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06/07

- VERIFICAÇÃO DO HUMOR + MEDICAMENTO EM USO:

Refere que está sentindo pior do que na última avaliação. Em uma escala de 0 a 10, avalia
como 6. Mantem uso de sertralina 100 mg.

- PAUTA:

Paciente gostaria de falar mais sobre sua vida profissional

- ATUALIZAÇÃO DO QUADRO:

● Durante este último mês, enfrentou uma fase de grande estresse devido às demandas
no trabalho, o que resultou em sentimentos de instabilidade. Essa tensão culminou em
crises emocionais, caracterizadas por episódios de choro intenso.

FECHAMENTO DO SEMESTRE NA ESCOLA, SE SENTE PRESSIONADA, E ALGUNS MOMENTOS SE


SENTE INCAPAZ E COM RAIVA

● O mês de junho trouxe um desafio adicional com a prova do concurso público, que a
deixou profundamente insegura e teve um impacto negativo no meu desempenho,
causando sintomas físicos como taquicardia, tremores e fadiga. Queixou-se de insônia
em dias anteriores à prova
● Em meio a essa turbulência, tomou a decisão de trancar faculdade de licenciatura em
letras para se dedicar ao estudo para o concurso público. Mas já se matriculou em duas
disciplinas para o próximo semestre, o que trouxe sua própria dose de insegurança.
● Decisão de doar seu cachorro de dois anos e meio foi emocionalmente intensa,
levando a episódios de choro e até mesmo vômitos. Às vezes, sentiu uma forte vontade
de sair sem rumo, acompanhada de um aumento significativo da irritabilidade.
● Estava de férias há uma semana, mas a perspectiva de viajar para o Pará desencadeou
lembranças dolorosas relacionadas ao seu pai que faleceu durante a pandemia.
Também se preocupo profundamente com seu irmão, que sofre de esquizofrenia, o
que agrava ainda mais sua ansiedade e estado emocional.

OUTROS PONTOS NEGATIVOS:

Para complicar ainda mais, parou caminhadas diárias e voltou a fumar, inicialmente um cigarro
por dia, mas com o tempo aumentando para três cigarros diários e, nos finais de semana,
consumindo quantidades maiores, e ainda experimentando embriaguez em um episódio
isolado.

PONTOS POSITIVOS

É importante mencionar que, apesar de todos esses desafios emocionais, nunca se colocou em
risco ou recorreu à autolesão. Às vezes, ainda sente uma forte vontade de sair sem rumo,
porém disse pensar em outras técnicas para sentir alívio, está respirando profundamente e
banho gelado.
DESEJA TRABALHAR INSEGURANÇA E AUTO-ESTIMA

NOVAMENTE TRABALHO QUESTÕES DE CRENÇAS DISTORCIDAS E NEGATIVAS

Muitas vezes, as pessoas com baixa autoestima têm pensamentos automáticos negativos,
como "eu sou inútil" ou "eu não sou bom o suficiente". O terapeuta ajuda o paciente a
questionar essas crenças e a considerar evidências objetivas que as apoiem ou contradigam.

PSICOEDUCO SOBRE SEU TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDELINE

Explique o Transtorno Borderline:

Comece explicando o que é o TPB de maneira clara e acessível. Descreva os sintomas típicos,
como instabilidade emocional, impulsividade, medo de abandono e relacionamentos intensos.

Discussão das Causas e Fatores de Risco:

Ajude o paciente a entender as possíveis causas do TPB, incluindo fatores genéticos,


ambientais e traumáticos. É importante enfatizar que o TPB não é culpa do paciente.

Educação sobre Regulação Emocional:

Explique a importância da regulação emocional e como as dificuldades nesse aspecto estão


relacionadas ao TPB. Ensine técnicas de regulação emocional, como mindfulness, habilidades
de tolerância à angústia e identificação de emoções.

Abordagem de Comportamento Autodestrutivo:

Discuta comportamentos autodestrutivos comuns associados ao TPB, como autolesão ou


impulsividade. Ensine estratégias alternativas para lidar com a dor emocional, como a busca de
apoio social ou atividades saudáveis.

Prevenção do Suicídio e Autolesão:

Fale sobre a importância de buscar ajuda em momentos de crise e como desenvolver um plano
de segurança pessoal. Certifique-se de que o paciente saiba onde encontrar ajuda profissional
em situações de risco.

