de aprendizagem; não é um projecto
escolar; é, sim, uma teoria que permite (re) interpretar todas essas coisas, jogando-nos para
dentro do movimento da História da Humanidade e do Universo. (BECKER, 2009, p. 2).
14
Ligado a essa corrente de pensamento, encontramos autores como Jean Piaget (1896-1980), que
era um psicólogo e biólogo suíço, conhecido por suas contribuições à epistemologia genética;
Ele também se destacou pelo desenvolvimento da teoria construtivista e pelo estudo dos padrões
da infância. (SERRANO, 2011).
O mesmo autor reitera que quanto a suas ideias, Piaget se caracterizou por defender que o
conhecimento humano é uma consequência da interacção entre o indivíduo e a realidade em que
ele vive. O indivíduo, ao agir no ambiente em que atua, constrói estruturas em sua própria mente.
Um outro teórico que se destacou nesta abordagem, de acordo com Serrano (2011), foi Lev
Vygotski (1896-1934), que foi um psicólogo russo, que se destacou por sua teoria do
desenvolvimento e por fundar a psicologia histórico-cultural. Hoje ele é considerado um dos
psicólogos mais famosos e influentes.
15
Actualmente vista como um paradigma moderno da educação que surge como um modelo que
centra as atenções do processo do ensino e aprendizagem no aluno e evolução do conhecimento
no ramo educacional, político e social esta patente, portanto o governo moçambicano esta
colocar esforços para que estejam sempre dentro a transversalidade de inovação em diversos
ramos tudo para a melhoria e o desenvolvimento do país. (MAZULA, 2018, p.55)
Portanto, conforme fomos vendo que Piaget assume que o conhecimento é produto de interacção
com os outros, mas, dando grande ênfase a factores internos do sujeito. Ou seja, coloca o sujeito
como o principal responsável pela produção do seu próprio conhecimento. Esta ideia deu origem
a concepção de que o aluno é o centro das atenções, a ideia de um ensino baseado em padrões de
competências e a do professor como mediador do processo de ensino-aprendizagem.
Segundo Freire Apud por Mazula (2018, P. 56), na sala de aula por exemplo, temos visto
professores a actuarem como meros moderadores do ensino dos alunos, sempre colocando
situações problematizadoras, que busquem com que o aluno chegue a solução pessoal e
construção do seu próprio conhecimento.
Espera-se que o formando aprenda a aprender a ensinar através do contacto com estratégias
participativas, num ambiente em que todos ensinam e aprendem, assumindo, o formador, o papel
de organizador-mediador. As instituições de formação de professores e educadores de adultos
16
Nota reflexiva
Terminando, importa destacar que neste capítulo abordamos o assunto referente a abordagem
construtivista da educação, que decorrente das ideias captadas fica o entendimento de que as
escolas carecem de experiências profissionais bem-sucedidas, bem fundamentadas e, acima de
tudo, verdadeiras. No entanto, é preciso retratar a realidade das salas de aulas, com seus defeitos
e qualidades, para que seja possível identificar os principais problemas que a acometem o
sistema actual, para fins de solucioná-los com a devida competência e responsabilidade.
18
Referências bibliográficas
BECKER, Fernando. O que é construtivismo? Revista de Educação AEC, Brasília, v. 21, n. 83,
p. 7-15, abr./jun. 2009.
FREIRE, Paulo. (2016) Pedagogia da Autonomia: saberes necessários para a prática educativa,
54 ᵃ edição, editora Paz e terra Ltda
CAPÍTULO III
3. Aprendizagem Significativa
Diante deste exposto, apresentamos neste capítulo, as condições que demandam a aprendizagem
significativa, bem como a construção humana através da aprendizagem significativa, e
terminaremos com uma nota reflexiva, conforme tem-se notabilizado ao longo da presente
sebenta.
O mesmo autor explica ainda que para haver aprendizagem significativa são necessárias duas
condições. Em primeiro lugar, o aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo
quiser memorizar o conteúdo arbitrário e literalmente, então a aprendizagem será mecânica. Em
segundo, o conteúdo escolar a ser aprendido tem que ser potencialmente significativo, ou seja,
ele tem que ser lógica e psicologicamente significativo: o significado lógico depende somente da
natureza do conteúdo, e o significado psicológico é uma experiência que cada indivíduo tem.
Cada aprendiz faz uma filtragem dos conteúdos que têm significado ou não para si próprio.
