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DA EDUCAÇÃO E
POLÍTICAS PÚBLICAS
Autores: Iria Helena Duarte; Maria Paula Silva
Lima Almeida e Pricila Ribeiro Alias.
Organizador(a): Solange Freundel Filvock.
Fundamentos da
Educação e Políticas
Públicas
© by Ser Educacional
Equipe de Revisores: Camila Taís da Silva; Isis de Paula Oliveira; José Felipe
Soares; Nomager Fabiolo Nunes.
Autores:Duarte, Iria Helena; Almeida, Maria Paula Silva Lima; Alias, Pricila
Ribeiro.
ISBN: 978-65-81507-51-0
ACESSE
IMPORTANTE
Links que
Informações importantes
complementam o
que merecem atenção.
contéudo.
ASSISTA OBJETIVO
Recomendação de vídeos Descrição do conteúdo
e videoaulas. abordado.
ATENÇÃO
OBSERVAÇÃO
Informações importantes
Nota sobre uma
que merecem maior
informação.
atenção.
CURIOSIDADES PALAVRAS DO
Informações PROFESSOR/AUTOR
interessantes e Nota pessoal e particular
relevantes. do autor.
CONTEXTUALIZANDO PODCAST
Contextualização sobre o Recomendação de
tema abordado. podcasts.
DEFINIÇÃO REFLITA
Definição sobre o tema Convite a reflexão sobre
abordado. um determinado texto.
DICA RESUMINDO
Dicas interessantes sobre Um resumo sobre o que
o tema abordado. foi visto no conteúdo.
EXEMPLIFICANDO
SAIBA MAIS
Exemplos e explicações
Informações extras sobre
para melhor absorção do
o conteúdo.
tema.
EXEMPLO SINTETIZANDO
Exemplos sobre o tema Uma síntese sobre o
abordado. conteúdo estudado.
Unidade 2
Unidade 3
Unidade 4
Currículo Lattes
http://lattes.cnpq.br/2658836244943033
Currículo Lattes
http://lattes.cnpq.br/2913938134092419
Currículo Lattes
http://lattes.cnpq.br/7341840047599210
1
Objetivos
UNIDADE
1. Compreender conceitos e fundamentos da Educação.
11
Introdução
Olá, estudante! A partir de agora, vamos começar nossa jor-
nada de estudos.
Inicialmente, preciso dizer que estou muito feliz pela sua es-
colha de se dedicar à área da educação! Mas, para que você se torne
um bom profissional, é preciso estudar e entender os fundamentos
teóricos da educação e, para isso, preparamos esta unidade.
Em primeiro lugar, vamos compreender a concepção de edu-
cação, pois o nosso entendimento desse conceito determinará a sua
prática em sala de aula. Por exemplo, se a visão que temos sobre a
função da educação é apenas transmitir conteúdo para aprimorar a
intelectualidade, nossa prática educativa será voltada para o ensino
tradicional. Então, saber o que é educação, sua função social e sua
especificidade é fundamental.
Além disso, precisamos ser conscientes dos processos histó-
ricos que envolveram a educação, pois, conhecê-los, nos ajudará a
entender a educação na atualidade. Por essa razão, você vai aprender
sobre o desenvolvimento da educação na história ocidental e como
isso influenciou nossas concepções de aluno, professor, escola e da
própria profissão do pedagogo.
Nesse sentido, vamos discutir também o conceito de peda-
gogia e pedagogo. Veremos que a pedagogia é um campo científico
complexo e que vai muito além do ensino escolar ou métodos pe-
dagógicos para a aprendizagem. A pedagogia é uma ciência e en-
volve uma multiplicidade de atributos que estão relacionados aos
ambientes educativos.
Por fim, abordaremos um assunto bastante atual, a andrago-
gia. Você já ouviu falar sobre esse campo? Vamos ver as semelhança
e diferenças entre pedagogia e essa nova ciência que se propõe a de-
senvolver caminhos específicos para a educação e aprimoramento
de adultos.
Assim, desejo que você aproveite esse primeiro bloco de con-
teúdos para aprofundar seus conhecimentos teóricos da educação!
Vamos lá?
12
Concepção de Educação
A educação passou por muitas transformações ao longo dos
anos, foi pensada e repensada. Podemos dizer que o seu conceito é
amplo e baseado em muitas teorias fundamentadas. Devemos en-
xergar esse tema também como um ato científico e não somente um
ato de amor e vocação. Por meio das trocas de experiências entre
professores e estudantes, é possível ter em mente o que mais define
essa palavra.