Relacionamentos Interpessoais:

Ajude o paciente a entender como o TPB afeta seus relacionamentos. Ensine habilidades de
comunicação eficaz, estabelecimento de limites saudáveis e como identificar relacionamentos
tóxicos.

Terapia e Tratamento:

Explique a importância do tratamento para o TPB. Encoraje o paciente a se envolver na terapia,


como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) ou a Terapia Dialética Comportamental (TDC),
que são comuns no tratamento do TPB.

Medicação:
Em alguns casos, a medicação pode ser recomendada para tratar sintomas específicos do TPB,
como depressão ou ansiedade. Discuta os benefícios e riscos com o paciente.

Autoconhecimento:

Encoraje o paciente a aprender mais sobre si mesmo, suas necessidades e gatilhos emocionais.
A autoconsciência é uma parte importante da gestão do TPB.

Família e Rede de Apoio:

Envolver a família e amigos próximos na psicoeducação pode ser útil. Explique a eles o que é o
TPB e como podem oferecer apoio ao paciente.

Acompanhamento Regular:

Reforce a importância do acompanhamento regular com um profissional de saúde mental. O


tratamento a longo prazo é geralmente necessário.

TAREFAS DE CASA:

ATIVIDADES DE AUTOCUIDADO: VOLTAR A CAMINHADA, REDUZIR O CIGARRO E SE POSSÍVEL


FICAR SEM BEBER

DESAFIO DE CRENÇAS IRRACIONAIS: Se o terapeuta identificou crenças distorcidas específicas,


o paciente pode ser instruído a desafiar essas crenças sempre que as identificar. Eles podem
anotar a situação desencadeante, o pensamento negativo automático e o pensamento
alternativo mais realista.

18/08/23

- VERIFICAÇÃO DO HUMOR + MEDICAMENTO EM USO:

Refere que está sentindo melhor do que na última avaliação. Em uma escala de 0 a 10, avalia
como 7,5. Mantem uso de sertralina 100 mg.

- PAUTA:

Paciente gostaria de falar mais sobre sua insegurança

- ATUALIZAÇÃO DO QUADRO:

Relata que passou duas semana no Pará, que teve ótimos momentos lá porém teve algumas
oscilações do humor durante esse período. Conseguiu descansar, aproveitar a família e se
alimentou mais.

Fala do medo excessivo de perder sua mãe – (perdeu o pai). Em alguns momentos lá pensou
em desistir de tudo no Tocantins retornar ao Pará.

Encontros em família dão gatilhos do seu abuso sexual (cometido pelo primo). Contou que teve
crise de ansiedade quando ouviu uma voz parecida com a dele. Tem o hábito de dormir com o
corpo todo coberto por causa desse trauma, ainda tem pesadelo com isso. Há 10 anos não se
veem. Mãe soube disse há 04 anos quando ele também abusou de sua irmã caçula.

Irmão com esquizofrenia está estável.

Está preocupada com concurso, mas não fugiu do seu controle. Foi aprovada na primeira fase.
Aguarda resultado.

Ainda está consumindo bebida alcoolica. Disse que bebe jogando truco em casa nos FDS. Teve
duas brigas com o namorado nessas situações. Sem motivos, mas disse que não gosta de
demonstrar mas é ciumenta e tem medo de ser deixada. Chorou bastante mas não teve
vontade de se machucar e nem se colocar em risco

Conversou com o namorado sobre essa sua insegurança, se sentia fraca por conversar sobre
isso, mas sentiu melhor após a conversa – Sente confiança nele

Tem tentado identificar seus pensamentos automáticos negativos. E acha que esta um pouco
mais consciente deles, mas ainda é difícil controlá-los.

Lembre-se de que é um processo gradual e que o importante é continuar praticando.

Lembrou que durante a briga com namorado esses pensamentos vieram, que ela não era
suficiente para seu namorado. Porém, começou a contestar, lembrando que é sim uma boa
namorada (companheira, fiel, carinhosa)

Lembre-se de que levará tempo e prática para mudar esses padrões de pensamento, mas é um
passo importante na direção certa.

Sentiu um pouco mais confiante na situação e menos ansioso.