(MOREIRA, 1998).
20
Com esse duplo marco de referência, as proposições de Ausubel partem da consideração de que
os indivíduos apresentam uma organização cognitiva interna baseada em conhecimentos de
carácter conceitual, sendo que a sua complexidade depende muito mais das relações que esses
conceitos estabelecem em si que do número de conceitos presentes. Entende-se que essas
relações têm um carácter hierárquico, de maneira que a estrutura cognitiva é compreendida,
fundamentalmente, como uma rede de conceitos organizados de modo hierárquico de acordo
com o grau de abstracção e de generalização.
A reforma educativa tem como missão não somente a ordenação do sistema educativo, mas
também a oferta de conteúdos e metodologias de aprendizagem. A reforma do ensino supõe
também a reforma do currículo e, por consequência, dos propósitos e condições para que a
educação seja eficaz. Em outras palavras, para que a mudança da funcionalidade do sistema
educativo seja verdadeira, é necessária uma profunda reforma de conteúdos e métodos.
(MOREIRA, 1998).
A intervenção educativa precisa, portanto, de uma mudança de óptica substancial, na qual não
somente abranja o saber, mas também o saber fazer, não tanto o aprender, como o aprender a
aprender. Para isso, é necessário que os rumos da acção educativa incorporem em sua trajectória
um conjunto de legalidades processuais.
Nota reflexiva
As pessoas têm cada vez mais consciência de que aquilo que elas enviam muitas vezes não é a
mensagem recebida, e uma possível integração passa a ser um objectivo quase inatingível. O
aluno que hoje frequenta uma escola infelizmente ainda vê o conhecimento como algo muito
distante da sua realidade, pouco aproveitável ou significativo nas suas necessidades quotidianas.
Na sua teoria, Ausubel apresenta uma aprendizagem que tenha como ambiente uma comunicação
eficaz, respeite e conduza o aluno a imaginar-se como parte integrante desse novo conhecimento
através de elos, de termos familiares a ele. Através da palavra, o educador pode diminuir a
distância entre a teoria e a prática na escola, capacitando-se de uma linguagem que ao mesmo
tempo desafie e leve o aluno a reflectir e sonhar, conhecendo a sua realidade e os seus anseios.
22
Referências bibliográficas
CAPÍTULO IV
4. Aprendizagem Sócio-histórica
Lev Semyonovich Vygotsky nasceu em 17 de Novembro de 1896 na Bielo Rússia. Sua família
de origem judia propiciou-lhe um ambiente intelectualmente bastante favorecedor, e a
estabilidade económica e cultural da família favoreceu seus interesses pela educação. Vygostski
cresceu e se desenvolveu na companhia de seus sete irmãos em Gomel, na Bielo Russia. Casou-
se aos 28 anos e teve duas filhas. Faleceu em Moscou no ano de 1934, vítima de tuberculose,
doença com que conviveu por catorze anos (JANETTE, 2012).
A teoria histórico-cultural tem suas origens nos estudos de Lev Semenovich Vygotsky (1896-
1934). Buscando desacomodar as perspectivas de Psicologia que se existentes na época, ele
desenvolveu estudos que mostram a importância da mediação e da interacção no
desenvolvimento das funções psicológicas superiores.
24
O homem transforma o meio na busca de atender às suas necessidades básicas, e neste processo
transforma-se a si mesmo. Segundo Coelho e Pisani (2012), Vygotski acredita que a criança
nasce apenas com as funções psicológicas elementares e a partir do aprendizado, da cultura, estas
funções transformam-se em funções psicológicas superiores, sendo estas o controle consciente
do comportamento. Diferente dos outros animais, a actividade do ser humano é criadora e
produtiva. O homem ao criar um objecto, cria também o conhecimento sobre sua criação, que se
configura como mediadores culturais. Assim, o relacionamento do homem com os outros
homens acontece pela mediação dos conhecimentos científicos, tecnológicos e artísticos
objectivados pelas gerações anteriores. (COELHO e PISANI 2012).