13
ciologia e fundou a escola francesa. Durkheim considerava
que poderia haver combinação entre a pesquisa empírica e a
teoria sociológica. Muito conhecido como um dos melhores
teóricos sociais.
Fonte: Gettyimages.
14
Concepção de Pedagogia
O termo pedagogia está intrinsecamente ligado à educação
e didática, tanto histórica quanto funcionalmente. Em seu sentido
mais amplo, a pedagogia engloba muitos termos e não podemos nos
ater simplesmente a um único conceito. Antigamente, sua definição
estava mais próxima da escolha dos estudos e da maneira de pensar.
Dessa maneira, o termo pedagogia vem sendo cunhado no decorrer
da história, sendo associado com a educação e as práticas teóricas-
-metodológicas. Como explica Saviani:
15
Para John Dewey (1899), a pedagogia é uma “reconstrução
contínua” que engloba a experiência passiva das crianças e seus
questionamentos e concepções. Podemos, então, afirmar que a pe-
dagogia está relacionada às experiências no âmbito educacional. Ela
pode englobar tanto o plano de ação, quanto a realização de projetos
e outras facetas e características ligadas à educação.
Fonte: Pixabay.
16
Um ponto muito importante a ser definido nessa concepção
é a individualidade histórica. Não podemos aprender as definições
sem que possamos também compreender nossa história, os acon-
tecimentos e todos os fatores que desencadearam para que chegás-
semos nos atuais.
REFLITA
17
Segundo Saviani (2008), a educação tem a ver com “ideias,
conhecimentos, conceitos, valores, símbolos, hábitos, atitudes e
habilidades”, que são elementos exteriores ao homem. Em outras
palavras, ele aprende esses elementos por meio da educação e, por
essa razão, não se trata somente de um fenômeno próprio do ho-
mem, mas também único, capaz de transformar valores e ideias.
Nesse sentido, a função da educação é transmitir os conhecimen-
tos historicamente acumulados e sistematizados, com o objetivo de
formar o ser humano.
Além disso, Saviani (1984, p. 04) sugere em suas reflexões:
“consequentemente, o trabalho educativo é o ato de produzir, di-
reta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humani-
dade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos
homens”. Assim, o objeto da educação diz respeito, de um lado, à
identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados
pelos indivíduos da espécie humana para que eles se formem hu-
manos e, do outro lado e simultaneamente, à descoberta das formas
mais adequadas para atingir esse objetivo.
18
◼ ciências humanas – voltada aos fenômenos culturais.
REFLITA
As ciências da educação
Inicialmente, as ciências da educação são compostas pela
psicologia e pela sociologia. Na fundamentação de Durkheim, a so-
ciologia vem ao encontro da substituição da filosofia com a ideia de
propor alguns fins para a educação. Já a psicologia surge para fa-
vorecer os meios e os instrumentos mais adequados na prática da
didática.
IMPORTANTE
19
estudo forma nos educadores uma postura que
deve passar por toda a prática pedagógica. Essa
postura deve induzir o educador a refletir radi-
calmente diante dos problemas educacionais,
levando-os a tratar desses problemas de ma-
neira séria e atenta (HEIN, 2014, p.05).
Por isso, não devemos nos ater somente à prática sem que te-
nhamos uma fundamentação teórica e, por outro lado, não existe
teoria sem que exista também a sua prática. Uma complementa a
outra. Prática e teoria devem estar sempre juntas em uma mesma
sincronia.
20
Pedagogia x ciências da educação
◼ Antropologia da Educação;
◼ Sociologia da Educação;
◼ Psicologia da Educação;
◼ Filosofia da Educação.
21
A antropologia
Fonte: Clker-Free-Vector-Images/Pixabay.
22
lógico, procura-se entender como o homem evolui e se adapta ao
meio. No aspecto social, estuda-se o homem inserido em sociedade.
A Sociologia
23
A partir disso, podemos compreender os processos de so-
cialização.
DEFINIÇÃO
A Psicologia
24
A ideia de “higienização da mente” partiu dessa época, em que se
acreditava que as pessoas deviam passar por higienes mentais para
que pudessem ter uma vida mais objetivada. Nesse sentido, a edu-
cação seria apenas para as pessoas que seriam capazes de aprender
e não para indivíduos com dificuldades ou indisciplinados.