Voltou a fazer caminhada 3 a 4 vezes por semana. Cigarro diminuiu para 1-2 cigarros/dia.

TAREFAS DE CASA

Intensificar autocuidado (atividade física e cigarro)

Oriento sobre o álcool, piora a instabilidade emocional

Identificar mais Pensamentos automáticos

11/09/23

- VERIFICAÇÃO DO HUMOR + MEDICAMENTO EM USO:


Refere que está se sentindo ainda melhor do que na última avaliação. Em uma escala de 0 a 10,
avalia como 8,5. Mantem uso de sertralina 100 mg.

- PAUTA:

Nada específico.

- ATUALIZAÇÃO DO QUADRO:

Relata que está muito feliz pela aprovação no concurso publico para professora, saiu resultado
dia 04/09 e que nos dias anteriores estava mais ansiosa, com episódios de palpitações e piora
do sono.

Disse que está aceitando mais críticas e absorvendo mais. Teve reunião com a coordenação da
escola em que trabalha, entendeu que escola particular cobra mais. Foi elogiada por incluir
alunos especiais. Busca informações e atividades por fora para inclui-los nas atividades.
Diretora da suporte, agora terá uma auxiliar em sala de aula. PENSAMENTO AUTOMÁTICO,
ACHAVA QUE A REUNIÃO SERIA APENAS COBRADA, FICOU ANSIOSA COM ISSO MAS TENTOU SE
ACALMA E ESPERAR O QUE IRA ACONTECER. FICOU FELIZ COM ELOGIO, FEZ BEM PARA SUA
AUTO ESTIMA JUNTAMENTE COM A APROVAÇÃO NO CONCURSO PÚBLICO.

Mantem caminhada 3 a 4x por semana. Cigarro 1 a 2 por dia. Ainda bebeu, teve FDS que não,
nenhum dia se sentiu embriagada.

TAREFAS DE CASA:

AUTOCUIDADO

PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS + CRÍTICA

Lista de Elogios e Conquistas: Peça aos pacientes para criar uma lista de elogios recebidos de
outras pessoas e de suas próprias realizações passadas. Isso pode servir como um lembrete
tangível de suas qualidades e sucessos.
27/09/23 QUARTA

- VERIFICAÇÃO DO HUMOR + MEDICAMENTO EM USO:

. Em uma escala de 0 a 10, avalia como 8,0. Mantem uso de sertralina 100 mg.

- PAUTA:

Discussão no trabalho

- ATUALIZAÇÃO DO QUADRO:

Paciente: Eu tive alguns altos e baixos. Tive algumas situações difíceis, mas acho que estou
lidando melhor com elas.

É importante reconhecer e comemorar os pequenos progressos. Vamos falar sobre essas


situações desafiadoras que você enfrentou.

Teve uma situação no trabalho em que um colega fez um comentário crítico (troca de horários)
e se sentiu muito atacada. Normalmente, teria reagido com muita raiva, mas desta vez eu
tentou usar as técnicas que discutimos. Respirou fundo e se afastou por um momento.

Isso é um progresso significativo! Você conseguiu identificar os pensamentos que surgiram


nessa situação? Lembrou-se de questioná-los?

Percebeu que estava pensando que todos estavam julgando e que era inútil. Tentou questionar
esses pensamentos e lembrar de que as críticas não significam que todos a rejeitam.

Esse é um exemplo de como a TCC pode ajudá-la a mudar seus padrões de pensamento e
reagir de maneira mais saudável às situações desafiadoras.

Tem algumas dificuldades em expressar suas necessidades de forma clara sem me sentir
abalada

Terapeuta: Isso é completamente compreensível, e a terapia é um processo gradual. Lembre-se


de que estamos aqui para apoiá-la em seu caminho de melhoria. Entre as sessões, continue
praticando as técnicas que aprendeu e aplicando o que discutimos.