Vygotski apud Fino (2001, p.3) considerava que “enquanto o desenvolvimento real caracteriza
retrospectivamente o desenvolvimento, a ZDP caracteriza o desenvolvimento mental
prospectivamente”. A ZDP permite delinear o futuro imediato da criança e seu estado dinâmico
de desenvolvimento. Quando avaliamos o desenvolvimento de uma criança, ao seleccionarmos
algumas tarefas e habilidades para acompanhar o desempenho destes sujeitos, se considera que a
criança adquiriu tal habilidade, como amarrar os sapatos, por exemplo, quando ela consegue
desempenhar sozinha esta tarefa, sem o apoio de outro. Para considerarmos que de fato esta
25
criança aprendeu determinado conhecimento e/ou habilidade, ela precisa ter realizado a mesma
sem qualquer tipo de ajuda.
Oliveira (1997) complementa, ao dizer que Vygotski chama atenção para o fato de que devemos
não considerar apenas o nível de desenvolvimento real dos sujeitos, mas também seu nível de
desenvolvimento potencial, ou seja, a capacidade de desempenhar tarefas com auxílio de
companheiros mais capazes. Sabemos que existem determinadas tarefas que a criança não
consegue realizar sozinha, porém mediante auxílio consegue atingir seu objectivo. Esta alteração
no desempenho e comportamento a partir da interferência do outro, é um dos pontos principais
da teoria histórico-cultural.
26
Nota reflexiva
Algo muito interessante aconteceu neste capítulo, diante das fundamentações trazidas acerca da
teoria sócio- histórica de Vygotski, torna-se evidente a actualidade de seus legados no cenário
educacional actual. Quando pensamos em educação, em educação de qualidade, em educação
para todos, em educação inclusiva, em educação democrática, e assim poderíamos fazer várias
relações à educação, questões abordadas e fundamentadas pelo autor, tornam-se pertinentes para
que se contemple o esperado para o sucesso educacional dos sistemas de ensino.
Estudar como se dão os processos psicológicos nos educandos, de que forma é possível educar
para que os sujeitos possam atingir funções psicológicas superiores, é imprescindível para que
possamos traçar caminhos que levem a atingir os propósitos educativos coerentes com uma
educação na perspectiva de equidade e direito de todos.
27
Referências bibliográficas
COELHO, Luana.; PISONI, Silene. Vygotsky: sua teoria e a influência na educação. Revista e-
Ped –Facos/CNEC Osório. Vol.2- Nº1 – AGO/2012. ( ISSN 2237- 7077).
CAPÍTULO V
5. Pedagogia Freinetiana
Conforme refere Dias (1994), Freinet se diferencia da maioria dos outros importantes pensadores
e teóricos da educação por ter sido ele mesmo um professor primário que actuou em sala de aula
por quase toda a sua vida. Toda a sua proposta pedagógica deriva directamente do trabalho
desenvolvido com os alunos na busca de um processo que os levasse a gostar da escola e do
trabalho, que os levasse a ser cidadãos conscientes e participantes críticos do meio social. Esta
proposta que criou é conhecida por Pedagogia Freinet e propõe uma prática pedagógica centrada
na produção do estudante e na cooperação entre pares.
Nesta perspectiva, avançámos elencando algumas ideias patentes nos discursos de Freinet,
buscando trazer aquilo que são os seus saberes, apresentaremos também o famoso jornal escolar,
que é uma das diversas técnicas propostas pelo teórico.
Realizamos esta pesquisa com o intuito de compartilhar e socializar a possibilidade de, nos
tempos atuais, utilizarmos as ciências da educação, bem como algumas das técnicas de trabalho
difundidas pelo pedagogo francês Célestin Freinet (1896-1966). Sua proposta tem uma
concepção diferenciada de educação, que prevê a modernização e a renovação da escola popular,
o rompimento de ideias autocráticas e autoritárias defendidas pela escola tradicional, bem como
traz à tona o poder transformador da escola.
Desse modo, a proposta de Freinet está em consonância com a visão de que o estudante é um
cidadão com responsabilidades, autónomo, um ser pensante, activo e criativo, que experimenta,
que vivencia as diversas situações quotidianas, que age e interage com seu meio. A partir dessa
perspectiva, as técnicas difundidas por Freinet ganham sentido e significado no contexto escolar,
pois foram construídas com base na experimentação e documentação, oferecendo ferramentas
para que a criança aprofunde seus conhecimentos e progrida em suas acções.