25
da, os problemas do fracasso escolar poderiam estar também em
outros lugares e as dificuldades de aprendizado passaram a ser vis-
tas de uma maneira mais constante.
IMPORTANTE
26
a psicologia da educação não perde a vista dos
fenômenos educacionais localizado na sala de
aula. Aliás, é nesse espaço que podemos veri-
ficar uma das grandes contribuições da psi-
cologia da educação, ao oferecer subsídios ao
professor em seu trabalho pedagógico com os
alunos, ao investigar aprendizagem e desen-
volvimento e ao ampliar nosso conhecimento
acerca dos problemas na aprendizagem es-
colar, mas sofrem um recorte mais amplo,
abrangendo questões sociais e relacionadas às
interações presentes na vida do aluno (HEIN,
2014, p. 48).
A Filosofia
DEFINIÇÃO
27
4. “o que é o homem?” (antropologia filosófica);
SAIBA MAIS
Se você quiser se aprofundar um pouco mais na filosofia da educa-
ção, leia o texto A busca do sentido da formação humana: tarefa da
Filosofia da Educação de Antônio Joaquim Severino. Esse é um dos
melhores texto sobre a função da filosofia na educação! Tenho cer-
teza de que você irá gostar!
REFLITA
28
Pedagogia e Andragogia
Para finalizar, vamos entender sobre algo que muitos teóricos
estudam e discutem a respeito dos conceitos de pedagogia e de an-
dragogia. Em alguns estudos, pode-se encontrar até rivalidade entre
as duas ciências, porém, iremos tratar esses conceitos como especia-
lidades que podem se complementar e favorecer um melhor desen-
volvimento de educação.
29
As pessoas estão prontas para
aprender o que a sociedade, As pessoas se tornam prontas para
especialmente a escola, diz que aprender algo quando elas experimen-
deveriam ensinar, fornecem tam uma necessidade de aprendizagem
pressões sobre elas (como o a fim de lidar, satisfatoriamente, com a
medo do fracasso) para serem vida real, tarefas ou problemas.
ótimos ou suficientes.
Prontidão para O educador tem a responsabilidade de
A maioria das crianças da mes-
aprender criar condições, procedimentos e forne-
ma idade estão prontas para cer as ferramentas para ajudar os alunos
aprender as mesmas coisas. a descobrirem a “necessidade do saber”.
Os programas de aprendizagem devem
Portanto, a aprendizagem deve
ser organizados em torno da aplicação
ser organizada de forma padro-
na vida, categorizados e sequenciados de
nizada, por currículos, com uma
acordo com o aprendizado.
progressão uniforme (passo a
passo) para todos os alunos.
30
mentos. Já os adultos são coautores do processo de sua aprendiza-
gem, eles não aceitam tudo como verdade e questionam.
Figura 5 – Andragogia.
Fonte: gettyimages.
SINTETIZANDO
31
cacionais como as relações sociais ligadas à educação, os processos
de aprendizagem, os métodos de ensino, as teorias da educação e a
formação integral do ser humano.
Até à próxima!
32
2
Objetivos
UNIDADE
1. Identificar os principais teóricos que influenciaram as teorias
da Educação.
34
Legado dos pensadores dos séculos XVIII,
XIX e XX
Compreender a história, é também compreender o nosso
presente e procurar encontrar algumas respostas para o nosso fu-
turo, ou seja, tudo está interligado, não há uma separação. Na his-
tória da educação, o processo não é diferente. Ao longo dos séculos,
muitos pensadores tiveram contribuições significativas para que a
educação pudesse ser mais analisada, compreendida e repensada,
por meio desses novos olhares.
• Herbart;
Século XVIII
• Rousseau.
• Dewey;
• Montessori;
Século XIX
• Piaget;
• Vygotsky.
• Skinner;
• Emília Ferreiro;
• Perrenoud;
Século XX
• Gardner;
• Paulo Freire;
• Libâneo.
35
Pensadores do século XVIII
◼ o governo;
◼ a instrução;
◼ a disciplina.
36
Pensadores do século XIX
Fonte: Gettyimages.
37
Maria Montessori (1870-1952)
◼ atividade;
◼ individualidade;
◼ liberdade.
CURIOSIDADE
DICA
38
◼ incentivar a criança a escrever o próprio nome;
IMPORTANTE
Vale ressaltar que foi Piaget que deu base para o desenvolvimento da
metodologia de ensino construtivista, que considera que a criança
passa por estágios para adquirir e construir o conhecimento.
