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Dessa forma, podemos dividi-las em dois grupos: (a) as mais interpessoais, que são
utilizadas com a intenção de se comunicar com o outro e (b) as menos interpessoais,
quando não são dirigidas a um interlocutor e sim a um objeto. Além disso, estão sempre
relacionadas a um motivo ou a uma meta.
As Funções Comunicativas podem ser usadas através dos seguintes meios: Verbal
(aqueles que possuem mais de 75% dos fonemas da fala), Vocal (aqueles que possuem
menos de 75% dos fonemas da fala) e o meio Gestual.
– Pedidos: as cinco Funções que englobam essa categoria são: Pedido de Objeto, Pedido
de Ação, Pedido de Consentimento, Pedido de Rotina Social e Pedido de Informação.
– Protestos: as duas Funções que englobam essa categoria são a Expressão de Protesto e
o Protesto, propriamente dito.
– Comentário: atos ou emissões usados para dirigir a atenção do outro para um objeto
ou evento.
– Nomeação: atos ou emissões usados para focalizar sua própria atenção em um objeto
ou evento através da identificação do referente.
– Não focalizada: Emissões produzidas quando o sujeito não focaliza sua atenção em
nenhum objeto ou pessoa.
A comunicação das crianças com TEA tem várias peculiaridades e não segue o mesmo
percurso de desenvolvimento observado em crianças típicas. Nem todas as Funções
Comunicativas estão sempre presentes nessas crianças e, frequentemente nos casos mais
graves, as Funções Comunicativas mais prevalentes são as Menos Interativas, ou seja,
aquelas que não demonstram a intenção de se comunicar com o outro, como as Funções
Exploratória e Jogo, nas quais não há a intenção de se compartilhar a atividade.
Alguns estudos observaram que uma situação dirigida de interação pode produzir um
repertório de Funções Comunicativas diferentes, porém não melhor do que a situação
espontânea de interação (Santos, 2017).