Dentre essas técnicas, o jornal escolar foi discutido significativamente como um instrumento que
se constitui em um elo entre a classe e o grupo social em que a criança está inserida. Representa
29
Para Sampaio (1989), a pedagogia freinetiana tem como alvo principal o atendimento da
necessidade vital da criança, envolvendo aspectos primordiais como o senso de responsabilidade,
o senso cooperativo, a sociabilidade, a reflexão individual e colectiva, a criatividade, a
expressão, a comunicação, o “saber fazer”, os conhecimentos úteis e a capacidade de reduzir os
pontos de desigualdades socioculturais. Assim, esses elementos reunidos podem garantir à
criança seu pleno desabrochar como um indivíduo autónomo, um ser social responsável, co-
detentor e codificador de uma cultura.
Nesse sentido, como aponta Dias (1994), a pedagogia freinetiana afasta-nos de duas tendências
dominantes: o infantilismo, que deixa a criança aquém de suas possibilidades, e o escolarismo,
com que se pretende preparar a criança precocemente para o ensino fundamental. É apontado,
ainda, que Freinet acreditava na aquisição do conhecimento, mas de forma significativa. Sua
proposta pedagógica, em que se mesclam teoria e prática, aborda instrumentos e meios
primordiais para possibilitar a participação e o interesse da criança. Estes instrumentos e meios
também são mediadores do despertar da motivação para o trabalho.
O jornal escolar é uma das diversas técnicas propostas por Freinet e, de acordo com Sampaio
(1989), constitui-se como elo entre a classe e o grupo social em que a criança está inserida e a
comunidade. Desse modo, o jornal escolar será portador da vida de cada estudante que produziu
um poema, que redigiu um texto ou que fez uma ilustração. Torna-se, então, mais que um apelo,
um grito ou um comunicado, ele representa a expressão viva de personalidades que se estão
formando, torna-se reflexo de fontes permanentes de emoção. O jornal certamente contribui para
a cidadania das crianças e adolescentes, pois oferece a possibilidade de intervir na vida da escola
e da cidade, além de oferecer aos adultos a tomada de consciência de problemas e atitudes aos
quais não davam tanta importância. Sampaio aponta ainda que essa técnica possibilita o
desenvolvimento do senso crítico dos estudantes, indispensável para a formação de cidadãos
responsáveis.
30
Nota reflexiva
Diante das informações citadas no presente capítulo, podemos analisar que a prática pedagógica
de Freinet compromete directamente a formação do indivíduo enquanto ser social e histórico.
Esse comprometimento é fruto da limitação do processo humanizador do indivíduo, cuja
pedagogia se apresenta como uma proposta de educação voltada ao trabalho, como um meio de
preparação do indivíduo para a sua actuação na vida em sociedade.
Desse modo, acreditamos que a função do professor no contexto educativo deve estar centrada
em práticas pedagógicas mais eficazes, ou seja, uma prática que reflecte com a ajuda da teoria e
que cria estratégias para auxiliar no desenvolvimento dos alunos em sala de aula, mantendo um
bom relacionamento entre professor e aluno.
32
Referências bibliográficas
DIAS, Ruth Jofflily. O quotidiano na pedagogia de Freinet. Ideias, São Paulo, n. 2, p. 69-78,
1994.
ELIAS, Marisa Del Cioppo. Pedagogia Freinet: teoria e prática. Campinas: Papirus, 1996.
SAMPAIO, Rosa Maria Whitaker Ferreira. Freinet: evolução histórica e atualidade. São Paulo:
Scipione, 1989
33
Capítulo VI
6. Pedagogia Montessoriana
Pensar as contribuições de Maria Montessori à Educação Infantil, bem como seu impacto na
contemporaneidade nos apresenta como temática importante, considerando que sua origem foi
para integrar a criança na sociedade de modo humanizado. Assim sendo, apresentar-se-á uma
revisão na metodologia pedagógica do método montessoriano, como proposta de análise crítica
sobre a significação do ser criança e suas diferentes formas de aprender. (ARAÚJO, 2005).
A criança sendo então vista como um “adulto em miniatura” trabalhava para ajudar a família,
logo, não tinham a compreensão do processo infantil e, por sua vez era uma fase sem
importância. Lucas (2005) conceitua a infância da Idade Média como um período de transição
para a vida adulta, que deveria ser rapidamente ultrapassado e cuja lembrança também era logo
perdida, mas com o avanço das mudanças sociais, relativamente à implantação de grandes
indústrias, a mão-de-obra infantil foi sendo substituída por máquinas, sendo então a criança
percebida como um ser que precisava de preparação especializada. Dependente do adulto foi
vista como um ser frágil que precisava de cuidados. Sendo assim, creches, escolas maternais e
jardins-de-infância foram surgindo com o intuito de cuidar e proteger as crianças.