* Pré-contemplação (“ I won’t”) - Não considera a possibilidade de mudar, nem se preocupa


com a questão;

* Contemplação (“I might”) - Admite o problema, é ambivalente e considera adotar mudanças


eventualmente;

* Preparação (“I will”) - Inicia algumas mudanças, planeja, cria condições para mudar, revisa
tentativas passadas; DISSE QUE AINDA BEBE - PAROU COM DESTILADO, MAS ESTÁ
ESCOLHENDO UM DIA DO FDS E NÃO ESTÁ EXAGERANDO
* Ação (“I am”) - Implementa mudanças ambientais e comportamentais, investe tempo e
energia na execução da mudança;

* Manutenção (“I have”) - Processo de continuidade do trabalho iniciado com ação, para
manter os ganhos e prevenir a recaída; * Recaída - Falha na manutenção e retomada do hábito
ou comportamento anterior – retorno a qualquer dos estágios anteriores.

TAREFAS DE CASA:

AUTOCUIDADO

PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS + CRÍTICA

11/10/23 QUARTA

- VERIFICAÇÃO DO HUMOR + MEDICAMENTO EM USO:

. Em uma escala de 0 a 10, avalia como 6,0. Mantem uso de sertralina 100 mg.

- PAUTA:

medo de adoecer - ESQUIZOFRENIA

- ATUALIZAÇÃO DO QUADRO:

Paciente relata que não se sentiu muito bem nesses últimos dias porque seu irmão apresentou
episódio de agitação psicomotora e frangofilia, no momento está mais calmo. Estava alguns
dias sem medicação.

Perguntei como estava lidando com isso.

Tenho tido pensamentos frequentes sobre a possibilidade de desenvolver esquizofrenia, assim


como meu irmão.

Terapeuta: Entendo que esse medo tem sido um fardo para você. Vamos começar explorando
esses pensamentos com mais detalhes. Quais são alguns dos pensamentos que surgem quando
você está preocupada com a possibilidade de desenvolver esquizofrenia?

Paciente: Penso que, como meu irmão tem esquizofrenia, há uma grande probabilidade de eu
também ter. Tenho medo de perder o controle da minha mente e de não ser capaz de
funcionar normalmente.

Terapeuta: Esses pensamentos são compreensíveis, considerando a situação com seu irmão.

Você já tentou desafiar esses pensamentos ou usar técnicas de enfrentamento?


Paciente: Tentei algumas vezes, mas é difícil. Às vezes, sinto que os pensamentos são muito
convincentes.

Terapeuta: É normal sentir que esses pensamentos são convincentes, mas lembre-se de que a
TCC pode fornecer ferramentas para lidar com eles. Vamos trabalhar juntas no
desenvolvimento de estratégias para desafiar esses pensamentos negativos. Além disso, vamos
discutir o conceito de avaliação de riscos realistas.

Paciente: Parece ser algo útil. Eu quero aprender a não deixar que o medo tome conta de mim.

Paciente: Às vezes, quando vejo meu irmão passando por um surto de esquizofrenia ou quando
ouço histórias assustadoras sobre a doença, isso me deixa muito ansiosa.

Terapeuta: A esquizofrenia é de fato uma condição complexa, e é importante obter


informações precisas sobre ela. Em resumo, a esquizofrenia é um transtorno mental que afeta
o pensamento, as emoções e o comportamento das pessoas. Geralmente se desenvolve na
adolescência ou no início da idade adulta. Os principais sintomas podem incluir alucinações,
delírios, pensamento desorganizado, entre outros. No entanto, é importante ressaltar que a
esquizofrenia é uma condição relativamente rara e que cada pessoa é afetada de maneira
única.

Terapeuta: Além disso, é importante notar que o risco de desenvolver esquizofrenia não é
determinado apenas pela genética. Existem vários fatores envolvidos, como a genética, fatores
ambientais e estresse. Mesmo que haja um histórico familiar, isso não significa que você
inevitavelmente desenvolverá a condição.

Terapeuta: Entendo seus medos, e é normal tê-los. O objetivo da psicoeducação é fornecer


informações precisas para ajudá-la a enfrentar esses medos com uma compreensão mais
completa da esquizofrenia. Estamos trabalhando juntas para fortalecer suas habilidades de
enfrentamento e avaliação de riscos realistas.

Tenho tentado praticar a respiração profunda e desafiar os pensamentos de que desenvolverei


esquizofrenia,

O entendimento preciso da esquizofrenia pode ajudar a dissipar preocupações infundadas e


contribuir para o processo terapêutico.

TAREFAS DE CASA:

PSICOEDUCAÇÃO

PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS + CRÍTICA

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