39
Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934)
40
Emilia Beatriz Maria Ferreiro Schavi (1936)
VOCÊ SABIA?
◼ lógico-matemática;
◼ linguística;
◼ espacial;
◼ físico-cinestésica;
◼ interpessoal;
◼ intrapessoal;
◼ musical.
◼ natural;
◼ existencial.
42
Para esse educador o processo educativo ajuda a desvelar as
ideologias presentes em todo sistema de governo. O professor tem
o papel de ajudar o aluno a descobrir o conhecimento a partir da sua
realidade. A relação do professor-aluno é baseada na mútua apren-
dizagem, não existe um detentor absoluto do conhecimento. Nes-
se sentido, o processo de ensino-aprendizagem ocorre por meio da
troca de conhecimento e não a partir da transmissão de conteúdos.
43
Concepções e tendências pedagógicas no
Brasil
As tendências pedagógicas foram fortemente influenciadas
por movimentos culturais e políticos ao longo de vários anos. Es-
sas tendências levaram às práticas mais utilizadas em todo o nosso
país.
44
É imprescindível que os docentes possam se apropriar dessas
tendências, pois elas poderão melhorar as suas práticas pedagógi-
cas. Por essa razão, faremos uma síntese das principais tendên-
cias.
Tendências liberais
Tendência tradicional
Tendência tecnicista
45
xeira para o Brasil. O papel da escola é de formação social, psicoló-
gica e pedagógica, além de formar comportamentos. Está inteira-
mente ligada às percepções e suas possíveis modificações.
Tendências progressistas
Fonte: Freepik.
Tendência libertadora
46
Tendência libertária
47
Quando você pensa em educação, o que vem em mente? Você
acredita, como futuro professor, que a educação pode ser melhorada
em nosso país? Como podemos modificar as perspectivas educacio-
nais nos dias de hoje? Há, de fato, muitas indagações que ainda pai-
ram sem nenhuma resposta por sua complexidade.
REFLITA
48
Educação x Cultura
As diferentes manifestações culturais podem influenciar o
meio educacional e por ser um assunto muito complexo, faremos
uma síntese de como a cultura está enraizada na educação e como a
educação passa a ser vista sob um aspecto cultural.
EXEMPLO
49
Vamos recordar um pouco a respeito dos conceitos de
educação?
50
A prática reflexiva faz com que os alunos possam interagir
uns com os outros e propõe transformações no modo de como
nossos alunos enxergam as suas realidades. Nesse caso, a cultura é
uma forte aliada nesse processo de transformação, porque é apren-
dendo a lidar com as diferenças que o ser humano aprende de uma
forma muito mais prática e desafiadora.
DEFINIÇÃO
Podemos dizer que a cultura é o conjunto de símbolos elaborados
por um povo ou sociedade em determinado tempo e lugar da his-
tória. Para sustentar a sua própria existência, o ser humano desen-
volve condutas sociais, a fim de atender as necessidades do grupo
e poder estabelecer relações entre si e com a natureza. Esse movi-
mento produz a cultura.
51
Figura 4 – Diversidade cultural: frevo, capoeira, cultura indígena e acarajé baiano.
52
A cultura e a educação estão inteiramente ligadas, uma vez
que o mundo cultural é um sistema de significados já estabelecidos
por uma geração mais velha e que precisam ser ensinados para a
geração mais jovem. Dessa maneira, a educação é responsável pela
transmissão dos conhecimentos de uma geração para outra, per-
mitindo a assimilação dos modelos de comportamentos valoriza-
dos. Ela é fundamental para a socialização e humanização do ser
humano.
SINTETIZANDO
53
54
3
Objetivos
UNIDADE
1. Entender o que significa ser pedagogo(a) na atualidade e qual
a sua função dentro e fora do ambiente escolar.
56
Formação e atuação do pedagogo
REFLITA
Antes de iniciarmos este tópico, gostaria que você fizesse uma autor-
reflexão acerca dessa concepção, ou seja, o que você espera quando se
formar? Quais são os seus objetivos e por que escolheu ser pedagogo
diante de tantas profissões que existem? Faça essa reflexão e pro-
cure compreender quais os fatores que lhe estimularam a se tornar
um pedagogo.
57
◼ qual é o seu papel do pedagogo na educação?;
58
Figura 1 – O Pedagogo.