34
Nota reflexiva
Referências bibliográficas
LUCAS, Maria Angélica Olivo Francisco. EDUCAÇÃO INFANTIL: algumas reflexões sobre
seus fundamentos teóricos e metodológicos. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.17, p. 79
- 90 mar. 2005.
VILELA, Silvio Henrique. MARIA MONTESSORI: O caminho dos sentidos. Revista Teias v.
15 - n. 38 - 32-46-2014
37
CAPÍTULO VII
Segundo Bloom et al., vários pesquisadores utilizaram-se dessa terminologia conceitual baseada
em classificações estruturadas e orientadas para definir algumas teorias instrucionais. Duas das
inúmeras vantagens de se utilizar a taxonomia no contexto educacional são:
Segundo Lomena (2006), Guskey (2001), Bloom et al. (1956), Bloom (1972), School of
Education (2005) e Clark (2006), as características básicas de cada um desses domínios podem
ser resumidas em:
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Psicomotor: relacionado a habilidades físicas específicas. Bloom e sua equipe não chegaram a
definir uma taxonomia para a área psicomotora, mas outros o fizeram e chegaram a seis
categorias que incluem ideias ligadas a reflexos, percepção, habilidades físicas, movimentos
aperfeiçoados e comunicação não verbal. Para ascender a uma nova categoria, é preciso ter
obtido um desempenho adequado na anterior, pois cada uma utiliza capacidades adquiridas nos
níveis anteriores. As categorias desse domínio são: Imitação; Manipulação; Articulação; e
Naturalização. (LOMENA, 2006).
Embora todos os três domínios (cognitivo, afectivo e psicomotor) tenham sido amplamente
discutidos e divulgados, em momentos diferentes e por pesquisadores diferentes, o domínio
cognitivo é o mais conhecido e utilizado. Muitos educadores se apoiam nos pressupostos teóricos
desse domínio para definirem, em seus planejamentos educacionais, objectivos, estratégias e
sistemas de avaliação. (LOMENA, 2006).
39
Nota reflexiva
Neste trabalho que fala sobre a taxonomia dos objectivos educacionais de Bejamim bloom,
aprendi que, cada um dos domínios tem diversos níveis de profundidade de aprendizado. Por isso
a classificação de Bloom é denominada hierarquia: cada nível é mais complexo e mais específico
que o anterior.
Portanto, planificar uma aula de uma disciplina ou um curso não é tarefa fácil, ainda mais para
profissionais que não tiveram o devido preparo didáctico e pedagógico para realizar esse tipo de
actividade, realidade que muitos docentes do ensino superior enfrentam com regularidade.
A não realização de uma planificação pedagógica adequada, que delimite conteúdo e escolha
estratégias educacionais eficazes, pode levar os professores a enfrentarem alto grau de
dificuldades em suas disciplinas, ou mesmo uma ansiedade pessoal relacionada ao facto de
perceberem que seus alunos não estão atingindo o nível de desenvolvimento.
40
Referências bibliográficas
CAPÍTULO VIII
O ensino da Matemática, conforme o modo como for conduzido, pode contribuir para a
democratização e a promoção de valores sociais de cultura, tolerância e solidariedade ou servir
para reforçar mecanismos de competitividade e de selecção social.
Assim, de acordo com Muchanga et all, (2018), como objectivos gerais, o graduado deve:
Nota reflexiva
Referências bibliográficas
CAPÍTULO IX
Para fazer jus a nossa abordagem, contamos com a presença de autos de renome, que deram seus
contributos teóricos sobre a matéria em alusão, cujo realce será devidamente referenciado no
corpo do trabalho.
Como afirma Deborah Fournier (1995, p. 15), “estamos convencidos de que podemos avaliar
quase tudo”. E Michael Scriven (2007, p. 20) reconhece também que [...] a avaliação abarca um
território enormemente extenso, já que engloba uma porção substancial do discurso de todos os
dias, dedicado a propor, atacar, defender posições avaliativas de produtos, equipes de futebol,
comportamento humano, aquecimento global e quase tudo o mais.
45
Pode, por isso, começar-se por definir o conceito. Fournier (1995, p. 16), afirma que “a
avaliação é um género de inquirição, com uma lógica básica e um padrão geral de raciocínio”.
