Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
I. TEMA
Teoria da ação
Deve-se notar que a palavra ação pode ser usada e compreendida em vários
sentidos, podendo ser entendida como um direito, um poder, uma pretensão
ou ainda como o correto exercício de um direito anteriormente existente.
A ação é considerada como sendo o direito ao exercício da jurisdição ou
a possibilidade de exigir sua atuação. Segundo o principio da inércia, a utili-
zação desse direito é necessária ao exercício da função jurisdicional, que, de
outra forma, não poderá ser exercida.
Deve-se considerar a ação, portanto, como o direito à prestação da ju-
risdição, favorável ou não, àquele que a provoca. Tal direito possui condi-
ções impostas ao seu exercício que, se não satisfeitas, o impossibilitam. Com
fundamento no Art. 5º, XXXV, CRFB, a ação propicia a garantia da tutela
jurisdicional efetiva, que permite ao titular do direito obter à proteção de seu
direito material.
Em se tratando do direito à atuação jurisdicional, deve ser entendido que
a ação serve ao interesse público de garantir o direito a quem de fato o pos-
sui, preservando a ordem na sociedade. Tal entendimento foi construído pela
doutrina até se chegar à atual concepção do “direito de ação”, que é, inicial-
mente, identificado com o direito material litigioso. Posteriormente, evoluiu
para um estágio de autonomia em relação ao direito material, criando uma
base para o desenvolvimento do direito processual nessa área.
2. As Teorias da ação quanto à sua natureza jurídica
Essa teoria tem como origem e base o direito romano. Para ela, a ação
nada mais é do que o próprio direito material, ajuizado em decorrência de
ameaça de dano ou de dano efetivo. Logo, não poderia haver ação que não
versasse sobre direito material, já que ele seria o foco e o agente dela. Assim,
considerando que o direito de ação é decorrente do direito material, compre-
ende-se a ação como emanação do direito material.
e. Teoria Eclética
3. Caracterização da Ação