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Trabalho de Princípios de Direito Processual Geral - 30 Março de 2023
Trabalho de Princípios de Direito Processual Geral - 30 Março de 2023
Cruz-credo, embora muito feio, por parte de pai e mãe; era, todavia, um
grande e excelente goleiro do time do São Francisco Futebol Clube de Pitangui
- MG, time esse também conhecido pelo nome de Caveirinha, integrante da
Série Z, fundado pelo avô do referido jogador, o saudoso coveiro “Toim
Assombração”. Mas fato é que, Cruz-credo comprou uns frangos do aviário
“Seu Turco” pelo preço de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para homenagear o
time rival que havia acabado de chegar à Série B e nesta ficará apenas por
duas temporadas, eis que já está de passagem comprada para a série C. Não
obstante, comprados e entregues os frangos, Cruz-credo não pagou a compra!
Literalmente o Sr. Cruz-credo “deu o cano”! Revoltado, o aviário “Seu Turco”,
movimentou seu corpo jurídico, para então entrar na Arbitragem Pública
pedindo que o Estado/Juiz venha impor ao Cruz-credo pagar-lhe o valor
devido. Proposta a Ação de Cobrança, o Juiz sorteado para o caso, determinou
que o processo seguisse seu regular caminho, impondo que Cruz-credo fosse
citado, o que ocorreu através da filhinha do Réu (“Coisa Líndia” – 14 anos), que
levou o recado e devolveu de volta o papel (mandado de citação) assinado por
ela mesma ao Oficial de Justiça. Cruz-credo veio através de seu advogado,
tudo dentro do prazo hábil para tanto e se defendeu amplamente, alegando:
Primeiro, indicou que a citação era inválida porque não foi feita regularmente
na pessoa do Réu. Segundo, alegou também que não comprou nada do aviário
“Seu Turco” e que na audiência para oitiva de testemunhas, a ser designada
pelo Juiz, irá fazer prova de suas alegações. Diante da grande quantidade de
serviço, o Juiz não despachou ficando o processo parado por mais de dois
anos. Após reclamação do aviário “Seu Turco”, o juiz marcou audiência para
ouvir testemunhas, determinando desnecessária a proclamação da notícia da
audiência para as partes e os advogados, uma vez que o Réu já havia
manifestado ciência da audiência no próprio processo. Ocorre que, na data
designada da audiência, o Réu esqueceu-se de comparecer, bem como se
esqueceu de apresentar ao advogado na data certa para tanto, a relação de
suas testemunhas, ficando dentro do processo apenas as testemunhas do
Autor. As testemunhas do Autor por sua vez, ao falarem em juízo disseram
sem qualquer “sombra de dúvidas” que tinham conhecimento de que houve
negócio entre o Autor e Réu. Inseguro, em razão de ter ouvido somente as
testemunhas de uma das partes, o Juiz autorizou vir para o processo, uma
cópia da carta psicografada pela “Mãe Chica da Silva e da Bahia” que dizia ao
contrário do que as testemunhas afirmavam, qual seja, não houve qualquer
negócio entre as partes. Diante do convencimento formado pela carta juntada,
o Juiz julgou improcedente o pedido. E, não obstante o Juiz ser primo do Réu,
o fez com isenção para julgar o caso, conforme informou na sentença. Para
tanto, narrou na sentença os fatos circunstanciados do processo e toda a razão
de decidir. O aviário “Seu Turco” insatisfeito com o resultado do processo
(IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO) recorreu para o Tribunal competente, o qual
após analisar o caso, fez julgamento cassando a sentença em razão da violação
do Princípio da Persuasão Racional e do Princípio da Imparcialidade do Juiz,
determinando o retorno dos autos para o primeiro grau e a manutenção dos
atos processuais não afetados pelos vícios.