Situa a avaliação claramente no campo da produção de conhecimento, recorrendo, para
demonstrar essa faceta, à distinção entre dois tipos de raciocínio complementares: a lógica geral
e a lógica aplicada da avaliação. A combinação das duas permite a compreensão completa do
raciocínio avaliativo.
Piletti (2006) não foge à regra anteriormente enunciada por Pacheco e Ferreira e reitera esta tese
expressando-se do seguinte modo:
As técnicas e instrumentos de avaliação variam de acordo com o tipo de avaliação. Sendo assim,
para a avaliação diagnostica por exemplo, pode-se utilizar o pré-teste, o teste diagnóstico, a ficha
de observação ou qualquer outro instrumento elaborado pelo professor. Para a avaliação
formativa temos as observações, os exercícios, os questionários, as pesquisas, etc. e finalmente
para a avaliação sumativa, os dois tipos de instrumentos mais utilizados são as provas objectivas
e as provas subjectivas (p.197).
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Estando ao serviço das aprendizagens dos alunos, a avaliação formativa pressupõe determinadas
técnicas e instrumentos para a recolha e para a análise das informações, assim como a
determinação dos intervenientes na avaliação, do tipo de informação que deve ser recolhida, dos
momentos em que a recolha e a análise vão efectuar-se e, ainda da finalidade da avaliação (o
esclarecimento da função da avaliação formativa a realizar) (FERREIRA, 2007).
Porém, Lopes e Silva (2012) advertem que não basta apenas seleccionar, as técnicas, pois as
técnicas de avaliação formativa só surtem efeitos quando estas facilitam a compreensão da
matéria e por consequência possibilitarem a apropriação do conhecimento através dum feedback
claro e construtivo. Portanto mesmo com a selecção, planificação e implementação cuidadosas,
as técnicas de avaliação formativa só terão uma dimensão formativa se os professores usarem os
dados obtidos para agirem na sala de aulas, isto é, se os professores através dos resultados das
técnicas da avaliação formativa interpretarem de modo a reverem as suas páticas, modificarem as
suas metodologias para que os objectivos do processo de ensino-aprendizagem sejam atingidos.
Dada a importância das técnicas e instrumentos de avaliação, Ferreira (2007) aconselha para a
diversificação dos mesmos:
É com base nesta lógica que Ferreira (2007) refere que “com a utilização de instrumentos
diversificados é possível ver os alunos sob diversos ângulos e compreender a complexidade da
aprendizagem, na individualidade de cada aluno. Consequentemente também é possível delinear
uma intervenção mais adequada face ao percurso de aprendizagem avaliado” (p. 128). Tal visão
é sustentada por Fernandes (2008) ao referir que “a diversificação de métodos de recolha de
informação permite avaliar mais domínios do currículo, lidar melhor com a grande diversidade
de alunos que hoje estão nas salas de aula e também reduzir os erros inerentes à avaliação” (p.
81).
Por seu turno, Pacheco (1994, p.119) alerta que “ a avaliação formativa, ainda que seja passível
de instrumentação, depende mais de uma avaliação informal, contínua, surgindo como uma
componente principal da actividade do professor”. Sendo assim, “na avaliação formativa,
procurar-se-á formalizar esta avaliação informal com o recurso a registos estruturados de
observação que possibilitem que um professor, sempre que isso se torne necessário, seja capaz de
fazer o diagnóstico de um dos seus alunos, com a descrição do grau de domínio das diversas
competências que lhe são exigidas” (Pacheco, 1994, p. 119).
Correia (2002) também sustenta a visão anterior de Ferreira (2007) ao enfatizar que:
Uma vez que a observação aos alunos em sala de aulas permite a obtenção de várias informações
relevantes ao professor, tal como tivemos a oportunidade de ver a partir do testemunho de
Ferreira, Pacheco (1994) por sua vez ressalta a dupla utilidade destas informações:
Para além da observação que permite colher informações no decorrer do processo de ensino-
aprendizagem, uma outra componente completar também é indispensável neste processo, que é o
questionamento oral do aluno no decorrer da aprendizagem.