Fonte: AdobeStock.
59
humana definidos em sua contextualização
histórica (LIBÂNEO, 1998, p. 127).
IMPORTANTE
60
Sendo assim, conclui-se que o campo de atuação do peda-
gogo é muito fértil, sua relevância é fundamental nos ambientes
escolares e não escolares. Dessa forma, atuando como instrumen-
to mobilizador de competências e de habilidades na análise crítica
das situações, aliando os princípios éticos, estéticos, políticos e de
construção da identidade individual e coletiva, bem como mediador
do processo educativo.
61
Figura 2 – Locais de atuação do pedagogo.
Pedagogia empresarial
62
pessoas, para explorar uma atividade com ob-
jetivo definido, liderada pelo empresário, pes-
soa empreendedora que dirige e lidera a ati-
vidade com o fim de atingir ideais e objetivos
também definidos. A Pedagogia é a ciência que
estuda e aplica doutrinas e princípios visando
um programa de ação em relação à formação,
aperfeiçoamento e estímulo de todas as facul-
dades da personalidade das pessoas, de acordo
com ideais e objetivos definidos. A pedagogia
também faz o estudo dos ideais e dos meios
mais eficazes para realizá-los, de acordo com
uma determinada concepção de vida (HOLTZ,
2007, p.06).
63
DICA
Pedagogia hospitalar
64
aconselhar, de preferência por escrito, sobre
as condutas mais eficazes das chefias para com
os funcionários e destes para com as chefias, a
fim de favorecer o desenvolvimento da produ-
tividade empresarial.
65
sam contribuir da melhor forma nas intervenções educativas.
Fonte: gettyimages.
66
riais. É tarefa urgente preparar pedagogos para serem produtores
ou editores de material didáticos para cursos presenciais, on-line
e híbridos (mistos entre as duas modalidades). Cabe ao pedagogo
entender e ser capaz de produzir, seguindo as etapas de produção,
distribuição e recepção do material didático.
67
Educação no contexto mercadológico
Estudamos nos tópicos anteriores que a educação está pre-
sente não só no ambiente escolar, mas em outros, como: empresa-
rial, hospitalar ou produção de material didático.
68
A concepção do pedagogo dentro dos ambientes
educacionais
69
inevitável não pensar nos processos de inclusão necessários. No en-
tanto, este assunto ainda gera muitas polêmicas, o que não deve-
ria, porque quando incluímos alguém estamos dando à pessoa uma
oportunidade de convivência com a sociedade para ter desenvolvi-
mento social e cognitivo, assim como todas as outras crianças.
IMPORTANTE
Apesar de vivermos em uma sociedade que não preza pela efetiva
inclusão, a escola não pode ser o lugar onde ela não acontece, pelo
contrário, o ambiente escolar precisa estar preparado para acolher,
apoiar e ensinar alunos e famílias que fazem parte dessa realidade.
Como professores, temos a missão de amparar os alunos portadores
de deficiências e necessidades especiais e a obrigação de nos pre-
parar para esses desafios que certamente encontraremos na sala de
aula. Trabalhar com a diversidade não é uma escolha, é uma missão.
70
DEFINIÇÃO
71
Figura 4 – Diversidade em foco.
Fonte: AdobeStock.
DEFINIÇÃO
72
Nesse sentido, compreendemos que ética diz respeito aos
valores morais que regem o comportamento de uma determinada
sociedade. Quando falamos de ética dentro do ambiente educacio-
nal, estamos nos referindo à formação moral de uma geração. Por
isso, enquanto professores, esse assunto deve fazer parte da nossa
formação.
O compromisso ético
73
consenso satisfatório, isto é, profissionais comprometidos com um
bom desenvolvimento social e humano.
SAIBA MAIS
74
REFLITA
75
Queremos salas de aulas repletas de cultura e conhecimentos.
Crianças que se desenvolvam e cresçam dispostas a fazer a diferença
também. Nosso ideal é formar pessoas com valores íntegros, inte-
lectuais e emocionalmente completas.
SINTETIZANDO
76
conhecimento e a sociedade, pois ele é responsável por direcionar
todo processo de ensino-aprendizagem.
Assim, espero que você tenha aproveitado esse conteúdo. Até à pró-
xima!
77
78
4
Objetivos
UNIDADE
1. Aprender sobre a relação existente entre sociedade, tecnolo-
gia e educação.
