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FICHAMENTO: SARLET, Ingo Wolfgang. Eficácia dos direitos fundamentais uma teoria
geral dos direitos fundamentais na perspectiva constitucional, 11ª EDIÇÃO. 2012. Ed.
Livraria do Advogado.
Neste início o Autor deixa claro que o seu objetivo é analisar a problemática da
eficácia dos direitos fundamentais, para que se possa averiguar que efeitos de
natureza jurídico-objetiva e subjetiva eles estão aptos a desencadear.
Esclarece o Autor que deve-se promover uma análise distinta relativamente aos
dois principais grupos nos quais podem ser divididos os direitos fundamentais,
de acordo com o critério de sua função preponderante, quais sejam:
os direitos de defesa;
os direitos a prestações.
dos destinatários da norma. Para ele, tais direitos tem aplicabilidade imediata e
eficácia plena.
Citando Alexy, o autor sustenta que, na qualidade de direitos de defesa (na sua
perspectiva jurídico-subjetiva) os direitos fundamentais agrupam-se em três
categorias, a saber:
O autor afirma que merecem destaque três questões (podendo chegar a uma
quarta) que suscitam os dos direitos sociais, econômicos e culturais, a saber:
Nesse ponto o Autor deixa claro que tratando da eficácia como diretamente
decorrente da Constituição, e não da eficácia de direitos derivados, no sentido
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Não há como negar que todos os direitos fundamentais podem implicar “um
custo”. E tais custos podem ser compreendidos em sentido amplo, abrangendo
custos ligados à própria existência e sobrevivência do Estado (vinculados, por
exemplo, ao dever de defesa da pátria), quanto custos ligados ao
funcionamento democrático dever de votar), como em sentido estrito, quando
se referem.
O autor traz o entendimento de Ana Carolina Lopes Olsen, para quem a reserva
do possível há de ser compreendida como sendo uma espécie de condição da
realidade, a exigir um mínimo de coerência entre a realidade e a ordenação
normativa objeto da regulação jurídica.
Enquanto a maior parte dos direitos de defesa costuma não ter sua plena
eficácia e imediata aplicabilidade questionadas, dependendo sua efetivação
virtualmente de sua aplicação aos casos concretos (operação de cunho
eminentemente jurídico), os direitos sociais prestacionais, por sua vez,
necessitariam de concretização legislativa, dependendo, além disso, das
circunstâncias de natureza socioeconômica, razão pela qual tendem a ser
positivados de forma vaga e aberta, deixando ao legislador a indispensável
liberdade de conformação na sua tarefa concretizadora.