sempre é fácil improvisar boas perguntas no meio do caminho. Se, ao preparar a aula, o professor
conceber boas perguntas – por exemplo perguntas que requeiram a aplicação de princípios ou
outras que exijam que se pense mais -, é útil levá-las anotadas”
Morales (2003) refere também que devemos pensar não apenas no que perguntamos, mas como
perguntamos. Para tal, é preciso dar tempo ao aluno para que pense na resposta; é preciso saber
esperar…pelo menos por alguns momentos, antes de fazer outra pergunta ou de interrogar outro
aluno. O aluno sempre deve se sentir respeitado; Se um aluno responde mal… é bom dar-lhe
outra oportunidade; pode ser feita outra pergunta que o ajude a pensar. Pode-se reconhecer o
certo parcial, que a resposta indica a direcção mas não chega ao final; É útil pedir para que o
aluno reformule ou esclareça mais a resposta dada por outro… mantem-se melhor a atenção e
facilmente a compreensão de perguntas e respostas.
Portanto, dada a esta diversificação das técnicas e instrumentos de avaliação, que fornecem ao
professor de igual modo uma diversidade de informações relativas ao processo de ensino-
aprendizagem, defendemos claramente a ideia de que “o professor ao avaliar deverá ter em vista
o desenvolvimento integral do aluno. Assim, comparando os resultados obtidos, ao final, com a
sondagem inicial, observando o esforço do aluno de acordo com suas condições permanentes e
temporárias, constará o que ele alcançou e quais as suas possibilidades para um trabalho futuro”
(Sant’Anna, 1999, p. 24)
Partilhando a posição dos autores acima, Pacheco (1994) considera que falar de avaliação
integrada pressupõe falar da conjugação de diferentes técnicas de avaliação, assim como dos
diferentes tipos de avaliação que são usados em sala de aulas, tais como a diagnóstica, contínua e
sumativa.
Porém, Pacheco (1994) mostra uma preocupação em relação aos procedimentos informais, ao
lembrar que “se por um lado, a avaliação integrada é uma prática que faz parte das práticas de
avaliação dos professores, por outro, o seu maior obstáculo esta precisamente na falta de
legitimidade científica do conhecimento obtido pelo aluno através dos procedimentos informais
de avaliação e na impossibilidade de a traduzir numa nota ou classificação” (p. 139).
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Nota reflexiva
Durante a realização deste capítulo discutimos sobre a concepção que se tem em relação ao
fenómeno da avaliação no processo de ensino-aprendizagem, e buscamos discernir aquilo que e a
concepção de alguns teóricos que versam sobre a temática. Sobre o conceito de avaliação ficou o
entendimento de que a avaliação claramente no campo da produção de conhecimento,
recorrendo, para demonstrar essa faceta, à distinção entre dois tipos de raciocínio
complementares: a lógica geral e a lógica aplicada da avaliação.
No que se refere as técnicas e instrumentos de avaliação, depreendeu-se que antes da escolha das
técnicas, é necessário em primeiro lugar ver o que efectivamente se pretende avaliar e depois é
que se escolhe o instrumento, uma vez que as escolhas das técnicas e dos instrumentos depende
do que se quer avaliar
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Referências bibliográficas
PACHECO, José Augusto. A avaliação dos alunos: algumas reflexões com os professores. In
Actas Seminário Avaliação nos ensinos básico e secundário. Guimarães: Centro de Formação
Francisco de Holanda, 7-14. 1994.
Resumindo a Didáctica de Matemática é uma das disciplinas que geralmente usa-se nos sistemas
de formação de professores, se coloca ao centro da formação pedagógica do professor
contribuindo significativamente para desenvolver a compreensão da prática de realização do
processo de ensino e aprendizagem que favoreça um ensino activo e, ainda, desenvolver a
capacidade de reflexão do professor sobre o PEA e sobre a sua prática, de modo a poder
melhorá-los.
Para que a aula tenha êxito, é necessário que o professor de Matemática seleccione e domine os
métodos para que estes regulem as formas de interacção entre o ensino e a aprendizagem, entre o
professor e os alunos, cujo resultado é assimilação dos conhecimentos e o desenvolvimento das
capacidades cognitivas dos alunos.
Não menos importante, importa ressaltar que a Didáctica é de suma importância para a formação
do professor, pois deve proporcionar o desenvolvimento de sua capacidade crítica e reflexiva,
possibilitando que o professor faça uma análise de forma clara sobre a realidade do ensino,
proporcionando situações em que o aluno construa seu próprio saber.
BECKER, Fernando. O que é construtivismo? Revista de Educação AEC, Brasília, v. 21, n. 83,
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