80
A tecnologia, sociedade da informação e
educação
O crescimento das tecnologias foi muito impactante para to-
das as áreas e, consequentemente, muitas habilidades que, até en-
tão, não eram praticadas, passaram a ser desenvolvidas nesse gi-
gantesco avanço. É o mundo conectado com ele mesmo, com uma
rapidez de informação surpreendente. Todas as pessoas têm acesso
à informação de forma muito rápida e pontual e sabemos que essa
realidade é contemporânea.
EXEMPLO
81
-line com o presencial, estão cada vez mais em alta e a tendência é
que continuem crescendo. Você mesmo, neste momento, está usu-
fruindo deste conceito de uma nova educação.
82
dentro da própria casa. Algumas organizações
não governamentais, assim como sindicatos,
associações, igrejas e etc., também aderiram
às tecnologias na difusão de conhecimentos e
da formação continuada (GADOTTI, 2013, p. 7).
83
Podemos exemplificar este processo, usando você, o(a) es-
tudante de EaD. Você é o principal sujeito nesse processo educati-
vo e constrói seus conhecimentos a partir do que faz, estuda e das
suas pesquisas. O aluno de EaD tem que ser proativo, disciplinado
e muito curioso, só assim dá-se por completo seu conhecimento.
REFLITA
Nesse sentido, quem é o professor nos dias de hoje? É claro que não
podemos pensar em educação sem o docente. Atualmente, o pro-
fessor é aquele que vive no seu tempo, deve estar sempre fazendo
suas reciclagens e adquirindo novos conhecimentos, pois ele não
somente transforma a informação em conhecimento, como tam-
bém forma pessoas. Este é exatamente o nosso papel de docentes,
transformar e formar pessoas.
A escola e a TIC
DEFINIÇÃO
84
sempenho de diferentes atividades em nosso cotidiano. Podemos
exemplificar como TIC: rádio; máquina fotográfica; telefone-celu-
lar; televisão; câmera de filmar; computador; GPS; correio eletrôni-
co (e-mail); internet; podcasts e tecnologias de acesso remoto (wi-
-fi, bluetooth, RFID e EPVC).
SAIBA MAIS
CURIOSIDADE
85
fícies opacas, como fotografias e páginas de livros. Para fun-
cionar corretamente, a sala deve estar completamente escura.
86
VOCÊ SABIA?
87
Desde então, nunca mais enxerguei a matemática como uma
disciplina fácil e desafiadora. Por outro lado, nos anos seguintes tive
uma professora que foi tão acolhedora e incentivadora, que conse-
gui vencer estas “dores educacionais”. No entanto, você deve estar
se perguntando qual é a relação da minha história escolar com a im-
portância da pedagogia. Posso te dizer, tudo!
IMPORTANTE
88
Políticas públicas
O termo se refere ao conjunto de medidas e procedimentos
que demandam a orientação política da nação e regulamentam as
atividades governamentais relacionadas ao interesse público, ou
seja, todas as intenções, traduzidas em ações, são consideradas po-
líticas públicas. Para ampliarmos esse conceito, recorremos às re-
flexões de Terra que explica:
DEFINIÇÃO
89
que ocorra na esfera governamental pode influenciar diretamente
esse cenário.
90
O sistema educacional brasileiro
É a forma como se organiza a educação regular no Brasil.
Essa organização se dá em sistemas de ensino da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios. A Constituição Federal de
1988, com a Emenda Constitucional n.º 14, de 1996 e a Lei de Di-
retrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), instituída pela Lei nº
9394/1996, são as leis maiores que regulamentam o atual sistema
educacional brasileiro.
91
Figura 2 – Divisão do sistema educacional brasileiro.
92
podendo ser de 1 a 3 anos, dependendo do currículo da insti-
tuição.
◼ Educação no Campo;
◼ Educação Especial;
REFLITA
Você já tem ideia do que irá fazer após sua formação? Se fosse para
você atuar em alguma dessas modalidades da Educação, qual você
escolheria? Por quê? Conte para os seus colegas os seus sonhos!
Os pilares da educação
93
A partir do relatório sistematizado, a educa-
ção deve buscar, por exemplo: compreender
a questão das comunidades locais contextua-
lizadas às questões globais; identificar a im-
portância dos sistemas democráticos como
estruturas de inclusão e participação; contex-
tualizar a crescimento econômico e mundial e
a sua correlação com o desenvolvimento hu-
mano, sobretudo, em relação à importância
estratégica na educação neste contexto; buscar
a universalidade da educação básica, sem qual-
quer distinção entre pessoas; rever o papel dos
profissionais na educação nesse cenário, bem
como o papel político que os sistemas educati-
vos exercem na sociedade (HEIN, 2014, p. 68).
94
O aprender a conhecer
O aprender a fazer
O aprender a conviver
95
O aprender a ser
Hein comenta:
96
IMPORTANTE
Cabe ao MEC exercer as atribuições do poder público federal em ma-
téria de educação. Portanto, cabe a ele formular e avaliar a política
nacional de educação, zelar pela qualidade de ensino e velar pelo
cumprimento das leis que o regem. É o MEC que organiza as polí-
ticas para Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio,
Educação de Jovens e Adultos, Educação Indígena, Educação Espe-
cial e Educação a Distância.
97
Nesse sentido, faz parte da Esfera Municipal, o Conselho Mu-
nicipal de Educação, órgão que tem funções normativa, consultiva,
propositiva, mobilizadora, deliberativa e o Plano Municipal de Edu-
cação, órgão que estabelece diretrizes e metas para todos os níveis
de ensino e modalidades de ensino do município, baseando-se em
Leis estabelecidas para o bom funcionamento da Educação.
98
Como você pode notar, a Constituição Federal de 1988 revo-
lucionou conceitos que, até então, não eram vistos ou praticados.
Por ter um conteúdo muito vasto, sugerimos que você faça a leitura
de toda a Constituição e analise a importância que cada artigo ou
inciso tem na história da educação brasileira. Veja a seguir o artigo
205 da Constituição Federal que fala sobre a educação:
99
Figura 4 – Pôster com o primeiro artigo da LDB.
100
A Lei, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana, estabelece como o pleno desenvolvimento
do educando e seu preparo para o exercício da cidadania, além da
sua formação para o trabalho. A LDB visa organizar a estrutura da
educação brasileira e, diretamente, a formação escolar e acadêmica,
normatizando e direcionando a Educação Brasileira.
101
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
102
De acordo com o documento, ao longo da Educação Básica, o
sujeito deve adquirir aprendizagens essenciais que visam assegu-
rar, aos estudantes, o desenvolvimento de dez competências gerais
que garantem o desenvolvimento do educando. Entre elas, podemos
citar:
103
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
104
A Influência do Neoliberalismo
DEFINIÇÃO
105
Todos sabem que a realidade brasileira na área da educação
tem uma situação muito crítica e precisamos de toda ajuda para es-
sas demandas sociais, que não são poucas. Desde a construção de
escolas, materiais escolares de qualidade até o aumento de vagas em
creches requer muito dinheiro. Por sua vez, o Banco Mundial oferece
empréstimos para que muitos desses problemas educacionais sejam
sanados, ou melhor, sejam amenizados.
Considerações finais
106
Diante dessas mudanças, nos deparamos com a crescente
informação pela globalização e o uso das novas tecnologias. Viver
atualmente com tanta diversidade não é uma tarefa fácil, porque
tudo muda em um espaço muito curto de tempo. A informação se
dá de forma tão ágil, que nos espanta. A internet, as redes sociais e
os recursos tecnológicos fizeram com que o homem contemporâneo
se tornasse um ser totalmente informatizado. Quando falamos do
indivíduo no seu processo de informação, o assunto é ainda mais
complexo, pois ele é o progenitor do seu conhecimento.
107
SINTETIZANDO
108
Diante do que estudamos, você está esperançoso sobre a influência
da educação para a transformação de algumas realidades no nosso
país? Eu posso ser ingênua, mas eu ainda acredito que a educação
pode ser um meio para transformar pessoas e essas pessoas podem
fazer do mundo um lugar melhor. Espero que você se torne um(a)
educador(a), professor(a) e mediador(a) de esperança e amor para
as pessoas que você irá influenciar!
Até à próxima!
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Referências Bibliográficas
Unidade 1
110
Unidade 2
111
SEVERINO, A. J. A busca do sentido da formação humana: tarefa da
Filosofia da Educação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 32, n.3, p.
619-634, set./dez. 2006.
Unidade 3
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HEIN, A. A. Fundamentos da Educação. São Paulo: Pearson, 2014.
Unidade 4
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BRASIL. PARECER CNE/CBE nº 07/2010 – Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Básica. Brasília, 2010.
114